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IFMG – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais

A importância dos Sistemas de Informação na Engenharia de Produção

Alaor Souza
Camila Peixoto
Edna Santana
Ellen Oliveira
Monique Izabela

Congonhas, 22 de setembro de 2017


1. Introdução

Os Sistemas de informação são, de acordo com Stair e Reynolds (2012), um conjunto de


componentes inter-relacionados, responsáveis pela coleta, processamento e saída de dados, que
fornecem, através de mecanismos de realimentação, uma reação corretiva, para alcançar
determinados objetivos. Com uma linguagem informal, Turban, Rainer Jr. e Potter (2007 p. 03)
afirmam que os Sistemas de Informação, tem por finalidade, “obter as informações certas, para
as pessoas certas, no momento certo, na quantidade certa e no formato certo”.

Para Turban, Rainer Jr. e Potter (2007 p. 03), “um dos principais objetivos dos Sistemas de
Informação é transformar economicamente os dados em informações ou conhecimento”.
Segundo Araújo (2011 p. 48), “o objetivo dos sistemas de informação é apresentar os fluxos de
informação estabelecendo vinculações com o processo decisório na organização e dando
suporte aos tantos gestores responsáveis pela gestão de processos”. Ao lidar com uma grande
quantidade de dados, o profissional precisa organizar e ter em tempo hábil, informações
importantes sobre os processos organizacionais. “Sendo assim, é necessário o uso de
ferramentas, a maioria das quais computacional, para auxiliá-lo nessa tarefa de filtragem do
conjunto de dados, destacando aqueles que são mais importantes para cada situação”
(BATISTA 2006 p. 34).

Seguindo o raciocínio da importância da geração e manutenção de dados, Turban, Rainer Jr. e


Potter (2007) explanam sobre a criação de bancos de dados. Para eles o sistema de
gerenciamento de banco de dados dispõe a todos os usuários, todas as informações
padronizadas, o que evita problemas de redundância, isolamento e incoerência dos mesmos,
além de promover maior segurança, integridade e independência das informações. Laudon e
Landon (2010), explicam que o entendimento do conceito de sistemas de informação parte da
abordagem de solução de problemas. Segundo eles, as empresas enfrentam inúmeros percalços
e os sistemas de informação são ferramentas de grande valia nos processos de avaliação e
tomada de decisão. Ainda em conformidade, Laudon e Landon (2010) corroboram que a
abordagem de solução de problemas influencia diretamente os profissionais que atuam com
sistemas de informação exigir eles tenham conhecimento do funcionamento dos mesmos.
Araújo (2011 p. 48) afirma que “o gestor, ao procurar desenvolver sistemas de informação para
fins de estudos organizacionais, terá de cuidar essencialmente das informações e sua intimidade
com a gestão dos processos, principalmente as que conduzem a decisões importantes nos
estamentos superiores.
2. A importância dos Sistemas de Informação para a Engenharia de Produção
De acordo com a Associação Brasileira de Engenharia de Produção, ABEPRO (2008), o
Engenheiro de produção no exercício da profissão, pode atuar em 10 áreas, cada uma delas
segmentadas em subáreas. No discorrer desse trabalho será apresentada a influência dos
Sistemas de informação, assim como, o papel que eles exercem para o auxílio dos profissionais
de cada ramo.

2.1. Pesquisa operacional, Engenharia de operações e processos da produção e


Logística;
Os desdobramentos da Pesquisa operacional, de acordo com a ABEPRO (2008) compreendem
Modelagem, Simulação e Otimização, Programação Matemática, Processos Decisórios,
Processos Estocásticos, Teoria dos Jogos, Análise de Demanda, e Inteligência Computacional.
Tais subáreas, são amparadas pelos Sistemas de Informação sob a lógica de que, os sistemas
funcionais do negócio “dão suporte a várias aplicações operacionais e gerenciais das funções
básicas do negócio de uma companhia” O'BRIEN E MARAKAS (2013 p. 14).

Em relação aos procedimentos operacionais, os sistemas ERP fornecem uma gama de soluções
para os profissionais da área, que de acordo com O'Brien e Marakas (2013) abrangem a
arquitetura de informações e funciona de forma interligada, sob a ótica de um conjunto
integrado de softwares para o auxílio dos processos internos básicos das organizações.

Ainda de acordo com O'Brien e Marakas (2013) existem sistemas distintos para processamento
de transações e controle de processos, responsáveis pelo trabalho com dados obtidos em
transações de negócios, manutenção dos dados operacionais e elaboração de documentos
necessários à organização.

Turban, Rainer Jr. e Potter (2007) descrevem categorias específicas para os sistemas de
informação ligados ao apoio de grupos organizacionais, caracterizados pelas funções de
gerenciamento da cadeia de suprimentos e comércio eletrônico. Também são observados
sistemas para a área funcional, departamental e de apoio aos colaboradores organizacionais,
transitando entre as áreas transacional e tática, afim de fornecer informação estruturada aos
diversos setores.

2.2. Engenharia Organizacional e Engenharia da Sustentabilidade;


Segundo a ABEPRO (2008) a Engenharia Organizacional compreende as subáreas de Gestão
Estratégica e Organizacional, de Projetos, do Desempenho Organizacional, da Informação,
Redes de Empresas, Gestão da Inovação, da Tecnologia, e do Conhecimento. Caracterizada
como uma área gerencial a Engenharia da Sustentabilidade sustentada pela ABEPRO (2008)
compreende o “planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas
produtivos diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e efluentes destes sistemas, bem
como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social, e abrange em
suas subáreas a gestão ambiental e seus sistemas, assim como a sua certificação, a gestão de
recursos naturais e energéticos, a gestão de efluentes e resíduos industriais, produção mais
limpa e eco eficiência e pôr fim a responsabilidade Social e o desenvolvimento sustentável.
O'Brien e Marakas (2013) descreve, sobre o apoio dos sistemas de informação à área gerencial,
que eles são responsáveis por fornecer as informações necessárias para as tomadas de decisão.
Os sistemas de suporte gerencial, de acordo com O'Brien e Marakas (2013 p. 13):

 “Dão suporte ad hoc interativo aos processos de tomada de decisão de gerentes e outros
profissionais de negócios”.
 “Fornecem a informação na forma de relatórios e telas pré-especificadas para dar
suporte à tomada de decisão de negócios”.
 “Fornecem aos executivos e gerentes, informações fundamentais a partir de uma ampla
variedade de fontes internas e externas em exibições em tela de fácil utilização”.

O'Brien e Marakas (2013) afirmam que os sistemas de informação gerenciais baseados em


computadores são responsáveis pelos armazenamento e disponibilização de conhecimento, e
fornecem dados que ajudam a melhorar os processos organizacionais. Há, portanto, para eles,
uma organização do conhecimento, que serve como fundamento para a tomada de decisão
estratégica. Partindo, dessa lógica, é notável a relação entre os sistemas gerenciais e uma outra
área da Engenharia de Produção: a Engenharia da Qualidade. Essa relação está principalmente
vinculada aos processos de melhoria contínua da organização. Informações sobre os processos
operacionais, gerenciais e estratégicos, estão disponíveis para análise e criação de planos de
ação corretivos e de aperfeiçoamento organizacional.

2.3. Engenharia Econômica e Engenharia do Trabalho;


A ABEPRO (2008) define, para Engenharia econômica e para a Engenharia do trabalho, 4
subáreas em cada uma das áreas, a primeira constituída por Gestão Econômica, de Custos, de
Investimentos, e de Riscos e a segunda por Projeto e Organização do Trabalho, Ergonomia,
Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho, e Gestão de Riscos de Acidentes do
Trabalho.

Para a área de Engenharia econômica Turban, Rainer Jr. e Potter (2007 p. 6) explicam os
sistemas de informação tem, entre outros objetivos, “realizar cálculos numéricos de alta
velocidade e alto volume e permitir acesso rápido e barato a enormes quantidades de informação
em todo o mundo”. Em relação a Engenharia do Trabalho é possível observar a capacidade de
“armazenar enormes quantidades de informação em um espaço fácil de acessar, embora
pequeno; facilitar a interpretação de grandes quantidades de dados; e aumentar a eficiência das
pessoas trabalhando em grupos em um local ou em vários locais, em qualquer lugar. TURBAN,
RAINER JR. E POTTER (2007 p. 6).

Para Laudon e Landon (2010) os sistemas de Informação Executivos revelam informações


sobre os processos e dados críticos da organização, o que propicia a avaliação do desempenho
dos negócios, controle e análise de crescimento e ou queda dos lucros organizacionais, por
exemplo.

A figura abaixo mostra o funcionamento dos sistemas de informação dentro das organizações
sob os diversos setores. Nota-se, portanto, uma interação entre todos os planos organizacionais,
sejam eles de nível operacional, gerencial ou da alta direção. O envolvimento dos sistemas com
diferentes subsistemas, evidencia o fato de que é de extrema importância um bom
funcionamento setorial para alcançar um desempenho satisfatório.
Figura 1: Tecnologia da informação dentro da organização. Turban, Rainer Jr. e Potter (2007)

3. O pensamento sistêmico e a Engenharia de Produção

Em geral, os engenheiros de produção lidam com uma gama ampla de problemas que vão dos
mais simples até os mais complexos. A complexidade em sistemas é caracterizada pela presença
de elementos variados com múltiplas funções e inter-relações, que estão em constante evolução,
com características parcialmente conhecidas. Em adição a esses fatores, destaca-se também a
inclusão nesse ambiente de sistemas humanos que demandam a utilização de uma abordagem
interdisciplinar, o que aumenta a complexidade. (NETO; LEITE, 2009).

Segundo Neto e Leite (2009), na Engenharia de Produção os fenômenos complexos são


encontrados principalmente nas áreas de concepção, implantação e análise de sistemas
integrados. Nessas situações o pensamento sistêmico se faz importante, pois consegue abordar
as questões de forma ampla levando em conta o máximo de fatores relacionados possível, para
contribuir com a compreensão e solução dos problemas.

Na área de gestão da inovação para desenvolvimento de processos e produtos, o percurso


inovativo requer suporte de várias áreas da organização para gerar resultados efetivos para a
empresa. Para tal, a visão sistêmica auxilia o engenheiro de produção a promover a integração
dos níveis estratégico, tático e operacional bem como a comunicação e compartilhamento de
conhecimentos, habilidades, ideias e informações, essenciais no processo de criação. (CORAL;
OGLIARI; ABREU, 2009).

Além da execução de projetos, o engenheiro de produção também atua no planejamento


estratégico. Nesse contexto, a visão sistêmica é necessária para a criação de estratégias sólidas
e influência no desenvolvimento de ações para o alcance dos objetivos definidos no
planejamento, já que com sua percepção ampla dos ambientes internos e externos inerentes à
organização, evitam-se decisões inconsistentes. (SILVA; FILHO, 2011).

A abrangência que o pensamento sistêmico traz permite que se tenha uma visão macro do
ambiente empresarial, e que se perceba a organização como um subsistema funcional, com
partes inter-relacionadas e que possui impactos constantes de outros sistemas. Em uma célula
de produção, por exemplo, a análise pode ser feita através da perspectiva do arranjo físico, dos
fluxos de matérias e informações, dos fatores ambientais, das condições de trabalho, das
tecnologias, entre outros. (NETO; LEITE, 2009).

Alguns autores realizaram pesquisas que contemplaram a abordagem sistêmica de forma prática
em organizações.

Rothe e Deus (2012) realizaram um estudo de caso em uma empresa do ramo de instalações de
computadores, no qual aplicou a metodologia de pensamento sistêmico em conjunto com a
técnica PDCA objetivando analisar e propor melhorias no processo produtivo e administrativo.
Através da visão sistêmica os autores conseguiram obter uma perspectiva mais ampla de toda
a cadeia produtiva e identificar os pontos críticos que precisavam de mais investimentos, o que
consequentemente gerou um melhor gerenciamento da organização.

Andrade e Kasper (1997) aplicaram o pensamento sistêmico junto à uma empresa de trens
urbanos para compreender, através da aplicação prática em uma situação organizacional, o
método de análise e intervenção na realidade derivado da disciplina de pensamento sistêmico.
Os autores concluíram que os esforços em pensamento sistêmico permitem novas forma de
enxergar a realidade e que a visão diferenciada proporcionou, no tratamento da questão
organizacional, a identificação de fatores chave que redirecionaram o foco da análise e
propiciaram estratégias de aprendizagem mais consistentes.

Azevedo (2016) aplicou os conceitos de pensamento sistêmico e gestão por processos em uma
empresa para verificar a sua contribuição na eficácia do atendimento das demandas estratégicas
da organização. Os autores elaboraram um mapa sistêmico que ampliou a visão da questão
abordada e facilitou a análise e identificação de oportunidades de melhoria e concluíram que as
metodologias utilizadas são ferramentas importantes e complementares que possibilitam a
melhoria contínua das principais atividades organizacionais.

4. Conclusão

A Engenharia de Produção habilita o profissional atuante, a exercer suas funções em diferentes


áreas, sejam elas operacionais ou gerenciais. Os sistemas de informação transformam o modo
como a organização lida com seus dados, seus processos produtivos e de tomada de decisão. É
importante para dar suporte e facilitar o entendimento e a disseminação do conhecimento
organizacional.

Como observado, as distintas áreas do curso permitem ao profissional desenvolver habilidades


específicas e atuar de forma focada em uma das suas 10 vertentes. Os sistemas de informação,
em sua totalidade, estão presentes em todas elas, o que reafirma sua importância para os
profissionais e para as empresas.

Dentro de um projeto ou processo é preciso tomar decisões consistentes considerando a


estrutura organizacional no contexto geral, os elementos interessados e suas interligações.
Nesse panorama o pensamento sistêmico atua como uma metodologia para abordagem de
problemas e deficiências que permite a visão macro do ambiente empresarial e não limita a
análise do fenômeno a ser estudado, permitindo a compreensão e simplificação da
complexidade. Sendo assim para que uma abordagem sistêmica seja incorporada nas
organizações é preciso que o engenheiro de produção promova um intercâmbio de conceitos,
conhecimentos e métodos sobre diversas disciplinas e busque um conhecimento profundo da
dinâmica da empresa, integrando os diversos componentes atuantes nos ambientes internos e
externos.

5. Referências:

ANDRADE, Aurélio Leão; KASPER, Humberto. Pensamento sistêmico e modelagem


computacional: aplicação prática na empresa de trens urbanos de Porto Alegre-
TRENSURB. Anais do XVII ENEGEP-Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Porto
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CORAL, Elisa; OGLIARI, André; ABREU, Aline França de. Gestão integrada da inovação.
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LAUDON, K.; LAUDON, J. Sistemas de Informação Gerenciais. São Paulo: Pearson
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NETO, A. L.; LEITE, M. S. A abordagem sistêmica na pesquisa em Engenharia de Produção,
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O'BRIEN, J. A.; MARAKAS, G. M. Administração de Sistemas de Informação. 15 ed.
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ROTHE, Fernando; DE DEUS, André Diehl. A utilização do Pensamento Sistêmico como
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SILVA, B.C; FILHO, H. P. C. Planejamento e Importância da Visão Sistêmica para um
Planejamento Estratégico. 2011. Disponível em:
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STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de Sistemas de Informação. 9 ed. São Paulo.
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gerencial. 1 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

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