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24/04/2019 A potência da acupuntura - ISTOÉ Independente

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MEDICINA & BEM-ESTAR

A potência da acupuntura
Novas pesquisas comprovam a e ciência das agulhas em um conjunto
de doenças muito maior do que se imaginava. Seus benefícios se
estendem do tratamento de enfermidades como depressão e
obesidade a tratamentos de beleza

Cilene Pereira (cilene@istoe.com.br) e Mônica Tarantino


(monica@istoe.com.br)
https://istoe.com.br/358059_A+POTENCIA+DA+ACUPUNTURA/ 1/13
17/04/14
24/04/2019 - 14h00 - Atualizado em 21/01/16 - da
A potência 13h04
acupuntura - ISTOÉ Independente

A acupuntura já se consagrou como método e ciente para aliviar dores. Agora,


embasada por sólidas pesquisas cientí cas realizadas em todo o mundo, suas
aplicações começam a se expandir. A prática é usada contra doenças como a
depressão, na recuperação de sequelas de acidente vascular cerebral e até em
procedimentos de beleza. O avanço do método, nascido na China, em terras
ocidentais é consequência de algumas transformações ocorridas nos últimos anos. A
primeira foi a demanda crescente por técnicas que melhoram a saúde sem a
necessidade de se recorrer a remédios. A acupuntura se ajusta perfeitamente nesse
quesito. A segunda deve-se ao fato de que a medicina nalmente encontrou meios de
avaliar com mais re namento cientí co o efeito das agulhas no organismo. Hoje, os
cientistas estão recorrendo a testes moleculares e ao que há de mais avançado em
tecnologia diagnóstica, como os exames de imagem (a exemplo da ressonância
magnética funcional, que permite ver o cérebro em movimento), para obter
respostas.

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As pesquisas se dividem em duas grandes áreas. Uma mensura o impacto da técnica


no alívio dos desconfortos associados a diversas doenças. Outra elucida os
mecanismos neuro siológicos por meio dos quais a inserção das agulhas em pontos
especí cos promoveria os benefícios. “Dessa abordagem estão surgindo dados que
descrevem como a técnica funciona, incentivando a ampliação das situações às quais
ela comprovadamente se aplica”, diz o clínico-geral Alexandre Yoshizumi, presidente
do Colégio Médico de Acupuntura de São Paulo. Ele participou de um estudo sobre
dor lombar conduzido por Tatiana Hasegawa e orientado pelo médico Jamil Natour,
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que foi publicado na prestigiosa
revista cientí ca “British Medical Journal”.

Respaldada nesses achados, a acupuntura se rma em áreas fora de sua terra natal,
nas quais não se cogitava sua participação. Uma dessas atribuições mais originais é o
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auxílio na regulação do funcionamento do sistema cardiovascular. “Estamos
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começando a compreender como a prática age na hipertensão e reduz problemas


como a isquemia do miocárdio”, explica John Longhurst, da Universidade da Califórnia
(Eua). Ele assina uma revisão de estudos experimentais sobre a utilização da técnica
no combate de enfermidades cardíacas.

A isquemia consiste na diminuição do a uxo de sangue numa parte do organismo,


ocasionando consequente redução de oxigênio e de nutrientes na região. No caso
citado por Longhurst, a isquemia afetou o miocárdio, o músculo do coração. O que se
sabe é que a acupuntura promove um aumento na liberação de hormônios com
poder de excitar ou inibir o ritmo de trabalho do sistema nervoso central. Isso pode
incentivar a melhor irrigação sanguínea dos tecidos.

Outra análise, empreendida por acadêmicos chineses, examinou quatro importantes


trabalhos sobre a prática e a hipertensão. Veri cou-se que a acupuntura atua como
coadjuvante e reduz a pressão em pacientes que tomam anti-hipertensivos, mas que,
com os remédios, não obtêm mais progressos. Se pela medicina chinesa o efeito
surge do reequilíbrio das energias yin e yang, a ciência ocidental indica que as agulhas
in uem positivamente no sistema renina-angiotensina (importante na regulação da
pressão) e modulam a atividade endócrina, diminuindo a produção das substâncias
aldosterona e angiotensina II. Os dois mecanismos estão na base do processo da
hipertensão.

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Um impacto também comprovado mais recentemente ocorreu na recuperação de


pacientes com sequelas motoras e cognitivas após acidentes vasculares cerebrais
(AVC). “O método é e caz nesses casos”, diz o médico Wu Tu Hsing, diretor do Centro
de Acupuntura do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo
(HC/SP). Hsing é responsável por um estudo publicado há pouco tempo sobre o tema.
O médico selecionou 60 pacientes que haviam sofrido AVC e apresentavam
di culdade de movimento nas pernas. O grupo foi dividido em dois. Um recebeu a
aplicação das agulhas. Outro foi submetido à acupuntura placebo (simula-se sua
aplicação). A experiência durou dez semanas, com duas sessões semanais. “Os que
foram tratados de verdade manifestaram melhora de 20% em relação aos outros”,
informou o pesquisador. Hoje, o HC/SP – referência em pesquisa médica no País –
oferece sessões do método para ajudar na recuperação de AVC. A rede de
Reabilitação Lucy Montoro, em São Paulo, também utiliza a prática como recurso
complementar aos tratamentos convencionais.

Há um esforço imenso para descobrir as reações por trás da recuperação motora e


de outras capacidades funcionais prejudicadas por causa de um AVC ou de uma
paralisia cerebral – outra condição para a qual a prática demonstra benefícios. Uma
das equipes empenhadas em esclarecer essas dúvidas é a da Universidade Bastyr
(Eua). Lá, os cientistas criaram agulhas feitas de um material especial para avaliar as
respostas cerebrais decorrentes da eletroacupuntura. Derivada da acupuntura
tradicional, a técnica consiste na aplicação de corrente elétrica através das agulhas
inseridas em pontos do corpo. As tais agulhas permitem que os cientistas investiguem
os efeitos das descargas elétricas sem que haja interferência dos campos magnéticos
de aparelhos de imagem que mostram o cérebro em funcionamento. “Encontramos a
ferramenta certa para investigar. Isso possibilitará avanços e um grande número de
estudos”, disse a pesquisadora Leanna Standish, que coordena o trabalho.

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O aprimoramento das pesquisas ajudará a pautar o uso da técnica na terapia das


doenças mentais. Por ora, o que se tem são estudos que constatam associação
proveitosa contra a depressão, de forma complementar aos remédios. Pesquisadores
da Universidade Southern, na China, por exemplo, compararam a e cácia da
eletroacupuntura combinada a um antidepressivo com a da terapia feita apenas com
remédio. “A acupuntura acelera o início do efeito terapêutico da medicação contra
sintomas depressivos, ansiosos e do transtorno obsessivo compulsivo”, disse Yong
Huang, líder da pesquisa. O estudo saiu na revista cientí ca “Neural Regeneration
Research”.

Outra experiência, feita na Universidade de York, na Inglaterra, constatou que a


prática pode ser tão e caz na contenção dos sintomas quanto o aconselhamento
psicológico. A conclusão foi obtida após a análise de 755 pacientes com depressão
moderada e severa. “As pessoas que têm depressão, que tentaram várias opções
médicas e que não estão obtendo benefícios deveriam tentar a acupuntura ou o
aconselhamento como opções de ajuda que se mostraram agora clinicamente
efetivas”, a rmou Hugh MacPherson, coordenador do estudo.

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Um experimento singular na área de doenças psiquiátricas também chama a atenção.


A técnica foi empregada de forma pioneira no tratamento da esquizofrenia,
enfermidade que até hoje representa um grande desa o para a medicina. A descrição
do caso foi feita por pesquisadores da Radboud University Nijmegen, na Holanda. Os
cientistas incluíram sessões de acupuntura às intervenções terapêuticas indicadas a
uma mulher de 63 anos com esquizofrenia crônica. Entre outros sintomas, ela sofria
de dores físicas em consequência de uma alucinação persistente sobre um pássaro
preto que a bicava sem parar. Ao nal de três meses, ainda que as alucinações
persistissem, a paciente se sentia menos perturbada e suas dores, curiosamente,
haviam diminuído bastante. A qualidade do sono melhorou e viu-se que traços
depressivos foram amenizados. Para a cientista Peggy Bosch, que conduziu o
trabalho, os resultados obtidos sugerem que a acupuntura pode ser uma ferramenta
adicional para tratar a enfermidade.

A curiosidade cientí ca está levando a outras descobertas sobre o potencial da


técnica. Exemplo disso é a pesquisa feita pelo imunologista Luis Ulloa, da New Jersey
Medical School (Eua). Para conferir o poder anti-in amatório da eletroacupuntura, ele
aplicou a técnica em cobaias com sépsis, doença infecciosa grave que pode causar
também uma intensa reação in amatória – esta última, na verdade, responsável por
boa parte das mortes causadas pela enfermidade. “Usamos a eletroacupuntura para
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ativar os nervos ciático e vago e a glândula adrenal, elevando a produção de
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dopamina pela adrenal”, disse à ISTOÉ o cientista Juan Manuel Rico, da equipe de
Ulloa. “Estudos mais atuais mostram que essa glândula não funciona bem em grande
parte dos pacientes com septicemia. Vimos também que, sem ela, os ratos não
reagem à eletroacupuntura”, explica Juan Manuel. O resultado foi que, a partir da
estimulação dos pontos, houve a inibição da produção de substâncias do grupo das
citocinas que estão associadas à in amação.

Um fenômeno positivo igualmente surpreendente é o que se vê na área da medicina


esportiva. “A prática dá ótimos resultados tanto para recuperar atletas como para
aumentar a performance física”, assegura o clínico-geral Alexandre Yoshizumi, de São
Paulo. Um levantamento feito por pesquisadores da Universidade Estadual de
Londrina e do Centro Universitário de Maringá, ambos no Paraná, endossa a
a rmação do médico. Após reunirem mais de 20 trabalhos cientí cos com atletas de
diferentes modalidades, como ciclismo, handebol, basquete e velocistas de alto
rendimento, os cientistas concluíram que a prática pode ser usada para aprimorar
aspectos como velocidade, força de explosão, resistência e outras capacidades
relacionadas ao desempenho esportivo. Os autores da revisão vão além. Eles
defendem que um acupunturista desportivo já deveria estar presente nas equipes de
alto rendimento, a m de melhorar a performance nal dos atletas.
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Uma das explicações para esse tipo de efeito emergiu do trabalho feito pela
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pesquisadora japonesa Akiko Onda, da Escola de Ciências do Desporto da


Universidade de Waseda, no Japão. Por quatro anos, ela estudou, em cobaias, os
efeitos da acupuntura a nível molecular (na expressão dos genes) para conter a perda
muscular. “Comprovamos que a técnica reduz a atro a da musculatura esquelética,
aquela que se liga aos ossos”, disse Akiko à ISTOÉ. De acordo com a pesquisadora,
esse desfecho é consequência da ação das agulhas na expressão de genes
associados a esse processo. O próximo passo será realizar o estudo em seres
humanos.

A exploração dos benefícios do método envolve também formas menos ortodoxas do


que a conhecida introdução das agulhas. O ortopedista e acupunturista André Tsai,
coordenador do curso de especialização em acupuntura da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo, por exemplo, está utilizando os cirúrgicos chamados
CatGut (pronuncia-se catigu) para tratar a obesidade. A técnica está difundida nos
Estados Unidos. “Insiro os os, com a ajuda das agulhas, sob a pele, em pontos de
acupuntura para ajudar no controle da ansiedade e do apetite”, diz Tsai. Como são
feitos de material absorvível pelo organismo, não precisam ser retirados. “Os efeitos
variam a cada paciente”, diz Tsai. “Evidentemente, o método não pode ser usado por
pessoas que ainda não foram avaliadas por um médico para saber se apresentam
doenças associadas ao excesso de peso”, ressalva.

A e cácia da prática contra o excesso de peso está evidenciada por várias pesquisas
cientí cas. Entre elas, estão os resultados obtidos em um estudo publicado no jornal
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especializado “Acupuncture in Medicine”. No trabalho, foi constatado que a marcação
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de cinco pontos na orelha relacionados ao acúmulo de gordura (estariam vinculados à


fome, ao estômago e ao sistema endocrinológico, entre outros) reduziu em 6% o
Índice de Massa Corporal (IMC) de indivíduos com sobrepeso e obesos que
participaram do experimento. Quando o estímulo foi aplicado em um único ponto (o
da fome), a diminuição foi de 5,7%.

NOVAS FRONTEIRAS
O médico Alexandre Yoshizumi, de São Paulo, usa a técnica
contra sequelas de AVC e lesões esportivas

Até áreas relegadas a segundo plano estão sendo revisitadas pelos médicos com
formação em acupuntura. Na Universidade Federal de São Paulo, por exemplo,
investigam-se os resultados do uso das agulhas para problemas estéticos como rugas
faciais, acidez nos braços, no pescoço, na parte interna da coxa, olheiras e cicatrizes
de acne. Os ganhos são creditados à melhora da circulação sanguínea, da oxigenação
e, acrescentando uma pitada de cultura chinesa, da energia vital circulante no local
em consequência dos estímulos da eletroacupuntura. “Trabalhos realizados em nosso
ambulatório con rmam clinicamente uma melhora na elasticidade. Indiretamente,
isso mostra que ocorreu uma produção adequada de colágeno, embora isso não
tenha ainda sido comprovado cienti camente”, relata a dermatologista Maria Assunta
Nakano, responsável pelo Ambulatório de Acupuntura em Dermatologia do Setor de
Medicina Chinesa da Unifesp. O colágeno é uma proteína fabricada pelo organismo e
é responsável por dar sustentação à pele. A médica também adverte que só há
benefício para rugas menos profundas.

A instituição paulista, que há três anos implantou um ambulatório de acupuntura


voltado apenas para crianças, promete reforçar seu pioneirismo na área. “Em breve
faremos estudos em humanos para analisar a e cácia das agulhas na prevenção de11/13
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doenças em pessoas com graves problemas renais”, informa o médico Ysao
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Yamamura, introdutor do método na instituição.

 Fotos: João Castellano/Ag. Istoé, Pedro Dias, João Castellano –Ag. Istoé, Gabriel Chiarastelli; Rob
Forman

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