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NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO
SÃO LUIZ
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO
SÃO LUIZ
Sete Lagoas-MG
2018
GLAUCYLENE LYS RIBEIRO
201
“Conhecimento não é aquilo que você sabe,
mas o que você faz com o que sabe”.
(Aldous Huxley)
RIBEIRO, Magda Cristian.Atuação psicopedagogia no contexto escolar
2017. 15.Trabalho de Conclusão de CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSO
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO SÃO LUIZ.LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA 2018.
Summary: The Student is the professional appointed to assist and clarify the
school about various aspects of the teaching-learning process and has a preventive
action. At school, the student will be able to contribute to the clarification of learning
difficulties that are caused not only the student's weaknesses, but they are
consequences of school problems. Its role is to analyze and point out the factors that
promote or hinder, a good learning experience in an institution. Proposes and assists
in the development of projects favourable to educational changes to avoid processes
that lead to the difficulties of knowledge construction.
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................
2 DESENVOLVIMENTO ...............................................................................................
2.1.....................................................................................................................
2.2
2.3
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................
REFERÊNCIAS .............................................................................................................
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1 INTRODUÇÃO
Ressalta Barbosa que "na instituição escolar, convive-se com o ensinar e com o aprender de uma
forma muito dinâmica, não sendo possível, na prática, haver uma intervenção que recaia somente
sobre o aprender".
Por essa razão, a Psicopedagogia chegou até nós de forma clandestina, por
intermédio de seus exilados políticos (ANDRADE, 2004). Sob tais influências,
igualmente ao que ocorria naqueles países, a Psicopedagogia brasileira também se
construiu sob um enfoque médico-pedagógico e com uma natureza mais prática do
que acadêmica.
Durante muito tempo, contudo, conforme o apresentado foi o enfoque orgânico que
conduziu o desenvolvimento da história da Psicopedagogia pelo mundo. Tal
enfoque teve sua origem nas contribuições das ciências médicas e biológicas, que
classificavam rigidamente os seus pacientes, transferiu dos hospitais para as
escolas, orientando a utilização do termo "anormais escolares" (SCOZ, 1994).
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2 DESENVOLVIMENTO
Quando, porém os conhecimentos que devem ser transmitidos não são do domicilio
de todos e seu volume é suficientemente grande a ponto de levar o educador há
reservar um tempo necessário para aprendê-los, a transmissão cultural só torna
possível através de instituições organizadas denominadas escolas (MASINI, 1999).
Como essa tarefa, em face dos inúmeros obstáculos que se encontra ao tentar-se
implantar uma proposta de tal natureza, a escola acaba transformando-se numa
agência de informação, em detrimento da formação do educando (SISTO, 2002).
O campo de atuação até então discreto, pode ser classificado também como da
modalidade preventiva muito ampla e complexa, mas pouco explorada. Sobre o
trabalho psicopedagógico na escola muito há o que fazer. Grande parte da
aprendizagem ocorre dentro da instituição escolar, nas relações estabelecidas entre
professor e o aluno, entre o currículo, programas e conteúdo, e com o grupo social
escolar enquanto um todo é por isso que se propõe uma visão embasada no modelo
sistemático, onde as relações têm grande relevância (BASSEADAS, 1996).
pensado a partir da instituição, a qual cumpre uma importante função social que é
socializar os conhecimentos disponíveis, promover o desenvolvimento cognitivo, ou
seja, através da aprendizagem, o sujeito é inserido, de forma mais organizada no
mundo cultural e simbólico que incorpora a sociedade. Para tanto, prioridades
devem ser estabelecidas, dentre elas: diagnóstico e busca da identidade da escola,
definições de papéis na dinâmica relacional em busca de funções e identidades,
diante do aprender, análise do conteúdo e reconstrução conceitual, além do papel
da escola no diálogo com a família.
Solé (SOLÉ, 2000, p. 29) afirma que essa intervenção tem um maior alcance
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Nesse último caso, seu papel não seria o de eliminar os sintomas, agindo como um
"professor de reforço", ensinando de forma particular o conteúdo não aprendido. Ao
contrário disso, sua atuação seria a de diagnosticar e intervir no problema gerador
do referido sintoma.
Deve-se estar atento frente às grandes mudanças que ocorreram nas propostas
educacionais. Atualmente, o conhecimento científico só tem sentido se for ligado ao
social, engajado ao cotidiano, onde através dele se possam encontrar soluções. A
reforma educacional brasileira é extremamente exigente. Os paradigmas dessa
reforma estão centrados na verdade aberta, no conhecimento múltiplo,
transdisciplinar. As mudanças não acontecem na mesma proporção, nem na mesma
velocidade. A apropriação leva um tempo até ser interpretada, compreendida e
colocada em prática. As mudanças (a introdução no novo) num ambiente escolar
têm que ser escalonadas e sucessivas, priorizando-se e hierarquizando-se as ações.
O velho paradigma de que muitos são oriundos apresenta uma escola cartesiana,
fragmentada, de pensamento dominante, com verdades absolutas (fechadas),
reprodução do conhecimento. O grande problema da escola é que ela dá um
conteúdo e exige resposta "única". Analogicamente falando, a escola procede da
seguinte forma: um grupo de crianças vai andando pela calçada e, de repente,
depara-se com um cavalete obstruindo a passagem. Daí, a escola adianta-se e retira
o cavalete do meio ou manda que todos passem por baixo. Agindo assim, não
permite que a criança descubra o que fazer para transpor o obstáculo. Ela poderia
ter a ideia de passar por baixo, escalá-lo, passar do lado, retirá-lo ou outras. No
entanto, a escola impede o aluno de levantar hipóteses, de transgredir. Existem
várias formas de se responder a uma questão ou vários caminhos de se chegar a
ela, pois não existem respostas "prontas".
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Quando o psicopedagogo entra numa escola, muitas coisas têm que ser levadas em
conta, pois, por trás de uma fachada, pode-se encontrar uma escola
"desorganizada". Diretor pouco envolvido com o trabalho, professores pouco
motivados (dão aulas de acordo com o salário que recebem). Então, qual a cultura
que está por trás dessa situação? Situações assim, não são fáceis de perceber,
porque não são visíveis. Ou seja, as bases conceptuais da escola estão inseridas
numa zona de invisibilidade (não está explícito). Uma das bases é a "cultura", que
exprime valores, crenças e ideais de um grupo. Isso significa dizer, que as escolas
produzem uma cultura que lhe é própria. A cultura não é um sistema de ligações,
mas uma rede de movimentos, numa perspectiva interacionista.
Esse seria o primeiro passo a se tomar, ou seja, buscar a história dessa instituição
para procurar entender como acontece o seu movimento. O psicopedagogo tem que
tomar conhecimento do documento que dar o perfil que identifica a escola - o Projeto
Político Pedagógico (PPP), que é uma obrigação de toda escola. O PPP é quem
comanda a energia e a vida da escola. Os professores, principalmente, têm que
conhecê-lo, até para saber com o que eles estão compactuando.
Realizar o PPP de forma coletiva é trabalhoso: ouvir os outros, refletir com os outros.
O que de fato acaba acontecendo em muitas escolas é a direção convocar apenas a
equipe técnica para montar o PPP, sem a participação dos professores. Deve-se
romper com essa postura do trabalho "solitário". Tem-se que dar espaço para que
todos possam discutir, interagir, modificar, construir. Muitas vezes, até o diretor
resolve fazê-lo sozinho ou "copiar" de algum colega. Mas, se o PPP identifica a
escola, não poderá ser copiado, pois cada escola tem suas características próprias,
até mesmo o meio onde está inserida - a realidade de cada escola é diferente, tem
suas peculiaridades.
Quando o diretor da escola não sabe montar o PPP, poderá contratar um serviço de
assessoria, para orientá-lo na elaboração, através de dados e informações (filosofia,
meio em que está inserido, tipo de clientela que atende aspectos pedagógicos)
fornecidos de acordo com a realidade da escola. Sua estrutura física: prédio,
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Isso quer dizer que, quanto mais desintegrados forem os subsistemas, menos
entrosamento vai existir neles. Nesse clima de desintegração, vai acontecer
esvaziamento cultural e simbólico (empobrecimento e perda da capacidade de
simbolizar o conhecimento de outra forma, em outras situações), por exemplo,
quando o professor fica amarrado ao planejamento, bem como, quando ocorre uma
assimilação excessivamente tecnocrática (os diretores têm que tomar decisões
autoritárias).
Bassedas destaca que "é importante assinalar que em todos os sistemas abertos existem
sempre tendências contrapostas à estabilidade e à mudança".
CONCLUSÃO
Alguns paradigmas existentes na escola devem ser repensados. A escola deve ter:
uma política de igualdade, que garanta oportunidades; ética da identidade, para
afirmar-se na sua individualidade e saber respeitar a diversidade do outro; estética
da sensibilidade, proporcionando o interagir. E é nesse contexto que entra o trabalho
do psicopedagogo como articulador e promotor de ações que gerem mudanças,
mesmo que de início sejam acanhadas, mas que, dentre outras, principalmente,
minimizem os problemas relativos à aprendizagem.
REFERÊNCIAS
Fonte: https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/o-papel-do-
psicopedagogo-na-instituicao-escolar © Psicologado.com