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Aula 10: Demonstrativos financeiros e tomada de decisões estratégicas 135

AULA

10
Demonstrativos financeiros e
tomada de decisões estratégicas

NESTA AULA
´ A gestão financeira do negócio
´ Lucros, dividendos, participação acionária e custo de oportunidade
´ Retorno do investimento na empresa
´ Padronização das Demonstrações Financeiras

METAS DE COMPREENSÃO
´ Compreender o papel do administrador financeiro no desempenho da
empresa e a análise de desempenho do negócio.

´ Entender a avaliação do negócio com foco na sua efetiva rentabilidade,


produtividade e lucratividade com base nas informações obtidas dos
demonstrativos.

´ Saber analisar o retorno do investimento da empresa a partir das informações


fornecidas.

–– Apresentação
Nesta Aula 10 vamos discutir diversos aspectos da análise das demonstrações Fi-
nanceiras com foco no papel do contador e do gestor na administração do negócio.

Primeiro vamos tratar da figura do contador, que é a peça-chave na contabilização


e apuração dos números de qualquer empresa. Segundo, vamos pensar no papel do ges-
tor, que trabalha focado na maximização dos resultados, do aumento da produtividade
e do lucro da firma.

Concluiremos nosso estudo tratando de alguns tópicos avançados sobre as possi-


bilidades e limitações da análise dos Demonstrativos Financeiros, as novas visões do
mercado, o papel da empresa na produção de seu Balanço Social e o desempenho da
empresa no mundo globalizado. Bom estudo!
136 Fundamentos do Orçamento de Capital

Stock-xchng

A gestão financeira do negócio


Sabemos que todo financista pode obter inúmeros tipos de
informações a partir dos Demonstrativos Financeiros forneci-
dos e chegar a diversas conclusões importantes a respeito da
empresa e de seus números publicados.
Além disso, estes profissionais têm em mãos diversos índi-
ces calculados a partir dos Demonstrativos Financeiros que,
combinados de diversas maneiras, poderão auxiliá-los enor-
memente na análise do resultado, do desempenho, e também
no conhecimento do negócio analisado.

Sabemos que o contador exerce um papel muito importante na empresa.


Cabe a ele efetuar os lançamentos financeiros, preparar as Demonstrações
Financeiras, cuidar dos controles dos números reportados e, também, ana-
lisar as evoluções das contas apresentadas nos demonstrativos em cada
período (ou exercício fiscal).

Na verdade, será este profissional o grande responsável pelo trabalho de


verificação do desempenho da organização, levantando e contabilizan-
do os movimentos e cuidando da qualidade dos números apresentados
à alta administração.

Assim sendo, é de responsabilidade do contador a constante apuração


da lucratividade do negócio, os cálculos dos índices e os levantamentos de
diversas informações cruciais para o dia a dia da empresa.

Conforme estudamos em nossas aulas anteriores, será na contabilidade


que ocorrerá a organização e a publicação dos números nos formatos exigi-
dos pelas leis do país, cumprindo regras claras de como apurar as receitas,
custos, despesas, lucro, impostos etc. Tudo isto, de forma a permitir que
nós tenhamos bases de comparação de números reportados em diferentes
períodos de apuração, seja este mensal, trimestral semestral ou anual.

O papel da contabilidade é, portanto, crucial na preparação das infor-


mações, tanto para o administrador como para o investidor ou analista
de investimentos, que estão do lado de fora da empresa. Ao preparar as
demonstrações financeiras padronizadas e uniformes, este profissional está
na verdade facilitando o controle e a análise dos resultados através destes
valiosos “meios de controle”, que são os demonstrativos financeiros.
Stock-xchng

O GESTOR E A TOMADA DE DECISÃO

Somado aos pontos destacados, os demonstrativos prepara-


dos pela contabilidade oferecem − além destes dados financei-
ros sobre o desempenho e a rentabilidade − informações das
mais diversas, como por exemplo: risco, retorno, eficiência e
produtividade do negócio, cruciais para a elaboração do plane-
jamento estratégico da empresa.
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VOCÊ SABIA?
Você sabe o que é planejamento estratégico?
Planejamento estratégico é o processo de levantamento de informações e a aplicação
de recursos de forma organizada, que permite o estabelecimento de planos de ação e a
definição de metas a serem alcançadas pela empresa.
Procura também elevar o grau de ligação entre os ambientes interno (empresa)
e externo (mercado) bem como, responder a algumas questões essenciais: por que a
organização existe? O que e como a organização produz? Quais são os seus objetivos de
curto, médio e longo prazo? Como ela se enxerga no futuro? Como devemos trabalhar
com os números informados?
Pense nisso!

Sabemos que trabalhar com os números apresentados pelos demonstra-


tivos financeiros exige muito mais que simples interpretação de resultados
ou mesmo análise dos índices econômicos e financeiros. É necessário tam-
bém que o analista saiba questionar e avaliar profundamente cada informa-
ção, coletando e comparando dados de forma a agregar valor ao trabalho.

Vejamos a seguir o que Iudícibus (2009) diz a respeito deste tema:

PALAVRA DE AUTOR
Nenhuma fórmula ou “receita de bolo” ou quadro especial etc. irá substituir o
julgamento e a “arte” de cada analista, em cada caso [...]. O que se pode formar,
através da apreciação conjunta dos quocientes, o mais das vezes, é uma opinião
em conjunto, mais do que um “veredicto”. O equilíbrio e a ponderação devem ser
as características dominantes do analista.
(Iudícibus, 2009, p. 123).

Logo, quanto mais crítico e questionador for o analista, e quanto mais


cautelosamente agir durante a análise dos números publicados, maior se-
gurança ele estará oferecendo ao seu público-alvo, sejam estes clientes os
proprietários, investidores ou demais interessados em entender as infor-
mações apuradas.

Portanto, atenção!

Devemos estar sempre atentos quando analisarmos os Demonstrativos


Financeiros, pois eles podem apresentar algumas imperfeições:

Primeiramente, devemos sempre lembrar que os demonstrativos são o


“passado” da empresa e não o seu “presente”. Portanto, não representa o
que está acontecendo hoje na empresa.

Segundo, os demonstrativos devem ser utilizados com muito cuidado e


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atenção, especialmente quando fizerem parte dos processos de tomada de


decisão e de planejamento estratégico. Será sempre importante analisar
cada número reportado nas contas dos demonstrativos financeiros com cui-
dado, executando sempre quase que um trabalho de “auditor”, ou seja,
questionando e avaliando cada valor apresentado.

Todos estes pontos convergem na responsabilidade da contabilidade por


efetuar os registros financeiros com precisão e por trabalhar de forma a
garantir a solidez das informações publicadas. E, não raro, por ser obri-
gada periodicamente a submeter seus números ao parecer de auditores
internos ou externos.

PENSE NISSO
Qual seria o papel do administrador financeiro
face aos objetivos da empresa nos dias de hoje?

É sempre bom lembrar que o administrador financeiro deve agir como


interlocutor entre a Contabilidade e seus “clientes internos” (departamen-
tos que utilizam os Demonstrativos Financeiros) e os “clientes externos”
(investidores, credores, instituições financeiras, acionistas, entre outros)
interessados em entender ou estudar os números publicados. Este admi-
nistrador deve, portanto, trabalhar de modo a atender os objetivos dos
acionistas e/ou proprietários da empresa.

Dessa maneira, toda gestão bem sucedida necessariamente atende aos


objetivos e expectativas no que se refere às metas de vendas, crescimento,
geração de caixa e lucros do negócio. Nesta mesma linha de pensamento,
para Gitman (2007, p.13), o objetivo da empresa e, portanto, de todos os
seus administradores e funcionários é maximizar a riqueza de seus proprie-
tários, em nome dos quais ela é gerida. Assim, a riqueza dos proprietários,
numa sociedade por ações é medida pelo preço da ação, que por sua vez
se baseia na distribuição dos resultados (fluxos de caixa) no tempo, em sua
magnitude e em seu risco.

Por outro lado, além de atender aos objetivos estabelecidos pelos seus
proprietários e/ou acionistas, toda empresa é hoje obrigada a pensar tam-
bém a respeito de seu papel na sociedade, através da publicação de suas
informações de natureza social e ambiental.

DICA
A partir de 1 de janeiro de 2006, foi instituída a Resolução CFC 1.003/2004
que aprovou a NBC T 15 (Informações de Natureza Social e Ambiental), que
trata das informações de natureza social e ambiental.
Caso você queira ler mais a respeito, sugiro visitar o site do Conselho Federal
de Contabilidade, para uma pesquisa mais detalhada sobre este tema.
Disponível em: <www.cfc.org.br>. Acesso em: 15 abr. 2013.
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Neste sentido, é que vemos muitas organiza- Balanço Social:


ções, preocupadas com o seu compromisso social Conjunto de informações
e a sua imagem perante os clientes e o mercado, demonstrando atividades de uma
entidade privada com a sociedade
publicando seu Balanço Social juntamente com que a ela está diretamente
relacionada, com objetivo de
demais Demonstrativos Financeiros. divulgar sua gestão econômico-
social, e sobre o seu relacionamento
Veja uma apresentação que acompanhou re- com a comunidade, apresentando o
resultado de sua responsabilidade
centemente a publicação do Balanço Social ou social. Entende-se por informações
de natureza social e ambiental:
Relatórios de Sustentabilidade de uma institui- a) a geração e a distribuição de
ção financeira. Leia o texto a seguir, extraído do riqueza; b) os recursos humanos;
c) a interação da entidade com o
site de Relações com Investidores do Banco Bra- ambiente externo; d) a interação
desco S.A. em 2013. com o meio ambiente.

SAIBA
As ações de Responsabilidade Social fazem parte do conjunto de estratégias
do Bradesco, expressam um compromisso de todos os seus colaboradores e
atendem às modernas exigências de sustentabilidade corporativa.
O Bradesco afere permanentemente a eficácia de suas práticas e o valor
gerado para os públicos a que se destinam.
Além disso, há uma preocupação constante em avaliar as novas demandas
e buscar formas de atendê-las. Este Relatório sintetiza essas ações.
Disponível em:
<www.bradescori.com.br/abertura.html> Acesso em: 15 abr. 2013.

PENSE NISSO
Qual a sua opinião?

Este texto esclarece um pouco mais a respeito do


que pensam as empresas do Balanço Social?

Agora você já deve ter percebido que o objetivo de uma empresa nos dias
de hoje não se restringe apenas à obtenção do Lucro Máximo; muitos outros
fatores estão também envolvidos no dia a dia do trabalho de um administrador
financeiro, que lhe impõem diversos desafios e responsabilidades!

Isto porque, mesmo nas economias capitalistas como a brasileira, espera-


-se das Organizações muitos outros compromissos como, por exemplo, agir se-
gundo princípios éticos, preocupar-se com a comunidade e oferecer qualidade
de vida aos seus colaboradores. Tudo isto, é aliado a uma maior preocupação
com seus consumidores, o que acaba por forçar a empresa a “conectar-se” de
forma mais positiva com todo o seu mercado e a sociedade a sua volta.
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LEITURAS INDICADAS
Sugiro acessar em nossa biblioteca
virtual, o livro Princípios de Administração
Financeira de Gitman L.J. e ler “Objetivos
da Empresa”, Capítulo 1, pp. 12-13.

TROCANDO IDEIAS
No ambiente virtual, compartilhe sua opinião a respeito do papel das
empresas no século XXI. Além do resultado e lucros, qual o papel do
administrador e do profissional de finanças e contabilidade na atualidade?

Lucros, dividendos, participação


acionária e custo de oportunidade
Antes de analisarmos alguns outros índices financeiros importantes, va-
mos passar a você algumas definições, conforme veremos a seguir:

Stock-xchng
LUCRO
Quando pensamos em controle das empresas
pensamos em faturamento e lucro. Entretanto,
o importante é na verdade conseguir entender
o que vem a ser “Lucro” e qual o montante de
lucro que realmente interessa à empresa analisa-
da. Sabemos que os Lucros são os recursos gera-
dos em decorrência das atividades da empresa e
que podem ser distribuídos aos seus sócios sob a
forma de dividendos.

Na verdade, o lucro que uma empresa gera é


o excedente que a empresa produz em razão de
sua atividade comercial, industrial ou da pres-
tação de serviços. Caso uma administração efi-
ciente de um determinado negócio gere lucros aos seus proprietários ou
acionistas, estes serão a remuneração do capital (dinheiro) investido ini-
cialmente na montagem do negócio.

DIVIDENDOS
Estes são representados pela parcela do lucro líquido gerado pela em-
presa que é distribuído para os acionistas ao final do exercício fiscal, nor-
malmente são distribuídos por semestre ou anualmente.
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Vejamos um exemplo bem simples.

Imaginemos uma fábrica de doces que produz uma determinada quantidade


de caixas gastando com a sua fabricação, a administração da fábrica e com as
vendas um total de R$ 20 mil.

Estes doces foram totalmente vendidos por R$ 22,5 mil gerando como resul-
tado o lucro de R$ 2,5 mil já descontados todos os impostos. Serão exatamente
estes R$ 2,5 mil de lucro que poderão ser distribuídos entre seus sócios na
proporção de suas participações acionárias na empresa.

PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA
Representa a porcentagem que cada sócio detém no capital total da em-
presa. Ou seja, caso você detenha 10% das ações da companhia, terá direito
de receber sob a forma de dividendos, no exemplo acima, um valor de R$
250,00 (ou seja, 10% dos R$ 2,5 mil de resultado do negócio de fabricar doces).

Vamos ver mais um exemplo?

Imagine uma fábrica de doces que pretende dar lucros com sua operação
de fabricação e vendas de bombons. Na verdade, o lucro esperado estará re-
lacionado com o montante de recursos (capital) investido pelos novos sócios.

Imagine que João invista R$ 5 mil em ações nesta fábrica. Este dinheiro ele
poderia também investir em um CDB – Certificado de Depósito Bancário – no
banco de seu bairro, rendendo 10% ao ano (ou seja, R$ 500,00 de rendimento
garantido), mas prefere as ações da fábrica de doces!

Ao final do primeiro ano de atividade da fábrica, João é informado que tem


direito a R$ 100,00 sob a forma de dividendos. Ele certamente ficou infeliz
com seu rendimento, muito abaixo do CDB do banco. Este valor é 5 vezes me-
nor que o ganho com juros! Portanto, o retorno sobre o investimento em fabri-
car chocolates é de apenas 2% do capital investido (R$ 100,00 dos R$ 5.000,00
investidos), bem inferior à média dos rendimentos do seu CDB, por exemplo.
Logo, João ficou muito infeliz com a administração e exigiu maior controle nas
contas da empresa, nos gastos, investimentos etc.

CUSTO DE OPORTUNIDADE
Você sabe o que é Custo de Oportunidade?

Para responder a esta pergunta vamos pensar sobre o que ocorreu com
João. Sempre que alguém escolhe entre alternativas de investimentos, está
na realidade abrindo mão de uma opção em favor de outra. No caso de João,
ele abriu mão de ganhar os 10% ao ano no banco comprando CDB, investimento
seguro, certo e garantido, para investir na fábrica de doces como acionista,
sem nenhuma garantia de retorno (ganhos).

Além do mais, o investimento em ações oferece diversos riscos ao investi-


dor como risco de crédito, risco fiscal e risco operacional, por exemplo.
142 Fundamentos do Orçamento de Capital

O custo de oportunidade em investir em ações repre-


senta a remuneração certa de 10% que ele abriu mão de
ganhar no CDB. Portanto, o investimento em ações da fá-
brica deve gerar ganhos (rentabilidade do negócio) aci-
ma destes 10% ao ano para ser interessante para João;
caso contrário, é mais vantagem ele ficar com o dinheiro
dela aplicado no banco.

Isto feito, vamos agora estudar o conceito de Retorno do Investimento


na empresa que nos permite compreender o real retorno que a empresa
gerou aos seus acionistas ou proprietários.

Retorno do investimento na empresa


Apesar de toda essa interessante discussão a respeito do papel da em-
presa no mercado, são os retornos das atividades da indústria, do comércio
e dos serviços que mantêm as nossas economias em funcionamento. Portan-
to, vamos entender como devemos proceder como financistas e contado-
res, de forma a analisar o Retorno sobre Investimentos a partir dos números
publicados pelas empresas.

Segundo Marion (2009), o retorno representa o lucro obtido pela empre-


sa, enquanto que o investimento (e cujas aplicações estão evidenciadas no
Ativo) é toda aplicação realizada pela empresa com o objetivo de obter
lucro (retorno). Assim, as aplicações podem estar evidenciadas nos dispo-
níveis, estoques, imobilizados ou nos investimentos, por exemplo. A com-
binação de todas estas aplicações proporciona resultado para a empresa:
lucro ou prejuízo.

Neste caso, temos a Taxa de Retorno sobre o Investimento (TRI)


definida como:

Taxa de Retorno sobre


o Investimento (TRI)

Lucro Líquido
Ativo Total

Segundo o autor, o mais adequado é utilizar o Lucro Operacional para o


cálculo da TRI, lucro este que reflita apenas o resultado obtido pela atividade
principal da empresa conforme especificado em seu contrato social. Esta taxa
de retorno, por sua vez, pode ser decomposta em dois elementos distintos:
Aula 10: Demonstrativos financeiros e tomada de decisões estratégicas 143

MARGEM DE LUCRO LÍQUIDO


Representa quantos centavos de cada real (R$) vendido sobram após a de-
dução de todas as despesas, incluindo a dedução de Imposto de Renda (IR).
Certamente que devemos ter em mente que, quanto maior a margem obtida,
melhor para a empresa.

Margem de Lucro

Lucro Líquido
Vendas

GIRO DO ATIVO
Vai representar a eficiência do uso de seus ativos pela empresa analisada,
ou seja, a capacidade de gerar lucros a partir de vendas efetuadas. E quanto
maiores as vendas geradas, mais eficientemente são utilizados seus ativos.

Giro do Ativo

Vendas
Ativo Total

LEITURAS INDICADAS
No livro Análise das Demonstrações Financeiras,
de Marion J.C., há um item que trata da rentabilidade e
ramos de atividades de algumas empresas brasileiras.
Recomendo a leitura na página 158.

Padronização das Demonstrações


Financeiras
Importante lembrar também – e mais uma vez – que os princípios finan-
ceiros que regem as elaborações e apresentação de todas as demonstrações
144 Fundamentos do Orçamento de Capital

financeiras brasileiras são determinados pela Lei das S.A., pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), pelo Comitê de Pronunciamentos Financeiros (CPC)
e pelo Banco Central (BACEN).

Nos Estados Unidos, por exemplo, os princípios que determinam os pa-


drões das demonstrações financeiras são os do USGAAP – United States Gene-
rally Accepeted Accounting Principles, ou seja, pelos princípios financeiros
geralmente aceitos nos EUA. Já na Europa são exigidos os padrões do IASB
– International Accounting Standard Board, comitê de padrões de conta-
bilização internacional.

Por outro lado, existe hoje no Brasil uma tendência de buscar uma padro-
nização das demonstrações em linha com os padrões normalmente reportados
nos Estados Unidos e Europa. Neste sentido, a Lei N. 11.638/2007 procura exa-
tamente padronizar os procedimentos hoje seguidos no Brasil com os exigidos
no exterior.

Isto ocorre também porque diversas empresas estrangeiras que operam no


Brasil, além de produzirem seus demonstrativos em linha com as leis e deter-
minações locais e, em conformidade com as exigências da Lei das S.A., CVM,
CPC e BACEN, preparam relatórios financeiros e gerenciais em linha com as
leis de seus países de origem.

Com o tempo, certamente as empresas nacionais que pensarem em atuar


globalmente ou mesmo atrair mais investidores externos terão que se adaptar
e esta nova realidade e passar a apresentar demonstrativos em conformidade
também com as regras internacionais. Fique atento às tendências!

SÍNTESE
Nesta Aula 10 estudamos novos aspectos da análise das
Demonstrações Financeiras com foco no papel do contador
e do gestor na administração do negócio.
Estudamos o importante papel do contador, peça-chave
na contabilização e apuração dos números de qualquer
empresa. Estudamos também o papel desempenhado pelo
gestor, que trabalha focado na maximização dos resultados,
do aumento da produtividade e do lucro da firma.
Tratamos a respeito das enormes possibilidades e
limitações da análise dos Demonstrativos Financeiros,
as novas visões do mercado, a padronização destas
Demonstrações linha com os padrões Internacionais,
o papel da empresa na produção de seu Balanço Social e
também o desempenho da empresa no mundo globalizado.
Por fim, focamos nossa análise no cálculo de indicadores
financeiros relacionados à lucratividade, margem de lucros,
giro de ativos e taxas de retorno do negócio no período de
análise das demonstrações.
Aula 10: Demonstrativos financeiros e tomada de decisões estratégicas 145

ATIVIDADES
1. Veja o Balanço da Empresa Lucrativa Ltda.

EMPRESA LUCRATIVA Ltda


Balanço Patrimonial R$ R$

ATIVO 31/12/2009 31/12/2010


CIRCULANTE
Disponível 60.000,0 38.500,0
Duplicatas a Receber 6.000,0 8.900,0
Estoques 5.000,0 20.400,0
NÃO CIRCULANTE
Créditos Administradores 7.500,0 7.600,0
Participação Empresas 15.500,0 18.000,0
Imóveis 78.000,0 97.000,0
Marcas e Patentes 40.836,0 13.000,0
Despesas Pré-Operacionais 1.000,0 9.200,0
TOTAL ATIVO 213.836,0 212.600,0
PASSIVO
CIRCULANTE
Empréstimos Instituição Financeira 55.000,0 45.000,0
Contas a Pagar Curto Prazo 3.000,0 12.000,0
Obrigações Trabalhistas 8.009,0 7.500,0
NÃO CIRCULANTE
Empréstimos e Financiamento 18.000,0 15.000,0
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 7.000,0 8.000,0
Reserva de Capital 7.000,0 8.000,0
Reserva de Lucro 8.000,0 9.000,0
Reserva de Reavaliação 9.209,0 500,0
Lucro Líquido (ou Prejuízos) 98.618,0 107.600,0
TOTAL PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 213.836,0 212.600,0

Sabemos que as vendas da empresa somaram:

R$ 250.000,00 em 2009
R$ 360.000,00 em 2010

Com base nestas informações e no Balanço Patrimonial da empresa, calcule os três


índices abaixo:

1. A margem de Lucro Líquido


2. O Giro do Ativo
3. Taxa de Retorno sobre o Investimento (TRI)
146 Fundamentos do Orçamento de Capital

ATIVIDADES
2. Continue a pensar nas operações da Empresa Lucrativa Ltda.
Reflita a respeito dos números calculados a partir dos dados fornecidos no Balanço
Patrimonial referente aos anos de 2009 e 2010.
Agora reflita a respeito dos resultados desta mesma empresa caso o preço dos produtos
vendidos fossem reduzidos significativamente em 50% em 2011 – e sem que a empresa pudesse
modificar sua estrutura de despesas e custos – e que continuasse a vender a mesma quantidade
de produtos. Responda e analise criticamente:
a. Nestas condições a Empresa Lucrativa teria quais dos 3 índices calculados
anteriormente modificados?
b. Sem a necessidade de executar cálculos com as novas vendas efetuadas, os índices
seriam melhores ou piores?

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