Sei sulla pagina 1di 5

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU

ANA CAROLINE FREITAS ARANTES

FERNANDA KELLY SILVEIRA RODRIGUES

GABRIEL VILELA RESENDE FREITAS

LUÍSA ALVES ROSA DE PADUA

MARIA CAROLINA DO AMARAL COUTO

NICOLAS CAIRON TOMAZ

PEDRO HENRIQUE ALVES RODRIGUES

VALMIR SILVA GOMES

EXTERNALIDADES

Um estudo teórico e suas aplicabilidades

Uberlândia – MG

2015
Com o passar do tempo e o desenvolvimento do capitalismo, começaram a surgir
algumas preocupações decorrentes de como as atividades empresarias estavam evoluindo. A
poluição que se espalha pelo ar, pela água e pela terra, isto é, os resíduos deixados por muitos
processos industriais passaram a ser olhados com outros olhos.

Introduziu-se então o conceito de externalidade por Alfred Marshall em 1925, ao


estudar a curva de oferta com inclinação negativa em um mercado competitivo. Segundo
Carlos Alberto Longo (1983) externalidades são a imposição de um efeito externo causado a
terceiros decorrente de uma relação de troca, produção ou consumo. Essencialmente, os
efeitos das atividades econômicas sobre a sociedade e o meio ambiente ganharam uma
atenção no sentido de que, cada vez mais, estudos mostravam que os recursos do planeta
estavam se esvaindo.

Desse modo, os agentes têm de passar por uma mudança de comportamento no que diz
respeito às suas responsabilidades sociais. Segundo Mara Lucy Castilho essa mudança de
comportamento fez com que as empresas adotassem um comportamento de marketing social,
ganhando inclusive uma boa imagem perante a sociedade e, com isso, aumento de sua
competitividade no mercado.

A responsabilidade social é um conjunto de práticas visando melhorar as condições de


vida da comunidade onde a empresa está inserida, tanto internamente, na relação com os
empregados, quanto externamente, com clientes, fornecedores, comunidade e governo.
(CASTILHO, M. L. et al)

Assim sendo, é importante que as empresas paguem para a sociedade, além de seus
deveres como impostos, alguns acréscimos de custo visando diminuir os impactos de suas
atividades no ambiente, isso quer dizer que as empresas passam a se responsabilizar
monetariamente pelos possíveis estragos que suas atividades possam causar.

De modo geral, existem dois tipos de externalidades, então, quando as consequências a


terceiros decorrentes de qualquer atividade econômica são positivas, se diz que essa é uma
externalidade positiva, contrariamente, quando esses efeitos são sentidos negativamente, tem-
se uma externalidade negativa. Essa diferenciação é válida, pois, embora o enfoque do
trabalho seja discutir os impactos das externalidades negativas, não se deve esquecer de que
existem também efeitos bons vindos de atividades econômicas.
Ainda dentro do conceito de externalidades, existem as externalidades de produção e
externalidades de consumo, sendo que estas são quando um agente se preocupa diretamente
com a produção ou consumo de outro agente e aquela seria quando as decisões de produção
são influenciadas pelas decisões de outra empresa ou dos consumidores (VARIAN, 2003).

A principal característica das externalidades está relacionada à divisão de bens


públicos, isto é, bens com os quais os consumidores se preocupam, mas que não se encontram
presentes no mercado. O problema surge quando a divisão desses bens não está bem definida,
isto é, os direitos de propriedade sobre, por exemplo, o ar, se diferenciam para cada agente.
Desse modo, uma empresa pode pensar que é seu direito poluir o ar, enquanto um consumidor
pensa que é seu direito que o ar seja limpo, e é quando os direitos de propriedade estão mal
definidos que se gera uma produção ineficiente de externalidades. Quando os direitos de
propriedade estão bem definidos e quando há mecanismos que permitem a negociação entre
as partes, elas poderão negociar seus direitos de produzir externalidades da mesma forma que
trocam direitos de produzir e consumir bens. Em suma, a quantidade de externalidades que
será gerada na solução eficiente irá depender da distribuição dos direitos de propriedade.
(CASTILHO, M. L. et al).

De modo que a eficiência econômica seja atendida, os recursos naturais devem ser
corretamente precificados, assim, internaliza-se os custos colocando-se um preço nas
externalidades. Já que as empresas utilizam um bem público (meio ambiente) para seus
interesses privados, os órgãos ambientas devem criar uma taxa que promova uma
internalização das externalidades, a fim de amenizar os impactos externos às empresas
causados à sociedade. Essa taxa recebe o nome de imposto pigouviano, que seria o nível
ótimo de utilização dos recursos quando as externalidades são internalizadas.

Quando existe um preço nas externalidades, o seu uso individual se altera, alterando
também o uso agregado dos bens públicos (que gera externalidade) e balanceando os direitos
de propriedade. Os novos níveis de utilização refletem uma otimização social desse uso,
porque o seu benefício está ligado a todos os custos associados a ele. Portanto, para se
determinar um preço nas externalidades, deve-se identificar custos externos negativos que,
associados ao preço de mercado, representa o preço social do recurso.

Sabendo-se disso, as empresas estão tomando uma postura mais preocupada com o
meio ambiente, adotando produtos “ambientalmente corretos”, investimentos em
reflorestamento, uso de madeira de lei, adoção de filtros para que se emitam menos resíduos
poluentes na atmosfera, etc.

O desenvolvimento sustentável significa qualificar o crescimento e conciliar o


desenvolvimento econômico com a necessidade de se preservar o meio ambiente. Pode-se
verificar que o meio ambiente serve tanto como base da atividade econômica permitindo a
produção e o consumo como sistema de apoio a vida, ou seja, como um fator de qualidade de
vida. O desenvolvimento sustentável tem como um de seus objetivos a proteção do meio
ambiente e tem como um de seus conceitos, voltados mais à economia, a definição e a
distribuição dos direitos de propriedade, o sistema de impostos e a política monetária, bem
como as de crédito e bancária (CAVALCANTI, 2001).

Embora existam atitudes positivas em se colocar um preço nas externalidades, para


que estas sejam internalizadas e sanadas pelas empresas, existe um problema. Mesmo que se
pague uma taxa extra pelo uso do meio ambiente, como por exemplo, sua poluição, essa
poluição ainda permanece mesmo após o pagamento de qualquer taxa. Isso quer dizer que um
imposto a mais não despolui o ar, apenas torna a sua utilização economicamente eficiente.

O conceito de externalidade é, portanto, algo a ser discutido no sentido de que não é


suficiente internalizar esse custo ambiental, é preciso que, com o passar do tempo, esse custo
seja amenizado ou (melhor ainda) extinto, de modo que não haja um uso desmesurado dos
recursos a ponto de isso interferir na vida de outras pessoas ou mesmo de outros seres que
possam estar vivendo nos arredores de determinada atividade “poluidora”.

É válido ressaltar que o reconhecimento das externalidades como algo digno de


preocupação é um grande avanço para o sistema, mas se conformar com o pagamento de uma
taxa a mais e ainda sim, não diminuir a externalidade em si é ambientalmente ineficiente.
Sendo assim ter-se em mente que o pagamento monetário das externalidades não corrige o
problema na esfera real, mas apenas na esfera monetária é o verdadeiro obstáculo que fará
com que se possa caminhar para um uso mais sustentável dos recursos públicos.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

CASTILHO, Mara L. e FÁVERO, Rafaela. Responsabilidade Social e Teoria das


Externalidades: O Caso de Algumas Empresas Poluidoras do Meio Ambiente.
UNIOESTE. Paraná. 2001

SOARES, Emília Salgado. Externalidades Negativas e seus Impactos no Mercado.


São Paulo, FGV/EAESP, 1999. (Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós-
Graduação da FGV/EAESP)

Potrebbero piacerti anche