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O aspecto técnico é aquela acentuação bem forte, bem preta dos contornos ao redor das
figuras, ao redor de tudo. É muito forte, muito violento. Pode ser preto, roxo, vermelho,
não importa a cor, mas sempre vai ter contrastes violentos no interior da figura.
Normalmente usam cores puras. No aspecto psicológico é uma arte quase que de instinto,
porque as pinceladas são muito nervosas, muito rápidas, o oposto da pincelada delicada
do impressionista. Os primeiros artistas plásticos que foram chamados de expressionistas
foram os alemães. Foi publicada pela primeira vez em uma revista alemã chamada de "A
tempestade". Essa revista veio a comentar que aqueles artistas expressavam só dor,
amargura, etc.
Obs.: Quase todas as principais correntes expressionistas são nórdicas. Lá existe uma
falta de comunicação muito grande, o tempo é ruim com pouco sol, ficando meses
trancados em casa por causa das tempestades de neve. Essa falta de comunicação,
solidão interior, de não facilidade para se expandir e falar com o próximo é que faz com
que surja o expressionismo. Vem do comportamento introvertido do homem, quando
ocorre uma grande catarse que se projetará na pintura, música, fotos, filmes, etc. É
muito forte na Alemanha e nos países nórdicos.
Esses alemães vão fazer um trabalho chamado "A Ponte". Esse grupo é fantástico formado
por três artistas citados anteriormente excluindo-se Edward Münch e Emil Nolde. "A Ponte"
significa a ligação entre o visível e o invisível. Nesse principio do século XX vai aparecer
todos os “ismos” como: cubismo, dadaísmo, expressionismo, abstracionismo, fovismo, etc.
É lógico que essas correntes vão ter influências entre si. Todas essa correntes do principio
do século vão ter influência da arte selvagem (dos africanos).
“Arte selvagem” é a arte da descoberta da existência da África. Como o Picasso, todos os
pintores expressionistas vão descobri-la. Portanto, o expressionismo tem a ver com a arte
selvagem. "A Ponte" também vai ter alguma coisa de arte selvagem, como todas essas
correntes do princípio do século que ficam encantadas com essa arte. Eles vão pensar que
o homem é livre. É uma arte muito instintiva, fantástica e onde colocam tudo o que eles
sentem e sem muitos parâmetros com a arte acadêmica. Normalmente a Arte Selvagem
está muito ligada principalmente à arte da Polinésia Francesa. A arte da Polinésia é muito
expressionista. Essa influência "exótica" foi muito forte para os franceses e para os
nórdicos. Os impressionistas eram muito “doces” para esse “amargo” nórdico.
Surge um outro grupo de expressionismo chamado de "O cavaleiro azul", na Alemanha. Eles
eram partidários do abstracionismo. Um pintor chamado Franz Marc pintou um quadro chamado
"Cavaleiro Azul". Outros pintores acharam fantástico o seu trabalho e se reuniram ao seu redor
formando um grupo chamado Cavaleiro Azul (devido a esse quadro). Esses pintores desse
grupo foram: Paul Klee, Kandinsky (grande paixão deles) e Franz Marc.
Paul Klee, nasceu em Berna, na Suíça. Em 1921 foi professor de desenho da Bauhauss.
Era desenhista supremo. Embora tenha pertencido ao grupo do "Cavaleiro Azul", ele tem
que ser separado dos expressionistas por ter uma pintura diferenciada. Entre os artistas
modernos ele é o mais individualista. Não segue nenhuma corrente artística. Tinha um
mundo próprio por criar leis próprias de perspectiva e de lógica. Criou flores, uma fauna
estranha, etc. Alguns críticos acham-no um pouco infantil, às vezes primitivo e louco. Para
ele tudo era normal e tinha lógica. Tudo era religioso e mágico. Ele era um homem
extremamente intelectual, detalhista e sua arte se desdobra até o infinito. Paul Klee nega
a realidade da percepção normal transformando tudo o que você acha que é certo e
normal. Paul Klee, que surgiu no expressionismo, acabou deixando de ser para se tornar
Paul Klee mesmo. É considerado um dos grandes artistas do século XX. No pós-guerra,
os expressionistas ressurgem com grande energia na Alemanha. Hitler, em 1933, vai
expulsar todos eles porque achava que pintavam uma arte degenerada, horrível, de gente
louca. Exilados, vão ressurgir em várias partes do mundo como no Brasil, Nova York, etc.
Os expressionistas usam muita gravura em metal.
Resumo:
O Expressionismo vai surgir entre 1904 a 1909, mudando tudo sobre a estética grega que
estávamos acostumados a ter como padrão ou ideal de beleza.
O termo, de um modo geral, pode designar qualquer trabalho na História da Arte em que o
naturalismo cedeu espaço a essa representação emocional e distorcida do mundo.
Tudo é exagerado e tudo é distorcido para retratar "aquela emoção, aquela dor".
Ernst Ludwig Kirchner (Alemanha, 1880 - Davos, Suíça, 1938) foi um pintor expressionista
alemão. Um dos fundadores do grupo de artistas chamados Die Brücke — A Ponte. Sensual,
erótico, libera algo profundo, o que vai na alma. Obsessiva atmosfera de solidão.
Carnaval (1943)
CUBISMO
É o início da idade moderna do mundo, da arte. Em 1900, ano em que Picasso chegou à
Paris em sua primeira visita, Freud estava publicando a interpretação dos sonhos. No ano
de 1904 Einstein escreve sobre a teoria da relatividade que vai mudar totalmente o
conceito do universo. Pode também ser notado, no início do século XX, o surgimento de
muitas dúvidas e interrogações. Dúvidas, por exemplo, sobre o consciente e inconsciente,
etc. Na arte também houve uma série de mudanças. Durante cinco séculos, desde o pré-
renascimento até hoje, os artistas vão buscar em suas pinturas as aparências externas e o
bom pintor será aquele que vai pintar realmente o objeto como ele é. De repente, os
pintores, a partir de 1900, vão pintar muito mais o que sentem do que o que vêem.
Quando se fala em mudança precisamos falar de um estilo que mudou muito a arte no mundo e
provocou uma revolução na estética. Essa mudança foi realizada em 1906, 1907 pelo Picasso
quando ele pintou "Le Mademoiseille D'Avignon". Essa revolução foi fantástica.
O Cubismo vai ser uma reação contra a afirmação de que o mundo que nos cerca é acadêmico.
O cubismo virou 400 anos de arte de pernas para o ar. Os pintores Cubistas como Picasso,
Fernando Leger, Braque, Juan Griss, os mais famosos, foram muito apoiados na imprensa pelos
escritores que publicavam sobre essa nova arte muito intelectual.
A arte Cubista é muito mais conceitual, racional, do que emoçional e de sensação. A arte
Cubista é uma arte muito elaborada. O Cubismo se vale muito da memória do fruidor do
que dos objetos concretamente vistos pelos olhos. O pintor cubista vai pegar um objeto e
quebrá-lo em partes. A minha memória é que vai ter que olhar essas partes e montar
novamente o objeto. É por isso que é muito racional. Vai depender muito da minha
memória. Em uma pintura Cubista, o fruidor vai ter que usar muito o raciocínio para
entender a obra. Já em uma pintura como a Barroca ou Impressionista o fruidor vai usar o
que sente para entendê-las.
Os cubistas vão pintar e representar um objeto através do lado que nós vemos e do lado que
nós não vemos desse objeto. Ele vai imaginar, criar fragmentos para representar todos os lados
do objeto, segundo o conhecimento intelectual que ele tem dessa representação.
O cubismo não aceita nunca o momento estático. Ele é totalmente dinâmico. Vai ser uma
nova forma de ver e representar o mundo.
Os Cubistas não dão valor à perspectiva. Eles constróem espaços pictóricos onde eles
determinam as representações. É um espaço pictórico que não tem nada a ver com a
representação da realidade.
Para que possamos entender Picasso, temos que conhecer o homem e o artista. É muito
importante conhecer Picasso porque todas as fases de sua pintura tem muito a ver com a
retratação de sua própria vida e da época em que viveu, como exemplo: Durante a
segunda guerra mundial quando os alemães bombardeavam Paris e ocorria o black-out, os
aliados pediam que colocassem panos escuros roxos nas janelas para que os aviões não
avistassem as luzes das casas. Nessa fase toda sua pintura terá panos roxos.
Quando morre sua cabra, seu bichinho de estimação, ele vai pintar tudo com cabra,
inclusive broches, esculturas, etc.
Antes de falar sobre sua vida é preciso deixar registrado a soberba vitalidade de um artista
continuamente dedicado à criação até seus últimos momentos de vida. Dono de uma
dinâmica constante, Picasso sempre esteve em movimento criando e deixando estilos e
frases de forma a garantir uma obra cuja característica básica era a busca de sua
individualidade. Ele é extremamente individualista. Foi um homem artista em perene
evolução, o que marcou sua obra. “Arte” é uma perene evolução. É busca, é procura.
Dificilmente houve alguém que tivesse superado Picasso no sentido do que seria arte do
século XX. Sempre numa constante busca e inovação, sua obra é inconfundível. Foi
cubista somente 5 anos e depois foi “Picasso”.
No museu Gugueheim, em New York, tem 8 obras dele. Essas obras são as melhores de
cada fase. Tem muita obra de Picasso em Barcelona, no Museu Moma mas, a do Museu
Gugueheim é a melhor. Dizem que foi Matisse que ao olhar o quadro do Picasso com
Braque disse: "Você está pintando só cubo! Mas isso é cubismo!" Muitos outros também
tiveram a mesma opinião.
FASE ANALÍTICA, quando é totalmente fragmentado, por ex.: um olho pode estar
localizado no dedo do pé. Você tem que montar a figura toda como em um quebra-cabeça.
A sua memória é que vai ter que montar a figura.
O objeto nunca vai ser representado como foi visto, mas como foi pensado pelo artista. Na
estética da arte, o Cubismo é considerado uma arte bastante intelectualizada. A técnica
cubista apresenta várias texturas. Tem aspectos extremamente renovadores para a época,
quando começaram a fazer “colagens”.
Picasso falou o seguinte: "Para que vou pintar um pedaço de madeira, se posso colar a
própria madeira na pintura?. O mesmo com o jornal, areia, etc.” Isso vai mudar muito a
visão da arte. As letras gráficas vão aparecer com Picasso e Braque. Picasso vai assinar o
nome no meio da obra como que fazendo parte dela.
O jornal vai ser muito usado na colagem. É o cotidiano. É o novo homem que vai pegar
esse hábito de ler jornal, exatamente nessa época que ocorre o cubismo, nesse começo de
século. Esse hábito vai ser registrado historicamente nas obras de Picasso.
O cubismo sempre vai ser figurativo de um modo geral, mas também pode ser abstrato.
Na verdade o abstracionismo tem muito a ver com o cubismo. Quando o cubismo
fragmenta tudo chega a ser quase um abstrato. No cubismo analítico, a imagem já é
quase um abstrato.
Braque e Picasso vão pintar juntos na montanha (onde Cezanne pintava), que parecia um
cone, de forma muito parecida e não vão assinar seus nomes, já que era um estudo. Os
dois quadros ficaram idênticos. Eles voltaram e surgiram com a idéia da colagem, cada um
escolhendo seu pedaço de jornal.
Essa exposição mostrava a diferença entre os dois: Picasso tinha recortes de jornal
somente de assuntos alegres sobre touradas, festas, etc. Braque, que era introspectivo,
triste, somente recortava assuntos fúnebres, sobre perdas, morte e sempre de
circunstâncias do cotidiano como alguém que perdeu uma cadeira, a vida, a mulher, etc.
Picasso jamais iria fazer isso.
Uma obra cubista tem que ser vista pela razão para depois sentir a emoção. Quanto mais
você sabe, mais sentirá essa emoção. Uma obra de arte do século XX, você tem primeiro
que saber, entender, para depois sentir a emoção.
Movimento artístico cuja origem remonta à Paris e a 1907, ano do célebre quadro de Pablo
Picasso (1881 -1973), Les Demoiselles d'Avignon. Considerado um divisor de águas na história
da arte ocidental, o cubismo recusa a idéia de arte como imitação da natureza, afastando
noções como a perspectiva e a modelagem, assim como qualquer tipo de efeito ilusório. "Não se
imita aquilo que se quer criar", dirá Georges Braque (1882 -1963), outro expoente do
movimento. A realidade plástica anunciada nas composições de Braque leva o crítico Louis
Vauxcelles a falar em realidade construída com "cubos" no jornal Gil Blas, 1908, o que batiza a
nova corrente. Cubos, volumes e planos geométricos entrecortados reconstroem formas que se
apresentam, simultaneamente, de vários ângulos nas telas. O espaço do quadro - plano sobre o
qual a realidade é recriada-rejeita distinções entre forma e fundo ou qualquer noção de
profundidade. Nele, corpos, paisagens e sobre tudo objetos como garrafas, instrumentos
musicais e frutas, têm sua estrutura cuidadosamente investigada nos trabalhos de Braque e
Picasso, tão afinados em termos de projeto plástico que não é fácil distinguir as telas de um e de
outro. Mesmo assim, nota-se uma ênfase de Braque nos elementos cromáticos e, de Picasso,
em aspectos plásticos. A ruptura empreendida pelo cubismo encontra suas fontes primeiras na
obra de Paul Cézanne (1839 - 1906) - e em sua forma de construção de espaços por meio de
volumes e da decomposição de planos - e também na arte africana, máscaras, fotografias e
objetos. Alguns críticos chamam a atenção para o débito do movimento em relação a Henri
Rousseau (1844 - 1910), um dos primeiros a subverter as técnicas tradicionais de
representação: perspectiva, relevo e relações tonais.
O cubismo se divide em duas grandes fases. Até 1912, no chamado cubismo analítico,
observa-se uma preocupação predominante com as pesquisas estruturais, por meio da
decomposição dos objetos e do estilhaçamento dos planos, e forte tendência ao
monocromatismo. Em 1912-1913, as cores se acentuam e a ênfase dos experimentos é
colocada sobre a recomposição dos objetos. Nesse momento do cubismo sintético,
elementos heterogêneos - recortes de jornais, pedaços madeira, cartas de baralho,
caracteres tipográficos, entre outros - são agregados à superfície das telas, dando origem
às famosas colagens, amplamente utilizadas a partir de então. O nome do espanhol Juan Gris
(1887 - 1927) liga-se a essa última fase e o uso do papel-colado torna-se parte fundamental
de seu método. Outros pintores se associaram ao movimento: Fernand Léger (1881 - 1955),
Robert Delaunay (1885 - 1941), Sonia Delaunay-Terk (1885 - 1979), Albert Gleizes (1881 -
1953), Jean Metzinger (1883 - 1956), Roger de la Fresnaye (1885 - 1925) etc. Na escultura,
por sua vez, a pauta cubista marca as obras de Alexander Archipenko (1887 - 1964), Pablo
Gargallo (1881 - 1934), Raymond Duchamp-Villon (1876 - 1918), Jacques Lipchitz (1891 -
1973), Constantin Brancusi (1876 - 1957), entre outros. O ano de 1914 remete ao fim da
colaboração entre Picasso e Braque e a uma atenuação das inovações cubistas, embora os
procedimentos introduzidos pelo movimento estejam na base de experimentos posteriores
como os do futurismo, do construtivismo, do purismo e do vorticismo.Desdobramentos do
léxico cubista alcançam não apenas as artes visuais, mas também a poesia, com Guillaume
Apollinaire (1880 - 1918) e a música, nas criações de Stravinsky.
O cubismo pode ser considerado uma das principais fontes da arte abstrata e suas
pesquisas encontram adeptos no mundo todo. No Brasil, influências do cubismo podem ser
observados em parte dos artistas reunidos em torno do modernismo de 1922, em alguns
trabalhos de Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970), Antonio Gomide (1895 - 1967) e
sobretudo na obra de Tarsila do Amaral (1886 - 1973). O aprendizado com André Lhote
(1885 - 1962), Gleizes e, sobretudo, com Léger reverbera nas tendências construtivas da
obra de Tarsila, em especial na fase pau-brasil. A pintora vai encontrar em Léger,
especialmente em suas "paisagens animadas", motivos ligados ao espaço da vida moderna
- máquinas, engrenagens, operários das fábricas etc. - e o aprendizado de formas
curvilíneas. Emblemáticas do contato com o mestre francês são as telas criadas em 1924,
como Estrada de Ferro Central do Brasil e Carnaval em Madureira. Não se pode mencionar
o impacto do cubismo entre nós sem lembrar ainda de parte das produções de Clóvis
Graciano (1907 - 1988) e de um segmento considerável da obra de Candido Portinari
(1903 - 1962), evidente em termos de inspiração picassiana.
Resumo:
A representação do mundo passava a não ter nenhum compromisso com a aparência real
das coisas, isto é, não mais imitação direta das formas naturais.
Sendo a palavra bem recebida pelos amigos dos pintores e pela crítica em geral, tendo sido
reforçada no folheto escrito em 1913 por Guillaume Apollinaire “Os pintores cubistas” quando
afirma: “a geometria está para as artes plásticas como a gramática está para a arte de escrever”.
A simplificação das formas, a sensação de volume, peso, corpo e espaço com forte apelo
expressivo.
Cubismo analítico
Há uma redução cromática: tons cinzas, terrosos ou marrons. Uma pintura monocromática.
Uma maior criatividade quando a forma, com o artista se afastando da figuração naturalista.
Cubismo sintético
O Cubismo Sintético (1913 - 1914) é a última fase do cubismo. Sucede o cubismo de colagens.
Foi uma reação ao cubismo analítico, que tentava tornar as figuras novamente reconhecíveis.
Principais artistas:
Georges Braque (13 de maio de 1882 – 31 de agosto de 1963) foi um pintor e escultor
francês, que junto com Pablo Picasso inventaram o cubismo.
Juan José Victoriano González – Juan Gris (Madrid, 1887 — Boulogne-sur-Seine, 1927), foi
um dos mais famosos e versáteis pintores e escultores cubistas espanhoís. Apesar de ter
falecido jovem, Juan Gris representa o expoente máximo do cubismo sintético.
O violão (1918)
ABSTRACIONISMO
A falta de intimidade com a arte abstrata é que leva o homem a não apreciá-la. Quando se
observa uma obra de arte, principalmente a abstrata, é preciso ver o quanto aquela obra
oferece de informações inovadoras, técnicas diferenciadas ou não, etc.
As obras podem ser bem diferenciadas umas das outras pela infinidade de possibilidades
de representações através de texturas, cores, etc. Não existe essa mesma liberdade na
pintura acadêmica. O abstracionismo levou uma série de discussões em cima do que era
chamado de simbologia. A simbologia é uma representação criada pelo homem baseada
nas formas abstratas. Um trabalho abstrato pode ser rico ou não em simbologias. Quanto
mais simbologias ele tiver é mais fácil as pessoas se identificarem com ele, principalmente
se for uma simbologia mais evidente, deixando de ter toda essa abstração e ganhando um
significado que você tenha descoberto e não necessariamente tenha sido criado pelo
artista. A obra abstrata não precisa ter conteúdo, não tem necessidade de passar algum
tipo de informação. Algumas obras abstratas passam algum conteúdo, outras não.
O lado esquerdo do cérebro é o lado racional, precisa de símbolos que tenha alguma
informação já conhecida antes. O lado direito é o lado sensitivo, não dá para estabelecer
parâmetros racionais.
Resumo:
Não existe uma relação imediata entre formas e cor e entre forma e cor de um ser. É uma
obra em aberto. Jamais será uma obra decorativa. Para se fazer uma abstração tem que
se saber muito bem sobre formas, cores, luz e sombra. É uma obra que praticamente
como não tem conteúdo e você pode acabar fazendo apenas “borrões”. A arte abstrata
tem tudo a ver com o século XX. É uma época de grande comunicação e abertura. Nunca
procure saber do conteúdo de uma obra abstrata que só terá forma, composição perfeita e
cores bem equilibradas. Isso é que é abstracionismo. Todos os artistas abstratos passam
por uma fase figurativa. Não existe pintor abstrato que comece com o abstracionismo.
a) Suprematismo na Rússia
Como nome principal Kazimir Malevich, que no seu manifesto "Do Cubismo ao
Suprematismo", define o Suprematismo como "a supremacia do puro sentimento", o
essencial era a sensibilidade em si mesma, independentemente do meio onde teve origem.
Yellow-Red-Blue (1925)
Kasimir Malevich (12 de fevereiro de 1878, Kiev – 15 de maio de 1935, São Petersburgo) Artista
russo. Foi o que mais se desvinculou da idéia de realidade. Ele pintou inúmeros trabalhos só com cor e
retângulo. A sua composição é bastante variada, mas sempre utilizando quadrados e retângulos na
sua maioria, formas extremamente rígidas, geométricas e perfeitas em cima de um fundo
extremamente chapado. Essas figuras geométricas são na maioria das vezes chapadas também.
Suprematismo (1916)
Pieter Cornelis Mondrian (Amersfoort, 7 de Março de 1872 - Nova Iorque, 1 de Fevereiro de
1944) Desenvolveu uma série de pesquisas em cima do abstracionismo. Tinha o objetivo de
desenvolver um abstracionismo geométrico onde as formas e as cores eram organizadas de tal
maneira que a composição resultante fosse uma expressão de uma concepção geométrica.