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Taquaritinga, SP
2012
FÁBIO ESTEVAM DIAS
Taquaritinga, SP
2012
Dedico,
RESUMO
ABSTRACT
This research deals with the study of processes of production of extruded aluminum.
Aluminum is a metal with virtually endless applications because of its characteristics. The
aim of this document is to generate information about this metal as the history of aluminum in
Brazil and in the world, the processes used for obtaining the metal and the processes involved
before the extrusion process as the development of aluminum alloys, alloying elements and
the importance of aluminum alloys for the development of extrusion processes. Discusses the
extrusion’s processes most commonly used for aluminum extrusion sorting them according to
the types of printing presses used and discusses its merits of process, analyzing the existing
cycles during the extrusion process, the behavior of metal during these phases and the
equipment involved during the process. It’s also parsed production times and dead time
process. It also highlights all activities involved in the extrusion process, from the selection of
raw materials to packaging and dispatch of the finished product, including processes for heat
treatment of extruded and its importance in accordance with the applications of extruded
quality management process, analyzing the possible defects that can occur in extruded
aluminum, new product development and extrusion tooling. Are also addressed processes of
surface treatment of extruded performed before your final application, used for better
finishing in material, finishing with a case study on a company known distribution industry
and extrusion of aluminum profiles. The methodology used was the bibliographic search and
the case study conducted in extrusion’s company. The result obtained for the research is the
evidencing of the great development of industry of extruded beyond gathering information
relevant for investors who want guidance on this branch we venture. The product resulting
from this research can assist search entered in the elaboration of projects for assembling
production lines or to process improvement that are already deployed.
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 15
Objetivo .................................................................................................................................... 15
Metodologia .............................................................................................................................. 15
Estrutura do Trabalho ............................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 97
ANEXOS ................................................................................................................................. 99
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
AA - Aluminum Association
ABAL - Associação Brasileira do Alumínio
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ASA - Alumínio Sociedade Anônima
CAD - Computer Aided Design
CAM - Computer Aided Manufacturing
CLP - Controlador Lógico Programável
CNC - Computer Numeric Control
DCC - Diâmetro do Círculo Circunscrito
ELQUISA - Eletro Química Brasileira
EUA - Estados Unidos da América
FOB - Free on board
FT - Fator de Transformação
ISO - International Organization for Standardization
NBR - Norma Brasileira
PCP - Planejamento e Controle da Produção
PIB - Produto Interno Bruno
SGBD - Sistema de Gestão de Banco de Dados
SGQ - Sistema de Gestão da Qualidade
SI - Sistemas de Informação
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INTRODUÇÃO
Objetivo
Metodologia
Para o alcance do objetivo foi realizado uma pesquisa bibliográfica através de obras de
reconhecimento na área dos processos de extrusão de alumínio, tratamento térmico, normas
técnicas e administração da produção. Além da pesquisa bibliográfica, também foi realizado
um estudo de caso analisando o processo produtivo dos extrudados de alumínio.
Estrutura do Trabalho
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vermelha. O teor médio desta bauxita depois de lavada é acima de 55% de Al2O3 contendo
ainda de 5 a 20 % de SiO2 e 5% ou menos de Fe.
Em Muqui (ES), há jazidas com teor de Al2O3 entre 58% e 59%, alto teor de SiO2 e
baixo teor de Fe. Estimam-se 500 mil toneladas de bauxita nestas jazidas.
Também existem jazidas de bauxita de grandes dimensões e com espessuras de mais
de 0.5 metros no sudoeste da Bahia e centro – norte do Maranhão. (BOER, 1981)
industriais é citado na Segunda Guerra Mundial e toda a revolução técnica que se desenvolveu
durante esse tempo e posteriormente a ele.
ABAL (2007) cita o início do século 20 como a época em que se popularizou o uso do
alumínio. Nesta época, com o desenvolvimento de ligas de alumínio com propriedades
mecânicas mais elevadas, destacou-se a importância do alumínio como um metal de excelente
combinação de propriedades úteis para um enorme campo de aplicações em engenharia.
Destacou-se também a facilidade de transformação através de processos metalúrgicos e pelo
desenvolvimento de técnicas de trabalho com o metal e de acabamento do mesmo facilitando
suas aplicações nas mais diversas áreas. (ABAL, 2007).
Em 1943 a produção mundial alcançou a marca de 2 milhões de toneladas e chegou-se
a marca de 22 milhões de toneladas no novo milênio. (ABAL, 2005).
A construção das usinas de alumínio no Brasil teve início somente após a Segunda
Guerra. Atualmente estão sendo construídas novas indústrias para processamento do alumínio
com instalações ultramodernas que contribuem para o desenvolvimento industrial e
econômico do país. (BOER, 1981).
Segundo Machado (1985), a primeira usina de alumínio brasileira foi fundada em 8 de
julho de 1934 pelo Dr. Américo René Giannetti e seu amigo Simão Woods Lacerda
denominada ELQUISA – Eletro Química Brasileira S/A em Saranhema, a 2km de Ouro Preto
(MG), com um capital inicial de cerca de US$ 1,1 milhão. O projeto contava com instalações
para a produção de ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido nítrico, soda cáustica, alumina,
alumínio, eletro–cimento, ferro manganês e ferro silício além da construção de uma
hidrelétrica de 6000 hp no rio Mainart (Hidrelétrica de Salto), a qual foi embargada em
primeiro momento pela concessionária de força e luz de Ouro Preto por motivos não
reportados. Com o embargo, a primeira fábrica começou operar em 1936 com energia gerada
por um motor a gás pobre, produzindo ácido sulfúrico e sulfato de cobre.
Contanto, ainda em Machado (1985) é registrado o funcionamento da primeira usina
hidrelétrica de Salto e da primeira fábrica de alumina Bayer da América Latina e de produção
de sulfato de alumínio somente em 1939, operando em testes semi–industriais. Além do
embargo da hidrelétrica, outro fator que colaborou para o atraso de início de operação foi a
morte de Simão Woods Lacerda em 1937. Em 1938, o Dr. Giannetti adquiriu equipamentos
provindos da França para a produção de cimento aluminoso, estes equipamentos foram
testados com êxito até 1940. Porém, com a Segunda Guerra, estes equipamentos que foram
comprados com a intenção de produzir alumínio foram aproveitados para produzir ferro liga a
pedido das autoridades militares. Em 1941, Dr. Giannetti procurou os EUA para a compra de
21
1.2.1 MINERAÇÃO
1.2.2 REFINO
1.2.3 REDUÇÃO
25
Para Remy (2002), a fraca resistência do alumínio puro (Rm 80 N/mm2) limita suas
utilizações o que, com desenvolvimento das ligas de alumínio, aumentou consideravelmente
suas aplicações.
ABAL (2006) define que os elementos de liga são materiais adicionados ao alumínio
com o intuito de alterar suas propriedades de forma controlada.
Com exceção dos elementos que são adicionados ao alumínio para o refinamento de
grão, quaisquer outros elementos intencionalmente adicionados ao alumínio são chamados de
elemento de liga.
· 5XXX – Magnésio;
· 6XXX – Magnésio e Silício;
· 7XXX – Zinco;
· 8XXX – Outros elementos e
· 9XXX – Série não utilizada.
(ABAL Tratamento Térmico, 2003. Pag.17)
Tabela 2 - Diferença máxima permitida para mais ou para menos, entre a porcentagem
média original e a modificada.
Diferença máxima permitida para mais ou para
Média aritmética dos limites de cada elemento
menos, entre a porcentagem média original e a
de liga na liga original (%)
modificada
Até 1 inclusive 0,15
Acima de 1 a 2 inclusive 0,20
Acima de 2 a 3 inclusive 0,25
Acima de 3 a 4 inclusive 0,30
Acima de 4 a 5 inclusive 0,35
Acima de 5 a 6 inclusive 0,40
Fonte: ABNT (1986) Coletâneas de Normas do Alumínio. Pag. 57
Segundo a ABNT (1986), a norma NBR 6834 é a norma que classifica os vários tipos
de alumínio e suas ligas. A ABNT define elemento de liga como:
“Elemento químico que se adiciona intencionalmente ao alumínio, segundo teores
mínimos e máximos especificados”.
São muitos os elementos de liga utilizados para os mais diversos fins, o que torna
difícil a descrição de cada um desses elementos, eles são divididos em elementos que fazem a
característica principal da liga, como as características descritas anteriormente e os que têm
função acessória na liga, como características de controle de microestrutura, impureza e
outros traços possam prejudicar a aplicação do alumínio. (ABAL, 2003)
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Para ABNT (1986), define elemento de liga principal: “Elemento de liga com maior
porcentagem de massa”.
Ainda segundo ABNT (1986), as ligas de alumínio dúcteis são aquelas que suportam
deformações plásticas elevadas antes da ruptura causadas pelos efeitos dos esforços em que
são submetidos. Estas ligas podem sofrer transformações por meio de trabalho a frio ou a
quente através do uso de processos mecânicos como o processo de extrusão entre outros.
As ligas 1XXX utilizam como base o alumínio não ligado entre 99,0% e 99,5% de
pureza sendo o restante, presença de impurezas de processo consideradas normais como ferro
e silício.
Existem aplicações onde se tem a necessidades de uso de alumínio de alta pureza,
acima de 99,5% e até 99,99% este tem elevada resistência à corrosão de forma que se pode
afirmar que as ligas de alumínio alteram a durabilidade do material dependendo de suas
aplicações. (ABAL, 2003)
Na tabela abaixo se verifica os limites da composição química das ligas da família
1xxx.
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Estas ligas apresentam boa usinabilidade e são muito utilizadas em processos que
necessitam de usinagem, além de elevada dureza no produto acabado como:
· Rodas de caminhões;
· Peças de automóveis;
· Peças para aeronaves. (BOER, 1981)
As ligas 3xxx tem como elemento de liga principal o Manganês (Mn). Segundo a
ABAL (2003), as ligas da família 3xxx não aceitam tratamento térmico embora são mais
resistentes que as ligas 1xxx.
Na tabela abaixo se verifica os limites da composição química das ligas da família
3xxx.
Essas ligas geralmente não são tratáveis termicamente, as ligas Al – Si são utilizadas
na confecção de pistões forjados e na fabricação de solda de alumínio e produtos para
construção civil. (BOER, 1981).
São ligas 5xxx as ligas que compõe magnésio (Mg) como elemento de liga principal
na sua estrutura. O magnésio segundo a ABAL, 2007 foi utilizado na segunda década do
Século 20 pela primeira vez como elemento de liga e hoje é amplamente utilizada nas ligas
destinadas a indústria naval. Este elemento é descrito em ABAL, 2003 como um forte
endurecedor das ligas de alumínio, com grande capacidade de combinação com outros
elementos de liga e por conferir alta resistência à corrosão às ligas fundidas e às ligas Al-Mg.
Quando o Mg é utilizado com o Mn torna a liga não tratável termicamente.
Na tabela abaixo se verifica os limites da composição química das ligas da família
5xxx.
As ligas 5xxx resistem muito bem a agua do mar, por isso são bastante usadas na
confecção de peças para navios e também:
· Nas tampas das latas de alumínio;
· Peças para automóveis;
· Peças para iluminação;
· Decoração;
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· Bicicletas;
· Automóveis;
· Indústria moveleira;
· Decoração;
· Estruturas soldadas;
· Indústria aeronáutica. (ASA, 1975)
ABAL (2003), descreve as ligas 7XXX como ligas da família MgZn2, são ligas com
misturas de zinco e magnésio sendo que este primeiro componente tem ação endurecedora no
alumínio quando adicionado em altos teores conferindo ao grupo de ligas ótima resistência
mecânica. Sua forte tendência à corrosão exige maior controle de qualidade do material.
Na tabela abaixo se verifica os limites da composição química das ligas da família
7xxx.
Vários materiais podem ser representados por esse grupo de liga. Dentre eles ABAL
(2003), cita o ferro que é destes um elemento bastante comum nas ligas de alumínio e muitas
vezes classificado como impureza, quando tem sua presença indesejável.
A ABAL (2007) afirma que na segunda década do século 20 foi desenvolvido o
primeiro material de um grupo de ligas que contém a adição de níquel, amplamente
empregado na produção de peças que trabalham em temperaturas elevadas e necessitam de
resistência, como componentes de motores. O níquel segundo ABAL (2003) quando é
adicionado com o ferro, forma compostos estáveis, resistentes a intempéries como alta
pressão e temperaturas elevadas.
Também é utilizado o titânio em baixas concentrações, como o composto TiAl3 que
atua como um refinador de grão. Outro refinador de grão usado também nessas ligas é o boro
na forma do composto TiB2 além do sódio, estrôncio, cromo e o vanádio. (ABAL, 2003)
As ligas 8xxx são utilizadas na indústria automotiva, aeronáutica e aeroespacial.
Na tabela abaixo se verifica os limites da composição química das ligas da família
8xxx.
3 EXTRUSÃO DE ALUMÍNIO
Para Reis (2006), é ilimitada a variedade de perfis que podem ser extrudados em
alumínio. As vantagens desse processo são a redução dos custos finais de produção devido à
eliminação de processos de usinagens posteriores, destaca também a eliminação de juntas
frágeis e melhor distribuição do metal obtendo secções mais resistentes.
O principal equipamento necessário para a extrusão de alumínio é uma prensa
hidráulica horizontal ou vertical, na qual o pistão avança a uma velocidade controlada. (ASA,
1970)
Segundo ABAL (2005) atualmente as prensas mais utilizadas para a extrusão de
alumínio são as prensas hidráulicas horizontais. Atualmente são utilizadas prensas com
capacidade de força de 1200 toneladas a 2400 toneladas, estas são as mais usadas para a
extrusão da maioria dos perfis de alumínio utilizados hoje, também temos prensas de 500
toneladas de força para pequenas extrusões de perfis, produzindo alguns perfis leves com boa
eficiência e prensas grandes de até 15000 toneladas produzindo perfis com geometrias
complexas e de dimensões maiores. Para TRAVASSOS (2010) as prensas de extrusão tem
sua pressão medida através da divisão da força exercida pelo empurrador dividida pela área
do seu recipiente de modo que, uma prensa com força de 2000 toneladas exercida pelo
empurrador e recipiente para tarugos de 8 polegadas e uma prensa com força de 500 toneladas
exercida pelo empurrador e recipiente para tarugos de 4 polegadas, exercem a mesma pressão
específica de 62 kgf/mm2 sendo o suficiente para a extrusão da maioria dos perfis de alumínio
utilizados atualmente.
As prensas para extrusão em geral são projetadas com pressão específica entre 42
kgf/mm2 e 84 kgf/mm2 e com pressão hidráulica no pistão principal da prensa entre 2500 PSI
(175 bar) e 5000 PSI (350 bar). (ABAL, 2005)
Desta forma ainda em ABAL (2005) as designações para as prensas de extrusão de
alumínio podem ser expressas pela sua força em toneladas, pelo diâmetro do tarugo em
polegadas ou pelos dois. Ex:
Prensa de 2000 t – Prensa de 8 pol – Prensa de 2000 t/8 pol;
Prensa de 500 t – Prensa de 4 pol – Prensa de 500 t/4 pol.
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· Menor pressão de pico o que faz com que a carga de força necessária para e
extrusão seja menor;
· Menor temperatura do tarugo;
· Consegue extrudar perfis mais finos com precisão maior;
· Temperatura de saída do perfil menor devido à ausência de atrito entre o tarugo e o
recipiente diminuindo defeitos por arranchamento;
· Maior vida útil do recipiente. (Campana, 2008)
Na figura abaixo se pode observar a sequência de movimentos de uma prensa de
extrusão indireta sendo:
A - Carregamento de tarugo e ferramenta;
B - Deslocamento do conjunto;
C - Extrusão.
Nas prensas de extrusão lateral o recipiente tem uma abertura lateral por onde o
material extrudado é direcionado a matriz que faz a conformação do perfil formando um
ângulo de 90° entre o perfil e o punção (embolo). (Palmeira, 2005)
Ainda em PALMEIRA (2005) é citado a extrusão lateral hidrostática, a qual, um
fluido fica entre o tarugo e a câmera minimizando a fricção entre eles.
A figura abaixo ilustra a extrusão lateral.
As prensas para extrusão direta são as mais utilizadas para extrusão de alumínio por
conseguirem produzir perfis de maiores dimensões e devido a maior simplicidade em relação
aos outros processos descritos.
Segundo CAMPANA (2008) as prensas de extrusão direta conseguem melhor
qualidade do extrudado de alumínio pelo fato de que, durante a extrusão direta é formado um
cone de material extrudado próximo à ferramenta, causando maior velocidade de vazão no
centro do cone, fazendo com que o material do centro do tarugo flua primeiro que o material
da superfície que, por sua vez é conduzida para trás e fica contida no descarte de material
(talão), no final do processo de extrusão do tarugo.
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Fonte: Reis - Processos de Produção e Uso do Alumínio na Construção Civil, 2006. Pag. 42.
48
Segundo ABAL (2005) o tempo morto no processo de extrusão é o tempo entre o final
da extrusão do tarugo até o início de extrusão do outro. É em cima desse tempo que a
engenharia projeta operações sobrepostas de modo que consiga baixar esse tempo sempre que
possível. Nas extrusoras Brasileiras as Prensas de até 2000 toneladas tem um tempo morto
médio entre 14 segundos e 40 segundos e um tempo morto de 25 segundos a 70 segundos nas
prensas maiores.
Na ilustração abaixo se tem uma prensa de extrusão direta modelo Scholeman de 330
toneladas e pressão máxima de 250 Bar:
Segundo ABAL (2005), existem vários fatores que afetam o processo de extrusão
como:
· Fator de transformação;
· Temperatura de trabalho;
· Velocidade de extrusão;
· Comprimento do tarugo e
· Homogeneização do tarugo utilizado.
50
Em ligas de alumínio com menor dureza o fator de transformação ideal é por volta de
70 nos perfis sólidos e 60 nos tubulares o que, pode ser modificado de acordo com as
condições de prensa disponíveis podendo variar esse valor de 10 até 120. Já em ligas mais
duras esse valor diminui devido a força de cisalhamento do alumínio na matriz, exigindo altas
pressões de extrusão.
Campana (2008) afirma que a resistência a extrusão depende da quantia de elementos
químicos presentes na liga e que quanto maior a presença desses elementos maior será sua
resistência a extrusão.
Já ASA (1970) afirma que a velocidade de escoamento do alumínio diminui quando
este se afasta do centro da matriz e que na extrusão de perfis pequenos, à medida que
diminuem as medidas do perfil a pressão de extrusão precisa ser aumentada e modo que
dependendo da área do perfil a pressão máxima da prensa de extrusão é insuficiente para
extrudar o perfil.
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Para ABAL (2005) as temperaturas ideais para extrusão são entre 340°C a 530°C de
temperatura emergente, dependendo da liga.
ASA (1970) afirma que a temperatura ideal para extrusão de alumínio e
aproximadamente 420°C tendo esta temperatura como a temperatura de plastificação do
tarugo. Depois de extrudado o perfil sai da prensa em estado plástico, mole e em alta
temperatura.
Campana (2008) destaca que para conseguir uma boa extrusão de alumínio são
necessárias algumas condições:
· Liga do material a ser extrudado: Sua resistência à extrusão dependerá da quantia
de elementos químicos presentes na liga, quanto maior a presença desses elementos
maior será sua resistência à extrusão;
· Tarugo: Composição química do tarugo, homogeneidade e tratamento térmico;
· Temperatura do tarugo: É fundamental ao processo a garantia da homogeneidade
do aquecimento do tarugo tanto em seu diâmetro quanto em seu comprimento;
· Temperatura do recipiente: A temperatura do recipiente deve ser uniforme e esta
deve ser menor que a temperatura do tarugo, assim será extrudado primeiramente o
núcleo do tarugo onde se encontra o alumínio de melhor qualidade:
· Temperatura de matriz: A temperatura da matriz também deve ser uniforme e a
uma temperatura condizente com a temperatura do tarugo, de modo a facilitar o
início da extrusão;
· Temperatura emergente: temperatura emergente é a temperatura de saída do perfil
extrudado, é a temperatura resultante da temperatura do tarugo mais a temperatura
resultante da transformação durante o processo de extrusão e das perdas de
temperatura para o recipiente e para o perfil extrudado;
· Velocidade do pistão principal: é o principal fator para a geração de calor durante o
processo de extrusão, o calor gerado é transmitido para o recipiente, tarugo e perfil
alterando a temperatura emergente.
Em ABAL (2005) as temperaturas ideais para extrusão são detalhadas de forma que a
temperatura emergente fique entre 340°C a 530°C e a temperatura do tarugo com 40°C a
130°C menores, compensando esta diferença de temperatura com a elevação de temperatura
causada pela força de atrito entre o tarugo e as paredes do recipiente da prensa e pela força de
52
cisalhamento do alumínio para passar pela matriz de extrusão. A alta temperatura limita a
extrudabilidade do material e pode ocasionar trincas no material extrudado quando este atinge
a temperatura de fusão. Já um tarugo frio inviabiliza o processo de extrusão, pois exige da
prensa uma força superior a da sua capacidade operacional.
Ainda é citado problemas devido à alta temperatura, como a oxidação do tarugo e da
matriz de extrusão, a amolecimento do aço da matriz aconselhando a usar sempre a
temperatura mínima necessária para obter a plasticidade necessária sem a ocorrência desses
problemas.
O limite de temperatura máxima é a fase de liquação do alumínio (fusão dos contornos
de grãos), portanto se for adotadas temperaturas de trabalho muito próximas a esse limite o
aquecimento produzido pelo atrito do alumínio com a parede do recipiente e pela compressão
da matriz pode provocar a fusão do contorno do grão, que neste caso é chamado de
esboroamento do material extrudado. (ABAL 2005)
De acordo com Palmeira (2005), a maioria dos materiais extrudados a quente são
peças longas de seção uniforme, o que é o caso dos extrudados de alumínio, estes segundo
Palmeira (2005) podem alcançar reduções de área até da ordem de 100:1.
Para ABAL (2005) quanto mais duras forem às ligas a extrudar menor deverá ser o
comprimento do tarugo, isso se deve por conta da força de atrito exercida entre as paredes do
recipiente e a superfície do tarugo, então se o tarugo for menor, acarretará em uma redução de
força de atrito, podendo aproveitar melhor a força de extrusão para vencer a força de
cisalhamento da passagem do alumínio pela matriz, caso contrario haverá sobrecarga de
pressão na prensa, podendo danificar os equipamentos envolvidos no processo.
As fórmulas de Stone e Pfender são utilizadas para calcular a influencia do
comprimento do tarugo na pressão de extrusão.
A fórmula de Stone é expressa por:
Pmáx. ൌ ܵሼሺȾ െ ͳሻସஜȀୈ ͳሽ
ܽ
Onde:
54
భȀమ
Pmáx. = ݊ܫ
ఓ ୟ
Onde:
F1/2 = resistência á deformação na temperatura e velocidade de extrusão
µ = rendimento do processo em % (30 – 60%)
A/a = fator de transformação
Ainda em ABAL (2005), é exposto o gráfico abaixo o qual mostra que de diminuir o
comprimento do tarugo, diminui o valor de 4µ L/D do expoente da fórmula de Stone. Como
resultado o Pmáx. também diminui determinando assim a curva expressa no gráfico a qual
demonstra a relação entre o comprimento do tarugo e a pressão de partida de extrusão.
Ex: O ponto 75% de pressão X 60% do comprimento, mostra que se o tarugo for
reduzido em 40% do seu comprimento terá uma redução de 25% de força para o início de
extrusão.
Abaixo o gráfico de relação aproximada entre comprimento do tarugo x pressão de
partida:
55
Para Reis (2006), homogeneização que altera a estrutura bruta de fusão através da alta
temperatura, facilitando deformações futuras, assegurando propriedades mecânicas mais
elevadas e promovendo um melhor acabamento superficial do produto final.
Em ABAL (2003), o processo de homogeneização é descrito como um tratamento
térmico que visa reduzir ou remover segregações, produzindo estruturas mais estáveis e
controlando características metalúrgicas como: propriedades mecânicas, tamanho do grão e
estampabilidade.
ABAL (2005) descreve o processo de homogeneização como um tratamento efetuado
em fornos a gás, elétricos ou a óleo, onde se controla a temperatura em uma faixa de mais ou
menos 5°C por tempo variável em torno de 2 a 6 horas, de acordo com a liga e a propriedade
requerida ao produto final. O resfriamento também pode ser controlado.
Durante o processo o Mg2Si primário é dissolvido e sua maior parte entra em solução
sólida a partir de 480°C e a exposição a esta temperatura por um tempo prolongado
transforma a fase βAlFeSi em αAlFeSi melhorando a extrudabilidade das ligas
homogeneizadas diminuindo as trincas e as partículas de óxido (“pick ups”). As temperaturas
menores que 580°C por ou tempo menor que duas horas não são aconselháveis, pois não
garantem a uniformidade estrutural do tarugo.
56
Têmpera – Estado que adquire o material pela ação das deformações plásticas a frio
ou a quente, ou por tratamentos térmicos ou pela combinação de ambos que dão ao
produto estruturas e propriedades características. (ABNT, 1986, p.71)
Segundo ABAL (2005), a fabricação dos fornos de tratamento térmico para extrudados
de alumínio são mais fáceis que os outros utilizados na siderurgia, devido às temperaturas
utilizadas serem mais baixas. São necessários controles que assegurem aos fornos temperatura
homogênea e controlada com variação máxima de temperatura de + 5°C em relação ao “set
point”. Periodicamente é preciso realizar levantamentos de perfil térmico do forno, para
assegurar a relação entre os registradores do forno e o comportamento real da carga.
Os fornos utilizados para o tratamento térmico dos extrudados de alumínio são os com
transmissão de calor feita por convecção onde, o ar aquecido por chama ou resistência
elétrica, passa pela carga, forçado por meio de ventiladores.
Na escolha do forno devem ser considerados os fatores como:
· O tipo de material a ser tratado;
· As dimensões das peças tratadas;
· Os tipos de ligas aplicadas;
· Tipo de acabamento exigido no material;
· Disponibilidade energética;
· Balanceamento da capacidade de produção do forno com a linha de produção, para
não criar gargalos de produção.
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4 PRODUTOS EXTRUDADOS
§ Perfis sólidos: Perfis que não tem nenhum vazio totalmente circunscrito por
metal na sua seção transversal;
§ Perfis tubulares: São perfis que em sua seção transversal tem uma ou mais áreas
vazias totalmente circunscritas pelo metal;
§ Perfis semitubulares: Tem um ou mais vazios parcialmente circunscritos em sua
seção transversal; (REIS, 2006)
ABNT (1986) classifica um perfil como um produto de seção transversal uniforme ao
longo do seu comprimento diferente da barra, arame, tubo, vergalhão ou chapa, sendo oco ou
sólido.
A figura abaixo ilustra alguns exemplos de perfis em corte na sua seção transversal.
Fonte: Reis - Processos de Produção e Uso do Alumínio na Construção Civil, 2006. Pag.44.
ABNT (1686) define um tubo como um produto dúctil e oco, de seção transversal
uniforme ao longo de seu comprimento, tendo um vão com uma periferia contínua e com
paredes com espessuras uniformes. Os tubos podem ser redondos, quadrados, retangulares,
poligonais regulares ou elípticos.
A figura abaixo ilustra alguns exemplos de tubos em corte na sua seção transversal.
· Vergalhão: tem seção circular e uniforme com diâmetro maior que 12,7mm; (REIS,
2006)
ABNT (1986) descreve um vergalhão como um produto sólido de seção transversal
uniforme ao longo do seu comprimento podendo ser redondos, triangulares ou poligonais
regulares com seção transversal superior a 6mm.
A figura abaixo ilustra alguns exemplos de vergalhões em corte na sua seção
transversal.
As dimensões dos perfis são indicadas no desenho do perfil, o qual realça todos os
detalhes do projeto e detalha informações como faces expostas, perfis de encaixe, liga,
têmpera, peso/metro e dimensões importantes que merecem maior atenção. (ASA, 1970)
Um desenho de perfil é desenvolvido conforme o exemplo abaixo:
· Reproduzir a configuração exata do perfil, ter uma distribuição de cotas que facilite
a execução da matriz;
· Contrastar as dimensões realmente importantes ao usuário com as dimensões menos
importantes;
· Indicar as dimensões importantes para facilitar a inspeção do produto durante e
após a produção. (ASA, 1975)
O peso especificado no desenho em kg/m pode ser calculado multiplicando a área
(mm2) da seção transversal do perfil pela constante 2,71 (g/cm3). (REIS, 2006)
De acordo com ABAL (2005), a mínima espessura do perfil depende de seu DCC. É
através da relação DCC/espessura que é escolhida e prensa ideal para a produção do
extrudado calculando o fator de transformação (FT), o comprimento máximo do tarugo
utilizado e a maior puxada possível para aproveitar o máximo possível do comprimento da
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mesa. Tais exigências são de difícil conciliação o que torna o fabricante que tiver a prensa
mais adequada para a produção do produto determinado tenha melhor vantagem competitiva.
Um perfil com um FT muito alto para uma determinada prensa pode ser produzido
pela prensa em questão aumentando a quantidade de furos ou saídas nas matrizes.
Para ASA (1975), divide as matrizes em:
· Matrizes abertas – Matrizes de propriedade da empresa usadas na produção de
perfis específicos de sua linha comercial. Estes perfis podem ser produzidos para
qualquer cliente;
· Matrizes especiais – Matrizes de propriedade dos clientes tendo seu uso exclusivo.
Estes perfis não podem ser produzidos para outros clientes.
· Matrizes normais – Matrizes de propriedade da empresa usadas para produzir perfis
normais. São perfis sem domínio de patente. Podem ser produzidos para qualquer
cliente.
Segundo Reis (2006), o aço empregado para a fabricação do ferramental é o “aço para
trabalho a quente”. Os aços mais utilizados na produção das ferramentas de extrusão são os
aços SAE H10, H11, H12 e H13, tendo os três últimos 5% de cromo em sua composição
química.
Ainda em Reis (2006), atualmente os softwares CAD/CAM substituem o processo
manual de desenho ocasionando ganhos referentes à qualidade, segurança e versatilidade.
Os softwares geram também os programas para operação dos centros de usinagem na
produção das matrizes. São programas de controle numérico cartesiano (CNC).
De acordo com ABAL (2005), após a fase de usinagem a ferramenta passa pelo
tratamento térmico de têmpera e revenimento, então a ferramenta está pronta para o processo
de eletroerosão cortando o talão da matriz em seguida é feito a acabamento e polimento da
ferramenta, processos manuais e encaminhada para experiência na prensa.
Na figura a seguir observa-se uma ferramenta de extrusão:
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Fonte: Reis - Processos de Produção e Uso do Alumínio na Construção Civil, 2006. Pag. 48.
7 ESTUDO DE CASO
Este estudo de caso foi realizado em uma empresa de extrusão de alumínio localizada
em Itápolis - SP que conta com 120 funcionários e produz uma média de 400 ton./mês.
Os produtos fabricados pela empresa são agrupados por famílias de perfis designados
como:
· Sólidos - perfis como barra chata, vergalhões, cantoneiras e alguns perfis para
encaixe;
· Semitubulares - perfis como trilhos, baguetes e contra marcos;
· Tubulares - perfis como tubos redondos, quadrados, retangulares e sextavados.
Ao todo a empresa conta com aproximadamente 2000 modelos de perfis.
Com mais de 20 anos de atuação no ramo de distribuição de extrudados de alumínio e
graças ao reconhecimento da qualidade dos seus produtos e do crescimento do mercado,
optou por instalar uma prensa para produção própria, o que levou a consolidação da empresa
no mercado e a um crescimento contínuo.
Hoje a empresa conta com duas prensas para produção de extrudados, além de várias
distribuidoras e revendas. São prensas com capacidade de extrudar tarugos de 4” e 7”
polegadas respectivamente. Trabalha com programas de melhoria contínua gerenciada pelo
SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade. Que é regido pelo sistema NBR ISO 9001:2008. A
empresa tem o selo ISO 9001 desde 2005.
· R – Responsabilidade;
· A – Análise.
7.2.1 COMERCIAL
As vendas realizadas são inseridas no sistema pelo departamento comercial que conta
com o acesso ao cadastro de clientes, consulta de estoque, reserva de matérias, consulta de
ferramentas (peso/metro do perfil e disponibilidade). Então é iniciado o processamento para o
planejamento da produção.
que pode ser passado depois da nitretação, tamanho do tarugo, descarte de talão e pontas em
Kg, puxadas por tarugo, tamanho da corrida e um histórico de quanto de alumínio já foi
passado na ferramenta (acumulado).
Essas informações são necessárias para o planejamento da produção.
É na tela acima que também são inseridos os dados sobre as ferramentas novas
colocadas na linha de produção, nesse momento o risco de inserir erros no banco de dados é
bastante alto. Após a ferramenta ser inserida no sistema os dados são atualizados a cada
produção dela.
7.2.2 PCP
É através desta interface que os pedidos são gerados pelo departamento de vendas, a
partir daí se dá o inicio do processamento de informações que resulta na produção, logística,
faturamento e outros.
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7.2.3 PRODUÇÃO
Os pedidos agrupados geram as ordens de produção para os PCPs internos das prensas
1 e 2, estes organizam enviam as ordens para as prensas, ferramentaria e embalagem.
Os PCPs internos selecionam as ferramentas colocadas nas ordens de produção de
acordo com a conveniência da produção respeitando os limites de produção, de tempo de
entrega e de processo.
Então é iniciada a produção.
O fluxograma abaixo mostra o macro fluxo da produção do extrudado de alumínio.
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Durante a produção deve ser solicitada a presença do ferramenteiro sempre que for
detectada alguma anormalidade no processo de extrusão. O ferramenteiro, o controle de
qualidade e o prensista observarão a anormalidade detectada e tomarão as medidas
necessárias para a resolução do problema ou decidirão pela parada de produção.
Quando a produção da ferramenta é interrompida é gerado um relatório de análise de
causas para determinar a causa do problema. O problema pode ser de ferramental, de matéria
prima, mecânico, elétrico ou de processo. Com base nas informações desse relatório é
definida a ação corretiva a ser tomada para a retomada da produção da ferramenta.
Antes da parada da ferramenta o ferramenteiro deve retirar amostras do perfil para
analise posterior e após a parada o ferramenteiro deve enviar imediatamente a ferramenta para
o processo de limpeza, realizar os reparos necessários e colocar a ferramenta para teste ou
produção novamente.
As instruções de trabalho do ferramenteiro estão em anexo.
empurra o tarugo para dentro do recipiente aquecido por resistências elétricas e com
temperatura controlada automaticamente por um termopar fixo.
Após a inserção do tarugo no recipiente o transportador sai de dentro da prensa
acionando o pistão principal e os pistões auxiliares da prensa começando então, o movimento
de aproximação (movimento rápido). Quando o pistão encosta no tarugo é acionado o sistema
do “burp”, o burp serve para retirar o ar preso dentro do recipiente e entre o tarugo e a
ferramenta. Os pistões do recipiente são acionados movimentando rapidamente o recipiente
para trás e para frente novamente. Após o burp inicia-se o processo de extrusão.
No início da produção é necessário conduzir a ponta do extrudado até o puller. O
puller é um equipamento provido de garras movimentadas automaticamente por um sistema
eletropneumático. O puller é montado sobre uma base móvel, se movimenta sobre um trilho
paralelo a mesa de manuseio de perfis, puxado por meio de um cabo de aço tracionado por um
motor elétrico de velocidade controlada automaticamente. É controlado pelo prensista.
Este puller “puxa” o perfil durante o processo de extrusão mantendo-o tracionado,
evitando amassamentos e ondulações conduzindo o perfil sobre a mesa de manuseio de perfis.
Quando o tarugo acaba o puller para e a serra de corte quente é acionada para cortar o
perfil.
A serra de corte quente é montada sobre uma base móvel que se movimenta
horizontalmente sobre trilhos paralelos a mesa de manuseio de perfis, possibilitando o
controle da distância entre a serra e a prensa. É uma serra dotada de um disco de serra próprio,
é montada sobre outra base, com movimento horizontal transversal à barra do extrudado que
se movimenta automaticamente sobre guias lineares. Depois de avançar sobre a mesa a serra
faz um movimento vertical automático através de um sistema eletropneumático, descendo até
o perfil e cortando o mesmo, então a serra volta para sua posição de repouso.
Após o corte do perfil o puller volta a se movimentar arrastando o perfil até a posição
pré-programada. Então as garras se abrem, liberando o perfil em cima da mesa de manuseio
de perfis e retorna a posição inicial ao processo, onde um sistema eletropneumático levanta o
perfil automaticamente para o puller pegar o perfil sozinho.
Os tempos de corte, de arraste do perfil depois do corte e retorno do puller, são
sobrepostos pelos movimentos pós-extrusão, e movimentos de corte do tarugo (hot shear) e
recarregamento do recipiente.
Os movimentos pós-extrusão são constituídos pela descompressão e esvaziamento do
pistão principal, acionamento dos pistões auxiliares, que são de duplo acionamento, para
retornar o pistão principal, acionamento dos pistões do recipiente para trás, distanciando o
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As barras de perfis esticadas são conduzidas aos roletes do final da mesa de manuseio,
então são empurradas até a serra para serem cortadas. Na serra de corte acabado trabalham
três operadores.
A serra de corte acabado é constituída por uma serra circular que se movimenta dentro
de uma caixa embaixo da mesa de corte, os perfis são empurrados até que passem as pontas
pela linha de serra, então a serra é acionada pelo operador da serra por meio de um painel de
controle.
Ao iniciar o processo de serramento uma proteção desce sobre os perfis através de um
sistema eletropneumático, então a serra faz o movimento de corte através de um sistema
eletropneumático e eletro hidráulico.
Após o corte das pontas os perfis são empurrados até a outra extremidade da mesa de
corte, onde é controlado o comprimento das barras através de um sistema de stop mecânico
regulável que limita o tamanho da mesa de corte.
Após o corte os perfis são colocados em cestos para serem levados ao processo de
envelhecimento.
As instruções de trabalho dos serradores (operador de serra fria) estão em anexo.
As pontas descartadas, a emenda descarta são somadas como sucata, junto com as
barras que tenham algum defeito.
O processo de extrusão gera perda de processo em torno de 10% ou mais (perda
natural), podendo aumentar de acordo com o número de barras com defeito.
7.2.4.8 ENVELHECIMENTO
envelhecimento puxado por cabo de aço tracionado por um motor elétrico do outro lado do
forno.
Após os cestos entrarem no forno as portas do forno são baixadas deslizando por
trilhos e tracionadas por cabos de aço tracionados por motores elétricos. Depois do forno
fechado, são ligados os circuladores de ar quente e os queimadores, a temperatura é ajustada
no controlador e é marcado o tempo assim que a atingir a temperatura. Após o tempo
necessário para o tratamento térmico de envelhecimento os circuladores de ar são desligados,
os queimadores são desligados, as portas são abertas e, os cestos são arrastados para fora do
forno, do outro lado dele.
As instruções de trabalho do operador do forno de envelhecimento estão em anexo.
Após o envelhecimento os perfis são resfriados em temperatura ambiente e enviados
para embalagem.
7.2.4.9 EMBALAGEM
Os lançamentos posteriores à produção são feitos pelo número de lote, através destes
são gerados automaticamente os relatórios de produtividade, pesos (bruto e líquido),
eficiência, tempo parado e tempo total de produção.
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Através desta interface são gerados os boletos referentes aos materiais produzidos.
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· Faturamento.
As mudanças visam aumentar a confiabilidade dos dados e a segurança das
informações, além de melhorar a operabilidade e a adaptação dos processos ao sistema.
De acordo com as análises feitas podemos concluir que apesar do alto nível de
automação, dos processos de melhoria contínua, ainda a muitas oportunidades de melhoria da
funcionalidade do processo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Outro fator bastante vulnerável é o processo de esticamento dos perfis após a extrusão.
Durante o processo de esticamento os perfis são esticados um a um em um processo manual
de controle de tração, portanto se esta tração não for corretamente dosada, pode alterar as
condições do produto final ocasionando seu descarte, os problemas mais comuns mostrados
foram às alterações dimensionais, mas também como o puller se não for tracionado o
suficiente pode causar a ondulação do produto final.
Aqui a necessidade de um fiscal de qualidade se faz necessária, tirando amostras dos
perfis esticados medindo e comparando as medidas com as especificadas no desenho do perfil
e com as especificações de tolerâncias da ABNT NBR 8116.
No processo de serramento das barras é necessário o acompanhamento do fiscal de
qualidade, é aqui que são descartados os pedaços de barras com algum defeito ocasionado nos
processos anteriores, portanto aqui é um setor de bastante atenção para a qualidade dos perfis
enviados para a embalagem.
Os descartes do serramento somados com os talões descartados são pesados e
considerados como sucata de processo. As barras enviadas ao forno e envelhecimento são
pesadas e contadas como material produzido. É através da subtração desses valores do valor
de matéria prima utilizada que se chega aos valores de eficiência da produção.
A operação de envelhecimento dos perfis é controlada por controladores automáticos
programados de acordo com as especificações necessárias para alcançar a dureza desejada do
material envelhecido. Por este motivo treinamento contínuo dos operadores do forno de
envelhecimento é imprescindível. A dureza dos perfis e alumínio são medidas com
durômetros com escala em Brinnel ou Webster conforme foi citado.
O processo de embalagem dos perfis não envolvem grandes detalhes, mas devem
seguir as ordens de serviço e as instruções de trabalho para o sucesso do trabalho elaborado.
Por serem os últimos colaboradores que manuseiam os perfis, a embalagem deve
inspecionar os perfis durante o processo de embalagem e detectando alguma anormalidade
nos perfis acionar a qualidade, evitando que barras não conforme chegue ao cliente. Portanto
estes também devem receber treinamento contínuo para a identificação dos defeitos dos
extrudados de alumínio, conforme vistos no trabalho.
Por fim podemos evidenciar que a qualidade dos perfis extrudados é compromisso de
todos os envolvidos nas etapas de produção, uns com maior grau de envolvimento outro com
menor grau. Mas todos são importantes para o sucesso da qualidade dos produtos. Os
treinamentos dados aos funcionários devem fazer parte do processo de melhoria.
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REFERÊNCIAS
ASA - ALUMÍNIO S. A. Manual Asa do Alumínio. 1° ed. São Paulo: Pena de Ouro, 1970.
78p.
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BOER. P. Metalurgia Prática do Alumínio. São Paulo: Livraria Nobel S.A,1981. 178p.
REMY, A.; GAY, M.; GONTHIER, R. Materiais. 2º ed. Curitiba: Editora Hemus, 2002.
391p.
ANEXOS