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ARMAZENAGEM E COMERCIALIZAÇÃO DE GRÃOS NO BRASIL
1. INTRODUÇÃO
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Capítulo 1 Armazenagem e Comercialização de Grãos no Brasil
No início dos anos 80, com aumento das taxas de inflação, redução do volume
de crédito rural e conseqüente elevação das taxas de juros, por iniciativa do Estado, a
ênfase dada ao crédito rural deslocou-se para a apólice de garantia de preços mínimos,
que a partir daí iria tornar-se o principal instrumento de política agrícola brasileira,
contribuindo para a consolidação da produção capitalista na agricultura.
Em breve relato sobre o crescimento da economia brasileira nos anos 80,
GASQUES e VILLA VERDE (1990), comparando as taxas de crescimento entre os
setores da economia, constataram que a agricultura foi um dos setores mais dinâmicos,
com crescimento médio anual de 3,1%, superando o crescimento industrial. Esses
autores verificaram que:
a) As lavouras de subsistência foram superadas por lavouras comerciais, como
as de café, cacau, milho e soja.
b) O crescimento da agricultura ocorreu mais em função da substituição de
cultura do que pela incorporação de novas áreas.
c) Houve enfraquecimento do modelo de crescimento extensivo baseado na
expansão de área, sendo o aumento de produtividade agrícola o principal responsável
pelo aumento de produção.
d) A queda dos preços agrícolas marcou o comportamento do mercado na
década de 80, problema este que praticamente atingiu todos os produtos, tanto da
agricultura quanto da pecuária. As características da agricultura, os aumentos na
produtividade e as quedas nos custos de produção, juntamente com as políticas
agrícolas, foram os principais fatores que possibilitaram o crescimento da agricultura
mesmo com preços reais decrescentes.
SAFRA VARIAÇÃO
PRODUTO 06/07 07/08 % Abs.
(a) Abril /08 (b) Maio/08 (c) (c-a)/a (c-a)
ALGODÃO 1.096,8 1.095,1 1.090,4 0,6 6,4
AMENDOIM TOTAL 102,6 112,8 115,3 12,3 12,6
ARROZ 2.967,4 2.928,0 2.924,5 1,4 43,0
FEIJÂO (Safras 1, 2, e
4.087,8 3.830,8 3,897,6 4,7 190,2
3)
MILHO Safras (1 e 2) 14.054,9 14.469,8 14.605,4 3,9 550,5
SOJA 20.686,8 21.158,5 21.219,1 2,6 532,3
TRIGO 1.757,5 1.818,9 1.818,9 3,5 61,4
DEMAIS PRODUTOS 1.561,4 1.400,4 1.413,1 9,5 148,4
BRASIL 46.212,6 46.701,5 46.969,0 1,6 756,4
Fonte: CONAB (www.conab.gov.br) – Levantamento Maio/2008
SAFRA VARIAÇÃO
PRODUTO 06/07 07/08 % Abs.
(a) Abril /08 (b) Maio/08 (c) (c-a/a) (c-a)
ALGODÃO (caroço) 2.383,6 2.436,9 2.432,4 2,0 48,8
ARROZ 11.315,9 11.955,4 11.996,1 6,0 680,2
FEIJÂO
3.339,8 3.437,0 3.500,7 4,8 160,9
(Safras 1, 2, e 3)
MILHO Safras (1 e 2) 51.369,8 56.233,2 57.877,1 12,7 6.507,4
SOJA 58.391,8 59.988,7 59.502,6 1,9 1.110,8
TRIGO 2.233,7 3.824,0 3.824,0 71,2 1.590,3
DEMAIS RODUTOS 2.716,1 2889,2 2.982,5 9,8 266,4
BRASIL 131.750,6 140.774,4 142.115,5 7,9 10.364,9
Fonte: CONAB (www.conab.gov.br) – Levantamento Maio/2008
Região Sudeste, excetuando-se os cultivos irrigados de arroz e feijão, que são altamente
tecnificados.
No caso da pequena produção de grãos, a maioria dos produtores caracteriza-se
por empregar técnicas tradicionais de produção voltadas, basicamente, para o sustento
da unidade familiar, gerando pouco excedente para comercialização. Contudo, quando
computados conjuntamente, estes produtores geram produções expressivas. Neste caso,
a produção está associada aos produtos domésticos (típicos da pequena produção) e aos
preços muito instáveis, contribuindo para que o nível de renda monetária destes
produtores seja, em média, muito pequeno. Assim, os pequenos produtores, com
exceção daqueles organizados nas estruturas dos complexos agroindustriais e/ou no
sistema de cooperativas, têm poucas possibilidades de comercializar a produção
diretamente com os mercados consumidores, ou de retê-la, aguardando melhores preços.
Em geral, vendem o produto aos atravessadores, que percorrem as unidades produtivas,
comprando o produto ao preço que melhor lhes convém e transportando-o para os
mercados consumidores, onde obtêm melhores preços. Desse modo, o lucro da atividade
do pequeno produtor é transferido para o “atravessador” ou agente de comercialização,
que transaciona diretamente o produto.
A presença marcante de pequenos produtores na agricultura, embora com baixo
nível de renda e à margem do processo de modernização, é demonstrada pela estrutura
fundiária brasileira (Tabela 4). Segundo o IBGE, em 1995 havia, aproximadamente,
3,406 milhões de estabelecimentos rurais ocupando área de 42,839 milhões de hectares
com média de 12,58 hectares por estabelecimento que representa 12% da área de todos
os estabelecimentos.
5. COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. LITERATURA CONSULTADA