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Ação de divórcio

Flavio Lourenço de Freitas


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Trata-se de modelo de petição inicial em ação de divórcio litigioso,
com pedido de gratuidade de Justiça e sem necessidade de
oferecimento de pensão alimentícia.

EXCELENTÍSSIMO JUIZO DA VARA ÚNICA DE FAMÍLIA E


SUESSÕES DA COMARCA DE CIDADE-ESTADO

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO

------------------------, brasileiro, casado, portador do CPF n°


xxxxxxxx e do RG n° xxxxxxx SSP, sem endereço eletrônico, Juazeiro
do Norte – CE, por seu advogado que esta subscreve, vem, perante
Vossa Excelência, com fulcro no art. 226, § 6° da Constituição federal
propor AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO em face de xxxxxxxxxxx,
brasileira, casada, com CPF n° xxxxxxxxxx e RG n° xxxxxxxxxxx, sem
endereço eletrônico, residente e domiciliada a Rua xxxxx, n° xx,
bairro, CEP n° xxxxxxxx, cidade pelos motivos de fato e de direito a
seguir expostos.

1 - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Requer, com fulcro nos artigos 98 e 99 do CPC/2015, bem como


no art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal/88, os benefícios da Justiça
Gratuita por ser pobre na forma da lei, não podendo, portanto, arcar
com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo do
próprio sustento e de sua família.

3 - DA PRELIMINAR DE NÃO INDEFERIMENTO

Tendo em vista ser o assistido economicamente


hipossuficiente, humilde e juridicamente vulnerável, não possui
endereço eletrônico, bem como não sabe informar se a requerida
possui, não obstante os termos do art. 319, II do CPC. Contudo, de
acordo com o disposto §2º e 3º do art. 319 CPC, a ausência de tais
informações não pode ensejar o indeferimento da inicial, já que a
obtenção delas torna impossível ou excessivamente oneroso o acesso
à justiça. Assim, é devido o recebimento da presente inicial em
respeito ao art. 5°, XXXV da Lei Maior.

4 - DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO

O assistido tentou, junto à Defensoria Pública Estadual,


realizar o divórcio consensual, todavia a sua ex-companheira,
Marinete Oliveira Lima, mostrou-se indisposta ao procedimento
consensual. Nesse sentido, opta-se pela dispensa da audiência de
mediação e conciliação, conforme art. 319, VII, do CPC.

5 - DOS FATOS

O requerente constituiu casamento civil com a requerida em


xx,xxx,xxxx, sob o regime de comunhão parcial de bens, como consta
na cópia de Certidão de Casamento em anexo.

Adveio desta união dois filhos: nome dos filhos nascida em


xx,xx,xxxx, e xxxxxx, nascido em xx,xx,xxxx, ambos maiores de
idade, conforme consta cópia de nascimento em anexo.

Insta observar que, depois da Emenda Constitucional 66/2010,


não mais é possível a interferência estatal na autonomia de vontade
privada, principalmente no Direito de Família, proporcionando a
dissolução do casamento pelo divórcio imediato, independentemente
de culpa, motivação ou da prévia separação judicial.

Nesse sentido, o requerido encontra-se separado de fato da


requerida desde março de 2005, ou seja, há mais de 13 (treze) anos.
Contudo, durante esse tempo as partes permaneceram constando nos
registros públicos como casados.

Em virtude disso, o autor, querendo atualizar seu estado civil,


vale dizer, constar nos registros públicos como divorciado, entrou em
contato com a requerida para dar início ao processo de divórcio
consensual. Contudo, esta lhe informou que não iria colaborar, o que
obrigou o autor a optar pelo divórcio litigioso.

Insta salientar que não há bens para serem partilhados, bem


como os filhos do casal são maiores e possuidores de capacidade
civil plena.
6 - DO DIREITO

6.1 - DO DIVÓRCIO

Conforme ensinam os civilistas, o casamento é constituído


pela sociedade conjugal e pelo vínculo conjugal. Com
a separação judicial, ocorre o fim da sociedade conjugal, cessando os
deveres de coabitação, fidelidade recíproca e o regime de bens.
Contudo, a separação não acarreta o fim do vínculo matrimonial.

Assim, pessoas separadas não poderiam se casar, embora a lei


admitisse a possibilidade de terem união estável com terceiros (art.
1.723, § 1º, CC). Por outro lado, nada impedia que pessoas
separadas, após reconciliação, voltassem a viver juntas, fazendo
ressurgir a sociedade entre elas. Por sua vez, o divórcio é algo mais
radical, pois significa a dissolução do vínculo matrimonial. Ademais,
uma vez divorciados, ex-marido e ex-esposa somente podem
reconstituir a sociedade conjugal e o vínculo após novo casamento.

A Emenda Constitucional nº 66, datada de 13.07.2010, deu nova


redação ao parágrafo 6º do artigo 226 da Constituição Federal de
1988. Disposição esta que trata sobre a dissolução do casamento
civil. Com o novo texto, foi suprimido o requisito de separação judicial
por mais de um ano, ou de separação de fato por mais de dois anos.

Art. 226 do CF. A família, base da sociedade, tem especial


proteção do Estado. § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo
divórcio.

Desta forma, o Código Civil também assevera:

Art. 1.571 do CC. A sociedade conjugal termina: IV- pelo divórcio

Ante o fato de o Requerente e a Requerida se encontrarem


separados de fato desde agosto de 2005, mostra-se impossível a
reconciliação, bem como a opção pela via consensual, na medida em
que a demandada se mostra contrária a tal procedimento. Com isso,
busca o judiciário a fim de que seja expedido o mandado de
averbação.

6.2 - DA PARTILHA DE BENS

A as partes estão casadas sob regime parcial de comunhão de


bens, contudo, não possuem bens a partilhar.
6.3 - DO NOME

O autor deseja continuar com o seu nome de casado, vale dizer,


Geraldo de Oliveira Guedes, sendo-lhe indiferente a alteração do
nome da ré.

6.4 - DOS ALIMENTOS ENTRE OS CÔNJUJES

Não se faz necessária a fixação de alimentos entre os


cônjuges, na medida em que se encontram separados de fato desde
agosto de 2005 e nunca precisaram de apoio financeiro
reciprocamente. Diante disso, é prescindível a fixação de alimentos
entre as partes.

6.5 - DOS ALIMENTOS PARA OS FILHOS

Da vida conjugal entre as partes, nasceram Marla de Oliveira


Guedes, em 09/08/1994, e Marcos de Lima Guedes, em 18/06/1991,
ambos maiores de idade, conforme consta cópia de nascimento em
anexo.

Nesse sentido, tendo em vista os filhos já serem maiores e


com capacidade plena para a vida civil, não se faz necessária a
fixação de alimentos para os filhos.

Ante o exposto, requer:

a) Que seja acolhida a preliminar de não indeferimento e a de


dispensa da audiência de conciliação e mediação, em respeito ao art.
5°, XXXV da CF/88 e art. 319 VII CPC respectivamente;

b) A concessão da gratuidade da justiça, haja vista ostentar


condição de pobreza, na acepção jurídica do termo;

c) Procedência do pedido do requerente, com a decretação do


divórcio do casal,

d) Requer, também, após trânsito em julgado da presente ação


seja expedido mandado judicial para a averbação no respectivo
Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais.

e) Determinar a citação da ré para, querendo, contestar a ação


no prazo legal, se assim entender conveniente, sob pena de revelia ou
confissão ficta prevista no artigo 344 a 346, do CPC, em caso do não
comparecimento, concedendo ao final, a procedência integral dos
pedidos;
f) A condenação da Requerida ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios de sucumbência, conforme art.
85, § 2º do Código de Processo Civil, CPC, sendo que estes deverão
ser depositados no fundo de apoio e aparelhamento da defensoria
pública do estado do Ceará-FAADEP (Conta Corrente: 0919. 006.71003-
08, CNPJ- 05.220.055/0001-20, Caixa Econômica Federal)

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em


direito admitidas, em especial, prova documental, pericial e tantas
quantas se façam necessárias para o deslinde da causa.

Dá-se a causa o valor de R$ xxxxxx, para meros fins legais.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local e data.

______________________________________________________

Advogado

OAB

Fonte: https://jus.com.br/peticoes/68356/acao-de-divorcio

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