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23 de Abril de 2019
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de relações obrigacionais, o Teoria
que geral das obrigações na sistemática brasileira
descarta, de plano, os direitos da
personalidade.
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23/04/2019 Teoria geral das obrigações na sistemática brasileira
Com razão lecionou Josserand[4] ao aludir que a teoria das obrigações
situa-se na base, não somente do direito civil, mas de todo o direito, não
sendo exagero afirmar que o conceito de obrigação constitui a armadura e o
substractum do direito, e mesmo, de um modo mais geral, de todas as
ciências sociais. (In: Josserand, Louis, Cours de droit civil positif français,
v.2, p.2).
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a) quanto ao objeto, postoTeoria
quegeral das obrigações na sistemática brasileira
exijam o cumprimento de determinada
prestação, ao passo que estes incidam sobre uma coisa;
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número limitado e regulado por esta, daí, chama-los de numerus
clausus;
É certo, porém, que por vezes os direitos de crédito tenham certos atributos
próprios e peculiares dos direitos reais, como acontecem com certos
direitos obrigacionais que facultam o gozo da coisa, os chamados direitos
pessoais de gozo: os direitos do locatário e os do comodatário, por exemplo.
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Direito potestativo[6] é o poder que a pessoa tem de influir na esfera
jurídica de outrem, sem que este possa fazer algo para não se sujeitar.
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Enfim, a obrigação em sentido técnico pertence, portanto, à categoria dos
deveres jurídicos especiais ou particulares.
A obrigação deve ser afinal visualizada sob o prisma dual, onde haverá
inicialmente o débito, debitum[8] ou schuld e em caso de inadimplemento
surgirá a responsabilidade ou haftung[9].
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Tendo ainda o referido diploma legal reconhecido em diversos pontos, a
correção monetária como efeito da desvalorização da moeda.
Seguindo o vetor traçado pelo Código Civil Suíço, a teoria geral das
obrigações, unificando as obrigações civis e comerciais, perfazendo uma
unificação parcial do Direito Privado, com a absorção, inclusive, de regras
gerais de Direito Cambiário, em seu Título VIII – Dos Títulos de Crédito.
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Seriam obrigações de conduta honesta e leal entre as partes, vazadas em
deveres de proteção, informação e cooperação, a fim de que não sejam
frustradas as legítimas expectativas de confiança dos contratantes quanto
ao fiel cumprimento da obrigação principal derivada da autonomia privada.
Estes incidem tanto sobre o devedor como o credor, a partir de uma ordem
de cooperação, proteção, informação, em via de facilitação do
adimplemento, tutelando-se a dignidade do devedor, o crédito do titular
ativo e a solidariedade entre ambos.
Referências:
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GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Volume2, Teoria
Geral das Obrigações. 9. Ed., São Paulo: Editora Saraiva, 2012.
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23/04/2019
[4]Ettiénne Louis JosserandTeoria geral das obrigações na sistemática brasileira
(1868-1941) foi advogado francês e coautor do
projeto de Código de Obrigações e Contratos libaneses. Era o decano da
Faculdade de Direito de Lyon, conselheiro do Tribunal de Cassação francês
em 1938. Criticou veemente a noção de quase-contrato, sendo o primeiro
doutrinador a cogitar de contrato forçado. Foi principalmente por iniciativa
da teoria do risco de Raymond Saleilles, obrou um dos fundamentos da
responsabilidade civil, tratando de princípio geral a responsabilidade das
coisas, conforme prevê o art. 1.384, primeiro parágrafo do Código Civil
francês. Foi crítico da evolução do direito privado francês após a Primeira
Guerra Mundial, que de acordo com ele fora do direito comum criado uma
"classe direita" levando a guerra civil. Foi autor da seguinte assertiva: “A
liberdade é o estoque comum de direitos e deveres, é uma possibilidade,
uma potencialidade de direitos, nada menos e nada mais".
[5] A concepção dos direitos reais como absolutos e erga omnes pressupõe
que é um fato jurídico fundamental oponível a qualquer pessoa que não
seja titular da coisa. Noutros termos, o proprietário poderá fazer uso da
coisa como bem entender desde que atue na forma da lei e não cometa
nenhumato ilícito, e as demais pessoas tem o dever de não interferir no
direito real do proprietário. A expressão latina erga omnes significa
literalmente para todos, é particularmente usada no meio jurídico para
indicar os efeitos de algum ato, lei ou direito que atingem a todos os
indivíduos. Em alguns processos é conhecido também o efeito erga omnes,
tais como as Ações Diretas de Inconstitucionalidade, onde se ataca um ato
normativo e que a princípio teria validade contra todos, como se fosse uma
lei. Também a inconstitucionalidade reconhecida em ação devida que não
tenha o efeito erga omnes, como no caso de recurso extraordinário contra
decisão judicial interposto junto ao STF, a esta decisão poderá ser dado o
efeito erga omnes por meio da Resolução do Senado Federal, conforme
prevê o art. 53, inciso X, da Constituição Federal.
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direitos potestativos podem Teoria geral das obrigações na sistemática brasileira
ser constitutivos, como por exemplo, o direito
do dono de prédio encravado (aquele que não tem saída para via pública)
de exigir que o dono do prédio dominante lhe permita a passagem.
[7]A responsabilidade por dívida alheia pode nascer da vontade das partes,
constituindo garantia contratual ou mesmo por imposição legal (garantia
legal). Pode-se confirmar pela dicção do art. 818 do C. C., segundo o qual
pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma
obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. Não se trata de
dívida própria, mas de responder por obrigação de terceiro. Para o dever,
vige a obrigação civil completa, em que há dívida e responsabilidade. Já
para o fiador, há tão-somente a responsabilidade de pagar integralmente a
dívida, ficando sub-rogado nos direitos do credor (art. 831 do C. C.). E
também responderá o devedor perante o fiador por todas as perdas e danos
que este pagar, e pelos que sofrer em razão da fiança (art. 832 do C. C.) e o
fiador tem direitos aos juros do desembolso pela taxa estipulada na
obrigação principal, e, não havendo taxa convencionada, aos juros legais da
mora (art. 833 do C. C.).
[8]A responsabilidade por dívida alheia pode nascer da vontade das partes,
constituindo garantia contratual ou mesmo por imposição legal (garantia
legal). Pode-se confirmar pela dicção do art. 818 do C. C., segundo o qual
pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma
obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. Não se trata de
dívida própria, mas de responder por obrigação de terceiro. Para o dever,
vige a obrigação civil completa, em que há dívida e responsabilidade. Já
para o fiador, há tão-somente a responsabilidade de pagar integralmente a
dívida, ficando sub-rogado nos direitos do credor (art. 831 do C. C.). E
também responderá o devedor perante o fiador por todas as perdas e danos
que este pagar, e pelos que sofrer em razão da fiança (art. 832 do C. C.) e o
fiador tem direitos aos juros do desembolso pela taxa estipulada na
obrigação principal, e, não havendo taxa convencionada, aos juros legais da
mora (art. 833 do C. C.).
[11]É bom destacar que os deveres morais não são e nunca foram deveres
jurídicos e seu descumprimento ou cumprimento não gera efeitos senão no
campo social. O dever de urbanidade que existe normalmente em saudar
uma pessoa com “bom dia, boa tarde ou boa noite”, é puramente moral.
Caso não seja feito, poderá ser moralmente punido, ou ainda angariar a
pecha de mal-educado. Por outro lado, a obrigação natural gera efetivos
efeitos jurídicos, posto que uma vez feito o pagamento feito
voluntariamente não pode ser repetido, ou seja, pedir de volta. De sorte,
que a obrigação natural não é moral, pois se o fosse, a repetição do
pagamento indevido será possível.
[12]Leciona José Carlos Moreira Alves que são duas importantes distinções
entre a dívida e a responsabilidade. A primeira decorre em momentos
diversos: a dívida desde a formação da obrigação e a responsabilidade
posteriormente quando o devedor não cumpre a prestação devida. A
segunda é que o debitum é elemento não coativo (o devedor é livre para
realizar ou não a prestação) já a obligatio é um elemento coativo. (In:
MOREIRA ALVES, José Carlos. Direito Romano. V.1, p.5.).
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23/04/2019 Disponívelem: http:https://giseleleite2.jusbrasil.com.br/artigos/121943900/teoria-geral-das-
Teoria geral das obrigações na sistemática brasileira
obrigacoes-na-sistematica-brasileira
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