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Direito Previdenciário | Material de Apoio

Professor Guilherme Biazotto.

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA

1) Conteúdo e Autonomia
“Entende-se como legislação previdenciária o conjunto de leis e atos administrativos referentes ao funcionamento
do sistema securitário”.
Portanto, o conteúdo do Direito Previdenciário é formado pelo estudo da Seguridade Social e suas 3 esferas:
Previdência Social, Assistência Social e Saúde.
O Direito Previdenciário é uma disciplina autônoma frente aos outros ramos do Direito.
Segundo Fábio Zambitte Ibrahim, “a autonomia do Direito Previdenciário é consequência do conjunto de princípios
jurídicos próprios deste ramo, além do complexo de normas aplicáveis a este segmento.”
Ainda, pode-se encontrar conceitos jurídicos exclusivos do Direito Previdenciário, como, por exemplo, o salário-de-
benefício ou o salário-de-contribuição, os quais são estranhos a outros ramos do Direito”.

2) Fontes
Quando falamos em fonte, nos vem a imagem do local onde brota a água. E é neste sentido metafórico que falamos
sobre a Fonte do Direito. É lá que iremos buscar as normas que irão regrar o Direito Previdenciário.
Classificação:
 Materiais X Formais
 Autônomas X Heterônomas
 Primárias X Secundárias
A. Materiais X Formais:
Materiais: são necessidades sociais ainda não regulamentadas pelo Direito, fatos históricos que proporcionam a
regulamentação da lei.
Ex.: Revolução Francesa/ Regulamentação do Ambiente Virtual/ Regulamentação dos Direitos Sociais dos GLBT’s,
etc.
Formais: é a própria regulamentação do Direito.
Ex.: CF/ Leis/ Decretos/ Contratos/ Doutrina/ Jurisprudência, etc.

B. Autônomas X Heterônomas:
Autônomas: são fontes criadas pelas próprias partes.
Ex.: Contratos/ Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho/ Costumes, etc.
Heterônomas: são fontes criadas por uma terceira pessoa.
Ex.: CF/ Leis/ Decretos/ Contratos/ Doutrina/ Jurisprudência, etc.

C. Primárias X Secundárias:
Primárias: é o 1o lugar onde o cidadão buscará seu Direito.
Ex.: CF/ Leis Ordinárias/ Leis Complementares/ Medidas Provisórias/ Leis Delegadas/ Decretos-Lei/ Acordos e
Convenções Coletivas de Trabalho/ Costumes, etc.
Secundárias: não encontrando, ou ainda tendo dúvidas sobre seu Direito em detrimento da finte primária, fonte
secundária é o 2o lugar onde o cidadão buscará seu Direito.
Ex.: Decretos/ Instruções Normativas/ Doutrina/ Jurisprudência/ Súmulas/ Súmulas Vinculantes*, etc.
*Súmulas Vinculantes: sob o aspecto do Poder Público, as súmulas vinculantes são fontes primárias, uma vez que
o Poder Público está vinculado aos comandos das súmulas vinculantes, art. 103-A da CF.
Tendo como base a classificação, temos como fontes do Direito Previdenciário:
A) Constituição Federal:
. art. 6o;
. art. 193 a 203.
B) Normas Legais:
Estão hierarquicamente situadas logo abaixo da Constituição Federal.
Existem, basicamente, quatro tipos de leis: lei ordinária, lei complementar, lei delegada e medida provisória.
As principais leis da Previdência Social são:
. Lei Complementar n. o 7/1970 – PIS;
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. Lei Complementar n. o 8/1970 – PASEP;


. Lei Complementar n. o 109/2001 – Previdência Complemetar;
. Lei n. o 8.080/1990 – LOS: Lei Orgânica da Saúde;
. Lei n. o 8.212/1991 – Plano de Custeio da Previdência Social;
. Lei n. o 8.213/1991 – Plano de Benefícios da Previdência Social;
. Lei n. o 8.742/1993 – LOAS: Lei Orgânica da Assistência Social;

C) Normas Infra Legais/ Atos Administrativos Normativos:


São atos do Poder Executivo, com conteúdo parecido com o das leis, cuja função é possibilitar a correta aplicação
das leis, explicitando o conteúdo das leis que regulamentam.
É importante ressaltar que esses atos não podem criar direitos ou deveres para os administrados que não se
encontrem previstos em uma lei.
São exemplos: decretos, regulamentos, instruções normativas, regimentos.
. Decreto n. o 3.048/1999 – Regulamento do RGPS;
. IN/INSS n. o 77/2015 – Benefícios do RGPS;
. IN/RFB n. o 971/2009 – Custeio do RGPS;
. Portaria MF n. o 8/2017.
D) Acordos e Convenções Coletivas/ Regulamentos de Empresa:
Os trabalhadores e empregadores podem elaborar normas coletivas jurídicas que o Estado reconhece como
legítimas através de negociações coletivas do trabalho.
Estas normas coletivas podem criar complementações de benefícios previdenciários para os trabalhadores.
Da mesma forma, o próprio regulamento da empresa pode, também, criar complementações de benefícios
previdenciários para os empregados.
E) Jurisprudência:
É fonte secundária do Direito. Consiste em aplicar, a casos semelhantes, orientações uniformes dos tribunais.
F) Doutrina:
É o conjunto de proposições expressando uma concepção sobre determinado tema do Direito, feito por estudiosos
desta ciência.
G) Hierarquia:
Apesar da Constituição Federal não mencionar a existência de hierarquia entre uma ou outra norma, a doutrina
classifica as normas segundo sua importância.
De modo que a norma superior irá regular a criação da inferior.

3) Interpretação:
Interpretar é buscar um sentido naquilo que se está lendo, portanto, interpretar nada mais é que buscar o sentido
da norma e aplicar a norma ao caso concreto.
Classificação:
 Gramatical/ Literal;
 Histórica;
 Lógica/ Sistemática;
 Teleológica/ Finalística
A. Gramatical/ Literal:
Busca o sentido da norma, analisando o significado gramatical das palavras constantes na norma.
Ex.: a palavra “admoestação” constante no art. 115 da Lei n. o 8.069/1990 – ECA – Estatuto da Criança e do
Adolescente.
B. Histórica:
Busca o sentido da norma, analisando o contexto histórico de onde foi criada/formalizada aquela determinada
norma.
Ex.: a proibição de pena de banimento constante no art. 5o, inciso XLVII, alínea d), da CF, em virtude da Ditadura
Militar utilizar muito este tipo de pena.
C. Lógica/ Sistemática:
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Busca o sentido da norma, efetuando uma análise global de todo o ordenamento jurídico.
Ex.: os destinatários da Saúde, prevista no art. 196 da CF, efetuando uma análise conjunta com o art. 5 o da CF, bem
como do art. 70 do Código Civil.
D. Teleológica/ Finalística:
Busca o sentido da norma através da análise da sua finalidade.
Ex.: a finalidade do salário-maternidade é manter o contato entre os pais e a criança no momento mais necessário.

4) Integração:
Integrar é tapar o buraco existente na lei, é preencher a lacuna da norma, para que o caso concreto tenha uma
previsão legal.
Formas de Integração:
 Princípios Gerais do Direito;
 Equidade/ Usos e Costumes/ Doutrina/ Jurisprudência;
 Analogia;

5) Validade:
As normas previdenciárias são válidas desde que confeccionadas por pessoas que possuem legitimidade para tanto.
Neste sentido, todos os entes federativos (União/ Estados/ DF/ Municípios) possuem legitimidade para criar normas
previdenciárias, desde que sejam normas previdenciárias específicas, ou seja, normas previdenciárias que criam e
alteram seu próprio RPPS.
SOMENTE A UNIÃO TEM LEGITIMIDADE/ COMPETÊNCIA PARA CRIAR E ALTERAR NORMAS PREVIDENCIÁRIAS
GERAIS – RGPS E NORMAS PREVIDENCIÁRIAS ESPECÍFICAS – SEU PRÓPRIO RPPS (LEI n. o 8.112/1990).

6) Vigência:
A norma previdenciária somente entra em vigor, ou seja, somente entra em vigência após um determinado período
para que a sociedade possa se adaptar à nova regra.
Este período se chama de vacatio legis (vazio da lei).
Este período será determinado pela própria norma, ou seja, a própria lei fala quando ela entrará em vigor.
Contudo, quando a lei não fala nada, qual o período mínimo que a norma deve ter para que a sociedade possa se
adaptar?
Reposta: 45 dias, conforme previsão do art. 1o da LINDB – Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro.
Exceção: Quando a norma previdenciária tratar sobre custeio, ou seja, quando tratar de dinheiro, o período
mínimo da vacatio legis será de 90 dias, conforme art. 195, § 6o, da CF. Vide PRINCÍPIO DA NOVENTENA –
ANTERIORIDADE NONAGESIMAL – ANTERIORIDADE MITIGADA.

7) Eficácia:
Quando a norma previdenciária entra em vigor, ou seja, quando ela está em vigência, ela passa a ser eficaz, ou seja,
passa a ter eficácia.

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A eficácia possui 2 parâmetros, ou seja, onde a norma previdenciária é eficaz, e, a partir de quando a norma
previdenciária é eficaz, conforme abaixo:

A. Territorial: no território Brasileiro*


* Exceção: art. 11, incisos I e V, da Lei n. o 8.213/1991

B. Temporal: a norma previdenciária se aplica dali para frente.


* a norma previdenciária NUNCA voltará no tempo, ou seja, NUNCA retroagirá, independentemente se para
beneficiar ou prejudicar.
* mesmo que a norma previdenciária seja aplicada dali para frente, esta deverá respeitar o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada, conforme art. 5o, inciso XXXVI, da CF.

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