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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

FACULDADE DE DIREITO DO RECIFE


(CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS)
3º Departamento
Cadeira: Direito das Obrigações
Turno Manhã – 2ª feira: 8:00 – 10:00, 5ª feira: 10:00 – 12:00
Professor: FLÁVIO ROBERTO FERREIRA DE LIMA (FLÁVIO LIMA)

PONTO TRÊS - Modalidades das Obrigações

I) Quanto ao sujeito

a) Fracionárias ou parciais(Há pluralidade de devedores, cada um responde por uma


parte da dívida, que é divisível)
b) Conjuntas ou unitárias(Há pluralidade de devedores, que são cobrados ao mesmo
tempo, a dívida é única e só pode ser cobrada de todos, ao mesmo tempo)
c) Solidárias(Há pluralidade de devedores, cada um responde pela integralidade da
dívida, no entanto, o pagamento integral libera os demais em face do credor, mas
há uma relação interna)
d) Disjuntivas(mais de um devedor, não há obrigação interna. A obrigação pode ser
satisfeita, p.ex,, por A, B ou C, não há relação interna)
e) Conexas(Por um fato surgem várias obrigações)
f) Dependentes(Há prestação principal e acessória)

II) Quanto ao objeto

a) Alternativas(Há várias possíveis e uma é suficiente para satisfazer a obrigação)


b) Cumulativas(mais de um objeto: A e B, devem ser satisfeitas cumulativamente).
c) Divisíveis e indivisíveis(o objeto pode ser fracionado ou não pode)
d) facultativas(Geralmente o devedor pode escolher entre cumprir uma obrigação ou
outra. As obrigações guardam uma relação de dependência entre principal e
acessória)

OBRIGAÇÕES DE DAR, FAZER E NÃO FAZER.

As obrigações de dar são aquelas cujo objeto da prestação (objeto mediato) é uma coisa,
que pode ser certa(específica) ou incerta(genérica).

I - AS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA são também chamadas de específicas e


visam entregar ao credor uma dada coisa.

Pelo CC/1916 “Art. 863. O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra,
ainda que mais valiosa.”

O CC/2002, no entanto, não reproduz a regra.

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Poder-se-ia imaginar que o credor pode ser obrigado a receber outra coisa mais valiosa,
pela ausência do dispositivo do CC/1916 no novo regramento de CC/2002 No entanto, a
interpretação mais condizente com o CC/2002 é de que o dispositivo se tornou
desnecessário, posto que pelo princípio do pacta sunt servanda ninguém pode ser obrigado
a receber algo que não pactuou. Vejamos o absurdo de alguém ter contratado com alguém
para entregar um livro X, mas na livraria somente tem o livro Y, mais valioso. Salta aos
olhos que o interesse do credor é apenas receber o livro X, d`onde a obrigação não estaria
satisfeita pela entrega do livro diverso.

Alguém poderia suscitar que tal interpretação poderia inviabilizar a dação em pagamento.
Equívoco evidente. A dação em pagamento é uma alternativa de extinção das obrigações
pela qual uma das partes oferta coisa diversa da pactuada, mas o credor pode ou não
aceitar. Ou seja, a aceitação é uma faculdade do Credor.

Exemplos de obrigação de dar coisa certa:

1) A entrega de um automóvel do vendedor ao comprador.

2) A entrega de bem do doador ao donatário, ex.: um imóvel.

A obrigação de dar não confere direito real de propriedade, mas tão só direito
obrigacional, considerando que em caso de inadimplemento da prestação o devedor poderá
ser obrigado, no máximo, a pagar o equivalente, acrescido de perdas e danos. Obviamente
não se olvida a existência das obrigações com eficácia real.

A obrigação de dar coisa deverá ser satisfeita na forma avençada. Se o pagamento for
integral por avença não pode ser imposto ao credor que ele aceite o pagamento de forma
parcelada. Mesmo se o pagamento de dar coisa for substituído por dinheiro, em caso de
impossibilidade jurídica ou naturalística, o pagamento deve ocorrer de forma total.

A obrigação de dar, na modalidade de restituir, indica que o devedor entrega coisa que não
lhe pertence mas pertence ao próprio credor.

Regras aplicáveis às obrigações de dar:

1) Princípio da acessoriedade – A regra é de que a devolução da coisa abrange os


acessórios, mesmo que não mencionados, salvo se do contrário resultar do título ou das
circunstâncias do caso.

Ex.: Quando se aluga apartamento a regra é de que o mesmo não inclui a mobília. É
necessário que se faça por expressa disposição contratual.

Ex2.: De outra parte quando se vende automóvel a regra é de que ele é vendido com todos
os acessórios, salvo se houver expressa disposição em contrário.

Ex3: O direito contra a evicção também se apresenta como acessório.

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Os frutos pendentes são acessórios e os percebidos são do devedor.

Legislação: art. 233 CC/2002 e 864 do CC/1916.

2) Os melhoramentos e acrescidos são do proprietário do bem(também chamados de


cômodos).

Até a tradição os acréscimos e os melhoramentos que a coisa acrescer são de propriedade


do devedor(proprietário) e o mesmo pode exigir do credor os acréscimos financeiros daí
decorrentes sob pena de extinção da obrigação.

V. art. 868 C.C./1916 e art. 237 C.C./2002.

3) Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa s/ culpa do devedor antes da


tradição

3.1 Conceito de perda e deterioração

A deterioração é a situação jurídica em que a coisa objeto da relação obrigacional está


danificada ou não se presta(total ou parcialmente) ao fim para o qual inicialmente ela foi
objeto do negócio jurídico. A coisa está perdida quando ela é inacessível, quer porque seria
caro demais recuperá-la, quer porque ela não está disponível juridicamente. Ex.: se a pessoa
joga um bem na Embaixada da Coréia do Norte é muito provável que jamais verá a coisa
novamente.

3.2. Quando a obrigação se impossibilitar sem culpa do devedor, antes da tradição ou


pendente condição suspensiva, a obrigação se resolve, extingue-se, para ambas as partes.

Art. 234 C.C./2002 e art. 865 C.C./1916

Se a coisa se deteriorar pode o credor resolver a obrigação ou aceitar a coisa, com o


correspondente abatimento do preço.(Não pode, portanto, o credor ser obrigado a receber
outra coisa, ainda que com abatimento no preço).

4. Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa c/culpa do devedor antes da


tradição ou pendente condição suspensiva.

Se a perda ou deterioração da coisa se der c/ culpa do devedor este fica responsável pelo
equivalente em dinheiro acrescido de indenização de perdas e danos(v. 1059 do
CC/1916 e CC 2002, art. 402).

Art. 234 CC/2002 e art. 865 CC/1916

5. Se a deterioração se der c/culpa do devedor então o credor poderá resolver a obrigação


ou aceitar o bem no estado em que se encontra com abatimento do preço, podendo obter a
indenização por perdas e danos em quaisquer dos dois casos.

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V. art. 236 CC/2002 e art. 867 do CC/1916

6. Se a coisa perece ou se deteriorar após a tradição, o credor deverá suportar os ônus do


infortúnio. Situação diversa é quando se trata de vícios redibitórios(CPDC).

Se o credor se coloca em mora e não recebe a coisa pode ser colocado em mora e os riscos
do infortúnio lhe caem, antes mesmo da tradição.

II) OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR – A obrigação de restituir é aquela que se encontra


nas mãos do devedor, em sua posse, e é devolvida para o credor.

a) Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa na obrigação de restituir.

a.1. Sem culpa do devedor.

O credor, proprietário, irá suportar os ônus da perda ou deterioração e a obrigação pode se


resolver, salvo os direitos do credor até o dia do infortúnio. V. art. 869 CC/1916 e art. 238
CC/2002. v. também 240 CC/2002 e art. 871 CC/1916.

Ex.: a locação, o depósito e o comodato.

O comodato, no entanto, possui regramento diverso. Mesmo que a coisa venha perecer sem
culpa do devedor, na hipótese de caso fortuito ou força maior, e o devedor privilegiar seus
bens em detrimento dos bens emprestados (art. 1253, CC/1916), então o devedor fica
obrigado a ressarcir o credor.

a.2. Com culpa do devedor

O credor poderá receber a coisa ou exigir o equivalente mais perdas e danos.

V. art. 239 CC/2002 e art. 870 CC/1916.

b) Melhoramentos, acréscimos e frutos na obrigação de restituir

O proprietário lucra os melhoramentos, acréscimos e frutos naturais. (v. art. 872 CC1916 e
art 241 CC/2002)

Se o acréscimo decorrer de trabalho do devedor então o regime será das benfeitorias (úteis,
necessárias e voluptuárias). O devedor pode estar de boa ou má-fé.

Boa-fé – Tem direito aos melhoramentos das benfeitorias úteis e necessárias, podendo reter
o bem pelo pagamento das necessárias e úteis. Podendo levantar as voluptuárias.

Má-fé – Somente tem direito aos melhoramentos às benfeitorias necessárias. Não podendo
levantar as voluptuárias.

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Na indenização pode-se optar entre seu valor e seu custo.

Quanto aos frutos a regra é que sempre se devolve as despesas de custeio, independente de
ser de boa ou má-fé.

Execução de obrigação de dar coisa certa. – Falar sobre os efeitos quanto às de restituir e de
dar coisa certa.

III) OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA

A obrigação de dar coisa incerta é indicada pelo gênero e quantidade, sendo determinada no
momento do cumprimento da obrigação, por um ato chamado de concentração. Ex.: 02
toneladas de trigo.

Aquele que vai escolher a coisa executa a escolha do bem. É o que se denomina de
concentração. A concentração compreende um conjunto de atos como pesagem, separação e
envio da coisa(ou não dependendo da avença). A concentração, em regra é do devedor,
no entanto, pela avença pode ser do devedor ou de terceiro. Caso a concentração venha ser
do credor este deverá se pronunciar no momento aprazado, caso não o faça poderá o
devedor ingressar com ação de dação em pagamento e o credor será citado para esse fim
(art. 981 do CC/1916). Se não houver prazo para a realização da concentração caberá à
parte interessada notificar a outra para realizar o ato jurídico.

A partir da concentração a obrigação se rege pela obrigação de dar coisa certa. A


obrigação de dar coisa incerta é genérica.

Na obrigação de dar coisa incerta o devedor não se exime se a coisa perecer sem culpa do
devedor se antes da concentração. Ora e se a coisa não mais existir, então a obrigação se
resolve.

Perecimento do gênero – O gênero pode ser: limitado ou ilimitado.

O gênero pode transformar-se em obrigação alternativa, quando o devedor tem duas ou três
opções de escolha.

O bem pode não ser suficiente para garantir a satisfação das obrigações, quando diversos os
credores. Dessa forma poderá resolver-se pela partilha eqüânime ou pela prevenção.

Qualidade – O devedor não poderá ser obrigado a escolher a pior das coisas, nem se
desobriga da obrigação entregando a pior delas. (v. 244 CC/2002 ou 875 CC/1916).

(Referir aos arts. 629 a 631 do CPC).

Após a escolha da coisa a obrigação passa ser obrigação de dar coisa certa, pela qual segue
as mesmas regras dessa obrigação.

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III. 1. Entrega da coisa – A entrega da coisa, visando desonerar o devedor é questão, às
vezes, complexa, posto que enquanto o devedor, ao menos não põe o bem disponível ao
credor, o devedor continuará responsável pelos eventuais riscos que a coisa venha sofrer.

Dívida de dinheiro(pecuniária) e dívida de valor(o devedor pode pagar mais de acordo


com a correção monetária) – Rápida referência.

Distingue-se a dívida em dinheiro da dívida de valor. Na primeira, o objeto da prestação é o próprio


dinheiro, como ocorre no contrato de mútuo, em que o tomador do empréstimo obriga-se a devolver,
dentro de determinado prazo, a importância levantada. Quando, no entanto, o dinheiro não constitui
objeto da prestação, mas apenas representa seu valor, diz-se que a dívida é de valor.
A obrigação de indenizar, decorrente da prática de um ato ilícito, por exemplo, constitui dívida de valor,
porque seu montante deve corresponder ao do bem lesado.

(GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Esquematizado Vol. 1 . São Paulo: Saraiva, 2012.
2ª Edição.)

Obrigação de meio e de resultado

IV – Obrigação de Fazer – é aquela pela qual o devedor encontra-se obrigado quer


pessoalmente, quer por terceiro, à realização de ato positivo, material ou
imaterial, em benefício de credor ou de terceira pessoa.

Distinção entre obrigação de dar e fazer – Ex.: na compra e venda há, ao mesmo tempo,
obrigação de dar(o bem) e de fazer a defesa do bem em caso de evicção e vícios
redibitórios.

Obrigação de locar e emprestar imóvel (são consideradas como obrigações de fazer por
Venosa). Entendendo, no entanto, que são mais assemelhadas às obrigações de fazer.

Pontos de distinção:

1) Na obrigação de dar – Não há, cumulativamente, a realização prévia de uma obrigação


de fazer embutida.

2) Na obrigação de fazer – A prestação é de realizar uma determinado ato, a eventual


entrega do ato é mera conseqüência dele. Ex.: tela de pintura.

3) Tradição;

4) A obrigação de dar completa execução com a entrega do objeto prometido ao devedor.

5) Na de fazer sempre se resolve em perdas e danos.

6) O devedor pode ser condenado nas astreintes.

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Obrigação de fazer fungível ou infungível(art. 247). (v. art. 249 e 881)

Responsabilidade pelo inadimplemento c/ culpa e sem culpa do devedor(art. 248).

Na obrigação de dar o devedor entrega coisa ao credor que corresponde ao objeto da


prestação obrigacional. Na obrigação de fazer, mesmo que haja a entrega de alguma coisa, a
prestação obrigacional visa uma fazer, um ato de confeccionar ou realizar algo, a entrega é
um ato de mera execução.

Obrigação de não fazer.

Atos de abstenção ou mera tolerância.


Ex.: obrigação de não abrir uma mesma loja da Bob`s na mesma área da franquia.
Difere das obrigações com eficácia real.

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