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Crianças e seus caminhos 1
CECIP
Diretor executivo: Claudius Ceccon
Diretora Administrativa: Dinah Frotté
Coordenadora de Projetos: Claudia Ceccon
Coordenador Financeiro: Elcimar Oliveira
Apoio: Marcelo Avance, Laura Rodrigues e Sirlene Alves
CET-RIO
Diretora-Presidente: Virginia Maria Salerno Soares
Coordenador de Educação para o Trânsito: Mauro Cezar de Freitas Ferreira
Assessora de Educação para o Trânsito: Sheila Castro Teixeira da Silva
2
AUTORAS
Madza Ednir, Mariana Koury e Raquel Ribeiro
4
Introdução Que tal transitar com a gente por este livro?, 6
Conclusão 84
6
Queremos falar de uma coisa
com você. Adivinha onde ela
anda? Em quase toda parte,
pois o tema é mobilidade; é so-
bre viver o trânsito e mudar as formas com
que nos compreendemos e nos movemos
em nossos espaços. Nestas décadas ini-
ciais do século 21, a humanidade anseia
“Amor é felicidade” por transitar de um modelo de civilização
Rafaela, 6 anos destrutivo para outro, com justiça e felici-
dade para todos. Este sonho moveu 192
Corte a linha pontilhada
países das Nações Unidas a assumir, em
para abrir uma janela,
cuidado para não cortar
2015, o compromisso de tentar realizar
a lateral direita
dentro de 15 anos, 17 Objetivos de Desen-
volvimento Sustentável (ODS) contidos na
Agenda 2030, um misto de roteiro para as
políticas públicas no mundo e bússola para
os que navegam pelos mares turbulentos
de uma crise econômica, social e ambien-
tal planetária. Dentre os ODS, um se des-
taca, por sua capacidade de influenciar a
realização de todos os demais. Trata-se do
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
4, Promover uma Educação de Qualidade
para todas e todos – que tem tudo a ver
com você, leitora ou leitor deste material.
8
Vamos sentar... escolas. Nossos avós já diziam: “É preci-
e desenhar? so uma aldeia para educar uma criança.”
Hoje, precisa-se de uma cidade.
Lembra como era seu ca-
minho de casa para a es- A Carta das Cidades Educadoras,1 que re-
cola quando era criança? sultou do Primeiro Congresso Internacio-
Por onde você passava? nal das Cidades Educadoras, realizado em
Que pessoas você sempre 1990 em Barcelona, Espanha, trouxe uma
encontrava? Que tal fazer ideia nova, a de que a cidade, além de edu-
um desenho registrando o car pelo sistema escolar, também educa
caminho que ficou na sua através da maneira como atua nos cam-
memória e prendê-lo nessa pos cultural, social, político e da economia.
página com um clipe? A cidade existe para servir às pessoas que
nela habitam e se apresenta como fonte
de inumeráveis aprendizados.
10
voz e a opinião das crianças, colocando-as
no seu lugar de cidadãos e cidadãs, agen-
tes ativos de mudança, capazes de propor
e realizar ações transformadoras. Alinha-
“Criança é brincar”,
-se com a iniciativa internacional Cidade
Jawany, 6 anos
Amiga da Criança, lançada em 1996, que
promove a participação das crianças nos
Corte a linha pontilhada
governos locais. Afinal, quando se possibi- para abrir uma janela,
cuidado para não cortar
lita que as crianças influenciem processos a lateral esquerda.
12
Corte a linha pontilhada
para abrir uma janela,
brincadeiras”
Dayana, 4 anos “Família é uma
pessoa que ama
outra pessoa”
Corte a linha pontilhada
para abrir uma janela, Maria Luisa, 8 anos
cuidado para não cortar
a lateral esquerda
Vamos descansar...
e imaginar?
www.unicef.org/brazil)
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O que é a CET-Rio
A CET-Rio (Companhia de Engenharia de Trá- nas quais as normas de segurança no tráfego
fego do Rio de Janeiro) é vinculada à Secre- são apresentadas e vivenciadas. As atividades
taria Municipal de Transportes, órgão munici- resultam na construção coletiva de Mapas de
pal responsável pela fiscalização do trânsito e Risco, quando as crianças identificam os ce-
manutenção do sistema viário e de circulação nários de risco que encontram no trajeto e fa-
da capital fluminense. zem propostas para superá-los. Os técnicos e
engenheiros da CET-Rio, sempre que possível,
A Coordenadoria de Educação para o Trânsi- colocam as propostas das crianças em prática
to e Relacionamento com o Cidadão (CEDUT), de forma integral ou adaptada, gerando inter-
dentre outras atividades promove o projeto venções nas quais elas se reconhecem.
Caminho da Escola, por meio do qual as pro-
fessoras recebem formação para promover,
em suas turmas, a observação do caminho de
casa para a escola e da escola para casa. Os
recursos compartilhados com as professoras
incluem uma peça de teatro e brincadeiras
16
A palavra trânsito, do latim transitu,
tem diferentes significados. Destaca-
mos aqui os que nos interessam: ato
ou efeito de caminhar; ato ou efeito
de passar (veículos); acesso fácil;
tráfego, movimento, circulação,
afluência de pessoas ou veículos –
e, principalmente, mudança,
passagem.
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los brasileiros, orientados pela Lei de Dire- como os Parâmetros Curriculares, a BNCC
trizes e Bases da Educação Nacional (LDB, também recomenda que a Educação para
Lei 9.394/1996), pelos Parâmetros (1998) o Trânsito e outros temas contemporâneos
e Diretrizes Curriculares Nacionais (2012) que afetam a vida humana em escala lo-
e, mais recentemente, pela Base Nacional cal, regional e global, sejam incorporados
Comum Curricular (BCCN, 2017).3 Este pro- aos currículos e às propostas pedagógicas
pósito está claro em todos os documentos de forma transversal e integradora. Isto
legais citados, que direcionam a educação significa que todas as áreas do Currícu-
para a formação humana integral e para lo podem e devem abordar a questão da
a construção de uma sociedade justa, de- mobilidade urbana, em um enfoque fun-
mocrática e inclusiva. E ele se realiza na damentado nos princípios éticos da convi-
prática quando educadoras e educadores, vência, do respeito mútuo e do exercício da
entendendo os conhecimentos escolares cidadania ativa nos territórios da cidade.
de forma ampla – enquanto conceitos,
procedimentos, valores e atitudes – orga- O jogo cooperativo que vamos apresentar
nizam situações de aprendizagem em que no próximo capítulo pode ser livremente
as crianças e jovens possam construí-los adaptado e utilizado com crianças entre 5
e aplicá-los à realidade, transformando-a. e 10 anos. Ele une educação formal, não
formal e informal, envolvendo atividades
A Educação para o Trânsito é reconheci- dentro e fora da escola. Sua finalidade é
da pela Lei 9.503/1997 (Código de Trân- educar para o trânsito, enquanto tráfego
sito Brasileiro) como direito de todos, da e enquanto mudança, tendo como resulta-
Educação Infantil à Universidade. Assim do ações que, ao promover uma circulação
2. Uma cidade amiga da criança é aquela que tem o objetivo de 3. Documento de caráter normativo, que define o conjunto or-
garantir que os direitos da criança a serviços essenciais de saú- gânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os
de, educação, abrigo, água limpa, instalações sanitárias, prote- estudantes devem desenvolver ao longo das etapas e modali-
ção. Uma cidade onde a criança possa andar sozinha nas ruas dades da Educação Básica e que começará a ser implementado
com segurança, possa encontrar seus amigos e brincar e viver em 2019. Em abril de 2017, o MEC apresentou a terceira versão,
em um ambiente não poluído. final, da BNCC da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.
Confira o texto em www.basenacionalcurricular.org.br.
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Vamos parar... mais segura das crianças pelo território e
e (re)criar? impulsionar boas políticas públicas de mo-
bilidade urbana, contribuam para realizar
Conhece ou já experimen- a Agenda 2030, em especial os Objetivos
tou algum jogo cooperati- do Desenvolvimento Sustentável 3: “as-
vo? Pode ser bacana des- segurar uma vida saudável e promover o
crevê-lo aqui (inventar um bem-estar de todos, em todas as idades”;
também pode...). 11: ”criar assentamentos urbanos inclusi-
vos, seguros, resilientes e sustentáveis”;
13: “combater a mudança do clima”; e 16:
“promover sociedades pacíficas e inclusi-
vas”.
HABILIDADES
Escutar e compreender instruções orais, che-
gar a acordos e combinados que organizam a
convivência. Relatar experiências pessoais de
seu cotidiano; apresentar informações, per-
LÍNGUA guntar, trocar ideias, propor, criar. Compreen-
ATITUDES E VALORES
Cooperação, solidariedade, respeito a opiniões
diferentes, preocupação com o bem comum.
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ARTES
DESAFIOS DO JOGO HABILIDADES
• Registrar aspectos do caminho casa-escola Expressar-se por meio de música, dança, de-
utilizando desenho, colagem e fotos. senho, colagem, fotografia.
• Construir coletivamente uma árvore com as
possibilidades de ação para melhorar o cami- ATITUDES E VALORES
nho da escola, que podem ser realizadas pelas Cooperação, solidariedade, respeito à opi-
próprias crianças, pela comunidade e pelo po- niões diferentes, preocupação com o bem co-
der público. mum.
• Comunicar as experiências vivenciadas no
jogo e seus resultados por meio de linguagens
artísticas.
HABILIDADES
Realizar brincadeiras e jogos: atividades vo-
luntárias exercidas dentro de determinados li-
mites de tempo e espaço, caracterizadas pela
criação e alteração de regras, pela obediência
de cada participante ao que foi combinado co-
letivamente, bem como pela apreciação do ato
de brincar em si.
EDUCAÇÃO
FÍSICA
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MATEMÁTICA
DESAFIOS DO JOGO
• Observar individualmente e descrever em para a obtenção dos resultados, sobretudo
equipes aspectos positivos e negativos do ca- por estimativa e cálculo mental; realizar tare-
minho casa-escola, quantificando e realizando fas que envolvem medições; comparar com-
estimativas em aspectos relativos à circulação primentos, capacidades ou massas; fazer es-
nas ruas e calçadas, à comunicação e sinali- timativas, utilizando instrumentos de medida
zação das vias públicas; às questões ligadas e de unidades de medida convencionais mais
a saúde e meio ambiente, priorizando proble- usuais; identificar e estabelecer pontos de re-
mas e sugerindo ações para melhorar o cami- ferência para a localização e o deslocamento
nho da escola. de objetos; construir representações de espa-
• Construir representações do caminho casa- ços conhecidos e estimar distâncias, usando,
-escola. como suporte, mapas, croquis e outras repre-
sentações; coletar, organizar, representar, in-
HABILIDADES terpretar e analisar dados em uma variedade
Utilizar o pensamento numérico, quantifican- de contextos, de maneira a fazer julgamentos
do atributos de objetos, julgando e interpre- bem fundamentados.
tando argumentos baseados em quantidades;
resolver problemas com números naturais e ATITUDES E VALORES
números racionais cuja representação deci- Cooperação, solidariedade, respeito a opiniões
mal é finita; desenvolver diferentes estratégias diferentes, preocupação com o bem comum.
CIÊNCIAS
DA NATUREZA
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CIÊNCIAS
HUMANAS:
GEOGRAFIA
E HISTÓRIA
DESAFIOS DO JOGO
• Observar individualmente e descrever em ças e diferenças socioespaciais. Mapear os
equipes o que gostam e o que não gostam no espaços públicos no lugar em que vive (ruas,
caminho casa-escola, com foco nas mudanças praças, escolas, hospitais, prédios públicos) e
ocorridas através do tempo, nos marcos his- identificar suas funções. Identificar os regis-
tóricos presentes, na presença ou ausência de tros de memória na cidade (nomes de ruas,
serviços públicos essenciais, priorizando pro- monumentos, edifícios etc.), discutindo os cri-
blemas e sugerindo ações para melhorar o ca- térios que explicam a escolha desses nomes.
minho da escola. Desenvolver análises e argumentações, de
• Construir representações do caminho casa- modo a potencializar descobertas e estimu-
escola. lar o pensamento criativo e crítico. Explorar
as noções de espaço e tempo por meio de di-
HABILIDADES ferentes linguagens, de forma a permitir que
Desenvolver o raciocínio espaço-temporal ba- os alunos se tornem produtores e leitores de
seado na ideia de que o ser humano produz o mapas.
espaço em que vive. Realizar trabalho de cam-
po, entrevistas, observação.
ATITUDES E VALORES
Reconhecer e comparar as realidades de di- Cooperação, solidariedade, respeito a opiniões
versos lugares, assim como suas semelhan- diferentes, preocupação com o bem comum.
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A participação infantil é um direito garan- jogo com mais afinco para promover mu-
tido por lei,5 mas mesmo assim o universo danças em seus territórios:
adulto ainda tem dificuldade de entender
que as crianças sabem muito e que podem
trazer excelentes contribuições no que diz
respeito à vida delas. O universo escolar é
um lugar onde a criança passa boa parte
do seu dia e onde diariamente constrói re-
lações e saberes para além do previsto no
currículo, como a cidadania. Crianças que
são incentivadas a participar desenvolvem
um senso de responsabilidade maior em
relação àquilo que colaborou na constru-
ção – e isso vale para desde os acordos
comportamentais até o orçamento da es-
cola. Os grêmios estudantis costumam ser
o principal canal de participação existen-
te nas escolas, mas em algumas o mes-
mo não há ou encontra-se desarticulado.
Também existem outras formas de partici-
pação, como os representantes de turma e
conselhos, além da participação também
poder estar presente como princípio den-
tro de sala de aula com todos. Alunos que Os alunos que se envolveram nas ques-
participam da gestão escolar, provavel- tões da escola passaram a valorizar mais
mente, irão se engajar nas propostas do a educação, reforçando o sentido de per-
tencimento à escola e fortalecendo os vín-
culos com a comunidade (de acordo com
5. Convenção dos Direitos das Crianças da ONU (1989); Esta-
tuto da Criança e do Adolescente (1990); Resolução 159 do Co-
a experiência do projeto Grêmio é funda-
nanda (2013); Marco Legal da Primeira Infância (2016). mental, desenvolvido pelo CIEDS).
Crianças e seus caminhos 29
Se a sua escola possui um grêmio ou con- Vamos parar…
selho de estudantes, você pode contar a e lembrar da nossa
ideia do jogo para eles e envolvê-los na
vida escolar?
realização; eles podem apoiar as ativida-
des com os outros alunos.
Na sua escola tinha
grêmio estudantil? Mesmo
que a resposta seja não,
tente lembrar de momen-
tos em que você se sentia
participando, quando você
foi escutado e convidado a
construir e tomar decisão
a respeito de algo que a
escola iria promover.
Escreva sobre essa expe-
riência e reflita sobre como
ela influenciou na sua
formação atual.
30
Crianças e seus caminhos 31
CAPÍTULO 2
Apresentação do jogo
Crianças e seus Caminhos
32
Este é um jogo com três fases –
Conhecer, Imaginar, Fazer – que
termina com uma celebração
comunitária. Dele participam toda
a turma de uma classe e mem-
bros de suas famílias. Assim, é
importante incluir mães, pais e
crianças na preparação do terre-
no para a atividade.
Uma reunião para motivar crianças e fa- Uma atividade só com as crianças para
miliares e apresentar o jogo. Como você formar as equipes do jogo. A reunião pre-
sabe, uma reunião como esta requer con- paratória tem dois objetivos: primeiro, des-
vites feitos com antecedência, escolha de pertar a vontade de contribuir para tornar
um horário que leve em conta que os adul- realidade a cidade dos sonhos de crianças
tos trabalham, e planejamento, com as e adultos, por meio de um jogo cooperati-
crianças, do acolhimento aos pais – mas vo que vai contribuir para, pouco a pouco,
lembre-se: caso não consiga realizar essa tornar realidade a cidade que sonham. E,
reunião com os pais e responsáveis, não segundo, mostrar como o jogo pode ser jo-
desista do jogo! O mais importante é que gado e quais suas regras básicas.
as crianças estejam envolvidas e partici-
pem das atividades.
Crianças e seus caminhos 33
META DO JOGO Como é o fluxo de crianças nos corredores da
escola? Aumenta na hora de rush? Pense com as
Cooperar para tornar crianças se os corredores da escola se parecem
o caminho da escola com alguma rua famosa em que costumam pas-
sar. Aproveite e crie acordos e normas de trânsi-
mais seguro e saudável, to com elas. Assim como acontece nas ruas, vo-
enquanto usamos e cês podem comparar crianças com veículos: por
exemplo, as crianças da educação infantil podem
aumentamos nossos
34
Para realizar a reunião com responsáveis, A preparação com as crianças pede a
o ideal é uma dinâmica de sensibilização utilização de cartazes que descrevam
(talvez você goste da sugestão na página os objetivos e as três etapas do jogo e
47) que possibilite aos participantes ex- mostrem como pode ser o encerramento.
pressarem como acreditam que seria viver A apresentação do conteúdo dos cartazes
em uma cidade ideal. Para concluir esta é o momento para ouvir perguntas e co-
parte, vale apresentar um vídeo curto ou mentários. Novas ideias podem surgir, mo-
imagens. Também é importante apresen- dificando procedimentos do jogo. A única
tar cartazes que mostrem os objetivos, regra a ser mantida sempre é a da coo-
etapas do jogo e como eles podem apoiar peração. Veja o que pode ser escrito nos
as crianças. cartazes.
36
“Caminho é onde
pode passar de carro,
moto, bicicleta e vários
outros veículos”.
Lucas, 7 anos
38
DESAFIOS - no trajeto casa-escola e na es-
cola cada equipe:
Fazer a - Realiza a ação escolhida.
diferença no - Escreve carta para expor na escola contan-
do o que foi feito.
caminho
PAPEL DOS FAMILIARES - apoiar as crianças
DURAÇÃO SUGERIDA:
na realização do que imaginaram.
uma a duas semanas
Vamos sentar...
e rabiscar?
Você consegue “se ver” uma folha de papel expres-
fazendo uma reunião como sando seus sentimentos?
essa com as crianças e seus
pais e talvez explicando aos É bem gostoso, depois de
adultos como o jogo promo- rabiscar bem, escrever por
ve aprendizagens interdisci- cima das cores em letras
plinares? maiúsculas, com força,
algumas palavras que lhe
Como se sente ao pensar venham à mente.
nisso? Que acha de pegar
uma caixa de lápis de cor Quer prender a folha nesta
e usar as cores de sua esco- página?
lha para riscar e rabiscar
Crianças e seus caminhos 39
SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
- Exposição de desenhos, fotos, vídeos; músi-
cas, dança, teatro, onde equipes:
• apresentam à comunidade descobertas
Comemorar junto
e aprendizagens durante o jogo;
a vitória de todas • mostram como suas pequenas ações
40
Vamos levantar...
e nos mexer?
Separadas as equipes,
sugerimos uma sessão
para levantar com
os grupos ideias criativas
de objetos ou adereços
para identificar as equipes
que participam do jogo -
crachá, broche,
braçadeira, estampa
na camiseta ou boné
— e que depois podem
ser confeccionados em
classe com as crianças. Na
página 43 você encontra
algumas sugestões.
42
Vai ser divertido? Brincadeira para formar
cinco equipes de jogadores:
E se os pais quiserem fazer
as coisas no lugar da gente? Encontre sua turma6
TEMPO: 30 minutos
Será que tem graça um jogo em
que todos se ajudam para superar PREPARAÇÃO
os desafios?
Antes de iniciar a brincadeira, é bom fa-
zer uma roda de conversa com as crian-
Se dúvidas como estas aparecerem, bus-
ças, para identificar quais são os animais
que respostas dentro do próprio grupo...
com que elas têm mais contato em casa,
As crianças sabem muito mais do que
encontram no caminho da escola e dos
imaginamos! Estimule-as também a se
quais elas gostam. A partir daí, pode sair
lembrarem de situações em que se diver-
uma lista de cinco bichinhos reais ou ima-
tiram e fizeram coisas bacanas em grupo,
ginários, que, por várias razões, são apre-
resolvendo juntos os problemas que apa-
ciados pelas crianças e que todas gosta-
reciam, sem precisar competir...
riam de ser. Identificados os cinco animais,
E a diversão vai começar com uma brin-
cadeira para separar as cinco equipes.
Há muitas possibilidades. Você pode
propor, por exemplo, uma que resulta na
identificação de cada time com nome de
um animal.
44
- Como os bichinhos vão saber quem é Vamos parar...
quem, de olhos fechados? Falando na sua e escutar?
língua, ou seja, emitindo os sons que foram
combinados. Quando você era
criança, quem te ouvia?
- Quando uma “onça”, por exemplo, ao Em homenagem a esta
escutar outra que “fala a mesma língua”, pessoa, ou aos adultos que
as duas se abraçam, se dão as mãos e sabem ouvir as crianças,
continuam juntas fazendo o seu som e os jovens, os mais velhos,
procurando outra da mesma espécie, que os mais fracos e os
será abraçada por quem a achou e fica- que são invisíveis para
rá de mãos dadas com ele ou ela. A brin- a maioria, peça que
cadeira prossegue até que todos estejam alguém leia em voz alta
reunidos: então podem abrir os olhos. o pensamento a seguir, e
Tatus, cotias, micos e araras procedem da escute com o coração:
mesma forma. “sem a curiosidade
que me move, que me
inquieta, que me insere na
busca, não aprendo nem
ensino.” (Paulo Freire)
46
Dinâmica “Você agora está na sua cidade
ideal... Está saindo de sua casa para
de sensibilização: ir à escola. Como é a calçada? Tem
Minha Cidade Ideal7 árvores? Flores? De que cor? Que
cheiros você sente? Como são as
Essa dinâmica pode ser feita na reunião pessoas que você encontra? Onde
com os responsáveis ou após a formação está o lixo? Tem ônibus passando?
dos times com seus alunos. Como são as casas e os comércios?
TEMPO: 30 minutos Agora você vai atravessar a rua...
O sinal de trânsito está funcionan-
Peça que os participantes se disponham do bem? Tem uma faixa de pedes-
em roda. tre pintada no chão? E os carros,
respeitam o sinal? Tem um lugar só
Para aquecer e criar vínculos, convide cada para as bicicletas? Você está pas-
um a dizer seu nome e uma qualidade que sando por uma praça: Como é essa
começa com a mesma letra. Por exemplo,
praça?”
Miriam Maravilhosa, João Jeitoso. Ou, ain-
da, dizer o nome e fazer o gesto que irá Ao terminar, peça que todos abram os
fazer na hora. Por exemplo: Neide (dá um olhos devagar.
pulo); Pedro (levanta os braços).
Distribua papéis, lápis de cor, giz de cera
Distribua a letra da música A cidade ideal, e canetinhas coloridas e peça aos partici-
dos Saltimbancos, e cante um trecho dela pantes para desenhar o que não pode fal-
com os participantes. tar para as crianças numa cidade ideal.
Convide os participantes a fechar os olhos, Afixe em uma das paredes da sala todos
respirar profundamente por três vezes e os trabalhos das crianças, mães, avós,
relaxar. Em seguida, oriente uma visuali- pais... Quem quiser, poderá falar sobre o
zação com sugestões do tipo: seu desenho.
48
No jogo Crianças e seus Caminhos, PRIMEIRA FASE:
o tabuleiro é o território onde vivem
as crianças, e elas são os jogadores
CONHECER O CAMINHO
– peças que se deslocam, resolven- Os objetivos desta fase são possibilitar
do desafios predeterminados, de que as crianças se localizem espacialmen-
acordo com as regras com as quais te no bairro onde vivem, identifiquem as
concordaram e que orientam seus coisas que gostam e os principais desafios
movimentos. que encontram no caminho da casa para
a escola.
Vamos apresentar cada atividade do jogo
da seguinte forma: Preparação da professora
Preparação: o que você vai precisar fa- ou professor
zer antes de aplicar a atividade com seus
alunos. Sim, dá trabalho. Mas, como tudo que não
Atividades com crianças: qual é a vem fácil, vale muito a pena. Basicamente
proposta para ser feita com as meninas e você vai precisar de:
os meninos da sua turma.
Elabore cinco listas de tarefas e desafios, Prepare crachás (e/ou outra forma de iden-
uma para cada equipe. Reproduza as lis- tificação) com as crianças. Nos crachás,
tas para todas as crianças e seus pais. coloque o título Crianças e seus Cami-
Veja, em destaque, nas páginas 54 a 63, nhos e espaço para cada uma escrever o
exemplos de listas de desafios que você seu nome e desenhar o animal símbolo de
pode adaptar à idade dos jogadores, às sua equipe.
possibilidades de sua turma e às caracte-
rísticas do território. O registro escrito do
que viram, ou das perguntas que aparece-
ram, pode ser feito com ajuda dos familia-
res e adultos que a apoiam no jogo.
50
Mapa Ideia:
Caso não consiga
Produza um mapa ampliado da cidade ou,
no caso das grandes metrópoles, do setor um mapa ampliado
do bairro onde ficam a escola e as resi- do bairro, coloque
dências das crianças. Isso pode ser feito uma cartolina branca
dando um pulo à Prefeitura, ou à Adminis-
na parede, projete
tração Regional, imprimindo imagens do
Google Maps... Seu colega de Geografia o mapa do bairro por
pode ajudar. cima com um datashow
e deixe que as crianças
marquem direto
na cartolina.
Lembrete
PROPOSTA REGISTRO
7. Depois de ter passado por seis • Escreva uma pergunta que pipocou
desafios, veja que perguntas pipocam na na sua cabeça e faça um desenho
sua cabeça. que represente essa pergunta.
PROPOSTA REGISTRO
7. Depois de ter passado por seis • Escreva uma pergunta que pipocou
desafios, veja que perguntas pipocam na sua cabeça e faça um desenho
na sua cabeça. que represente essa pergunta.
PROPOSTA REGISTRO
7. Depois de ter passado por seis • Escreva uma pergunta que pipocou
desafios, veja que perguntas pipocam na sua cabeça e faça um desenho
na sua cabeça. que represente essa pergunta.
PROPOSTA REGISTRO
1. Entreviste alguém que dirija e peça • Escreva ou crie:
para contar uma história que viveu ou Uma imagem sobre a história que
presenciou enquanto estava dirigindo. você ouviu.
7. Depois de ter passado por seis • Escreva uma pergunta que pipocou
desafios, veja que perguntas pipocam na sua cabeça e faça um desenho
na sua cabeça. que represente essa pergunta.
PROPOSTA REGISTRO
7. Depois de ter passado por seis • Escreva uma pergunta que pipocou
desafios, veja que perguntas pipocam na sua cabeça e faça um desenho
na sua cabeça. que represente essa pergunta.
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Árvore das ações: BASE: Ações que as crianças podem fazer
sozinhas.
Produza a base onde as crianças vão de- MEIO: Ações que as crianças podem fazer
senhar o caule da “árvore das ações”, co- com apoio de adultos.
lando várias folhas de papel craft umas às
outras. TOPO: ações que são de responsabilidade
do governo.
66
Leitura de imagem e localização CURATIVOS URBANOS
dos cenários de risco nos mapas
Materiais:
MATERIAIS: listas de desafios preenchi- 3 folhas de E.V.A vermelha; 1 folha
das e desenhos produzidos na fase ante- de E.V.A rosa; cola instantânea;
rior, mapa do bairro e material de desenho.
lápis; estilete; tesoura; régua.
TEMPO: 30 minutos
68
Trabalho em grupo Síntese do trabalho em grupos
MATERIAIS: Três cartelas para cada equi- Quando as crianças terminarem, todos po-
pe e material de desenho. dem colocar as cartelas no mural de papel
TEMPO: 40 minutos. craft que você produziu antes. Observe, na
página 70, um exemplo de como poderia
Entregue a cada equipe (ainda as mes-
ficar o quadro com o diagnóstico do terri-
mas da primeira fase) três cartelas. Em
tório, realizado pelas crianças.
cada grupo, as crianças devem conversar
entre si e escolher as duas maiores difi-
culdades e/ou problemas e a melhor coisa
(ponto forte) do seu caminho, e registrar
nas cartelas (podem usar os emoticons
na cartela, de um lado, carinha de feliz, “Brincadeira é tudo”
do outro, carinha de triste e as crianças Raqueli, 7 anos
listam, como o exemplo). Ou seja, cada
grupo vai escrever duas dificuldades e um
ponto forte, sendo um em cada cartela. Corte a linha pontilhada para abrir uma janela,
cuidado para não cortar a lateral direita
COTIAS
Tem poucos ônibus e passam A estação ferroviária é bonita.
Meios de Transporte;
lotados. Não tem ciclovia.
Mobilidade
ARARAS Não há canteiros de flores nas casas Tem muitas pessoas idosas
Bem-estar, Beleza, nem nas calçadas. Jogam lixo que sabem muito sobre
Memória e entulho no riacho. a história do bairro.
70
Priorizando problemas
Um exemplo de qual poderia ser o resulta-
MATERIAIS: mural com os problemas do da votação, pelas crianças:
e pontos fortes produzido na atividade
anterior, bolinhas adesivas coloridas ou
Meios de transporte e Mobilidade
material para desenhar.
Não tem ciclovia.
TEMPO: 30 minutos.
72
2. Depois, dê a cada equipe três cartelas, as equipes irão colocar as cartelas com as
sendo que na primeira vão escrever uma ações que podem fazer sozinhas; na se-
ou mais ações que as crianças conseguem gunda parte, as cartelas com as ações que
realizar; na segunda, uma ou mais ações podem fazer acompanhadas; na terceira
em que terão ajuda; e na terceira, uma ou parte, as cartelas com as ações que ne-
mais que necessitam ser realizadas pelas cessitam ser realizadas pelas autoridades.
autoridades.
Volte na página 65 e se lembre de como é
3. Depois que as crianças realizarem esta a Árvore das Ações.
tarefa, você pode convidá-las a desenhar
o tronco de uma árvore nas três folhas de
9. Adaptação da dinâmica realizada pelas crianças (Ana Izabel
papel craft que você colocou no chão. Na
Barbosa e Yasmin Carvalho) da Fundação Xuxa Meneghel, no 1o
primeira parte do tronco, próximo à raiz, e 2o Seminário A Criança e sua Participação na Cidade, de 2015.
• Utilizando folhas de papel craft, desenhe Veja abaixo o modelo que você pode pre-
cinco esquemas de Planos de Ação, um parar e na página 78 como poderia ficar o
por equipe. plano de ação da equipe Tatus, depois que
as crianças realizarem a atividade.
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Atividade com as crianças
• Nosso Caminho de Mudança no de ação. Convide cada equipe a ob-
servar sua Árvore de Ação e preencher a
MATERIAIS: cinco folhas com o título
tabela do plano de ação: ações que levan-
“Nosso Caminho de Mudança” em branco
taram sobre quem vai fazer o que, como
e material de desenho.
e quando, para ir de onde estão até onde
TEMPO: 1 hora.
querem chegar. Passe em cada grupo, fa-
1. Divididas em suas equipes iniciais, os zendo perguntas que ajudem as crianças
grupos vão receber a folha em branco do a pensar como podem se organizar para
“Nosso Caminho de Mudança” e devem fazer o que desejam, de que recursos e de
preencher com o nome da equipe, o pro- quanto tempo necessitam.
blema que querem resolver e a proposta
2. Afixe nas paredes os cinco planos de
para isto. Em seguida, em grupo, devem
ação. Deixe que as equipes visitem os pla-
fazer um desenho que represente o antes
nos umas das outras e descubram onde
e o depois, colocando uma legenda.
podem se ajudar mutuamente. Afinal, o
2. Peça que as equipes vejam e comentem objetivo do Jogo é realizar mudanças no
os “Caminhos de Mudança” umas das ou- Caminho – e quanto maior for a coopera-
tras. ção, maiores serão as mudanças.
• Plano de Ação
Convidar os pais Escrever uma carta A turma dita a carta Papel. Daqui a um mês, no
para fazer um muti- falando do Jogo Crian- para a professora, segundo domingo.
rão na praça. ças e seus Caminhos que faz cópias para
aos pais, pedindo para todos os pais
pintar e consertar os da classe.
brinquedos da praça. As crianças
Passar com os pais entregam a carta
pelas casas de comer- aos seus pais.
cio pedindo doação de
tintas.
Escrever para a Escrever uma carta, A equipe dita a carta Papel. Endereço da A próxima
Secretaria Municipal ao secretário do para a professora. Secretaria. segunda-feira.
de Meio Ambiente Meio Ambiente Quem tiver a letra
pedindo a Reforma falando do jogo mais bonita passa
da Praça. Crianças e seus a limpo.
Caminhos e expli- Todos assinam.
cando por que esta A professora manda
pracinha precisa de a carta para o secre-
uma reforma. tário.
78
Vamos descansar...
e lembrar
do que já fomos?
82
Entrega dos certificados Vamos parar...
e entrar
Ao final, cada jogador recebe como prêmio no Facebook?
um Certificado Criança Guardiã do Ca-
minho (ver modelo no anexo). O lado luminoso das redes
sociais é a ampliação
Para encerrar, você pode enviar um resu- da possibilidade de
mo, com textos e fotos, do material produ- compartilhar experiências
zido pelas crianças para a Coordenadoria de aprendizagem,
de Educação para o Trânsito e Relacio- fortalecer grupos de
namento com Cidadão da CET-Rio, apre- pessoas que estão,
sentando seus projetos para melhorar o no presente, construindo
caminho de casa até a escola e acelerar um futuro de paz e
o trânsito/transição da cidade que temos sustentabilidade,
para a cidade amiga das crianças que elas e facilitando o trânsito
merecem. das cidades que temos
para as cidades amigas
das crianças que queremos.
O que acha de fotografar
a página desse livro da qual
mais gostou e publicá-la
no seu mural do Face?
84
Parabéns! Você transitou pelas pá- Talvez tenha criado suas próprias
ginas desta publicação e chegou até regras: quem sabe, sobrevoou todo
aqui. Esperamos que a brincadeira o conteúdo, ou decidiu aterrissar
com o jogo Crianças e seus Cami- apenas nos locais mais prazerosos
nhos tenha sido um sucesso: diver- do texto…
tida, provocadora, cheia de aprendi-
zados para você e para as crianças, O que importa é que você experi-
muitas trocas, desenhos e produ- mentou entrar no jogo da leitura, na
ções artísticas que contam um pou- sua medida e do seu jeito.
co do caminho das crianças. Talvez
você tenha seguido todas as etapas Se você um dia sentir um coração de
como a gente sugeriu, parado nos estudante batendo forte no peito e
sinais vermelhos, diminuído a mar- decidir envolver sua turma no jogo
cha nos amarelos e acelerado nos Crianças e seus Caminhos, conte
verdes para interagir com o livro. conosco. Estamos à sua disposição
para ajudar a cuidar de seu peda-
cinho do planeta, a tomar conta da
amizade, da beleza e da bonda-
de, renovando a cada dia a crença
de que as mudanças são feitas por
pessoas comuns como nós, que des-
cobrem que não precisam de per-
missão para agir pelo bem comum,
e “são a mudança que querem ver
no mundo” (Gandhi).
As autoras
Crianças e seus caminhos 85
ANEXOS
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DINÂMICAS 1. Estátua em trio
DE ENTROSAMENTO Separe a turma em trios e peça para que
cada trio defina quem será o 1, 2, e 3. Co-
loque uma música para tocar. Quando a
música parar, o 1 faz uma pose de está-
tua. O 2, logo em seguida, tem que fazer
uma pose que interaja com o 1. Então, o
3 faz uma pose que interaja com os dois
primeiros. O trio fica alguns segundos na
posição, como se estivessem posando
para uma foto e a música volta. Na rodada
seguinte, o 2 passa a ser o primeiro, o 3
passa a ser o segundo e o 1 passa a ser o
último, e assim por diante.
2. Triângulo do equilíbrio
3a Etapa: Faça as duas primeiras etapas. Qual foi a primeira coisa que você fez hoje
Na terceira, quando alguém for tocado depois de levantar da cama?
pelo vírus conta até 7 bem alto e qualquer
pessoa pode encostar na criança para sal- Do que você acha que as pessoas mais
vá-la antes que ela acabe de contar. precisam no mundo?
OBS: Você não precisa fazer todas as eta- Se você pudesse tirar uma coisa do mun-
pas e pode adaptar a brincadeira de acor- do, o que seria?
do com a faixa etária da sua turma.
Como as crianças contribuem com a socie-
dade/mundo/cidade?
3. Perguntas para
Como você acha que vai ser o mundo da-
a roda de conversa
qui a cem anos?
Qual foi o dia mais feliz da sua vida? Se pudesse escolher o sonho da próxima
noite, o que escolheria para sonhar?
Me conte algo que fez você rir hoje.
88
4. Barbante contador OFICINAS
de história
90
Os facilitadores dividem o grupo em dois Os facilitadores utilizam as respostas para
subgrupos. Um deles produzirá um cartaz preencher uma tabela feita em papel gran-
sobre as coisas que gosta e o outro sobre de ou no quadro. Na tabela, as colunas são
as coisas ruins que não gosta no bairro, por as três perguntas e cada linha é um pro-
exemplo. Cada subgrupo pode desenhar, blema. Vale deixar linhas vazias para que
escrever ou utilizar fotografias e imagens as crianças complementem com outros
para representar suas opiniões. problemas que não foram abordados ini-
cialmente.
Após a confecção, os facilitadores pedem
a cada subgrupo que apresente seu car- Também pode ser proposto que as crian-
taz, explicando a escolha das imagens, ças façam um desenho sobre como os pro-
textos e desenhos. Caso o número de par- blemas seriam resolvidos, quais melhorias
ticipantes da oficina seja pequeno, pode desejam para a sua comunidade e como
ser proposto que as mesmas crianças poderiam contribuir para isso. Essa ati-
pensem os aspectos positivos e negativos. vidade visa incentivar a criatividade das
Essa atividade também pode ser feita in- crianças, relacionada aos desejos que têm
dividualmente, em uma folha A4. para o lugar onde moram. Os desenhos
podem ser colados em um painel de carto-
No segundo momento da oficina, os facili- linas coloridas e expostos no mural.
tadores propõem uma conversa centrada
nos problemas, guiada pelas perguntas
“Por que isso acontece?”, “Quem sofre com 5. Linha do tempo
esse problema?”, “Como a gente pode resol-
ver isso?”. A dinâmica acontece da seguinte O início é uma conversa sobre os hábitos
forma: uma criança seleciona um dos pro- e modos de vida das crianças. Os facilita-
blemas representados no cartaz e as três dores propõem perguntas: “Como é o dia a
perguntas são respondidas coletivamente; dia de vocês?”, “Para qual lugar da comu-
em seguida, outra criança seleciona outro nidade vocês mais gostam de ir?”, “Quais
problema e novamente o grupo discute e são suas brincadeiras preferidas?”etc.
dá suas opiniões sobre as três perguntas.
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ser uma folha, um punhado de terra, uma você mais gostou?”, “O que você tiraria?”,
pedra etc. “O que você sentiu?”, “O que você não gos-
tou?” (e outras perguntas que você pode
No dia combinado para as crianças leva- criar). Ao final de uma atividade, disponha
rem os materiais da natureza, leve uma fo- as pétalas com as perguntas para baixo
lha de papel pardo ou cartolina grande e e o miolo, formando uma flor. Peça para
construam juntos uma paisagem coletiva cada criança tirar uma pétala, ler e res-
usando os materiais. Com a terra, vocês ponder à pergunta.
podem colocar um pouco de água e explo-
rar a tinta natural que surgirá; podem usar
cola para fixar as folhas, pedras e flores no 9. Diagnóstico escolar
papel.
Que tal pensar com os alunos os principais
Com a paisagem coletiva construída, está problemas da escola e, juntos, as possíveis
na hora de pensar um nome para esse lu- soluções? Sugira que juntos vocês criem
gar. Distribua uma folha para cada crian- uma brigada de guerreiros, em que os alu-
ça e divida o papel em quatro retângulos. nos da turma X vão prestar um serviço
Peça para que no primeiro espaço escre- para a escola.
vam/desenhem um animal que combina
com esse local; no segundo, um elemento Passo 1 - Produzam um cartaz pensando
da natureza (sendo diferente daquele que o nome, cores e desenhos que represen-
ela trouxe). tem essa brigada.
Material:
Cartaz para ser preenchido (já com as co-
lunas escritas Problema/ como pode ser
Sites consultados
resolvido/ com quem falar).
Banco de oficinas e dinâmicas
Folhas coloridas.
http://www.abrinquedoteca.com.br/dina-
Cartolina colorida.
micas.asp
http://primeirainfancia.org.br/criancaeoes-
10. Nossos caminhos paco/apresentacao/
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Tire cópias desse certificado e entregue
aos seus alunos ao final da atividade para
celebrar com eles a conclusão dos desafios!
Crianças e seus caminhos 95
Crianças e seus caminhos 99
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