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Ensino Religioso

Origem do budismo

O budismo não é só uma religião, mas também um sistema


ético e filosófico, originário da região da Índia. Foi criado por
Sidarta Gautama (563? - 483 a.C.?), também conhecido como
Buda. Este criou o budismo por volta do século VI a.C. Ele é
considerado pelos seguidores da religião como sendo um guia
espiritual e não um deus. Desta forma, os seguidores podem
seguir normalmente outras religiões e não apenas o budismo.

O início do budismo está ligado ao hinduísmo, religião na


qual Buda é considerado a encarnação ou avatar de Vishnu.
Esta religião teve seu crescimento interrompido na Índia a
partir do século VII, com o avanço do islamismo e com a
formação do grande império árabe. Mesmo assim, os
ensinamentos cresceram e se espalharam pela Ásia. Em cada
cultura foi adaptado, ganhando características próprias em
cada região.

Os ensinamentos, a filosofia e os princípios

Os ensinamentos do budismo têm como estrutura a idéia de


que o ser humano está condenado a reencarnar infinitamente
após a morte e passar sempre pelos sofrimentos do mundo
material. O que a pessoa fez durante a vida será considerado
na próxima vida e assim sucessivamente. Esta idéia é
conhecida como carma. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o
espírito pode atingir o estado de nirvana (pureza espiritual) e
chegar ao fim das reencarnações.
Para os seguidores, ocorre também a reencarnação em
animais. Desta forma, muitos seguidores adotam uma dieta
vegetariana.

A filosofia é baseada em verdades: a existência está


relacionada a dor, a origem da dor é a falta de conhecimentos
e os desejos materiais. Portanto, para superar a dor deve-se
antes livrar-se da dor e da ignorância. Para livrar-se da dor, o
homem tem oito caminhos a percorrer: compreensão correta,
pensamento correto, palavra, ação, modo de vida, esforço,
atenção e meditação. De todos os caminhos apresentados, a
meditação é considerada o mais importante para atingir o
estado de nirvana.

A filosofia budista também define cinco comportamentos


morais a seguir: não maltratar os seres vivos, pois eles são
reencarnações do espírito, não roubar, ter uma conduta sexual
respeitosa, não mentir, não caluniar ou difamar, evitar
qualquer tipo de drogas ou estimulantes. Seguindo estes
preceitos básicos, o ser humano conseguirá evoluir e
melhorará o carma de uma vida seguinte.

Judaísmo
A história dos judeus, livros sagrados, símbolos e rituais da religião judaica, festas
religiosas

Tora: livro sagrado do judaísmo

Introdução

O judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta a aparecer na


história. Tem como crença principal a existência de apenas um Deus, o
criador de tudo. Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus,
fazendo com que eles se tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a
terra prometida.

Atualmente a fé judaica é praticada em várias regiões do mundo, porém é


no estado de Israel que se concentra um grande número de praticantes.

Conhecendo a história do povo judeu

A Bíblia é a referência para entendermos a história deste povo. De acordo


com as escrituras sagradas, por volta de 1800 a.C, Abraão recebeu uma
sinal de Deus para abandonar o politeísmo e para viver em Canaã (atual
Palestina). Isaque, filho de Abraão, tem um filho chamado Jacó. Este luta,
num certo dia, com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel.
Os doze filhos de Jacó dão origem as doze tribos que formavam o povo
judeu. Por volta de 1700 AC, o povo judeu migra para o Egito, porém são
escravizados pelos faraós por aproximadamente 400 anos. A libertação do
povo judeu ocorre por volta de 1300 AC. A fuga do Egito foi comandada
por Moisés, que recebe as tábuas dos Dez Mandamentos no monte Sinai.
Durante 40 anos ficam peregrinando pelo deserto, até receber um sinal de
Deus para voltarem para a terra prometida, Canaã.
Jerusalém é transformada num centro religioso pelo rei Davi. Após o
reinado de Salomão, filho de Davi, as tribos dividem-se em dois reinos :
Reino de Israel e Reino de Judá. Neste momento de separação, aparece a
crença da vinda de um messias que iria juntar o povo de Israel e restaurar o
poder de Deus sobre o mundo.

Em 721 a.C começa a diáspora judaica com a invasão babilônica. O


imperador da Babilônia, após invadir o reino de Israel, destrói o templo de
Jerusalém e deporta grande parte da população judaica.

No século I, os romanos invadem a Palestina e destroem o templo de


Jerusalém. No século seguinte, destroem a cidade de Jerusalém,
provocando a segunda diáspora judaica. Após estes episódios, os judeus
espalham-se pelo mundo, mantendo a cultura e a religião. Em 1948, o povo
judeu retoma o caráter de unidade após a criação do estado de Israel.

Os livros sagrados dos judeus

A Torá ou Pentateuco, de acordo com os judeus, é considerado o livro


sagrado que foi revelado diretamente por Deus. Fazem parte da Torá:
Gênesis, o Êxodo, o Levítico, os Números e o Deuteronômio. O Talmude é
o livro que reúne muitas tradições orais e é dividido em quatro livros:
Mishnah, Targumin, Midrashim e Comentários.

Rituais e símbolos judaicos

Os cultos judaicos são realizados num templo chamado de sinagoga e são


comandados por um sacerdote conhecido por rabino. O símbolo sagrado do
judaísmo é o memorá, candelabro com sete braços.

Memorá: candelabro sagrado

Entre os rituais, podemos citar a circuncisão dos meninos ( aos 8 dias de


vida ) e o Bar Mitzvah que representa a iniciação na vida adulta para os
meninos e a Bat Mitzvah para as meninas ( aos 12 anos de idade ).

Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o respeito a


Deus no momento das orações.

Nas sinagogas, existe uma arca, que representa a ligação entre Deus e o
Povo Judeu. Nesta arca são guardados os pergaminhos sagrados da Torá.

As Festas Judaicas

As datas das festas religiosas dos judeus são móveis, pois seguem um
calendário lunisolar. As principais são as seguintes:
Purim - os judeus comemoram a salvação de um massacre elaborado pelo
rei persa Assucro.
Páscoa ( Pessach ) - comemora-se a libertação da escravidão do povo
judeu no Egito, em 1300 a.C.
Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300
a.C.
Rosh Hashaná - é comemorado o Ano-Novo judaico.
Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25
horas seguidas para purificar o espírito.
Sucót - refere-se a peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação
do cativeiro do Egito.
Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do tempo
de Jerusalém.
Simchat Torá - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.

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História do Islamismo
Maomé , História da religião islâmica, doutrinas , Alcorão, Expansão do
Império Islâmico, preceitos religiosos,
Festas e lugares sagrados , Divisões do Islamismo, império árabe.

Caaba na cidade de Meca: local sagrado dos muçulmanos

Introdução

A religião muçulmana tem crescido nos últimos anos (atualmente é a


segunda maior do mundo) e está presente em todos os continentes. Porém,
a maior parte de seguidores do islamismo encontra-se nos países árabes do
Oriente Médio e do norte da África. A religião muçulmana é monoteísta, ou
seja, tem apenas um Deus: Alá.
Criada pelo profeta Maomé, a doutrina muçulmana encontra-se no livro
sagrado, o Alcorão ou Corão. Foi fundada na região da atual Arábia
Saudita.

Vida do profeta Maomé

Muhammad (Maomé) nasceu na cidade de Meca no ano de 570. Filho de


uma família de comerciantes passou parte da juventude viajando com os
pais e conhecendo diferentes culturas e religiões. Aos 40 anos de idade, de
acordo com a tradição, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe transmitiu a
existência de um único Deus. A partir deste momento, começa sua fase de
pregação da doutrina monoteísta, porém encontra grande resistência e
oposição. As tribos árabes seguiam até então uma religião politeísta, com a
existência de vários deuses tribais.
Maomé começou a ser perseguido e teve que emigrar para a cidade de
Medina no ano de 622. Este acontecimento é conhecido como Hégira e
marca o início do calendário muçulmano.
Em Medina, Maomé é bem acolhido e reconhecido como líder religioso.
Consegue unificar e estabelecer a paz entre as tribos árabes e implanta a
religião monoteísta. Ao retornar para Meca, consegue implantar a religião
muçulmana que passa a ser aceita e começa a se expandir pela península
Arábica.
Reconhecido como líder religioso e profeta, faleceu no ano de 632. Porém,
a religião continuou crescendo após sua morte.

Livros Sagrados e doutrinas religiosas

O Alcorão ou Corão é um livro sagrado que reúne as revelações que o


profeta Maomé recebeu do anjo Gabriel. Este livro é dividido em 114
capítulos (suras). Entre tantos ensinamentos contidos, destacam-se:
onipotência de Deus (Alá), importância de praticar a bondade,
generosidade e justiça no relacionamento social. O Alcorão também
registra tradições religiosas, passagens do Antigo Testamento judaico e
cristão.
Os muçulmanos acreditam na vida após a morte e no Juízo Final, com a
ressurreição de todos os mortos.
A outra fonte religiosa dos muçulmanos é a Suna que reúne os dizeres e
feitos do profeta Maomé.

Preceitos religiosos

A Sharia define as práticas de vida dos muçulmanos, com relação ao


comportamento, atitudes e alimentação. De acordo com a Sharia, todo
muçulmano deve seguir cinco princípios:

- Aceitar Deus como único e Muhammad (Maomé) como seu profeta;


- Dar esmola (Zakat) de no mínimo 2,5% de seus rendimentos para os
necessitados;
- Fazer a peregrinação à cidade de Meca pelo menos uma vez na vida,
desde que para isso possua recursos;
- Realização diária das orações;
- Jejuar no mês de Ramadã com objetivo de desenvolver a paciência e a
reflexão.

Locais sagrados

Para os muçulmanos, existem três locais sagrados: A cidade de Meca, onde


fica a pedra negra, também conhecida como Caaba. A cidade de Medina,
local onde Maomé construiu a primeira Mesquita (templo religioso dos
muçulmanos). A cidade de Jerusalém, cidade onde o profeta subiu ao céu e
foi ao paraíso para encontrar com Moises e Jesus.

Divisões do Islamismo

Os seguidores da religião muçulmana se dividem em dois grupos principais


: sunitas e xiitas. Aproximadamente 85% dos muçulmanos do mundo fazem
parte do grupo sunita. De acordo com os sunitas, a autoridade espiritual
pertence a toda comunidade. Os xiitas também possuem sua própria
interpretação da Sharia.

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Jesuítas
Quem eram os jesuítas, Companhia de Jesus, objetivos, catequização de
índios, atuação no Brasil, história da educação

Padre José de Anchieta catequizando os índios brasileiros

Introdução

Os jesuítas eram padres da Igreja Católica que faziam parte da Companhia


de Jesus. Esta ordem religiosa foi fundada em 1534 por Inácio de Loiola. A
Companhia de Jesus foi criada logo após a Reforma Protestante (século
XVI), como uma forma de barrar o avanço do protestantismo no mundo.
Portanto, esta ordem religiosa foi criada no contexto da Contra-Reforma
Católica. Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil no ano de 1549, com a
expedição de Tomé de Souza.

Objetivos dos jesuítas:

- Levar o catolicismo para as regiões recém descobertas, no século XVI,


principalmente à América;
- Catequizar os índios americanos, transmitindo-lhes as línguas portuguesa
e espanhola, os costumes europeus e a religião católica;

- Difundir o catolicismo na Índia, China e África, evitando o avanço do


protestantismo nestas regiões;

- Construir e desenvolver escolas católicas em diversas regiões do mundo.

Podemos destacar os seguintes jesuítas que vieram ao Brasil no século


XVI: Padre Manoel da Nóbrega, Padre José de Anchieta e Padre Antônio
Vieira. Em 1760, alegando conspiração contra o reino português, o marquês
de Pombal expulsou os jesuítas do Brasil, confiscando os bens da ordem.

A ordem dos jesuítas foi extinta pelo papa Clemente XIV, no ano de 1773.
Somente no ano de 1814 que ela voltou a ser aceita pela Igreja Católica,
graças ao papa Pio VII.

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Cristianismo
A doutrina cristã, A história do Messias Jesus Cristo, O livro Sagrado (a Bíblia),
expansão,
festas religiosas, Os Dez Mandamentos.

Jesus Cristo

Introdução
A religião cristã surgiu na região da atual Palestina no século I. Essa região
estava sob domínio do Império Romano neste período. Criada por Jesus
espalhou-se rapidamente pelos quatro cantos do mundo, se transformando
atualmente na religião mais difundida.
Jesus foi perseguido pelo Império Romano, a pedido do imperador Otávio
Augusto (Caio Júlio César Otaviano Augusto), pois defendia idéias muito
contrárias aos interesses vigentes. Defendia a paz, a harmonia, o respeito
um único Deus, o amor entre os homens e era contrário à escravidão.
Enquanto isso, os interesses do império eram totalmente contrários. Os
cristãos foram muito perseguidos durante o Império Romano e para
continuarem com a prática religiosa, usavam as catacumbas para encontros
e realização de cultos.

Doutrina Cristã
De acordo com a fé cristã, Deus mandou ao mundo seu filho para ser o
salvador (Messias) dos homens. Este seria o responsável por divulgar a
palavra de Deus entre os homens. Foi perseguido, porém deu sua vida pelos
homens. Ressuscitou e foi par o céu. Ofereceu a possibilidade da salvação e
da vida eterna após a morte, a todos aqueles que acreditam em Deus e
seguem seus mandamentos.
A principal idéia, ou mensagem, da religião cristã é a importância do amor
divino sobre todas as coisas. Para os cristãos, Deus é uma trindade formada
por : pai (Deus), filho (Jesus) e o Espírito Santo.

O Messias ( Salvador )
Jesus nasceu na cidade de Belém, na região da Judéia. Sua família era
muito simples e humilde. Por volta dos 30 anos de idade começa a difundir
as idéias do cristianismo na região onde vivia. Desperta a atenção do
imperador romano Julio César , que temia o aparecimento de um novo líder
numa das regiões dominadas pelo Império Romano.
Em suas peregrinações, começa a realizar milagres e reúne discípulos e
apóstolos por onde passa. Perseguido e preso pelos soldados romanos, foi
condenado a morte por não reconhecer a autoridade divina do imperador.
Aos 33 anos, morreu na cruz e foi sepultado. Ressuscitou no terceiro dia e
apareceu aos discípulos dando a eles a missão de continuar os
ensinamentos.

Difusão do cristianismo
Os ideais de Jesus espalharam-se rapidamente pela Ásia, Europa e África,
principalmente entre a população mais carente, pois eram mensagens de
paz, amor e respeito. Os apóstolos se encarregaram de tal tarefa.
A religião fez tantos seguidores que no ano de 313, da nossa era, o
imperador Constantino concedeu liberdade de culto. No ano de 392, o
cristianismo é transformado na religião oficial do Império Romano.
Na época das grandes navegações (séculos XV e XVI), a religião chega até
a América através dos padres jesuítas, cuja missão era catequizar os
indígenas.

A Bíblia
O livro sagrado dos cristãos pode ser dividido em duas partes: Antigo e
Novo Testamento. A primeira parte conta a criação do mundo, a história, as
tradições judaicas, as leis, a vida dos profetas e a vinda do Messias. No
Novo Testamento, escrito após a morte de Jesus, fala sobre a vida do
Messias, principalmente.

Principais festas religiosas


Natal : celebra o nascimento de Jesus Cristo (comemorado todo 25 de
dezembro).
Páscoa : celebra a ressurreição de Cristo.
Pentecostes : celebra os 50 dias após a Páscoa e recorda a descida e a unção
do Espírito Santo aos apóstolos.

Os Dez Mandamentos
De acordo com o cristianismo, Moisés recebeu Deus duas tábuas de pedra
onde continham os Dez Mandamentos:

1. Não terás outros deuses diante de mim.


2. Não farás para ti imagem de escultura, não te curvarás a elas, nem as
servirás.
3. Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
4. Lembra-te do dia do sábado para o santificar. Seis dias trabalharás, mas o
sétimo dia é o sábado do seu Senhor teu Deus, não farás nenhuma obra.
5. Honra o teu pai e tua mãe.
6. Não matarás.
7. Não adulterarás.
8. Não furtarás.
9. Não dirás falso testemunho, não mentirás.
10. Não cobiçarás a mulher do próximo, nem a sua casa e seus bens.

Atualmente, encontramos três principais ramos do cristianismo:


catolicismo, protestantismo e Igreja Ortodoxa

História de Roma Antiga e o Império


Romano
República Romana, expansionismo da Roma Antiga, crise na República , Império
Romano
Guerras Púnicas, gladiadores, decadência do Império Romano, mitologia romana

Mito da fundação de Roma: loba amamentando Rômulo e Remo

Introdução
A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida
e dos avanços conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade,
tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos,
herdamos uma série de características culturais. O direito romano, até os
dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu
origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.
Origem de Roma : explicação mitológica
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo
e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio
Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram
criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a
cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade
que seria Roma.

Origens de Roma : explicação histórica e Monarquia Romana (753 a.C


a 509 a.C)
De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de
três povos que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos
e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura
e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por
patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos
e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a
cidade era governada por um rei de origem patrícia.
A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos
dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura
de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.

República Romana (509 a.C. a 27 a.C)


Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder
político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas,
da administração e da política externa. As atividades executivas eram
exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma
maior participação política e melhores condições de vida.
Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos
plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um
plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por dívidas (válida
somente para cidadãos romanos).

Formação e Expansão do Império Romano


Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as
conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos
recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas
Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois
garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram
a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a
Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a
Palestina.

Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por


significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais
comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou
passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões
controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do
Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.
Principais imperadores romanos : Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério
(14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180),
Comodus (180-192).

Pão e Circo
Com o crescimento urbano vieram
também os problemas sociais para
Roma. A escravidão gerou muito
desemprego na zona rural, pois
muitos camponeses perderam seus
empregos. Esta massa de
desempregados migrou para as
cidades romanas em busca de
empregos e melhores condições de
vida. Receoso de que pudesse
acontecer alguma revolta de
desempregados, o imperador criou a
política do Pão e Circo. Esta consistia
Luta de gladiadores: em oferecer aos romanos alimentação
pão e circo e diversão. Quase todos os dias
ocorriam lutas de gladiadores nos
estádios ( o mais famoso foi o Coliseu
de Roma ), onde eram distribuídos
alimentos. Desta forma, a população
carente acabava esquecendo os
problemas da vida, diminuindo as
chances de revolta.

Cultura Romana
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos
"copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais
onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem
política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos
quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português,
francês, italiano e espanhol.
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os
romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da
origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os
principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de
Proserpina.

Religião Romana
Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A
grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém
os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas
também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram
antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e defeitos )
de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além
dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e
penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a
família.
Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus,
Ceres e Baco.

Crise e decadência do Império Romano


Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise
econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo
retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das
conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma
queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de
tributos originados das províncias.
Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia
mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas
obrigações militares.

Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam


forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395,
o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do
Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império
Bizantino), com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de
diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios,
suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de
uma nova época chamada de Idade Média.

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O Ensino Religioso

Matilde Tiemi Makiyama


(Pedagoga-FEUSP)

Introdução

Podemos definir a educação das mais diferentes


formas e com parâmetros diversos, mas, em se tratando de
seu objetivo final, todas as definições convergem para o
desenvolvimento pleno do sujeito humano na sociedade. É
aqui onde o Ensino Religioso fundamenta a sua natureza:
o homem para adquirir seu estado de realização integral
necessita da perfeição religiosa, também.

"Dentre os inúmeros instrumentos de que dispõe a


sociedade para alcançar tão elevado objetivo está a
religião, pois somente quando se coloca a questão da
transcendência, a que se denomina Deus, encontra a
comunidade humana e cada uma das pessoas
individualmente, respostas às perguntas fundamentais que
todos se colocam diante da vida." (Catão, 1995).

O Estado, a quem, hoje, se confia a educação da


maior parte da sociedade, reconhece a necessidade de uma
educação religiosa, sem no entanto dizer como realizá-lo.
Em todo caso, ele não pode prescindir dos
questionamentos fundamentais de toda pessoa humana, e
que constitui o próprio fundamento da sociedade.

Ensino Religioso é a disciplina à qual se confia, do


ponto de vista da escola leiga e pluralista a indispensável
educação da religiosidade. Aqui, já vale observar a
necessidade de se superar uma posição monopolista e
proselitista, para que haja uma autêntica educação da
religiosidade inserida no sistema público de educação em
benefício do povo.

"Pela primeira vez, pessoas de várias tradições


religiosas, enquanto educadores, conseguiram encontrar o
que há de comum numa proposta educacional que tem
como objeto de estudo o transcendente." (Parâmetros
Curriculares Nacionais). É certo, alguns comemoram
como uma grande conquista a sua aprovação em lei,
porém ninguém pode negar a complexidade e seriedade
desta questão.

Então, será mesmo a aprovação do Ensino Religioso


uma conquista? Ou estaria havendo, como muitos alegam,
uma confusão de papéis: escola/igreja, ciência/religião,
público/privado?

Os problemas da carência de fundamentação nas


ciências vem reforçar o binômio fé/ciência. Portanto, qual
é o fundamento, que parâmetros são tomados para a
viabilização do Ensino Religioso? Esta é a questão que
pretendo discutir no presente artigo, a partir da
bibliografia ainda escassa, principalmente em se tratando
de discussão filosófica.

O Ensino Religioso na L.D.B.

Com a nova L.D.B. muitas mudanças vem sendo


organizadas a curto e longo prazo, seja do ponto de vista
estrutural, quanto do conteúdo de nosso sistema
educacional.

Para o Ensino Religioso, inicia-se uma nova fase da


história, foi aprovado uma nova lei que o constitui, agora,
em uma disciplina com todas as propriedades, enquanto
tal. Isto significa que o Ensino Religioso não se dá mais
no processo linear como foi concebido até recentemente,
mas por meio de articulações complexas num mundo
pluralista e multiforme, pois é nela e a partir dela que se
inicia o processo. O próprio artigo 33 da L.D.B., já sofreu
muitas críticas e está hoje em vigor na redação que segue
mais adiante. Antes do artigo, é interessante observar o
texto em que foi remetido à imprensa, na tarde de 17/6/97.

"O substitutivo do deputado Padre Roque (PT-PR)


foi votado na Sessão da Câmara dos Deputados no dia
17/06/97. O texto aprovado corrige distorções históricas
do Ensino Religioso, modificando a redação do artigo 33
da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
(...)

A grande novidade a ser introduzida é que o Ensino


Religioso deverá ser tratado como disciplina do sistema de
ensino, cujos conteúdos deverão primar pelo
conhecimento religioso que forme consciências e atitudes
anteriores a qualquer opção religiosa." (Joel de Holanda,
PE).

"Substitutivo ao Projeto de Lei n. 2.757, de 1997.


(Dá nova redação ao artigo 33 da Lei n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional.) O Congresso Nacional decreta: Art.
33 – O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte
integrante da formação básica do cidadão e constitui
disciplina dos horários normais das escolas públicas de
ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade
cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de
proselitismo. 1º - Os sistemas de ensino regulamentarão os
procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino
religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e
admissão dos professores. 2º - Os sistemas de ensino
ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes
denominações religiosas, para a definição dos conteúdos
do ensino religioso."

É interessante observar que apesar do decreto, o


substitutivo não está sendo publicado pelo GAT –
Estadual (Grupo de Assessoramento Técnico Estadual.

É preciso esclarecer e renovar o conceito de ensino


religioso, da sua prática pedagógica, da definição de seus
conteúdos, natureza e metodologia adequada ao universo
escolar, como propõe os Parâmetros Curriculares
Nacionais.

2. A Natureza do Ensino Religioso

Para a compreensão da razão de ser do Ensino


Religioso é preciso partir de uma concepção de educação
que a entenda como um processo global, integral, enfim,
de uma visão de totalidade que reúne todos os níveis de
conhecimento, dentre os quais está o aspecto religioso.

Toda sociedade possui um ethos cultural que lhe


confere um caráter todo particular, e fundamenta toda a
sua organização, seja ela política, social, religiosa, etc. E
não é senão a partir da compreensão desse ethos, que
poderemos contribuir com as novas gerações, no seu
relacionamento com novas realidades que nos são
propostas: o individualismo, o descartável, a experiência
religiosa sem instituição etc.

O conhecimento religioso enquanto patrimônio da


humanidade necessita estar à disposição na Escola. Em
vista da operacionalização deste processo, o Ensino
Religioso tem se caracterizado pela busca de compreensão
desse sujeito, explorando temas de seu interesse, de forma
interdisciplinar, com estratégias que considerem este novo
perfil de indivíduos, estimulando, sobretudo, o diálogo.

A antropologia cultural, depois de muitos estudos


históricos, deu ao fenômeno religioso o reconhecimento
de seu caráter universal. Fato este, que nos leva a um
reconhecimento ainda maior da originalidade deste
fenômeno em e de cada cultura em específico.

"A religião nasceu a partir do fenômeno morte."-


afirma Frei Vicente Bohne, da Coordenação dos
Parâmetros C.N.). A angústia existencial que necessita de
uma resposta, ao longo da história da humanidade
conseguiu elaborar, basicamente quatro respostas: a
Ressurreição, a Reencarnação, o Ancestral, o Nada.

Aqui, é preciso deixar muito claro que o Ensino


Religioso não pretende ser nenhuma experiência de fé,
mas que precisa se manter para a sua própria razão de ser,
sob o fundamento do conhecimento.

3. A dimensão Pedagógica

A partir de uma abordagem antropológico filosófica,


que reconhece o fenômeno religioso como decorrência de
sua propriedade humana, de sua condição existencial, e
seguindo para uma abordagem mais específica e de nossos
interesses que é a de ordem pedagógica, podemos dizer
que o específico do religioso para o Ensino Religioso é
ajudar o aluno a se posicionar e a se relacionar da melhor
forma possível com as novas realidades que o cercam.
Primeiramente em relação aos seus limites e depois
quanto às linguagens simbólicas.

O Ensino Religioso é , portanto, uma questão


diretamente ligada à vida, e que vai se refletir no
comportamento, no sentido que orienta a sua ética.

"Na medida em que as religiões tenderam a se


institucionalizar e a se tornarem organizações públicas,
mantidas e presididas pelo rei ou sustentadas oficialmente
como um bem do Estado, pela comunidade política,
introduziu-se uma distinção, mais ou menos perversa,
entre ética, regulada pela fidelidade dos cidadãos aos
costumes e bens da comunidade política, e a religião,
cujas práticas eram ditadas pela fidelidade aos ritos e
celebrações, independentemente da qualidade ética, tanto
dos cidadãos como dos sacerdotes que os presidiam."
(Catão, p. 44). Essa dicotomia entre religião e vida
marcou muito fortemente a religião, tornou-se um dos
mais graves problemas do cristianismo latino-americano,
como identificou o episcopado católico em Santo
Domingo, em 1992.

Tudo isto, ilustra um pouco da necessidade e a


seriedade para se orientar a formação de um profissional
que ainda não temos. Este, deverá estar capacitado,
qualificado por uma visão e atuação muito maior que
mostrou possuir a prática até hoje, e no qual o conteúdo
deixe de ser quase que exclusivamente uma reflexão de
valores, mas possa explicitar áreas específicas do
conhecimento religioso.

Houve avanços quanto ao direcionamento


pedagógico desde as reflexões e lutas pela inserção do
Ensino Religioso, garantida na constituição Federal, em
1987/1988 – "O Ensino Religioso ocupa-se com a
educação integral do ser humano, com seus valores e suas
aspirações mais profundas. Quer cultivar no ser humano
as razões mais íntimas e transcendentais, fortalecendo nele
o caráter de cidadão, desenvolvendo seu espírito de
participação, oferecendo critérios para a segurança de seus
juízos e aprofundando as motivações para a autêntica
cidadania.". Todavia, a inquietação do "como fazer" ainda
continua sendo crucial.

A sala de aula não pretende ser uma comunidade de


fé, mas um espaço privilegiado de reflexão sobre limites e
superações. Isto implica a necessidade de se construir uma
pedagogia que favoreça tal perspectiva, porque o que
objetivamos é fruto de uma experiência pessoal, na
incansável busca de respostas par as questões existenciais.
É preciso interpenetrar teoria e prática.

Nesse processo, a elaboração de uma linguagem


simbólica favorece a descoberta e experiência dessa
realidade, portanto, podemos considerar quanto aos
aspectos essenciais que orientam a ação pedagógica do
Ensino Religioso a pedagogia do limite, a linguagem
simbólica, os livros sagrados, e a dimensão dos valores.

A prática vai se dar na ordem da linguagem


simbólica, procurando desenvolver o educando na
capacidade de decifrar a linguagem simbólica e na
compreensão das experiências do transcendente.

4. O Ensino Religioso e Ética

Muitos - sem compreender sua dimensão específica


- questionam: "para quê o Ensino Religioso se já temos a
Ética como um dos Temas Transversais, com todo um
conteúdo?". A própria história do Ensino Religioso nos
mostra que a Ética até há poucos foi o principal objeto do
Ensino Religioso, quando não uma doutrinação religiosa.
Nesta perspectiva, precisamos compreender com clareza
de que ética se está falando.

"Toda religião comporta uma ética e toda ética


desemboca numa religião, na mesma medida em que a
ética se orienta pelo sentido do transcendente da vida
humana" (Catão, p. 63). É necessário superar as errôneas e
muitas vezes limitadas definições de ética e propor uma
ética da consciência e da liberdade em lugar da ética da lei
e da obrigação. Na raiz da Ética, como contempla o
Ensino Religioso, está a busca da Transcendência que dá
sentido à vida, que proporciona a plena realização do ser
humano pessoal e social.
Considerações finais

A universalidade de uma discussão com base no


respeito à pluralidade de posições e opiniões diante do
religioso, na minha opinião, é a essência que viabiliza o
Ensino Religioso.

Passou-se o tempo, como diz o Frei Vicente Bohne,


em que este conceito era apreendido com o leite materno.
Considero que, certamente, a família e a Igreja são os
espaços por excelência dessa reflexão, mas o fato é que
vivemos hoje numa realidade em que, apesar das
limitações, a escola é o espaço privilegiado em que se
pode realizar tais discussões. A Igreja em participação
com outras entidades civis, longe de quaisquer forma de
proselitismo, quer dar a oportunidade a todo indivíduo de
refletir sobre as questões fundamentais da existência
humana.

Passamos por uma megatendência de mudanças


sociais, políticas e tecnológicas que se formam
gradualmente a partir de diferentes variáveis ambientais e
que, uma vez configurada, nos influencia. As instituições
e organizações existem para agir no mundo, na sociedade
e na história ajudando o indivíduo a pensar, a se
posicionar frente às questões fundamentais da vida e a
encontrar respostas, ou meios para uma resposta.

Acredito que as reflexões que nos propõe o Ensino


Religioso, incluindo mesmo os que optam para uma
negação de sua religiosidade, permite esclarecer posições,
e uma autenticidade na busca da integridade humana, e a
colaborar para a construção de uma sociedade melhor.

Muitos dizem que a sociedade está em crise, a


educação está em crise, que não existem mais valores,
mais ética, culpando esta ou aquela estrutura, mas talvez
seja necessário, antes disso questionar as oportunidades
que oferecemos às crianças e jovens de desenvolver a
dimensão da consciência religiosa que faz parte de seu ser.
, Editoras Letras & Letras, 1995.

Lei de Diretrizes e Bases, 1997.

Parâmetros Curriculares Nacionais – Ética.

É Ensino Religioso?

O Que É Ensino Religioso O QUE É ENSINO RELIGIOSO?

Após a promulgação da atual LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) lei 9394/96 a educação
passou por inúmeras mudanças, novos parâmetros surgiram e nortearam a educação. O mesmo processo
também aconteceu com a disciplina de Ensino Religioso, que passou a ser orientada pelo artigo 33 da LDB e
desenhada como área de conhecimento, passando a ser um novo foco de pesquisa, reflexão e também como
componente curricular.

Segundo a Lei numero. 9.475, de 22 de Julho de 1997, que dá nova redação ao artigo. 33 da lei no 9.394, de
20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para o ensino religioso no
Brasil deve ser de matricula facultativa ao educando, é assegurado o direito a diversidade cultural e religiosa,
são vedadas qualquer forma de proselitismo.

Precisamos redimir as distorções históricas do Ensino Religioso no Brasil, e este processo só será possível com a
mudança de paradigma em relação a metodologia e epistemologia utilizada nas aulas de Ensino Religioso.
Espera-se que o profissional tenha uma constante busca de conhecimento religioso, que seja capaz de viver a
reverencia da alteridade, que compreenda o fenômeno religioso contextualizando-o espacial e temporalmente,
que analise o papel das Tradições Religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas e
manifestações sócio-culturais. O profissional do Ensino Religioso faz sua síntese do fenômeno religioso a partir
da experiência pessoal, mas necessita, continuamente, apropriar-se da sistematização das outras experiências
que permeiam a diversidade cultural, assim é necessário também maior investimento na qualificação e
capacitação de profissional para a disciplina de Ensino Religioso.

Sendo Ensino Religioso visto como área de conhecimento, será ele mais um importante espaço de reflexão e
formação, onde o educando fomentará interações de diversas áreas de conhecimento, possibilitando assim uma
formação integral, ecológica, holística, sistêmica e não mais uma formação fragmentada, dividia em áreas,
vinda da escola tecnicista e do cartesianismo da ciência. O Ensino Religioso colabora com a formação integral
da pessoa humana.
É o Ensino Religioso uma das áreas de conhecimento sobre o fenômeno religioso, o qual estuda as diversas
tradições e culturas religiosas. Pode ainda o Ensino Religioso ser um espaço de reflexão dos valores humanos,
entretanto tais temas não são apenas de responsabilidade do Ensino Religioso e sim de todas as disciplinas. A
inter e transdisciplinaridade podem e devem ocorrer na escola, mas com todas as disciplinas e não apenas com
o Ensino Religioso.

Segundo o DGC (2006) O ensino Religioso deve distinto de catequese.

A situação do ERE é distinta nos vários Estados: de caráter antropológico (cultura religiosa), ecumênico, inter-
religioso e confessional. João Paulo II falando às Conferências Episcopais da Europa afirma que os alunos “têm
o direito de aprender, de modo verdadeiro e com certeza, a religião à qual pertencem. Não pode ser
desatendido esse seu direito a conhecer mais profundamente a pessoa de Cristo e a totalidade do anúncio
salvífico que Ele trouxe. O caráter confessional do ensino religioso escolar, realizado pela Igreja segundo modos
e formas estabelecidas em cada país, é, portanto, uma garantia indispensável oferecida às famílias e aos alunos
que escolhem tal ensino” (DGC 74). As dioceses empenhem-se na formação de profissionais para o exercício do
ensino religioso escolar.

A respeito da concepção do Ensino Religioso é necessário questionar se a problemática está na própria


disciplina de Ensino Religioso ou na clareza escolar, ou seja, a escola tem que ter claro se quer uma ação
pastoral que é de responsabilidade da pastoral escolar ou se quer estudar o fenômeno religioso que é de
responsabilidade da disciplina de Ensino Religioso. É necessário destacar que o Ensino religioso enquanto
componente curricular é relativamente novo, tendo muito a pesquisar, porem é a importante definir os campos
da Pastoral Escolar e do Ensino Religioso para entendimento do mesmo enquanto disciplina. O Ensino Religioso
possui todos os componentes curriculares como qualquer outra disciplina, precisando apenas ser respeitado
como área de conhecimento.

O Estado tem um compromisso ético com a educação, com a sociedade e com as religiões, tem o compromisso
de garantir que a Escola seja qual for sua natureza, ofereça Ensino Religioso ao educando, respeitando as
diversidades de pensamento e opção religiosa e cultural do educando, contribuindo assim para que o Ensino
Religioso expresse sua vivência ética pautada pela dignidade humana.

No Brasil, pode-se observar o Ensino Religioso fazendo história por caminhos diferenciados: o caminho da
confessionalidade, o caminho da interconfessionalidade, o caminho da história das religiões, o caminho da
axiologia e também o caminho da própria religiosidade em si mesma como uma forma de fomentar o
ecumenismo.

Pôr estarmos num momento de mudança é normal sentirmos perdidos ou desorientados, entretanto se
olharmos pelo ponto de vista histórico podemos concluir que mudanças acontecem também na educação afim
de acompanhar a sociedade e também podemos concluir que tal mudança atinge a formação do ser humano
num âmbito maior, situação que não vinha ocorrendo anteriormente.

As aulas de Ensino Religioso como são ministradas atualmente não contribuem muito para esta descoberta,
pois o professor (seja católico ou evangélico) está mais ocupado em destacar os valores bíblicos e cristãos do
que efetivamente ajudar o aluno a fazer uma leitura racional das religiões. Mas você pode se perguntar: então
não se deve relevar os valores cristãos na escola? Como motivação denominacional ou tentativa de disciplinar a
fé, não, pois isto é trabalho e função das igrejas e dos movimentos eclesiais. Na escola devemos sim ter uma
orientação racional, de conhecimento e análise da conjuntura religiosa.

Os mistérios da fé, a catequese e o proselitismo devem ser concebidos pelas igrejas e pelos movimentos
religiosos e não pela escola. A escola é fundamentalmente um local de produção e construção do conhecimento,
devendo, portanto oferecer cientificamente elementos necessários para a descoberta da sabedoria. Lógico que
isto não impede o professor de ter momentos de religiosidade e fé com os alunos, mas tem que ser feito de
maneira bastante ecumênica e harmoniosa, destacando, de maneira especial o que há em comum em todas as
religiões.

A convivência ecumênica e o combate à intolerância religiosa são as melhores lições que qualquer escola pode
dar a seus alunos, pois fazendo isto estaremos construindo e alimentando a paz no mundo e evitando históricos
exemplos de terrorismo que freqüentemente estamos a ver no mundo. As grandes guerras da humanidade
tiveram e ainda têm motivações religiosas, portanto espero que este artigo desperte todos os professores de
Ensino Religioso para a sua imensa responsabilidade de criar produtores da paz.

Atualmente se faz necessário conhecermos as diversas seitas, crenças e religiões, seja pelo aspecto
histórico, pela influencia cultural de algumas delas, ou pôr sua contemporaneidade. Percebe-se que a
religiosidade ao longo da historia da humanidade sempre se destacou, polemicas, conflitos, diferenças e
afinidades entre os indivíduos e as nações ganharam caráter religioso ou místico.

O Ensino Religioso atualmente é tido como área de conhecimento do fenômeno religioso, o qual estuda as
diversas tradições religiosas. O Ensino Religioso pode ser um espaço de reflexão dos temas transversais,
entretanto destaca que tais temas não são só de responsabilidade do Ensino Religioso e sim de toda a escola,
segundo o que aponta a LDB. A inter e transdisciplinaridade podem e devem ocorrer na escola, mas com todas
as disciplinas e não apenas com o ensino religioso.

Há dois fatos que fomentam discussão sobre a disciplina de Ensino Religioso, a questão da definição dos
conteúdos e o perfil do profissional para atuar nesta área. No artigo 33 da LDB diz que os conteúdos e a
contratação dos professores dependem de critérios próprios de cada instituição. Porem o proselitismo pode
aparecer, justamente pela falta de conteúdo e da formação do profissional. Faz-se necessário maior reflexão
sobre tais questões.

Um novo paradigma para o ensino religioso, esta surgindo: em primeiro momento tínhamos o ensino religioso
Confessional (Doutrinal), com o passar do tempo a igreja católica cedeu espaço ao estado que passo a
ministrar o ensino religioso com a metodologia Interconfessional (Valores cristãos), entretanto percebe-se
atualmente que o ensino religioso deve acompanhar a pluralidade religiosa e social que temos em nossa
sociedade, daí nasce a necessidade de trabalharmos o ensino religioso a partir do aspecto Fenomenológico
(Fenômeno Religioso) a religiosidade passa a ser vista como um todo. Sendo assim se faz necessário
repensarmos as estruturas do ensino religioso, seus fundamentos, didática, metodologia, conteúdos, entre
outros mais que o norteiam.

Segundo as diretrizes para a capacitação docente estabelecida pelo Fórum Nacional Permanente do Ensino
Religioso (FONAPER) o Ensino Religioso deve ocupar-se do conhecimento religioso, porem o enfoque deve ser
sempre o ser humano perante a transcendência.
Epistemologicamente o Ensino Religioso ocupa-se do conhecimento religioso, situado num espaço para além
das instituições religiosas e/ou Tradições Religiosas. O espaço onde se situa o conhecimento religioso é “o
humano”. Seu fundamento é antropológico. O enfoque, porém, é o ser humano, em busca da Transcendência.
Ultrapassa, o conhecimento comum aos crentes que têm um conhecimento “dado” e aceito pelo ato de fé. O
conhecimento religioso é uma construção, fruto do esforço humano. Em razão disto, o conhecimento religioso
precisa ser epistemologicamente enfocado nas dimensões antropológica, sociológica, psicológica e teológica

A Fundamentação do conhecimento religioso deve ser para além das Tradições Religiosas e dentro da
antropologia. O enfoque é o ser humano enquanto ser em busca de transcendência que ultrapassa o
conhecimento comum das crenças que têm um conhecimento dado e aceito na adesão de fé. Estuda o
conhecimento religioso como construção, fruto de esforço humano para subsidiar o fenômeno religioso e por
isso enfocado nas dimensões: antropológica - sociológica - psicológica e teológica.

Diante do pluralismo existente em nossa sociedade, percebe-se que os valores humanos, éticos e religiosos
sofrem para manterem suas identidades. Desta forma, o Ensino Religioso tem muito a contribuir nas escolas e
na formação humana. Não é possível pensar em educação de qualidade que não atinja a dimensão religiosa do
ser humano. A formação humana deve ser integral contemplando a religiosidade.

É importante distinguir o Ensino Religioso de Catequese assim como também de pastoral. Apresento algumas
idéias que podem vir a diferenciar a pastoral escolar do ensino religioso. Mas para isso se faz necessárias
algumas observações que são importantes para se entender o contexto escolar. Atualmente as escolas estão
neste momento num período de grandes transformações, aonde a identidade de cada instituição vem sendo
esquecido, junto deste fato temos também o pluralismo que também vem se destacando, entretanto muitas
vezes este pluralismo vem sendo confundido com relativismo que acaba por influenciar na identidade de cada
escola. Por fim gostaria de lembrar da inserção da LDB que em muitas instituições parece não ter acontecido,
em outras ignoram e em outras possuem dificuldades de trabalhá-la no seu contexto social e cultural.

Gostaria de ressaltar que o ensino religioso enfrenta inúmeras dificuldades de metodologia e identidade devido
a história da educação brasileira, que teve como grande protagonista na nossa colonização os Jesuítas. Não
tivemos na nossa colonização, uma clara identidade da linha de conhecimento e da linha da formação religiosa,
poderíamos assim dizer e tal fato acabou se prevalecendo por um bom tempo e não resta duvida que fomos
fortemente marcado e influenciado por tal atitude. Na nova LDB o ensino religioso parece ganhar um novo
rumo, uma nova ordem parece se estabelecer e com isso novos rumos parece surgir, inclusive a de refletir a
sua identidade e metodologia. ressalvo que o mesmo ainda é uma criança, tendo em vista o que pouco ainda
foi pesquisado e escrito.

O pluralismo não quer dizer liberdade absoluta ou relativismo, mas simplesmente aceitar o outro na sua
totalidade. Entretanto se abrir ao outro não quer dizer perder a identidade e lamentavelmente isto vem
ocorrendo, em busca do pluralismo se abre mão da própria identidade. O Ensino Religioso necessita encontrar a
sua identidade e sua metodologia neste contexto plural sem perder a sua essência.

Tanto a Catequese quanto a Pastoral Escolar tem seu espaço na escola e na sociedade de maneira geral, mas a
mesma não pode vir a ser confundida ou trabalhada como ensino religioso. Pastoral vem de uma ação
evangelizadora e o ensino religioso da área de conhecimento e precisa ser tratado como acadêmico já a
pastoral precisa ser enxergada como ação pastoral.
Não resta duvida que diferenciar a pastoral do ensino religioso é uma tarefa difícil, tendo em vista o histórico da
educação brasileira desde a nossa colonização, que ainda nos influencia, e a problemática aumenta quando
soma-se com a má interpretação do termo pluralismo, que em vez de ajudar a construir uma identidade vem a
enfraquecendo esta identidade mais ainda.

O Ensino Religioso tem que ser visto como uma área da educação ate pouco tempo era visto como via de mão
única, um elemento evangelizador da escola. O papel do Ensino religioso é despertar o educando para o mundo
do conhecimento religioso, abrindo-se para o pluralismo religioso e para a alteridade, promovendo assim uma
ação transformadora capaz de garantir o respeito a diversidade, a pluralidade e o reconhecimento da
importância de todas as tradições religiosas. O ensino religioso possibilita um diálogo entre e cultura e a
descoberta desenvolvendo a dimensão religiosa respeitando as diferenças culturais e religiosas.

O professor de Ensino Religioso por sua vez pode tranqüilamente possuir experiência religiosa ou alguma
identidade religiosa, porem não pode ser fundamentalista. Existem vários caminhos para se chegar ao
Transcendente e esses caminhos devem ser respeitados.

Segundo os PCNER (1998) a escola deve promover ações que levem o educando a cidadania e ao respeito
perante a alteridade religiosa e ao ecumenismo.

À escola compete prover os educandos de oportunidades de se tornarem capazes de entender os momentos


específicos das diversas culturas, cujo substrato religioso colabora no aprofundamento para autêntica
cidadania. E, como nenhum conhecimento teórico sozinho não explica completamente o processo humano, é o
diálogo entre eles que possibilita construir explicações e referenciais, que escapam do uso ideológico, doutrinal
ou catequético

Portanto, na escola o Ensino Religioso tem a função de garantir a todos os educandos a possibilidade deles
estabelecerem diálogo. E, como o conhecimento religioso está no substrato cultural, o Ensino Religioso contribui
para a vida coletiva dos educandos, na perspectiva unificadora que a expressão religiosa tem, de modo próprio
e diverso, diante dos desafios e conflitos. O conhecimento resulta das respostas oferecidas às perguntas que o
ser humano faz a si mesmo e ao informante.

A disciplina de Ensino Religioso oferece aos Educandos elementos significativos para sua formação integral,
tendo como eixo curricular as culturas, as religiões, os textos sagrados, as teologias, os ritos e o Ethos, visando
a sua formação cultural como também sua formação humana e religiosa, tendo como resultado final uma
formação integral do ser humano, holística e sistêmica. Proporcionando assim o conhecimento dos elementos
básicos que compõem o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto sócio-
cultural da sociedade.

É essencial uma ação humana e solidária do professor prática pedagógica do ensino religioso, o professor deve
manter o educando atento para uma atitude critica frente ao mundo, promover reflexões, assim como o
respeito as culturas e as tradições religiosas, promovendo assim a harmonia e o encantamento na vida,
socializando assim este ser humano.
Por meio desta socialização o aluno faz a releitura da experiência religiosa, visando a transcendência e o
respeito às tradições religiosas, conseqüentemente sem proselitismo. Valorizando assim todas as dimensões do
ser humano, promovendo o encantamento pela redescoberta da sua espiritualidade e dimensão religiosa.

É tarefa do professor de Ensino Religioso criar metodologia e didáticas para superar o proselitismo e
fundamentalismo religioso, bem como evitar a catequização neste espaço. Criar um quadro sobre tradições
religiosas evitando exclusão, oferecer espaço para debate e reflexão em torno das tradições religiosas, assim
como ser exemplo e dialogar com o diferente.

O Ensino Religioso deve ser visto como parte da formação humana e religiosa do ser humano e não apenas
como um simples componente curricular, uma disciplina a mais no currículo. O Ensino religioso faz parte da
formação integral do ser humano, assim como a catequese caso o educando seja católico. O professor deve ser
um mediador do conhecimento e das tradições religiosas e não um pastor Sendo o Ensino Religioso área de
conhecimento

O Ensino Religioso representará um acréscimo ao processo de formação do cidadão. Neste sentido, a disciplina
de Ensino religioso poderá ressignificar os valores permanentes do homem, ao reforçar os laços familiares,
combater o excesso de competição e de individualismo, e ressaltar a solidariedade e a cooperação como formas
de estar melhor no mundo.

A expressão “aula de religião” utilizada, algumas vezes para indicar o Ensino Religioso, é entendida,
normalmente, como o ensino de uma religião ou mais religiões, com uma conotação mais confessional.

O Diretório Geral para a Catequese também esta preocupado com a má interpretação que se faz da disciplina
de Ensino Religioso nas escolas, apresenta que as ações pastorais e de evangelização devam acontecer, porem
em paralelo as aulas de Ensino Religioso.

Segundo o DGC (2006) a escola católica acaba evangelizando não só com as ações pastorais, mas também com
a disciplina de Ensino Religioso e com as demais disciplinas, pois entende-se que o catolicismo é a identidade
da instituição.

Nas escolas católicas existe um imenso campo de evangelização através principalmente de seu projeto
educativo. A escola leva os valores e o anúncio de Jesus Cristo, não só através de uma disciplina ou matéria, no
caso, o ERE, mas principalmente através da estrutura escolar, em particular pelo testemunho da comunidade
educativa e do projeto pedagógico. As diversas iniciativas pastorais no âmbito escolar, respeitando as
diferentes origens e opções religiosas dos alunos e as orientações da Igreja, manifestam claramente a
identidade católica destas escolas, e sempre em comunhão com a pastoral orgânica da Igreja Para a escola
católica, há também um nexo e ao mesmo tempo uma distinção entre ensino religioso escolar e catequese. A
educação religiosa possui sua natureza própria, diferente da catequese, proporcionando a educação da
religiosidade dos alunos, o conhecimento das diversas expressões religiosas, e, sobretudo do cristianismo,
preparando-os para o respeito ao diferente e dando uma especial atenção ao estudo objetivo da mensagem
evangélica. A escola católica continua sendo um âmbito privilegiado para este processo educativo (cf AS 133).
Nela acontece o exercício da convivência solidária entre diferentes opções religiosas e, também, o exercício do
ecumenismo, do diálogo religioso e do diálogo entre cultura e fé religiosa. (cf DGC 259).

As aulas de ensino religioso como são ministradas atualmente não contribuem muito para esta descoberta, pois
o professor está mais ocupado em destacar os valores bíblicos e cristãos do que efetivamente ajudar o aluno a
fazer uma leitura racional das religiões.. Na escola devemos ter uma orientação racional, de conhecimento e
análise da conjuntura religiosa. Os mistérios da fé, a catequese e o proselitismo devem ser concebidos pelas
igrejas e pelos movimentos religiosos e não pela escola.

A escola é fundamentalmente um local de produção e construção do conhecimento, devendo, portanto oferecer


cientificamente elementos necessários para a descoberta da sabedoria. Lógico que isto não impede o professor
de ter momentos de religiosidade e fé com os alunos, mas tem que ser feito de maneira bastante ecumênica e
harmoniosa, destacando, de maneira especial o que há em comum em todas as religiões.

A convivência ecumênica e o combate à intolerância religiosa são as melhores lições que qualquer escola pode
dar a seus alunos, pois fazendo isto estaremos construindo e alimentando a paz no mundo e evitando históricos
exemplos de terrorismo que freqüentemente estamos a ver no mundo. As grandes guerras da humanidade
tiveram e ainda têm motivações religiosas, portanto espero que este artigo desperte todos os professores de
Ensino Religioso para a sua imensa responsabilidade de criar produtores da paz.

O Ensino Religioso na escola pública, entendido, no contexto da educação, como disciplina curricular e área de
conhecimento, visa a educação do cidadão, da dimensão religiosa do ser humano para uma vida pessoal e
social, aberta ao Transcendente e a religiosidade.

Não pode ser assim simplesmente entendido como mera informação a respeito de religiões ou manifestações
religiosas, mas, através do conhecimento das grandes experiências religiosas da humanidade, e das suas
expressões, em busca do sentido da vida, deve favorecer o autoconhecimento do educando e seu
posicionamento diante da vida, na inter-relação respeitosa com o ser humano e com as demais culturas e
tradições religiosas, evitando o proselitismo religioso e respeitando o principio da liberdade humana e religiosa.
A vida em uma sociedade democrática pressupõe a presença de disputas e a busca de diferentes
desejos pelos mais variados setores de nossa plural realidade. Neste contexto é que o papel do Estado precisa
ser desempenhado de forma clara e efetiva, atuando a partir de suas esferas de poder e ao lado da sociedade
civil organizada. Dessa forma, continuaremos nossa caminhada na direção de garantir o poder da maioria e os
direitos das minorias.

Para tanto é papel dos governantes a promoção de diálogo e o incentivo à participação democrática nas
diferentes decisões que são tomadas. Não é problema o fato de um político assumir suas convicções ou crenças
desde que estas ocorram sob a perspectiva de um Estado secular. Num contexto em que a atuação do governo
ocorra, conforme sugere a literatura sociológica, no sentido de uma neutralidade, onde haja isenção por parte
do Estado tanto para entidades religiosas de amplo espectro como também para as não-religiosas. O governo
não deve favorecer nem prejudicar qualquer grupo em particular, seja religioso, seja secular.

(Artigonal SC #709662)
Robson Stigar - Perfil do Autor:

Licenciado em Ciências Religiosas; Licenciado em Filosofia; Bacharel em Teologia; Aperfeiçoamento em


Sociologia Politica; Especialização em Filosofia; Especialização em História do Brasil; Especialização em Ensino
Religioso; Especialização em Psicopedagogia; Especialização em Educação, Tecnologia e Sociedade;
Especialização em Catequetica; MBA em Gestão Educacional; Mestrando em Ciências da Religião. Palavras
Chave: Ciência da Religião; Ensino Religioso; Estética; Epistemologia; Ética; Fenomenologia; Filosofia da
Religião; Fundamentalismo Religioso

A História Do Ensino Religioso No Brasil

 O Ensino Religioso esta presente na colonização e educação Brasileira desde o inicio da nossa colonização, realizada pelos
portugueses. Esse Ensino Religioso que vigorou no Brasil desde os seus primórdios era um ensino com ênfase na doutrina da
religião oficial do Império, a religião

Seitas Estudos Bíblicos // Diversos


Catolicismo
Islamismo
Espiritismo 2 Imprima este artigo + Envie por E@Mail ? Comentários
Testemunhas
de Jeová
Informações deste
Mormonismo
Adventismo
C Classifique este artigo N artigo R Artigo Revisado
Seitas
Orientais Ensino Religioso
Pseudo-
Cristãs Igreja
Autor Publicado
Universal Prof. João Flávio Martinez Terça, 07/08/2007
Diversas : em :
Destrutivas

Movimentos
Ufologia
1. Ensino Religioso Escolar Oficial – Remunerado
Ateísmo
Criticismo
1.1- Estado
Evolucionismo
Homossexuali
smo Nome O ensino religioso tornou-se realidade em nosso Estado a partir da deliberação do
Sagrado Conselho Estadual da Educação número 16, do dia 27 de julho de 2001, que
Mov.Contradit regulamentou o artigo 33 da lei 9394, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
órios Nacional, com nova redação dada pela lei 9475/97.

Estudos As diretrizes para o ensino religioso devem ser implementadas, de fora gradativa,
Bíblicos nas séries finais do ciclo I e II (4º e 8º séries).
Diversos
Polêmicas Consideram-se habilitados para o exercício do magistério de ensino religioso, nas
Dificuldades quatro primeiras séries do ensino fundamental, os portadores de diploma normal
Bíblicas médio e os portadores de licenciatura em Pedagogia, com habilitação no magistério
Apologia de 1º a 4º séries do ensino fundamental. Nas séries finais de 5º a 8º os licenciados
Análise das em História, Ciências Sociais ou Filosofia.
Religiões
Credos
Históricos
O ensino religioso, de matricula facultativa, é parte integrante da formação básica do
Diversos cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas do ensino
Entrevistas fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural, religiosa do Brasil,
Histórias vedadas quaisquer formas de proselitismo.
Testemunhos
de Fé O ensino religioso nas escolas deve, antes de tudo fundamentar-se nos princípios da
Debates Mídia cidadania e do entendimento do outro.
e Fé
As propostas de ensino religioso devem enfatizar o respeito pelo outro, o trabalho
com aqueles que se encontram em situação de exclusão social, promovendo formas
voluntárias e autônomas de participação elevando a um compromisso com as
questões sociais e a uma possibilidade de intervenção: tais praticas são caminhos
viáveis para a promoção da cidadania. Do mesmo modo compromisso com valores
como a honestidades, justiça, amor ao próximo, bondade e solidariedade devem ser
incentivados. Estes valores ligados a uma ética que especifica para cada grupo social
e religioso, apresenta elementos que podem ser vistos com universais, devem ser
assumidos na organizações dos temas.

Fica claro que o ensino religioso deve ser tratado com área do conhecimento em
articulação com os demais aspectos da cidadania, como saúde, sexualidade, meio
ambiente, trabalho, ciência e tecnologia, arte, etc.

Devem estar tudo isso fundamentados no respeito a pluralidade cultural e religiosa


dos alunos, da não discriminação de minoria religiosa assim como dos que não
professam nenhum credo.

1.2- Municipal

A Secretaria Municipal da Educação de São José do Rio Preto através das Leis
Municipais nº 8748/2002 e 8751/2002 instituiu o Ensino Religioso nas escolas de
Ensino fundamental e a educação em Valores nas Escolas Municipais de Educação
Básica.

O Ensino Religioso constituirá disciplina obrigatória no currículo, com freqüência


facultativa para os alunos, assegurando-se o respeito à diversidade cultural, estando
vedadas quais quer forma de proselitismos.

Nas séries iniciais de 1º a 4º séries do Ensino Fundamental, o Ensino Religioso será


incluído dando-se ênfase na formação em valores, que será ministrada pelo professor
polivalente da classe.

A implantação é de forma gradativa a partir do ano 2003 nas 3º, 4º, 7º e 8º séries
do Ensino Fundamental.

Consideram-se habilitados para o exercício do magistério de ensino religioso nas


quatro primeiras séries do ensino fundamental, os portadores de diplomas de
habilitação para o magistério nível médio e os portadores Licenciatura em Pedagogia,
com habilitação no magistério de 1º a 4º séries do ensino fundamental.

Nas séries finais de 5º a 8º série do ensino fundamental os portadores de diplomas


de nível superior de formação docente em qualquer área do conhecimento.

2. Ensino Religioso Escolar Confessional não remunerado (voluntário)

Conforme o disposto no artigo 8º da Deliberação CEE nº 16 de 27/07/2001,


homologado pela Resolução S.E. de 27/07/2001 as Escolas Publicas Estaduais
poderão disponibilizar seu espaço escolar para instituições religiosas para que as
mesmas desenvolvam atividades ligadas ao Ensino Religioso Confessional.

As instituições religiosas devem apresentar sua proposta e deverão ser firmados


entre as partes, escola e instituição, termo de cooperação e de responsabilidade.

As escolas estaduais disponibilizaram ainda às instituições religiosas das mais


diversas orientações, horário para oferta do ensino confessional, de caráter
facultativo para os alunos.

A autorização para o uso do espaço do prédio escolar será feita sob responsabilidade
da escola, a partir da programação elaborada pela instituição religiosa interessada e
aprovada pelo Conselho da Escola.

A proposta deverá ser encaminhada para a Diretoria de Ensino Estadual, Secretaria


Municipal de Educação, Escolas Particulares, bem como as Unidades Escolares
inseridas.

A matricula facultativa dos alunos em turmas do ensino religioso confessional


somente será realizada mediante conhecimento dos pais sobre a natureza do
conteúdo e autorização expressa dos mesmos.

As atividades a serem desenvolvidas ficaram a cargos de representantes das


diferentes instituições, na forma de trabalho voluntário.

3. Conclusão

O Ensino Religioso e a educação da religiosidade, que é algo que se mostra, revela


ou manifesta na experiência humana; é o resultado do processo do ser humano em
busca de Deus.

A religiosidade desenvolve-se e promove o ser humano em todas as suas dimensões,


em relação a si e ao outro, conseguindo assim integrar-se nos demais grupos sociais.
E ainda essa nova disciplina em sala de aula favorecerá grupos discriminados de
raças ou religiões e classes sociais, ao convívio respeitoso entre os alunos, a
tolerância para a diversidade, sem negar a sua própria crença que indica um modo
possível e adequado para o tratamento dos temas transversais.

“Professor as vezes acha-se limitado e incapaz de fazer um ser crescer e


transformar. Pois que você acredite, que por tudo o quanto sabe, se colocar uma
pitada de amor, dedicado e carinho, terá o resultado que o nosso mundo atual tanto
precisa, que é: a transformação e formação de crianças e jovens para um mundo
melhor”.

É fundador do CACP, graduado em história e professor de religiões.

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