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l")oG l")oG
1
Este estudo foi desenvolvido de maneira a mais didática possível. Nele são apresentadas
constantemente algumas listagens (seqüência de assuntos dentro de uma mesma idéia), sempre
identificadas pelo uso de marcadores ou numeradores:
Um marcador simples indica uma listagem cuja ordem dos assuntos não é destacada, e
eles podem ter sua ordem alterada. A própria listagem pode ser convertida em texto
simples sem que isso comprometa o entendimento do texto.
Um marcador em seta indica que a identificação e a descrição dos tópicos deve ser
observada e diferenciada de um para o outro.
1. Um numerador simples (1. 2. 3...) indica uma seqüência onde a
ordem deve ser observada e não pode ser alterada, caso contrário poderá comprometer o
entendimento. Algumas vezes um numerador simples é utilizado para apresentar uma
seqüência dentro de outra.
Como o uso dos marcadores e numeradores visa destacar idéias, sempre que necessário, elas
serão destacadas em negrito e itálico.
As várias tabelas e quadros servem para relacionar dados, comparar assuntos, colocar as coisas
de maneira que seja mais fácil para o leitor visualizar o que está sendo tratado ou, simplesmente,
acrescentar alguma informação histórica, cultural, teológica, etc.
As referências e citações bíblicas são abreviadas de acordo com o modelo utilizado pela SBB
(Sociedade Bíblica do Brasil), mesmo quando a versão utilizada não é da SBB.
Como o objetivo maior deste trabalho é servir como um pequeno referencial de estudo, foi
adotada uma forma de numeração dos tópicos, embora a supressão dela não afete o
entendimento do que está sendo abordado.
Estudar o koiné é um desafio para muita gente, maior desafio tem sido para mim o esforço de
fazer este trabalho. Desde 1980, quando estudei um pouco de grego no seminário, não tinha mais
me dedicado ao estudo do koiné, até que em dezembro de 2003 o Pr. João Arantes Costa, um dos
fundadores do CETEVAP – Centro de Estudos Teológicos do Vale do Paraíba, em São José dos
Campos – SP, convidou-me a lecionar esta matéria.
Mais que um convite, ele lançou um desafio para mim. Eu já sabia o tamanho do problema que
estaria assumindo, mas não imaginava o preço que pagaria para isso. As dificuldades foram
muitas, mas Deus deu graça. Em menos de dois meses a primeira edição deste trabalho ficou
pronta, ou melhor, parcialmente pronta, pois obviamente houve falhas, e muita coisa incompleta,
que procurarei corrigir, complementar, esclarecer e comentar melhor na segunda edição, e
também na terceira edição, e com certeza outras alterações serão realizadas a cada futura edição.
A todos irmãos e amigos com quem tenho convivido e trabalhado dedico esta pequena obra,
principalmente aos alunos do CETEVAP, a quem tenho tido a oportunidade de compartilhar não
apenas conhecimento, mas, mais que isso, experiências e uma mesma fé comum em Jesus, nosso
Salvador.
O que mais importa é que este pequeno trabalho sirva para a edificação espiritual dos crentes e
para o crescimento da verdadeira igreja espiritual de Jesus, independente de qualquer título
denominacional em que ela se ache rotulada, pois este estudo foi feito com muita pesquisa e com
muito amor pelo povo de Deus.
Dedico também a meu pai Luiz Lemos de Pinho que me dirigiu nos primeiros passos da fé cristã
e, em especial, à minha esposa Selma e a nossos filhos Heloísa, Selminha e Daniel, a quem
muitas vezes tenho privado da minha companhia a fim de atender a obra de Deus. Que o Senhor
os abençoe grandemente!
Este trabalho não se propõe a responder todas as dúvidas que os leitores têm a respeito de uma
das línguas originais da Bíblia, mas com certeza irá ajudá-los a compreender melhor o sentido do
texto bíblico, habilitando-os a terem um melhor contato com ele. Com isso, terão mais
argumento para discutir e tratar de assuntos relacionados às línguas originais da Bíblia e, o mais
importante, saberão como utilizar sozinhos algumas das ferramentas básicas de estudo e tradução
disponíveis para quem se propõe a estudar este assunto.
Conhecendo o grego koiné do Novo Testamento é um desafio; um desafio difícil, mas não
impossível; um desafio trabalhoso, mas perfeitamente superável. Aqui valem as palavras de
Paulo em 2Tm 2.15:
Bem vindo ao desafio! E que...
1a edição: 2004
2a edição: 2005
3ª edição: 2006
Sumário geral
Introdução .............................................................................................................................. 9
4
Introdução
Vivemos uma época de questionamentos e dúvidas. E tudo isso também ocorre em relação à
Bíblia. Nunca a humanidade conheceu tanto sobre tantos assuntos diferentes. Do mesmo modo
podemos dizer que nunca os cristãos conheceram tanto sobre a Bíblia como agora.
Deus não muda e sua palavra não muda (Lc 21.33), mas o mundo muda, o conhecimento muda
em progressão geométrica, as pessoas mudam e a igreja, que é formada por pessoas, também
muda. Com isso não é possível parar no tempo e no espaço e permanecer apegado aos
rudimentos da fé (Hb 6.1). Todo cristão deve estar preparado para os novos conhecimentos,
novas críticas e comentários contra a palavra de Deus. Deve estar preparado para as novas
descobertas científicas, arqueológicas, etnológicas, filológicas, etc., que em tudo têm confirmado
a veracidade da palavra de Deus. Um requisito indispensável para quem sabe que enfrentará esse
tipo de problema é o conhecimento do texto e da linguagem original da Bíblia. Isso dá mais
subsídios para argumentação daquilo que crê (1Pe 3.15).
O grego é essencialmente uma língua intelectual, técnica e prática, que apela à razão e não às
emoções, maior prova disso está na existência dos grandes filósofos gregos, uma classe de
pessoas que nenhuma civilização do passado teve em tão grande número, como a Grécia.
O grego é um idioma indo-europeu (ou ariano), e como todo idioma indo-europeu é bastante
flexionado, porém sua forma prática e suas expressões precisas, aliadas às suas variações e
declinações geralmente regulares e simples facilitam o aprendizado e o entendimento por parte
de pessoas com outras línguas mãe. Tais características fizeram do grego, e fazem ainda hoje,
uma língua para uso científico, técnico, filosófico, teológico e, até mesmo, comercial e
diplomático.
Esta era a língua mais difundida nos dias de Jesus em todo Mediterrâneo oriental, principalmente
sua forma vulgar (popular) conhecida como koiné (pronuncie: kóinê, com tonicidade na última
sílaba, sem nasalização). Foi nessa língua que o texto do Novo Testamento foi escrito, e suas
características contribuíram para a grande difusão do evangelho.
Se quisermos conhecer o texto bíblico original do Novo testamento temos de estudar a língua em
que ele foi escrito. Neste trabalho estaremos conhecendo os rudimentos dessa língua de maneira
tal que, no fim deste primeiro módulo, já poderemos compreender como é formado o
pensamento do vernáculo grego, suas classes gramaticais, além de poder ler e compreender algo
do texto grego do Novo Testamento, tomando como base o cap. 1 do evangelho de João.
Após observarmos uma rápida introdução histórica à origem do povo, da língua e da escrita
grega, poderemos dividir o resto deste trabalho em basicamente 4 partes:
1. Estudo de fonética, a fim podermos ler o koiné com desenvoltura.
2. Estudo dos substantivos e termos correlacionados: artigos, adjetivos e pronomes, a fim
podermos entender as declinações das palavras do koiné.
3. Paralelamente teremos o estudo das formas verbais básicas e os advérbios, a fim de
podermos entender a formação do pensamento e das orações no koiné.
4. Estudo de outras classes gramaticais: preposições, conjunções, numerais e intejeições, a
fim de vermos os termos acessórios na oração e a fluência da língua.
Esta quádrupla divisão está distribuída por 4 módulos, porém os módulos não correspondem a
cada uma das divisões, pois a ordem dos assuntos será intercalada. Isso foi feito para evitar o
5
enfado de ficar num mesmo assunto o tempo todo, e também porque é bom irmos assimilando
uma visão gramatical mais ampla antes de nos aprofundarmos num mesmo assunto.
As famílias lingüísticas
Existem 26 grandes famílias lingüísticas no mundo, sendo uma delas a indo-européia ou ariana.
As outras são: camito-semita (ou afro-asiática – onde está o hebraico), uralo-altaica, tai-chinesa,
tibeto-birmanesa, malaio-polinésia, austro-asiática, dravídica, além de várias famílias dos negros
africanos, de indígenas americanos e outras línguas de classificação controversa.
A indo-européia pode ser identificada como a principal família descendente de Jafé, o filho mais
novo de Noé (Gn 10.2-5). Os indo-europeus são originários do sul da Rússia atual, entre o
Cáucaso e litoral norte do mar Negro até a região sul e oeste do rio Volga, e como o próprio
nome diz, espalharam-se por praticamente toda a Europa* até a região centro-norte da Índia
(antes mesmo de 3000 a.C.), e se dividem em diversas sub-famílias e ramos.
A sub-família européia ocidental:
itálico ou neo-latino: latim, italiano, português, francês, espanhol, etc.
germânico: alemão, inglês, holandês, sueco, dinamarquês, etc.
céltico: celta, irlandês, galês, bretão, etc.
A sub-família européia oriental:
eslavo: russo, polonês, ucraniano, belaurus, etc.
iugoslavo: sérvio, croata, esloveno, etc.
báltico: lituano, letão, prussiano antigo, etc.
búlgaro
A sub-família européia balcânica:
grego – este é o foco de nosso estudo.
albanês
ilírico (extinto)
trácio (extinto)
A sub-família européia caucasiana:
armênio
A sub-família asiática anatoliana:
anatólico: hitita, lídio, etc. (todos já extintos)
A sub-família asiática árica:
iraniano: persa, curdo, afegani, etc.
tocariano: na Ásia central.
A sub-família asiática indiana:
indo: hindi, bengali, etc.
Línguas derivadas modernas:
africânder
várias línguas crioulas da África e América Central.
* Na Europa, só não são indo-europeus: basco, húngaro, turco, estoniano, finlandês e lapão.
6
Conhecendo o grego koiné do Novo Testamento
Módulo 1
História – Fonética – Morfologia – Estrutura básica da língua grega
8
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo ...................
9.1. Formas verbais primárias ..................................................................................................
9.2. O presente do indicativo ativo (VIPA) do verbo ...........................................................
9.3. Presente do Indicativo Médio (VIPM) e Presente do Indicativo Passivo (VIPP) .............
9.4. Verbos contratos .................................................................................................................
9.5. Paradigmas de verbos de terminação no VIPA e VIPM/P ...........................................
9.6. O presente e o futuro do indicativo do verbo .............................................................
9.7. Usos do presente do indicativo ...........................................................................................
9
Módulo 1
História – Fonética – Morfologia – Estrutura básica da língua grega
Objetivo do Módulo 1:
Conhecer a estrutura básica da língua grega do Novo Testamento.
1. História – A origem do povo, da língua e Conhecer como foi formado o povo grego, seu
da escrita grega idioma e sua escrita.
7. Verbos 1 – Estrutura e flexões dos verbos, Entender a estrutura e flexão dos verbos em
e apresentação do verbo grego, em especial do verbo auxiliar .
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Este estudo foi desenvolvido de maneira a mais didática possível. Nele são apresentadas
constantemente algumas listagens (seqüência de assuntos dentro de uma mesma idéia), sempre
identificadas pelo uso de marcadores ou numeradores:
Um marcador simples indica uma listagem cuja ordem dos assuntos não é destacada, e
eles podem ter sua ordem alterada. A própria listagem pode ser convertida em texto
simples sem que isso comprometa o entendimento do texto.
Um marcador em seta indica que a identificação e a descrição dos tópicos deve ser
observada e diferenciada de um para o outro.
1. Um numerador simples (1. 2. 3...) indica uma seqüência onde a
ordem deve ser observada e não pode ser alterada, caso contrário poderá comprometer o
entendimento. Algumas vezes um numerador simples é utilizado para apresentar uma
seqüência dentro de outra.
Como o uso dos marcadores e numeradores visa destacar idéias, sempre que necessário, elas
serão destacadas em negrito e itálico.
As várias tabelas e quadros servem para relacionar dados, comparar assuntos, colocar as coisas
de maneira que seja mais fácil para o leitor visualizar o que está sendo tratado ou, simplesmente,
acrescentar alguma informação histórica, cultural, teológica, etc.
As referências e citações bíblicas são abreviadas de acordo com o modelo utilizado pela SBB
(Sociedade Bíblica do Brasil), mesmo quando a versão utilizada não é da SBB.
Como o objetivo maior deste trabalho é servir como um pequeno referencial de estudo, foi
adotada uma forma de numeração dos tópicos, embora a supressão dela não afete o
entendimento do que está sendo abordado.
Estudar o koiné é um desafio para muita gente, maior desafio tem sido para mim o esforço de
fazer este trabalho. Desde 1980, quando estudei um pouco de grego no seminário, não tinha mais
me dedicado ao estudo do koiné, até que em dezembro de 2003 o Pr. João Arantes Costa, um dos
fundadores do CETEVAP – Centro de Estudos Teológicos do Vale do Paraíba, em São José dos
Campos – SP, convidou-me a lecionar esta matéria.
1
Mais que um convite, ele lançou um desafio para mim. Eu já sabia o tamanho do problema que
estaria assumindo, mas não imaginava o preço que pagaria para isso. As dificuldades foram
muitas, mas Deus deu graça. Em menos de dois meses a primeira edição deste trabalho ficou
pronta, ou melhor, parcialmente pronta, pois obviamente houve falhas, e muita coisa incompleta,
que procurarei corrigir, complementar, esclarecer e comentar melhor na segunda edição, e
também na terceira edição, e com certeza outras alterações serão realizadas a cada futura edição.
A todos irmãos e amigos com quem tenho convivido e trabalhado dedico esta pequena obra,
principalmente aos alunos do CETEVAP, a quem tenho tido a oportunidade de compartilhar não
apenas conhecimento, mas, mais que isso, experiências e uma mesma fé comum em Jesus, nosso
Salvador.
O que mais importa é que este pequeno trabalho sirva para a edificação espiritual dos crentes e
para o crescimento da verdadeira igreja espiritual de Jesus, independente de qualquer título
denominacional em que ela se ache rotulada, pois este estudo foi feito com muita pesquisa e com
muito amor pelo povo de Deus.
Dedico também a meu pai Luiz Lemos de Pinho que me dirigiu nos primeiros passos da fé cristã
e, em especial, à minha esposa Selma e a nossos filhos Heloísa, Selminha e Daniel, a quem
muitas vezes tenho privado da minha companhia a fim de atender a obra de Deus. Que o Senhor
os abençoe grandemente!
Este trabalho não se propõe a responder todas as dúvidas que os leitores têm a respeito de uma
das línguas originais da Bíblia, mas com certeza irá ajudá-los a compreender melhor o sentido do
texto bíblico, habilitando-os a terem um melhor contato com ele. Com isso, terão mais
argumento para discutir e tratar de assuntos relacionados às línguas originais da Bíblia e, o mais
importante, saberão como utilizar sozinhos algumas das ferramentas básicas de estudo e tradução
disponíveis para quem se propõe a estudar este assunto.
Conhecendo o grego koiné do Novo Testamento é um desafio; um desafio difícil, mas não
impossível; um desafio trabalhoso, mas perfeitamente superável. Aqui valem as palavras de
Paulo em 2Tm 2.15:
Bem vindo ao desafio! E que...
1a edição: 2004
2a edição: 2005
3ª edição: 2006
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Sumário geral
Introdução .............................................................................................................................. 9
3
Introdução
Vivemos uma época de questionamentos e dúvidas. E tudo isso também ocorre em relação à
Bíblia. Nunca a humanidade conheceu tanto sobre tantos assuntos diferentes. Do mesmo modo
podemos dizer que nunca os cristãos conheceram tanto sobre a Bíblia como agora.
Deus não muda e sua palavra não muda (Lc 21.33), mas o mundo muda, o conhecimento muda
em progressão geométrica, as pessoas mudam e a igreja, que é formada por pessoas, também
muda. Com isso não é possível parar no tempo e no espaço e permanecer apegado aos
rudimentos da fé (Hb 6.1). Todo cristão deve estar preparado para os novos conhecimentos,
novas críticas e comentários contra a palavra de Deus. Deve estar preparado para as novas
descobertas científicas, arqueológicas, etnológicas, filológicas, etc., que em tudo têm confirmado
a veracidade da palavra de Deus. Um requisito indispensável para quem sabe que enfrentará esse
tipo de problema é o conhecimento do texto e da linguagem original da Bíblia. Isso dá mais
subsídios para argumentação daquilo que crê (1Pe 3.15).
O grego é essencialmente uma língua intelectual, técnica e prática, que apela à razão e não às
emoções, maior prova disso está na existência dos grandes filósofos gregos, uma classe de
pessoas que nenhuma civilização do passado teve em tão grande número, como a Grécia.
O grego é um idioma indo-europeu (ou ariano), e como todo idioma indo-europeu é bastante
flexionado, porém sua forma prática e suas expressões precisas, aliadas às suas variações e
declinações geralmente regulares e simples facilitam o aprendizado e o entendimento por parte
de pessoas com outras línguas mãe. Tais características fizeram do grego, e fazem ainda hoje,
uma língua para uso científico, técnico, filsosófico, teológico e, até mesmo, comercial e
diplomático.
Esta era a língua mais difundida nos dias de Jesus em todo Mediterrâneo oriental, principalmente
sua forma vulgar (popular) conhecida como koiné (pronuncie: kóinê, com tonicidade na última
sílaba, sem nasalização). Foi nessa língua que o texto do Novo Testamento foi escrito, e suas
características contribuíram para a grande difusão do evangelho.
Se quisermos conhecer o texto bíblico original do Novo testamento temos de estudar a língua em
que ele foi escrito. Neste trabalho estaremos conhecendo os rudimentos dessa língua de maneira
tal que, no fim deste primeiro módulo, já poderemos compreender como é formado o
pensamento do vernáculo grego, suas classes gramaticais, além de poder ler e compreender algo
do texto grego do Novo Testamento, tomando como base o cap. 1 do evangelho de João.
Após observarmos uma rápida introdução histórica à origem do povo, da língua e da escrita
grega, poderemos dividir o resto deste trabalho em basicamente 4 partes:
5. Estudo de fonética, a fim podermos ler o koiné com desenvoltura.
6. Estudo dos substantivos e termos correlacionados: artigos, adjetivos e pronomes, a fim
podermos entender as declinações das palavras do koiné.
7. Paralelamente teremos o estudo das formas verbais básicas e os advérbios, a fim de
podermos entender a formação do pensamento e das orações no koiné.
8. Estudo de outras classes gramaticais: preposições, conjunções, numerais e intejeições, a
fim de vermos os termos acessórios na oração e a fluência da língua.
Esta quádrupla divisão está distribuída por 4 módulos, porém os módulos não correspondem a
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cada uma das divisões, pois a ordem dos assuntos será intercalada. Isso foi feito para evitar o
enfado de ficar num mesmo assunto o tempo todo, e também porque é bom irmos assimilando
uma visão gramatical mais ampla antes de nos aprofundarmos num mesmo assunto.
As famílias lingüísticas
Existem 26 grandes famílias lingüísticas no mundo, sendo uma delas a indo-européia ou ariana.
As outras são: camito-semita (ou afro-asiática – onde está o hebraico), uralo-altaica, tai-chinesa,
tibeto-birmanesa, malaio-polinésia, austro-asiática, dravídica, além de várias famílias dos negros
africanos, de indígenas americanos e outras línguas de classificação controversa.
A indo-européia pode ser identificada como a principal família descendente de Jafé, o filho mais
novo de Noé (Gn 10.2-5). Os indo-europeus são originários do sul da Rússia atual, entre o
Cáucaso e litoral norte do mar Negro até a região sul e oeste do rio Volga, e como o próprio
nome diz, espalharam-se por praticamente toda a Europa* até a região centro-norte da Índia
(antes mesmo de 3000 a.C.), e se dividem em diversas sub-famílias e ramos.
A sub-família européia ocidental:
itálico ou neo-latino: latim, italiano, português, francês, espanhol, etc.
germânico: alemão, inglês, holandês, sueco, dinamarquês, etc.
céltico: celta, irlandês, galês, bretão, etc.
A sub-família européia oriental:
eslavo: russo, polonês, ucraniano, belaurus, etc.
iugoslavo: sérvio, croata, esloveno, etc.
báltico: lituano, letão, prussiano antigo, etc.
búlgaro
A sub-família européia balcânica:
grego – este é o foco de nosso estudo.
albanês
ilírico (extinto)
trácio (extinto)
A sub-família européia caucasiana:
armênio
A sub-família asiática anatoliana:
anatólico: hitita, lídio, etc. (todos já extintos)
A sub-família asiática árica:
iraniano: persa, curdo, afegani, etc.
tocariano: na Ásia central.
A sub-família asiática indiana:
indo: hindi, bengali, etc.
Línguas derivadas modernas:
africânder
várias línguas crioulas da África e América Central.
* Na Europa, só não são indo-europeus: basco, húngaro, turco, estoniano, finlandês e lapão.
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Conhecendo o grego koiné do Novo Testamento
Módulo 1
História – Fonética – Morfologia – Estrutura básica da língua grega
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9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo ...................
9.1. Formas verbais primárias ..................................................................................................
9.2. O presente do indicativo ativo (VIPA) do verbo ...........................................................
9.3. Presente do Indicativo Médio (VIPM) e Presente do Indicativo Passivo (VIPP) .............
9.4. Verbos contratos .................................................................................................................
9.5. Paradigmas de verbos de terminação no VIPA e VIPM/P ...........................................
9.6. O presente e o futuro do indicativo do verbo .............................................................
9.7. Usos do presente do indicativo ...........................................................................................
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Módulo 1
História – Fonética – Morfologia – Estrutura básica da língua grega
Objetivo do Módulo 1:
Conhecer a estrutura básica da língua grega do Novo Testamento.
1. História – A origem do povo, da língua e Conhecer como foi formado o povo grego, seu
da escrita grega idioma e sua escrita.
7. Verbos 1 – Estrutura e flexões dos verbos, Entender a estrutura e flexão dos verbos em
e apresentação do verbo grego, em especial do verbo auxiliar .
9
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e suas flexões
Substantivo ou nome é a palavra que indica qualquer ser que possa existir, quer do mundo real
ou no imaginário. Indica substantância, ou tudo que se vê, ouve, sente ou imagina. Os
substantivos podem ser:
concretos
pessoas: menino, homem, mulher.
animais: leão, cachorro, cobra.
lugares: casa, rio, rua.
coisas: pedra, porta, faca.
meses: janeiro, fevereiro, março.
fenômenos naturais: chuva, vento, raio.
abstratos
entidades imaginárias: fantasma, duende.
sentimentos: amor, ódio, inveja.
qualidades ou defeitos: beleza, bondade, falsidade.
sensação: calor, fome, dor.
ações: vingança, choro, apoio.
situações: morte, vida.
próprios
pessoais: Deus, Jesus, João.
lugares: Judéia, Jerusalém, Grécia.
palavras substantivadas
verbos no infinitivo: o amar, o odiar.
adjetivos: o amarelo, o triste, o justo
radical das demais palavras é . É importante observar que o radical permanece
invariável nas declinações de seu substantivo ou adjetivo.
3. Vogal temática ou de ligação. Vogal de sonorização acrescida à raiz, e serve de
combinação para a desinência da palavra. No caso de , e a vogal
temática é (em a vogal temática é , apesar de não parecer, por causa da vogal
longa). No caso de e , a vogal temática é .
Muitas vezes a vogal temática pode sofrer alongamento ( ou e ), ou pode estar
fundida com a terminação, ou pode ser simplesmente suprimida (sincopada).
4. Tema. É a junção do radical com a vogal temática. Nos casos acima temos e .
5. Desinência. São os sufixos que servem para indicar gênero, número e caso dos
substantivos. Nos exemplos acima temos , e .
Obs.: Em grego, (palavras) é do gênero masculino. Cuidado! O gênero e número de uma
palavra em português não são garantia de que ocorrerá o mesmo em grego, e vice versa.
outras terminações masculinas, e nem sempre é garantia de que o nome é masculino.
São palavras femininas: (caminho) e (livro), sendo comum o uso do artigo
feminino: e .
Também podemos ter palavra de gênero neutro: (água).
Deve ser tomado cuidado com relação aos nomes próprios, veja o caso de e
(observe as terminações).
4- Nomes comuns de dois gêneros. Os nomes de animais e alguns nomes de pessoas são comuns
para os gêneros masculino e feminino, o uso do artigo é que vai defini-lo, por exemplo:
(o menino), (a menina), (o boi), (a vaca), (o deus, Deus),
(a deusa).
Vocabulário
Sempre que possível será indicada a classe gramatical, o número de citações da mesma no Novo
Testamento, seu significado e alguma palavra para facilitar a memorização.
Como nem sempre é fácil identificar o gênero do substantivo, os dicionários trazem o artigo
para masculino, para feminino ou para neutro. Se possuir mais de um gênero virá mais de
um artigo, por exemplo:
= boi, vaca; vitela. Temos = boi; = vaca.
Se a palavra apresentar alguma possível variante, a mesma será indicada, por exemplo:
, = Davi. Podemos ter , ou .
Obs.: Toda palavra com mais de 100 citações deverá ser decorada (estarão sempre em negrito).
Há palavras com menos de 100 citações, e também deverão ser decoradas (estarão em negrito).
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5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e suas flexões
singular plural
o homem os homens
substantivos
a palavra as palavras
masculinos
o filho os filhos
a terra as terras
a mulher as mulheres
substantivos a voz as vozes
femininos a igreja as igrejas
o dia os dias
o coração os corações
a criança as crianças
substantivos
o evangelho os evangelhos
neutros
o demônio os demônios
Obs.: A maioria dos substantivos masculinos termina em no singular, e no plural. A
maioria dos substantivos femininos termina em ou (ou ) no singular, e no plural. A
maioria dos substantivos neutros termina ou no singular, e no plural. Cuidado! Isto
não é regra geral, pos há várias exceções que não se enquadram nas maiorias.
Exercício
1- Dê o plural e o singular das seguintes palavras:
dê o plural dê o singular
1- Nominativo (o que tem nome). É o substantivo na sua forma original (um nome), o qual
desempenha a função de sujeito da oração ou predicativo do sujeito. Pode ser antecedido por
55
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e suas flexões
artigo.
Sujeito: = o apóstolo evangeliza o amigo.
Predicativo do sujeito: = Deus é o Senhor.
2- Genitivo (o que gera). Indica posse e serve para especificar, definir ou descrever algo.
Equivale ao uso da preposição “de” em português. Repare que se houver artigo antes do
nominativo, no genitivo também haverá.
= homem; = de homem.
= palavra de homem.
= a palavra do homem.
= o reino de Cristo.
3- Ablativo (o que pode cortar, separar). Indica origem, procedência, ponto de partida,
separação, afastamento ou derivação. Em português equivale ao uso da preposição “de” ou
“desde”.
= a salvação vem de Deus.
Obs.: A terminação do ablativo é a mesma do genitivo, por isso ambos são considerados
juntos, e chamados simplesmente de genitivo.
4- Dativo (relação indireta). Indica a pessoa ou objeto sobre quem recai a ação do verbo.
Corresponde em português ao objeto indireto. Observe que não tem preposição porque ela já é
subentendida no próprio substantivo e no artigo, se este último existir, mas na tradução para o
português deve ser colocada a preposição “a” ou “para”.
= falo ao homem.
Obs.: O locativo e o instrumental são semelhantes ao dativo, por isso os 3 são considerados
juntos, e chamados simplesmente de dativo. Correspondem em português ao objeto indireto.
7- Acusativo (acusação direta). Indica a pessoa ou objeto sobre quem recai a ação do verbo.
Corresponde em português ao objeto direto na oração. Não tem preposição (mas pode ter artigo),
56
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e suas flexões
Exercício
2- Vá agora ao trabalho final, identifique outros substantivos com seus respectivos casos,
gêneros e números. Apenas folheie o trabalho final e se habitue com ele, pois esta será sua
principal atividade prática a partir do próximo exercício e, em especial, a partir das próximas
lições.
adaptados à língua grega. Uma característica marcante dos substantivos indeclináveis é que não
cumprem a regra de terminação das palavras gregas (término sem ser em vogal, ditongo, , ,
, ou ), por exemplo: , , , , , , ,
, .
Também são indeclináveis, apesar do término em vogal: , , ,
, .
Observe os exemplos:
Jo 1.46: = e disse ele a Natanael...
Jo 1.45: = acha Filipe a Natanael e diz
a ele... (observe que o “a” na frente de Filipe é um artigo em grego e não uma preposição, como
em português).
No v. 46 (e também no 48 e 49) a palavra Natanael está no caso nominativo, enquanto que no v.
45 (e também no 47) está no caso acusativo, e ela não sofre vartiação em todos eles.
Vocabulário
Os substantivos próprios mais comuns no Novo Testamento são (só estão listados os que
aparecem mais de 15 vezes, ou os citados em Jo 1, mesmo que apareçam menos de 15 vezes):
Nomes de pessoas
(subst. indec., 73) = Abraão.
(subst., 13) = André.
(subst., 12) = Batista; o que batiza.
(subst. indec., 59) = Davi.
(subst., 29) = Elias.
(subst. indec., 27) = Jacó.
(subst., 42) = Tiago.
(subst., 912, em 908 se refere a Jesus Cristo) = Jesus, Josué,
Isaías.
(subst., 44) = Judas, Judá.
(subst. indec., 68) = Israel.
(subst., 134) = João.
(subst., 39 - é indec.) = José.
(subst., 29) = César.
(subst., 9) = Cefas.
(subst., 54) = Maria, Miriam.
(subst., 2) = Messias, Cristo, Ungido.
(subst., 80) = Moisés.
(subst., 19) = Nazareno, natural ou habitante de Nazaré.
59
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e suas flexões
Obs.: Para nosso estudo vamos considerar a palavra Deus e Espírito (ou Espírito Santo) como
nomes próprios, quando se referirem repectivamente ao Deus verdadeiro e ao Espírito Santo. E
também a palavra Rabi, quando se referir a Cristo:
(subst., 1312) = Deus; deus, deusa – (teologia).
(subst., 379) = vento, sopro; espírito, Espírito –
(pneumatologia).
ou (subst. indec., 15, em 13 se refere a Cristo) = Mestre, meu
mestre.
Nomes de lugares
(subst., 25) = Egito.
(subst., 18) = Ásia.
(subst., 12) = Betânia.
(subst., 61) = Galiléia.
(subst. indec., 61) = Jerusalém.
(subst. indec., 78) = Jerusalém.
(subst., 15) = Jordão.
(subst., 45) = Judéia.
(subst., 19) = Cesaréia.
(subst. indec., 16) = Cafarnaum.
(subst. indec., 12) = Nazaré.
Nomes de origem
(subst., 11) = galileu.
(subst., 25) = helênico, grego; qualquer pessoa gentia.
(subst., 195) = judeu, judaico.
(subst., 98) = fariseu.
Exercício de leitura
3- Treine sua leitura no texto a seguir. Procure se familiarizar com o texto e com a pronúncia.
60
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e suas flexões
Jo 1.1-9
1
2
3
4
5
6
7
8
9
61
6. Artigo 1 – Gênero, número, caso e usos especiais do artigo
O uso do símbolo )( indica que o termo grego correspondente foi suprimido na tradução, pois
ele não faria sentido em português.
Existem 3 gêneros de substantivos: masculino, feminino e neutro, o mesmo vale para os artigos.
Quanto ao número, existem substantivos no singular e no plural, o mesmo vale para os artigos.
Existem 8 casos (em 5 formas) de substantivos: o nominativo; o genitivo e o ablativo; o dativo, o
locativo e o instrumental; o acusativo e o vocativo, mas existem 7 casos em 4 formas de artigos,
um para cada caso de substantivo (menos para o vocativo).
Observações:
1. Posteriormente veremos que os artigos masculinos e neutros seguem as terminações dos
substantivos de segunda declinação, enquanto que os artigos femininos seguem as
terminações dos substantivos de primeira declinação.
2. Com exceção do nominativo masculino e feminino, todos os demais começam com a
letra . Isto será importante no futuro para o entendimento dos substantivos porque
retirando-se esse inicial, a terminação dos substantivos em cada caso será idêntica à
62
6. Artigo 1 – Gênero, número, caso e usos especiais do artigo
Vocabulário
No dicionário não são exibidas todas as declinações dos artigos, mas apenas a forma básica do
mesmo: - (art., 543) = o, a. No vocabulário temos todas as declinações dos artigos.
Tenha a tabela e o vocabulário à mão para consultá-los sempre que necessário.
63
6. Artigo 1 – Gênero, número, caso e usos especiais do artigo
(art. fem. sing. dat./loc./inst.). / Dat = à. / Loc. = na. / Inst. = com a, pela.
(art. fem. sing. acus.) = a.
(art. fem. sing. gen./abl.) = da.
(art. neut. sing. nom. e acus.) = o, a.
(art. masc./neut. pl. dat./loc./inst.). / Masc. dat = aos. / Masc. loc. = nos. /
Masc. inst. = com os, pelos. / Neut. dat. = aos, às. / Neut. loc. = nos/nas. / Neut.
inst. = com os/as, pelos/as.
(art. masc. sing. acus.) = o.
(art. masc./neut. sing. gen./abl.). / Masc. = do. Neut. = do/a.
(art. masc. pl. acus.) = os.
(art. masc./neut. sing. dat./loc./inst.). / Masc. dat. = ao. / Masc. loc. = no. /
Masc. inst. = com o, pelo. / Neut. dat. = ao, à. / Neut. loc. = no/na. / Neut. inst.
= com o/a, pelo/a.
(art. masc./fem./neut. pl. gen./abl.). / Masc. = dos. / Fem. = das. / Neut. =
dos/das.
Exercício
1- Coloque os artigos correspondentes para cada substantivo:
64
6. Artigo 1 – Gênero, número, caso e usos especiais do artigo
Atenção!: As vezes para expressar um artigo indefinido pode ser usado um numeral: = um
(para masculino); = uma (para feminino); = um/uma (para neutro). Também pode ser
usado o pronome indefindo ou = um, algum, algo, alguém, qualquer um, certo, um certo.
Tais casos serão tratados no futuro, dentro dos assuntos correspondentes.
2- Uso do artigo antes de nomes próprios. Tal recurso é utilizado regularmente para reforçar o
nome próprio, mas não é obrigatório, por exemplo:
= Jesus.
= Jesus.
É importante observar que existem casos especiais de palavras que são transformadas em nomes
próprios pelo uso do artigo, por exemplo:
= deus, um deus, deusa, uma deusa.
= o deus, mas geralmente significa “Deus”.
= filho, um filho.
= o filho, mas geralmente significa o “Filho” de Deus ().
= ungido, um ungido.
= o ungido, mas geralmente significa = Cristo.
65
6. Artigo 1 – Gênero, número, caso e usos especiais do artigo
Exercício
2- Identifique e traduza todos os artigos que aparecem no texto abaixo:
1
masc. sing. nom. = o ↑ ↑ ↑ ↑
Exercício de leitura
3- Treine sua leitura nos textos a seguir. Aproveite para grifar os artigos:
Jo 1.10-18
10
11
12
13
14
66
6. Artigo 1 – Gênero, número, caso e usos especiais do artigo
67
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
Verbo é a palavra que indica uma ação, o resultado de uma ação, um acontecimento, um
fenômeno natural, um desejo, um estado ou simplesmente liga o sujeito a alguma qualidade sua.
Em todo idioma do mundo, os 2 elementos mais importantes envolvidos na linguagem são os
substantivos e os verbos, sendo que estes determinam a construção das orações e,
conseqüentemente, a própria estrutura do pensamento de qualquer idioma. Uma oração pode
existir sem outro elemento gramatical, mas não existe oração sem verbo.
Em português os verbos são indicados sempre na forma infinitiva, por exemplo: falar, escrever.
Em grego os verbos são geralmente indicados na primeira pessoa do singular do presente do
indicativo na voz ativa, por exemplo: (eu escrevo), (eu amo), (eu falo).
Repare que todos são paroxítonos e terminam em .
Alguns verbos (chamados de verbos defectivos) são enunciados na voz média ou passiva, por
exemplo: (eu posso), (eu vou, eu venho). Repare que são proparoxítonos e
terminam em .
68
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
tempos verbais secundários: imperfeito, aoristo, perfeito ativo e mais que perfeito.
8. móvel. Se junta ao fim do verbo para dar sonorização, sendo usado apenas em 2 casos:
na terceira pessoa e quando a palavra seguinte começar com vogal.
quando uma oração termina com um verbo na terceira pessoa.
9. Prefixo. Uma letra () que antecede o verbo para formar o tempo verbal primeiro
aoristo, imperfeito e mais que perfeito.
10. Preposição. Os verbos compostos apresentam uma preposição antes do radical (ou
prefixo, se houver).
tema
radical vogal terminação
prefixo duplicador raiz aumento temática verbal móvel exemplo
= eles soltaram
= nós nos soltamos
Verbo na terceira pessoa do plural do mais que perfeito ativo do indicativo é ,
na primeira pessoa do plural do aoristo médio é .
69
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
Nas conjugações em grego não são utilizados os pronomes pessoais do caso reto como em
português, mas é possível a utilização dos mesmos para o caso de ênfase (sujeito pronominal):
= sou o caminho.
= eu (somente eu, não outro) sou o caminho.
1- Ação incompleta ou contínua, em andamento, linear ou aspecto durativo. Indica uma ação
em desenvolvimento, portanto ainda incompleta:
Tempo presente. Expressa uma ação que está ocorrendo, por exemplo: = (eu)
escrevo ou (eu) estou escrevendo no momento.
Tempo imperfeito. Expressa uma ação incompleta, isto é, não foi completada no passado,
por exemplo: = (eu) escrevia ou (eu) estava escrevendo (a ação de escrever não
se completou).
70
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
Tempo futuro. Expressa uma ação futura, por exemplo: = (eu) escreverei ou (eu)
estarei escrevendo.
Repare nos 3 tempos que a ênfase não é se a ação é, foi ou será feita, mas, sim, que a ação está,
estava ou estará sendo feita, ou seja, as 3 situações expressam uma ação em andamento quer no
presente, no passado ou no futuro, portanto é uma ação incompleta.
2- Ação completa ou pontilinear. Indica uma ação que é vista como um todo (completa), não
importando quanto tempo a ação levou ou levará para ser completada.
Tempo aoristo. Expressa uma ação que foi completada, mas não define quando e nem
qual a sua duração, por exemplo: = (eu) escrevi.
Tempo futuro. Expressa uma ação que será completada no futuro, por exemplo: =
(eu) escreverei.
71
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
VIPA ou VIP
1ps eu sou
2ps tu és
3ps ele/a é
1pp nós somos
2pp vós sois
3pp eles/as são
72
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
Observações:
1. Todas as formas do presente do indicativo do são enclíticas (com exceção do ),
isto é, são ligadas à palavra anterior e pronunciadas em conjunto com ela. Também
podem transferir sua acentuação para a palavra ao qual se ligam.
2. A forma torna-se em 2 situações:
No início de uma oração, quando significa existe.
Quando vier após: , , , , , , , , .
Vocabulário
Normalmente o dicionário só indica as formas básicas do verbo, e na primeira pessoa do singular
do presente do indicativo ativo (VIPA), assim o verbo aparece como:
Se a pessoa não souber conjugar o verbo, com certeza terá dificuldade em localizar as demais
formas. Em nosso vocabulário vamos colocar as principais formas do verbo .
Exercícios
1- Decore o verbo no presente do indicativo (VIPA). Depois o escreva 5 vezes, sem olhar:
73
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
Deus é amor.
João é profeta.
Eu estou em casa.
Exercício de leitura
4- Treine sua leitura no texto a seguir. Aproveite para grifar o verbo , no VIPA:
Jo 1.19-28
19
20
21
22
23
24
25
26
74
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
27
28
75
Anexo 2 – A estrutura da oração e a formação básica do pensamento grego
Na língua portuguesa a oração normalmente apresenta um sujeito (quem realiza uma ação) e um
predicado (a ação realizada). O núcleo do sujeito geralmente é um substantivo ou pronome
pessoal, e, em condições normais, o núcleo do predicado é um verbo, porém ele quase sempre é
acompanhado de algum outro substantivo que completa o predicado.
A ordem direta da oração em português é: sujeito + verbo + predicado, por exemplo: ao dizer:
homem constrói casa. Já dá para entender a idéia que se pretende transmitir. Também dá para
identificar o sujeito (homem), o verbo (constrói) e o objeto do predicado (casa). Ainda dá para
identificar dois substantivos (homem e casa).
Para o bom entendimento da idéia (mensagem), a oração deve ter um sentido claro, por isso é
importante que sejam conhecidos os elementos associados aos substantivos (artigos, adjetivos,
pronomes e preposições), e os elementos associados aos verbos (advérbios e preposições).
Assim, é possível acrescentar algo à oração inicial para melhorar seu significado: O homem
constrói a casa. Acrescentamos apenas dois artigos (o, a).
É possível ainda acrescentar algo mais: O homem sábio constrói cuidadosamente a sua casa.
Agora acrescentamos um adjetivo (sábio), um advérbio (cuidadosamente) e um pronome
possessivo (sua). E assim por diante.
É importante observar que a ordem dos termos da oração determina o sentido da mesma. A
oração “o homem constrói a casa” tem sentido claro, mas se dissermos “o homem a casa
constrói”, ou “a casa o homem constrói”, ou “a casa constrói o homem”, ou “constrói a casa o
homem”, ou “constrói o homem a casa”, o sentido dessas outras orações pode não ser o mesmo
da primeira oração, e mesmo que seja, não está tão claro.
Em grego esse problema praticamente não existe, pois os substantivos têm formas diferentes
para cada uma das funções que porventura venham a desempenhar na oração, por exemplo:
= o homem (sujeito da oração – caso nominativo), enquanto que = a casa (se
fosse sujeito), mas casa é objeto direto (caso acusativo), portanto: = a casa. Assim
podemos dizer:
(sujeito + verbo + objeto), ou
(sujeito + objeto + verbo), ou
(objeto + sujeito + verbo), ou
(objeto + verbo + sujeito), ou
(verbo + sujeito + objeto), ou
(verbo + objeto + sujeito).
Em qualquer uma dessas orações continua sendo sujeito (pois a declinação do artigo
e do substantivo mostram que é sujeito – caso nominativo) e continua sendo objeto
76
Anexo 2 – A estrutura da oração e a formação básica do pensamento grego
direto (pois a declinação do artigo e do substantivo mostram que é caso acusativo. Assim temos:
“O homem constrói a casa”, independentemente da ordem dos termos envolvidos.
Conclusão: O grego não se preocupa tanto com a ordem das palavras (embora geralmente
apresente sujeito + verbo + predicado), mas se preocupa com a declinação das palavras (em
especial os substantivos), pois isto mostra a função sintática do substantivo dentro da frase ou
oração, isto é, ele pode funcionar como sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto
indireto, etc.
Veja no próximo exemplo que a ordem dos substantivos, ou melhor, a declinação dos mesmos,
muda o sentido da oração:
= o homem ama a mulher (homem = sujeito; mulher = objeto).
= a mulher ama o homem (mulher = sujeito; homem = objeto).
Pela importância do assunto, até o final dos dois primeiros módulos vamos alternar o estudo de
substantivos e verbos e seus respectivos elementos associados.
77
8. Substantivo 2 – Substantivos da segunda declinação
É bom enfatizar que os artigos masculinos e neutros sempre assumirão a forma final dos
substantivos da segunda declinação, mesmo que estejam antecendendo um substantivo de
primeira ou terceira declinação, enquanto que os artigos femininos sempre assumirão a forma
final dos substantivos da primeira declinação, mesmo que estejam antecedendo um substantivo
de segunda ou terceira declinação.
Nos dicionários os substantivos aparecem seguidos pelo artigo , ou , conforme o gênero do
mesmo (veja o vocabulário).
singular plural
nom. a palavra as palavras
gen./abl. da palavra das palavras
dat. à palavra às palavras
loc. na palavra nas palavras
inst. com a palavra / pela palavra com as palavras / pelas palavras
acus. a palavra as palavras
voc. palavra palavras
78
8. Substantivo 2 – Substantivos da segunda declinação
Observações:
1. Os substantivos de segunda declinação são em sua maioria do gênero masculino;
seguindo-se os de gênero neutro; poucos são do gênero feminino.
2. O tema é identificado pela forma genitiva singular sem o final O tema sempre termina
na vogal temática .
3. O nominativo singular é sempre igual ao tema acrescido de nos gêneros masculino e
feminino, e no gênero neutro.
4. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (ditongo falso – iota
subscrito), enquanto que no plural sempre termina em (ditongo verdadeiro longo).
5. O acusativo singular mantém a forma, tonicidade e acentuação do nominativo singular,
porém nos gêneros masculino e feminino substitui final por um , ficando igual ao
neutro.
6. O vocativo é igual ao nominativo, tanto no singular como no plural respectivamente, mas
nos gêneros masculino e feminino singular substitui a terminação por .
7. As terminações são sempre regulares para cada caso (com exceção do nominativo e
vocativo do gênero neutro, tanto no singular como no plural), embora a tonicidade e o
acento possam mudar. O genitivo/ablativo plural sempre termina em , mas somente
no gênero feminino será sempre perispômeno (termina em ).
8. Nunca se deve esquecer que os artigos masculinos correspondem às terminações de
substantivos masculinos de segunda declinação.
Os artigos neutros correspondem às terminações dos substantivos neutros da segunda
declinação, com exceção ao nominativo e acusativo singular.
Os artigos femininos correspondem aos substantivos femininos da primeira declinação
terminados em , portanto os substantivos femininos de segunda declinação, para cada
caso, têm terminaçãoes correspondentes, mas não iguais, aos artigos.
Vocabulário
Todos são antecedidos pelo artigo, mas mesmo que o artigo não apareça, isso não muda a
declinação do substantivo.
79
8. Substantivo 2 – Substantivos da segunda declinação
Substantivos masculinos:
(subst., 175) = anjo, mensageiro – (anjo, angelical).
(subst., 343) = irmão; patrício; correligionário – (Filadélfia).
(subst., 4) = cordeiro.
(subst., 548) = homem, ser humano – (antropologia).
(subst., 79) = apóstolo, enviado; missionário; mensageiro.
(subst., 97) = pão; comida (no sentido genérico).
(subst., 59) = mestre, professor – (didática).
(subst., 11) = dolo, traição, engano, fraude – (doloso).
(subst., 124) = servo, escravo, serviçal. A palavra é usada mais
como adjetivo que substantivo.
(subst., 120) = morte; separação – (tanatologia).
(subst., 85) = tempo, época; oportunidade, ocasião oportuna, época
ou tempo conveniente.
(subst., 6) = peito, seio; bolso, prega; golfo, enseada.
(subst., 185) = universo, mundo; terra habitada, os habitantes
da terra – (cósmico, cosmético).
(subst., 718) = dono, amo, senhor, proprietário; marido.
(subst., 142) = povo, gente, multidão, turba – (leigo).
(subst., 331) = palavra, ensino; preceito, doutrina; verbo –
(teologia).
(subst., 194) = lei, mandamento, ordenança; princípio legal.
(subst., 112) = casa, qualquer edifício habitado; família, raça,
descendentes – (economia, ecumênico).
(subst., 272) = céu, firmamento – (urânio).
(subst., 100) = olho – (oftalmologia).
(subst., 174) = multidão, turba, povo, populacho.
(subst., 28) = cruz.
(subst., 95) = lugar, local, região; posição; oportunidade, ocasião –
(topologia, topografia).
(subst., 374) = filho, filho homem, descendente; filho maior de
idade.
(subst., 54) = tempo, período de tempo, duração – (cronologia).
80
8. Substantivo 2 – Substantivos da segunda declinação
Substantivos femininos:
(subst., 9) = vinha, videira.
(subst., 9) = livro; rolo de papiro; carta; lista – (biblioteca). Ver
.
(subst., 101) = caminho, estrada, rua; jornada; curso da vida –
(rua, rodovia).
(subst., 15) = virgem – (partenogênese).
81
8. Substantivo 2 – Substantivos da segunda declinação
Substantivos que podem ser masculinos e femininos, ou masculino e neutro (o artigo é quem
identifica o gênero):
(adj., subst., 47). // Adj. = pecaminoso, pecador, perverso. // Subst.
= pecador (termo usado como forma de menosprezo) –
(hamrtiologia).
(subst., 29) = diácono/isa, servo/a, ministro/a; garçom/nete.
(subst., 16) = zelo, lealdade, entusiasmo, ardor; ciúme; inveja –
(zelo, zelote).
(subst., 1312) = Deus; deus/a – (teologia).
Exercícios
82
8. Substantivo 2 – Substantivos da segunda declinação
2
4
singular singular
nom. Pedro Paulo
gen./abl. do Pedro do Paulo
83
8. Substantivo 2 – Substantivos da segunda declinação
Fora o fato de não apresentar as formas no plural, todo substantivo próprio da segunda
declinação é bastante regular. Exemplos:
Nominativo:
Jo 6.68: = Respondeu-lhe Simão Pedro...
At 13.9: = Todavia Saulo, também chamado Paulo...
Genitivo:
Jo 1.40: = Era André, o irmão de Simão Pedro...
At 19.29: = ... companheiros de Paulo.
Dativo:
Jo 18.11: = Jesus disse a Pedro...
At 21.4: = ... pelo Espírito,
recomendavam a Paulo...
Acusativo:
Jo 13.6: = Aproximou-se de Simão Pedro...
At 16.36: [] =
Então o carcereiro comunicou a Paulo...
Vocativo:
Lc 22.34: = Mas Jesus lhe disse: Afirmo-te, Pedro...
At 26.24: = ... Estás
louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar (literalmente: para a loucura transformam).
Exercício
3- Volte ao vocabulário final da lição 5 e liste todos os substantivos próprios que podem ser
classificados como da segunda declinação (liste todos que terminam em , – são 10
apenas):
84
8. Substantivo 2 – Substantivos da segunda declinação
singular
nom.
gen./abl.
dt./lc./it.
acus.
voc.
plural
nom.
gen./abl.
dt./lc./it.
acus.
voc.
85
8. Substantivo 2 – Substantivos da segunda declinação
Jesus é Deus.
O barco de Pedro.
Exercício de leitura
7- Treine sua leitura nos textos a seguir. Grife os substantivos de segunda declinação:
Jo 1.29-34
29
30
31
32
33
34
86
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
O indicativo serve para indicar um fato dado como certo, uma realidade, mas este fato pode ser
verdadeiro ou falso.
O indicativo apresenta os tempos: presente, futuro, aoristo, imperfeito, perfeito, mais que
perfeito e futuro perfeito. Eles aparecem nas vozes ativa, média e passiva, sendo que a média e a
passiva são iguais.
O presente do indicativo indica um fato é considerado como certo e que está sendo realizado no
momento, por exemplo: = (eu) falo ou (eu) estou falando; = (eu) sou falado ou
(eu) estou sendo falado, ou (eu) falo de mim mesmo ou (eu) estou falando de mim mesmo; ou
seja, o presente do indicativo expressa uma ação linear, isto é, uma ação incompleta, contínua,
em andamento ou de aspecto durativo.
O presente do indicativo pode se apresentar nas vozes ativa (VIPA), média (VIPM) e passiva
(VIPP), sendo que as duas últimas são idênticas (VIPM/P).
Observações:
1. A terminação verbal primária é utilizada nos tempos: presente, futuro e perfeito.
2. Para o VIPA há 4 alterações por alongamento e/ou por eufonia:
Na primeira pessoa do singular, a vogal temática foi alongada para , e a
terminação verbal foi suprimida, ficando apenas .
Na segunda pessoa do singular, a vogal temática foi alongada por eufonia para
, ficando .
Na terceira pessoa do singular, o da terminação verbal caiu, pois ficou
intervocálico, ficando apenas .
87
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
Na terceira pessoa do plural, o da terminação verbal caiu por eufonia e a vogal
temática foi alongada, ficando .
O móvel se junta ao final do verbo apenas na terceira pessoa quando a palavra seguinte
começar por uma vogal, ou quando este verbo for a palavra final da oração.
3. Para o VIPM/P há 2 alterações:
Na segunda pessoa do singular há a perda do intervocálico, e as vogais se
contraem: + = → → →
Na primeira pessoa do plural o acento está na terminação (na vogal temática), pois se
permanecesse no radical a sílaba tônica seria a quarta, e isto não existe em grego (a
acentuação é regressiva).
4. Lembrar que o ditongo na 2ps, 3ps e 3pp é breve.
A terminação verbal primária ativa origina o VIPA (Verbo Indicativo Presente Ativo) e seus
derivados, enquanto que a terminação verbal primária média/passiva origina o VIPM/P (Verbo
Indicativo Presente Médio / Verbo Indicativo Presente Passivo) e seus derivados:
Obs.: Todos os verbos são paroxítonos com acento agudo. Quando conjugado no VIPA o
acento sempre se mantém sobre a raiz.
Obs.: Na primeira pessoa do plural o acento está na terminação (na vogal temática), pois a
acentuação é regressiva.
Quando o radical termina em vogais , ou , ocorre a contração da vogal do radical com a
vogal da terminação (pode ser a vogal temática ou a vogal da desinência).
89
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
Obs.: Neste caso, se uma das sílabas que participou da contração era acentuada, a sílaba
resultante da contração será acentuada (o que ocorre na maioria das vezes) e, sempre que as
regras de acentuação o permitirem, o acento será circunflexo.
Por exemplo:
Obs.: A regra dos verbos contratos valem para todos os demais modo, tempos e vozes que serão
estudadas no futuro, mas existem verbos que não obedecem a esta regra de contração em
determinados tempos verbais, os quais serão vistos no momento oportuno.
90
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
Nos verbos contratos ocorre a contração da vogal do radical com a vogal da terminação verbal:
Vocabulário
Os verbos são sempre apresentados na 1ps do VIPA (com terminação em ). Se o verbo for
contrato, isto não é informado, cabe ao aluno conhecer o fato.
Seguem-se respectivamente, quando necessárias, as formas VIFA (terminação ), VIAA
(), VIRA (), VIRM/P () e VIAP (). Por exemplo: , , isto significa
que no futuro (VIFA) o verbo toma a forma de , pois o na terminação
indica o futuro, como veremos posteriormente. Já o verbo , no VIFA é , no VIAA é
, no VIAP é .
91
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
92
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
descubro.
– (v., 11) = brilho, ilumino; esclareço, revelo, torno
evidente, trago à luz – (fósforo).
(v., 74) = regozijo, alegro, jubilo.
Exercício
1- Separe o radical, a vogal temática e a terminação verbal dos verbos a seguir e dê a tradução da
conjugação apresentada:
93
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
VIPA do
1ps (eu) sou
2ps (tu) és
3ps (ele/a) é
1pp (nós) somos
2pp (vós) sois
3pp (eles/as) são
Observações:
1. Todas as formas do presente do indicativo do são enclíticas (com exceção do ),
isto é, são ligadas à palavra anterior e pronunciadas em conjunto com ela
2. A forma torna-se em duas situações:
No início de uma oração, quando significa existe.
Quando vier após: , , , , , , , , .
É curioso observe que o tempo futuro do indicativo ativo (VIFA) ou, simplesmente VIF, é
formado pela terminação do presente do indicativo passivo e médio (VIPM/P) do verbo ,
antecedido por , com exceção da terceira pessoa do singular.
Vocabulário
Normalmente um dicionário só indica a forma do verbo da primeira pessoa do singular do
presente do indicativo ativo (VIPA), assim o verbo aparece como:
94
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
Se a pessoa não souber conjugar o verbo, com certeza terá dificuldade em localizar as demais
formas do mesmo. Em nosso vocabulário vamos colocar as principais formas do verbo .
Assim, por enquanto, teremos:
(v., 2450) = (eu) sou, estou, existo; fico; hei; aconteço.
– (VIFA , 185) = serei, serás, será, seremos,
sereis, serão.
Exercícios
2- Decore o VIPA e o VIPM/P do verbo . Depois os escreva nas linhas abaixo os verbos
indicados:
95
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
Exercício de leitura
5- Treine sua leitura nos textos a seguir. Grife os verbos no VIPA e VIPM e VIPP:
Jo 1.35-44
35
36
37
38
39
40
96
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
97
Anexo 3 – Conjugações verbais em português
A primeira declinação toma por referência os substantivos cuja vogal temática é ou . Na sua
maioria são substantivos femininos.
Os substantivos de primeira declinação existem em menor número que os de segunda declinação,
mas são mais complexos de serem entendidos. Há 5 maneiras diferentes de flexionar os
substantivos de primeira declinação:
1. Substantivos femininos terminados em .
2. Substantivos femininos terminados em , precedidos por , ou .
3. Substantivos femininos terminados em , não precedidos por , ou .
4. Substantivos masculinos terminados em .
5. Substantivos masculinos terminados em .
Observações:
1. Na primeira declinação os substantivos masculinos não terminam , como na segunda,
mas sim em ou . A vogal temática também é ou , como nos substantivos
femininos.
2. Não existem substantivos neutros de primeira declinação.
3. Existe também uma relação constante entre a terminação do nominativo e do genitivo.
Com uma exceção nos substantivos masculinos no genitivo.
terminação terminação
gênero radical
do nominativo do genitivo
R-
terminado em
feminino ou
não terminado em
ou
R-
masculino
R-
115
vogal vogal temática , vogal temática , não precedida por , ou
temática precedida por , ou (somente e )
radical
sing. nom.
gn./ab.
d./l./i.
acus.
voc.
pl. nom.
gn./ab.
d./l./i.
acus.
voc.
Observações:
1. O nominativo singular é igual ao tema ou radical, mas há exceções quando vogal
temática não é precedida por , ou .
2. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em ditongo falso (iota subscrito),
e o plural sempre termina em (ditongo verdadeiro longo).
3. O acusativo singular mantém a forma, tonicidade e acentuação do nominativo singular e
acrescenta um final.
4. Nas formas plurais as terminações são sempre regulares para cada caso, embora a
tonicidade e o acento possam mudar. O genitivo ablativo plural sempre termina em (é
perispômeno).
5. O vocativo sempre é igual ao nominativo, tanto no singular como no plural
respectivamente.
6. Os artigos femininos sempre correspondem aos substantivos femininos da primeira
declinação terminados em , mesmo quando o substantivo termina em .
Vocabulário
Todo substantivo traz indicada a terminação do genitivo e também o artigo (gênero).
116
(subst., 91) = justiça, retidão, integridade.
(subst., 91) = paz, tranqüilidade; segurança, concórdia; felicidade –
(Irene).
(subst., 24) = carta, epístola.
(subst., 135) = vida tanto no sentido físico, como espiritual –
(zoologia).
(subst., 50) = parábola, comparação, alegoria, figura.
(subst., 36) = oração.
(subst., 16) = figueira – (suco).
(subst., 56) = sinagoga; assembléia, reunião.
(subst., 139) = som, voz – (telefone, fonética).
(subst., 102) = alma, vida; pessoa, indivíduo – (psicologia).
Substantivos femininos com vogal temática em (precedidos por , ou ):
(subst., 109) = verdade, realidade, certeza; fidedignidade,
confiabilidade; justiça.
(subst., 172) = pecado, pecaminosidade, ofensa, violação da lei
de Deus – (hamartiologia).
(subst., 162) = reino, reinado, soberania, autoridade, domínio,
governo – (Basílio).
(subst., 43) = geração; prole; raça. = tempo infinito –
(genealogia).
(subst., 34) = serviço, ministério, ministração, assistência;
administração; socorro; distribuição de comida.
(subst., 114) = igreja; assembléia, congregação – (eclesiástico).
(subst., 102) = direito de mandar, autoridade, poder, força;
direito de escolha, de agir, de decidir.
(subst., 389) = dia – (efêmero).
(subst., 39) = porta, entrada.
(subst., 156) = coração; mente, personalidade, caráter –
(cardíaco).
(subst., 19) = comunhão, cooperação, sociedade; participação;
auxílio.
(subst., 37) = testemunho, reputação – (mártir).
(subst., 22) = mudança de mente, mudança de interior;
arrependimento.
(subst., 94) = casa, família; bens, propriedade – (economia,
ecumênico).
(subst., 4) = pombo/a.
(subst., 15) = rocha, rochedo, penha, penhasco – (pedra).
117
(subst., 16) = trevas, escuridão.
(subst., 51) = sabedoria – (Sofia, filosofia).
(subst., 45) = salvação, libertação; saúde; segurança –
(solteriológico).
(subst., 59) = alegria, gozo, regozijo – (carismático).
(subst., 106) = hora, tempo; tempo oportuno – (hora, horário).
Substantivos próprios femininos com vogal temática em (precedidos por , ou ):
(subst., 18) = Antioquia.
(subst., 18) = Ásia.
(subst., 12) = Betânia.
(subst., 61) = Galiléia.
(subst., 45) = Judéia.
(subst., 54) = Maria, Miriam.
Substantivos femininos com vogal temática em (não precedidos por , ou ):
(subst., 12) = inferno.
(subst., 50) = língua, linguagem, dialeto – (glossolalia,
glossário).
(subst., 166) = glória, honra, dignidade, majestade –
(doxologia).
(subst., 17) = raiz; origem, causa.
Exercício
1- Decline os substantivos:
118
10.2. Substantivos masculinos da primeira declinação
São poucos os substantivos de primeira declinação do gênero masculino (normalmente nomes
próprios). Não há substantivos do gênero neutro. Existem 2 situações diferentes e uma exceção:
Vogal temática . O nominativo singular termina em , e o genitivo singular em .
Vogal temática . O nominativo singular termina em , e o genitivo singular em .
Vogal temática . O nominativo singular termina em , e o genitivo singular em .
São substantivos irregulares e constituem uma exceção na primeira declinação.
Os 2 últimos casos são muito raros em toda Bíblia, normalmente são nomes próprios de origem
estrangeira (hebraico e aramaico).
Observações:
1. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em ditongo falso (iota subscrito),
e o plural sempre termina em (ditongo verdadeiro longo).
2. O acusativo singular mantém a forma, tonicidade e acentuação do nominativo singular,
porém elimina o e acrescenta um final.
3. Nas formas plurais as terminações são sempre regulares para cada caso, embora a
tonicidade e o acento possam mudar. O genitivo ablativo plural sempre termina em (é
perispômeno).
4. O vocativo plural sempre é igual ao nominativo, enquanto que o singular termina em .
5. Os artigos masculinos correspondem às terminações dos substantivos masculinos de
segunda declinação, portanto os substantivos masculinos de primeira declinação, para
cada caso, têm terminaçãoes correspondentes, mas não iguais, aos artigos.
Vocabulário
119
Substantivos masculinos com vogal temática em :
(subst., 12) = batista, o que batiza.
(subst., 19) = juiz – (crítico).
(subst., 260) = discípulo, aderente, aluno, pupilo, aprendiz.
(subst., 144) = profeta, porta-voz.
(subst., 26) = soldado – (estrato).
(subst., 20) = ministro, ajudante, assistente; oficial.
(subst., 6) = hipócrita; falso; artista.
Exercícios
2- Decline os substantivos:
120
pl. nom.
gn./ab.
d./l./i.
acus.
voc.
121
2
↑
6
↑
7
↑ ↑
Obs.: Fora o fato de nem sempre apresentar as formas no plural, todo substantivo próprio da
primeira declinação é bastante regular.
Exercícios
5- Volte ao vocabulário final da lição 5 e liste todos os substantivos próprios de primeira
declinação (menos os indeclináveis):
6- Traduza as frases:
7- Traduza as frases:
a salvação de Deus
Exercício de leitura
8- Treine sua leitura nos textos a seguir. Grife os substantivos da primeira declinação:
Jo 1.45-51
45
46
47
48
49
123
50
51
Conhecendo o grego koiné do Novo Testamento
Módulo 2
Morfologia 2 (classes gramaticais em grego – continuação)
124
13. Verbos 4 – O futuro do indicativo ativo e médio do verbo de terminação e do
verbo ............................................................................................................................
13.1. Futuro do indicativo ativo (VIFA) e médio (VIFM) do verbo ....................................
13.2. Particularidades na formação do futuro do indicativo ativo (VIFA) e médio
(VIFM) ................................................................................................................................
13.2.1. Formação do futuro do indicativo ativo e médio dos verbos com radical
terminado em vogal contrata ..........................................................................................
13.2.2. Formação do futuro do indicativo ativo e médio em verbos com radical
terminado em consoante labial, gutural e dental ............................................................
13.2.3. Formação do futuro do indicativo ativo e médio de verbos com radical
terminado em consoante sibilante ..................................................................................
13.2.4. Formação do futuro do indicativo ativo e médio em verbos com radical
terminado em consoante líquida .....................................................................................
13.2.5. Formação do futuro do indicativo ativo e médio em verbos irregulares .....................
13.3. Formação perifrásica do futuro .......................................................................................
13.4. Futuro do indicativo do verbo ..................................................................................
125
14.11. Substantivo de terceira declinação cujo radical termine em , de gênero
neutro ..................................................................................................................................
14.12. Substantivos de terceira declinação cujo radical termine em vogal , a
maioria é de gênero feminino, há também de gêneros masculino e neutro ......................
14.13. Substantivos de terceira declinação cujo radical termine em vogal e , ou
ditongo e , a maioria é de gênero masculino, mas há também do gênero
feminino ..............................................................................................................................
14.14. Substantivos de terceira declinação que apresentam radicais duplos, de gêneros
masculino e feminino ..........................................................................................................
14.15. Paradigma dos substantivos da terceira declinação ......................................................
126
127
Módulo 2
Morfologia 2 (classes gramaticais em grego – continuação)
Objetivo do Módulo 2:
Conhecer as demais classes gramaticais principais da língua grega do Novo Testamento.
128
129
11. Verbos 3 – O presente do subjuntivo do verbo de terminação e do verbo
Obs.: O presente do subjuntivo, assim como do indicativo, também expressa uma ação linear,
incompleta, contínua, em andamento ou de aspecto durativo.
Observações:
1. Com relação ao VSPA:
Na 1ps o - já está alongado, portanto é idêntico ao VIPA.
Nas 2ps e 3ps temos: → → .
Na 3pp o ditongo - se alonga para -.
2. Com relação ao VSPM/P:
130
11. Verbos 3 – O presente do subjuntivo do verbo de terminação e do verbo
VIPA =
VSPA = //////
VIPM/P =
VSPM/P = //////
132
11. Verbos 3 – O presente do subjuntivo do verbo de terminação e do verbo
O VSPA do verbo ou, simplesmente VSP, visto que este verbo não tem as vozes média e
passiva, é formado pelo alongamento da terminação verbal do VIPA do .
pessoa/ terminação do tradução
VSPA do
número VIPA do verbo presente do subjuntivo
1ps (que eu) seja / esteja
2ps
(que tu) sejas /estejas
3ps (que ele/a) seja / esteja
1pp (que nós) sejamos /estejamos
2pp (que vós) sejais / estejais
3pp (que eles/as) sejam / estejam
Observações:
1. Na 1ps o - já está alongado.
2. Na 2ps e 3ps temos: → → .
3. Na 3pp o ditongo - é alongado para -.
4. Na 3ps e 3pp não há o - móvel.
5. Todos as pessoas começam por .
1- Expressa um objetivo final (ou propósito). Tais orações sempre começarão pelas conjunções
finais (para, para que, a fim de que) ou (que, para que, a fim de que, a fim de, de sorte
que, de modo que):
Mt 5.16: = para que vejam as vossas boas obras...
Jo 3.15: = para que todo o que nele crê
tenha a vida eterna.
Jo 11.57: = ... a fim de o prenderem.
Jo 12.47: = porque eu não vim
para julgar o mundo, e sim para salvá-lo.
1Jo 2.1: = Estas coisas vos escrevo a fim de que não
pequeis.
2- Na primeira pessoa do plural pode ser empregado para expressar exortação ou rogo.
1Jo 3.11: = que nos amemos uns aos outros.
Ap 19.7: = Alegremo-nos,
exultemos e demos-lhe a glória...
133
11. Verbos 3 – O presente do subjuntivo do verbo de terminação e do verbo
si mesmo sobre uma decisão a tomar. O verbo estará na primeira pessoa (geralmente do plural)
do subjuntivo, embora na tradução para o português seja comum o uso do futuro do indicativo.
At 2.37: = Que faremos...?
Rm 10.15: = E como pregarão se não foram
enviados?
4- Expressa proibições. Neste caso é utilizado o subjuntivo com o tempo aoristo e o advérbio de
negação (não).
Jo 7.47: = Será que também vós fostes enganados?
Jo 7.48: = Porventura, creu nele alguém
dentre as autoridades...?
Obs.: Se a proibição estiver no tempo presente, é utilizado o modo imperativo:
Jo 2.16: = não façais da casa de
meu Pai casa de negócio...
5- Usado para negativas enfáticas. Neste caso é utilizada uma expressão duplamente negativa:
(nunca, jamais, de forma alguma, de modo nenhum, absolutamente não, com certeza não,
porventura não), e o verbo estará no subjuntivo aoristo ou no futuro do indicativo.
A expressão (Lc 18.7; Jo 18.11; Rm 10.18, 19; 1Co 9.4, 5; 11.22) serve para reforçar a
negativa. A expressão é uma interrogação de negação em que se espera uma resposta
positiva (Rm 10.18; 1Co 9.4).
Subjuntivo aoristo:
Mt 24.35: = ... mas as minhas palavras nunca
passarão.
Futuro do indicativo:
Jo 4.48: = ... de modo nenhum crereis...
Vocabulário
(conj. concl., fin., 663). / Concl. = de sorte que, de modo que. /
Fin. = para, para que, a fim de que.
(adv. neg., conj., part. int., 680). // Adv. neg. = não. // Conj. =
para que não, que não, a menos que. // Part. interrogativa em
que se espera resposta negativa (Lc 22.35; Mt 7.9; Jo 3.4; At
7.28; 1Co 1.13).
(adv. int., adv. rel., conj. fin., 53). // Adv. int. = como? // Adv. rel.
= como, para que. // Conj. fin. = que, para que, a fim de que, a fim
de, de sorte que, de modo que.
(VSPA , 69) = (que eu) seja/esteja, sejas/estejas, seja/esteja,
sejamos/estejamos, sejais/estejais, sejam/estejam.
134
11. Verbos 3 – O presente do subjuntivo do verbo de terminação e do verbo
Exercícios
1- Decore o VSPA e o VSPP/M do verbo . Depois os escreva nas linhas a seguir. Também
escreva os demais verbos indicados:
2- Traduza as frases:
135
11. Verbos 3 – O presente do subjuntivo do verbo de terminação e do verbo
3- Traduza as frases:
e VSPP).
Exercício de leitura
4- Leia os textos a seguir. Há verbos no presente do subjuntivo? Você consegue traduzir algumas
palavras ou expressões do texto?
Jo 2.1-12
1
2
3
4
5
136
11. Verbos 3 – O presente do subjuntivo do verbo de terminação e do verbo
6
7
8
9
10
11
12
137
12. Adjetivos 1 – Adjetivos de primeira e segunda declinações
Adjetivo é uma palavra auxiliar do substantivo e serve para lhe aplicar algum atributo ou
predicativo. Pelo seu relacionamento com o substantivo, o adjetivo flexiona em gênero, número
e caso, de acordo com as flexões do próprio substantivo ao qual se liga.
138
12. Adjetivos 1 – Adjetivos de primeira e segunda declinações
Todos os adjetivos cujo radical termina em consoante (com exceção do ) sofrem
declinações como os substantivos femininos terminados em (substantivos de
primeira declinação).
Todos os adjetivos cujo radical termina em , ou sofrem declinações como
os substantivos femininos terminados em (substantivos de primeira declinação).
A maioria dos adjetivos compostos (“preposição + adjetivo” ou “advérbio +
adjetivo”) apresenta uma mesma forma tanto para o masculino, como para o feminino
(substantivos de segunda declinação).
Observações:
1. No neutro, com exceção dos casos nominativo e vocativo, e do plural do acusativo, todas
as demais formas são as mesmas do masculino.
2. O plural dos 3 gêneros no genitivo/ablativo é semelhante.
3. O acento do adjetivo genitivo/ablativo plural feminino pode ser agudo ou circunflexo, e
não segue a ordem do substantivo no mesmo caso (é circunflexo no substantivo).
Vocabulário
(adj., 102) = bom, excelente, útil, salutar; feliz, agradável; reto;
generoso – (ágata).
(adj., 61) = amado.
(adj., 27) = verdadeiro, real, genuíno; título, rótulo.
139
12. Adjetivos 1 – Adjetivos de primeira e segunda declinações
12.1.2. Adjetivos da primeira e segunda declinações cujo radical termina em ou vogal
(somente e )
No masculino, o adjetivo declina como o substantivo masculino de segunda declinação.
No feminino, o adjetivo declina como o substantivo femininos de primeira declinação terminado
em .
No neutro, o adjetivo declina como o substantivo neutro de segunda declinação (terminado em
).
140
12. Adjetivos 1 – Adjetivos de primeira e segunda declinações
Observações:
1. No neutro, com exceção dos casos nominativo e vocativo, e do plural do acusativo, todas
as demais declinações são as mesmas do masculino.
2. O plural dos 3 gêneros no genitivo/ablativo é semelhante.
Vocabulário
141
12. Adjetivos 1 – Adjetivos de primeira e segunda declinações
Observações:
1. No neutro, com exceção dos casos nominativo e vocativo, e do plural do acusativo, todas
as demais declinações são as mesmas do masculino.
2. O plural dos 3 gêneros no genitivo/ablativo é semelhante.
Vocabulário
142
paradigma dos adjetivos de primeira e segunda declinações
terminação masculino feminino neutro
caso
do radical singular plural singular plural singular plural
consoante *
“
nom. “ “
“ “
masc/fem idênt.
consoante *
gen.
“
abl.
“
masc/fem idênt.
consoante *
dat. “
loc. “ “
inst. “ “
masc/fem idênt.
consoante *
“
acus. “ “
“ “
masc/fem idênt.
consoante *
“
voc. “ “
“ “
masc/fem idênt.
* qualquer consoante, menos o .
143
12. Adjetivos 1 – Adjetivos de primeira e segunda declinações
Exercício
1- Decline os seguintes adjetivos:
144
12. Adjetivos 1 – Adjetivos de primeira e segunda declinações
Posição atributiva. O adjetivo atribui algo ao substantivo. Esta posição é utilizada quando não
se dá ênfase à qualidade do substantivo.
Neste caso o adjetivo é colocado normalmente antes do substantivo, é antecedido por artigo, e
não há verbo ligando as duas palavras. Repare que o acento do adjetivo muda de agudo para
grave, por exemplo:
= o homem fiel.
= a mulher fiel.
= o/a filho/a fiel.
Como a posição atributiva não enfatiza a qualidade, o uso do artigo pode ser suprimido, por
exemplo:
= homem fiel ou um homem fiel.
= mulher fiel ou uma mulher fiel.
= filho/a fiel ou um/a filho/a fiel.
Se o adjetivo for colocado após o substantivo, além de combinar em gênero, número e caso,
ainda deve ser precedido de um artigo para deixar bem claro que aquele adjetivo pertence ao
substantivo anterior e não se trata de uma posição predicativa e, além disso, ele não muda sua
acentuação de agudo para grave, por exemplo:
= o homem fiel.
= a mulher fiel.
= o filho fiel, ou a filha fiel.
Resumo: art + adj + subst (adj. muda acento de agudo para grave) ou
adj + subst (adj. muda acento de agudo para grave) ou
art + subst + art + adj (adj. não muda acento de agudo para grave)
Se o adjetivo for colocado antes do substantivo, ambos devem combinar em gênero, número e
caso, mas o adjetivo nunca deve ser precedido de um artigo para deixar bem claro que não se
trata de uma posição atributiva, por exemplo:
145
12. Adjetivos 1 – Adjetivos de primeira e segunda declinações
Exercícios
2- Traduza as expressões:
146
12. Adjetivos 1 – Adjetivos de primeira e segunda declinações
3- Traduza as expressões:
A terra é boa
O Santo vê o pecador
Exercício de leitura
4- Leia o texto a seguir. Identifique se há adjetivos de primeira e segunda declinações. Você
consegue traduzir algumas palavras ou expressões do texto?
Jo 2.13-25
13
14
15
16
17
18
19
20
21
147
12. Adjetivos 1 – Adjetivos de primeira e segunda declinações
148
13. Verbos 4 – O futuro do indicativo ativo e médio do verbo de terminação
e do verbo
O futuro do indicativo indica um fato considerado como certo e que será realizado ou estará
sendo realizado no futuro. O contexto da oração e o uso de alguns verbos específicos é que dirão
a qual situação o verbo se refere. Exemplos:
= (eu) soltarei ou (eu) estarei soltando.
= (eu) soltarei a mim mesmo ou (eu) estarei sendo solto.
Obs.: O futuro do indicativo, assim como o presente do indicativo e do subjuntivo já estudados,
também expressa uma ação linear, incompleta, contínua, em andamento ou de aspecto durativo.
O futuro do indicativo pode se apresentar nas vozes ativa, passiva e média, mas, ao contrário dos
tempos e vozes verbais até agora estudados, no futuro do indicativo a voz passiva é diferente da
média, por isso agora só estudaremos as vozes ativa (VIFA) e média (VIFM), ficando a voz
passiva (VIFP) para um módulo posterior.
VIFA
VIFA
VIPM/P
VIFM
São poucos os verbos em grego que seguem a formação básica da terminação verbal futura sem
nenhuma forma de irregularidade:
Verbos com radical terminado em vogal não contrata: , , .
Poucas exceções de verbos com radical terminado em vogal que deveriam ser contratas,
mas não são: , , .
A esmagadora maioria dos verbos gregos apresenta particularidades na formação das formas do
futuro, e alguns são completamente irregulares:
Verbos em que o radical termina em vogal contrata.
Verbos em que o radical termina em consoante labial, gutural e dental.
Verbos em que o radical termina em consoante sibilante.
Verbos em que o radical termina em consoante líquida.
Verbos totalmente irregulares.
150
13. Verbos 4 – O futuro do indicativo ativo e médio do verbo de terminação e do verbo
13.2.1. Formação do futuro do indicativo ativo e médio dos verbos com radical terminado em
vogal contrata
Já vimos no item “9.4. Verbos contratos” que nos verbos com o radical terminado em , e
ocorre a contração da vogal do radical com a vogal da terminação verbal. Para a formação do
futuro, o deveria ser inserido entre as duas vogais contraídas, o que alteraria a contração, por
isso na formação do futuro, as vogais desses radicais sofrem alongamentos:
→ → → → (caso mais raro)
Existem ainda verbos cujo radical termina em vogal que deveriam ser contratas, mas que não
sofrem alongamento.
Exemplos:
13.2.2. Formação do futuro do indicativo ativo e médio em verbos com radical terminado em
consoante labial, gutural e dental
Os radicais terminados em consoantes labial, gutural e dental sofrem contrações de acordo com o
esquema:
151
13. Verbos 4 – O futuro do indicativo ativo e médio do verbo de terminação e do verbo
Exemplos:
, , + = , , + = , , + =
Obs.: O também é consoante dental, mas seu uso entra num caso diferente.
13.2.3. Formação do futuro do indicativo ativo e médio de verbos com radical terminado em
consoante sibilante
Tais verbos apresentam radicais diferentes para o presente e para o futuro do indicativo.
152
13. Verbos 4 – O futuro do indicativo ativo e médio do verbo de terminação e do verbo
13.2.4. Formação do futuro do indicativo ativo e médio em verbos com radical terminado em
consoante líquida
Nos verbos com radical terminado em consoante líquida (, , , ) ocorre o acréscimo de
entre o radical e a vogal temática, sendo que o intervocálico cai e ocorre a contração das 2
vogais da seguinte maneira:
+ = + = + = + = +=
Por exemplo, o VIFA do verbo será:
→→→ (olhe a diferença entre o presente e o futuro )
O VIFM do verbo será:
→→→
Exemplos:
153
13. Verbos 4 – O futuro do indicativo ativo e médio do verbo de terminação e do verbo
Obs.: Esta alteração pode ocorrer de maneira diferente com alguns dos verbos com o radical
terminado em consoante líquida (ver item seguinte).
Obs.: Há ainda os verbos defectivos, os quais não apresentam nenhuma forma futura.
terminação VIPM/P
VIFA do tradução
do verbo
(eu) serei / estarei
(tu) serás / estarás
(ele/a) será / estará
(nós) seremos / estaremos
(vós) sereis / estareis
(eles/as) serão / estarão
Vocabulário
Os verbos são sempre apresentados na 1ps do VIPA. Seguem-se respectivamente, quando
necessárias, as formas VIFA (), VIAA (), VIRA (), VIRM/P () e VIAP ().
156
13. Verbos 4 – O futuro do indicativo ativo e médio do verbo de terminação e do verbo
Exercícios
1- Dê os tempos verbais dos seguintes verbos:
157
13. Verbos 4 – O futuro do indicativo ativo e médio do verbo de terminação e do verbo
3- Traduza as frases:
4- Traduza as frases:
Jo 14.12:
Jo 14.13:
Jo 14.14:
At 1.8:
At 2.17:
158
13. Verbos 4 – O futuro do indicativo ativo e médio do verbo de terminação e do verbo
Rm 6.14:
Tg 4.15:
6- Pratique a leitura do texto abaixo e procure identificar se há verbos no VIFA ou VIFM. Você
consegue traduzir algumas palavras ou expressões do texto?
Jo 3.1-12
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
159
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
14.1. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em , de gênero neutro
14.2. Substantivos de terceira declinação cujo radical termine em vogal seguida de , de
gênero neutro
14.3. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em , de gênero
masculino
14.4. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em ou (mais
raramente ), de gênero feminino
14.5. Substantivos de terceira declinação cujo radical termine em , de gênero feminino
14.6. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em , a maioria é de gênero
feminino, há também masculino
14.7. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em consoante líquida ( ou
), a maioria é de gênero masculino, há também feminino
14.8. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em consoante líquida (), a
maioria é de gênero masculino, há também feminino e neutro
14.9. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em consoante líquida (só
ou ), com síncope; a maioria é de gênero masculino, há também feminino
14.10. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em consoante gutural (,
ou ), de gêneros masculino e feminino
14.11. Substantivo de terceira declinação cujo radical termine em , de gênero neutro
14.12. Substantivos de terceira declinação cujo radical termine em vogal , a maioria é de
gênero feminino, há também masculino e neutro
14.13. Substantivos de terceira declinação cujo radical termine em vogal e , ou
ditongo e , a maioria é de gênero masculino, há também do gênero feminino
14.14. Substantivos de terceira declinação que apresentam radicais duplos, de gêneros
masculino e feminino
14.15. Paradigma dos substantivos da terceira declinação
14.15.1. Substantivos neutros de terceira declinação
14.15.2. Substantivos masculinos de terceira declinação
14.15.3. Substantivos femininos da terceira declinação
160
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
O dicionário e o léxico não trazem indicado a que declinação pertence o substantivo, mas isso é
facilmente didutível, por exemplo:
(subst., 331) = palavra, ensino, preceito, doutrina, verbo.
(subst., 99) = filho/a, criança; descendente.
Temos respectivamente no nominativo: e ; e no genitivo: e . O tema
termina em , o que caracteriza a segunda declinação.
Observe agora:
(subst., 116) = amor, afeição, estima.
(subst., 389) = dia – (efêmero).
Temos respectivamente no nominativo: e ; e no genitivo: e . O
tema termina em e respectivamente, o que caracteriza a primeira declinação.
Atenção! Na segunda declinação é importante observar que a maioria dos substantivos é do
gênero masculino, embora também existam substantivos femininos (raros) e neutros (poucos).
Na primeira declinação a maioria dos substantivos é do gênero feminino, embora existam
substantivos masculinos (em pequena quantidade), mas não existem do gênero neutro.
Na terceira declinação a maioria dos substantivos é do gênero neutro, embora substantivos
masculinos e femininos existam em quantidades mais ou menos iguais.
A terceira declinação é muito mais complexa que as 2 anteriores, e apresenta grande variedade
de flexões (terminações) e exceções (o que é muito pior!), não sendo possível montar um
paradigma que sirva para todos as situações. Por isso vamos agrupá-la em 15 situações
diferentes:
161
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
14.1. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em , de gênero neutro
Todos terminam em no genitivo/ablativo singular e em no plural.
O nominativo singular deveria ser o próprio radical (), mas todos terminam em , pois
o final é suprimido, visto que uma palavra grega só pode terminar em vogal, ditongo, , ,
, , .
sing. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
pl. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
Observações:
1. O acusativo e o vocativo são iguais ao nominativo, tanto no singular como no plural.
2. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca em iota subscrito),
enquanto que no plural sempre termina em . Esta é uma diferença fundamental em
relação aos substantivos de primeira e segunda declinações.
3. No dativo/locativo/instrumental plural o final do radical se funde com o da
terminação verbal correspondente ( + = ), ficando apenas a terminação .
Vocabulário
162
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
14.2. Substantivos de terceira declinação cujo radical termine em vogal seguida de , de
gênero neutro
Existem substantivos de terceira declinação do gênero neutro cujo radical termina em vogal
seguida de (excluindo o radical já abordado), são eles: , e .
Todos terminam em no genitivo/ablativo singular e em no plural.
Com exceção da terminação , todos os demais possuem um outro radical para o nominativo
singular (são substantivos de radicais duplos).
Observações:
1. O acusativo e o vocativo são iguais ao nominativo, tanto no singular como no plural.
2. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca em iota subscrito),
enquanto que no plural sempre termina em .
3. No dativo/locativo/instrumental plural o final do radical se funde com o da
terminação verbal correspondente ( + = ), ficando apenas a terminação .
163
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
Vocabulário
sing. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
pl. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
Observações:
1. O vocativo é igual ao nominativo, tanto no singular como no plural. O acusativo não é
igual a ambos.
2. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca em iota subscrito),
enquanto que no plural sempre termina em .
3. No dativo/locativo/instrumental plural o final do radical se funde com o da
terminação verbal correspondente ou ( + = ), ficando apenas a terminação .
Vocabulário
164
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
14.4. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em ou (mais
raramente ), de gênero feminino
Todos terminam em no genitivo/ablativo singular, e em no plural.
Todos terminam em no singular dos casos nominativo e vocativo, pois o final do radical é
suprimido, porém no caso do radical teremos + = .
Observações:
1. O vocativo é igual ao nominativo, tanto no singular como no plural. O acusativo não é
igual a ambos.
2. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca em iota subscrito),
enquanto que no plural sempre termina em .
3. No dativo/locativo/instrumental plural o final do radical se funde com o da
terminação verbal correspondente ou ( + = ), ficando apenas a terminação .
4. O substantivo é pouco utilizado, sendo mais comum a forma (ver 14.10.).
Vocabulário
165
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
14.5. Substantivos de terceira declinação cujo radical termine em , de gênero feminino
Existem substantivos de terceira declinação cujo radical termina em e são bastante
regulares, porém com terminações diferentes dos substantivos femininos com terminações em
ou , vistos no item anterior.
Todos terminam em no genitivo/ablativo singular, e em no plural.
São substantivos do gênero feminino, mas no nominativo se parecem muito com os substantivos
masculinos das primeira declinação terminados em .
sing. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
pl. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
Observações:
1. O vocativo é igual ao nominativo, tanto no singular como no plural respectivamente. O
acusativo não é igual a ambos.
2. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca em iota subscrito),
enquanto que no plural sempre termina em .
3. No dativo/locativo/instrumental plural o final do radical se funde com o da
terminação verbal correspondente ou ( + = ), ficando apenas a terminação .
Vocabulário
14.6. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em , a maioria é de gênero
feminino, há também masculino
Os substantivos de terceira declinação com radical terminado em são na maioria do gênero
feminino. Alguns poucos são masculinos, ou de ambos os gêneros, como é o caso de .
Todos terminam em no genitivo/ablativo singular, e no plural.
No nominativo e vocativo terminam em ou (com exceção de ), pois o final do
radical é suprimido. Temos: = .
166
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
feminino masculino
sing. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
pl. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
Observações:
1. O vocativo é igual ao nominativo, tanto no singular como no plural. O acusativo não é
igual a ambos.
2. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca em iota subscrito),
enquanto que no plural sempre termina em .
3. No dativo/locativo/instrumental plural o final do radical se funde com o da
terminação verbal correspondente ou ( + = ), ficando apenas a terminação .
4. O substantivo pode ser usada tanto no feminino, como no masculino,
porém será declinado como se fosse sempre uma palavra feminina.
Vocabulário
14.7. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em consoante líquida ( ou
), a maioria é de gênero masculino, há também feminino
Os substantivos terminados em consoante líquida nasal () são extremamente regulares. A
grande maioria é de substantivos masculinos.
167
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
masculino
sing. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
pl. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
feminino
sing. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
pl. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
Observações:
1. O vocativo é igual ao nominativo, tanto no singular como no plural. O acusativo não é
igual a ambos.
2. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca em iota subscrito),
enquanto que no plural sempre termina em .
3. No dativo/locativo/instrumental plural o final do radical é eliminado, ficando apenas a
terminação .
4. O substantivo é do gênero masculino e irregular, sendo mais utilizado seu
correspondente do gênero neutro e regular.
168
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
Vocabulário
(subst., 124) = ciclo, era, época, século, eternidade, tempo muito
longo, eras passadas; mundo.
(subst., 1) = sal (ver ).
(subst., 23) = vinha, videira.
(subst., 1) = demônio – normalmente é utilizado o substantivo
.
(subst., 23) = imagem, efígie, representação – (ícone).
(subst., 25) = helênico, grego, qualquer pessoa gentia – (Helena).
(subst., 20) = governador, procurador; autoridade – (hegemonia).
(subst., 4) = medida, norma, regra – (canônico).
(subst., 18) = mês – (mensal).
(subst., 18) = pastor.
(subst., 18) = portão, porta; alpendre.
(subst., 9) = Sidon (cidade fenícia).
(subst., 75) = Simão.
14.8. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em consoante líquida (), a
maioria é de gênero masculino, há também feminino e neutro
Os substantivos terminados em consoante líquida são extremamente regulares. A grande
maioria é de substantivos masculinos, e poucos dos gêneros feminino e neutro.
O genitivo/ablativo singular terminam em e o plural em .
O nominativo singular é o próprio radical.
Observações
169
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
Vocabulário
14.9. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em consoante líquida (só
ou ), com síncope; a maioria é de gênero masculino, há também feminino
Síncope é a supressão de uma letra ou sílaba no meio de uma palavra. É comum suprimir uma
consoante dental ( ou ) entre duas vogais quando a sílaba seguinte é acentuada. Também
acontece com a vogal quando antecede a uma consoante líquida, em especial o .
Se o resultado da síncope for um encontro ocorrerá a inserção de consoante dental entre
ambas, resultando em , isso ocorre por eufonia.
O genitivo/ablativo singular sempre termina em ; e no plural em .
O nominativo e vocativo singular terminam em .
masculino feminino
sing. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
pl. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
Observações:
170
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
Vocabulário
14.10. Substantivos da terceira declinação cujo radical termine em consoante gutural (,
ou ), de gêneros masculino e feminino
A principal característica é que o nominativo e vocativo singular e o dativo/locativo/instrumental
sempre possuem um no fim do radical.
O genitivo/ablativo singular sempre terminará com a gutural + ; e o plural em gutural + .
171
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
masculino feminino
sing. nom.
gen./abl.
dt./lc./it.
acus.
voc.
pl. nom.
gen./abl.
dt./lc./it.
acus.
voc.
Observações:
1. O vocativo é igual ao nominativo, tanto no singular como no plural. O acusativo não é
igual a ambos.
2. No nominativo e vocativo singular e também no dativo/locativo/instrumental plural a
gutural final do radical funde-se com a terminação , ficando apenas .
+= += +=
Assim no nominativo e vocativo singular temos: = . Enquanto que no
dativo/locativo/instrumental plural temos: = .
3. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca em iota subscrito).
4. O substantivo é de radical duplo.
Vocabulário
172
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
14.11. Substantivo de terceira declinação cujo radical termine em , de gênero neutro
Tais substantivos apresentam 2 radicais. Para os casos nominativo, acusativo e vocativo singular
o substantivo é o próprio radical que termina em . Para os demais casos e números o radical
termina em , sendo seguido pela terminação correspondente ao caso.
O genitivo/ablativo singular termina em , e no plural em .
sing. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
pl. nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
Observações:
1. O acusativo e o vocativo são iguais ao nominativo, tanto no singular como no plural
(normalmente o vocativo não é utilizado).
2. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca em iota subscrito),
enquanto que no plural sempre termina em .
3. No dativo/locativo/instrumental plural o final do radical se funde com o da
terminação verbal correspondente ( + = ), ficando apenas a terminação .
Vocabulário
173
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
14.12. Substantivos de terceira declinação cujo radical termine em vogal , a maioria é de
gênero feminino, há também masculino e neutro
A grande maioria também é de substantivos femininos, e poucos dos gêneros feminino e neutro.
O genitivo/ablativo singular terminam em e o plural em .
O nominativo singular é uma forma compactada do genitivo/ablativo.
Obs.: Embora somente o seja considerado um substantivo de radical duplo, é possível ver
2 radicais em todos eles.
Observações:
1. O vocativo e acusativo só são iguais ao nominativo no plural.
2. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca em iota subscrito),
enquanto que no plural sempre termina em .
3. No dativo/locativo/instrumental plural de , o final do radical se funde com o
da terminação verbal correspondente ( + = ), ficando apenas a terminação
.
4. O substantivo apresenta dois radicais diferentes. No nominativo, acusativo e
vocativo singular o radical é . Nos demais casos e gêneros é .
5. No genitivo/ablativo ( e ) o intervocálico cai e as vogais do
singular são alongadas para , resultando em no singular e no plural.
6. No nominativo, acusativo e vocativo plural () o intervocálico cai e as vogais
são alongadas para , resultando em .
7. O substantivo neutro é de origem egípcia, sendo declinado como palavra
174
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
Vocabulário
14.13. Substantivos de terceira declinação cujo radical termine em vogal e , ou
ditongo e , a maioria é de gênero masculino, há também do gênero feminino
A declinação é quase toda irregular, não sendo possível estabelecer um paradigma geral para
todos os casos.
Observações:
1. O vocativo só é igual ao nominativo no plural. O acusativo nem sempre será igual ao
nominativo, mesmo no plural.
2. O dativo/locativo/instrumental singular termina em (nunca em iota subscrito), mas há
175
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
Vocabulário
Atenção! Existem outros substantivos de gênero feminino com radicais duplos (ver itens 14.10. e
14.12.), e também radicais de gênero neutro (ver itens 14.2. e 14.11).
176
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
masculino feminino
sin. nom.
gn./ab.
dt./lc./it.
acus.
voc.
pl. nom.
gn./ab.
dt./lc./it.
acus.
voc.
Observações:
1. O vocativo é igual ao nominativo no plural, mas no singular pode haver diferença.
2. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca em iota subscrito),
enquanto que no plural sempre termina em .
Vocabulário
177
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
Gêneros dos substantivos da terceira declinação. A numeração corresponde aos tópicos desta
lição:
178
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
1 2 8 neut. 11 12 neut.
radical
sing. nom.
gen./abl.
dt./lc./it.
ac.
voc.
pl. nom.
gen./abl.
dt./lc./it.
ac.
voc.
outros exemplos
Observações:
1. Os substantivos de terceira declinação são em sua maioria do gênero neutro.
Na coluna 8, o gênero é neutro, mas possui ligações com substantivos do gênero
masculino (ver coluna correspondente no gênero masculino).
Na coluna 11, todos os substantivos são do gênero neutro, mas se comportam como se
fossem do gênero feminino, e são regulares.
Na coluna 12, é uma palavra de origem egípcia, sendo declinada como palavra
feminina, mesmo assim é irregular.
2. O radical sempre termina em consoante (exceção na coluna 12). O tema é identificado
pela forma genitiva/ablativa singular sem o final (exceções nas colunas 11 e 12).
3. O nominativo singular é sempre uma forma compactada do tema. Se o tema terminar em
(consoante líquida), o nominativo será igual ao próprio tema.
4. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca em iota subscrito),
enquanto que no plural sempre termina em . Esta é uma diferença fundamental em
relação aos substantivos de primeira e segunda declinações.
5. O acusativo e o vocativo são iguais ao nominativo, tanto no singular como no plural
respectivamente.
6. As terminações plurais são sempre regulares para cada caso (com exceção do nominativo,
acusativo e vocativo das colunas 11 e 12), embora a tonicidade e o acento possam mudar.
O genitivo ablativo plural sempre termina em .
7. Nunca se deve esquecer que os artigos neutros correspondem às terminações dos
180
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
181
14.15.2. Substantivos masculinos de terceira declinação
Colunas 3. Radical terminado em
Coluna 6 masc. Radical terminado em
Colunas 7 masc. Radical terminado em ou (consoante líquida)
Coluna 8 masc. Radical terminado em (consoante líquida)
Colunas 9 masc. Radical terminado em ou
Colunas 10 masc. Radical terminado em gutural (, ou )
Coluna 12 masc. Radical terminado em (vogal)
Colunas 13 masc. Radical terminado em vogal (, , , )
Colunas 14 masc. Radical duplo.
O número das colunas corresponde ao item de mesmo número na lição 14.
182
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
Observações:
1. Apesar da tabela aparentemente complexa, não são muitos os substantivos de primeira e segunda declinações.
substantivos masculinos da terceira declinação. 5. O vocativo é igual ao nominativo, tanto no singular como no plural
2. O radical termina em consoante ou nas vogais: , , , e respectivamente. Exceções: colunas 9 e 12 (todos no singular).
. O tema é identificado pela forma genitiva/ablativa singular sem 6. As terminações plurais são sempre regulares para cada caso (com
o final (exceção na coluna 12).
exceção das colunas 9, 11 e 12), embora a tonicidade e o acento
3. O nominativo singular é uma forma compactada do tema. Quando o possam mudar. O genitivo ablativo plural sempre termina em .
tema termina em consoante líquida (, ou ), o nominativo é 7. Observe que os substantivos das colunas 11 e 14 são do gênero
o próprio radical (colunas 7, 8 e 9). masculino, mas se comportam como se fossem do gênero feminino.
4. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em (nunca 8. Nunca se deve esquecer que os artigos masculinos correspondem às
em iota subscrito), enquanto que no plural sempre termina em
terminações dos substantivos masculinos da segunda declinação.
. Esta é uma diferença fundamental em relação aos
183
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
9. O substantivo é do gênero masculino e irregular, sendo mais utilizado seu correspondente do gênero neutro e regular.
14.15.3. Substantivos femininos da terceira declinação
Colunas 4. Radical terminado em , e
Coluna 5. Radical terminado em
Coluna 6 fem. Radical terminado em
Colunas 7 fem. Radical terminado em (consoante líquida)
Coluna 8 fem. Radical terminado em (consoante líquida)
Coluna 9 fem. Radical terminado em
Colunas 10 fem. Radical terminado em gutural (, , ou )
Coluna 12 fem. Radical terminado em (vogal)
Colunas 13 fem. Radical terminado em ou
Colunas 14 fem. Radical duplo
O número das colunas corresponde ao item de mesmo número na lição 14.
184
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
Observações:
1. Apesar da tabela aparentemente complexa não são muitos os 4. O dativo/locativo/instrumental singular sempre termina em
substantivos femininos da terceira declinação. (nunca em iota subscrito), enquanto que no plural sempre termina
2. O radical termina em consoante ou nas vogais: , e . O em . Esta é uma diferença fundamental em relação aos
tema é identificado pela forma genitiva/ablativa singular sem o substantivos de primeira e segunda declinações.
final (exceção nas colunas 9 fem. e 13 fem.). 5. O vocativo é igual ao nominativo, tanto no singular como no
3. O nominativo singular é uma forma compactada do tema. Quando plural respectivamente. Exceções: coluna 12 fem., 13 fem. e 14
o tema termina em consoante líquida (), o nominativo é o fem. (todos no singular).
próprio radical (coluna 8 fem.). 6. As terminações plurais são sempre regulares para cada caso (com
185
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
186
Exercícios
sing.
nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
pl.
nom.
gen./abl.
dat./loc./inst.
acus.
voc.
gen./abl.
dt./lc./it.
acus.
voc.
gen./abl.
dt./lc./it.
acus.
voc.
187
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
gen./abl.
dt./lc./it.
acus.
voc.
gen./abl.
dt./lc./it.
acus.
voc.
188
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
3-
masculino:
feminino:
neutro:
4- Traduza as frases:
189
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
Mt 9.22:
Mt 24.7:
Jo 1.14:
Jo 1.26:
Jo 3.35:
Jo 4.24:
Jo 6.58:
190
14. Substantivos 4 – Substantivos da terceira declinação
Jo 10.28:
Jo 3.13-21
13
14
15
16
17
18
19
20
21
191
15. Verbos 5 – Verbos defectivos ou depoentes (indicativo presente e futuro)
Verbos defectivos (ou defeituosos) são aqueles em que faltam algum tempo verbal, normalmente
o VIFA, por várias situações diferentes:
Em muitos verbos pode faltar a voz ativa no presente do indicativo (VIPA),
conseqüentemente tais verbos também não apresentarão o VSPA e nem o VIFA (ambos
seriam formados a partir do VIPA), mas apresentam o VIPM/P, o VSPM/P e o VIFM.
Outros verbos apresentam o VIPA (e o VSPA), e mesmo assim não apresentam o VIFA.
Tais verbos podem apresentar o VIPM/P e, conseqüentemente, o VSPM/P e o VIFM.
Há ainda verbos que possuem o VIPA e/ou VIPM/P, e não apresentam tempo futuro.
Obs.: Mesmo não tendo forma futura, é possível fazer o futuro de muitos desses verbos através
de construções perifrásicas.
Quanto à sua forma de escrita, o VIPM e o VIPP são idênticos, e somente o contexto pode
determinar qual a voz empregada. No entanto é importante observar que nas vozes ativa e média
o sujeito é quem realiza a ação verbal, enquanto que na voz passiva o sujeito sofre a ação,
portanto a distância de significado entre as vozes média e ativa é bem menor que a distância
entre as vozes média e passiva. Em decorrência disso, podemos ter duas situações curiosas:
Em alguns verbos a voz média tem o significado tão próximo da voz ativa, que os
mesmos simplesmente podem perder a forma ativa, e a voz média passa também a ter o
significado de voz ativa. Essa é a situação mais comum Por exemplo:
= eu conheço, eu me conheço, eu sei.
Em alguns casos, mais raros, a própria voz passiva passa a ter força de voz ativa, como
por exemplo:
= eu quero, eu sou querido.
Como esses verbos não têm a voz ativa, também não podem ser indicados com a terminação ,
sendo indicados pela voz média (ou passiva), cuja terminação característica é .
Devido ao fato desses verbos deporem contra sua forma média (e/ou passiva), que passa a ser
entendida como ativa, eles também são chamados de depoentes, e são identificados como voz
51
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
média depoente, voz passiva depoente ou voz média/passiva depoente. Por exemplo:
VIPD = Verbo Indicativo Presente voz média Depoente.
VIPO = Verbo Indicativo Presente voz passiva depOente.
VIPN = Verbo Indicativo Presente voz média/passiva depoeNte.
Obs.: Não se esqueça que o sufixo temporal pode se fundir com alguma consoante. Por exemplo:
VIPM: → VIFD: (+ = , deveria ser )
52
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
Vocabulário
53
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
Vocabulário
Verbos defectivos mais comuns e que também apresentam a forma normal:
O verbo é o único que não termina em porque não tem a vogal temática. Além
54
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
disso, na segunda pessoa do singular apresenta duas formas diferentes: e .
ou
4- O verbo possui as vozes VIPP/M (), e muitas vezes funciona como se fosse
depoente.
Vocabulário
Exercício
1- Complete as conjugações a seguir:
55
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
Exercício
3- Leia o texto abaixo e verifique se há verbos defectivos:
Jo 3.22-30
22
23
24
25
26
27
28
29
30
56
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
Jo 3.31-36
31
32
33
34
35
36
Jo 4.1-15
1
2
3
4
5
[]
6
7
8
9
()
10
11 []
12
13
14
15
57
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
Jo 4.16-30
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
Jo 4.31-42
31
32
33
34
35
36
58
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
37
38
39
40
41
42
Jo 4.43-54
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53 []
54 []
59
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
Jo 5.1-
60
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
Substantivo ou nome é a palavra que indica seres (substâncias) ou objetos, quer do mundo real
ou no imaginário. Indica tudo que possui existência, que se vê, ouve, sente ou imagina. Os
substantivos podem ser:
concretos
pessoas: menino, homem, mulher.
animais: leão, cachorro, cobra.
lugares: casa, rio, rua.
coisas: pedra, porta, faca.
meses: janeiro, fevereiro, março.
abstratos
entidades imaginárias: fantasma, duende.
sentimentos: amor, ódio, inveja.
qualidades ou defeitos: beleza, bondade, falsidade.
sensação: calor, fome, dor.
ações: vingança, choro, apoio.
situações: morte, vida.
próprios
pessoais: Deus, Jesus, João.
lugares: Judéia, Jerusalém, Grécia.
palavras substantivadas
verbos no infinitivo: o amar, o odiar.
adjetivos: o amarelo, o triste, o justo
4- Nomes comuns de dois gêneros – Os nomes de animais e alguns nomes de pessoas são
comuns para os dois gêneros, o uso do artigo é que vai defini-lo, por exemplo: (o
menino), (a menina), (o boi), (a vaca), (o deus, Deus), (a
deusa).
63
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
Vocabulário
Sempre que possível será indicada a classe gramatical, o número de citações da mesma no Novo
Testamento, seu significado e alguma palavra para facilitar a memorização.
Como nem sempre é fácil identificar o gênero do substantivo, os dicionários trazem o artigo
para masculino, para feminino ou para neutro. Se possuir mais de um gênero virá mais de
um artigo, por exemplo:
= boi, vaca; vitela. Temos = boi; = vaca.
Se a palavra apresentar alguma possível variante, a mesma será indicada, por exemplo:
, = Davi. Podemos ter , ou .
Obs.: Toda palavra com mais de 100 citações deverá ser decorada (estarão sempre em negrito).
Há palavras com menos de 100 citações, e também deverão ser decoradas (estarão em negrito).
64
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
já havia caído em desuso e para todos os efeitos tais palavras são consideradas plural.
O plural do substantivo tem seu artigo correspondente. Observe os exemplos:
singular plural
o homem os homens
substantivos
a palavra as palavras
masculinos
o filho os filhos
a terra as terras
a mulher as mulheres
substantivos a voz as vozes
femininos a igreja as igrejas
o dia os dias
o coração os corações
a criança as crianças
substantivos
o evangelho os evangelhos
neutros
o demônio os demônios
Obs. 1- A maioria dos substantivos masculinos termina em no singular, e no plural
Obs. 2- A maioria dos substantivos femininos termina em ou (ou ) no singular, e no
plural.
Obs. 3- A maioria dos substantivos neutros termina ou no singular, e no plural.
Exercício
1- Dê o plural e o singular das seguintes palavras:
plural singular
65
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
1- Nominativo (o que tem nome) – É o substantivo na sua forma original (um nome), o qual
desempenha a função de sujeito da oração ou predicativo do sujeito. Pode ser antecedido por
artigo.
Sujeito: = o apóstolo evangeliza o amigo.
Predicativo do sujeito: = Deus é o Senhor.
2- Genitivo (o que gera) – Indica posse e serve para especificar, definir ou descrever algo.
Equivale ao uso da preposição “de” em português. Repare que se houver artigo antes do
nominativo, no genitivo também haverá.
= homem; = de homem.
= palavra de homem.
= a palavra do homem.
= o reino de Cristo.
3- Ablativo (o que pode cortar, separar) – Indica origem, procedência, ponto de partida,
separação, afastamento ou derivação. Em português equivale ao uso da preposição “de” ou
“desde”.
= a salvação vem de Deus.
Observe que a terminação do ablativo é a mesma do genitivo, por isso ambos normalmente são
considerados juntos, e chamados simplesmente de genitivo.
4- Dativo (relação indireta) – Indica a pessoa ou objeto sobre quem recai a ação do verbo.
Corresponde em português ao objeto indireto. Observe que não tem preposição porque ela já é
subentendida no próprio substantivo e no artigo, se este último existir, mas na tradução para o
português deve ser colocada a preposição “a” ou “para”.
= falo ao homem.
66
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
7- Acusativo (acusação direta) – Indica a pessoa ou objeto sobre quem recai a ação do verbo.
Corresponde em português ao objeto direto na oração. Não tem preposição (mas pode ter artigo),
porém na tradução para o português a preposição pode aparecer.
= eu ouço a palavra.
67
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
Nas três palavras seguintes o genitivo termina apenas em
(, , ), o que sempre caracteriza a segunda
declinação.
Nas demais palavras o genitivo termina em ou (,
, , , ), o que caracteriza a
terceira declinação.
–
N-DF-S N-NM-S N-NM-S N-AM-S N-NM-S N-NM-S
Exercício
2- Vá agora ao trabalho final, identifique outros substantivos com seus respectivos casos,
gêneros e números. Apenas folheie o trabalho final e se habitue com ele, pois esta será sua
principal atividade prática a partir do próximo exercício e, em especial, a partir dos próximos
68
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
capítulos.
Vocabulário
Os substantivos próprios mais comuns no Novo Testamento são (só estão listados os que
aparecem mais de 15 vezes, ou os citados em Jo 1, mesmo que apareçam menos de 15 vezes):
Nomes de pessoas
(subst. indec., 73) = Abraão.
(subst., 13) = André.
(subst., 12) = Batista; o que batiza.
(subst. indec., 59) = Davi.
(subst., 29) = Elias.
(subst. indec., 27) = Jacó.
(subst., 42) = Tiago.
(subst., 912, em 908 se refere a Jesus Cristo) = Jesus, Josué,
Isaías.
(subst., 44) = Judas, Judá.
(subst. indec., 68) = Israel.
(subst., 134) = João.
(subst., 39 - é indec.) = José.
69
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
Obs.: Para nosso estudo vamos considerar a palavra Deus e Espírito (ou Espírito Santo) como
nomes próprios, quando se referirem repectivamente ao nosso Deus e ao Espírito Santo. E
também a palavra Rabi, quando se referir a Cristo:
(subst., 1312) = Deus; deus, deusa – (teologia).
(subst., 379) = vento, sopro; espírito, Espírito –
(pneumatologia).
ou (subst. indec., 15, em 13 se refere a Cristo) = Mestre, meu
mestre.
Nomes de lugares
(subst., 25) = Egito.
(subst., 18) = Ásia.
(subst., 12) = Betânia.
(subst., 61) = Galiléia.
(subst. indec., 61) = Jerusalém.
(subst. indec., 78) = Jerusalém.
(subst., 15) = Jordão.
(subst., 45) = Judéia.
(subst., 19) = Cesaréia.
(subst. indec., 16) = Cafarnaum.
(subst. indec., 12) = Nazaré.
Nomes de origem
(subst., 11) = galileu.
70
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
Exercício
3- Treine sua leitura no texto abaixo. Tente encontrar os substantivos e identifique se há algum
indeclinável:
Jo 1.1-9
1
2
3
4
5
6
7
8
9
71
5. Substantivo 1 – Estrutura do substantivo e sua flexão
72
6. Artigo 1 – Gênero, número, caso e usos especiais do artigo
O uso do símbolo )( indica que o termo grego correspondente foi suprimido na tradução, pois
ele não faria sentido em português.
Obs. 1- Observe que, com exceção do nominativo e do acusativo, nas demais situações o artigo
equivale em português a uma aglutinação com uma preposição.
Atenção!: Tenha em mente que:
73
6. Artigo 1 – Gênero, número, caso e usos especiais do artigo
Vocabulário
Num dicionário normal não seriam exibidas todas as declinações dos artigos, mas apenas a forma
básica do mesmo: - (art., 543) = o, a.
Tenha a tabela e o vocabulário à mão para consultá-los sempre que necessário.
74
6. Artigo 1 – Gênero, número, caso e usos especiais do artigo
Exercício
1- Coloque os artigos correspondentes para cada substantivo:
_____ (fem) _____ (masc) _____ (neut)
_____ _____ (masc) _____ (fem)
_____ (masc) _____ _____ (masc)
_____ _____ _____
_____ _____ _____ (masc)
_____ _____ _____
_____ (fem) _____ (neut) _____ (fem)
_____ _____ _____
_____ (masc) _____ _____ (neut)
_____ _____ _____ (neut)
_____ (neut) _____ _____ (fem)
Atenção!: As vezes para expressar um artigo indefinido pode ser usado um numeral: = um
(para masculino); = uma (para feminino); = um/uma (para neutro). Também pode ser
usado o pronome indefindo ou = um, algum, algo, alguém, qualquer um, certo, um certo.
Tais casos serão tratados no futuro, dentro dos assuntos correspondentes.
75
6. Artigo 1 – Gênero, número, caso e usos especiais do artigo
2- Uso do artigo antes de nomes próprios – Tal recurso é utilizado regularmente para reforçar o
nome próprio, mas não é obrigatório, por exemplo:
= Jesus.
= Jesus.
É importante observar que existem casos especiais de palavras que são transformadas em nomes
próprios pelo uso do artigo, por exemplo:
= deus, um deus, deusa, uma deusa.
= o deus, mas geralmente significa “Deus”.
= filho, um filho.
= o filho, mas geralmente significa o “Filho” de Deus ().
= ungido, um ungido.
= o ungido, mas geralmente significa = Cristo.
76
6. Artigo 1 – Gênero, número, caso e usos especiais do artigo
adjetivo.
= João, o batista (o batizador, o que batiza), acabou se transformando
em nome próprio = João Batista.
Exercício
2- Identifique e traduza todos os artigos que aparecem no texto abaixo:
PD N-DF-S VIIA- -ZS DNMS N-NM-S CC DNMS N-NM-S VIIA- -ZS PA DAMS N-AM-S
o o o
Neste trabalho há um total de 839 palavras. Você encontrará 14 artigos com 110 aparições ( =
33; = 17; = 15; etc.). Juntando-se aos 13 substantivos próprios indeclináveis já
identificados, isso equivale dizer que já será possível identificar 123 palavras ou 14,66 % do
texto.
Exercício
77
6. Artigo 1 – Gênero, número, caso e usos especiais do artigo
3- Treine sua leitura nos textos a seguir. Aproveite para grifar os artigos:
Jo 1.10-18
10
11
12
13
14
15
16
17
18
Jo 2.1-12
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
78
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
Verbo é a palavra que indica uma ação, o resultado de uma ação, um acontecimento, um
fenômeno natural, um desejo, um estado ou simplesmente ligar o sujeito a alguma qualidade sua.
Em todo idioma do mundo, os dois elementos mais importantes envolvidos na linguagem são os
substantivos e os verbos, sendo que estes determinam a construção das orações e,
conseqüentemente, a própria estrutura do pensamento de qualquer idioma. Uma oração pode
existir sem outro elemento gramatical, mas não existe oração sem verbo.
Em português os verbos são indicados sempre na forma infinitiva, por exemplo: falar, escrever.
Em grego os verbos são geralmente indicados na primeira pessoa do singular do presente do
indicativo na voz ativa, por exemplo: (eu escrevo), (eu amo), (eu falo).
Alguns verbos (chamados de verbos defectivos) são enunciados na voz média ou passiva, por
exemplo: (eu posso), (eu vou, eu venho).
tema
radical vogal terminação
prefixo duplicador raiz aumento temática verbal móvel exemplo
= eles soltaram
= nós nos soltamos
Verbo na terceira pessoa do plural do mais que perfeito ativo do indicativo é ,
na primeira pessoa do plural do aoristo médio é .
Obs.: Não há um modo específico em grego chamado gerúndio, como em português porque, em
princípio, os verbos gregos já expressam uma ação em andamento.
1- Ação incompleta ou contínua, em andamento, linear ou aspecto durativo – Indica uma ação
80
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
2- Ação completa ou pontilinear – Indica uma ação que é vista como um todo (completa), não
importando quanto tempo a ação levou ou levará para ser completada.
Tempo aoristo – Expressa uma ação que foi completada, mas não define quando e
nem qual a sua duração, por exemplo: = eu escrevi.
Tempo futuro – Expressa uma ação que será completada no futuro, por exemplo:
= eu escreverei.
81
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
82
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
Número:
Singular: eu, tu, ele/a, você, este/a, isto, esse/a, isso, aquele/a, aquilo.
Plural: nós, vós, eles/as, vocês, estes/as, isto, esses/as, isso, aqueles/as, aquilo.
As abreviaturas a seguir servem de padrão para as pessoas e números:
1ps 1ª pessoa do singular: eu.
2ps 2ª pessoa do singular: tu.
3ps 3ª pessoa do singular: ele/a, você, este/a, isto, esse/a, isso, aquele/a, aquilo.
1pp 1ª pessoa do plural: nós.
2pp 2ª pessoa do plural: vós.
3pp 3ª pessoa do plural: eles/as, vocês, estes/as, isto, esses/as, isso, aqueles/as, aquilo.
pessoa e
português grego
número
1ps eu falo
2ps tu falas
3ps ele, ela fala
1pp nós falamos
2pp vós falais
3pp eles, elas falam
Nas conjugações em grego não são utilizados os pronomes pessoais do caso reto como em
português, mas é possível a utilização dos mesmos para o caso de ênfase (sujeito pronominal):
= sou o caminho.
= eu (somente eu, não outro) sou o caminho.
VIPA ou VIP
1ps eu sou
2ps tu és
3ps ele/a é
1pp nós somos
2pp vós sois
3pp eles/as são
Obs. 1- Todas as formas do presente do indicativo do são enclíticas (com exceção do ),
isto é, são ligadas à palavra anterior e pronunciadas em conjunto com ela. Também podem
transferir sua acentuação para a palavra ao qual se ligam.
83
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
Vocabulário
Normalmente o dicionário só indica as formas básicas do verbo, e na primeira pessoa do singular
do presente do indicativo ativo (VIPA), assim o verbo aparece como:
Se a pessoa não souber conjugar o verbo, com certeza terá dificuldade em localizar as demais
formas. Em nosso vocabulário vamos colocar as principais formas do verbo .
Exercícios
1- Decore o verbo no presente do indicativo (VIPA). Depois o escreva 5 vezes, sem olhar:
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
3- Traduza as frases para o grego:
João é profeta. _____________________________________________________
Eu estou em casa. _____________________________________________________
Jesus é o pão da vida. _____________________________________________________
Minha casa é na cidade. _____________________________________________________
Somos amigos de Jesus. _____________________________________________________
Nós somos seus profetas. _____________________________________________________
Exercício
3- Treine sua leitura nos textos abaixo. Aproveite para grifar o verbo , no VIPA:
Jo 1.19-28
19
20
21
22
23
24
25
26
27
85
7. Verbo 1 – Estrutura e flexão do verbo, e apresentação do verbo
28
Jo 2.13-25
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
86
Anexo 2 – A estrutura da oração e a formação básica do pensamento grego
Na língua portuguesa a estrutura da oração normalmente apresenta um sujeito (quem realiza uma
ação) e um predicado (a ação realizada). O núcleo do sujeito geralmente é um substantivo ou
pronome pessoal, e, em condições normais, o núcleo do predicado é um verbo, porém ele quase
sempre é acompanhado de algum outro substantivo que completa o predicado.
A ordem direta da oração em português é: sujeito + verbo + predicado, por exemplo: ao dizer:
homem constrói casa. Já dá para entender o que se pretende dizer. Também dá para identificar o
sujeito (homem), o verbo (constrói) e o objeto do predicado (casa). Ainda dá para identificar
dois substantivos (homem e casa).
Para o bom entendimento da idéia (mensagem), a oração deve ter um sentido claro, por isso é
importante que sejam conhecidos os elementos associados aos substantivos (artigos, adjetivos,
pronomes e preposições), e os elementos associados aos verbos (advérbios e preposições).
Assim, é possível acrescentar algo à oração inicial para melhorar seu significado: O homem
constrói a casa. Acrescentamos apenas dois artigos (o, a).
É possível ainda acrescentar algo mais: O homem sábio constrói cuidadosamente a sua casa.
Agora acrescentamos um adjetivo (sábio), um advérbio (cuidadosamente) e um pronome
possessivo (sua). E assim por diante.
É importante observar que a ordem dos termos da oração determina o sentido da mesma. A
oração “o homem constrói a casa” tem sentido claro, mas se dissermos “o homem a casa
constrói”, ou “a casa o homem constrói”, ou “a casa constrói o homem”, ou “constrói a casa o
homem”, ou “constrói o homem a casa”, o sentido dessas outras orações pode não ser o mesmo
da primeira oração, e mesmo que seja, não está tão claro.
Em grego esse problema praticamente não existe, pois os substantivos têm formas diferentes
para cada uma das funções que porventura venham a desempenhar na oração, por exemplo:
= o homem (sujeito da oração – caso nominativo), enquanto que = a casa (se
fosse sujeito), mas casa é objeto direto (caso acusativo), portanto: = a casa. Assim
podemos dizer:
(sujeito + verbo + objeto), ou
(sujeito + objeto + verbo), ou
(objeto + sujeito + verbo), ou
(objeto + verbo + sujeito), ou
(verbo + sujeito + objeto), ou
(verbo + objeto + sujeito).
Em qualquer uma dessas orações continua sendo sujeito (pois a declinação do artigo
87
Anexo 2 – A estrutura da oração
e do substantivo mostram que é sujeito – caso nominativo) e continua sendo objeto
direto (pois a declinação do artigo e do substantivo mostram que é caso acusativo. Assim temos:
“O homem constrói a casa”, independentemente da ordem dos termos envolvidos.
Conclusão: O grego não se preocupa tanto com a ordem das palavras (embora geralmente
apresente sujeito + verbo + predicado), mas se preocupa com a declinação das palavras (em
especial os substantivos), pois isto mostra a função sintática do substantivo dentro da frase ou
oração, isto é, ele pode funcionar como sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto
indireto, etc.
Veja no próximo exemplo que a ordem dos substantivos, ou melhor, a declinação dos mesmos,
muda o sentido da oração:
= o homem ama a mulher (homem = sujeito; mulher = objeto).
= a mulher ama o homem (mulher = sujeito; homem = objeto).
Pela importância do assunto, até o final dos dois primeiros módulos vamos alternar o estudo de
substantivos e verbos e seus respectivos elementos associados.
88
8. Substantivo 2 – Substantivo da segunda declinação
Os substantivos podem declinar em gênero, número e caso, mas nem todos os substantivos
declinam exatamente da mesma maneira. Existem três grupos diferentes de declinações. Como a
segunda declinação é a mais regular, vamos começar nosso estudo por ela.
A segunda declinação é conhecida por declinação em , pois a vogal temática sempre será .
No nominativo singular os substantivos de segunda declinação erminam em , no genitivo
singular em . Nos dicionários e léxicos isso aparece indicado, por exemplo:
– (subst., 548) = homem, ser humano. Temos: = homem
(nominativo; e = de homem (genitivo/ablativo).
A segunda declinação toma como referência os substantivos masculinos terminados em ,
porém existem substantivos femininos também terminados em . A forma neutra que se
enquadra na segunda declinação pode terminar em ou .
Se o substantivo for antecedido por artigo, este também será flexionado de acordo com o caso do
substantivo.
É bom enfatizar que os artigos sempre assumirão a forma final dos substantivos da segunda
declinação, mesmo que estejam antecendendo um substantivo de primeira ou terceira declinação.
Nos dicionários os substantivos aparecem seguidos pelo artigo , ou , conforme o gênero do
mesmo (veja o vocabulário).
singular plural
nom. a palavra as palavras
Obs. 1- Observe a terminação dos artigos e dos substantivos. Com exceção dos casos nominativo
e vocativo, os artigos dos demais casos sempre seguem a terminação do substantivo, mas estão
acrescidos de um .
Obs. 2- Veja que o ablativo é idêntico ao genitivo. Já o locativo e o instrumental são idênticos ao
dativo. Por isso foi dito que existem 8 casos, mas apenas 5 formas diferentes.
89
8. Substantivo 2 – Substantivo da segunda declinação
Vocabulário
Todos são antecedidos pelo artigo, mas mesmo que o artigo não apareça, isso não muda a
declinação do substantivo.
90
8. Substantivo 2 – Substantivo da segunda declinação
Substantivos masculinos:
(subst., 175) = anjo, mensageiro – (anjo, angelical).
(subst., 343) = irmão; patrício; correligionário – (Filadélfia).
(subst., 4) = cordeiro.
(subst., 548) = homem, ser humano – (antropologia).
(subst., 79) = apóstolo, enviado; missionário; mensageiro.
(subst., 97) = pão; comida (no sentido genérico).
(subst., 59) = mestre, professor – (didática).
(subst., 11) = dolo, traição, engano, fraude – (doloso).
(subst., 124) = servo, escravo, serviçal. A palavra é usada mais
como adjetivo que substantivo.
(subst., 120) = morte; separação – (tanatologia).
(subst., 85) = tempo, época; oportunidade, ocasião oportuna, época
ou tempo conveniente.
(subst., 6) = peito, seio; bolso, prega; golfo, enseada.
(subst., 185) = universo, mundo; terra habitada, os habitantes
da terra – (cósmico, cosmético).
(subst., 718) = dono, amo, senhor, proprietário.
(subst., 142) = povo, gente, multidão, turba – (leigo).
(subst., 331) = palavra, ensino; preceito, doutrina; verbo –
(teologia).
(subst., 194) = lei, mandamento, ordenança; princípio legal.
(subst., 112) = casa, qualquer edifício habitado; família, raça,
descendentes – (economia, ecumênico).
(subst., 272) = céu, firmamento – (urânio).
(subst., 100) = olho – (oftalmologia).
(subst., 174) = multidão, turba, povo, populacho.
(subst., 28) = cruz.
(subst., 95) = lugar, local, região; posição; oportunidade, ocasião –
(topologia, topografia).
(subst., 374) = filho homem, descendente; filho maior de idade.
(subst., 54) = tempo, período de tempo, duração – (cronologia).
Substantivos femininos:
(subst., 9) = vinha, videira.
(subst., 9) = livro, rolo de papiro – (biblioteca).
(subst., 101) = caminho, estrada, rua; jornada; curso da vida –
(rua, rodovia).
(subst., 15) = virgem – (partenogênese).
92
8. Substantivo 2 – Substantivo da segunda declinação
Substantivos que podem ser masculinos e femininos, ou masculino e neutro (o artigo é quem
identifica o gênero):
(adj., subst., 47). // Adj. = pecaminoso, pecador, perverso. // Subst.
= pecador (termo usado como forma de menosprezo) –
(hamrtiologia).
(subst., 29) = diácono(isa), servo(a), ministro(a); garçom(nete).
(subst., 16) = zelo, lealdade, entusiasmo, ardor; ciúme; inveja –
(zelo, zelote).
(subst., 1312) = Deus; deus, deusa – (teologia).
Exercícios
2
93
8. Substantivo 2 – Substantivo da segunda declinação
4
singular singular
nom. Pedro Paulo
gen./abl. do Pedro do Paulo
dat. ao Pedro ao Paulo
loc. no Pedro (lugar) no Paulo (lugar)
inst. com o Pedro, pelo Pedro com o Paulo, pelo Paulo
acus. o Pedro o Paulo
voc. Pedro Paulo
Obs.: Fora o fato de não apresentar as formas no plural, todo substantivo próprio da segunda
declinação é bastante regular.
Exemplos – Nominativo:
Jo 6.68: = Respondeu-lhe Simão Pedro...
94
8. Substantivo 2 – Substantivo da segunda declinação
Genitivo:
Jo 1.40: = Era André, o irmão de Simão Pedro...
At 19.29: = ... companheiros de Paulo.
Dativo:
Jo 18.11: = Jesus disse a Pedro...
At 21.4: = ... pelo Espírito,
recomendavam a Paulo...
Acusativo:
Jo 13.6: = Aproximou-se de Simão Pedro...
At 16.36: [] =
Então o carcereiro comunicou a Paulo...
Vocativo:
Lc 22.34: = Mas Jesus lhe disse: Afirmo-te, Pedro...
At 26.24: = ... Estás
louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar (literalmente: para a loucura transformam).
Exercício
3- Volte ao vocabulário final da lição 5 e liste todos os substantivos próprios que podem ser
classificados como da segunda declinação (liste todos que terminam em , – são 17
apenas):
; _______________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
singular
nom.
gen./abl.
95
8. Substantivo 2 – Substantivo da segunda declinação
dt./lc./it.
acus.
voc.
plural
nom.
gen./abl.
dt./lc./it.
acus.
voc.
PD N-DF-S VIIA- -ZS DNMS N-NM-S CC DNMS N-NM-S VIIA- -ZS PA DAMS N-AM-S
Deus, o palavra,
deus verbo
Exercício
5- Treine sua leitura nos textos a seguir. Grife os substantivos de segunda declinação:
Jo 1.29-34
29
96
8. Substantivo 2 – Substantivo da segunda declinação
Jo 3.1-12
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
97
8. Substantivo 2 – Substantivo da segunda declinação
98
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
O indicativo serve para indicar um fato dado como certo, uma realidade, mas este fato pode ser
verdadeiro ou falso.
O indicativo apresenta os tempos: presente, futuro, aoristo, imperfeito, perfeito, mais que
perfeito e futuro perfeito. Eles aparecem nas vozes ativa, média e passiva, sendo que a média e a
passiva normalmente são iguais.
O presente do indicativo indica um fato não apenas que é considerado como certo, mas que está
sendo realizado no momento, por exemplo: = eu falo ou eu estou falando; = eu
sou falado ou estou sendo falado, ou eu falo de mim mesmo ou eu estou falando de mim mesmo;
ou seja, o presente do indicativo expressa uma ação linear, incompleta, contínua, em andamento
ou de aspecto durativo.
O presente do indicativo pode se apresentar nas vozes ativa, média e passiva, sendo que as duas
últimas são idênticas.
Obs. 1- Para o VIPA há quatro alterações por alongamento e/ou por eufonia:
1- Na primeira pessoa do singular, a vogal temática foi alongada para , e a terminação
verbal foi suprimida, ficando apenas .
2- Na segunda pessoa do singular, a vogal temática foi alongada por eufonia para ,
ficando .
3- Na terceira pessoa do singular, o da terminação verbal caiu, pois ficou intervocálico,
ficando apenas .
4- Na terceira pessoa do plural, o da terminação verbal caiu por eufonia e a vogal
temática foi alongada, ficando .
99
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
5- O móvel se junta ao final do verbo apenas na terceira pessoa quando a palavra seguinte
começar por uma vogal, ou quando este verbo for a palavra final da oração.
Obs. 2- Para o VIPM/P há duas alterações:
1. Na segunda pessoa do singular há a perda do intervocálico, e as vogais se contraem:
+ = → → → .
2. Na primeira pessoa do plural o acento está na terminação (na vogal temática), pois se
permanecesse no radical a sílaba tônica seria a quarta, e isto não existe em grego. Este é
um exemplo típico de acentuação regressiva.
Obs. 3- Lembrar que o ditongo na 2ps, 3ps e 3pp é breve.
Obs. 4- A terminação verbal primária é utilizada nos tempos: presente, futuro e perfeito.
A terminação verbal primária ativa dará origem ao VIPA (Verbo Indicativo Presente Ativo) e
seus derivados, enquanto que a terminação verbal primária média/passiva origina o VIPM/P
(Verbo Indicativo Presente Médio / Verbo Indicativo Presente Passivo) e seus derivados:
terminação tradução
raiz VIPA
do VIPA presente do indicativo
eu solto / eu estou soltando
tu soltas / tu estás soltando
ele(a) solta / ele(a) está soltando
nós soltamos / nós estamos soltando
vós soltais / vós estais soltando
eles(as) soltam / eles(as) estão soltando
100
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
Obs.: Todos os verbos são paroxítonos com acento agudo. Quando conjugado no VIPA o
acento sempre se mantém sobre a raiz.
terminação tradução
raiz VIPP/M presente do indicativo
do VIPM/P
VIPP: eu sou solto
VIPM: eu solto para mim / eu me solto
VIPP: tu és solto
VIPM: tu soltas para ti / tu te soltas
VIPP: ele(a) é solto
VIPM: ele(a) solta para si / ele(ou ele se solta
VIPP: nós somos soltos
VIPM: nós soltamos para nós / nós nos soltamos
VIPP: vós sois soltos
VIPM: vós soltais para vós / vós vos soltais
VIPP: eles(as) são soltos
VIPM: eles(as) soltam para si / eles(as) se soltam
Quando, porém, o radical terminar em vogais , ou , ocorre a contração da vogal do
radical com a vogal da terminação (pode ser a vogal temática ou a vogal da desinência). Neste
caso, se uma das sílabas que participou da contração era acentuada, a sílaba resultante da
contração será acentuada (o que ocorre na maioria das vezes) e, sempre que as regras de
acentuação o permitirem, o acento será circunflexo.
101
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
Por exemplo:
Obs.: Existem verbos que não obedecem a esta regra de contração em determinados tempos
verbais, os quais serão vistos no momento oportuno.
Nos verbos contraídos ocorre a contração da vogal do radical com a vogal da terminação verbal.
102
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
Vocabulário
Os verbos são sempre apresentados na 1ps do VIPA (Verbo Indicativo Presente Ativo), com
terminação em . Se o verbo for contrato, ele não é apresentado na forma contraída.
Seguem-se respectivamente, quando necessárias, as formas VIFA (terminação ), VIAA
(), VIRA (), VIRM/P () e VIAP (). Por exemplo: , , isto significa
que no futuro (VIFA) o verbo toma a forma de , pois o na terminação
indica o futuro, como veremos posteriormente. Já o verbo , no VIFA é , no VIAA é
, no VIAP é .
103
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
104
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
Exercício
1- Separe o radical, a vogal temática e a terminação verbal dos verbos a seguir e dê a tradução da
conjugação apresentada:
105
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
VIPA VIPP/M
verbo VNPA tradução VNPP/M tradução
3ps 3ps
estar sendo solto
soltar
estar me soltando
VIPA do
1ps eu sou
2ps tu és
3ps ele(a) é
1pp nós somos
2pp vós sois
3pp eles(as) são
106
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
Obs. 1- Todas as formas do presente do indicativo do são enclíticas (com exceção do ),
isto é, são ligadas à palavra anterior e pronunciadas em conjunto com ela
Obs. 2- A forma torna-se em duas situações:
no início de uma oração, quando significa existe;
quando vier após: , , , , , , , , .
É curioso observe que no tempo futuro do indicativo ativo (VIFA) ou, simplesmente VIF, ele é
formado pela terminação do presente do indicativo passivo e médio (VIPM/P) do verbo ,
antecedido por , com exceção da terceira pessoa do singular.
Vocabulário
Normalmente um dicionário só indica a forma do verbo da primeira pessoa do singular do
presente do indicativo ativo (VIPA), assim o verbo aparece como:
Se a pessoa não souber conjugar o verbo, com certeza terá dificuldade em localizar as demais
formas do mesmo. Em nosso vocabulário vamos colocar as principais formas do verbo .
Assim, por enquanto, teremos:
Exercícios
3- Decore o VIPA e o VIPM/P do verbo . Depois os escreva nas linhas abaixo. Também
escreva os demais verbos indicados:
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Exercício
5- Treine sua leitura nos textos a seguir. Grife os verbos no VIPA e VIPM/P:
Jo 1.35-44
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
Jo 3.13-21
13
14
15
16
17
18
19
20
21
109
9. Verbo 2 – O presente do indicativo do verbo de terminação e o verbo
110
Anexo 3 – Conjugações verbais em português
111
Anexo 3 – Conjugações verbais em português
112
Anexo 3 – Conjugações verbais em português
modo imperativo formas nominais
tempo 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação corres- 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação corres-
andar vender partir pondente andar vender partir pondente
afirmativo ----- ----- ----- infinitivo andar vender partir
anda tu vende tu parte tu
ande você (ele) venda você (ele) parta você (ele)
andemos nós vendamos nós partamos nós gerúndio andando vendendo partindo
andai vós vendei vós parti vós VMPA
andem vocês (eles) vendam vocês (eles) partam vocês (eles) VMPM/P
---- ---- ---- VMAA andado vendido partido
negativo particípio
não andes tu não vendas tu não partas tu VMAM
não ande você não venda você não parta você VMAP
não andemos nós não vendamos nós não partamos nós
não andeis vós não vendais vós não partais vós
não andem vocês não vendam vocês não partam vocês
114
Anexo 3 – Conjugações verbais em português
115
10. Substantivo 3 – Substantivo da primeira declinação
A primeira declinação toma por referência os substantivos cuja vogal temática é ou . Na sua
maioria são substantivos femininos.
Os substantivos de primeira declinação existem em menor número que os de segunda declinação,
apesar disso são mais complexos de serem entendidos. Há 5 maneiras diferentes de flexionar os
substantivos de primeira declinação:
Obs. 1- A vogal temática dos substantivos da primeira declinação são ou , tanto no
nominativo como no genitivo.
Obs. 2- Na primeira declinação os substantivos masculinos não terminam , como na segunda,
mas sim em ou . De qualquer modo a vogal temática continua sendo ou , como nos
substantivos femininos.
Obs. 3- Não existem substantivos neutros de primeira declinação.
Obs. 4- Existe também uma relação constante entre a terminação do nominativo e do genitivo.
Com uma exceção nos substantivos masculinos no genitivo.
terminação terminação
gênero radical
do nominativo do genitivo
R-
terminado em
feminino ou
não terminado em
ou
R-
masculino
R-
Vogal temática , não precedida por , , ou (somente e ). O
nominativo singular termina em , e o genitivo singular em .
vogal vogal temática , vogal temática , não precedida por , ou
temática precedida por , ou (somente e )
radical
sing. nom.
gn./ab.
d./l./i.
acus.
voc.
pl. nom.
gn./ab.
d./l./i.
acus.
voc.
Vocabulário
117
Referências bibliográficas
Substantivos femininos com vogal temática em (precedidos por , ou ):
(subst., 109) = verdade, realidade, certeza; fidedignidade,
confiabilidade; justiça.
(subst., 172) = pecado, pecaminosidade, ofensa, violação da lei
de Deus – (hamartiologia).
(subst., 162) = reino, reinado, soberania, autoridade, domínio,
governo – (Basílio).
(subst., 43) = geração; prole; raça. = tempo infinito –
(genealogia).
(subst., 34) = serviço, ministério, ministração, assistência;
administração; socorro; distribuição de comida.
(subst., 114) = igreja, assembléia, congregação – (eclesiástico).
(subst., 102) = direito de mandar, autoridade, poder, força;
direito de escolha, de agir, de decidir.
(subst., 52) = promessa.
(subst., 389) = dia – (efêmero).
(subst., 39) = porta, entrada.
(subst., 156) = coração; mente, personalidade, caráter –
(cardíaco).
(subst., 19) = comunhão, cooperação, sociedade; participação;
auxílio.
(subst., 37) = testemunho, reputação – (mártir).
(subst., 22) = mudança de mente, mudança de interior;
arrependimento.
(subst., 94) = casa, família; bens, propriedade – (economia,
ecumênico).
118
Referências bibliográficas
Substantivos próprios femininos com vogal temática em (precedidos por , ou ):
(subst., 18) = Antioquia.
(subst., 18) = Ásia.
(subst., 12) = Betânia.
(subst., 61) = Galiléia.
(subst., 45) = Judéia.
(subst., 54) = Maria, Miriam.
Substantivos femininos com vogal temática em (não precedidos por , ou ):
(subst., 14) = espinho.
(subst., 12) = inferno.
(subst., 50) = língua, linguagem, dialeto – (glossolalia,
glossário).
(subst., 166) = glória, honra, dignidade, majestade –
(doxologia).
(subst., 91) = mar – (talassocracia).
(subst., 17) = raiz; origem, causa.
Exercício
1- Decline os substantivos:
119
Referências bibliográficas
pl. nom.
gn./ab.
d./l./i.
acus.
voc.
Esses dois últimos casos são muito raros em toda Bíblia, normalmente apenas nomes próprios de
origem estrangeira (hebraico e aramaico).
120
Referências bibliográficas
Vocabulário
Exemplos de substantivos masculinos da primeira declinação terminados em (todos devem
ser precedidos pelo artigo ):
121
Referências bibliográficas
Exercícios
2- Decline os substantivos:
122
Referências bibliográficas
6
7
Obs.: Fora o fato de não apresentar as formas no plural, todo substantivo próprio da primeira
declinação é bastante regular.
Exercícios
123
Referências bibliográficas
6- Traduza as frases:
___________________________________________________________
___________________________________________________
_______________________________________________
______________________________________________
_________________________________________
______________________________________
___________________________________
PD N-DF-S VIIA- -ZS DNMS N-NM-S CC DNMS N-NM-S VIIA- -ZS PA DAMS N-AM-S
Deus, o palavra,
deus verbo
124
Referências bibliográficas
Jo 1.45-51
45
46
47
48
49
50
51
Jo 3.22-30
22
23
24
25
26
27
28
29
30
125
Referências bibliográficas
126
127