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AMILENISMO, PRÉ-MILENISMO OU PÓS-

MILENISMO

Prof. Dr. Jonas Neto


Os temas relacionados à escatologia têm sido tratados de duas
maneiras opostas: uma se aproxima da superstição e outra
compõe a fila do paganismo.
Superstição – crentes desesperados, imediatismo, vivem como
se o mundo fosse explodir nos ares ainda hoje. Ao longo da
história, este erro foi várias vezes cometido. Centenas de
líderes fanáticos marcaram datas e lugares para a volta de
Jesus. Todos fracassaram, como fracassarão todos que
continuarem a fazê-lo.
Paganismo – crentes displicentes, relaxados, achando que a
volta de Cristo vai demorar muito.
Diferentemente destas visões equivocadas, precisamos de uma
visão bíblica acerca do presente e do futuro. O nosso presente é
possível porque no passado Jesus Cristo morreu e ressuscitou
por nós. O nosso presente é possível porque no futuro Jesus
Cristo voltará para nos fazer ressuscitar e viver para sempre com
Ele num tipo de vida radicalmente diferente da que conhecemos
e experimentamos.
Há muitas profecias e textos bíblicos sobre a volta de Cristo e o
tempo do fim. A ESCATOLOGIA é o estudo destas profecias e a
tentativa de estabelecer uma doutrina sobre as últimas coisas. Ao
longo dos anos, inúmeras linhas teológicas interpretativas têm
surgido. E é impossível encontrar um consenso entre elas.
Então, quão importante é a Escatologia? Realmente faz
diferença sabermos quando o Senhor vai voltar e como será esta
volta?
É claro que, mais importante do que compreender o significado
das profecias apocalípticas, é ter a certeza de que realmente
Jesus voltará. No entanto, não podemos partir para o extremo de
ignorar os assuntos relacionados à Escatologia devido à sua
difícil interpretação. O fato de Deus haver decidido revelar
alguma coisa torna esta coisa importante (até genealogia).
Portanto, precisamos buscar em Deus sabedoria para
compreender as Escrituras para que possamos proclamar o
plano divino com exatidão.
É preciso estar atento para diferenciar 3 itens básicos com
relação aos sinais dos tempos e assuntos escatológicos. O
especialista em profecia Dr. Ed Hindson chama esses 3 itens de:
fatos, suposições e especulações.
Fatos são afirmações claramente declaradas nas Escrituras:
Jesus voltará, os perdidos serão condenados, haverá um período
de grande tribulação na terra nos finais dos tempos, o conflito
final será vencido por Cristo, etc…
Suposições são conclusões a partir da interpretação de um texto
bíblico. Se a interpretação estiver correta, a suposição será
válida; caso contrário, levarão a especulações ridículas.
Especulações são conjecturas calculadas, baseadas em
suposições. Em muitos casos, ela não tem nenhuma base
profética. Por exemplo: a Bíblia diz que o número do anticristo é
“666”. Supõe-se que esse seja um número literal que aparecerá
nas coisas nos últimos dias. Quando um evangelista famoso viu o
número 666 em parte das placas de automóveis em Israel há
alguns anos atrás, especulou que a “marca da Besta” já havia
chegado à Terra Santa. Outros escreveram vários livros apontando
Saddam Hussein como o anticristo e o Iraque como a Nova
Babilônia. O maior perigo que corremos em tentar interpretar a
profecia bíblica é supor que nossas especulações estão corretas e
passar a considerá-las como fatos.
Dentre as diversas linhas teológicas de interpretação da
Escatologia, as três principais são: amilenismo, pré-milenismo e
pós-milenismo. Cada uma se subdivide em várias outras
vertentes. Em nossos dias, a grande maioria dos estudiosos são
adeptos do pré-milenismo.
A título de conhecimento, veja abaixo as principais características
de cada uma e, baseado em seu conhecimento da Palavra, tire
você mesmo suas conclusões.
Sobre os fatos bíblicos acerca do Fim dos Tempos, sugiro que leia
o post “Certezas sobre o fim do mundo“.
AMILENISMO
Não haverá um milênio literal aqui na Terra
a) Milênio é algo simbólico e não deve ser entendido como literal.
b) Acredita que quase todas as profecias apocalípticas já se
cumpriram no passado, principalmente durante o Império Romano
(interpretação preterista).
c) Delimitar o Reino de Cristo a um período de mil anos é algo que
só pode ser classificado como um delírio, devaneio e sandice. O
reino de Cristo é eterno e de natureza espiritual (Lc 17:20,21).
d) As profecias e a Escatologia fazem uso de grande número de
simbolismo, e não devem ser interpretadas literalmente. Entende o
Apocalipse como um livro essencialmente ético. Por exemplo: os 7
selos representam a luta entre o bem e o mal, com a vitória final do
bem; as 7 trombetas representam os juízos sobre o mal; a Besta é
o poder secular contra a Igreja; a 2ª Besta é a corrupção da Igreja;
Babilônia representa o mal dentro da Igreja…
e) Satanás foi preso na primeira vinda de Cristo (seu
nascimento). A presente era, entre a primeira e a segunda vinda
de Jesus, portanto, é o cumprimento do Milênio. Alguns
amilenistas divergem desta posição, entendendo que o Milênio
consiste no reinado de todos os crentes que morrem e estão no
Céu.

f) A Segunda Vinda de Cristo será um evento único (Mt 24:27).


Todos os textos que fazem referência ao retorno de Cristo, só
falam de uma única volta, a qual aparece – em essência – com
as mesmas características e com os mesmos acontecimentos.
g) Tanto o bem quanto o mal aumentarão na terra, com o Reino de Deus
coexistindo paralelamente ao Reino de Satanás. Jamais conseguiremos
uma sociedade perfeita enquanto o mundo estiver sem a consumação da
redenção. Mas isto não elimina o fato de que devemos lutar por uma
sociedade melhor. A Igreja de Jesus Cristo é a principal agência do reino de
Deus e, fazendo assim, promoverá o reino que está sob a administração do
Filho de Deus.
h) Quanto ao sistema de governo na terra, os amilenistas convivem muito
bem com a democracia, pois crêem que ela permite uma pregação do
evangelho sem que haja quaisquer problemas maiores, embora creiam na
depravação dos governos humanos. Sua posição é de acomodação diante
do sistema político e social. Os amilenistas também convivem com a idéia
de que todas as crenças devem ter a sua livre expressão, mesmo que
discordem delas veementemente. Somente um governo democrático
permite a livre expressão das religiões.
i) Os judeus depois que rejeitaram a Cristo como o Messias,
deixaram de ser o povo de Deus. A partir de então, a Igreja
tomou o lugar do Israel político tornando-se o único povo que
Deus tem na face da terra – é chamada nas Escrituras de
Israel Espiritual (Ef 2:11-22; Gl 3:14, Rm 10:12).
j) Quando Cristo voltar, o fim do mundo acontecerá com a
ressurreição geral e o julgamento de todas as pessoas (Ap
20).
PÓS-MILENISMO
Jesus voltará após o Milênio
a) Acredita que quase todas as profecias apocalípticas já se
cumpriram no passado, principalmente durante o Império Romano
(interpretação historicista). Visão calvinista – reformada.
b) Interpreta as profecias apocalípticas como simbólicas e não
literais. Por ex: os 7 selos tratam do Império Romano desde o seu
apogeu até a sua decadência; as 7 trombetas simbolizam o fim do
Império Romano sob os bárbaros; a Besta é o papado ou o poder
romano; a 2ª Besta é a Igreja apóstata; a Grande Babilônia é
Roma…
c) O Reino de Deus começa em cada coração que se rende ao
seu senhorio. É um reino espiritual e não apenas geográfico.
Israel é uma alusão não literal ao povo judeu, mas a todos
aqueles que fazem parte da família de Deus, que foram adotados
mediante o sangue de Cristo (Mt 21:33-43; 2 Pe 2:9).
d) Através da pregação do Evangelho, todo o mundo será
cristianizado e submetido ao evangelho antes do retorno de
Cristo. O mundo irá melhorar gradativamente à medida que a
mensagem do evangelho for sendo aceita. A pregação será
eficaz. Não será obra meramente humana, mas uma obra
realizada pela atuação direta do Espírito Santo no coração dos
homens (Mt 24:14, At 2:17, Jl 3:1-2).
e) À medida que mais pessoas se converterem, a paz será
instituída sobre a terra. A paz será o estado natural, atingindo
até mesmo o relacionamento entre as nações. Será a
instituição do Milênio (Zc 14).a
f) Os pós-milenistas crêem que a Igreja deve introduzir o reino
milenar. Seu desejo é reformar o sistema político deste mundo.
Não há para eles a dicotomia entre o que é sagrado e o que é
secular. Sua luta é contra o pluralismo (existência de várias
crenças e religiões) e o secularismo que estão regendo os
conceitos de governo civil no mundo. A Bíblia, e tão somente a
Bíblia deve ser a regra de fé e prática para todos os governos
(Sl 2.10-11, Sl 119.160). Existe uma continuidade entre o Antigo
e o Novo Testamentos em termos de moralidade, como
consequência, eles creem que a pena capital para crimes
capitais, como o homossexualismo, por exemplo, é algo
necessário.
g) Quanto ao sistema de governo na terra, os pós-milenistas são, em geral,
contra o princípio democrático, que eles consideram anticristão, pois leva
as pessoas a escolherem livremente os seus governantes, e assim a
vontade de Deus nunca é feita. É impossível, portanto, que um cristão seja
um “pluralista” em termos religiosos. Jesus disse: “Quem não é por mim, é
contra mim” (Mt 12.30).Ao invés da democracia (o governo do povo), todos
preferem a teocracia (o governo de Deus). Sentem-se altamente
desconfortáveis com a multiplicidade de religiões e éticas no mundo.
Segundo eles, deveria haver somente uma religião no mundo, a cristã, e
todo o mundo deveria estar debaixo dos preceitos estabelecidos na Bíblia.
Essa é a meta final dos pós-milenistas que querem implantar o reino de
Deus aqui na terra, onde todos estejam debaixo do seu domínio absoluto.
Eles aceitam a idéia de haver pessoas não cristãs vivendo ao lado dos
cristãos, mas todos submissos à lei prescrita na Palavra de Deus (Sl
144:15).
h) O milênio será um período real na terra, mas não
necessariamente com a duração de 1000 anos. O número mil é
simbólico (2 Pe 3:8). Será um reinado mais espiritual do que
político. Cristo reinará, mas estará no Céu, no Trono de Davi.
i) No fim do milênio, haverá um período de apostasia e o governo
do anticristo se instalará, e virá a Grande Tribulação, quando a
Igreja será perseguida e provada. Depois disso virá a volta de
Jesus, a ressurreição de todos os mortos (salvos e ímpios) e o
juízo final.

j) O arrebatamento da Igreja e a Volta de Cristo serão um só


acontecimento. Vindo depois disso, o juízo sobre todas as
pessoas: condenação eterna para os ímpios e vida eterna para os
salvos.
PRÉ-MILENISMO
Jesus voltará antes do Milênio
a) Acredita no cumprimento futurista literal de todas as profecias apocalípticas.
Nenhuma profecia apocalíptica se refere à Igreja ou ao nosso tempo. Tudo se
cumprirá após o arrebatamento.
b) Existirá, no futuro, um reino literal de mil anos de Cristo aqui na Terra. Será
Cristo reinando pessoalmente na Terra com seus santos. Jerusalém será a capital
(Ap 19:19 a 20:15).
c) Esse reino milenar, que será implantado sobrenaturalmente com a descida de
Cristo à terra, não tem qualquer conexão com o aspecto presente do reino onde
Cristo reina somente nos corações dos crentes.a
d) A era da Igreja é uma espécie de “parêntese” nos planos de Deus
com Israel, que continua sendo o povo escolhido do Senhor. Com a
rejeição do Messias, Deus interrompeu momentaneamente seu
tratamento com Israel, e irá retomá-lo após o arrebatamento da Igreja,
restaurando o templo e reavivando sua aliança com o povo (Rm 11:25-
26, Hb 8:10, Dn 9:24-27).
e) O arrebatamento da Igreja e a Volta de Cristo são dois acontecimentos
distintos. No arrebatamento, Jesus virá de maneira invisível, para buscar
a sua Igreja, Ele ficará nos ares e o Espírito Santo será retirado da terra
juntamente com a igreja, dando início assim aos 7 anos de governo do
Anticristo e à Grande Tribulação (1 Ts 4:17, 2 Ts 2:7-11). A volta de Cristo
será após estes 7 anos, de maneira visível, para inaugurar seu reino
milenial (Zc 14:3-4). Obs: alguns pré-milenistas crêem que o
arrebatamento não será antes, mas no meio ou no fim da Grande
Tribulação (meso-tribulacionistas, pós-tribulacionistas).
f) Depois do Milênio, Satanás será solto por um curto período de
tempo. Iniciará uma apostasia e uma rebelião contra Jerusalém e o
governo divino. Cristo então o vencerá definitivamente, destruirá
para sempre a trindade satânica, e julgará os perdidos (Ap 20-21).
g) Haverá duas ressurreições, em três épocas diferentes: a
“primeira ressurreição” refere-se aos salvos. Esta acontecerá em
dois momentos: primeiro no arrebatamento (1 Ts 4:16, 1 Co 15:52);
e depois no início do Milênio (os mártires que se converteram e
foram mortos durante a Grande Tribulação – Ap 20:3-6). A “última”
ressurreição será a dos ímpios de todos os tempos que rejeitaram
a Deus e o evangelho; e ocorrerá no final do milênio, antes do juízo
final (Ap 20:13-15).
h) O mundo está piorando cada vez mais a medida que se
aproxima o tempo do fim. Não adianta tentar transformar a
sociedade, pois esta jaz no maligno e está destinada à perdição
(2Tm 3:1-5, Lc 18:8). Não há muito porque lutar politicamente pelo
mundo, pois este, afinal de contas, vai terminar num caos. Os
malfeitores do mundo continuarão cada vez piores, conquistando
todos os instrumentos de poder. A preocupação principal da Igreja
deve ser a salvação de almas.
i) Da perspectiva pré-milenista, visto que o governo civil não é
baseado na revelação especial de Deus, mas na revelação
natural, até a idolatria deve ser permitida, porque o estado não
tem nada a ver com as leis de Deus.
j) Quanto ao sistema de governo na terra, os pré-milenistas são
totalmente favoráveis a um regime democrático que lhes
permita a proclamação do Evangelho. Ao contrário dos pós-
milenistas, que desejam cristianizar as nações, os pré-
milenistas desejam pregar o evangelho a todas as criaturas, e
para isso precisam de governos democráticos que lhes
permitam entrar em todos os recantos do mundo (Mt 28:18-20).
CONCLUSÃO

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