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DA ESCOLARIZAÇÃO
RESUMO
O presente artigo aborda a temática dos processos de alfabetização e letramento,
enquanto processos distintos, complexos e interdependentes, presentes na sala de
aula na fase inicial da escolarização. Para a investigação desses processos,
realizou-se uma pesquisa em literaturas que abordem a temática, onde se concluiu
que para os objetivos sejam atingidos de forma eficaz, faz-se necessário, por parte
do educador, conhecer e distingui-los e para obtenção do conhecimento adequado
para aplicação em sua prática, percebeu-se que profissional deve permanecer em
contínua formação, uma vez que alfabetização e letramento são processos
dinâmicos, sem deixar de mencionar a importância da prática pedagógica norteada
por planejamento e metodologia que respeite a realidade do educando e lhe permita
um aprendizado com significado, pois para que se constitua em um objeto de
aprendizagem, é necessário que faça sentido para o aluno.
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITUANDO LINGUAGEM
Esta concepção, tida como normativa, é a mais antiga de todas e trata a linguagem
como a tradução do pensamento, uma forma de expressão individual que é
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produzida na mente de cada indivíduo, não sendo influenciada pelo mundo, porém
adota como eixo norteador a norma prescrita pela gramática tradicional.
De acordo com esta concepção, a maneira de falar dependerá da organização lógica
do pensamento do indivíduo por meio de uma linguagem articulada e organizada.
Para que esta organização ocorra são necessárias regras que permitam o falar e o
escrever “bem”, regras essas impostas pela gramática normativa. Por ser carregada
de tradição, transmite uma impressão preconceituosa. Para essa concepção “as
pessoas não se expressam bem porque não pensam” (TRAVAGLIA, 2005, p. 21).
Até a alguns anos atrás o ensino da Língua Portuguesa ocorria por meio da
imposição das normas gramaticais, sobretudo o modelo europeu. O ensino era
prescritivo, imposto aos estudantes e é uma prática que permeou o ensino de língua
materna no Brasil até o final da década de 60 e infelizmente, ainda repercute na
práxis de alguns professores até os dias de hoje. Seu ensino de conteúdo gramatical
se dava, quase sempre, de forma desvinculada das atividades de leitura e produção
textual.
No que diz respeito às atividades de leitura, se levava em conta o aprendizado por
meio de textos padronizados, impregnado de normas e empregos adequados da
linguagem, na arte de bem falar, visando, o escrever bem. Ademais, o objetivo
primordial das atividades de leitura era exercitar a oratória e a exegese, era aceita
como correta a resposta dada pelo professor, que atualmente, foi substituída pelas
respostas impostas pelo autor no Manual do Professor contido nos livros didáticos.
A leitura era vista como um ato mecânico, ou seja, ensinada e aprendida pelo ato da
memorização e combinação de letras e sons.
Estudos mostram que o bebê, ainda dentro do útero materno, interage com o mundo
externo, por meio de estímulos como os sonoros, por exemplo, se assusta ao ser
exposto a um barulho repentino e intenso.
Após o nascimento, o bebê se comunica com o mundo e expressa suas vontades
(fome, frio, sono) com sua voz, com seu olhar e por expressão corporal, ou seja,
antes mesmo de aprenderem a linguagem verbal, já se comunicam.
Com alguns meses o bebê começa a articular sons de forma mais consciente e
diversificada: Um bebê de quatro meses que emite certa variedade de sons quando
está sozinho, por exemplo, poderá repeti-los nas interações com os adultos ou com
as crianças, como forma de estabelecer uma comunicação, conforme explica
(BRASIL, 1998, p.125).
Os balbucios sinalizam o início da aquisição da linguagem oral por parte da criança.
Em seu primeiro aniversário, a criança já nomear o que faz parte do seu cotidiano,
normalmente por intermédio de sílabas: mamãe pode ser entendida por "mamã",
comida que pode ser "papá", água pode ser "ada", etc.
Estímulos provindos dos convivas da criança são fundamentais para a assimilação
da linguagem, que passa a ser desenvolvida rapidamente por imitação,
possibilitando, assim a formação do repertório linguístico. Nesta etapa, é importante
que os adultos conversem com a criança e nomeiem os objetos, pronunciando as
palavras de forma correta para que esta se aproprie corretamente dos sons da
língua. Apesar do grande fascínio que a linguagem em formação da criança exerce
sobre os adultos, especialistas aconselham a não se comunicar com linguagem
tatibitate da criança, pois isso acarretaria num atraso na assimilação das formas
orais usadas socialmente.
Evidente que não se pode radicalizar, permitir e respeitar o tempo de aprendizado
da criança, pois certamente o bebê aprenderá a falar primeiro "au-au" ou "catolo",
em vez da forma correta, com pronúncia de todos os fonemas. O que os adultos
devem evitar é se comunicar integralmente de forma infantilizada com as crianças.
Sugere-se "corrigir naturalmente" a criança, repetindo a palavra com a pronúncia
correta e/ou acrescentando a equivalente correta como, por exemplo, passarinho em
lugar de "piu-piu".
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Já por volta dos dois anos de idade a criança consegue se comunicar por meio de
frases curtas e possui um vocabulário de aproximadamente quinhentas palavras.
Aos três anos de idade esse número de palavras quase dobra, exemplificando como
o processo de aquisição de linguagem é algo dinâmico e natural, mas que precisa
ser incentivado pelos adultos.
Para se fazer uso eficiente das linguagens oral e escrita, há alguns pré-requisitos
fundamentais a serem desenvolvidos, para que ocorra a alfabetização, são eles:
Esquema Corporal e a Organização Espacial e Temporal.
No processo de alfabetização, o papel do desenvolvimento da linguagem oral é
também fundamental, pois é a partir da relação dos sons com as letras e sílabas que
a criança começa a compreender a estrutura das palavras. Em sua ação
pedagógica, educadores devem manter um constante estímulo no sentido relacionar
letras e sílabas aos sons da fala cotidiana da criança. Aliás, o estímulo e a influência
dos adultos são marcantes não só para a aquisição da linguagem, mas para a
formação da personalidade das crianças.
Sabe-se que a criança aprende pela observação e imitação, característica, esta
inata do ser humano.
Outra forma de aprendizado ocorre por meio das brincadeiras, com as quais se
adquirem conhecimentos que desenvolverão outras habilidades mais tarde. Durante
o desenvolvimento das atividades lúdicas, podemos exercitar vários dos pré-
requisitos para a alfabetização. Dentre os pré-requisitos inclui-se também a Inclusão
de Classes.
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5. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Partindo do princípio de que um sujeito para ser considerado letrado precisa ser no
mínimo alfabetizado, ou seja, saber ler e escrever pode-se afirmar que pessoas que
não dominam essa prática de leitura são chamadas de analfabetos, são
consideradas iletradas.
Argumenta Tfouni (1995) que o termo iletrado não poda ser usado como antítese de
letrado, isto é, não existe, nas sociedades modernas, o letramento "grau zero", que
equivaleria ao "iletramento". Para a autora, o que existe de fato são "graus de
letramento" e não sua inexistência. Um indivíduo analfabeto, isto é, que não sabe ler
nem escrever pode ser de certa forma letrado, pois se vive em um meio em que a
leitura está presente através de jornais, livros, avisos e placas que são lidas por um
sujeito alfabetizado, e a escrita tem forte presença ao fazer uso dela com o auxílio
de outras pessoas, faz uso da escrita em práticas sociais de leitura e escrita.
Outro exemplo são crianças que ainda não se alfabetizaram, mas já folheiam livros,
fingem lê-los, brincam de escrever, ouvem histórias lidas pela família ou pelo
professor, estão cercadas de materiais escritos e percebem seus usos e funções.
Essas crianças, tecnicamente, ainda são analfabetas, porque não aprenderam a ler
e a escrever, não adquiriram domínio sobre os códigos e as normas que os regem,
mas já foram introduzidos no mundo do letramento e são de certa forma letradas.
Podemos notar que os conceitos de letramento variam e independem em alguns
casos do conceito de alfabetização. É correto afirmar que até em um mesmo país os
conceitos de letramento variam ao longo do tempo, à medida que as condições
sociais e econômicas mudam e também as expectativas em relação ao que se
espera ao denominar o sujeito letrado.
O surgimento do termo letramento ocorreu da necessidade de abordar, segundo
Tfouni (1995) da percepção de que havia um aprendizado que ultrapassava os
limiares da alfabetização, era mais amplo, e até determinante desta. Conceitua
alfabetização de letramento ao caracterizá-los como processos interligados, porém
separados enquanto abrangência e natureza. Para a autora (1995, p.9),
alfabetização refere-se à aquisição da escrita enquanto aprendizagem de
habilidades para leitura, escrita e as chamadas práticas de linguagem. Considera
que o termo está relacionado à aquisição da escrita por meio do processo de
escolarização e pode ser entendida de duas formas: ou como um processo de
aquisição individual de habilidades requeridas para a leitura e escrita, ou como um
processo de representação de objetos diversos, de naturezas diferentes.
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“robôs”, que reproduzem uma norma imposta pela elite, mas sim permite ao aluno se
tornar um cidadão capaz de interagir com o mundo de forma reflexiva e consciente.
Educadores devem apropriar-se de métodos que possibilitem aos alunos interagirem
com o mundo em que vivem, a refletirem, a serem sujeitos conscientes. Devem estar
em constante busca de conhecimento. Esse papel é de extrema relevância para a
formação de indivíduos que sejam capazes de dialogar com a sociedade e, assim,
poderem opinar, criticar, enfim, saberem seus direitos e deveres como cidadãos.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
8. REFERÊNCIAS
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. 24. ed. São Paulo: Cortez,
2001.