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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UNILESTE

ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA - CEQ

SÍNTESE DE CLORETO DE t-BUTILA

Relatório apresentado como parte das exigências da


disciplina de Química orgânica experimental.
Aula prática 04

CORONEL FABRICIANO - MG
ABRIL DE 2019
1 – INTRODUÇÃO

Uma reação de substituição é um processo no qual um átomo ou um grupo de


átomos em uma molécula é substituído por outro.
Haletos de alquila são compostos orgânicos em que um ou mais átomos de
Hidrogênio do alcano são substituídos por átomos de Flúor, Cloro, Bromo ou Iodo. O
método mais comum usado na preparação de haletos é o uso de álcool anidro
reagindo com ácido clorídrico, fluorídrico ou iodídrico, em uma reação de substituição
nucleofílica. (MEDEIROS, 2009)
O Cloreto de terc-Butila (C4H9Cl) é um composto orgânico líquido e incolor à
temperatura ambiente, sendo moderadamente solúvel em água. As aplicações desse
composto se dão na preparação de agroquímicos e de outros compostos orgânicos,
como alcoóis. Pode ser sintetizado a partir de uma reação de substituição nucleofílica
de 1ª ordem, SN1, com o álcool terciário t-Butanol, visto que alcoóis terciários podem
ser facilmente transformados em Cloretos de Alquila pela adição de Ácido clorídrico
concentrado. (MEDEIROS, 2009)
Substituições nucleofílicas (SN) são aquelas em que o grupo que entra fornece
um par de elétrons para nova ligação covalente e o grupo que sai leva consigo o par
de elétrons da ligação quebrada. A SN pode ocorrer de dois modos: Substituição
Nucleofílica Bimolecular e Unimolecular, dependendo da velocidade que certo haleto
de alquila e um nucleófilo reagem. Os haletos de alquila podem ser preparados de
várias maneiras como a adição de ácidos halogenídricos em alcenos, mas o mais
usado em laboratório é o método de conversão de álcoois em haletos de alquila
(SOUSA, D. S. E., 2011).
O processo em SN1 envolve a conversão de álcool a um íon oxônio um
intermediário e após o carbocátion correspondente reagindo rapidamente com o
nucleófilo (Cl-,Br-, etc.). Uma reação paralela que pode ocorrer é a eliminação de um
íon H+ do carbocátion (SOUSA, D. S. E., 2011).

Reações de substituição nucleofílica de segunda ordem SN2


Ocorre através de um mecanismo direto, onde o ataque do nucleófilo (Nu)
acontece simultaneamente à saída do grupo abandonar (G), ou seja, a ligação Nu-
carbono vai se formando enquanto a ligação carbono-G vai se rompendo. É o
mecanismo mais operante para substratos primários como na preparação do brometo
de n-butila a partir do 1-butanol (VOLLHARDT, 2004).

Reações de substituição nucleofílica de primeira ordem SN1


Este mecanismo se desenvolve em duas etapas e envolve a participação de
um carbocátion como intermediário reativo. Na primeira etapa (lenta), ocorre a ruptura
da ligação carbono-G, gerando o carbocátion; na segunda etapa (rápida) a ligação Nu-
carbono é formada fornecendo o produto de substituição. Este é o mecanismo mais
adequado para substratos que formam carbocátions estáveis como na preparação do
cloreto de t-butila a partir do t-butanol (VOLLHARDT, 2004)

2 – OBJETIVO

Sintetizar o cloreto de terc-butila a partir do álcool terc-butílico.

3 – MATERIAIS E MÉTODOS

Primeiramente pesou-se 25 g de álcool t-butílico anidro em um béquer, que


equivale aproximadamente a 33 mL. Em um funil de separação adicionou-se o álcool
e em seguida 85 mL de ácido clorídrico concentrado. Este funil foi então fechado e
cuidadosamente invertido para que a agitação pudesse ser realizada, após a agitação
o funil foi aberto para reduzir a pressão interna, esse procedimento foi realizado por
20 minutos de agitações cautelosa e com interrupções. Ao final dos 20 minutos, com
a torneira agora fechada, o funil foi deixado em repouso em um suporte até que a
separação de fase pudesse ser observada. A fase inferior do funil foi então coletada
em um béquer e em seguida descartada.
Foram adicionados em seguida 20 mL de solução de bicarbonato de sódio a 5%
ao funil de separação e realizado o mesmo processo de agitação. Ao final de
aproximadamente um minuto de agitação o funil foi novamente posto no suporte
universal, sendo que assim que houve novamente a separação de fases, a fase
inferior foi descartada. Esta lavagem foi repetida com 20 mL de água fazendo o
mesmo procedimento. A fase orgânica foi transferida para um erlenmeyer de 250 mL
seguindo pela adição de 5 g de cloreto de cálcio anidro realizando-se uma agitação
ocasional por alguns minutos. Ao término o conteúdo do frasco foi filtrado por um funil
simples com papel pregueado para um balão de fundo redondo já pesado. Com o
valor do peso do balão pôde-se calcular o rendimento bruto da reação. Com o produto
no balão, iniciou-se o processo de destilação, com o auxílio de um termômetro foi
observado e monitorado a temperatura, que deveria ficar entre 49-51ºC.
Para a comprovação de que realmente houve a formação de cloreto de t-butila, foi
realizado um teste no qual foi transferido uma alíquota do produto final em um tubo de
ensaio, em outro tubo, foi adicionado uma alíquota de álcool t-butilico. Em ambos foi
adicionada uma solução alcóolica (2%) de nitrato de prata, no tubo que continha t-
butila, formou-se um precipitado.

4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

A reação do t-butanol com HCl concentrado produziu cloreto de t-butila, por


mecanismo de substituição nucleofílica, no caso SN1. Porém, também ocorreu o
mecanismo de eliminação E1, o qual gerou isobutileno. “A eliminação E1 e a reação
SN1 não raro ocorrem simultaneamente” (BRESLOW, 1966, p. 62).
A substituição foi favorecida porque o íon cloreto era um nucleófilo eficaz. Caso o
nucleófilo fosse uma base forte, esta tenderia a “retirar o próton do íon carbânio,
favorecendo a eliminação” (BRESLOW, 1966, p. 62).
As duas reações são mostradas na Figura 1.

Figura 1 – Reações SN1 e E1


Fonte: UTFPR, 2011,

Sendo a hidroxila uma base forte e um nucleófilo eficiente, é necessário torná-la


protonada para diminuir sua basicidade e assim o íon cloreto poder reagir com o
carbocátion produzido, como explica Morrison (1973, p. 639): “É necessário ácido para
transformar o álcool no álcool protonado, o qual se dissocia – por perda da fracamente
básica molécula de água – muito mais facilmente do que o próprio álcool”.
Nesse experimento não foi necessário aquecimento nem a presença de cloreto
de zinco para as reações ocorrerem, mesmo sendo o HCl o menos reativo dos haletos
de hidrogênio, porque os álcoois terciários são mais reativos que os álcoois primários
e secundários. As lavagens com água serviram apenas para solubilizar o t-butanol,
não havendo qualquer reação com este, separando o cloreto de t-butila, insolúvel em
água, do álcool terciário. O bicarbonato de sódio foi utilizado para neutralizar o pH da
solução retirando o excesso de íons cloreto.
O mecanismo de reação está representado na Figura 2.

Figura 2 – Mecanismo de reação da síntese de cloreto de t-butila


Fonte: O autor.

Considerando a fórmula de densidade foi possível descobrir a massa bruta


produzida de cloreto de t-butila, através da densidade e volume utilizados de t-butanol.

𝑚 = 𝑑. 𝑉

Sendo a densidade e o volume utilizado do t-butanol igual a:

d= 0,770 g.cm-³
V= 32 mL

𝑚 = 0,770. 32
𝑚 = 24,64 𝑔 𝑑𝑒 𝑡 − 𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙

No entanto, a pureza do t-butanol era igual a 99,9%. Desse modo, a massa real
do álcool que reage para formar o cloreto de t-butila valia:
24,64 . 99,9%
𝑚𝑡−𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝑟𝑒𝑎𝑙 =
100%

𝑚𝑡−𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 24,61 𝑔

Por uma regra de 3 descobriu-se a massa de cloreto de t-butila produzida.

𝑚𝑡−𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 → 𝑚𝑐𝑙𝑜𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑡−𝑏𝑢𝑡𝑖𝑙𝑎


74, 00 𝑔 → 92,45 𝑔
25,38 𝑔 → 𝑥
𝑥 = 31, 71 𝑔

V. do HCl - 85 mL
D = 1,19 g/mL
HClConcetrado = 35,5 %

1 𝑀𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 𝑡 − 𝑏𝑢𝑡í𝑙𝑖𝑐𝑜 → 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙


73,96 𝑔 → 𝑋
𝑋 = 12,32 𝑔 𝐻𝐶𝑙 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑖𝑟𝑎𝑚

35,5 𝑔 𝑑𝑒 𝐻𝑐𝑙 𝑒𝑚 100 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 → 84,03 𝑚𝐿


𝑋 → 85 𝑚𝐿
𝑋 = 35,90 𝑔 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙 𝑑𝑒 85 𝑚𝐿 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜

𝐹𝑜𝑟𝑎𝑚 𝑎𝑑𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠 35,90 𝑔 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙


35,90 𝑔 – 12,32 𝑔 = 23,58 𝑔 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙 𝑒𝑚 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜
Os resultados obtidos antes da destilação estão mostrados no Quadro 1.

Quadro 1 – Massas do balão de destilação inicial e em conjunto com o cloreto de t-


butila.

Inicial (g) Final (g) Massa do cloreto de t-butila (g)


Balão 107,813 124,033 16,22

Fonte: O autor.

Os resultados obtidos depois da destilação estão mostrados no Quadro 2.

Quadro 2 – Massas do béquer inicial e em conjunto com o cloreto de t-butila.

Inicial (g) Final (g) Massa do cloreto de t-butila (g)


Balão 28,293 43,372 15,079

Tivemos uma perda de 1,141 g, devido falhas humanas durante o processo, como nas
transferências do produto e vedações de vidrarias.

O rendimento foi calculado:


15,079 . 100%
𝑥=
31,71
𝑥 = 47,55 % 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

Ao adicionar a solução alcóolica (2%) de nitrato de prata à alíquota de cloreto de t-


butila recém-sintetizada, percebeu-se formação do precipitado branco, AgCl,
indicando a presença de íons Cl- na mistura, e confirmando que o produto sintetizado
é o cloreto de t-butila, como esperado.
5 – CONCLUSÃO

Como resultado do processo usado para a obtenção do Cloreto de t-butila, foram


obtidos na verdade dois produtos simultâneos, ocorrência não rara da associação de
reações de mecanismo SN1 com E1, sendo que para o benefício do produto esperado foi
usado um nucleófilo eficaz favorecendo o mecanismo de substituição.
Dentre os erros que podem gerar problemas de rendimento na reação estão a
perda de fase orgânica nos processos de agitação do funil, pois a remoção de gás
periódica pode arrastar pequenas quantidades de líquido para fora do sistema, para
pode gerar perdas durante a agitação, bem como perdas na remoção da fase aquosa
para descarte por fechamento tardio da torneira e uma vedação ruim da tampa do
balão de destilação, pois o mesmo não ficou ajustado a boca do balão e na abertura
onde encaixamos o termômetro para monitoramento da temperatura durante a
destilação. O rendimento obtido não foi de 100% e sim de 47%, devido a possível
presença de erro humano em todas as etapas do processo.
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MEDEIROS, E. Sintese do Cloreto de t-Butila. Universidade Federal do Rio Grande


do Norte, Caicó, 2009.

SOUSA, D. S. E., Síntese do cloreto de t-butila. Disponível em:


<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAemgQAL/sintese-cloreto-t-butila> Acesso
em: ago.2016.

VOLLHARDT, K. Peter C.; SCHORE, Neil E. Química orgânica: estrutura e função.


4ª Ed. Traduzida. Porto Alegre: Bookman, 2004.

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