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GESTÃO E ELABORAÇÃO
DE PROJETOS SOCIAIS
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3 INTRODUÇÃO
4 UNIDADE 1 - Eixos da educação social
5 1.1 Diferentes perspectivas da educação social
SUMÁRIO
18 UNIDADE 4 - A educação não-formal: campos e problemas
19 4.1 Algumas Características da Educação Não-Formal: Metas, e Metodologias
36 CONCLUSÃO
37 REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
vida em convivência, a relação entre edu- aceito a ideia de que a educação não se li-
cação, prevenção e controlo parece evi- mita de forma exclusiva ao âmbito escolar.
dente.
O educador faz parte de um sistema
– Como trabalho social educativo: mais amplo – espaço escolar e extra-esco-
muitos profissionais da educação social lar, no qual se informa o indivíduo. Nesta
entendem que o seu trabalho tem todas as perspectiva, pode justificar-se a ideia de
características de um trabalho social, mas entender a educação social como paidoce-
há que deixar claro que o trabalho destes nosis, ou seja, como uma ação educadora
profissionais deve ser sempre realizado a da sociedade.
partir de uma perspectiva educativa, não
Este tipo de educação converteu-se
se centrando exclusivamente, como até a
num instrumento da inclusão social, mas
não demasiados anos, nas atividades de
não deve limitar-se a isso, deve ser um
caráter assistencial. Esse compromisso
recurso para melhorar a própria socieda-
educativo é precisamente o que dará uma
de numa constante revisão dos princípios
nova dimensão às suas intervenções, de
nos quais esta se apóia e a própria educa-
tal modo que se gerará um compromisso
ção social, propugnando que uma e outra
para a mudança no sentido de uma socie-
se fundamentem em princípios éticos e de
dade mais justa.
eficácia.
A educação social é uma atividade pe-
– Como educação extra-escolar: al-
dagógica inserida no âmbito do trabalho
guns autores defendem uma posição ex-
social; por seu turno, este e os serviços so-
cludente relativamente à educação social
ciais podem encontrar nas teorias, modelos
e utilizam os termos de educação não for-
e métodos pedagógicos uma fundamen-
mal para a situar, isto é, recorrem ao con-
tação e consistência que seria injustificá-
ceito de extra-escolaridade.
vel recusar por problemas principalmente
corporativos. A intervenção social confi- Portanto, nesta perspectiva, a educa-
gura-se a partir de uma perspectiva inter- ção social abarcaria toda a intervenção
disciplinar e, em consequência, a educação educativa estruturada que se encontra à
social pode ser concebida a partir de duas margem do sistema educativo regulamen-
perspectivas complementares: em primei- tado. Também é frequente a afirmação de
ro lugar, será função da educação social a que não deve ter a responsabilidade da ati-
correta socialização do indivíduo e, em se- vidade escolar.
gundo lugar, a intervenção para aliviar as
necessidades geradas pela convivência,
tarefa esta que, pelo seu caráter global,
deve ser partilhada com outros profissio-
nais como os trabalhadores sociais, psicó-
logos, sociólogos, etc.
– Como paidocenosis: poucos autores
duvidam hoje que a educação é o resulta-
do de um conjunto variado de estímulos e
circunstâncias. Atualmente, é comumente
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UNIDADE 2 - Pedagogia social: impasses,
desafios e perspectivas em construção
Há 30 anos atrás, as questões proemi- também é responsável pela pobreza, pela
nentes que preocupavam os cientistas desigualdade e exclusão social, não só no
sociais, educadores, eram temas ligados Brasil, mas em todas as regiões latino-a-
ao desenvolvimento econômico, a moder- mericanas.
nização, a participação política, a democra-
Reafirmadas em estudos e pesquisas
cia ou a mobilidade social ligadas direta ou
que comprovam esta relação, seja por falta
indiretamente à educação. Hoje a pobreza
de recursos, instrumentos e ou mecanis-
e a exclusão social, são temas dominantes,
mos para a melhora de qualidade da edu-
que requerem imediatamente atenção e
cação e o pleno êxito do aprendiz no que
definição de foco, no âmago da totalida-
se refere ao seu espírito crítico, criativo e
de socioeconômica das que geram pobre-
participativo, a partir de uma aprendiza-
za, desigualdade social e injustiças para a
gem competente e consequente, ampla e
maioria da população excluída da socieda-
inquietante, questionadora e discernida.
de.
Há um movimento em marcha, na socie-
Sem dúvida, nunca estes temários esti-
dade global, onde as manifestações da so-
veram ausentes da discussão e do debate
ciedade civil se propõem, a novas crenças e
social, no entanto, hoje se colocam em pri-
capacidades de organizar-se, mobilizar-se
meiro plano, no que se referem às perspec-
e conquistar, por si própria, aquilo que os
tivas paradigmáticas e conceituais, ligadas
setores públicos não conseguem propor-
diretamente a políticas públicas concretas
cionar, frente à pobreza e a exclusão.
e emergentes, além de necessárias e ur-
gentes. No artigo 7° da Constituição Brasilei-
ra de 1988, há uma listagem de 34 itens
O quadro ou o cenário da realidade é
que consagram a noção de que, além dos
profundamente complexo, em relação aos
direitos políticos, os cidadãos brasileiros
acontecimentos históricos, aos valores,
também tem obrigatoriamente direitos so-
interesses econômicos contraditórios, as
ciais, que vão desde o direito ao emprego
causas e efeitos geradores da exclusão
e a educação até o direito ao atendimento,
social que requerem e exigem uma recons-
pelo setor público, de suas necessidades
trução histórica profunda com identifica-
de saúde, lazer, seguro social, dentre ou-
ção refeita e redimensionada de concep-
tros.
ções reconstruídas e reconceitualizadas
do ponto de vista holístico, heurístico e in- Parece óbvio, a execução destes direi-
terdisciplinar. tos, mas ainda estamos muito longe de
começar a concretizar esta jornada.Na so-
Neste amplo cenário sócio-econômico-
ciedade brasileira, portanto os processos
-cultural, reaparece a educação, cuja má
de exclusão passam por acesso a emprego,
qualidade, a falta de formação de seus
renda e benefícios dos desenvolvimentos
agentes, a pouca infra-estrutura onde
econômicos, restritos a determinados seg-
ocorre, dentre outros inúmeros fatores,
mentes da sociedade.
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A economia brasileira se situa entre as lítica de sua comunidade, votar, ser votado,
mais desenvolvidas da região, mas social- etc.;
mente geram níveis de exclusão e desi-
Sociais: são os direitos que se vinculam
gualdade entre os países piores do mundo,
à vida digna e a convivência social, educa-
muitas pesquisas apontam, de os pobres
ção, saúde, trabalho dentre outros.
vivem com até US$ 1 por dia por mês. A
pobreza é urbana localizada nas periferias Reafirmam-se outras formas de inclu-
das grandes cidades e constituída por pes- são social cidadã, quando se concebem e
soas em grande parte oriundas do campo, se preenchem ausências de mecanismos
ou de regiões pauperizadas do Brasil, como de participação e controle como conselhos
é o nordeste. paritários – Estado e Sociedade Civil – or-
çamentos participativos e a implementa-
Há uma análise geral feita por especialis-
ção de organizações não governamentais
tas de que não só a desigualdade da renda
e movimentos sociais que promovem as
no país, são determinantes, mas incluem a
políticas públicas.
diferença de educação. Com a escassez da
educação, relacionada à pobreza, há ne- As contribuições positivas da educação
cessidade de reverter e alterar substan- para a sociedade destacam-se duas: a re-
tivamente esta situação: com aumentos organização da cidadania, pela criação de
significativos de custos, programas focali- uma ordem mais justa, fraterna e o desen-
zados nas necessidades, com políticas re- volvimento das habilidades, competências
distributivas. para a vida, que permitam menos exclusão
e as desigualdades sociais e econômicas,
O conceito de exclusão, portanto se liga
levando-se em conta a diversidade e o
aos diagnósticos da pobreza e da desigual-
multiculturalismo.
dade, por não propiciarem efetivação da
cidadania, apesar da legislação social e do Ainda ressalta-se, a priorização de valo-
esforço das políticas públicas, assim não res cívicos, culturais, sociais e morais, com
pertencem à comunidade política e social, ênfase no meio ambiente e na ética, além
uma vez que não tem acesso ao consumo da pluralidade cultural balizadas pelo co-
dos bens e serviços de cidadania. nhecimento científico, técnico e humanis-
ta na formação dos aprendizes. A educa-
Portanto a concepção de exclusão social
ção é uma atividade para vida, que ocorre
é inseparável do conceito de cidadania e se
na família, na rua, na igreja, no trabalho, na
refere aos direitos que as pessoas têm de
escola e em todos os espaços sociais.
participar da sociedade e usufruir dos be-
nefícios e bens produzidos por ela. Sejam
os direitos civis, políticos e sociais defini-
dos como: 2.1. Pedagogia Social: uma
Civis: aqueles que protegem o cidadão obra em construção
contra o arbítrio do Estado, facultando di- “A mão estendida é o início do abraço,
reito de ir e vir, se expressar com liberdade; esta é a nossa intenção, o ponto de
Políticos: são aqueles direitos que facul- partida, o marco inaugural do longo
tam o papel do cidadão na organização po- processo de busca da justiça, da liber-
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ria renovada de relação homem, sociedade entidade única, como conceitua Gramsci
e cultura, com uma ação pedagógica que (1984):
pretende fundar, a partir do exercício em
“O próprio povo não é uma coletivi-
todos os níveis e modalidades da pratica
dade homogênea, mas apresenta
social, uma educação libertadora;
numerosas estratificações culturais,
B. realiza-se no domínio específico da variadamente combinadas; estra-
prática social com classes sociais popula- tificações que em sua pureza, nem
res, a partir de um trabalho político educa- sempre podem ser identificadas em
cional de libertação popular, com o intuito determinadas coletividades popula-
de ser conscientizador com sujeitos, gru- res históricas, sendo certo, porém,
pos e movimentos das camadas excluídas; que o grau maior ou menor de isola-
mento histórico de tais coletividades
C. concretiza-se como ação educativa
fornece a possibilidade de uma certa
com agentes e sujeitos comprometidos,
identificação”.
onde se estabelece através da relação dia-
lógica, um sistemático processo de inter- Além disso, os agentes da pedagogia
câmbio de conhecimento e saberes, onde social, que efetuaram a animação popular,
a troca de experiências é primordial; precisam buscar e caracterizar os compo-
nentes ideológicos das classes populares,
D. Orienta-se pela pedagogia liberta-
expressar organizar, com estímulos dife-
dora protagônica baseada fundamental-
renciados, as ideologias dominadas em
mente na memória histórica na identidade
suas múltiplas formas de manifestação,
coletiva, na dinâmica cultural, na possibili-
empregando estratégias (técnicas e méto-
dade entre a capacidade lógica de compre-
dos) criativas de comunicação com o povo
ender os liames capitalistas e a valorização
e utilizando meios e instrumentos ajusta-
da participação comunitária e, auto-esti-
dos à melhor divulgação dessas ideologias
ma, autovalorização, autoconfiança e au-
para o conjunto da sociedade civil, ganhan-
todeterminação de sujeitos que tentam
do amplitude paulatinamente e conquis-
construir uma nova ordem social, econômi-
tando aliados.
ca e cultural.
É nesse sentido que os intelectuais liga-
Para efetivar uma pedagogia social com-
dos a essa área produzem conhecimentos
petente e consequente historicamente, é
reconstituindo o real, buscando explicação
imprescindível: de um lado, buscar conhe-
e previsão, aplicando conceitos e catego-
cer a sabedoria popular expressa em seus
rias de interpretação de dados por suas te-
códigos, dramaturgia, religiosidade, pro-
orias e modelos, trabalhando para estrutu-
dutos culturais e senso comum, base fun-
rá-los e hierarquizá-los em conformidade
damental que deve servir de plataforma
com as variações históricas, ou redefinindo
para ele (indivíduo, grupo, classe popular)
os já existentes, ou criando novos, sempre
e os intelectuais orgânicos possam chegar
como consequência da interação teórico-
à hegemonia da sociedade civil no proces-
-prática.
so concomitante de sua libertação social,
econômica e política; de outro, entender Como Luiz Wanderley ( 2003) coloca:
que o povo não se apresenta como uma
“Uma condição relativa ao trabalho
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Keis, Lang, Mietus e Tiapula (apud Brem- “toda atividade educacional organizada,
beck, 1974) ainda fazem uma sutil diferen- sistemática, executada fora do quadro do
ciação entre educação informal e inciden- sistema formal para oferecer tipos selecio-
tal. Para eles, este termo diz respeito “a nados de ensino a determinados subgru-
algumas experiências educacionalmente pos da população” (La Belle, 1982:2). Uma
não-intencionais, mas não menos podero- definição que mostra a ambiguidade des-
sas”. sa modalidade de educação, já que ela se
define em oposição (negação) a um outro
Os resultados são tão comuns e são
tipo de educação: a educação formal. Usu-
produzidos tão completamente sem cons-
almente define-se a educação não-formal
ciência ou intenção que são comumente
por uma ausência, em comparação com a
pensados como sendo ‘naturais’ ou ‘ine-
escola, tomando a educação formal como
rentes’. O fato é que são aprendidos”, “as
único paradigma, como se a educação for-
mesmas experiências ou similares podem
mal escolar também não pudesse aceitar a
ser conscientemente examinadas e delibe-
informalidade, o “extra-escolar”.
radamente incrementadas através de con-
versa, explanação, interpretação, instru- Gostaria de definir a educação não-for-
ção, disciplina e exemplo de pessoas mais mal por aquilo que ela é, pela sua especifi-
velhas, de pares e de outros, tudo dentro cidade e não por sua oposição à educação
do contexto de vivência individual e social formal. Gostaria também de demonstrar
do dia-a-dia. que o conceito de educação sustentado
pela Convenção dos Direitos da Infân-
Alguns incrementos podem pretender
cia ultrapassa os limites do ensino escolar
ser educativo, mas as próprias experiências
formal e engloba as experiências de vida,
não são planejadas conscientemente para
e os processos de aprendizagem não-for-
isso. Alguns incrementos de experiências
mais, que desenvolvem a autonomia da
da vida real constituem a educação infor-
criança.
mal”. Fazem parte deste rol de aprendiza-
gens e conhecimentos a percepção gestu- Como diz Paulo Freire “Se estivesse claro
al, moral, comportamentos, provenientes para nós que foi aprendendo que aprende-
de meios familiares, de amizade, de traba- mos ser possível ensinar, teríamos enten-
lho, de socialização, midiática, nos espaços dido com facilidade a importância das ex-
públicos em que repertórios são expressos periências informais nas ruas, nas praças,
e captados de formas assistemáticas. Tais no trabalho, nas salas de aula das escolas,
experiências e vivências acontecem, inclu- nos pátios dos recreios, em que variados
sive, nos espaços institucionalizados, e a gestos de alunos, de pessoal administra-
apreensão se dá de forma individualizada, tivo, de pessoal docente se cruzam cheios
podendo, posteriormente, ser socializada. de significação” (Freire, 1997:50).
A educação formal tem objetivos cla-
ros e específicos e é representada princi-
3.2 Educação formal e edu- palmente pelas escolas e universidades.
cação não-formal Ela depende de uma diretriz educacional
centralizada como o currículo, com estru-
Define-se educação não-formal como turas hierárquicas e burocráticas, determi-
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nadas em nível nacional, com órgãos fiscali- sociado ao conceito de cultura. Daí ela estar
zadores dos ministérios da educação. ligada fortemente a aprendizagem política
dos direitos dos indivíduos enquanto cida-
A educação não-formal é mais difusa,
dãos e à participação em atividades grupais,
menos hierárquica e menos burocrática.
sejam esses adultos ou crianças.
Os programas de educação não-formal não
precisam necessariamente seguir um sis- Segundo GOHN (1999:98-99), a educa-
tema sequencial e hierárquico de “progres- ção não-formal designa um processo de
são”. Podem ter duração variável, e podem, formação para a cidadania, de capacitação
ou não, conceder certificados de aprendiza- para o trabalho, de organização comuni-
gem. tária e de aprendizagem dos conteúdos
escolares em ambientes diferenciados. Por
Toda educação é, de certa forma, educa-
isso ela também é muitas vezes associada à
ção formal, no sentido de ser intencional,
educação popular e à educação comuni-
mas o cenário pode ser diferente: o espaço
tária.
da escola é marcado pela formalidade, pela
regularidade, pela sequencialidade. O es- A educação não-formal estendeu-se de
paço da cidade (apenas para definir um ce- forma impressionante nas últimas décadas
nário da educação não formal) é marcado em todo o mundo como “educação ao lon-
pela descontinuidade, pela eventualidade, go de toda a vida” (conceito difundido pela
pela informalidade. A educação não-formal UNESCO), englobando toda sorte de apren-
é também uma atividade educacional orga- dizagens para a vida, para a arte de bem vi-
nizada e sistemática, mas levada a efeito ver e conviver.
fora do sistema formal. Daí também alguns
“A difusão dos cursos de auto-conheci-
a chamarem impropriamente de “educação
mento, das filosofias e técnicas orientais
informal”. São múltiplos os espaços da edu-
de relaxamento, meditação, alongamentos
cação não-formal.
etc. deixaram de ser vistas como esotéricas
Além das próprias escolas (onde pode ser ou fugas da realidade. Tornaram-se estraté-
oferecida educação não -formal) temos as gias de resistência, caminhos de sabedoria.
Organizações Não-Governamentais (tam- É também um grande campo de educação
bém definidas em oposição ao governamen- não-formal” (GOHN, 1999:99).
tal), as igrejas, os sindicatos, os partidos,
Não se trata, portanto, aqui, de opor a
a mídia, as associações de bairros, etc. Na
educação formal à educação não-formal.
educação não-formal, a categoria espaço é
Trata-se de conhecer melhor suas potencia-
tão importante como a categoria tempo.
lidades e harmonizá-las em benefício de to-
O tempo da aprendizagem na educação dos e, particularmente, das crianças.
não-formal é flexível, respeitando as dife-
Gostaria, a seguir, de me referir a um
renças e as capacidades de cada um, de cada
exemplo concreto de um espaço cada vez
uma. Uma das características da educação
mais utilizado para na educação tanto for-
não-formal é sua flexibilidade tanto em re-
mal quanto não-formal. Trata-se do ciberes-
lação ao tempo quanto em relação à criação
paço da formação propiciado pelo avanço
e recriação dos seus múltiplos espaços.
das novas tecnologias.
Trata-se de um conceito amplo, muito as-
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UNIDADE 4 - A educação não-formal: cam-
pos e problemas
A educação não-formal designa um pro- ção, devemos traduzir isto em: como viver
cesso com quatro campos ou dimensões, ou conviver com o stress.
que correspondem a suas áreas de abran-
A educação não-formal também tem
gência.
conseguido um grande campo na difusão
-O primeiro envolve a aprendizagem po- dos cursos de auto-conhecimento, das fi-
lítica dos direitos dos indivíduos enquan- losofias e técnicas orientais de relaxamen-
to cidadãos isto é, o processo que gera a to, meditação, alongamentos etc. deixa-
conscientização dos indivíduos para a com- ram de ser vistas como esotéricas ou fugas
preensão de seus interesses e do meio so- da realidade. Tornaram-se estratégias de
cial e da natureza que o cerca, por meio da resistência, caminhos de sabedoria.
participação em atividades grupais.
A Educação transmitida pelos pais na fa-
-O segundo se refere à capacitação dos mília, no convívio com amigos, clubes, tea-
indivíduos para o trabalho, por meio, seja, tros, leitura de jornais, livros, revistas etc.
da aprendizagem de habilidades ou desen- são considerados como temas da educação
volvimento de potencialidades. informal. O que diferencia a educação não-
-formal da informal é que na primeira exis-
-O terceiro, a aprendizagem e exercício
te intencionalidade de dados sujeitos, em
de práticas que capacitam os indivíduos a
criar ou buscar determinadas qualidades e/
se organizarem com objetivos comunitá-
ou objetivos.
rios, voltados para a solução de problemas
coletivos cotidianos. A educação informal decorre de proces-
sos espontâneos ou naturais, ainda que
-O quarto, mas não menos importante,
seja carregada de valores e representa-
é a aprendizagem dos conteúdos da esco-
ções, como é o caso da educação familiar
larização formal, escolar, em formas e es-
que ocorre nos espaços de possibilidades
paços diferenciados. Aqui o ato de ensinar
educativas no decurso da vida dos indiví-
se realiza de forma mais espontânea, e as
duos, como a família, tendo, portanto ca-
forças sociais organizadas de uma comuni-
ráter permanente. Mas o termo informal
dade têm o poder de interferir na delimita-
não abrange as possibilidades da educação
ção do conteúdo didático ministrado bem
não-formal que se destaca neste texto, ou
como estabelecer as finalidades a que se
seja, as ações e práticas coletivas organi-
destinam àquelas práticas.
zadas em movimentos, organizações e as-
-O quinto é a educação desenvolvida na sociações sociais.
mídia e pela mídia, em especial a eletrôni-
Usualmente se define a educação não-
ca, que alguns educadores ainda não têm
-formal por uma ausência, em comparação
dado muita atenção a esta modalidade.
ao que há na escola (algo que seria não-in-
Finalmente, deve-se registrar ainda o tencional, não planejado, não estrutura-
campo da educação para a vida ou para a do), tomando como único paradigma à edu-
arte de bem viver. Em tempos de globaliza- cação formal.Conclui-se que os dois únicos
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elementos diferenciadores que têm sido metas como um campo a ser desenvolvido
assinalados pelos pesquisadores são rela- pela Pedagogia Social:
tivos à organização e à estrutura do pro-
Aprendizado quanto a diferenças -
cesso de aprendizado.
aprende-se a conviver com demais. Socia-
Os espaços onde se desenvolvem ou liza-se o respeito mútuo;
se exercitam as atividades da educação
Adaptação do grupo a diferentes
não-formal são múltiplos, a saber: no bair-
culturas, e o indivíduo ao outro, trabalha o
ro-associação, nas organizações que es-
“estranhamento”;
truturam e coordenam os movimentos
sociais, nas igrejas, nos sindicatos e nos Construção da identidade coletiva
partidos políticos, nas Organizações Não- de um grupo;
-Governamentais, nos espaços culturais,
Balizamento de regras éticas relati-
e nas próprias escolas, nos espaços intera-
vas às condutas aceitáveis socialmente.
tivos dessas com a comunidade educativa
etc. Entretanto, as categorias de espaço e O que falta na educação não-formal:
tempo também têm novos elementos na
Formação específica a educadores a
educação não-formal porque usualmente
partir da definição de s eu papel e ativida-
o tempo da aprendizagem não é fixado a
des a realizar;
priori, e sim são respeitadas as diferenças
existentes para a absorção e reelaboração Definição de funções e objetivos de
dos conteúdos, implícitos ou explícitos, no educação não formal;
processo ensino-aprendizagem.
Sistematização das metodologias
Na educação não-formal a cidadania é o utilizadas no trabalho cotidiano;
objetivo principal, e ela é pensada em ter-
Construção de instrumentos meto-
mos de coletivo. Organizam-se processos
dológicos de avaliação e análise do traba-
de acesso à escrita e à leitura - por meio de
lho realizado;
métodos de alfabetização - para coletivos
específicos, a saber: grupos de trabalha- Construção de metodologias que
dores, grupos de jovens, adultos etc. Ou possibilitem o acompanhamento do traba-
organizam-se processos de reciclagem ou lho realizado;
formação, segundo determinadas deman- Construção de metodologias que
das sociais. possibilitem o acompanhamento do traba-
lho de egressos que participaram de pro-
gramas de educação não formal;
4.1 Algumas Características Criação de metodologias e indica-
da Educação Não-Formal: dores para estudo e análise de trabalhos
Metas, e Metodologias da educação não formal em campos não
sistematizados. Aprendizado gerados pela
A seguir listamos algumas característi- vontade do receptor;
cas que a educação não formal pode atingir
em termos de metas. Consideramos estas Mapeamento das formas de educa-
ção não formal na auto- aprendizagem dos
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Não se deve perder de vista que, por in- 4.3 Novos espaços de for-
termédio dos Conselhos, a sociedade civil
exercita o direito de participar da gestão mação e informalidade da
de diferentes políticas públicas, tendo a educação
possibilidade de exercer maior fiscalização
As novas tecnologias da informação
e controle sobre o Estado, em suas políti-
criaram novos espaços do conhecimento.
cas públicas. Os fóruns são frutos das redes
Agora, além da escola, também a empresa,
tecidas nos anos 70/80 que possibilitaram
o espaço domiciliar e o espaço social torna-
aos grupos organizados olhar para além da
ram-se educativos. Cada dia mais pessoas
dimensão do local; têm abrangência nacio-
estudam em casa, podendo, de lá, acessar
nal e são fontes de referência e compara-
o ciberespaço da formação e da apren-
ção para os próprios participantes.
dizagem à distância, buscar fora das esco-
As assembléias e plenárias têm ganhado las a informação disponível nas redes de
formatos variados que vão de encontros computadores interligados, serviços que
regulares e periódicos entre especialistas, respondem às suas demandas pessoais de
interessados e gestores públicos, como no conhecimento.
caso da saúde, a observatórios e grupos
Por outro lado, a sociedade civil
semi-institucionalizados do orçamento
(ONGs, associações, sindicatos, igrejas...)
participativo. As novas práticas consti-
está se fortalecendo, não apenas como
tuem, assim, um novo tecido social denso e
espaço de trabalho, mas também como
diversificado, tencionam as velhas formas
espaço de difusão e de reconstrução de
de fazer política e criam novas possibilida-
conhecimentos. Como previa Herbert Mar-
des concretas para o futuro, em termos de
shall McLuhan (1969), na década de 60, o
opções democráticas.
planeta tornou-se a nossa sala de aula e o
As novas práticas de interação escola/ nosso endereço.
representantes da sociedade civil orga-
O ciberespaço rompeu com a ideia de
nizada devem ser examinadas à luz dos
tempo próprio para a aprendizagem. O es-
processos da educação não-formal carac-
paço da aprendizagem é aqui, em qualquer
terizados na primeira parte deste texto.
lugar; o tempo de aprender é hoje e sem-
São aprendizagens que estão gerando sa-
pre.Hoje vale tudo para aprender. Isso vai
beres. Processos difíceis, tensionados mas
além da “reciclagem” e da atualização de
educativos para todos, pelo que trazem de
conhecimentos e muito mais além da “as-
novo, pela resistência ou pela reiteração
similação” de conhecimentos. A socieda-
obstinada do velho, que não quer ceder à
de do conhecimento é uma sociedade de
pressão das novas forças.
múltiplas oportunidades de aprendi-
zagem.
As consequências para a escola, para
o professor e para a educação em geral são
enormes. É essencial saber comunicar-se,
saber pesquisar, ter raciocínio lógico, saber
organizar o seu próprio trabalho, ter disci-
24
Primeiramente vamos definir o que são Mas por que trabalhar com projetos?
projetos.
Quando um grupo de voluntários decide
De acordo com o Dicionário Aurélio, um aliar-se à escola para estabelecer uma par-
projeto é “uma ideia de executar ou reali- ceria, nada mais justo e conveniente do que
zar algo no futuro. Um plano. Um empre- partir dos desafios existentes e, numa atu-
endimento a ser realizado dentro de de- ação solidária e cooperativa, colocar mãos à
terminado esquema.” Já a palavra “social” obra. Aí entra o projeto que é o planejamen-
é definida como “da sociedade ou relativo to das ações a serem desenvolvidas para
à sociedade, comunidade ou agremiação.” fazer frente às necessidades detectadas
Logo, um projeto social é uma ideia, um – num levantamento prévio – pela comuni-
plano a ser executado para o benefício da dade escolar e pelos próprios voluntários.
sociedade, comunidade, agremiação etc.
O projeto tem, então, o propósito de
Apesar do termo projeto implicar ne- costurar ações e participações, direcio-
cessariamente ideias propostas para uma nando-as para um objetivo comum que se
ação futura, convencionou-se, entre os pretende alcançar. Somam-se forças e ma-
especialistas da área, chamar de projeto ximizam-se resultados sempre que se tem
tanto o esquema de planejamento como a um horizonte único, tarefas integradas e
própria execução das ações planejadas. definição clara do papel a ser desempenha-
do por cada uma das partes envolvidas. E,
Assim, se você consultar mais de uma
até que se estabeleça uma relação de con-
publicação sobre o assunto, encontrará
fiança e de cooperação entre escola e vo-
diversas definições, na verdade semelhan-
luntários é prudente ir se aproximando aos
tes e de certa forma complementares, nas
poucos.
quais os projetos sociais são tratados como
“meios”, “empreendimentos”, “atividades”. Transparência e compromisso dos vo-
luntários com a proposta são fatores que
Ficam, portanto, bem claros alguns
reforçam a credibilidade e abrem portas.
pontos relativos a projetos:
Por outro lado, uma reunião, uma oficina,
têm a intenção de provocar mu- atividades recreativas, entre tantas ou-
danças; têm limites de tempo e recur- tras possibilidades, são ações pontuais que
sos; abrem espaço para se pensar e realizar um
visam a melhorar as condições projeto coletivo.
de vida dos beneficiários;são ações Por esse caminho é possível saber mais
planejadas e coerentes entre si. a respeito da realidade e das necessidades
A escola continua tendo o papel central das crianças e jovens brasileiros e definir
no processo educativo, mas pode partilhar metas e passos do projeto. É por aí, tam-
responsabilidade criando um espaço de co- bém, que se consegue maior envolvimento
-responsabilidade em ações que visem a e, com isso, maior probabilidade de suces-
aprofundar o que já está sendo ensinado. so.
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5.1 Por que projetos so- de boas práticas sociais, quanto atuarem
na gestão e execução de políticas já exis-
ciais? tentes.
Os projetos sociais nascem do desejo de Políticas públicas são aquelas ações
mudar uma realidade. Os projetos são pon- continuadas no tempo, financiadas prin-
tes entre o desejo e a realidade. São ações cipalmente com recursos públicos, volta-
estruturadas e intencionais, de um grupo das para o atendimento das necessidades
ou organização social, que partem da re- coletivas. Resultam de diferentes formas
flexão e do diagnóstico sobre uma deter- de articulação entre Estado e sociedade.
minada problemática e buscam contribuir, A tomada de decisão quanto à direção das
em alguma medida, para “um outro mundo ações de desenvolvimento, sua estrutura-
possível”. Uma boa definição é formulada ção em programas e procedimentos espe-
por Domingos Armani: “Um projeto é uma cíficos, bem como a dotação de recursos, é
ação social planejada, estruturada em ob- sancionada por intermédio de atores go-
jetivos, resultados e atividades, baseados vernamentais.
em uma quantidade limitada de recursos
(...) e de tempo” (Armani, 2000:18). Num modelo de gestão participativa, é
desejável que estas políticas resultem de
Os projetos sociais tornam-se, assim, uma boa articulação da sociedade civil com
espaços permanentes de negociação en- o Estado, permitindo que a sociedade civil
tre nossas utopias pessoais e coletivas – o compartilhe não apenas a execução, mas,
desejo de mudar as coisas –, e as possibi- sobretudo, os espaços de tomada de deci-
lidades concretas que temos para realizar são, atuando no planejamento, monitora-
estas mudanças – a realidade. mento e avaliação destas políticas.
A elaboração de um projeto implica em O desafio das políticas públicas é asse-
diagnosticar uma realidade social, identi- gurar uma relação de participação e boa
ficar contextos sócio-históricos, compre- articulação entre os setores sociais envol-
ender relações institucionais, grupais e vidos nas instâncias de gestão comparti-
comunitárias e, finalmente, planejar uma lhada. Este é o caso dos conselhos gesto-
intervenção, considerando os limites e as res que vêm se estabelecendo em várias
oportunidades para a transformação so- áreas das políticas sociais tendo como fina-
cial. lidade um modelo de gestão participativa.
Os projetos sociais não são realizações Um projeto social é uma unidade menor do
isoladas, ou seja, não mudam o mundo so- que uma política e a estratégia de desen-
zinhos. Estão sempre interagindo, atra- volvimento social que esta implementa.
vés de diferentes modalidades de relação, Os projetos contribuem para transfor-
com políticas e programas voltados para o mação de uma problemática social, a partir
desenvolvimento social. Um projeto não é de uma ação geralmente mais localizada
uma ilha. no tempo e focalizada em seus resulta-
Neste sentido, os projetos sociais po- dos. A política pública envolve um conjunto
dem tanto ser indutores de novas políticas de ações diversificadas e continuadas no
públicas, pelo seu caráter demonstrativo tempo, voltadas para manter e regular a
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Por que, atualmente, se fala tanto ram-se esta ferramenta tão difundida, é
em projetos sociais? necessário perceber as mudanças ocorri-
das nas últimas décadas, tanto nas esferas
Por que, cada vez mais, as formas
estatais como na Sociedade Civil brasileira.
de intervenção ou iniciativas de ação social
Tais mudanças apontam para formas alter-
acontecem em forma de projetos?
nativas de implementação das políticas so-
Por que, de forma crescente, o mais ciais.
variado tipo de instituições vêm exigindo a
Em outras palavras, houve uma demo-
apresentação de projetos?
cratização em aspectos fundamentais da
Os projetos sociais são uma importante intervenção do Estado na sociedade, tais
ferramenta de ação , amplamente utiliza- como eleições livres e diretas, descentrali-
da pelo Estado e pela Sociedade Civil. Para zação, formação de mecanismos mais am-
entender porque os projetos sociais torna- plos de comunicação e de controle social,
29
g) Orçamento
Respondendo à questão COM
QUANTO? O orçamento é um resumo ou
cronograma financeiro do projeto, no qual
se indica como o que e quando serão gas-
tos os recursos e de que fontes virão os
recursos. Facilmente pode-se observar
que existem diferentes tipos de despesas
que podem ser agrupadas de forma ho-
mogênea como por exemplo: material de
consumo; custos administrativos, equipe
permanente; serviços de terceiros; diárias
e hospedagem; veículos, máquinas e equi-
pamentos; obras e instalações.
No orçamento as despesas devem ser
descritas de forma agrupada, no entanto,
as organizações financiadoras exigem que
se faça uma descrição detalhada de todos
os custos, que é chamada memória de cál-
culo.
h) Revisão Bibliográfica
Referências bibliográficas que possam
conceituar o problema, ou servir de base
para a ação, podem e devem ser apresen-
tadas. Certamente darão ao financiador
uma noção de quanto o autor está inteira-
do ao assunto, pelo menos ao nível concei-
tual/teórico.
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cam as pessoas, e não a instituição estatal, prestar contas aos funcionários, à mídia,
em contato direto com a problemática so- ao governo, ao setor não-governamental
cial dos nossos tempos. e ambiental e, por fim, às comunidades
com que opera. Empresas só têm a ganhar
na inclusão de novos parceiros sociais em
6.1 Responsabilidade Social seus processos decisórios. Um diálogo
mais participativo não apenas representa
As transformações sócio-econômicas uma mudança de comportamento da em-
dos últimos 20 anos têm afetado profun- presa, mas também significa maior legiti-
damente o comportamento de empresas midade social.
até então acostumadas à pura e exclusiva
É distributiva. A responsabilidade
maximização do lucro. Se por um lado o se-
social nos negócios é um conceito que se
tor privado tem cada vez mais lugar de des-
aplica a toda a cadeia produtiva. Não so-
taque na criação de riqueza; por outro lado,
mente o produto final deve ser avaliado
é bem sabido que com grande poder, vem
por fatores ambientais ou sociais, mas o
grande responsabilidade.
conceito é de interesse comum e, portan-
Em função da capacidade criativa já to, deve ser difundido ao longo de todo e
existente, e dos recursos financeiros e hu- qualquer processo produtivo. Assim como
manos já disponíveis, empresas têm uma consumidores, empresas também são res-
intrínseca responsabilidade social. A ideia ponsáveis por seus fornecedores e devem
de responsabilidade social incorporada aos fazer valer seus códigos de ética aos pro-
negócios é, portanto, relativamente re- dutos e serviços usados ao longo de seus
cente. processos produtivos.
Com o surgimento de novas demandas É sustentável. Responsabilidade so-
e maior pressão por transparência nos ne- cial anda de mãos dadas com o conceito de
gócios, empresas se vêem forçadas a ado- desenvolvimento sustentável. Uma atitu-
tar uma postura mais responsável em suas de responsável em relação ao ambiente e à
ações. sociedade, não só garante a não escassez
de recursos, mas também amplia o concei-
Infelizmente, muitos ainda confundem
to a uma escala mais ampla. O desenvol-
o conceito com filantropia, mas as razões
vimento sustentável não só se refere ao
por trás desse paradigma não interessam
ambiente, mas por via do fortalecimento
somente ao bem estar social, mas também
de parcerias duráveis, promove a imagem
envolvem melhor performance nos negó-
da empresa como um todo e por fim leva
cios e, consequentemente, maior lucrati-
ao crescimento orientado. Uma postura
vidade.
sustentável é por natureza preventiva e
A busca da responsabilidade social possibilita a prevenção de riscos futuros,
corporativa tem, grosso modo, as se- como impactos ambientais ou processos
guintes características: judiciais.
É plural. Empresas não devem sa- É transparente. A globalização traz
tisfações apenas aos seus acionistas. Mui- consigo demandas por transparência. Não
to pelo contrário. O mercado deve agora mais nos bastam mais os livros contábeis.
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CONCLUSÃO
A educação de uma pessoa se dá desde
o seu nascimento, até o final de sua vida.
Ela se processa tanto dentro da educação
formal, nas instituições escolares, assim
como nos demais espaços não escolares,
onde se objetiva o desenvolvimento so-
cial, através da promoção de uma melhor
qualidade de vida, saúde, socialização dos
indivíduos, assistência a todas as classes
excluídas, em situação de risco e outros.
Todos os segmentos da sociedade civil,
devem estar envolvidos, para que através
de projetos sociais, se alcancem as metas
propostas.
As Empresas, são um dos segmentos
dessa sociedade civil, que vêm se envol-
vendo e assumindo sua responsabilidade
social, na educação não formal e nos pro-
jetos sociais, onde o empresariado nacio-
nal, está promovendo uma verdadeira re-
volução de cidadania e comprometimento
com o próximo, além de seus funcionários,
atuarem ativamente como voluntários nos
Projetos Sociais.
Gradativamente, as questões sociais,
ganham um novo contexto, um novo para-
digma, mais prático e mais próximo da re-
solução dos problemas que envolvem nos-
sa sociedade.
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REFERÊNCIAS