Sei sulla pagina 1di 35

quantos beijos

LEONORA WEISSMANN
quantos beijos
© Editora Scriptum, 2017

editor
quantos beijos
Welbert Belfort
LEONORA WEISSMANN
projeto gráfico
Júlio Abreu + Leonora Weissmann/ Jiló Design
Para minha mãe Selma
revisão
Victor da Rosa

produção editorial
Silvano Moreira

Weissmann, Leonora, 1982-


W433q Quantos beijos / Leonora Weissmann. Belo Horizonte:
Scriptum, 2017.
ISBN 978-85-9494-013-1

1. Desenho. 2. Beijo na arte. 3. Artes visuais.


4. Pintura. I. Título.
CDU 743.49
CDD 743.4

Elaboração: Helenice Rêgo dos Santos Cunha – CRB 1461

Livraria e Editora Scriptum


Rua Fernandes Tourinho, 99
Belo Horizonte/MG
(31) 3223 1789
(31) 9 9192 7721 WhatsApp
editora@scriptum.com.br
www.scriptum.com.br
Para o Júlio
Leonora Weissmann nasceu em Belo Horizonte em 1982. É graduada
em Pintura e Gravura e mestre em Artes pela Escola de Belas Artes da
ufmg. Trabalha com a imagem de forma ampla em ilustração, desenho,
gravura, objetos, artes gráficas e cenografia, e tem como principal eixo
de pesquisa a pintura. Já participou de diversas exposições coletivas e
individuais no Brasil e no exterior. É também cantora e letrista.

www.leonoraweissmann.org

Quantos beijos
foi impresso em papel
Pólen Bold 90g (miolo) e
Cartão Duplex 300g (capa),
em Belo Horizonte, MG,
em novembro de 2017,
para a Editora Scriptum.
Tiragem: 300 exemplares.
É o desenho amoroso que unifica esse conjunto de trabalhos, com
tudo o que ele carrega, simultaneamente, de provisório e de defi-
nitivo. Ele torna visível outra faceta de Leonora Weissmann, já co-
nhecida por sua pintura. Se guarda com as telas algumas relações,
temáticas e técnicas, a distância predomina. São diversos os proce-
dimentos para cada série de desenhos, com nanquim, têmpera gua-
che, lápis dermatográfico, colagem, e os campos temáticos a seu
modo se articulam, encabeçados pelos tantos beijos do percurso,
com a dominância do registro rápido e econômico dos elementos,
em sintonia aguda com os sentidos previstos. O livro abre e fecha
em vermelho, cor da paixão que também salpica com discrição o
miolo, percutindo outros pontos de contato buscados em toda parte.
Uma boca procura e toca outra, os homens estão ligados por fios
que precisam ser visíveis para percebermos seu peso, sua cum-
plicidade, e os melancólicos cães, tão humanos, os desvalidos e
outras figuras solitárias em quadrinhos sucessivos surgem como
cortes abruptos no caminho alertando para sua persistência incô-
moda. O amor é tão frágil, dissolúvel, instantâneo, que é preciso “fo-
tografá-lo” em contínuo, constatando em que momento preciso, mas
fugidio, ele se efetiva. Talvez assim se encontre o que há de definitivo
naquilo experimentado como provisório. Os traços largos em têmpe-
ra guache arriscam tudo, não há retorno, é necessário obter com o
mínimo de gestos, num traçado nu e cru, as fisionomias singulares
do instante do beijo, quando é possível discorrer sobre o que cada
rosto pode estar manifestando. Sem retoques, sem pintura, as coi-
sas ficam mais entregues à sua própria verdade. O amor pode ser
amargo que nem jiló, até deveria ter um toque romântico “retrô” e
kitsch num mundo tão indócil. Seus titubeios se parecem com os
movimentos de um cão buscando algum rumo, ele implica muitas
mãos tentando se entender e muitos pés executando suas danças.
Talvez até compareça realizado num retrato de casal e, enfim, ande
como as filas fantasmáticas que atravancam o cotidiano. Mas o fun-
damental é que não se pode escapar dele, como na composição de
Noel Rosa, “Quantos beijos”. Os afetos sempre nos lembram da cor-
da bamba em que nos equilibramos entre a solidão e a companhia.

Ronald Polito

ISBN 978-85-9494-013-1

Potrebbero piacerti anche