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REFORÇA APOSTA COM MOTOR A GASOLINA,
GAMA GPL E SÉRIE LIMITADA ADVENTURE
Líder de vendas a particulares no mercado nacional, a
Dacia já vendeu mais de 37 mil unidades deste que chegou
a Portugal em 2008. Uma cifra importante que acarreta
maiores responsabilidades para uma marca que aposta tudo
no conteúdo e no preço, mas com uma gama que acaba por
ser muito interessante
José Manuel Costa
jmcostaDautosport.pt
ara além do reforço que é a
chegada do motor a gasolina
p 1.3 litros, fruto da parceria en-
tre a Aliança Renault Nissan
Mitsubishi e a Daimler, e da
completa gama GPL que é,
agora, estratégica para a Dada, a marca
romena propriedade da Renault avança
com outra novidade importante: a série
limitada Adventure, disponível para toda
a gama Dada. E com a enorme vantagem
de ser uma série limitada... sem limites. É
verdade, estará disponível, pelo menos,
até final do ano. E o que oferece esta
série limitada?
Como a Dacia diz: "O espírito aventurei-
ro... trabalha-se nos mínimos detalhes."
E foi isso que fizeram, ao oferecer a todos
uma espécie de "cravo e ferradura" ao
propor um vermelho profundo e vibran-
te e um cinzento mais conservador. O
primeiro para os mais irreverentes e
17-04-2019
jovens, o segundo para quem não deseja
dar nas vistas. Depois, há jantes de liga
leve de 16 e 17 polegadas (estas para o
Duster) com dois tons e uma linha ver-
melha ao bom velho estilo dos "pinstrips"
americanos. Um toque de bom gosto que
fecha as alterações feitas no exterior. As
proteções nas cavas das rodas existem
porque esta série limitada Adventure é
feita a partir do Stepway para o Sandero,
Lodgy, Logan MCV e Dokker passageiros,
e do nível Prestige no Duster.
No interior, pequenos acentos em ver-
melho nos fechos dos ventiladores do
sistema de dimatização denotam serem
essas versões Adventure. E pronto, está
feita a diferença. Depois, há diferenças no
equipamento, enriquecido com ajudas à
condução e ao bem-estar abordo: câmara
de marcha atrás, ar condicionado auto-
mático, sistema multimédia compatível
com Android Auto e Apple CarPlay, estes
agrupados no Media Nav Solution. Para o
Duster, junta-se ainda o cartão mãos livres
de acesso e arranque, alerta do ângulo
Period.: Semanal
Âmbito: Desporto e Veículos
morto, regulador e limitador de veloddade
e os tapetes da versão Adventure.
Quanto apreços, a Dada propõe o Duster
com motor 1.3 TCe de130 cv 4x2 nas ver-
sões Essential (15.600 euros), Comfort
(17.350 euros), Prestige (19.230 euros)
e Adventure (19.530 euros). Mais tarde
surgirá a mesma gama, mas com tra-
ção integral e motor na versão de 150
cv. Com motor diesel de 115 cv, o Duster
custa 20.529 euros (Comfort), 22.279 euros
(Prestige) e 22.579 euros o Adventure. A
versão 4x4 diesel começa nos 22.736
euros (Comfort), passa pelos 22.486 euros
do Prestige e culmina nos 24.786 euros
do Adventure.
MODELOS BI-FUEL
EM TODA A GAMA DACIA
Se o bloco 1.3 TCe não está disponível em
toda a gama Dacia, ao contrário da versão
espedal Adventure, a alimentação BiFuel
será oferecida em todos os modelos da
casa romena. O mercado está a cambiar
do gasóleo para a gasolina e isso é perfei-
tamente evidente no Duster, por exemplo,
com as encomendas de 2019 a mostra-
rem 70% dos clientes a encomendarem
modelos a gasolina e no Sandero ronda a
mesma ordem de valores, sendo a exceção
o Lodgy e o LoganMCV, pois são modelos
muito requisitados para o mercado dos
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táxis e, aí, continua a imperar o gasóleo,
pois é o único combustível autorizado a
reaver o IVA.
Mas há outros números que levaram a
Dada a reforçar a oferta de propostas
a gasolina e, agora, BiFuel. Sabia que o
Duster tem 27% dos clientes a escolher a
versão BiFuel? E sabia que 67% dos carros
a GPL vendido em Portugal têm o logótipo
da Dada na grelha dianteira?
Perante esta evidência, a Dada deddiu
tomar estratégica a aposta no BiFuel, dis -
ponibilizando esta alimentação a gasolina
e a gás de petróleo liquefeito, esgrimindo
como maior argumento o facto de um
utilizador poupar qualquer coisa como
900 euros a cada 20 mil quilómetros. E
esta é a maior vantagem, pois apesar do
carro ser mais caro e os consumos serem
mais elevados, o preço muito inferior do
GPL ajuda a conseguir amortizar tudo e
ainda ganhar 900 euros em apenas 20
mil quilómetros!
Mas vamos amais contas: em apenas uma
centena de quilómetros a poupança é de
quatro euros. Ora, se fizer 30 km por
dia, mil por mês, chega ao final desse
mês com mais de 40 euros no bolso.
Isto numa versão a gasolina, pois para
um carro a gasóleo, a poupança é de 10
euros. Ou seja, 480 euros a gasolina,
120 euros face a um carro diesel.

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E hoje, os sistemas de alimentação BiFuel
estão muito mais desenvolvidos, há 370
postos de abastecimento em todo o país,
o discriminatório dístico azul não é obri-
gatório e já pode estacionar em qualquer
lado. No caso da Dada, foi feito um forte
investimento para que a totalidade da
rede de concessionários da marca romena
tenha, pelo menos, um técnico certificado
para trabalhar nos veículos BiFuel.
O sistema da Dada coloca o reservatório
de gás no local da roda suplente (esta de-
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saparece em favor de um kit de reparação)
e tem um sistema de injeção separado
para gasolina e outro para o GPL. Um pe-
queno botão permite que possa forçar a
passagem entre um e outro combustível
sem que se note alguma coisa. Com os dois
combustíveis, a autonomia é superior a
um milhar de quilómetros.
As versões BiFuel do Sandero, Sandero
Stepway e Logan MCV, utilizam o bloco
TCe 90 cv, para o Dokker, Lodgy e Duster,
a Dada recorre ao motor 1.6 SCe com110
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e 115 cv (apenas para o Lodgy).
Quanto a preços, o Dacia Sandero TCe 90
Bi-Fuel está disponível por 11.877 euros
(Versão Stepway 14.004 euros), o Logan
MCV TCe 90 Bi-Fuel por 12.896 euros
(versão Stepway 15.40 euros), o Dokker
SCe 110 Bi-Fuel por 15.965 euros (versão
Stepway 18.165 euros), o Lodgy SCe Bi-
Fuel por 17.349 euros (versão Stepway
19.580 euros) e o Duster SCe 115 por 18.110
euros. Todos os modelos têm garantia de
3 anos ou 100 mil quilómetros. ta
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PORQUE O BIFUEL NÃO
TEM INCENTIVO FISCAL?
O gás de petróleo liquefeito EGPLI é uma
mistura de gases de hidrocarbonetos
utilizado como combustível, que não reduz
os consumos, mas que é um subproduto
do petróleo que é menos poluente. Não
sendo corrosivo, poluente ou tóxico, tem
alto poder inflamável, mas inalado em
grandes quantidades provoca anestesia
e, na sequência, asfixia. Não tendo cor ou
odor, é um combustível muito mais barato
que gasolina e gasóleo e muito mais
ecológico. Não se percebendo, por isso,
porque razão os automóveis BlFuel não
têm benesses fiscais. Mas há uma razão
para isso.
Diz o código do 15V no Artigo 8°, alínea
C: "40% de redução aos automóveis
ligeiros de passageiros que utilizem
exclusivamente como combustível gases
de petróleo liquefeito (GPL) ou gás natural.
(Redação dada pela Lei n°82-0/2014, de
31 de dezembro. Com entrada em vigor a
partir de 1 de janeiro de 2015. A presente
lei aplica-se aos períodos de tributação
que se iniciem, ou aos factos tributários
que ocorram, em ou após 1 de janeiro de
2015)."
Ora, esta lei serve para que automóvel?
Consegue descobrir? Vá lá... mais um
esforço... mais... pois é! Nenhum! E
porquê? Porque não há nenhum carro que
ande apenas alimentado a GPL Custava
alguma coisa ao legislador pensar um
bocadinho ou perguntar a quem sabe, se
haveria algum carro apenas a GPL? Ou
terá sido a lei feita assim de propósito?
Ninguém sabe. Já agora, dizer que
comprar um carro que ande apenas a
GPL dá direito a dedução de 50% do IVA
desde que custe menos de 50 mil euros.
Conhece algum? Pois... nenhum! E também
na tributação autónoma há benesses
fiscais que não são utilizadas exatamente
por não haver um automóvel que encaixe
na legislação. Mais uma oportunidade
perdida.