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Produto III – Relatório do

Estudo de Value for Money

Dezembro 2011

0
ABCD

À
Companhia Pernambucana de Saneamento - COMPESA

5 de dezembro de 2011

Prezados senhores:

Este Relatório do Value-for-Moneyy da PPP ((“Relatório”)) foi realizado no intuito Os Consultores não garantem que o plano de negócios e as projeções
de fornecer informações destinadas exclusivamente à Companhia financeiras, assim como demais elementos constantes do Relatório serão
Pernambucana de Saneamento – COMPESA (“COMPESA”). A KPMG realizados efetivamente, conforme projeções e expectativas da COMPESA
Structured Finance S.A. (“Consultores”) não se responsabiliza pela utilização ou de qualquer terceiro, visto que os eventos previstos poderão não se
do relatório por terceiros, sendo vedada sua utilização para fins outros que não aperfeiçoar, em razão de diversos fatores exógenos conjunturais e
aqueles a que se refere o artigo 21 da Lei Federal nº 8.987, de 14 de fevereiro operacionais, acarretando, portanto, variações relevantes. Ademais, ainda
de 1995.
1995 que o plano de negócios,
negócios as projeções financeiras e/ou demais resultados
contidos no Relatório venham a se aperfeiçoar em conformidade com as
O processamento de dados e informações recebidas não implica na aceitação expectativas da COMPESA ou de qualquer terceiro, os Consultores não
ou atestação destes como corretos, completos ou verídicos pelos Consultores. podem garantir que os resultados ali previstos venham a ser alcançados.
Destacamos que o escopo do nosso trabalho em nada se semelha àquele de
uma auditoria.

1
ABCD

O conteúdo deste Relatório contempla as informações efetivamente Qualquer informação contida no Relatório somente deverá ser analisada
disponibilizadas aos Consultores pela COMPESA baseando-se nas considerando-se o disposto na presente seção, assim, caso o conteúdo
condições predominantes dos cenários considerados. Os serviços realizados, seja responsabilizado a qualquer terceiro, a COMPESA deverá informar,
por sua natureza, demandam atuação subjetiva, sendo que o Relatório reflete por escrito, ao referido terceiro, as ressalvas e condições previstas na
o ponto de vista independente dos Consultores, no momento e de acordo com presente seção.
as circunstâncias da realização da análise apresentada,
apresentada podendo não se
Dado o caráter sugestivo e não vinculativo do Relatório, os Consultores
alinhar com interesses específicos. Nestes termos, os resultados de análises
não responderão por eventuais oportunidades que deixem de ser
que venham a ser realizadas por terceiros poderão ser divergentes do
identificadas, apresentadas ou exploradas, independentemente dos
resultado das análises contempladas no Relatório, sem que isso caracterize
motivos ou razões para tais ocorrências, bem como por quaisquer outros
qualquer deficiência de uma ou de outra análise.
danos, (diretos ou indiretos), prejuízos, lucros cessantes ou qualquer outro
Desta forma,
forma os trabalhos realizados pelos Consultores e o conteúdo do tipo de perda decorrente direta ou indiretamente da utilização das
Relatório deles resultante não dispensa a necessidade da COMPESA de informações aqui contidas.
realizar uma análise específica dos modelos de negócios, modelos
econômico-financeiros e demais resultados apresentados, levando em
consideração dados de sua titularidade e que não foram objeto de
consideração por parte dos Consultores.
Em que pese o compromisso assumido pelos Consultores de aplicar seus
melhores esforços na concretização do objeto deste Relatório, pela própria
natureza das análises aqui contidas, os Consultores não asseguram nem Maurício Endo
assegurarão o sucesso referente à implementação dos modelos e estudos Sócio
ora apresentados, inclusive no tocante a prazos para que tal êxito se
verifique.
ifi

2
Conteúdo

Sumário Executivo 5
1. Introdução 7
2. Conceito 9
3. Opção de contratação de Obra Pública – Lei 8.666/93 12
3.1 – Capital próprio do Governo do Estado de Pernambuco 13
3.2 – Recursos de terceiros captados pelo Governo do Estado de Pernambuco 15
3.3 – Recursos da COMPESA 17
4. Opção da PPP 21
5 Análise Quantitativa
5. 27
6. Análise Qualitativa 33
7. Conclusão 40

© 2011 KPMG Structured Finance S.A., uma sociedade anônima brasileira e firma-membro da rede KPMG de
firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.
Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil.
3
Sumário Executivo

4
Sumário Executivo

• Este Relatório, de Value for Money, apresenta os resultados das – Proporcionar maior sinergia entre a construção e a
análises de custo/benefício executadas para o projeto, conforme as operação, resultando em um melhor gerenciamento entre
seguintes estruturas: (i) licitação de Obra Pública e (ii) Parceria Público- receita e despesa; e
Privada.
– Transferir grande parte dos riscos de construção e
• Este Relatório foi desenvolvido a partir do Estudo de Viabilidade.
operação ao privado.
• Na alternativa de licitação de obra pública, foram analisadas três
possibilidades para a realização dos investimentos necessários: • Do ponto de vista quantitativo, a PPP apresentou um resultado
diretamente pela COMPESA; pelo Governo do Estado de Pernambuco favorável, a Valor Presente Líquido (VPL), de R$ 1,4 bilhões
através de capital próprio; e pelo Governo do Estado de Pernambuco em comparação a Obra Pública.
através da captação de financiamentos. – Valor Presente da PPP: R$ 3,613 bilhões; e

• As análises realizadas mostraram que a PPP apresenta-se como opção


– Valor Presente Obra Pública: R$ 5,029 bilhões.
concreta para o projeto, tanto do ponto de vista qualitativo, quanto
quantitativo, uma vez que possibilita alcançar a universalização em um
prazo significativamente menor, sem comprometer a situação financeira
da COMPESA ou do Estado.

• Em comparação com a opção de Obra Pública, a PPP apresenta


algumas vantagens qualitativas, tais como:

– Realizar as obras de implantação da infraestrutura necessária em


um prazo menor, proporcionando a população da RMR o acesso à
coleta e tratamento de esgoto;

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5
1 Introdução
1.

6
1 - Introdução

• O Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Companhia – Na segunda parte é feita uma análise da alternativa da
Pernambucana de Saneamento - COMPESA, pretende implementar um licitação de obra pública através da Lei 8.666/93 para a
plano para universalizar, dentro de um prazo de 12 anos, o serviço de implantação da infraestrutura.
coleta e tratamento de esgoto nos municípios da Região Metropolitana
– A terceira parte apresenta a PPP como uma alternativa
de Recife e em Goiana.
para a realização do projeto. Nesse caso, os investimentos
• O investimento necessário para viabilizar tal projeto é estimado em R$
necessários seriam, em grande parte, de responsabilidade
4,3 bilhões.
do setor privado, assim como a obrigação plena sob a
• Neste tópico, Value for Money, serão apresentados os resultados das operação do sistema e a manutenção da infraestrutura.
análises de custo/benefício executadas para o projeto.
j Nesta análise,
comparamos duas alternativas: – Na quarta parte é apresentada uma análise quantitativa
dos dois modelos, comparando o valor presente em ambos
i. Licitação de obra pública seguindo a Lei 8.666/93 para a
os casos.
implantação da infraestrutura; e
– Na quinta parte é realizada a comparação, de forma
ii. Parceira Público-Privada para implantação da infraestrutura e
qualitativa, das duas opções analisadas. Também são
operação e manutenção da mesma.
apresentados os impactos gerados pela falta de
• Este Relatório está subdividido em seis partes. saneamento, mostrando a importância de realizar o projeto
de universalização da coleta e tratamento de esgoto na
– A primeira parte apresenta a definição do conceito de análise
Região Metropolitana de Recife no menor prazo possível.
Value for Money, incluindo seu objetivo, sua composição e sua
metodologia. – Finalmente, apresenta-se a conclusão da análise com as
alternativas existentes para a execução do projeto.

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7
2 Conceito
2.

8
2 - Conceito

• A decisão de se utilizar uma Parceria Público-Privada (PPP), em • Nessa análise, considera-se também a capacidade
p do setor
vez da forma tradicional, seguindo a Lei 8.666, em que o setor público em gerar capital próprio ou contrair novas dívidas para
público contrata o projeto básico com uma empresa, em seguida financiar o projeto.
contrata a construção da obra com uma outra empresa e,
• A indisponibilidade de recursos públicos muitas vezes leva à
finalmente opera a obra,
finalmente, obra deve ser analisada sob o ponto de vista
postergação ou até mesmo à não realização de importantes
estratégico das eficiências socioeconômicas para a sociedade.
projetos, acarretando custos/ prejuízos à sociedade.
• Considerando que o objetivo do setor público é a maximização da
• A opção de PPP surge como uma alternativa eficiente para
riqueza da sociedade, suas decisões devem ser tomadas para
superar essas limitações financeiras, possibilitando a
aumentar a eficiência do uso dos recursos públicos, ao mesmo
disponibilização de serviços públicos à população no curto
tempo em que atende às demandas existentes por serviços
prazo, de forma continuada e com qualidade no longo prazo.
públicos.
• Os custos e benefícios mencionados anteriormente são
• Assim realizar um serviço público pela Lei 8.666
Assim, 8 666 ou pela PPP
avaliados quantitativamente (sempre que possível) ou
assemelha-se a uma decisão de fazer ou comprar, ou seja, uma
qualitativamente (quando não se pode quantificar com
decisão entre o próprio Governo fazer ou de comprar de um
precisão).
terceiro.

• A decisão de se utilizar uma PPP para a prestação de um


determinado serviço deve envolver uma análise dos custos e
benefícios para a sociedade resultantes dessa opção vis-à-vis a
opção da Lei 8.666.
8 666

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2 – Conceito (cont.)

– O projeto envolver investimentos de capital significativos, o que


• Denominamos o resultado da composição dessas análises de
exige uma administração eficiente dos riscos associados com a
custos e benefícios (quantitativas e qualitativas) de análise de
construção e a entrega;
Value for Money (VfM).

• Conforme mencionado anteriormente, na escolha pela Lei 8.666, – O setor privado possui condição necessária para o serviço em

as limitações financeiras do setor público podem gerar atrasos questão, de modo que há razões para se pensar que o mesmo
na implementação dos projetos. pode oferecer VfM;

• Os custos/ prejuízos à sociedade decorrentes do atraso são


– O valor do projeto é suficientemente elevado para garantir que
analisados e ponderados na decisão da opção da Lei 8.666.
8 666
os custos de contratação/ licitação não são desproporcionais
• A PPP deve ser utilizada somente quando há a entrega de VfM, aos custos do projeto;
isto é, quando há uma ótima combinação de custo e qualidade
– A tecnologia e outros aspectos do setor em questão são
do serviço, o que não necessariamente significa menor custo.
relativamente
l i estáveis
á i e não suscetíveis
í i a i
inovações
• O Her Majesty Treasury Taskforce (“HMTT”), órgão do Ministério
constantes;
da Economia e Finanças do Reino Unido, responsável por
implementar políticas econômicas e financeiras, recomenda a – Os horizontes de planejamento são de longo prazo com ativos
consideração
id ã da
d utilização
tili ã de
d uma PPP quando:
d sendo
d utilizados
tili d por um longo
l período
í d no futuro;
f t e

– Há incentivos para que o setor privado apresente um bom


desempenho.

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10
3 Opção de contratação de
3.
Obra Pública - Lei 8.666

11
3 - Opção de contratação de Obra Pública - Lei 8.666

• A análise da capacidade do setor público em gerar capital próprio • São volumes de investimentos significativos e, para viabilizar
ou contrair novas dívidas para financiar o projeto é importante para esse montante de investimentos,, certamente,, p
parte dos recursos
a decisão sobre a forma de contratação. terá que ser viabilizados por meio de parcerias com o setor
privado, através de contratos de PPP ou concessão.
• Conforme mencionado anteriormente, a indisponibilidade de
recursos públicos pode levar à postergação ou à não realização do • O Projeto de universalização do saneamento na RMR, caso fosse
projeto, acarretando custos/ prejuízos significativos à sociedade. realizado pelo setor público, poderia ser financiado pelas
seguintes opções:
• O objetivo dessa análise é verificar se e quando o setor público
possuirá capacidade financeira para realizar os investimentos – Capital próprio do Governo do Estado de Pernambuco;

necessários para a implantação da infraestrutura necessária para a


– Captação de recursos de terceiros pelo Governo do Estado
universalização do saneamento na Região Metropolitana de
de Pernambuco; e
Recife, incluindo a operação e manutenção dos sistemas.

• A necessidade de investimentos em infraestrutura, com destaque – Recursos provenientes da própria COMPESA.


para o setor de saneamento, é crescente e em volume bem
superior à capacidade do setor público em gerar e captar recursos
• A seguir, analisaremos cada uma das alternativas apresentadas
acima.
de terceiros.

• D acordo
De d com a Secretaria
S t i Nacional
N i l de
d Saneamento
S t Ambiental
A bi t l
do Ministério das Cidades, o Brasil terá que investir R$ 420 bilhões
para oferecer água tratada, recolhimento de lixo e sistema de
drenagem urbana a todas as residências e levar redes de esgoto
para 90% da população nos próximos 20 anos.

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3 - Opção de contratação de Obra Pública - Lei 8.666
3.1 – Capital próprio do Governo do Estado de Pernambuco

• No exercício de 2010, o Estado de Pernambuco obteve um • Considerando a magnitude do projeto e os investimentos

resultado primário positivo de R$


$ 220 milhões frente a um necessários é possível afirmar que o Estado não dispõe de
necessários,

resultado negativo de R$ 331 milhões em 2009. recursos próprios suficientes para realizar a implantação da
infraestrutura necessária para a universalização da coleta e
• O resultado orçamentário foi positivo em R$ 440 milhões, após ter
tratamento de esgoto na Região Metropolitana de Recife.
apresentado um déficit de R$ 159 milhões no exercício anterior.
• Além disso, grande parte dos recursos disponíveis possui

Gráfico 1: Resultado Orçamentário vinculações constitucionais e/ou legais (saúde, educação e


Consolidado (R$ milhões) pagamento da dívida) ou são destinados a gastos que, embora
não decorram de vinculações, não podem deixar de ser
441 realizados (ex. repasse para outros poderes, gastos com
411
pessoal, custeio da máquina pública e reposição de
302
equipamentos públicos).
182

2006 2007 2008 2009 2010

-159

Fonte: Balanço Geral do Estado - 2010.


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3 - Opção de contratação de Obra Pública - Lei 8.666
3.1 – Capital próprio do Governo do Estado de Pernambuco (cont.)

• A Constituição Federal determina que os Estados apliquem Gráfico 2: Vinculações Constitucionais de 2010 (R$ Milhões)

25%, no mínimo, da receita resultante de impostos,


2.804
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção 2.616
e desenvolvimento da educação.

• Na saúde,
saúde deverão ser aplicados,
aplicados no mínimo,
mínimo 12% do produto
1.833
da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos
recursos de que tratam os arts. 157 e 159, deduzidas as
parcelas que forem transferidas aos seus respectivos 1.256

municípios.
i í i

• O Estado de Pernambuco, em 2010, cumpriu com todos os


gastos mínimos e obrigatórios previstos na Constituição. O
montante previsto de R$ 3.910 milhões foi superado em R$ 33 93 29
5
848 milhões, o equivalente a uma aplicação acima da prevista
Educação Saúde Combate às Ciência e
em 21,7%, conforme pode ser verificado no gráfico ao lado. secas Tecnologia

p
Mínimo a aplicar p
Valor aplicado
Fonte: Balanço Geral do Estado - 2010.

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3 - Opção de contratação de Obra Pública - Lei 8.666
3.2 – Recursos de terceiros captados pelo Governo do Estado de Pernambuco

• Uma alternativa à ampliação da capacidade de investimento do


• Em 2010, a Dívida Consolidada Líquida (DCL) totalizou R$
4.755 milhões, enquanto a RCL foi de R$ 12.435 milhões. Ou
setor p
público é a captação
p ç de recursos de terceiros no mercado
seja, o Estado de Pernambuco encontra-se enquadrado nos
financeiro.
limites estabelecidos na LRF (% da DCL sobre a RCL: 38,24)
• Porém, o potencial de alavancagem não é infinito, havendo limites
impostos por lei ao grau de endividamento do setor público.
• Considerando os limites estabelecidos pelo Senado Federal, o
Estado poderia endividar-se
endividar se até R$ 24.870
24 870 milhões.
milhões Assim,
Assim o
• No Brasil, as regras para endividamento público são estabelecidas
Estado poderia realizar uma captação para realizar
pelo Senado Federal, sendo o controle e o monitoramento exercidos
investimentos no projeto de universalização do saneamento
pelo Ministério da Fazenda, por meio da Secretaria do Tesouro.
na RMR.
• A Lei Complementar nº 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal
• Contudo, é importante registrar que o cumprimento dos limites
(“LRF”)) impôs um rígido controle fiscal, sobretudo no tocante a
estabelecidos na LRF não é suficiente para que o Estado
gastos com funcionalismo, para viabilizar sobra de recursos
possa obter novas linhas de crédito, pois, enquanto não atingir
suficientes para o pagamento de dívidas.
também as metas estabelecidas no PAF - Programa de
• Os Estados e Municípios passaram a possuir também limites globais Reestruturação e Ajuste Fiscal, estabelecido entre a União e o
para o endividamento. No caso dos Estados, o limite estabelecido foi Estado, não poderá aumentar o seu estoque de dívida.
de duas vezes o valor da Receita Corrente Líquida (“RCL”).
• O Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal - PAF, firmado
em 1998 pelo Estado de Pernambuco com a União, é parte
integrante do contrato de assunção e renegociação da dívida
ao amparo da Lei nº 9.496/97.
* Receita Corrente Líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
outras
t receitas
it correntes,
t d d i d
deduzindo-se: (i) nos Estados,
E t d as parcelas
l entregues
t aos
Municípios por determinação constitucional; (ii) a contribuição dos servidores para o
custeio do seu sistema de previdência e assistência social. (LRF nº 101/00)
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3 - Opção de contratação de Obra Pública - Lei 8.666
3.2 – Recursos de terceiros captados pelo Governo do Estado de Pernambuco (cont.)

• O objetivo principal do Programa consiste na geração de • É preciso considerar ainda todos os outros investimentos
Resultados Primários suficientes para, ao menos, honrar os necessários em novos projetos decorrentes do seu
juros da Dívida, mantendo-se o equilíbrio fiscal do Estado. planejamento estratégico e de gestão para o desenvolvimento
do Estado, quer seja de infraestrutura econômica, quer seja de
• No PAF o Estado se propõe a adotar ações que possibilitassem
caráter social.
alcançar metas ou compromissos relativos a:
– Relação Dívida Financeira/ Receita Líquida Real; • As obrigações primárias do Estado de fornecer à sociedade
serviços de educação, saúde, segurança pública e infraestrutura
– Resultado Primário;
de qualidade, incluem o saneamento básico, mas não se limitam
– Despesas com funcionalismo público; a tal.

– Receitas de arrecadação própria; Programa de Ajuste Fiscal


Metas Acordadas e Resultados Alcançados
– Reforma do Estado e/ou alienação de ativos; e
METAS 2007 2008 2009 2010

– Despesas com investimentos. Trajetória Dívida/RLR Limite 1,00 1,00 1,00 1,00
R li d
Realizada 0 68
0,68 0 60
0,60 0 62
0,62 0 52
0,52
• Conforme apresentado na tabela ao lado, o Estado de Resultado Primário (R$ milhões) Acordada 410,00 269,00 (137) (730)

Pernambuco cumpriu todas as Metas estabelecidas para o ano Realizada 686,00 534,98 (125) 65,06

de 2010. Despesa Pessoal/RCL (%) Limite 60,00 60,00 60,00 60,00


Realizada 54 53
54,53 53 43
53,43 55 65
55,65 54 29
54,29
• Entretanto, é importante ressaltar que além de melhorias no Receitas Próprias (R$ milhões) Acordada 5.748 6.666 7.652 7.652
saneamento, tema de fundamental importância para a Realizada 5.927 6.811 7.682 9.867
sociedade. Despesa Investimento/RLR (%) Acordada 11,06 14,56 17,27 22,53
Realizada 8,60 12,10 15,66 20,10

Fonte: Balanço Geral do Estado - 2010

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3 - Opção de contratação de Obra Pública - Lei 8.666
3.3 – Recursos da COMPESA

• Com o objetivo de verificar a capacidade de realização dos Investimentos COMPESA (R$ Mil)
investimentos, pela COMPESA, necessários para a Ano Água Esgoto Total
universalização da coleta e tratamento de esgoto nos municípios 1997 R$ 30.361 R$ 5.005 R$ 35.366
da RMR e Goiana, foi realizada uma análise do histórico de 1998 R$ 73.395 R$ 9.168 R$ 82.563
investimentos realizados pela Companhia. 1999 R$ 33.172 R$ 3.832 R$ 37.004

• A tabela ao lado apresenta os investimentos realizados nos últimos 2000 R$ 69


69.840
840 R$ 2
2.843
843 R$ 72
72.683
683
2001 R$ 65.863 R$ 11.582 R$ 77.445
14 anos pela COMPESA, nos setores de água e esgoto.
2002 R$ 64.575 R$ 4.237 R$ 68.812
• Como é possível observar, em 14 anos foram investidos R$ 313,9 2003 R$ 26.574 R$ 5.709 R$ 32.283
milhões em melhorias no sistema de esgoto pela COMPESA nos 200
2004 R$
$ 47.045
0 R$
$ 11
11.754 R$
$ 58.799
8 99
172 municípios atendidos. Na média, foram investidos R$ 22 2005 R$ 26.296 R$ 13.545 R$ 39.841
milhões ao ano. 2006 R$ 66.861 R$ 9.447 R$ 76.308

• Sendo o volume total necessário para realizar a universalização 2007 R$ 85.034 R$ 34.603 R$ 119.637
2008 R$ 221.920 R$ 24.278 R$ 246.198
dos serviços e realizar obras de recuperação/manutenção ao longo
2009 R$ 235.209 R$ 170.604 R$ 405.813
do contrato de concessão é de R$ 4,3 bilhões, e considerando que
2010 R$ 524.238 R$ 7.297 R$ 531.535
tais investimentos específicos para universalização seriam
Total R$ 1.570.383 R$ 313.904 R$ 1.884.287
realizados em 12 anos, a média anual de recursos necessários
Médi /
Média/ano R$ 112
112.170
170 R$ 22
22.421
421 R$ 134
134.591
591
seria da ordem de R$ 293 milhões, bem acima do realizado pela
Fonte: COMPESA
COMPESA historicamente.

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3 - Opção de contratação de Obra Pública - Lei 8.666
3.3 – Recursos da COMPESA (cont.)

Gráfico 3: Investimento anual efetivamente realizado em esgoto versus projetado

Média histórica anual Média anual necessária


R$ 600.000 R$ 22 MM R$ 293 MM

R$ 500.000
Valores em R$ Mil

R$ 400.000

R$ 300.000

R$ 200.000

R$ 100.000

R$ 0

Investimento efetivamente realizado Investimento necessário para


pela
l COMPESA no estado
t d de
d universalização
i li ã do
d esgotamento
t t
Pernambuco sanitário na RMR e Goiana
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3 - Opção de contratação de Obra Pública - Lei 8.666
3.3 – Recursos da COMPESA (cont.)

• Segundo a COMPESA, a universalização do esgotamento


sanitário, caso ela dependesse apenas dos seus esforços,
ocorreria em um prazo de 30 anos nos municípios da Região
Metropolitana de Recife e em Goiana, enquanto o projeto de PPP
se propõe a realizar a universalização nestes mesmos municípios
no prazo de 12 anos.
anos Sendo o saneamento um serviço essencial à
população, o prazo proposto pela Companhia geraria impactos
também em outros setores, com destaque negativo para a saúde.

• Adicionalmente à questão do extenso prazo de atendimento dos


objetivos do projeto, destaca-se a viabilidade da realização de tais
investimentos pela COMPESA. O volume total necessário para
realizar a universalização dos serviços é de R$ 4,3 bilhões. Ainda
que fosse realizada em 30 anos,
anos conforme proposto pela
Companhia, seriam necessários cerca de R$ 143 milhões de
investimento por ano, ao longo dos 30 anos. Ao comparar esse
valor com a média histórica anual da empresa, isso representa 6,5
vezes o volume
l realmente
l t aplicado
li d em melhorias
lh i de d esgotamento
t t
sanitário. Importante destacar ainda que o volume histórico
analisado contempla todos os municípios atendidos pela
COMPESA e não apenas a RMR e Goiana (escopo do projeto).

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19
4 Opção da PPP
4.

20
4 - Opção da PPP

• Uma das restrições da Lei de Concessões nº 8.987 refere-se à


• A disponibilidade de recursos públicos para investimentos em participação financeira do setor público na empresa/serviço
infraestrutura é escassa e insuficiente para atender toda a privatizada
i ti d ou concedida,
did isto
i t é,
é a Lei
L i não
ã permite
it que haja
h j
demanda existente. contrapartidas do Estado para complementar e/ ou viabilizar uma
• A busca por alternativas que viabilizem a realização de projetos de concessão.
infraestrutura no curto prazo é um dos maiores desafios • Essa restrição existente na Lei de Concessões tem dificultado a
enfrentados pelo setor público brasileiro. continuidade do processo de transferência dos serviços públicos
• Desde o início da década de 90, o governo brasileiro tem buscado ao setor privado.
alternativas para viabilizar investimentos em infraestrutura e • A aprovação de leis como a Lei de Responsabilidade Fiscal -
melhorar
lh a eficiência
fi iê i dad máquina
á i pública.
úbli LRF/01, Resolução nº 43 do Senado Federal, além das exigências
• A opção que vem sendo adotada é a participação do setor privado do Programa de Ajuste Fiscal firmado entre a União e os Estados,
em atividades antes totalmente geridas pelo setor público. impuseram uma série de limitações ao endividamento público, com
o objetivo de criar uma cultura de responsabilidade no
• A partir de 1995,
1995 esse processo foi intensificado pelo Governo com
gerenciamento das fontes e usos dos recursos públicos
a criação do Conselho Nacional de Desestatização (CND) e com a
disponíveis.
aprovação da Lei de Concessões nº 8.987.
• Neste cenário de demanda crescente de investimentos e escassez
• Esse processo de transferência de empresas públicas para o setor
d recursos públicos
de úbli que surge a opção
ã das
d PPPs.
PPP
privado ficou limitado às estatais que possuíam viabilidade
econômica e despertavam interesse dos investidores privados. As • Esse novo conceito de concessão de serviços públicos, aplicado
empresas ou os serviços que não eram auto-sustentáveis com grande sucesso na Europa desde o início da década de 90,
permaneceram em poder do setor público.
público principalmente
p c pa e te na
a Inglaterra,
g ate a, ap
apresenta-se
ese ta se co
como
ouuma
a opção pa
para
aa
realização dos investimentos em infraestrutura.
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21
4 - Opção da PPP (cont.)

• As PPPs trazem o aprimoramento do conceito de concessão – Remuneração do privado atrelada à qualidade do serviço

utilizado no Brasil. Algumas das inovações trazidas pelas PPPs (Quadro de Indicadores de Desempenho - QID): indicadores de
são: d
desempenho
h que buscam
b alinhar
li h os interesses
i t d governo e
do
do ente privado e servem para controlar a qualidade dos
– Gerenciamento de riscos: alocação dos riscos do projeto
serviços prestados;
entre os setores público e privado, considerando a
capacidade de mitigação de cada risco entre os entes; – O ente
t público
úbli d fi
define o serviço
i d
desejado
j d e o ente
t privado
i d
decide como fornecer esse serviço;

Repartição de riscos
– Possibilita a captura de sinergias entre projeto, construção e
Contratação
Tradicional operação conforme apresentado na figura
operação, fig ra a seguir:
seg ir
Concessão
Pura
co Retido

DBFO - Design, Build, Finance and Operate para capturar as


PPP sinergias
g entre projeto,
p j , construção
ç e operação
p ç
Custo do Risc

Projeto Projeto
Construção Operação
básico executivo
O Governo O parceiro As obras devem Metas de
estabelece a privado deve seguir desempenho
qualidade do propor o projeto rigorosamente o estabelecidas no
Risco 100% Risco 100% serviço executivo e as cronograma contrato de PPP,
Público Privado novas técnicas proposto fiscalizado pelo
Especificação
construtivas regulador
mínima: Erros de
flexibilidade para o O custo e o prazo orçamento são Necessidade de
– Prevê pagamento de contrapartidas do setor público ao Parceiro Privado da construção assumidos pelo Agências
poder propor novas são riscos do Parceiro Privado Reguladoras
setor
t privado
i d para viabilizar
i bili os projetos;
j t
técnicas Parceiro Privado eficientes

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4 - Opção da PPP (cont.)

• Em 30 de dezembro de 2004, a Lei Federal de PPP nº 11.079 foi • A legislação federal de PPPs estabeleceu um limite de até 1%
sancionada pelo Presidente da República. da Receita Corrente Líquida com as despesas de caráter
continuado derivadas das PPPs, que, se superado, sujeitará o
• Seguindo esta tendência, o Estado de Pernambuco também
ente federado ao não recebimento de transferências voluntárias
aprovou sua lei estadual de PPP, a Lei nº 12.765, em janeiro de
ou concessão de garantia pela União.
2005.

• Tanto a Lei Federal como a Lei de Pernambuco de PPP prevêem


• Posteriormente, este limite foi alterado para 3% da RCL, através
da Lei 12.024/2009.
contratos de concessões em duas modalidade:
i. Concessão patrocinada - Concessão de serviços ou obras • O Estado de Pernambuco está dentro do limite estabelecido em
públicas que envolva,
envolva adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários,
usuários Lei podendo ainda comprometer-se
Lei, comprometer se com outros projetos de
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
PPP. Em valores monetários, o limite para pagamento de
ii. Concessão administrativa - Contrato de prestação de serviços Contraprestações em projetos de PPP seria de cerca de R$ 373
de que a Administração é usuária mediata ou imediata, em que:
milhões, considerando a RCL de Pernambuco em 2010, sendo
– Há investimento do concessionário na criação de que uma parte deste valor já está comprometida com projetos
infraestrutura relevante; contratados de PPP.

– O preço é pago mensalmente pelo Concedente em um


prazo longo,
longo permitindo amortização dos investimentos,
investimentos
custeio e retorno do investimento;

– O objeto não se restrinja à execução de obra ou


fornecimento de mão
mão-de-obra
de obra e bens.
bens

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23
4 - Opção da PPP (cont.)

• Experiências internacionais têm mostrado que a iniciativa privada • Caso o Estado opte pela realização do projeto pela forma
gera g
g grandes economias g
graças
ç à g
gestão empresarial,
p podendo
p tradicional,, ou seja,
j , através de licitação
ç de obra p
pública,, seriam
executar, contratar e/ou supervisionar com maior eficiência e necessários os seguintes passos:
dinamicidade os projetos e intervenções necessárias à
– Licitação do Projeto Básico;
implantação da infraestrutura e sua posterior operação e
manutenção uma vez que a iniciativa privada não está sujeita a
manutenção, – Licitação
Li it ã dod Projeto
P j t Executivo;
E ti
determinados procedimentos por demais burocráticos, nem
tampouco às incertezas orçamentárias. – Licitação da Construção; e

• Esta PPP seria uma concessão administrativa e teria como objeto


– Licitação para fiscalização e supervisão da construção.
construção
a exploração do Sistema de Esgotamento Sanitário da Região
Metropolitana de Recife e do município de Goiana, precedida da
• Considerando que cada processo licitatório no Brasil leva, em
execução das obras de construção do sistema.
média, 8 meses, e mesmo que as licitações para contratação de
• Ou seja,
seja na PPP o privado ficará responsável pelo projeto,
projeto fi
fiscalização
li ã e supervisão
i ã d
da construção
t ã ocorressem
construção, financiamento, operação e manutenção dos sistemas paralelamente à seleção para construção, o processo, caso
no longo prazo. corresse sem grandes percalços no caminho, demandaria cerca

• A realização
ç do Projeto
j pelo setor p
p público implicaria
p em uma de 2 anos.

maior burocracia e, consequentemente, em prazos maiores e


custos mais elevados.

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24
4 - Opção da PPP (cont.)

• Além do prazo, é preciso considerar também os altos custos • A PPP permite ao Estado alavancar projetos, utilizando os
envolvidos na realização de quatro processos licitatórios de recursos disponíveis para multiplicar os investimentos
considerado grau de complexidade. realizados. Ou seja, ao invés de aplicar o superávit
orçamentário em alguns poucos projetos bancados
• Tais prazos e custos devem ser considerados especialmente no
integralmente pelo setor público, o Estado pode realizar
caso em que todas as obras para universalização do
diversos projetos essenciais,
essenciais utilizando-se
utilizando se de recursos do setor
saneamento na RMR não sejam contratadas em uma única
privado, e pagando apenas um valor complementar para a
licitação. Ou seja, para cada intervenção/obra a ser realizada,
viabilização desses, dissolvendo o investimento inicial total ao
todos os procedimentos listados acima precisariam ser refeitos.
longo de anos.
• A PPP apresenta-se
t como a principal
i i l opção
ã de
d realização
li ã do
d
• Na PPP, como outro ponto positivo, os pagamentos do Governo
projeto de universalização da coleta e tratamento de esgoto nos
ao privado são realizados apenas mediante disponibilização do
municípios da RMR e em Goiana, com a participação do setor
serviço e atendimento a níveis de qualidade exigidos no
privado. Nesse caso, a modalidade a ser aplicada será da
Contrato
Contrato.
concessão administrativa, sendo o pagamento integral da
contraprestação a única fonte de receita do parceiro privado.

• Assim, através da PPP, é permitido ao setor público viabilizar a


transferência de serviços não auto-sustentáveis
auto sustentáveis ao setor privado,
privado
mediante pagamento de contraprestação complementar ou
mesmo o valor integral da contraprestação.

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25
5 Análise Quantitativa
5.

26
5 - Análise Quantitativa

• Os valores a serem investidos pela COMPESA / Estado nos dois • Com base no histórico de investimentos realizados (fornecido pela
casos (Lei 8.666/93
8 666/93 ou PPP) foram trazidos a valor presente,
presente com COMPESA) é possível perceber que o patamar de investimentos
COMPESA),
o objetivo de avaliar qual o modelo mais vantajoso para a necessários para alcançar a universalização do saneamento,
COMPESA/Governo do ponto de vista econômico-financeiro. mesmo que seja em 30 anos, não possui precedentes, sendo em
alguns períodos 10 vezes maior que a média anual histórica.
• Para esta análise, foi utilizada a projeção da SELIC, em termos
reais, como taxa de desconto. • Considerou-se que a operação pública manteria o mesmo padrão
de qualidade a ser exigido na opção da PPP. A operação

5.1 Opção da Obra Pública (Lei 8.666/93) realizada pela iniciativa privada , por sua vez, gera economias
graças
g ç à g
gestão empresarial,
p , p
podendo executar,, contratar e/ou
• N opção
Na ã da
d contratação
t t ã de d obra
b pública,
úbli o investimento
i ti t deve
d ser
supervisionar com maior eficiência e dinamicidade, uma vez que a
integralmente realizado pela COMPESA / Estado, totalizando
iniciativa privada não está sujeita a determinados procedimentos
R$ 4,314 bilhões a serem desembolsados durante os 35 anos de
por demais burocráticos, nem tampouco às incertezas
concessão, entretanto seguindo um cronograma de desembolso
orçamentárias
orçamentárias.
que possibilitaria a universalização do saneamento em 30 anos,
prazo esse determinado pela própria COMPESA no caso de não • Para fins de custos e despesas operacionais (O&M)
existir a figura do parceiro privado. desconsideramos, na opção Obra Pública, algumas despesas que
não se aplicavam ao caso público, tal como: seguros e garantias.
• Neste item,
item não utilizamos qualquer sobrecusto de implantação da
infraestrutura de saneamento na RMR, mesmo sendo sabido que
a maioria dos contratos de obras públicas no Brasil sofrem
aditamentos aumentando o valor do contrato em até 25% (limite da
Lei 8.666/93).

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27
5 - Análise Quantitativa (cont.)

Valor Presente da Obra Pública • Não podemos deixar de considerar também, e talvez de
forma
f especial,
i l as vantagens
t sociais
i i inerentes
i t a execução
ã do
d
R$ 5,029 Bilhões projeto no menor tempo possível. Devemos considerar a
economia potencial pela eliminação de dispêndios que, em
geral, ocorrem pela não realização dos investimentos
5.2 Opção da PPP imprescindíveis. Estudos da Organização Mundial da Saúde
indicam que a cada dólar gasto no setor de saneamento,
• Na PPP, a COMPESA / Estado não precisará realizar
quatro dólares são economizados em saúde (Economia
integralmente os investimentos requeridos para implantação
Social).
)
da infraestr t ra
infraestrutura necessária para universalização
ni ersali ação do
saneamento na RMR. Grande parte do investimento será • Dessa forma, no fluxo da PPP considerou-se a variável
arcado pelo privado. Economia Social como um benefício auferido na adoção da
PPP.
• Considerando os investimento realizados e os serviços
ç de
operação e manutenção dos sistemas a COMPESA / Estado • O cálculo da Economia Social seguiu a seguinte fórmula:
compromete-se a pagar contraprestações pecuniárias, no ES = (Ip – Ipúblico )*M
período de 35 anos, conforme a expectativa da receita
onde:
auferida de água/esgoto.
água/esgoto
ES = Valor da Economia Social;

Ip = Investimento total anual previsto na PPP;

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5 - Análise Quantitativa (cont.)

Ipúblico = Investimento público realizado para o projeto


de universalização de saneamento em 30
anos; e

M = multiplicador referente a economia do valor investido.

• Nessa análise (PPP), também foram considerados os tributos


pagos pela SPE que retornam para os entes públicos
(PIS/COFINS, IR e CSLL).

Valor Presente da PPP


R$ 3,613 Bilhões

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5 - Análise Quantitativa (cont.)

PPP OBRA PÚBLICA


Investimento Economia PIS/COFINS e Investimentos
Ano Contraprestação Total (R$ Mil) Ano O&M Total (R$ Mil)
Público Social IR / CSLL Totais
2012 78.780 325.067 (636.449) (7.287) -239.890 2012 265.155 75.588 340.743
2013 134.774 307.834 (1.231.290) (14.873) -803.556 2013 196.793 89.449 286.242
2014 210.578 69.838 (129.460) (34.234) 116.721 2014 181.415 99.594 281.009
2015 230.023 69.134 77.402 (43.264) 333.296 2015 181.415 109.560 290.975
2016 262.720 72.451 (1.062.735) (46.691) -774.256 2016 158.626 121.115 279.741
2017 296.657 25.499 (1.101.123) (53.000) -831.968 2017 113.158 129.913 243.071
2018 326.015 1.336 (368.358) (60.676) -101.683 2018 102.262 134.258 236.520
2019 358 284
358.284 1 336
1.336 (371 603)
(371.603) (68 121)
(68.121) -80 104
-80.104 2019 105 107
105.107 142 121
142.121 247 228
247.228
2020 394.236 0 (317.236) (77.806) -806 2020 131.929 147.183 279.112
2021 433.521 67.030 (616.587) (82.733) -198.769 2021 129.733 170.073 299.806
2022 475.144 56.336 (639.536) (92.546) -200.601 2022 132.190 181.656 313.847
2023 519.698 10.694 (198.207) (101.968) 230.217 2023 166.552 201.996 368.548
2024 528.294 0 466.111 (104.381) 890.024 2024 142.491 205.217 347.708
2025 530.083 0 295.749 (105.223) 720.609 2025 95.429 205.733 301.162
2026 531 858
531.858 0 270 828
270.828 (106 555)
(106.555) 696 131
696.131 2026 92 604
92.604 206 868
206.868 299 472
299.472
2027 533.619 0 322.921 (108.124) 748.416 2027 120.335 208.065 328.401
2028 535.366 0 310.969 (108.073) 738.263 2028 126.696 208.678 335.374
2029 537.098 0 205.714 (107.890) 634.922 2029 84.904 209.774 294.678
2030 538.815 0 487.974 (107.851) 918.938 2030 149.439 210.316 359.755
2031 540.515 0 756.813 (107.052) 1.190.276 2031 237.872 211.567 449.438
2032 542.199 0 238.356 (105.216) 675.340 2032 124.344 212.826 337.170
2033 547.924 0 283.564 (106.339) 725.149 2033 106.890 213.331 320.221
2034 553.717 0 503.251 (107.688) 949.280 2034 151.480 214.474 365.954
2035 559.579 0 397.158 (109.191) 847.545 2035 121.808 215.059 336.867
2036 565.510 0 396.689 (110.070) 852.130 2036 130.405 217.030 347.435
2037 571.512 0 210.674 (113.466) 668.720 2037 81.934 218.223 300.157
2038 577.585 0 732.495 (118.113) 1.191.967 2038 205.994 218.815 424.808
2039 583 731
583.731 0 340 746
340.746 (121 326)
(121.326) 803 151
803.151 2039 109.847 220.026 329.873
2040 589.950 0 147.147 (123.541) 613.556 2040 60.602 221.232 281.834
2041 596.243 0 260.197 (129.748) 726.692 2041 92.218 221.880 314.098
2042 602.612 0 82.823 (133.561) 551.873 2042 76.401 223.240 299.642
2043 609.056 0 (24.797) (133.927) 450.332 2043 47.913 224.502 272.415
2044 615.578 0 (85.737) (135.222) 394.619 2044 14.364 225.106 239.470
2045 622.178 0 165.237 (135.687) 651.728 2045 69.775 226.327 296.102
2046 628 857
628.857 0 (169 700)
(169.700) (124 692)
(124.692) 334.465 2046 6 121
6.121 227 674
227.674 233 794
233.794
VPL 6.736.517 875.473 (2.690.823) (1.307.791) 3.613.376 VPL 2.293.398 2.736.038 5.029.436

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5 - Análise Quantitativa (cont.)

5.3 Valor Presente da Obra Pública / PPP


• Os gráficos abaixo mostram o fluxo dos custos do Projeto implementado via Lei 8.666/93 e via PPP.

Custo
Obra Pública ((Lei 8.666))

800.000

700.000

600.000
R$ mil

500.000

400.000

300.000

200.000

100.000

0
2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2026 2028 2030 2032 2034 2036 2038 2040 2042 2044 2046

VALOR PRESENTE : R$ 5,029


5 029 BILHÕES

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31
5 - Análise Quantitativa (cont.)

Custo
Parceria Público-Privada (PPP)

1.500.000

1.000.000
$ mil

500 000
500.000
R$

-500.000
00 000

-1.000.000
2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2026 2028 2030 2032 2034 2036 2038 2040 2042 2044 2046

VALOR PRESENTE : R$ 3,613 BILHÕES

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32
6 Análise Qualitativa
6.

33
6 - Análise Qualitativa

• Apenas 55,2% dos municípios brasileiros possuíam sistema de – Saúde: investimentos em saneamento estão relacionados

coleta de esgoto
g em 2008, de acordo com dados do IBGE. diretamente com a redução de doenças de veiculação
hídrica. A realização do projeto proporcionará benefícios
• Dentre as Regiões Metropolitanas brasileiras, a de Recife é uma das
significativos à população da RMR, uma vez que reduzirá a
que apresentam uma situação preocupante: somente 30% de seu
exposição desta ao esgoto.
território conta com rede coletora pública de esgotos, estando restrita
ao centro da cidade e a bairros de maior poder aquisitivo . – Cidades:
Cid d pesquisam
i apontam
t que o esgotamento
t t sanitário
itá i
possibilita a construção de empreendimentos com maior
• A falta de saneamento básico gera grandes impactos para a
valor agregado, valorizando inclusive os já existentes.
população, para as cidades e também para os governos. Neste item
apresentaremos os principais impactos de eventuais atrasos na – Meio ambiente/ Turismo: o esgoto lançado diretamente no
realização do projeto de universalização da coleta e do tratamento de meio-ambiente, como em praias, rios e lagos é a principal
esgoto na Região Metropolitana de Recife e no município de Goiana. causa da poluição das águas. Em cidades litorâneas como
Recife, Olinda e Itamaracá, além de outras, a infraestrutura
• Obras no setor de saneamento beneficiam diversos outros setores,
de saneamento é uma das maiores preocupações do setor
como da saúde, do turismo e do meio ambiente. Os incentivos/
de turismo, uma vez que impactam diretamente na qualidade
prejuízos exatos da existência/ ausência de projetos dessa natureza
das praias (balneabilidade), principal atrativo turístico dessas
são de difícil quantificação, porém são de grande relevância para a
cidades.
sociedade e não p
podem ser ignorados.
g

• Qualquer atraso no início das obras do projeto acarretará uma série Impactos na Saúde
de prejuízos à sociedade. Os principais setores impactados serão: • Existe uma relação direta entre algumas enfermidades que
afligem a população e os serviços de esgotamento sanitário
providos pelo Governo.

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6 - Análise Qualitativa (cont.)

• Existe também uma relação direta do saneamento básico com a


• Para cada R$ 1 investido em saneamento, cerca de R$ 4 são
economia das famílias e da sociedade.
economizados na área de saúde, de acordo com a Fundação
ç
Nacional da Saúde – FUNASA. • Segundo o Instituto Trata Brasil, os afastamentos do trabalho
em decorrência de infecções intestinais custam R$ 571 milhões
• Pesquisas indicam que há correlação direta entre a ausência de
por ano às empresas, em horas pagas não trabalhadas. A
coleta de esgoto e o número de internações hospitalares,
probabilidade de uma p
p pessoa com acesso à coleta de esgoto
g se
principalmente de doenças infecciosas. As mais comuns são diarréia,
afastar do trabalho é 6,5% menor do que uma pessoa sem esse
hepatite A, febres entéricas, esquistossomose e leptospirose. Na
acesso.
última década, cerca de 700 mil internações hospitalares ao ano
foram causadas por doenças relacionadas à falta ou à inadequação • Outra verificação foi o ganho de 13,3% de produtividade dos

do saneamento (Fonte: Sistema de Informações Hospitalares e trabalhadores com coleta de esgoto residencial em comparação

Sistema Único de Saúde) aos que não a possuem. Estima-se que o trabalhador ganhe R$
50 em produtividade como acréscimo de renda decorrente do
• O acesso ao saneamento reduz em 36% a incidência de doenças
acesso à rede de esgotamento.
diarréicas (OMS/UNICEF).
(OMS/UNICEF)
Impactos para as Cidades
• Cerca de 60% das ausências de crianças de zero a seis anos em
• As cidades brasileiras têm muito com que se beneficiar com a
creches e salas de aula devem-se a doenças relacionadas com a
expansão do saneamento básico. Dentre os benefícios
falta de saneamento, segundo
g o IBGE.
econômicos
ô i d universalização
da i li ã de
d esgoto
t e água,
á o de
d
• Ainda segundo a FUNASA, sete crianças morrem todos os dias no aumento da qualidade do solo urbano é o menos notado.
país, em decorrência de diarréia. Por ano, são mais de 2.500
• Segundo as pesquisas do Instituto Trata Brasil, o esgotamento
crianças menores de cinco anos vítimas da doença que prolifera em
sanitário p
possibilita a construção
ç de empreendimentos
p com
áreas sem saneamento básico.
maior valor agregado, além de valorizar aqueles já existentes.

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6 - Análise Qualitativa (cont.)

• Os números indicam uma valorização imobiliária média de 18% com • A Companhia Pernambucana do Meio-Ambiente – CPRH é o órgão
a coleta de esgoto. ambiental do Governo do Estado responsável pelo monitoramento de
indicadores ambientais, como a balneabilidade das praias.
• Se a universalização ocorresse hoje, os municípios mais beneficiados
seriam os da região Norte e Nordeste, que teriam as maiores médias Praias monitoradas do Litoral de Pernambuco
de valorizações imobiliárias. Estima-se que o estado de Pernambuco
teria valorização de 3,7%
3 7% de seus imóveis.
imóveis
Impacto no Meio-Ambiente/ Turismo

• Pernambuco é conhecido como um dos estados com as mais belas e


atrativas cidades do Brasil. Sua beleza natural e sua riqueza histórica
e cultural tornam a cidade um dos principais destinos turísticos de
brasileiros e estrangeiros.

• Como todas as cidades com perfil turístico, a participação da receita


de turismo na economia de Pernambuco é bastante relevante.
relevante Em
2006, a renda com turismo foi responsável por 12,7% do PIB de todo
o estado de Pernambuco, de acordo com a Empresa Estadual de
Turismo - EMPETUR.

• Segundo a pesquisa "Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro


2009", realizada pelo Vox Populi em novembro de 2009, 11,9% dos
turistas que pretendem viajar nos próximos dois anos optarão pelo
estado de Pernambuco,
Pernambuco estando atrás apenas da Bahia.
Bahia

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6 - Análise Qualitativa (cont.)

• Os principais fatores indicados como responsáveis pela perda – Recife (2 praias)


de qualidade
q da balneabilidade das praias
p do Núcleo
– Jaboatão dos Guararapes (3 praias); e
Metropolitano são:
– Elevada concentração urbana na Zona Costeira; – Cabo de Santo Agostinho.

– Baixa cobertura da rede de esgotos; Efeitos positivos do saneamento básico


– Ligações clandestinas de esgotos nas galerias de águas • Diante do exposto, é possível concluir que a disponibilização de
pluviais, córregos, canais, maceiós, entre outros; coleta e tratamento de esgoto proporciona inúmeros benefícios,
como:
– Baixos índices de educação sanitária e ambiental.
– Melhoria da saúde da população e redução dos recursos

• O “Relatório Classificação Praias de Pernambuco”, considera aplicados no tratamento de doenças, uma vez que grande
uma amostragem de 47 pontos de coleta, sendo que no período parte delas está relacionada com a falta de uma solução
de 13 a 16 de maio de 2011 indicou 30 pontos impróprios para adequada de esgoto sanitário;
banho, em 21 praias diferentes. Em relação aos municípios
– Diminuição dos custos de tratamento da água para
abrangidos pelo projeto, apresentaram praias em situações
abastecimento (que seriam ocasionados pela poluição dos
impróprias:
mananciais);
– Goiana (2 praias);
– Dinamização da economia e geração de empregos;
– Itamaracá;
– Eliminação da poluição estética/visual e desenvolvimento do
– Paulista (4 praias);
turismo;
– Olinda (6 praias);

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6 - Análise Qualitativa (cont.)

– Eliminação de barreiras não-tarifárias para os produtos


exportáveis das empresas locais;

– Conservação ambiental;

– Melhoria da imagem institucional;

– Reconhecimento dos eleitores.


eleitores

• Neste sentido, o projeto de universalização do saneamento na


RMR é fundamental, bem como implementá-lo no menor prazo
possível.
possível

• A seguir, é apresentada uma comparação das principais


vantagens e desvantagens de cada modelo de contratação.

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6 – Análise Qualitativa (cont.)

Modelo Principais Vantagens Principais Desvantagens

PPP  Menor custo p para o Estado ((menor Valor Presente  Estruturação


ç da licitação
ç ppara contratação
ç do p privado é mais
quando comparado à Lei 8.666). complexa.
 Menor prazo de implantação que a Obra Pública.  Governo do Estado de Pernambuco comprometeria parte do
 Maior transferência de risco ao privado (riscos de valor disponível destinado ao pagamento de Contraprestações
projeto e construção alocados ao privado). em projetos de PPP (3% da Receita Corrente Líquida), caso o
 Maior integração entre o projeto e a operação, projeto não fosse contratado diretamente pela COMPESA.
resultando em menor custo operacional.
 Governo pode controlar a qualidade dos serviços
através de indicadores de desempenho.
 Governo pode investir em outros projetos sociais, pois
troca investimento de curto prazo na obra por um
fluxo de despesas diluído no longo prazo.
 Universalização do saneamento em 12 anos.

Lei 8.666  Estruturação da licitação para contratação de Obra  Maior custo para o Estado.
(Obra pública) Pública é conhecida do Estado.  O Estado assume todos os riscos de projeto, construção,
operação e manutenção da obra
obra.
 Necessidade de várias licitações independentes para projeto,
construção e gerenciamento.
 Menor atratividade para um operador privado e menor
possibilidade de ter operação integrada de todos os sistemas.
 Ineficiência na integração entre o projeto de engenharia e a
operação, pois a construção ocorrerá independentemente da
operação, podendo acarretar custos maiores de operação e/ou
manutenção.
 Universalização do saneamento em 30 anos.

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39
7 Conclusão
7.

40
7 – Conclusão

• A análise realizada mostrou que a COMPESA possui recursos • As obrigações primárias do Estado de fornecer à sociedade
necessários
ái para realizar
li o projeto
j t d
de universalização
i li ã d
do serviços de educação,
educação saúde,
saúde segurança pública e infraestrutura de
esgotamento sanitário na Região Metropolitana de Recife e em qualidade, incluem o saneamento básico, mas não se limitam a tal.
Goiana apenas para um período de 30 anos, ou seja, ampliando o • A análise qualitativa também apontou várias vantagens adicionais
prazo para levar os serviços. Ainda assim, o volume médio de para a opção da PPP em comparação com a opção de Obra
investimentos anuais necessários é significativamente maior do que Pública, tais como:
a média histórica de investimentos efetivamente realizados pela
– Realizar as obras de implantação da infraestrutura necessária
COMPESA nos serviços de esgoto.
em um prazo menor, proporcionando a população da RMR o
• Analisou-se também a alternativa de viabilizar o projeto através de acesso à coleta
l t e tratamento
t t t de
d esgoto;
t
obra pública com recursos provenientes do Tesouro do Estado de
Pernambuco. O Governo do Estado, embora tenha apresentado – Proporcionar maior sinergia entre a construção e a operação,
superávit em 2010 e de estar enquadrado dentro dos limites resultando em um melhor gerenciamento entre receita e
estabelecidos
t b l id pela
l LRF,
LRF não
ã dispõe
di õ de
d recursos necessários
ái as d
despesa; e
demandas de investimentos existentes. É importante analisar tais
– Transferir grande parte dos riscos de construção e operação ao
dados dentro de um contexto em que, além de melhorias no
saneamento, tema de fundamental importância para a sociedade, privado.

há ainda todos os outros investimentos necessários em novos


projetos decorrentes do seu planejamento estratégico e de gestão
para o desenvolvimento do Estado, quer seja de infraestrutura
econômica, q
quer seja
j de caráter social.

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7 – Conclusão (cont.)

• A avaliação quantitativa apontou um custo menor, no valor de R$ 1,4


bilhões, para a opção de PPP em comparação à opção de licitação de
Obra Pública observando inclusive ganhos sociais que advém da
implantação do projeto:

– Valor Presente da PPP: R$ 3,613


3 613 bilhões

– Valor Presente Obra Pública: R$ 5,029 bilhões

• Dessa forma, a PPP apresenta-se como opção concreta para o projeto


que visa a universalização do sistema de esgotamento sanitário, tanto
do ponto de vista qualitativo, quanto quantitativo, uma vez que
possibilita alcançar a universalização em um prazo significativamente
menor e sem comprometer a situação financeira da COMPESA ou do
Estado.

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