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I) Quanto ao sujeito
As obrigações de dar são aquelas cujo objeto da prestação (objeto mediato) é uma coisa,
que pode ser certa(específica) ou incerta(genérica).
Pelo CC/1916 “Art. 863. O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra,
ainda que mais valiosa.”
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Poder-se-ia imaginar que o credor pode ser obrigado a receber outra coisa mais valiosa,
pela ausência do dispositivo do CC/1916 no novo regramento de CC/2002 No entanto, a
interpretação mais condizente com o CC/2002 é de que o dispositivo se tornou
desnecessário, posto que pelo princípio do pacta sunt servanda ninguém pode ser obrigado
a receber algo que não pactuou. Vejamos o absurdo de alguém ter contratado com alguém
para entregar um livro X, mas na livraria somente tem o livro Y, mais valioso. Salta aos
olhos que o interesse do credor é apenas receber o livro X, d`onde a obrigação não estaria
satisfeita pela entrega do livro diverso.
Alguém poderia suscitar que tal interpretação poderia inviabilizar a dação em pagamento.
Equívoco evidente. A dação em pagamento é uma alternativa de extinção das obrigações
pela qual uma das partes oferta coisa diversa da pactuada, mas o credor pode ou não
aceitar. Ou seja, a aceitação é uma faculdade do Credor.
A obrigação de dar não confere direito real de propriedade, mas tão só direito
obrigacional, considerando que em caso de inadimplemento da prestação o devedor poderá
ser obrigado, no máximo, a pagar o equivalente, acrescido de perdas e danos. Obviamente
não se olvida a existência das obrigações com eficácia real.
A obrigação de dar coisa deverá ser satisfeita na forma avençada. Se o pagamento for
integral por avença não pode ser imposto ao credor que ele aceite o pagamento de forma
parcelada. Mesmo se o pagamento de dar coisa for substituído por dinheiro, em caso de
impossibilidade jurídica ou naturalística, o pagamento deve ocorrer de forma total.
A obrigação de dar, na modalidade de restituir, indica que o devedor entrega coisa que não
lhe pertence mas pertence ao próprio credor.
Ex.: Quando se aluga apartamento a regra é de que o mesmo não inclui a mobília. É
necessário que se faça por expressa disposição contratual.
Ex2.: De outra parte quando se vende automóvel a regra é de que ele é vendido com todos
os acessórios, salvo se houver expressa disposição em contrário.
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Os frutos pendentes são acessórios e os percebidos são do devedor.
Se a perda ou deterioração da coisa se der c/ culpa do devedor este fica responsável pelo
equivalente em dinheiro acrescido de indenização de perdas e danos(v. 1059 do
CC/1916 e CC 2002, art. 402).
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V. art. 236 CC/2002 e art. 867 do CC/1916
Se o credor se coloca em mora e não recebe a coisa pode ser colocado em mora e os riscos
do infortúnio lhe caem, antes mesmo da tradição.
O comodato, no entanto, possui regramento diverso. Mesmo que a coisa venha perecer sem
culpa do devedor, na hipótese de caso fortuito ou força maior, e o devedor privilegiar seus
bens em detrimento dos bens emprestados (art. 1253, CC/1916), então o devedor fica
obrigado a ressarcir o credor.
O proprietário lucra os melhoramentos, acréscimos e frutos naturais. (v. art. 872 CC1916 e
art 241 CC/2002)
Se o acréscimo decorrer de trabalho do devedor então o regime será das benfeitorias (úteis,
necessárias e voluptuárias). O devedor pode estar de boa ou má-fé.
Boa-fé – Tem direito aos melhoramentos das benfeitorias úteis e necessárias, podendo reter
o bem pelo pagamento das necessárias e úteis. Podendo levantar as voluptuárias.
Má-fé – Somente tem direito aos melhoramentos às benfeitorias necessárias. Não podendo
levantar as voluptuárias.
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Na indenização pode-se optar entre seu valor e seu custo.
Quanto aos frutos a regra é que sempre se devolve as despesas de custeio, independente de
ser de boa ou má-fé.
Execução de obrigação de dar coisa certa. – Falar sobre os efeitos quanto às de restituir e de
dar coisa certa.
A obrigação de dar coisa incerta é indicada pelo gênero e quantidade, sendo determinada no
momento do cumprimento da obrigação, por um ato chamado de concentração. Ex.: 02
toneladas de trigo.
Aquele que vai escolher a coisa executa a escolha do bem. É o que se denomina de
concentração. A concentração compreende um conjunto de atos como pesagem, separação e
envio da coisa(ou não dependendo da avença). A concentração, em regra é do devedor,
no entanto, pela avença pode ser do devedor ou de terceiro. Caso a concentração venha ser
do credor este deverá se pronunciar no momento aprazado, caso não o faça poderá o
devedor ingressar com ação de dação em pagamento e o credor será citado para esse fim
(art. 981 do CC/1916). Se não houver prazo para a realização da concentração caberá à
parte interessada notificar a outra para realizar o ato jurídico.
Na obrigação de dar coisa incerta o devedor não se exime se a coisa perecer sem culpa do
devedor se antes da concentração. Ora e se a coisa não mais existir, então a obrigação se
resolve.
O gênero pode transformar-se em obrigação alternativa, quando o devedor tem duas ou três
opções de escolha.
O bem pode não ser suficiente para garantir a satisfação das obrigações, quando diversos os
credores. Dessa forma poderá resolver-se pela partilha eqüânime ou pela prevenção.
Qualidade – O devedor não poderá ser obrigado a escolher a pior das coisas, nem se
desobriga da obrigação entregando a pior delas. (v. 244 CC/2002 ou 875 CC/1916).
Após a escolha da coisa a obrigação passa ser obrigação de dar coisa certa, pela qual segue
as mesmas regras dessa obrigação.
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III. 1. Entrega da coisa – A entrega da coisa, visando desonerar o devedor é questão, às
vezes, complexa, posto que enquanto o devedor, ao menos não põe o bem disponível ao
credor, o devedor continuará responsável pelos eventuais riscos que a coisa venha sofrer.
(GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Esquematizado Vol. 1 . São Paulo: Saraiva, 2012.
2ª Edição.)
Distinção entre obrigação de dar e fazer – Ex.: na compra e venda há, ao mesmo tempo,
obrigação de dar(o bem) e de fazer a defesa do bem em caso de evicção e vícios
redibitórios.
Obrigação de locar e emprestar imóvel (são consideradas como obrigações de fazer por
Venosa). Entendendo, no entanto, que são mais assemelhadas às obrigações de fazer.
Pontos de distinção:
3) Tradição;
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Obrigação de fazer fungível ou infungível(art. 247). (v. art. 249 e 881)