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ESCOLA TEOLÓGICA DAS ASSEMBLEIA DE DEUS MISSIONÁRIA – ESTEADEM

IPOJUCA - PE

Prof. Wellington Gomes

ANÁLISE LITERÁRIA

Introduz o estudo dos vários gêneros literários presentes na Bíblia. A Bíblia sagrada é um
conjunto de escritos produzidos por pessoas reais que viveram em épocas históricas diferentes. Essas
pessoas usaram suas línguas nativas e as formas literárias então disponíveis para a autoexpressão,
criando, no processo, um material que pode ser lido e apreciado nas mesmas condições que se aplicam
à literatura em geral, onde quer que seja encontrada, sem jamais ser esquecido que as Escrituras são
um repositório da verdade religiosa.
A Bíblia contém uma riqueza infindável de estilos literários. À medida que lemos de Gênesis a
Apocalipse, encontramos vários estilos literários – passamos por histórias, leis, poesias, textos de
sabedoria, profecias, evangelhos epístolas e textos de literatura apocalíptica -, e quando conhecemos o
estilo – o gênero – do texto que estamos lendo, podemos entendê-la melhor. Lemos história com uma
postura diferente de quando lemos uma poesia. Gêneros diversos evocam expectativas e estratégias de
interpretação distintas.

Objetivo: Compreender a influência do gênero literário sobre o propósito do texto bíblico.

Resultado esperado: Um texto contendo informações relevantes a respeito do gênero literário do texto
e das partes em que ele se divide.

GÊNERO LITERÁRIO

A expressão gênero literário, aqui, denota certo tipo de literatura. Cada meio de comunicação
tem sua maneira própria de expressar os assuntos de que trata. Por exemplo, a linguagem que é
encontrada num jornal é diferente da linguagem que a namorada usa para escrever uma carta para o
namorado ou da linguagem utilizada em um manual técnico.
O gênero está associado: 1) com a temática abordada; 2) com o caminho e a disposição em que as
informações são conduzidas e apresentadas; 3) com a função da linguagem.
O gênero literário em que um texto aparece determina a maneira como esse texto deve ser
interpretado e a forma como o texto trata das questões a que se refere.

GÊNEROS LITERÁRIOS NA BÍBLIA

Antigo Testamento:

1) Narrativa (prosa)
2) Lei
3) Poesia
4) Sabedoria
5) Profético-apocalíptico
Novo Testamento:
1) Evangelho
2) História teológica (Atos)
3) Carta
4) Profético-apocalíptico
Alguns gêneros estão relacionados: narrativa x evangelho x história teológica Dentro de um
gênero, existem subgêneros. [...] dentro de um gênero podemos encontrar diversos subgêneros. Por
exemplo, dentro do gênero “Evangelho”, podemos encontrar os subgêneros “Parábola”, “Sermão” etc.
Além disso, a mesma categoria pode funcionar como gênero e como subgênero. Por exemplo, o livro de
Cantares inteiro pertence ao gênero “Poesia”. Mas a canção do mar (Ex 15.1-19) pertence ao subgênero
“Poesia” dentro do gênero “Narrativa”.

FIGURAS DE LINGUAGEM OU DE RETÓRICA

Esse tópico está destinado a introduzir nossas reflexões no mundo bíblico e explorar alguns
elementos referentes à linguagem utilizada pelos escritores da Bíblia. Entender o processo e a força da
comunicação através das palavras é outro requisito significativo para uma adequada interpretação de
um texto bíblico. Nesse caso, é recomendável trazer à lembrança o valor das línguas originais, a
importância de uma variedade de traduções, bem como conhecimento sobre o uso de diferentes figuras
de linguagem. Espera-se que o estudante seja familiarizado com os diferentes tipos de linguagem e
aplique esse conhecimento na leitura e interpretação de textos bíblicos

Hipérbole
A hipérbole consiste no emprego de palavra ou frase com sentido exagerado para dar maior força, maior
impressão, para mais ou para menos, a fim de apresentá-la viva à imaginação.
“Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das quais fossem escritas, cuido
que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem” (Jo 21.25).
Isto também se aplica às palavras de Jesus em Mt 5.29: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o
e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros e não seja todo o teu corpo lançado
no inferno”.
“...as cidades são grandes e fortificadas até aos céus” (Dt 1.28).
“... toda noite faço nadar a minha cama, molho o meu leito com as minhas lágrimas” (SI 6.6).
Se por um lado se insiste que a melhor interpretação bíblica considera decisivo e por isso preserva o
aspecto literal do texto, há casos em que a linguagem exige que o intérprete definitivamente não siga
esse princípio. Gn 22.17; Dt 1.28; Jz 7.12; Mq 6.7; Jo 21.25.
Metáfora
Essa é uma das formas de linguagem bem frequente na palavra de Deus. Nesse fato há uma
desproporção entre o sujeito e o predicado. Esse é o caso em que apenas algumas das características
do significado correspondem às características do referente. Exemplo: “Minha esposa é uma rosa”. É
uma ideia transmitida de um elemento para outro sem que se diga diretamente que um é “semelhante”
ou “como” o outro. Isto pode ainda ser ilustrado quando Jesus se refere a Herodes Antipas como “raposa”
(Lc 13.32). Sem dúvida que Cristo deixou de lado as características físicas do animal, mas teve como
intenção salientar sua sagacidade ou esperteza.
Por exemplo: “O SENHOR é a minha Rocha” (2 Sm 22.2), ou “O SENHOR é Deus, ele é a nossa luz”
(Sl 118.27).
Metonímia
A marca principal dessa forma de linguagem é que nenhuma das características evocadas por uma
palavra (significado) corresponde às características do referente. Porém, existe uma associação íntima
com o referente. A linguagem é baseada em algum tipo de semelhança ou relação que diferentes objetos
têm uns com os outros. “O Palácio do Planalto respondeu às críticas do Jornal”. Aqui a idéia é de que o
todo pode ser compreendido pela parte, ou a parte pelo todo.
Um exemplo interessante se refere à expressão “Reino dos céus” ou “Reino de Deus”, geralmente
empregados nos evangelhos. A fórmula “Reino dos céus” é metonímia para quem habita nos céus ou o
“reino daquele que está nos céus”. Em Lc 16.29, a declaração de Jesus “Moisés e os profetas”, se refere
aos livros do Antigo Testamento escritos por Moisés e os textos proféticos (2 Sm 7.16; Jr 18.18; Gn
42.38; Lv 19.32; Rm 3.27-30; Ap 3.7).
Sinédoque
Quando em Lc 2.1 está escrito que “todo o mundo” deveria recensear-se, o contexto aponta que o
pensamento preciso é interpretar essa afirmação como “todo o mundo romano”. Nesse caso, todas as
características do significado, correspondem àquelas de apenas uma parte do referente. O objetivo é
compreender uma coisa dizendo outra.
Um exemplo é 1 Pe 3.20, quando “almas” se refere para “pessoas”. Outra ilustração vem de Jz 12.7.
Jefté foi sepultado “nas cidades de Gileade” (tradução literal). É evidente que não se pode imaginar que
Jefté foi enterrado em todas as cidades, mas “numa das cidades de Gileade” (Mt 6.11; At 27.37; Is 2.4).
Símile
Esta é uma comparação expressa e afirmada entre duas coisas ou ações em que uma se refere a outra
sendo “como” ou “semelhante”. Sua função no texto geralmente é clara e geralmente não há grandes
dificuldades para se identificar sua ação. Alguns exemplos: Is 55.10-11; Sl 102.4; Ml 3.2; Lc 10.3; 1 Co
3.15; 1 Ts 5.2; Ap 1.9-10.
Personificação ou Prosopopéia
Nesse caso são atribuídos a seres inanimados características de seres vivos. Exemplos: Sl 114.3-4; Is
35.1a; Mt 6.34; Rm 6.9; Jz 9.
Ironia
Essa é a forma em que um escritor utiliza palavras para transmitir o oposto de seu sentido literal. É
usado também em contextos de sarcasmo e ridicularização. Um exemplo que auxilia a ilustrar essa
figura é quando esposa de Davi, Mical, o ridicularizou seu marido (2 Sm 6.20). O exemplo de Jó 12.2
também pode estar nessa mesma categoria (1 Rs 18.27; 1 Co 4.6,8; 2 Co 12.13).
Eufemismo
Outra forma de contraste também é usada a fim de tornar uma expressão mais branda e agradável.
Nesses casos ocorre a substituição de palavras que poderiam “agredir”, por palavras que atenuem sua
força ofensiva ou de inconveniência. Alguns exemplos que ilustram essa figura de linguagem (Lv 18.6;
Jz 3.24; 1 Sm 24.3; At 1.25; 2.39; Ef 2.13; 1 Ts 4.13-15).
Parábolas
O vocábulo parábola (παραβαλλω) significa colocar algo ao lado de outra coisa e compará-lo. É uma
comparação, uma símile ampliada. A comparação é desenvolvida através de uma narrativa entre dois
fatos para explicar o que é desconhecido, conhecido e escondido, sempre visando um fim prático. Era
um método comum no Oriente. A parábola exige, somente, corresponder no seu todo com a verdade
central que se pretende ensinar. Através desta historieta contada é fornecida uma lição de moral,
mostrando assim, através de um fato real, concreto e vivido, a sua surpreendente tendência.
Alegoria
É uma metáfora ampliada, onde a comparação não vem expressa e todo o mais se entrelaça: a história
e seu significado, a história e a sua aplicação e traz em seu conteúdo a própria interpretação. É um uso
figurativo, com narrativa fictícia e a aplicação de alguma história ou fato que se admite. Geralmente tem
diversos pontos de comparação, não necessariamente concentrados ao redor de um núcleo. Um bom
exemplo é a interpretação de Efésios 6.10-17, analisando cada peça da armadura do cristão descrita
como algo para a vida prática, tendo como finalidade deixá-lo totalmente armado.
Tipo
O tipo é uma classe de metáfora que não consiste meramente em palavras, mas em fatos, pessoas ou
objetos que designam fatos semelhantes, pessoas ou objetos no porvir. Estas figuras são numerosas e
chamam-se na Escritura sombra dos bens vindouros, e se encontram, portanto, no Antigo Testamento.
Exemplos: Jesus mesmo faz referência à serpente de metal levantada no deserto, como tipo,
prefigurando a crucificação do Filho do homem. (João 3:14.)
Noutra ocasião Cristo se refere ao conhecido acontecimento com Jonas como tipo, prefigurando sua
sepultura e ressurreição. (Mat. 12:40.)
Símbolo
O símbolo é uma espécie de tipo pelo qual se representa alguma coisa ou algum fato por meio de outra
coisa ou fato familiar que se considera a propósito para servir de semelhança ou representação.
Exemplos: O leão é considerado o rei dos animais do bosque; assim é que achamos nas Escrituras a
majestade real simbolizada pelo leão. Do mesmo modo se representa a força pelo cavalo e a astúcia
pela serpente. (Apoc. 5:5; 6:2; Mat. 10:16.)
Antítese
Este vocábulo procede da palavra latina antithesis e esta de palavras gregas que significam colocar
uma coisa contra a outra. A Enciclopédia Brasileira Mérito nos dá a seguinte definição: "Inclusão, na
mesma frase, de duas palavras, ou dois pensamentos, que fazem contraste um com o outro." Trata-se
de uma figura de retórica muito eficaz que se encontra em muitas partes das Escrituras. O mau e o falso
servem de contraste ou fundo que di realce ao bom e o verdadeiro.
Exemplos: O discurso de despedida de Moisés (Deut. 27 a 33) consiste numa notável série de
contrastes ou antíteses. Note-se a que se encontra em Deut. 30:15 que diz: "Vê que proponho hoje a
vida e o bem, a morte e o mal." Temos aqui um contraste ou antítese dupla. Também no versículo 19:
"Os céus e a terra tomo hoje como testemunhas contra ti que te propus a vida e a morte, a bênção e a
maldição (duas antíteses); escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência."
Paradoxo
Denomina-se paradoxo a uma proposição ou declaração oposta à opinião comum; a uma afirmação
contrária a todas as aparências e à primeira vista absurda, impossível, ou em contraposição ao sentido
comum, porém que, se estudada detidamente, ou meditando nela, torna-se correta e bem
fundamentada.
Exemplo: “Quando somos fracos, então é que somos fortes (2Co 12.10; Joel 3.10)”; 2 Cor 13.4; 1 Cor
1.25).
Clímax ou gradação
É a técnica em que várias palavras aparecem em ordem ascendente, sendo que o último elemento do
primeiro par é repetido, passando a ser o primeiro elemento do par seguinte. Cria-se assim o efeito de
uma escada. Exemplos: Rm 5.3-5 ("a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e
a experiência, esperança"); 2Pe 1.5-7.

METODOLOGIA DA ANÁLISE LITERÁRIA

1) Leia o texto inteiro de uma vez, juntamente com os textos anteriores e posteriores.
2) Identifique as principais partes do texto (depende do gênero literário).
3) Identifique informações gerais sobre o texto, de acordo com o gênero literário (tipo de narrador, figuras
de linguagem, linguagem profética etc.).
4) Escreva uma conclusão mostrando as principais informações obtidas.

5.2 Atividades de auto-estudo

1. O texto de Atos 15.36-41 descreve uma discussão entre Paulo e Barnabé e que chegou ao ponto de
gerar a divisão e separação entre ambos. Como fazer a aplicação deste texto?
É um esquema para procedimentos no trabalho em equipe? É uma descrição das várias personalidades
que podemos encontrar nos servos do Evangelho? É possível alegorizar a congregação e se colocar
dentro da história? Ou é melhor uma interpretação teológica?

2. A Narrativa (história) nos conduz a que tipo de significado ou aplicação?


a. Uma narrativa nos ensina o que devemos fazer, pois ela é essencialmente prescritiva;
b. Uma narrativa nos mostra o que deve acontecer em nossa vida espiritual e do dia a dia;
c. Uma narrativa descreve verdades sobre Deus e como ele age na história e verdades a respeito dos
seres humanos.
d. Uma narrativa ensina principalmente verdades morais aos cristãos.

3. É certo que os aspectos históricos de uma narrativa não são o ponto principal a ser destacado, porém,
elas validam de certa forma as afirmações feitas no texto. De forma particular, há exemplos em que a
própria teologia ensinada encontra sua sustentação direta com a veracidade dos acontecimentos
relatados. Qual é um dos grandes acontecimentos históricos e que é o fundamento da fé cristã?
a. A passagem pelo Mar Vermelho;
b. O bezerro de ouro;
c. O sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo;
d. A cura dos dez leprosos.
4. Na parábola do credor incompassivo (Mateus 18:23-35), seu senhor perdoou ao primeiro servo uma
grande quantia de dinheiro, e a seguir este se recusou a perdoar ao seu conservo uma pequena quantia.
Um psiquiatra, conselheiro e educador cristão, declarou que esta parábola mostra que é possível ser
perdoado (por Deus) sem ser perdoador (para com seu próximo). Você concorda com ele? Por que sim,
ou por que não?

5. Alguns professores da Bíblia crêem que os cristãos não deveriam sofrer enfermidade e doença,
baseando seus argumentos cm 3 João 2. Analise esta passagem e diga se você acha ou não que ela
tenciona ensinar que os cristãos não deveriam ficar doentes.

6. A parábola do trigo e do joio (Mateus 13:24-30) parece ensinar que o erro dentro da igreja não deve
ser julgado, pelo receio de arrancar “também com ele o trigo”. Como você conciliaria este ponto com o
evidente ensino de Mateus 7:15-20, Tito 3:10 e outros versículos que parecem ensinar que a igreja deve
julgar o mal e o erro em seu meio?

7. No Antigo Testamento há, pelo menos, duas passagens conhecidas que parecem contradizer o que
cremos acerca da justiça de Deus. Uma passagem refere-se a Deus endurecendo o coração de Faraó
(Êxodo 4:21) e depois castigando-o por ter um coração duro. A segunda é quando ele incitou Davi a
levantar o censo de Israel (2 Samuel 24:1) e depois castigou a Davi por fazê-lo. Como você explica
essas passagens?

8. Quase todo conselheiro cristão tem alguns clientes que o procuram crendo que cometeram o pecado
imperdoável (Mateus 12:31-32 e paralelos). Através da história este pecado tem sido identificado de
várias maneiras. Irineu viu-o como uma rejeição do evangelho; Atanásio equiparou-o à negação de
Cristo. Orígenes disse que se tratava de um pecado mortal cometido depois do batismo, e Agostinho
apontou-o como persistência no pecado até à morte. Talvez a noção mais comum sustentada pelos
aconselhados é que este pecado é o de inadvertidamente ultrajar a Jesus e suas obras. Use suas
técnicas hermenêuticas para determinar este pecado.

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