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SERAFIM – ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA

MARCELO SERAFIM DE SOUZA - OAB/ES 18.472


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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE


FUNDÃO-ES.

Bem-aventurados os que
observam a justiça...
(Salmos 106:3)

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

CAMILA VITÓRIA SARMENTO DE OLIVEIRA, brasileira, nascido em 11 de janeiro de 2004, menor


impúbere, representada por sua genitora LUCIMARA QUEIROZ SARMENTO, brasileira, solteira,
do lar, inscrita no CPF/MF sob o nº 104.616.217-97, residente e domiciliada no Morro do Consul,
bairro Timbuí, Fundão/ES, CEP: 29185-000, por seu advogado constituído, infra signatário, vêm
com todo o acato e respeito à honrada presença de V. Exa., ajuizar a presente AÇÃO DE
ALIMENTOS C/C PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS em face de GELCI DO NASCIMENTO DE
OLIVEIRA, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado na Rua Leopoldina Monteiro Firme, nº 10,
bairro Cariacica Sede, Cariacica/ES, CEP: 29156-053, em razão dos seguintes fatos e
fundamentos:

PRELIMINARMENTE
Ab initio, impende ressaltar que, a autora da presente ação pede, que seja concedido à mesma
os Benefícios da Justiça Gratuita, haja vista não ter condições econômicas e/ou financeiras de
arcar com as custas processuais e demais despesas aplicáveis á espécie, honorários advocatícios,

Rua Constante Sodré, nº 220 Vitória/ES www.marceloserafim.jud.adv.br


Sala 403, Bairro: Santa Lúcia 3325-4958 / 99778-6930 marceloserafim.adv@gmail.com
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sem prejuízo próprio ou de sua família, nos termos de expressa declaração de hipossuficiente,
na forma do artigo 4º, da Lei nº 1.060, de 05 de fevereiro de 1950, e art. 1º da Lei nº 7.115/83.

Haja vista, estar sendo assistida neste momento por defensor dativo, pois ausente defensoria
pública nesta Comarca e mm. Vara, bem como faz juntada neste ato de Declaração de
hipossuficiente em anexo.

DO DEFERIMENTO DE HONORÁRIOS DE DEFENSOR DATIVO, TENDO EM VISTA A AUSÊNCIA DE


DEFENSORIA PÚBLICA NESTA COMARCA E MM. VARA
Ab ovo, cumpre ressaltar que, no momento em que a genitora da autora teve acesso à este
causídico subscritor, sua intenção era a de ser assistida pela Defensoria Pública, haja vista, não
possui recursos de arcar com as custas e despesas processuais e honorárias, conforme
demonstrado na Declaração de Hipossuficiência que segue em anexo.

Todavia, tendo em vista a ausência de defensoria pública nesta Comarca e mm. Vara, o que tem
causado diversos suplícios e flagelos à população de Fundão, este causídico subscritor pugna,
seja lhe deferido honorários de defensor dativo a ser arbitrado por este douto juízo, em atenção
aos trabalhos a serem prestados por este nos autos que se formarão com a presente peça de
ingresso.

DO FORO COMPETENTE
Ab ovo, cumpre ressaltar que, malgrado o réu resida em Comarca diversa onde está sendo
proposta a presente Ação de Alimentos (Cariacica), todavia, é de assaz sabença que, nas ações
de alimentos, o foro competente é o do domicílio ou da residência do alimentando.

Aliás, competência esta, cumpre ressaltar, não ab-rogada pelo legislador infraconstitucional que
manteve, em sua totalidade o disposto no revogado Art. 100, II, do CPC de 1973 (Lei 5.869, de
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11 de janeiro de 1973), insculpindo agora no artigo 53, inciso II do Novo CPC (Lei nº 13.105, de
2015), a competência territorial do Foro para as Ações Alimentícias, verbis:
Art. 53.
É competente o foro:
[...]
II - De domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se
pedem alimentos. (grifos acrescidos)

Lógico, visou novel legislador preservar a parte hipossuficiente nesta conturbada relação
judicial, determinando o foro competente o de seu domicílio. Entendimento aliás, seguido pela
jurisprudência. Como exemplo citamos o seguinte aresto, verbis:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS. ART. 100, INC. II,


CPC. COMPETÊNCIA TERRITORIAL. RELATIVA. 1. Aplicável à ação de
alimentos o disposto no art. 100, inc. II, do CPC, que prevê como
competente o foro do domicílio ou residência do alimentando. Trata-se de
competência territorial, razão pela qual é faculdade privativa da parte a
sua arguição. 2. Na hipótese de incompetência relativa não pode o Juiz
decliná-la de ofício, Súmula nº 33/STJ. 3. Agravo de instrumento provido1.

DOS FATOS
A requerente é filha das partes ora litigantes, contando com 12 (doze) anos de vida atualmente.
Quadra registrar que a mesma vive com sua mãe, que é quem lhe garante a subsistência,
provendo todo o cuidado e assistência à mesma. Sendo auxiliada por parentes próximos, nesta
árdua tarefa.

1
TJ-DF - AGI: 20150020297712. Relator: VERA ANDRIGHI. Data de Julgamento: 09/03/2016. 6ª Turma Cível. Data de
Publicação: Publicado no DJE : 17/03/2016
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Haja vista, o requerido além de haver abandonado afetivamente a própria filha (requerente),
ainda a abandonou financeiramente. Sendo que hodiernamente a genitora da requerente é
quem tem que despender com todos as necessidades da requerente, desde a afetiva até as
necessidades mais básicas à sua subsistência.

Destarte, até a presente data, a requerente não recebeu nenhum amparo ou sustento por parte
do requerido, não lhe restando outra alternativa, senão provocar o judiciário, para ver-se
amparada pelo requerido, ainda que através de competente decisão judicial.

Não assim, apenas com a fixação judicial dos alimentos, poderá atender ao menos as
necessidades alimentares da requerente, visto também cabe ao Pai a dita obrigação, conforme
afirmado alhures. Aliás, que decorre da Lei e da moral.

Enfim o sustento da autora se tornou impossível apenas para ser arcado por sua genitora, razão
pela qual se faz necessária a condenação do requerido para o pagamento da pensão alimentícia,
no montante referente a 30% sobre os ganhos que o tal tem com o seu trabalho, ou sobre o
salário mínimo vigente, caso se encontre desempregado, para que lhe seja garantida sua
subsistência.

DO DIREITO
A nossa Constituição Federal, em seu artigo 229, tem o seguinte teor “Os pais têm o dever de
assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar
os pais na velhice, carência ou enfermidade”.

Já o artigo 1.634, inciso I, do Código Civil fala que “a criação e a educação dos filhos menores
compete aos pais”, o Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.069/90, em seu artigo 22 fala o
seguinte:
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Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos
filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de
cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.

Como verificado compete também ao requerido, promover a subsistência da autora, algo que
não vem ocorrendo no caso citado, antes posto que apenas sua genitora, conforme alhures
afirmado é quem vem mantendo o sustento da autora, e isso, Exa., com a ajuda e auxílio de
parentes próximos.

A grande Doutrinadora Maria Helena Diniz no seu Livro “Curso de Direito Civil Brasileiro, 5. Vol.,
18. Ed., São Paulo: Saraiva, 2003, p. 467 diz que:
O fundamento desta obrigação de prestar alimentos é o princípio da
preservação da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III) e o da
solidariedade familiar, pois vem a ser um dever personalíssimo, devido
pelo alimentante, em razão do parentesco que o liga ao alimentado.

Podemos aqui citar o referente artigo 1.694, no seu caput, do Código Civil, subscreve que:
Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os
alimentos de que necessitarem para viver de modo compatível com a sua
condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.

A ação de alimentos é disciplinada pela Lei 5.478/68 em seu artigo 2º, tem algo que não
poderíamos deixar de citar que diz que o credor de alimentos, exporá suas necessidades,
provando apenas, o parentesco ou a obrigação de alimentar ao devedor.

Assim resta mais que provado, que o pai tem o dever de prestar alimentos não podendo se
escusar sobre tal dever em nenhuma hipótese.
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Diante do que aqui ficou exposto, não resta outro meio à requerente senão buscar através da
presente ação de alimentos a prestação jurisdicional, a fim de proteger seus direitos.

Pelos fatos em questão, se faz necessário que Vossa Excelência estabeleça um valor de no
mínimo 30% sobre os ganhos do mesmo, ou ainda se este se encontrar desempregado, 30%
sobre o salário mínimo vigente, para garantir a integridade essencial da autora.

IV. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS


O famoso artigo 4.º da Lei 5.478/68 Lei de Alimentos fala que: “Ao despachar o pedido, o juiz
fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita”.

Visto que é de extrema necessidade a alimentação da requerente, deverão de máxima vênia,


ser fixados imediatamente os alimentos provisórios.

V. DOS PEDIDOS
1. Diante dos fatos e fundamentos jurídicos, acima dispostos sobre a necessidade de
subsistência da autora, requer a Vossa Excelência a concessão de liminar, de alimentos
provisórios em favor desta, com a fixação de 30% sobre os ganhos do requerido, ou ainda
se este se encontrar desempregado, 30% sobre o salário mínimo vigente, para garantir a
integridade essencial da autora.
2. Que seja feita a citação do requerido, no endereço indicado no preâmbulo desta peça
vestibular, para, querendo, contestar aos termos da presente demanda no prazo legal,
sob pena de revelia, confissão e demais cominações legais (NCPC art. 334 e art. 344) e
ao final, seja esta, julgada procedente a respectiva ação, para determinar a concessão
dos alimentos provisórios.

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3. A manifestação na ação, do ilustre Representante do Ministério Público que atua nessa


Vara.
4. Por força do inciso II do artigo 53 do NCPC, a competência territorial deste Foro para
julgar a presente demanda.
5. A condenação do requerido para pagar 30% sobre seus ganhos ou ainda se este se
encontrar desempregado, 30% sobre o salário mínimo vigente, para garantir a
integridade essencial da autora.
6. Que Seja concedido a requerente os Benefícios da Justiça Gratuita, haja vista não ter
condições econômicas e/ou financeiras de arcar com as custas processuais e demais
despesas aplicáveis á espécie, honorários advocatícios, sem prejuízo próprio ou de sua
família, nos termos de expressa declaração de hipossuficiente, na forma do artigo 4º, da
Lei nº 1.060, de 05 de fevereiro de 1950, e art. 1º da Lei nº 7.115/83.
7. Tendo em vista a ausência de defensoria pública nesta Comarca e mm. Vara, o que tem
causado diversos suplícios e flagelos à população de Fundão, seja deferido a este
causídico subscritor, honorários de defensor dativo a ser arbitrado por este douto juízo,
em atenção aos trabalhos a serem prestados por este nos autos que se formarão com a
presente peça de ingresso.
8. Sejam deferidos todos meios de provas em direito admitidos, inclusive os moralmente
legítimos que não estão previstos no Código de Processo Civil, mas, hábeis a provar a
verdade dos fatos em que se funda a presente demanda (CPC, art. 369).

Dá-se a causa o valor de 5.000,00 (cinco mil reais)

Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Vitória, 12 de setembro de 2016
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MARCELO SERAFIM DE SOUZA
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