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Anemia de Fanconi

Anemia de Fanconi é uma patologia rara, com herança autossômica


recessiva. Pode ser caracterizada por insuficiência medular progressiva,
anormalidades congênitas e grande predisposição ao desenvolvimento de
mielodisplasia, leucemias e tumores sólidos de cabeça e pescoço. Não existe
diferenças de acometimento entre homens e mulheres, ou em etnias. A
incidência da Anemia de Fanconi é de 1/100.000 nascidos vivos, sendo que
1/300 habitantes são heterozigotos para a doença.

O tratamento da Anemia de Fanconi é diferente de outras síndromes de


insuficiência medular, sendo o diagnóstico corrente essencial. Os primeiros
sintomas aparecem na infância, por volta dos oito anos de idade, apesar de
malformações congênitas poderem estar associadas.

A Anemia de Fanconi é uma doença geneticamente heterogênia. Até o


memento, 15 genes mutados foram identificados em pacientes, e muitos outros
genes de complementação foram descobertos. Os genes que participam da
gênese da Anemia de Fanconi trabalham juntos em uma importante via de reparo
do DNA. Quando ocorre dano no DNA, existe a ativação de oito proteínas que
foram o complexo principal (FANCA, FANCB, FANCC, FANCF, FANCG, FANCL
e FANCM). Este complexo principal medeia a monoubiquitinização da FANCD2
e FANCI. A forma monoubiquitinada da FANCD2/FANCI interagem com outro
grupo de proteínas a jusante (FANCC, FANCJ, FANCO e FANCP), levando ao
reparo do DNA. Outras vias envolvidas no processo são também essenciais para
ativação dessa via e permitem o reparo do DNA (FAAP4, FAAP100, MHF1 e
MHF2).

A principal característica da Anemia de Fanconi é a instabilidade


genômica, justamente porque o organismo passa a ser incapaz de lidar com
danos ao material genético danificado. As mutações mais frequentes ocorrem no
gene FANCA (60-70%), seguida de mutações em FANCC (14%) e FANCG
(10%). Sem o reparo eficiente do material genético, a célula ativa o processo de
apoptose, o que leva à depleção das células tronco hepatopoiéticas e causa
pancitopenia. Essa mesma dificuldade no reparo do DNA pode levar a outras
mutações e translocações que resultam em mielodisplasia e/ou anemia mieloide
aguda.

Figura X – Modelo esquemático da via de reparo envolvida na Anemia de


Fanconi. Fonte: Younghoon Kee, and Alan D. D'Andrea Genes Dev.
2010;24:1680-1694.

A doença, na maioria das vezes, leva à morte por evoluir para a anemia
aplástica grave, mielodisplasia ou leucemia aguda. O risco de desenvolver LMA
em pacientes com Anemia de Fanconi é 800 vezes maior do que no resto da
população, e a média da idade para a transformação é de 13 anos.

Algumas mutações específicas geram prognósticos diferentes. Por


exemplo, pacientes com subtipo genético FANCD1/BRCA2 ou FANCN têm alto
risco de desenvolver LMA e outros tumores sólidos antes dos cinco anos de
idade.
O paciente com Anemia de Fanconi deve ser continuamente reavaliado,
para a detecção de lesões pré-neoplásicas precocemente; além de ter que evitar
fatores sabidamente indutores de lesões no DNA, como o tabagismo.

O diagnóstico de Anemia de Fanconi pode ser realizado com a utilização


de diepoxibutano (teste do DEB). Esse agente promove diversas alterações no
material genético, e como a célula com AF é incapaz de reparar o DNA, essas
lesões permanecem e podem ser identificadas. Esse teste, porém, não é capaz
de apontar para heterozigose.

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