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Homossexualidade e esperança

A PALAVRA DOS MÉDICOS CRISTÃOS SOBRE HOMOSSEXUALIDADE


http://www.cathmed.org

Preocupados com a questão da homossexualidade, os médicos


católicos da “Associação de Médicos Católicos” (ACM) dos Estados Unidos
e Canadá – publicaram uma importante Declaração “Homossexuality and
Hope” (Homossexualidade e Esperança”), após terem estudado a questão
com base na medicina, nas pesquisas e na lei de Deus.
Nessa profunda Declaração os médicos católicos, com rigor científico,
mostram que ninguém nasce homossexual, indicam como deve ser a
prevenção para evitar a atração por pessoa do mesmo sexo, mostram o
caminho a seguir para se deixar a prática homossexual, e fazem uma série
de recomendações aos que possuem a tendência homossexual. Falam
também aos padres, bispos, médicos católicos e às famílias católicas. Segue
a Declaração.

Sumário

HOMOSEXUALIDADE E ESPERANÇA ............................................................................................... 2


1) Ninguém nasce homossexual ................................................................................................ 3
2) A atração pelo mesmo sexo como sintoma ...................................................................... 4
3) Há prevenção para a atração pelo mesmo sexo ............................................................ 5
4) Em perigo, não predestinados .............................................................................................. 6
5) Terapia ....................................................................................................................................... 6
6) As metas .................................................................................................................................... 8
RECOMENDAÇÕES .......................................................................................................................... 10
1) para pessoas que experimentam atração por pessoas do mesmo sexo. .................. 10
2) O Papel do Padre .................................................................................................................. 12
3) Os Profissionais Médicos Católicos...................................................................................... 14
4) Os Professores nas Instituições Católicas ........................................................................... 15
5) As Famílias Católicas ............................................................................................................. 16
6) A Comunidade Católica...................................................................................................... 16
7) Os Bispos .................................................................................................................................. 17
8) Esperança ............................................................................................................................... 17
Referências bibliográficas .............................................................................................................. 19

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HOMOSEXUALIDADE E ESPERANÇA

“A Associação Médica Católica (AMC) se dedica a sustentar os


princípios da fé católica, no que se refere à prática da medicina e à
promoção da ética médica católica para a profissão médica, inclusive os
profissionais de saúde mental, o clero e o público em geral.
Nenhuma questão provocou mais preocupação na década passada
do que a homossexualidade. Portanto, a AMC oferece o seguinte resumo e
análise da situação da questão. Esse resumo se apóia intensamente nas
conclusões de vários estudos e aponta para a coerência dos ensinos da
Igreja com esses estudos. Espera-se que essa análise também sirva como uma
ferramenta de educação e referência para todos os católicos: o clero, os
médicos, os profissionais de saúde, os educadores, os pais e o público em
geral.
A AMC apóia os ensinos da Igreja Católica conforme aparecem na
versão revista do Catecismo da Igreja Católica, principalmente os ensinos
sobre a sexualidade. “Todas as pessoas batizadas são chamadas para a
castidade”( §2348). “Os casados são chamados a viverem a castidade
conjugal, outros praticam a castidade em continência” (§2349). “…a
tradição sempre declarou que os atos homossexuais são intrinsecamente
desordenados… Sob nenhuma circunstância eles podem ser aprovados”.
(§2357)
É possível, com a graça de Deus, todas as pessoas viverem uma vida
casta, inclusive as pessoas que experimentam atração pelo mesmo sexo,
conforme declarou de modo tão corajoso o Cardeal George, Arcebispo de
Chicago, em seu discurso na Associação Nacional de Ministérios Diocesanos
Católicos para Gays e Lésbicas: “Negar que o poder da graça de Deus
capacita aqueles que têm atração pelo mesmo sexo a viver de maneira
casta é negar, em realidade, que Jesus ressuscitou dos mortos”. (George
1999). Com certeza, há circunstâncias tais como desordens psicológicas e
experiências traumáticas que podem, às vezes, tornar essa castidade mais
difícil e há situações que podem seriamente diminuir a responsabilidade de
um indivíduo por deslizes na castidade.
Essas circunstâncias e condições, porém, não neutralizam a livre
vontade nem eliminam o poder da graça. Embora muitos homens e mulheres
que experimentam atrações pelo mesmo sexo digam que seu desejo sexual
é uma inclinação “natural” (Chapman 1987), isso de forma alguma indica
uma predeterminação genética ou uma condição imutável. Alguns se
entregaram a atrações pelo mesmo sexo porque lhes disseram que eles já
nasceram homossexuais e que é impossível mudar o estilo sexual de alguém.
Tais pessoas podem sentir que é inútil e perda de tempo resistir aos desejos
pelo mesmo sexo, e acabam adotando uma “identidade gay”. Essas
mesmas pessoas podem então se sentir oprimidas com o fato de que a
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sociedade e as religiões, de modo particular a Igreja Católica, não aceitam
a expressão desses desejos nos atos homossexuais. (Schreier, 1998). A
pesquisa mencionada neste relatório se opõe ao mito de que a atração pelo
mesmo sexo é geneticamente predeterminada e imutável, e oferece
esperança para a prevenção e o tratamento.

1) Ninguém nasce homossexual

Muitos pesquisadores têm tentado descobrir uma causa biológica para


a atração pelo mesmo sexo. Os meios de comunicação promovem a idéia
de que já foi descoberto o “gene gay” (Burr, 1996). Mas, apesar de várias
tentativas, não se testou cientificamente nenhum dos estudos bem
divulgados (Hamer, 1993; LeVay 1991). Muitos escritores analisaram esses
estudos cuidadosamente e descobriram que eles não só não provam uma
base genética para a atração pelo mesmo sexo, mas também nem chegam
a afirmar possuir provas científicas para tal alegação. (Byrne 1963; Crewdson
1995; Goldberg 1992; Horgan 1995; McGuire 1995; Porter 1996; Rice 1999)
Se a atração pelo mesmo sexo fosse geneticamente predeterminada, então
deveríamos supor que gêmeos idênticos teriam de ser idênticos em sua
atração sexual. Há, porém, muitos registros de gêmeos idênticos que não são
idênticos em sua atração sexual. (Bailey 1991; Eckert 1986; Friedman 1976;
Green 1974; Heston 1968; McConaghy 1980; Rainer 1960; Zuger 1976).
As situações individuais registradas revelam fatores ambientais que explicam
a causa do desenvolvimento de diferentes estilos de atração sexual em
crianças geneticamente idênticas, apoiando a teoria de que a atração pelo
mesmo sexo é um produto da ação e efeito recíproco de uma variedade de
fatores ambientais. (Parker 1964).
Há, porém, tentativas de convencer o público de que a atração pelo
mesmo sexo tem base genética. (Marmor 1975). Tais tentativas podem ter
como causa motivações políticas porque as pessoas se sentem mais
inclinadas a aceitar sem dificuldades reivindicações pedindo mudanças nas
leis e nos ensinos religiosos quando crêem que a atração sexual é
geneticamente determinada e imutável. (Emulf 1989; Piskur 1992). Outros têm
procurado provar uma base genética para a atração pelo mesmo sexo, a
fim de poderem apelar para os tribunais em busca de direitos baseados na
teoria da “imutabilidade”. (Green 1988).
Os católicos crêem que a sexualidade foi projetada por Deus como um
sinal do amor de Cristo, o noivo, por sua noiva, a Igreja. Portanto, a atividade
sexual só é apropriada no casamento. O desenvolvimento psicosexual
saudável conduz naturalmente, nas pessoas de cada sexo, à atração pelo
outro sexo. O trauma, uma educação errada e o pecado podem causar um
desvio desse modelo normal. Não se deve identificar as pessoas com base
em seus conflitos emocionais ou dificuldades de desenvolvimento, como se
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isso fosse a essência de sua identidade. No debate entre essencialismo e o
construcionismo social, os que crêem na lei natural sustentariam que os seres
humanos têm uma natureza essencial – macho ou fêmea – e que inclinações
ao pecado – tais como o desejo de se envolver em atos homossexuais – são
formados nas pessoas e podem, pois, ser removidos.
Portanto, provavelmente seria prudente termos a atitude de evitar,
sempre que possível, usar as palavras “homossexual” e “heterossexual” como
normas, pois a utilização desses termos sugere um estado fixo e equivalência
entre o estado natural do homem e mulher criados por Deus e indivíduos que
experimentam atração ou conduta pelo mesmo sexo.

2) A atração pelo mesmo sexo como sintoma

As pessoas experimentam a atração pelo mesmo sexo por razões


diferentes. Embora haja semelhanças nos tipos de desenvolvimento, cada
pessoa tem uma história de vida diferente e pessoal. Na história de vida de
indivíduos que experimentam a atração pelo mesmo sexo, freqüentemente
encontramos um ou mais dos seguintes elementos:
 Distanciamento do pai na infância, porque a criança o via como
hostil ou distante, violento ou alcoólatra. (Apperson 1968; Bene
1965; Bieber 1962; Fisher 1996; Pillard 1988; Sipova 1983).
 Mãe superprotetora (meninos). (Bieber, T. 1971; Bieber 1962;
Snortum 1969).
 Mãe emocionalmente distante (meninas). (Bradley 1997; Eisenbud
1982).
 Pais não conseguiram incentivar identificação do mesmo sexo.
(Zucker 1995).
 Falta de brincadeiras mais duras (meninos). (Friedman 1980;
Hadden 1967a)
 Incapacidade de se identificar com colegas do mesmo sexo.
(Hockenberry 1987; Whitman 1977).
 Antipatia por esportes de equipe (meninos). (Thompson 1973).
 Falta de coordenação manual e visual e resultante provocação
dos colegas (meninos). (Bailey 1993; Fitzgibbons 1999; Newman
1976)
 Abuso sexual ou estupro. (Beitchman 1991; Bradley 1997; Engel
1981; Finkelhor 1984; Gundlach 1967).
 Fobia social ou acanhamento extremo. (Golwyn 1993)
 Perda dos pais através de morte ou divórcio. (Zucker 1995)
 Separação dos pais durante decisivas fases de desenvolvimento.
(Zucker 1995).
Em alguns casos, a atividade ou atração pelo mesmo sexo ocorre num
paciente com outros diagnósticos psicológicos, tais como depressão
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profunda (Fergusson 1999), idéias de suicídio (Herrell 1999) desordens
generalizadas de ansiedade, abuso de drogas, conduta anormal na
adolescência, desordens de personalidade (Parris 1993; Zubenko 1987);
esquizofrenia (Gonsiorek 1982); narcisismo patológico (Bychowski 1954;
Kaplan 1967).
Em poucos casos, a conduta homossexual aparece mais tarde na vida
como reação a um trauma tal como aborto (Berger 1994; de Beauvoir 1953)
ou profunda solidão (Fitzgibbons 1999).

3) Há prevenção para a atração pelo mesmo sexo

Se as necessidades emocionais e de desenvolvimento de cada criança


forem supridas corretamente pela família e pelos amigos, é bem improvável
que a criança desenvolva a atração pelo mesmo sexo. As crianças precisam
de afeição, elogios e aceitação do pai e da mãe, dos irmãos e dos colegas.
Nem sempre, porém, é fácil estabelecer tais situações sociais e familiares, e
nem sempre dá para identificar logo as necessidades das crianças. Alguns
pais podem estar em luta com os próprios problemas e assim sem condições
de dar a atenção e o apoio que a criança precisa. Às vezes os pais se
esforçam muito, mas a personalidade particular da criança torna esse apoio
e cuidado mais difíceis. Alguns pais viram os primeiros sinais do problema,
buscaram assistência e aconselhamento profissional, mas receberam
conselhos inadequados e em alguns casos até errados.
O Manual Estatístico e Diagnóstico IV (APA 1994) da Associação
Americana de Psiquiatria define “Desordem de Identidade de Gênero” (DIG)
nas crianças como uma persistente e forte identificação transsexual, um
desconforto com o próprio sexo e preferência por papéis transsexuais nas
fantasias.
Alguns pesquisadores (Friedman 1988, Phillips, 1992) têm identificado outro
sintoma menos evidente nos meninos – sentimentos crônicos de falta de
masculinidade. Embora não se envolvam em nenhuma atividade ou fantasia
transsexual, esses meninos se sentem profundamente deficientes em sua
masculinidade e têm uma reação quase de fobia a brincadeiras mais duras
na infância e muita antipatia por esportes de equipe.
Vários estudos têm mostrado que crianças com a “Desordem de
Identidade de Gênero” e meninos com problemas crônicos de falta de
masculinidade correm o risco de adquirir atração pelo mesmo sexo na
adolescência. (Newman 1976; Zucker 1995; Harry 1989).
A desordem de identidade de gênero pode muitas vezes ser vencida
quando, com o apoio dos pais, o problema é identificado cedo e recebe
intervenção profissional adequada (Rekers 1974; Newman 1976).
Infelizmente, muitos pais que relatam essas preocupações para seus
pediatras são orientados a não se preocuparem. Em alguns casos, os
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sintomas e as preocupações dos pais podem parecer diminuir quando a
criança entra na segunda ou quarta série. Mas, a menos que sejam tratados
de forma adequada, os sintomas poderão reaparecer na puberdade como
intensa atração pelo mesmo sexo. Essa atração parece ser a consequência
da incapacidade de se identificar bem com outras pessoas do mesmo sexo.
É importante que aqueles que estão envolvidos na educação e
cuidados de crianças se conscientizem dos sinais da desordem de identidade
de gênero e dos problemas de falta de masculinidade nos meninos, e
busquem acesso aos recursos disponíveis a fim de encontrarem a ajuda
adequada para essas crianças (Bradley 1998; Brown 1963; Acosta 1975).
Quando são convencidas de que a atração pelo mesmo sexo não é uma
desordem geneticamente determinada, as pessoas conseguem ter
esperança na prevenção e também conseguem ter esperança num modelo
de terapia para suavizar, ou até mesmo eliminar, a atração pelo mesmo sexo.

4) Em perigo, não predestinados

Embora muitos estudos tenham mostrado que as crianças que foram


abusadas sexualmente, que exibem os sintomas da DIG e meninos com
problemas de falta de masculinidade correm perigo de desenvolver a
atração pelo mesmo sexo na adolescência e na vida adulta, é importante
notar que uma percentagem significativa dessas crianças não se tornam
homossexualmente ativas quando se tornam adultas (Green 1985; Bradley
1998).
Para alguns, os relacionamentos positivos mais tarde na vida vencem as
experiências negativas da infância. Alguns fazem a decisão consciente de
evitar a tentação. A presença e o poder da graça de Deus, embora nem
sempre possam ser medidos, não podem ser desconsiderados como um fator
que ajuda as pessoas em risco a se afastar da atração pelo mesmo sexo. O
ato de rotular um adolescente ou, pior, uma criança como imutavelmente
“homossexual” prejudica gravemente a pessoa. Tais adolescentes ou
crianças podem, com intervenção positiva e adequada, receber orientação
apropriada para lidar com traumas emocionais logo no começo.

5) Terapia

Aqueles que promovem a idéia de que a orientação sexual é imutável


freqüentemente citam um debate publicado entre o Dr. C.C. Tripp e o Dr.
Lawrence Hatterer. Nesse debate o Dr. Tripp declarou: “…não há um único
exemplo registrado de mudança na orientação sexual que tenha sido
confirmado por especialistas ou testes externos. Kinsey não conseguiu achar
um. O Dr. Pomeroy também não conseguiu achar tal paciente. Ficaríamos
felizes de ter um do Dr. Hatterer” (Tripp & Hatterer 1971). Eles não
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mencionaram a resposta do Dr. Hatterer: “Tenho curado muitos
homossexuais, Dr. Tripp. O Dr. Pomeroy ou qualquer outro pesquisador pode
examinar meu trabalho, pois está todo documentado em 10 anos de fitas
gravadas. Muitos desses pacientes ‘curados’ (prefiro usar a palavra
‘mudados’) se casaram, tiveram famílias e vivem uma vida feliz. O mito “uma
vez homossexual, sempre homossexual” é destrutivo. Além disso, não só eu,
mas também outros renomados psiquiatras (Dr. Samuel B. Hadden, Dr. Lionel
Ovesey, Dr. Charles Socarides, Dr. Harold Lief, Dr. Irving Bieber, e outros) têm
registrado seus tratamentos bem sucedidos dos homossexuais tratáveis” (Tripp
& Hatterer 1971).
Muitos terapeutas têm escrito extensivamente sobre os resultados
positivos da terapia para a atração pelo mesmo sexo. Tripp escolheu ignorar
a grande quantidade de literatura sobre o tratamento e pesquisas de
terapeutas. As análises do tratamento para a atração indesejada pelo
mesmo sexo mostram que esse tratamento tem tanto êxito quanto o
tratamento para problemas psicológicos semelhantes: quase 30%
experimentam libertação dos sintomas e outros 30% experimentam melhora.
(Bieber 1962; Clippinger 1974; Fine 1987; Kaye 1967; MacIntosh 1994; Marmor
1965; Nicolosi 1998; Rogers 1976; Satinover 1996; Throckmorton; West ).
Os relatos de terapeutas individuais têm sido igualmente positivos.
(Barnhouse 1977; Bergler 1962; Bieber 1979; Cappon 1960; Caprio 1954; Ellis
1956; Hadden 1958; Hadden 1967b; Hadfield 1958; Hatterer 1970; Kronemeyer
1989). Isso é só uma amostra representativa dos terapeutas que relatam
resultados bem-sucedidos no tratamento de pessoas que experimentam
atração pelo mesmo sexo.
Há também muitos relatos autobiográficos de homens e mulheres que
uma vez criam estar irremediavelmente destinados à conduta e atração pelo
mesmo sexo. Muitos desses homens e mulheres (Exodus 1990-2000) agora se
descrevem como livres da conduta, fantasias e atração pelo mesmo sexo. A
maioria dessas pessoas se libertou participando de grupos de apoio de
natureza religiosa, embora alguns também tivessem recorrido a terapeutas.
Infelizmente, muitos indivíduos influentes e grupos profissionais ignoram essa
evidência (APA 1997; Herek 1991) e parece haver uma campanha unida por
parte dos “apologistas homossexuais” para negar a eficácia do tratamento
da atração pelo mesmo sexo ou afirmar que tal tratamento é prejudicial.
Barnhouse expressou estar surpreso com essas campanhas: “A distorção da
realidade inerente no fato de que os apologistas homossexuais negam que
a atração pelo mesmo sexo seja curável é tão imensa que ficamos pensando
qual é a motivação por trás disso” (Barnhouse 1977).
O Dr. Robert Spitzer, renomado pesquisador psiquiátrico da Universidade
de Columbia, esteve diretamente envolvido na decisão de 1973 de remover
o homossexualismo da lista de desordens mentais da Associação Psiquiátrica
Americana (APA). Recentemente, ele se envolveu em pesquisa sobre a
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possibilidade de mudança. O Dr. Spitzer declarou numa entrevista: “Estou
convencido de que muitas pessoas fizeram mudanças substanciais para se
tornarem heterossexuais… Acho que isso é notícia… Cheguei cético a esse
estudo. Mas agora afirmo que há evidências que podem sustentar essas
mudanças”. (NARTH 2000).

6) As metas

Aqueles que afirmam que a mudança da orientação sexual é


impossível, geralmente definem a mudança como libertação total e
permanente de toda conduta, fantasias ou atração homossexual numa
pessoa que anteriormente tinha sido homossexual em conduta e atração
(Tripp 1971). Até mesmo quando se define mudança de acordo com esse
método extremo, a afirmação não é verdadeira. Numerosos estudos relatam
casos de total mudança. (Goetz 1997).
Aqueles que negam a possibilidade de total mudança confessam que
a mudança de conduta é possível (Coleman 1978; Herron 1982) e que os
indivíduos que estiveram sexualmente envolvidos com ambos os sexos
parecem mais propensos a mudar (Acosta 1975). Uma leitura cuidadosa dos
artigos que se opõem à terapia de mudança revela que os autores que vêem
a terapia de mudança como não ética (Davison 1982; Gittings 1973) têm essa
opinião porque eles vêem tal terapia como opressiva para aqueles que não
querem mudar (Begelman 1975; 1977; Murphy 1992; Sleek 1997; Smith 1988) e
vêem aqueles indivíduos com atração pelo mesmo sexo que expressam
desejo de mudar como vítimas da sociedade ou opressão religiosa
(Begelman 1977; Silverstein 1972).
Deve-se observar que quase sem exceção aqueles que consideram tal
terapia como não ética também rejeitam a abstinência da atividade sexual
fora do casamento como meta mínima (Barrett 1996). Entre os terapeutas
que aceitam os atos homossexuais como normais, muitos não vêem nada de
errado com a infidelidade nos relacionamentos selados por compromisso
(Nelson 1982), encontros sexuais anônimos, promiscuidade sexual geral, auto-
erotismo (Saghir 1973), sadomasoquismo e várias parafilias. Alguns até
apóiam uma diminuição das restrições no sexo entre adultos e menores
(Mirkin 1999) ou negam o impacto psicológico negativo do abuso sexual
contra as crianças (Rind 1998; Smith 1988).
Alguns dos que consideram a terapia como não ética também
contestam as teorias há muito aceitas de desenvolvimento infantil (Davison
1982; Menvielle 1998). Esses tendem a culpar a opressão da sociedade pelos
problemas inegáveis que os adolescentes e os adultos homossexualmente
ativos sofrem. Deve-se avaliar todas as conclusões de pesquisas à luz dos
preconceitos que os pesquisadores trazem para seus projetos. Quando a

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pesquisa se inspira em agendas políticas confessas, seu valor é seriamente
reduzido.
Deve-se indicar que os católicos não podem apoiar formas de terapia
que incentivam os clientes a substituir uma forma de pecado sexual por outra
(Schwartz 1984). Alguns terapeutas, por exemplo, não consideram um cliente
“curado” até que ele consiga se envolver bem em atividade sexual com o
sexo oposto, ainda que o cliente seja solteiro (Masters 1979). Outros
incentivavam os clientes a se masturbar usando imagens do sexo oposto
(Blitch 1972; Conrad 1976).
Para o católico que sente atração pelo mesmo sexo, a meta da terapia
deve ser libertação para viver de modo casto de acordo com o próprio estilo
de vida pessoal. Alguns daqueles que enfrentam lutas com a atração pelo
mesmo sexo crêem que eles são chamados para uma vida de celibato. Mas
não se deve fazê-los sentir que eles não conseguiram alcançar a libertação,
só porque eles não experimentam desejos pelo sexo oposto. Outros desejam
casar e ter filhos. Há todo motivo para esperar que muitos, com o tempo,
poderão alcançar essa meta. Eles não devem, porém, ser incentivados a
entrar apressadamente no casamento, pois há ampla evidência de que o
casamento não é cura para a atração pelo mesmo sexo.
Com o poder da graça, os sacramentos, o apoio da comunidade e
terapeutas experientes, a pessoa determinada terá condições de alcançar
a libertação interior que Cristo promete.
Os terapeutas experientes poderão ajudar as pessoas a descobrirem e
entenderem as causas do trauma emocional que deram origem à sua
atração pelo mesmo sexo e então trabalharem em terapia para
solucionarem seu sofrimento. Os homens que experimentam a atração pelo
mesmo sexo muitas vezes descobrem o modo como sua identidade
masculina foi afetada negativamente por sentimentos de rejeição por parte
dos pais ou colegas ou uma imagem negativa do próprio corpo físico que
resultam em tristeza, revolta e insegurança. À medida que esse sofrimento é
curado através da terapia, a identidade masculina é fortalecida e a atração
pelo mesmo sexo diminui.
As mulheres que sentem atração pelo mesmo sexo poderão descobrir
como os conflitos com os pais ou outros homens importantes as levaram a
não confiar no amor masculino ou como a falta de afeição maternal as levou
a ansiar profundamente o amor feminino. Espera-se que a descoberta das
causas da revolta e tristeza as conduza ao perdão e à libertação. Tudo isso
leva tempo. Nesse aspecto, as pessoas que sofrem de atração pelo mesmo
sexo não são diferentes dos muitos outros homens e mulheres que sofrem
emocionalmente e precisam aprender a perdoar.
Os terapeutas católicos que trabalham com pessoas católicas devem
ser livres para usar a riqueza da espiritualidade católica nesse processo de
cura. Aqueles que sofrem feridas emocionais causadas pelo pai podem ser
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incentivados a desenvolver seu relacionamento com Deus como um pai
amoroso. Aqueles que foram rejeitados ou ridicularizados pelos colegas na
infância podem meditar em Jesus como irmão, amigo e protetor.
Há toda razão para se ter esperança que com o tempo aqueles que buscam
libertação a encontrarão, mas devemos reconhecer quando incentivamos
as pessoas a ter esperança, que há algumas que não alcançarão suas metas.
Poderemos nos encontrar na mesma posição de um oncologista pediátrico
que contou como era no começo do seu trabalho. Ele disse que não havia
esperança para as crianças atingidas pelo câncer e que era o dever do
médico ajudar os pais a aceitarem o inevitável e não desperdiçarem seus
recursos atrás de uma “cura”. Hoje quase 70% dessas crianças se recuperam,
mas cada morte deixa a equipe médica com um terrível sentimento de
fracasso. À medida que melhorar a prevenção e o tratamento da atração
pelo mesmo sexo, as pessoas que ainda enfrentam lutas, mais do que nunca,
precisarão de apoio compassivo e sensível.

RECOMENDAÇÕES

1) para pessoas que experimentam atração por pessoas do mesmo sexo.

É muito importante, para todo católico que experimenta atração pelo


mesmo sexo, saber que há esperança, e que há ajuda. Infelizmente, essa
ajuda não é prontamente disponível em todos os lugares. Os grupos de
apoio, os terapeutas e os conselheiros espirituais que inequivocamente
apóiam o ensino da Igreja são componentes essenciais da ajuda necessária.
Já que as noções da sexualidade em nosso país são tão variadas, os clientes
que buscam ajuda devem ser cautelosos e verificar se o grupo ou conselheiro
apóia os imperativos morais católicos.
Uma das melhores e mais conhecidas agências católicas de apoio é
uma organização conhecida como Courage e sua organização filial
Encourage.
Embora qualquer tentativa de ensinar a pecaminosidade da conduta
homossexual ilícita possa ser saudada com acusações de homofobia, a
realidade é que Cristo chama todos para a castidade conforme a situação
específica de vida de cada pessoa. O desejo de a Igreja ajudar todos a
viverem de modo casto não é uma forma de condenar os que acham a
castidade difícil. Pelo contrário, é a resposta compassiva de uma Igreja que
busca imitar Cristo, o Bom Pastor.
É essencial que todo católico que experimenta a atração pelo mesmo
sexo tenha acesso fácil aos grupos de apoio, terapeutas e conselheiros
espirituais que apóiam inequivocamente o ensino da Igreja e estão
preparados para oferecer ajuda da mais elevada qualidade. Em muitos
lugares os únicos grupos de apoio disponíveis são dirigidos por cristãos
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evangélicos ou por pessoas que rejeitam o ensino da Igreja. O fato de que a
comunidade católica não está conseguindo suprir as necessidades desse
segmento da população é uma omissão séria que não se deve deixar
continuar.
É particularmente trágico que Courage que sob a liderança do Pe. John
Harvey tem desenvolvido uma excelente e autenticamente católica rede de
grupos de apoio, não esteja presente em toda diocese e grande cidade.
Nota: Courage é um apostolado da Igreja Católica Romana para pessoas
que tem atração por pessoas do mesmo sexo. É apoiada pelo Pontifico
Conselho da Família, do Vaticano. Disse o Papa João Paulo II que “Courage
está fazendo o trabalho de Deus”. Courage tem uma filial chamada
Encourage que trabalha com pais, parentes e amigos de pessoas com
tendência homossexual. (http://www.couragerc.net; Pode ser acessado em
espanhol: http://www.courage-latino.org).
É bem doloroso ouvir piadas sobre organizações individuais, sob
autoridade católica ou diretamente associadas com a Igreja Católica,
aconselhando pessoas com a atração pelo mesmo sexo a praticar a
fidelidade no relacionamento com o mesmo sexo em vez de incentivá-las a
praticar a castidade conforme seu estado de vida.
É muitíssimo importante que os conselheiros ou grupos de apoio ligados
à Igreja sejam bem claros sobre a natureza e a formação da atração pelo
mesmo sexo. Essa condição não é genética ou biologicamente
determinada. Essa condição não é imutável. É enganoso aconselhar pessoas
que experimentam a atração pelo mesmo sexo que é aceitável se envolver
em atos sexuais contanto que estes ocorram dentro do contexto de um
relacionamento fiel.
Os ensinos da Igreja Católica sobre a moralidade sexual são
explicitamente claros e não permitem exceções. Os católicos têm o direito
de saber a verdade e aqueles que trabalham com ou para as instituições
católicas têm a obrigação de expor essa verdade claramente.
Alguns clérigos, talvez pelo fato de erroneamente crerem que a atração
pelo mesmo sexo é geneticamente determinada e imutável, têm encorajado
as pessoas que experimentam a atração pelo mesmo sexo a se identificar
com a comunidade gay, publicamente proclamando-se como gays ou
lésbicas, mas a viverem de modo casto em sua vida pessoal. Há várias razões
por que esse modo de agir é errado:
1) É baseado na idéia incorreta de que a atração pelo mesmo sexo é
um aspecto imutável da pessoa e desanima os indivíduos de buscar ajuda;
2) A comunidade gay promove uma ética de conduta sexual que é
totalmente antiética aos ensinos católicos sobre a sexualidade e não
esconde seu desejo de eliminar a “erotofobia” e o “heterossexismo”. Não há
realmente nenhuma maneira de se poder reconciliar a posição que os porta-
vozes do movimento gay declaram e a Igreja Católica;
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3) Esse modo de agir coloca indivíduos facilmente tentados em lugares
que se deve considerar quase ocasiões para o pecado;
4) Cria uma falsa esperança de que a Igreja acabará mudando seu
ensino sobre a moralidade sexual.
Os católicos devem, é claro, alcançar pessoas que experimentam a
atração pelo mesmo sexo, aqueles que estão ativamente envolvidos em atos
homossexuais e de modo particular os que estão sofrendo de doenças
sexualmente transmissíveis. Devem alcançá-los com amor, esperança e a
autentica e inalterável mensagem de libertação do pecado através de Jesus
Cristo.

2) O Papel do Padre

É de suprema importância que os padres, quando enfrentarem


paroquianos perturbados com a atração pelo mesmo sexo, tenham acesso
a informações sólidas e recursos genuinamente benéficos. O padre, porém,
deve fazer mais do que simplesmente encaminhar as pessoas a outras
agências (Courage e Encourage). Ele está numa posição única de dar
assistência espiritual específica para aqueles que experimentam a atração
pelo mesmo sexo. Ele deve, é claro, ser bem sensível aos intensos sentimentos
de insegurança, culpa, vergonha, ira, frustração, tristeza e até mesmo medo
nesses indivíduos. Isso não o impede de falar bem claramente sobre os
ensinos da Igreja (veja Cat. §2357-2359), a necessidade de perdão e cura na
Confissão, a necessidade de evitar ocasiões para o pecado e a necessidade
de uma forte vida de oração.
Muitos terapeutas crêem que a fé religiosa desempenha uma parte
crucial na recuperação da atração pelo mesmo sexo e de vícios sexuais.
Quando uma pessoa confessa fantasias ou atos homossexuais ou atração
pelo mesmo sexo, o padre deve estar consciente de que essas manifestações
são muitas vezes sintomas de traumas na infância e adolescência, abuso
sexual na infância ou necessidades que a criança tem de amor e afirmação
do pai do mesmo sexo, necessidades que não foram supridas. A menos que
esses problemas secretos sejam tratados diretamente, a pessoa poderá sentir
as tentações voltando e cair assim em desespero.
Aqueles que rejeitam os ensinos da Igreja e incentivam os indivíduos
com a atração pelo mesmo sexo a entrar nas chamadas “uniões
homossexuais estáveis e amorosas” não conseguem entender que tal arranjo
não resolverá esses problemas secretos. Embora deva incentivar esses
indivíduos a procurar terapia e a se tornarem membros de um grupo de
apoio, o padre deve se lembrar que através do sacramento, ele poderá
ajudar penitentes individuais a lidarem não só com o pecado, mas também
com as causas da atração pelo mesmo sexo.

12
A lista seguinte, embora não seja completa, ilustra algumas das
maneiras pelas quais o padre poderá ajudar as pessoas com esses problemas
que vêm até o Sacramento da Reconciliação:
a) Os indivíduos, com atração pelo mesmo sexo ou que confessaram
pecados nessa área, quase sempre carregam um peso de profundo
sofrimento emocional, tristeza e ressentimento para com os que os rejeitaram,
negligenciaram ou magoaram, inclusive os pais, amigos e estupradores. O
primeiro passo para a cura pode ser ajudá-los a perdoar. (Fitzgibbons 1999)
b) As pessoas que experimentam a atração pelo mesmo sexo muitas
vezes relatam uma longa história de experiências sexuais precoces e trauma
sexual (Doll 1992). Os indivíduos que estiveram envolvidos em atividade sexual
com outro indivíduo na infância são mais propensos a se tornarem
homossexualmente ativos (Stephan 1973; Bell 1981). Muitos jamais contaram
a alguém sobre essas experiências (Johnson 1985) e carregam tremenda
culpa e vergonha. Em alguns casos, aqueles que foram abusados
sexualmente se sentem culpados porque reagiram ao trauma vivenciando
sexualmente esses incidentes. O padre poderá delicadamente perguntar
sobre experiências na infância, garantindo a esses indivíduos que seus
pecados foram perdoados, e ajudá-los a encontrar libertação através do
perdão aos outros.
c) As pessoas envolvidas em atividade homossexual poderão também
sofrer de vício sexual (Saghir 1973; Beitchman 1991; Goode 1977). Aqueles que
se engajaram em formas extremas de conduta sexual ou trocaram sexo por
dinheiro têm mais probabilidade de se envolver em atividade homossexual
(Saghir 1973). Não é fácil vencer os vícios, assim recorrer à Confissão pode ser
um primeiro passo para a libertação. O padre deve lembrar aos penitentes
que até os pecados mais extremos nessas áreas podem ser perdoados,
incentivando-os a resistir ao desespero e a perseverar, e ao mesmo tempo
recomendar grupos de apoio criados para lidar com o vício.
d) Os indivíduos com a atração pelo mesmo sexo muitas vezes abusam
do álcool, drogas de prescrição e drogas ilegais (Fifield 1977; Saghir 1973). Tal
abuso poderá enfraquecer a resistência à tentação sexual. O padre poderá
recomendar que essas pessoas se tornem membros de um grupo de apoio
que trata desses problemas.
e) O desespero e pensamentos de suicídio são também
freqüentemente parte da vida de uma pessoa perturbada com a atração
pelo mesmo sexo. (Beitchman 1991; Herrell 1999; Fergusson 1999) O padre
poderá assegurar ao penitente que há toda razão para se ter esperança de
que a situação mudará e que Deus os ama e quer que eles vivam uma vida
plena e feliz. Repetimos o que já dissemos antes: perdoar os outros pode ser
extremamente útil.
f) Os indivíduos que experimentam a atração pelo mesmo sexo poderão
sofrer de problemas espirituais tais como inveja (Hurst 1980) ou autopiedade
13
(Van den Aardweg, 1969). É importante que a pessoa que experimenta a
atração pelo mesmo sexo não seja tratada como se as tentações sexuais
fossem seu único problema.
g) A maioria esmagadora dos homens e mulheres que experimentam a
atração pelo mesmo sexo relatam um relacionamento bem insatisfatório
com o pai ( notas 17 a 23). O padre, como uma figura paterna amorosa e
acolhedora, poderá mediante o sacramento começar o trabalho de
consertar os danos e facilitar um relacionamento de cura com Deus Pai.
O padre precisa estar consciente da profundidade da cura que precisam
essas pessoas que sofrem de sérios conflitos internos. Ele precisa ser fonte de
esperança para os desesperados, perdão para os que erram, força para os
fracos, ânimo para os corações desanimados e às vezes uma figura paterna
amorosa para os emocionalmente feridos. Em resumo, ele deve ser Jesus
para esses amados filhos de Deus que se acham nas situações mais difíceis.
Ele deve ser pastoralmente sensível, mas deve também ser pastoralmente
firme, imitando, como sempre, o Jesus compassivo que curava e perdoava
setenta vezes sete, mas sempre lembrava: “Vá e não cometa mais esse
pecado”.

3) Os Profissionais Médicos Católicos

Os pediatras precisam conhecer os sintomas da Desordem de


Identidade de Gênero (DIG) e o problema crônico da falta de masculinidade
na infância. Quando é identificado e tratado logo no começo, há toda razão
para se ter a esperança de que se possa resolver o problema com sucesso
(Zucker 1995; Newman 1976).
Embora o motivo principal para tratar crianças seja aliviar sua
infelicidade do momento (Newman 1976; Bradley 1998; Bates 1974), o
tratamento da DIG e do problema crônico da falta de masculinidade na
infância podem impedir o desenvolvimento da atração pelo mesmo sexo e
os problemas ligados à atividade homossexual na adolescência e vida
adulta.
A maioria dos pais não quer que seu filho se envolva na conduta
homossexual, mas os pais de filhos em risco muitas vezes hesitam buscar
tratamento (Zucker 1995; Newman 1976). Mas há algo que pode ajudar a
vencer sua oposição à terapia: informá-los de que 75% das crianças que
exibem os sintomas da DIG e do problema crônico de falta de masculinidade
na infância experimentarão a atração pelo mesmo sexo, se não houver
nenhuma intervenção (Bradley 1998). É preciso informá-los também dos riscos
ligados à atividade homossexual. (Garafalo 1998; Osmond1994; Stall 1988b;
Rotello 1997; Signorille 1997).
A cooperação dos pais é extremamente importante para que a
intervenção na infância tenha sucesso. Os pediatras devem se familiarizar
14
com a literatura sobre tratamento. George Rekers escreveu vários livros sobre
o assunto (Rekers 1988). Zucker e Bradley fazem uma análise abrangente da
literatura em seu livro “Gender Identity Disorder and Psychosexual Problems in
Children and Adolescents” (1995), bem como de muitos casos individuais
registrados e recomendações de tratamento.
Ao encontrarem pacientes com doenças sexualmente transmissíveis
adquiridas através da atividade homossexual, os médicos poderão informar
aos pacientes da disponibilidade de terapia psicológica e grupos de apoio,
e de que aproximadamente 30% dos clientes motivados conseguem
alcançar uma mudança em sua orientação sexual. Em termos de prevenção
de doenças, outros 30% conseguem permanecer celibatários ou eliminar as
condutas de alto risco. Eles devem também questionar esses pacientes sobre
o abuso de álcool e drogas, e recomendar tratamento quando for
conveniente, já que muitos estudos associam ao abuso de drogas a infecção
de doenças sexualmente transmissíveis (Mulry 1994).
Até mesmo antes da epidemia da AIDS, um estudo de homens que
tinham relações sexuais com homens revelou que 63% haviam contraído
doenças sexualmente transmissíveis através da atividade homossexual (Bell
1978).
Apesar de todas as campanhas educativas sobre a AIDS, os
epidemiologistas prevêem que para o futuro próximo 50% dos homens que
têm relações sexuais com homens terão o HIV. (Hoover 1991; Morris 1994;
Rotello 1997). Eles também correm o risco de pegar sífilis, gonorréia, hepatite
A, B, C, HPV e muitas outras doenças.
Os profissionais de saúde mental devem se familiarizar com as obras de
terapeutas que tiveram sucesso no tratamento de indivíduos que
experimentavam a atração pelo mesmo sexo. Pelo fato de que essa atração
não tem origem numa única causa, pessoas diferentes poderão precisar de
diferentes tipos de tratamento. Uma opção que se deveria considerar
também é combinar a terapia incentivando o paciente a se tornar membro
de um grupo de apoio.

4) Os Professores nas Instituições Católicas

Os professores nas instituições católicas têm o dever de defender os


ensinos da Igreja sobre a moralidade sexual, de se opor a informações falsas
sobre a atração pelo mesmo sexo e de informar os adolescentes em risco ou
já homossexualmente envolvidos da disponibilidade de ajuda. Eles devem
continuar a resistir à pressão de incluir informações sobre a camisinha no
currículo para favorecer os adolescentes homossexualmente ativos.
Numerosos estudos têm revelado que informações sobre a camisinha são
ineficazes na prevenção da transmissão de doenças na população de risco
(Stall 1988a; Calabrese 1987; Hoover 1991).
15
Os ativistas dos direitos dos gays têm insistido em que os adolescentes
em risco sejam entregues a grupos de apoio que os ajudarão a assumir sua
homossexualidade. Não há evidência de que a participação nesses grupos
impeça as conseqüências negativas de longo prazo ligadas à atividade
homossexual. Tais grupos com certeza não incentivarão os adolescentes a
evitar o pecado nem os animarão a viver de modo casto de acordo com seu
estado de vida.
Deve-se levar a sério os sintomas da DIG e do problema crônico da falta
de masculinidade nos meninos. As crianças em risco, porém, precisam de
ajuda especial, de modo particular as que foram vítimas de abuso sexual na
infância. Os educadores também têm o dever de parar de provocar e
ridicularizar as crianças que não vivem conforme as normas sexuais. É
necessário criar e suprir recursos para professores em instituições católicas,
programas CCD e outras instituições. Esses recursos devem educar os
professores, suprir planos de lições e estratégias para lidar com a questão da
ridicularização das crianças em risco.

5) As Famílias Católicas

Quando pais católicos descobrem que seu filho ou filha está


experimentando a atração pelo mesmo sexo ou está envolvido em atividade
homossexual, eles muitas vezes se sentem devastados. Temendo pela saúde,
felicidade e salvação da criança, os pais geralmente ficam aliviados quando
são informados de que é possível tratar e prevenir a atração pelo mesmo
sexo. Eles poderão procurar o apoio de outros pais na organização
Encourage. Eles também precisarão compartilhar seus problemas com
amigos e famílias amorosas.
Os pais devem ser informados dos sintomas da Desordem de Identidade
de Gênero e da prevenção dos problemas de identidade de gênero. Eles
também devem ser incentivados a levar esses sintomas a sério e encaminhar
os filhos com problemas de identidade de gênero a profissionais de saúde
mental qualificados e moralmente preparados.

6) A Comunidade Católica

Havia uma época no passado não muito distante em que a gravidez


fora do casamento recebia críticas e duras. A legalização do aborto [nos
EUA] forçou a Igreja a confrontar essa questão e suprir um ministério ativo
para as mulheres que estavam passando por uma gravidez “indesejada” e
para as mulheres com experiências de trauma pós-aborto. Em poucos anos,
a abordagem das dioceses, paróquias individuais e os fiéis católicos foi
transformada e hoje a verdadeira caridade cristã é a norma, em vez de
exceção. Do mesmo modo, as atitudes para com a atração pelo mesmo
16
sexo poderão ser transformadas, contanto que cada instituição católica faça
sua parte.
Aqueles que experimentam a atração pelo mesmo sexo, aqueles que
se engajam em conduta homossexual e suas famílias muitas vezes se sentem
excluídos da preocupação amorosa da comunidade católica. Uma das
maneiras de mostrar para essas famílias que a comunidade se importa com
elas é oferecer, como parte das intenções durante a missa, orações pelos
indivíduos que experimentam a atração pelo mesmo sexo e por suas famílias.
Os membros dos meios de comunicação católicos precisam ser
informados sobre a atração pelo mesmo sexo, sobre os ensinos da Igreja e
sobre os recursos para a prevenção e o tratamento. Deve-se desenvolver e
distribuir, a partir das próprias igrejas, panfletos e outros materiais que
expressam claramente o ensino da Igreja e dão informações sobre recursos
para aqueles que estão em necessidade imediata nessa área.
Quando um membro dos meios de comunicação católicos, um
professor numa instituição católica ou um padre faz declarações inexatas
sobre o ensino da Igreja ou dá a impressão de que a atração pelo mesmo
sexo é geneticamente determinada e imutável, os leigos poderão oferecer
informações com o objetivo de corrigir esses mal-entendidos.

7) Os Bispos

A Associação Médica Católica reconhece a responsabilidade que o


bispo diocesano tem de fiscalizar a ortodoxia do ensino dentro de sua
diocese. Com certeza isso inclui instrução clara sobre a natureza e propósito
das relações sexuais íntimas entre os indivíduos e a pecaminosidade das
relações impróprias. A AMC espera trabalhar com bispos e padres para
auxiliar a estabelecer adequados grupos de apoio e modelos terapêuticos
para aqueles que lutam com a atração pelo mesmo sexo. Embora vejamos
os programas Courage e Encourage como bem úteis e valiosos e os
promovamos ativamente, estamos certos de que há outros tipos de apoio e
estamos dispostos a trabalhar com qualquer programa psicológica, espiritual
e moralmente bom.

8) Esperança

O Dr. Jeffrey Satinover escreveu de sua vasta experiência com clientes


que experimentam a atração pelo mesmo sexo: “Tenho tido a felicidade
extraordinária de encontrar muitas pessoas que saíram do estilo de vida gay.
Quando vejo as dificuldades pessoais, a clara coragem que eles mostram
não só para enfrentar essas dificuldades, mas também para confrontar uma
cultura que usa todos os meios possíveis para negar a validade de seus
valores, metas e experiências, fico verdadeiramente admirado… São essas
17
pessoas – ex-homossexuais e aqueles que ainda estão lutando, em todos os
lugares dos EUA e em outros países – que permanecem para mim como um
modelo de tudo o que é bom e possível num mundo que leva a sério o
coração humano, e o Deus desse coração. Em minhas várias pesquisas no
mundo da psicanálise, psicoterapia e psiquiatria, realmente nunca antes vi
tal profunda cura”. (Satinover 1996)
Aqueles que desejam se libertar da atração pelo mesmo sexo
frequentemente recorrem primeiro à Igreja. A AMC quer se certificar de que
eles encontrem a ajuda e esperança que estão buscando. Há toda razão
para se ter esperança de que todo indivíduo que experimenta a atração
pelo mesmo sexo, que busca a ajuda da Igreja, poderá encontrar a
libertação da conduta homossexual e muitos encontrarão muito mais, mas
eles virão só se virem amor em nossas palavras e atitudes.
Se os profissionais médicos católicos no passado não conseguiram suprir
as necessidades dessa população cliente, se eles não conseguiram trabalhar
diligentemente para desenvolver terapias eficientes de prevenção e
tratamento ou se eles não conseguiram tratar clientes que experimentavam
esses problemas com o respeito devido a cada pessoa, pedimos perdão.
A Associação Médica Católica reconhece que os profissionais da área
da saúde têm o dever especial nessa área e espera que essa declaração os
ajude a cumprir esse dever conforme os princípios da fé católica.
A pesquisa mencionada neste relatório foi obtida de uma ampla variedade
de fontes. Na maioria dos casos, poderia-se citar numerosas outras fontes.
Para os que desejam fazer um estudo profundo das questões levantadas,
pode-se obter uma bibliografia abrangente pela Internet
(74747.2241@compuserve.com) junto com análises da literatura que vem ao
caso.
Deve-se indicar que muitos dos autores citados não aceitam o ensino
da Igreja sobre a natureza intrinsecamente anormal dos atos homossexuais.
Não fizemos nenhum esforço para distinguir entre os que aceitam e os que
não aceitam, já que os que favorecem a prevenção e o tratamento e os que
apóiam a terapia de aceitação do estilo de vida gay apresentam relatórios
de casos e evidência estatística essencialmente coerentes, diferindo só na
interpretação e relevância da evidência”.

18
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