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RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO -


RCE

REQUERENTE: FILOMENO BEZERRA DOS SANTOS NETO ME


SUBSTÂNCIA: BENEFICIAMENTO DE MÁRMORE BEGE BAHIA
MUNICÍPIO: OUROLÂNDIA /BAHIA

ABRIL/2019
INFORMAÇÕES GERAIS

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

RAZÃO SOCIAL: FILOMENO BEZERRA DOS SANTOS NETO ME


NOME FANTASIA: MARMORARIA VINICIUS E GABRIEL
CNPJ: 19.974.451/0001-58
ENDEREÇO: FAZ PEDRA DA ARARA, S/N, ZONA RURAL, OUROLANDIA-BA
CEP;44718-000.
Telefone:(74) 98108-9868
E-mail: isaju7299@hotmail.com

EMPRESA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO

RAZÃO SOCIAL: ASA EMPRESARIAL LTDA


CNPJ: 13.655.842/0001-23
ENDEREÇO: Avenida Visconde de Itaborahy, 110, sala 08 – Amaralina - Salvador
ENDEREÇO ELETRÔNICO: www.asaempresarial.com.br
TELEFONE: (71) 3240-3417

Responsabilidade Técnica

ATAILSON SACRAMENTO ARAÚJO


E-MAIL: atailson@asaempresarial.com.br

Avenida Visconde de Itaborahy, 110, sala 08 – Amaralina - CEP: 41.900-420


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APRESENTAÇÃO

A MARMORARIA VINICIUS E GABRIEL propõe a seguir o Relatório de Caracterização do


Empreendimento referente à área de Beneficiamento de Mármore Bege Bahia com
objetivo principal de atender a legislação estadual ambiental e municipal em vigor,
com intuito de regularizar a ampliação deste empreendimento localizado no município
de Ourolândia/BA.

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SUMÁRIO

1. OBJETIVO ................................................................................................................... 6
2. INFORMAÇÕES GERAIS .......................................................................................... 6
2.1. Razão Social ............................................................................................................. 6
2.2. Endereço.................................................................................................................. 6
2.3. Tipo de Atividade ..................................................................................................... 6
2.4. Situação do Empreendimento .................................................................................. 6
2.5. Área do Empreendimento ........................................................................................ 7
2.6. Mão-de-obra............................................................................................................ 7
2.7. Máquinas e Equipamentos ....................................................................................... 7
2.8. Período de funcionamento ...................................................................................... 8
2.9. Localização.............................................................................................................. 8
2.10. Layout .................................................................................................................... 9
2.11. Insumos ................................................................................................................. 9
2.11.1. Produtos Fabricados ...................................................................................... 9
2.11.2. Armazenamento........................................................................ 10
2.12. Informações sobre o Processo Produtivo do Empreendimento ............................ 10
2.12.2. Processo da Marmoraria ............................................................ 10
3.1.2. Marmoraria ............................................................................... 12
3.2. Sistemas de Emergências ....................................................................................... 13
4. EFLUENTES LÍQUIDOS................................................................................................ 14
4.1. Informações sobre a água utilizada pelo Empreendimento .................................... 14
4.2. Informações sobre efluentes líquidos .................................................................... 14
4.3. Sistema de Drenagem ............................................................................................ 15
5. EFLUENTES GASOSOS ................................................................................................ 15
6. RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................................................... 15
7. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................. 16

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7.1. Meio Físico ............................................................................................................ 16
7.1.5. Geologia .......................................................................................................... 18
7.2. Meio Biótico ....................................................................................................... 21
7.2.1. Flora ................................................................................................................ 21
7.2.2. Fauna ............................................................................................................... 22
7.3. Meio Socioeconômico........................................................................................ 24
8. IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS DE CONTROLE .................................................. 30
8.1. Meio Físico ............................................................................................................ 30
8.1.1. Alteração da qualidade do solo ..................................................... 30
8.1.2. Alteração do relevo .................................................................... 30
8.1.3. Alteração da qualidade do ar ........................................................ 31
8.1.4. Canais de drenagem ................................................................... 31
8.1.5. Geração de ruídos ..................................................................... 31
8.1.6. Carreamento de sólidos .............................................................. 32
8.1.7. Emissão de Lixos e Saneamento Básico .......................................... 32
8.1.8. Estabilidade de taludes e problemas com entulhamentos na drenagem e na
morfologia local ................................................................................... 32
8.2. Meio Biótico .......................................................................................................... 33
8.2.1. Impactos na Fauna ...................................................................... 33
8.2.2. Impactos na Flora ....................................................................... 33
8.3. Meio Antrópico ...................................................................................................... 33
8.3.1. Impactos Negativos .................................................................... 33
8.3.2. Impactos Positivos ..................................................................... 34
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 34

ANEXOS

Anexo 01: Planta de Disposição;


Anexo 02: Mapa Geoambiental.

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1. OBJETIVO

O RCE é um relatório técnico sistematizado cujo objetivo é caracterizar o


empreendimento, apresentando neste, informações sobre a atividade desenvolvida,
objetivos pretendidos, insumos utilizados, infraestrutura, características da área e
possíveis interferências com o meio ambiente, mantendo a Secretaria Municipal de
Meio Ambiente – SEMAM atualizada do seu funcionamento.

2. INFORMAÇÕES GERAIS
2.1. Razão Social

FILOMENO BEZERRA DOS SANTOS NETO ME


CNPJ Nº: 19.974.451/0001-58

2.2. Endereço

O empreendimento está localizado na Fazenda Pedra da Arara s/n, Zona Rural, CEP:
44.718-000 - Ourolândia/BA.

2.3. Tipo de Atividade

Beneficiamento do mármore bege bahia.

2.4. Situação do Empreendimento

O Empreendimento está em faze de implantação.

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2.5. Área do Empreendimento

O empreendimento conta com uma área total de 6.500,00 m² e uma área construída
de 780,00 m².

2.6. Mão-de-obra

Em relação à mão de obra, a MARMORARIA VINICIUS E GABRIEL trabalha com o


efetivo de 8 (oito) funcionários, sendo estes qualificados de acordo com
especificações abaixo (Tabela 1).

Tabela 1: Qualificação profissional da mão de obra.

PROFISSÃO QUANTIDADE
Polidor 2
Cortador 1
Ajudante 1
Estucador 1
TOTAL 5

2.7. Máquinas e Equipamentos

A MARMORARIA VINICIUS E GABRIEL possuirá seu próprio maquinário sendo


distribuído conforme representação da Tabela 2 a seguir:

EQUIPAMENTOS QUANTIDADE
Politriz manual 2
Ponte Rolante 1

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2.8. Período de funcionamento

Dois turnos diários de quatro horas cada, seguindo as normas trabalhistas em vigor.
Dependendo da demanda do mercado, poderá funcionar até 44 horas por semana
com 08 (oito) horas de trabalho diário em 02 (dois) turnos, no regime de semana
inglesa.

2.9. Localização

O empreendimento está localizado no Município de Ourolândia, centro-norte do


Estado da Bahia, na zona fisiográfica da Encosta da chapada Diamantina, na região de
Planejamento do Piemonte da Diamantina. Apresenta-se com uma extensão territorial
de 1.333 Km² e está localizado entre os paralelos 10°58’00”, de latitude sul e
41°01’00”, de longitude oeste de Greenwich, a uma altitude de 576 metros.
Ourolândia faz limite com os Municípios de Umburanas e Mirangaba, ao norte; Sento
Sé e Morro do Chapéu a oeste; Jacobina, a leste e Várzea Nova, ao sul (Figura 1).

Figura 1: Croqui de Localização e acessos à Ourolândia/BA.

Fonte: Google Maps, 2016.


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2.9.1. Vias de acesso

O acesso é realizado a partir de Salvador através da BR-324, ligando Salvador á


cidade de Feira de Santana. A partir daí prossegue-se através da BR-116 até a
entrada para Tanquinho, via BR-324 até as proximidades da Fazenda Registro,
localizada a 10 km no sentido sul da cidade de Jacobina. Chegando á cidade de
Jacobina, que dista de Salvador em 360 km, segue-se em direção ao município de
Ourolândia. Apenas um pequeno trecho não possui rodovia asfaltada, porém a
encontra-se em bom estado de conservação.

2.10. Layout

Segue layout conforme planta de disposição (anexo 1).

2.11. Insumos

Para funcionamento da Empresa é necessário os seguintes insumos: água, energia e


politrizes (máquinas/equipamentos).

2.11.1. Produtos Fabricados

A empresa realiza o beneficiamento (polimento) das chapas do mármore bege bahia.

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2.11.2. Armazenamento

O armazenamento das chapas de mármore é temporário, as mesmas são


acondicionadas em cavaletes, em área sinalizada no local de embarque até a
comercialização.

2.12. Informações sobre o Processo Produtivo do Empreendimento

A MARMORARIA VINICIUS E GABRIEL realizará o beneficiamento do mármore, fazendo


o polimento e confecção de outros produtos oriundo dos rejeito das placas.
Conforme descritos nos itens a seguir.

2.12.2. Processo da Marmoraria

A Marmoraria tem como objetivo o tratamento final da rocha, adequando as placas às


especificações de dimensões e acabamento superficial que o produto final deve
possuir, as atividades no local iniciam-se a partir do momento que são recebidas as
chapas serradas prontas para realizar o beneficiamento.

O beneficiamento das placas efetuado passará pelas etapas de levigamento e


polimento.

O levigamento consiste no desengrossamento da chapa e retificação de sua


superfície, de forma que se obtenha uma placa de mesma espessura e com uma
superfície menos rugosa e áspera. Para isto, utilizam-se politrizes manuais ou
automáticas, com passagens sucessivas sobre a chapa, substituindo-se a
granulometria dos abrasivos que são fixados nos satélites das politrizes.

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O polimento conhecido também como esmerilhamento, é realizado pelo mesmo tipo
de equipamento que realiza o levigamento, apenas alterando-se a granulometria do
abrasivo utilizado. Após o polimento obtém-se uma superfície lisa e opaca.

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3.1.2. Marmoraria

Chegada das Placas de


Mármore Serradas na
Marmoraria

Levigamento Polimento

Especificações de
dimensões e acabamento
superficial
do produto final

As placas são
acondicionadas em cavaletes
no local
de embarque

Comercialização

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3.2. Sistemas de Emergências

A atividade de beneficiamento do mármore consiste em manual, apresentando


necessidade do controle dos níveis de insalubridade de acordo com a exposição do
funcionário. Sendo assim se faz obrigatório a utilização do fardamento, bem como o
uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPI (botas, luvas, máscara respiratória,
capacete, óculos e protetor auricular) de acordo com a área de exposição.

Quanto aos equipamentos sugerimos uma inspeção mensal e conforme necessidade


deve-se realizar a manutenção preventiva e/ou corretiva das máquinas e
equipamentos, respeitando toda a legislação vigente, normas e regulamentação da
Delegacia do Trabalho, especialmente a NR–9 (Programa de Prevenção e Risco
Ambiental - PPRA), e a NR-18 (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho
- PCMAT).

Para os casos de emergência, sugerimos que a Empresa implante programas como


Programas de Segurança que contemplam o procedimento e orientações a serem
adotadas.

3.2.1. Fonte alternativa de energia elétrica

O Empreedimento conta com o fornecimento de rede de energia da COELBA, que é a


distribuidora de energia elétrica no município.

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4. EFLUENTES LÍQUIDOS
4.1. Informações sobre a água utilizada pelo Empreendimento

O abastecimendo será realizado através do poço já perfurado na propriedade com


Dispensar de Outorga junto ao INEMA.

4.2. Informações sobre efluentes líquidos

4.2.1. Águas Pluviais

O Município de Ourolândia está inserido no bioma Caatinga, tratando-se de uma das


regiões mais secas do País. Logo as precipitações quando ocorrem apresentam
como característica o seguinte: curtos períodos x elevados índices.

4.2.2. Água sanitária

Nas instalações da Empresa possui implantado fossa séptica, revestidas de pedra,


concreto e tampadas com o objetivo de preservar os corpos receptores do
lançamento “in natura” dos esgotos.

4.2.3. Água residuais do processo

Será utilizada água no processo de beneficiamento (polimento das chapas). Sendo


considerável um baixo consumo, pois a empresa possui tanque para reaproveitamento
da água no qual é reutilizada em um processo contínuo.

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4.3. Sistema de Drenagem

A Empresa irá implantar na área interna do Polimento o sistema de


canaletas/drenagem da água, no qual é direcionada para o tanque de
reaproveitamento para que seja inserida novamente no processo produtivo.

Para o sistema de drenagem das águas pluviais se necessário a Empresa implantará


isolamento da área externa com abertura de valas de escoamento contornando a
empresa, sendo as reforçadas com a construção de pequenos diques. Ainda assim na
região a precipitação volumétrica anual é relativamente baixa, apesar de existir
algumas concentrações durante alguns meses do ano.

5. EFLUENTES GASOSOS

Não se aplica.

6. RESÍDUOS SÓLIDOS

De acordo com os resíduos que são gerados no empreendimento o PGRS buscará o


melhor gerenciamento, adequando o acondicionamento, controlando e reduzindo
riscos ao meio ambiente, assegurando o correto manuseio até a disposição final
adequada, em conformidade com a legislação vigente.

6.1. Problema de estéril e rejeito

A geração do estéril não se aplica a Empresa de Beneficiamento. Quanto ao rejeito


do mármore está contemplado no PGRS.
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7. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL

Analisando este empreendimento seguindo o previsto na legislação ambiental em


vigor, denota-se que o mesmo não está localizado em área considerada como sendo
uma APA, logo é possível justificar uma avaliação específica, que exigiria um
tratamento técnico diferenciado para se analisar com maior detalhe.

7.1. Meio Físico

7.1.1. Clima

A área está inserida na região do semiárido nordestino, com clima do tipo BSWh
segundo a classificação de Koppen. Apresentam duas estações bem definidas, uma
seca, prolongada, com auge no período de agosto a outubro e a outra chuvosa mais
irregular. A temperatura média anual na região é de 24,0° C. A média anual da
umidade relativa do ar é de 70%, ocorrendo pouca variação ao longo do ano. O mês
mais seco é outubro, com média de umidade relativa de 62%, enquanto o mês mais
úmido é junho, com média de 78%. A insolação média é da ordem de 2.213,2
horas/ano e a evaporação é relativamente alta, com médias anuais de 1.847,8 mm,
estando dentro da faixa de típica de uma região semiárida.

Na região, o trimestre mais chuvoso se verifica no verão e início de outubro, nos


meses de janeiro, fevereiro e março, sendo março o mês de maior precipitação. O
trimestre mais seco corresponde aos meses de agosto, setembro e outubro, sendo
setembro o mês mais seco. Neste trecho, a pluviosidade varia entre 477,6 a
1.129,3 mm anuais, sendo que em 50% do período a precipitação mensal é maior
que 60 mm.

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A distribuição espacial das chuvas não divergentes, em complexidade, daquela que se
verifica na região nordestina tomada em seu conjunto. Como em todo o Nordeste,
apresenta discrepância quanto á tendência geral de decréscimo das alturas de chuva
na medida em que se adentra pelo continente.

7.1.2. Solo

Os solos são rasos e em muitos locais recobertos por uma camada de seixos
residuais resultantes da distribuição diferencial dos carbonatos. Predominam os
cambissolos, cujos substratos são os carbonatos das formações Salitre e Caatinga,
e o latossolo vermelho-amarelo proveniente da decomposição dos metassedimentos
do Grupo Diamantina.

7.1.3. Geomorfologia

A Geomorfologia da área é controlada pelos arcabouços litológicos e estruturais,


caracterizados pelo predomínio de modelados de aplanamento e dissecação, onde
foram identificadas pelas características morfogenéticas e morfoclimáticas, bem como
pela compartimentação do relevo.

As depressões predominam em toda região central, entre a Serra de Jacobina e


tabuleiros interioranos a oeste, e os planaltos, correspondendo aos terrenos
gnáissico-migmátiticos e vulcano-sedimentares do embasamento. No entorno da área
a topografia é ondulada, fracamente dissecada e rampeada em direção ao vale do
Salitre, com cotas que variam entre 200 e 600 metros de altitude, podendo chegar
a 900 metros no topo das elevações residuais.

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No setor oeste da área observam-se formas tipicamente estruturais, como cristais
simétricas, escarpas estruturais e vales fortemente entalhados, sujeitas a processos
intensos de dissecação diferencial.

A rede de drenagem se mostra adaptada á estrutura, com direção preferencial norte


sul e sudoeste-nordeste, por vezes apresentando trechos retilinizados, com
densidade média á grosseira e desníveis médios entre 50 e 80 metros. Os vales são
de fundo chato e leite arenoso, formando terraços de largura e espessuras variadas.
A área se caracteriza como transição, com intensidade da dinâmica atual entre fraca e
média, e escoamento superficial que varia de difuso a do tipo enxurrada, com
talvegues de declividade média entre 2 e 10%.

7.1.4. Hidrografia

A área pretendida está inserida no domínio da Bacia Hidrográfica do Rio São


Francisco, cujo principal afluente pela margem direita é o Rio Salitre que corta a área
no sentido sul-norte. Possui como principais drenagens o rio Salitre e o rio do Ouro
Branco (CPRM, 2005 apud CEI, 1994). O rio Salitre que flui de sul a norte,
atravessando a área Municipal de Ourolândia. Trata-se de uma drenagem intermitente.
O rio do Ouro Branco ocorre no extremo leste da área municipal, fazendo a divisa
com o município de Jacobina. É uma drenagem intermitente, com direção de fluxo para
norte.

7.1.5. Geologia

A área objeto deste licenciamento está inserida dentro de um contexto geológico


representado por litologias que vão desde rochas de idades Mesoproterozóico até
os sedimentos inconsolidados de idade Tercio-Quartenária.
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As depressões preenchidas por sedimentos de origem química com contribuição de
material terrígeno formam as bacias sedimentares de Irecê, Utinga e Salitre, cuja
sequência carbonático-pelítica de mares epicontinentais constituem a maior parte do
grupo, sendo que uma pertence ao Supergrupo São Francisco.

Grupo Chapada Diamantina/Mesoproterozóico - é constituído da base para o topo


pelas formações Tombador, Caboclo e Morro do Chapéu, de idades
mesoproterozóicas.

Apresenta uma espessura aproximada de 1060 m, cujas unidades basais ocorrrem em


overlap sobre o embasamento cristalino e idade Paleproterozóica a Arqueano.

O contato apresenta caráter discordante o que constitui um hiato deposiocional além


de processos erosivos com o grupo Una de idade Neoprorerozóica.

Formação Tombador - As primeiras referencias sobre essa formação efetuadas por


Branner (1910), quando da descrição de uma camada de arenito, localizada a oeste
da cidade de Jacobina, que a designou de quartzito Tombador. Trabalhos recentes
realizados pela caracterização de ambientes deposicionais permitiram o
reconhecimento de quatro associações de litofácies, considerando da base para o
tipo:

Conglomerado - Arenito - Arenito estratificando e arenito de granulação grosseira.

Formação Caboclo - Esta formação caracteriza-se por ser recoberta por um série de
rochas argilosas de coloração cinza, vermelho, amarelo e preto, denominadas de
Folhetos Caboclo, cuja origem se deve ao Pico do Caboclo localizado na porção
oriental do vale das Almas, no estado da Bahia. Nesta formação são reconhecidas
seis associações de litofácies, conforme a seguir:

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 Laminito Algal, Calcarenito Estromatóloto Colunar;
 Siltito Lenticular;
 Laminito/Arenito;
 Arenito Conglomerado;
 Laminato Algal, Calcarenito Oolítico;
 Laminato Algal, Estromatólito Colunar.

Formação Morro do Chapéu - Nesta formação são reconhecidas cinco associações


de litofácies, conforme a seguir:

Conglomerados suportados por Clastos, Arenito Conglomerático e Renito;


Silitito e Arenito com estratificação cruzada, plano-paralela e lenticular;
Arenito Sigmoidal;
Arenito Laminito;
Arenito Feldspoático Sigmoidal Fluidizado.

Grupo Una/ Neo-Proterozóico - A denominação de Calcário ou Formação Una, foi


inicialmente utilizada para designar carbonatos encontrados nas Bacias do Rio Salitre,
Una e Jacaré, sendo posteriormente designada de Grupo Uma. Este grupo inclui as
Formações Bebedouro e Salitre.

Formação Bebedouro - Trata-se de uma associação de litofácies denominadas de


Diamictito, Arcóseo, Laminito. Essa Formação possui uma distribuição em áreas por
centenas de Km², ocorrendo tanto sobre o embasamento, como sobre as diferentes
unidades do Grupo Chapada Diamantina, caracterizando um hiato deposicional de
processos de erosivos.

Formação Salitre - Esta unidade é representada por calcários denominados de


calcisiltitos, calcilutitos e Calcarenito finos. Esta unidade foi originalmente denominada
Calcário Salitre, com localidade típica do vale do Rio Salitre no estado da Bahia.
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Formações Superficiais/Terciário/Quaternário - Coberturas detríticas: Com essa
denominação são englobados os sedimentos inconsolidados amarelos e vermelhos
areno-argilosos com níveis de cascalho que ocorrem principalmente nos domínios das
rochas gnáisicas e granitóides com extensões nos sedimentos do Grupo Chapada
Diamantina. Essas coberturas constituem uma importante superfície sob a forma de
tabuleiros (elevações de topos planos e vales escarpados). Geralmente estão
posicionadas entre as cotas 700 e 850 m.

Formação Caatinga - Essa formação possui áreas de ocorrência pouco expressiva. É


representada por brechas calcíferas, com seixos de calcários cinza-escuro e
calcrete/travertino, que corresponde em parte, ao Mármore Bege Bahia do vale do
Rio Salitre.

7.2. Meio Biótico


7.2.1. Flora

O município de Ourolândia possui vegetação do tipo Caatinga arbórea aberta sem


palmeiras e densa com palmeiras. A caatinga, apesar de estar localizada em área de
clima semiárido, com temperaturas médias anuais elevadas, solo raso, pedregoso e
com baixa capacidade de retenção de unidade, embora relativamente fértil, é um
bioma rico em recursos genéticos.
A vegetação adaptou-se para se proteger da falta de água. Quase todas as plantas
usam a estratégia de perder folhas (caducifólias - folhas que caem), eliminando a
superfície de evaporação quando falta água. A vegetação da Caatinga é típica de
áreas secas, com folhas finas ou inexistentes e presença de troncos e galhos
retorcidos por espinhos e principalmente pela presença de plantas suculentas, ex:
cactos com predominância de coloração acinzentada.

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Esse tipo de vegetação está sujeita a uma forte estacionalidade climática.
Anualmente, ocorre uma estação chuvosa variável, caracterizada por chuvas erráticas
distribuídas irregularmente, e uma estação seca de aproximadamente 7 meses. A
maioria das populações de plantas torna-se decídua durante a estação de seca e
repõe as folhas logo no início das chuvas, apresentando uma forma de crescimento
intermitente e, às vezes, ausência de episódio reprodutivo entre anos.

7.2.2. Fauna

A Caatinga é caracterizada por uma tipologia faunística própria, que está condicionada
aos fatores morfoclimáticos do domínio das Caatingas, que lhes impõem adaptações
fisiológicas e de comportamento a algumas condições extremas.

Do ponto de vista ecológico, a grande maioria dos vertebrados da Caatinga podem


ser classificados como formas helióficas, que encontram condições climáticas
compatíveis com seus processos com seus processos apenas dentro das áreas
abertas, ou como forma umbrófilas, neste caso adaptadas para viver na sombra em
enclaves generalistas, que conseguem, colonizar bem áreas antropizadas, e na
segunda, as espécies mais especializadas, que não se adaptam a ambientes de áreas
abertas ou antropizadas.

7.2.3. Áreas de Preservação Permanente

Na área de influência indireta não foi observada Área de Preservação Permanente -


APP. Seguem legislações vigentes listadas abaixo:

Resolução nº 303, de 20 de março de 2002:


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“Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de
Preservação Permanente”

Resolução CONAMA nº. 369, de 28 de março de 2006:

“Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse


social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou
supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente - APP.”

Conforme representado no Mapa Geoambiental em anexo.

7.2.4. Unidade de Conservação

A área de interesse supracitada não se encontra em Unidade de Conservação


Municipal, Estadual ou Federal.

Conforme representado no Mapa Geoambiental em anexo.

7.2.5. Espécies Ameaçadas de Extinção

Não foram encontradas espécies ameaçadas de extinção na área do empreendimento,


de acordo com o anexo I da Instrução Normativa nº 06 do Ministério do Meio
Ambiente:

Instrução Normativa MMA n° 06, de 23 de setembro de 2008:

“Art. 1º Reconhecer como espécies da flora brasileira ameaçadas de


extinção aquelas constantes do Anexo I a esta Instrução Normativa”.
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7.2.6. Supressão de Vegetação

Em caso de supressão da vegetação, deverá ser solicitada prévia autorização junto


ao órgão ambiental, conforme a legislação em vigor:

Decreto nº 11.235, de 10 de outubro de 2008:

“Art. 310 – Depende de prévia autorização do IMA a supressão da


vegetação nativa necessária à alteração do uso do solo, mediante
apresentação de projeto técnico comprovando a viabilidade técnica e
econômica do empreendimento, acompanhada da respectiva Anotação
de Responsabilidade Técnica (ART) do(s) profissional (is) habilitado(s)
pela sua elaboração e execução, além de outras exigências legalmente
previstas”.

Código Florestal Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.


“Art. 26. A supressão de vegetação nativa para uso alternativo do
solo, tanto de domínio público como de domínio privado, dependerá
do cadastramento do imóvel no CAR, de que trata o art. 29, e de
prévia autorização do órgão estadual competente do SISNAMA”.

7.3. Meio Socioeconômico

Os dados socioeconômicos relativos ao município foram obtidos a partir de


publicações do Governo do Estado da Bahia e IBGE - Censo 2010. O município de
Ourolândia foi criado em 1989 e tem uma população total de 13.091 habitantes
(conforme tabela abaixo), com densidade demográfica de 11,99 hab/km².

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Tabela 6 - Descrição dos dados da população do município de Ourolândia.

NOME DO MUNICÍPIO TOTAL DA TOTAL DA TOTAL DA


POPULAÇÃO POPULAÇÃO URBANA POPULAÇÃO RURAL
Ourolândia 13.091 4.458 8.633

Ourolândia conta com um Estádio Municipal, uma quadra de futebol e uma quadra
poliesportiva. Próximo à quadra encontra-se o cemitério da cidade.

No município existe um mercado municipal, no qual é realizada a feira todas as


segundas-feiras. O centro da cidade é marcado pela presença intensa de comércio
diversificado. Encontram-se, 2 agências bancárias, casa lotérica, numerosos
mercadinhos, casas de material de construção, farmácias, variedades em roupas e
sapatos, salão de beleza, e até mesmo uma loja de aluguel de roupas para
cerimônias como casamento e formatura. O Centro de Ourolândia está em intensa
expansão habitacional.

Figura 02: Mosaico de Ourolândia (Sede).

Fonte: Assobege, 2010.

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7.3.1. Infraestrutura Produtiva

7.3.1.1. Esgotamento Sanitário

O conjunto de medidas que buscam estruturar esses serviços (abastecimento de


água, rede de esgotos e coleta de lixo) visa preservar e melhorar as condições do
meio ambiente, a fim de promover a saúde e a prevenção de doenças.

A Bahia, historicamente, tem um sistema de saneamento básico precário. Nos anos


90 houve grandes investimentos do Governo do Estado na área, com destaque para
o Programa Bahia Azul, no intuito de melhorar o serviço de saneamento básico
(distribuição de água, esgotamento sanitário e tratamento de lixo).

Em Ourolândia não há rede de esgoto. Segundo informações do Secretário de


Desenvolvimento já está aprovado o orçamento e o início das obras de construção e
instalação da rede de esgoto na sede do município. De acordo com os dados
coletados, as casas, em sua maioria, são servidas de fossa séptica, revestidas de
pedra, concreto e tampadas.

7.3.1.2. Abastecimento de Água

Exceto o povoado de Casa Nova, que tem uma central de água própria, o
abastecimento de água da sede do município é realizado pela Embasa que faz o
tratamento da água bombeada do Poço Verde.

As demais localidades utilizam poços tubulares profundos e/ou cisternas. Existem 47


poços administrados pela Prefeitura. Os demais são poços próprios. Há também o
uso de cisternas para a captação de água da chuva, destinada para uso diário.

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7.3.1.3. Coleta e Destino do lixo

No município a coleta de lixo é feita por uma empresa terceirizada. Quanto à


destinação adequada dos resíduos nas Empresas, fica a responsabilidade do
Empreendedor realizar métodos ambientalmente adequados para destinação final dos
resíduos.

7.3.1.4. Iluminação

O município possui o sistema de energia elétrica fornecida pela Coelba. Na sede as


ruas são bem iluminadas. Na zona rural o fornecimento de energia está se ampliando
através do Programa Luz para Todos.

7.3.1.5. Telefonia

O município é servido com sistema de telefonia pública; contudo é pouco servido de


telefones públicos, principalmente nos povoados.
Existem na sede torres de três operadoras de telefonia móvel.

7.3.1.6. Segurança Pública

O Município ainda enfrenta precariedade da situação da Segurança Pública do


Município, com isso foi criado um Conselho Municipal de Segurança Pública, como
também o Fundo Municipal de Segurança Pública, a fim de obter recursos próprios.

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Contudo existe um batalhão da Policia Militar que trabalham com o apoio da guarda
municipal, para atender situações de segurança.

7.3.1.7. Transporte

O Transporte público municipal é muito precário, circulam alguns ônibus particulares


com a concessão da prefeitura fazendo linha Ourolândia x Jacobina.
Para acesso a área rural os funcionários utilizam veículos próprios e/ou caronas.

7.3.2. Cultura, Lazer e Turismo

Segundo a população, os principais locais de lazer do Município são: Poço Verde,


Pingadeira e Toca dos Ossos. Todavia, questionados sobre o uso destes locais de
lazer, afirmam que não os utilizavam. Somente a Pingadeira é utilizada como local de
pesca pela população.

O Poço Verde (Figura 3) é o ponto mais conhecido do local, rodeado por um


paredão. Suas águas refletem um tom esverdeado que fazem jus ao nome. É um local
que envolve muitas lendas, o que o torna um elemento extremamente importante para
a cultura local.

O município possui potencial turístico, com paisagens naturais e sítios arqueológicos,


porém este potencial não é aproveitado e não há uma preservação adequada, por
parte da prefeitura, nem o uso consciente por parte da população.

A Toca dos Ossos é um dos mais importantes sítios paleontológicos do Brasil, onde
foram encontrados inúmeros fósseis de mega-mamíferos extintos do pleistoceno,
como por exemplo, tatus e preguiças gigantes (uma preguiça está no Museu

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Nacional/RJ). A Toca dos Ossos recebe esse nome por ser uma das cavernas mais
fossilíferas do país (Figura 4).

Figura 03: Poço Verde - Ourolândia.

Fonte: Próprio autor, 2018.

Figura 04: Toca dos Ossos - Ourolândia.

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Fonte: Próprio Autor, 2018.

8. IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS DE CONTROLE

As análises dos impactos ambientais auxiliarão na concepção de medidas mitigadoras


para possíveis potenciais impactos decorrentes do empreendimento do ramo de
beneficiamento.

8.1. Meio Físico


8.1.1. Alteração da qualidade do solo

Não se aplica a Empresa de Beneficiamento.

8.1.2. Alteração do relevo

Ocorrendo uma modificação significativa poderá promover alterações no escoamento


e na infiltração das águas superficiais, aumento da credibilidade do solo e impacto
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visual. Como medida de controle destes possíveis impactos, pode-se implantar
drenos/canaletas para as águas superficiais serem redirecionadas e vegetar áreas que
estejam fora da influência direta do ambiente de trabalho.

8.1.3. Alteração da qualidade do ar

Os impactos sobre a qualidade do ar são apresentados através da emissão de


poeiras e gases resultantes do tráfego de carros e caminhões envolvidos no
beneficiamento. A quantidade de particulados e gases mesmo pouca podem se
manter por algum tempo em suspensão, dependerá da ventilação da área e não
deverá manifestar impactos significativos. Os funcionários envolvidos em trabalhos
próximos às fontes de emissão deverão utilizar os EPI's necessários de acordo com a
regulamentação e normas internas de segurança do trabalho e saúde ocupacional.

8.1.4. Canais de drenagem

Os canais naturais de drenagem pluvial podem ser parcialmente e temporariamente


interrompidos ou desviados durante a construção de acessos. Se houver algum caso
de interrupção serão recompostos imediatamente após execução do
empreendimento.

8.1.5. Geração de ruídos

Para as atividades executadas no beneficiamento a geração de ruído é de nível baixo


e considerável devido ao ruído gerado das atividades de polimento, assim como será
na área do tear quando começar a operar, em ambos setores o controle da proteção

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ao risco emitente será com o uso obrigatório de EPI’s (Equipamentos de Proteção
Individual).

8.1.6. Carreamento de sólidos

Não se aplica a Empresa de Beneficiamento.

8.1.7. Emissão de Lixos e Saneamento Básico

Qualquer local de concentração humana pode gerar lixos orgânicos ou não, oriundos
de restos de refeição, descartes de embalagens, etc. Está previsto nesse projeto
um controle para evitar esse tipo de problema, que basicamente será solucionado
através de um processo de conscientização junto aos trabalhadores que vão trabalhar
na empresa, no sentido de separar todo lixo que terá destinação adequada. Na
empresa possui coletores em pontos estratégicos de potencialidade da geração do
resíduo para atendimento e coleta, estes são gerenciados de acordo com o PGRS.

8.1.8. Estabilidade de taludes e problemas com entulhamentos na drenagem e na


morfologia local

Não se aplica a Empresa de Beneficiamento.

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8.2. Meio Biótico
8.2.1. Impactos na Fauna

Vale salientar que o empreendimento localiza-se em um local totalmente antropizado,


sendo assim o impacto na Fauna será bastante insignificante.

A geração de ruídos provocada pelo tráfego de veículos, além daquela provocada


pela presença de funcionários, tende a promover o afastamento da fauna,
interrompendo seus períodos de acasalamento e reprodução, mudanças de
comportamento e até fuga de exemplares existentes na área.

8.2.2. Impactos na Flora

Vale salientar que o empreendimento localiza-se em um local totalmente antropizado,


sendo assim o impacto na Flora será bastante insignificante, pois o empreendimento
apesar de está parado, já possui todas as edificações construídas, não sendo
necessária supressão da vegetação.

8.3. Meio Antrópico

8.3.1. Impactos Negativos

8.3.1.1. Alteração estético-visual

A presença da casa de apoio e do maquinário pode provocar impacto cênico sobre


uma paisagem tipicamente rural. No entanto, este impacto foi amenizado com a
recomposição da vegetação conforme necessário, de modo a conferir harmonia com
o meio natural.

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8.3.1.2. Danos à saúde do trabalhador

O empreendimento gera como elementos de insalubridade, ruídos e emissões de


particulados de nível baixo, que podem ser enfrentados com medidas recomendadas
pelas normas de segurança e medicina do trabalho, acompanhado do uso de
Equipamentos de Proteção Individual – EPI (roupas, máscaras, protetores auriculares,
capacete, luvas, botas etc.), quando e onde necessário.

8.3.2. Impactos Positivos

8.3.2.1. Geração de empregos e renda

O empreendimento gera empregos diretos e indiretos, o que implica na melhoria no


nível socioeconômico, incremento no comércio local e aumento da arrecadação de
impostos no município de Ourolândia – (Estado da Bahia), onde está localizada a área
supracitada para a atividade de Beneficiamento de Mármore Bege Bahia.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Face às informações apresentadas intrínsecas as características desse


empreendimento, acreditamos que o licenciamento ambiental é perfeitamente factível
haja vista que a manutenção e a conservação ambiental são fatores de viabilidade e
perenidade do negócio.

Recomenda-se adicionalmente o constante monitoramento ambiental que consistirá no


acompanhamento e confirmação da eficácia das medidas técnicas que serão adotadas
na área, objetivando a conservação do meio ambiente. Para isso deverão ser feitas,

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através de profissionais habilitados com observações, registros fotográficos,
relatórios de cumprimento e projeção, etc., evidenciando o desenvolvimento ou não
dos programas ambientais projetados. Essa atividade é fundamental para a correção
de desvios, diante de mudanças relacionadas a procedimentos operacionais e até
mesmo de alterações do projeto original, mediante situações novas e/ou não
consideradas no projeto original. Portanto através dessa atividade, ocorre uma
relação de acompanhamento entre o empreendimento e o órgão ambiental
licenciador.

_____________________________________________
Atailson Sacramento Araújo
Geólogo - CREA/BA nº 43.663-D

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Anexo 01
Planta de Disposição
Anexo 02
Mapa Geoambiental

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