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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA

ISTA
POLO CAXITO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

PSICOLOGIA SOCIAL

TOMADA DE DECISÕES

CAXITO - 2019
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA

TOMADA DE DECISÕES

Trabalho do Curso de Psicologia apresentado ao ISTA,


como parte de requisito para a avaliação e obtenção de
nota na disciplina de Psicologia Social, orientado pelo
Professor Lino Gonzales Capemba.

Grupo nº 4

3º Ano

Período: Tarde

Curso: Psicologia

Disciplina: Psicologia Social

O DOCENTE

____________________________
Lino Gonzales Capemba

CAXITO-2019
INTEGRANTES DO GRUPO

1. Arsénio Soeiro da Costa Junqueira


2. Catarina Matoso Pedro de Andrade
3. Darucha Francisco da Fonseca
4. Maria Sebastião de Gouveia Leite
5. Santa Sebastião Moralis Matos
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho, primeiramente aos nossos familiares, que tanto sofrem
connosco durante este período da nossa formação e aos colegas, amigos que de forma dierecta
ou indirecta têm nos acompanhado e dando forças, ao Professor Lino Gonzales Capemba, que
consiste em grande sacrifício para o melhoramento da nossa formação.
AGRADECIMENTOS

Agradecer à Deus pela oportunidade e privilégio que nos concede em partilhar a


experiência de frequência o ensino superior e de modo em geral as pessoas mais próximas de
nós, pela paciência e tolerância das nossas ausências, e por terem aceitado privarce-se-a da
nossa companhia

Agradecer ao Professor Lino Gonzales Capemba, pelo incentivo e auxílio do pouco


tempo que estamos, fazendo-nos participar de forma activa nas actividades e discussões sobre
vários temas e futuramente sobre este trabalho.
RESUMO

O processo decisório está presente diariamente nas organizações, pessoas singulares e


colectivas, ele acontece do chão de fábrica até os níveis superiores. Com este trabalho
pretendemos levantar alguns pontos básicos e relevantes sobre tomada de decisão, fases
psicológicos do processo decisório, Decisão individual e decisão em grupo, através da
reflexão teórica apontando por alguns autores. O conhecimento é o recurso primordial para as
organizações no processo de tomada de decisão nos dias actuais, dessa forma, a gestão do
conhecimento é uma ferramenta de grande importância para a criação e a retenção do
conhecimento nas organizações, essencial para subsidiar o processo decisório. A pesquisa se
caracteriza como qualitativa. Foram realizadas pesquisas com o intuito de levantar as práticas
de gestão do conhecimento e posteriormente entender como subsidiam o processo de tomada
de decisão tal social como psicologicamente. Como resultado pode-se perceber que a empresa
possui diversas práticas de gestão do conhecimento e que são de grande importância para no
processo decisório, no entanto se faz necessário uma melhor estruturação, formalização e
acompanhamento dessas práticas e no tratamento dos conhecimentos gerados pelas mesmas.

Palavras-chave: Tomada de Decisão; Tipos de Decisão, Decisão Individual, Processo


Decisório, Decisão em Grupo.
ABSTACT

The decision-making process is present daily in organizations, it happens from the shop floor
to the higher levels. With this work we intend to raise some basic and relevant points about
decision making, psychological phases of the decision process, individual decision and group
decision, through the theoretical reflection pointed by some authors. Knowledge is the
primary resource for organizations in the decision-making process in the present day, so
knowledge management is a tool of great importance for the creation and retention of
knowledge in organizations, essential to support the decision-making process. The research is
characterized as qualitative, descriptive and applied. Interviews were conducted with
members of the executive board in order to raise knowledge management practices and
subsequently to understand how they subsidize the decision making process. As a result it can
be seen that the company has several knowledge management practices that are of great
importance in the decision-making process, however, it is necessary to better structure,
formalize and follow these practices and in the treatment of the knowledge generated by them.

Keywords: Decision Making; Types of Decision, Individual Decision, Decisional Process,


Group Decision.
SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 10
1.1- Importância do Estudo ................................................................................................... 11
1.2 Objectivos: ...................................................................................................................... 11
1.2.1-Geral ............................................................................................................................ 11
1.2.2- Específicos .................................................................................................................. 11
1.3- Justificativa .................................................................................................................... 11
1.3- Delimitação da Pesquisa ................................................................................................ 12
1.4- Estrutura do Trabalho .................................................................................................... 12
CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEORICA.................................................................. 13
2.1- Conceitos Básicos e Definições ..................................................................................... 13
2.1.2- A Importância da Tomada de Decisão ....................................................................... 14
2.1.3-Elementos do Processo Decisório ............................................................................... 15
2.1.4- Níveis de Decisão ....................................................................................................... 16
2.1.5- Tomada de decisão e resolução de problemas ............................................................ 16
2.1.6- Tipos de Tomadas de Decisão .................................................................................... 16
2. 6.1- Decisões Programadas ............................................................................................... 17
2. 6.2- Decisões não-Programadas ........................................................................................ 17
2.6.3- Decisões Semi-Programadas ...................................................................................... 17
2.6.4- Tipos de Ambientes no processo Decisório ............................................................... 18
2.6.5- Diferentes processos de Tomada de Decisão ............................................................. 18
2.2- FASES PSICOLÓGICAS DO PROCESSO DECISÓRIO ............................................... 19
2.2.1-Peculiariades sobre as Fases do processo Decisório ................................................... 20
2.2.2- Racionalidade do Processo Decisório......................................................................... 21
2.2.3- Actores do Processo Decisório ................................................................................... 21
2.2.4- Modelos de Tomada de Decisões ............................................................................... 21
2.4.1- Modelo Racional de Decisão ...................................................................................... 22
2.4.2- Modelo da Racionalidade Limitada ou de Carnegie .................................................. 22
2.4.3- Modelo Incrementalista .............................................................................................. 22
2.4.5- Modelo Desestruturado .............................................................................................. 22
2.3- DECISÃO INDIVIDUAL E DECISÃO EM GRUPO ..................................................... 23
2.3.1- Decisão Individual ...................................................................................................... 23
2.3.2- Decisão em Grupo ...................................................................................................... 24
2.3.3- Vantagens e Desvantagens na Tomada de Decisão individual e em Grupo ............... 26
2.3.1- Vantagens ................................................................................................................... 26
2.3.2- Desvantagens .............................................................................................................. 26
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 27
4-BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... 28
1-INTRODUÇÃO

Tratando da tomada de decisão, o ser humano como parte do estudo da psicologia,


assim temos a dizer que, a psicologia social é um ramo da psicologia que estuda como as
pessoas pensam, influenciam e se relacionam umas com as outras. A Psicologia Social é a
ciência que procura compreender os “como” e “porquês” do comportamento social. A
interação social, a interdependência entre os indivíduos e o encontro social. Seu campo de
acção é portanto o comportamento analisado em todos os contextos do processo de influência
social. Outrora, diariamente milhares de decisões são tomadas e decisões essas que vão desde
o mais trivial até escolhas que poderão afectar todo o andamento da organização, pessoal e
sua sobrevivência, expansão ou estagnação.

As decisões são tomadas por pessoas, pessoas essas que são afectadas pelo meio onde
vivem, por suas percepções, experiências e até mesmo por suas crenças, o que torna o
processo em si extremamente delicado, pois não existe a “decisão perfeita”, o que há é a
busca pela melhor alternativa, aquela que norteará a organização rumo ao sucesso. Na
sequência veremos como alguns autores vêm a Tomada de Decisão, as premissas básicas, seus
pontos mais relevantes e as dificuldades mais frequentes. Sendo o ser humano um animal
gregário e com capacidades cognitivas superiores faz todo o sentido que a psicologia social se
debruce intensamente sobre o tema tomada de decisão, quer a nível individual ou sobre a
influência de um grupo.

Neste contexto, para tentar comprovar esta temática, viu-se a possibilidade de poder
entender melhor o assunto, por intermédio deste trabalho em Psicologia Social, no sentido de
tentar comprovar as diferenças de atitude face a diferentes opiniões do grupo e nas fases
psicológicas em termos decisório. Como suporte teórico, baseamo-nos em algumas teorias
relacionadas com este fenómeno: tomada de decisão.

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1.1- Importância do Estudo

De acordo com Simon (1965), a questão fundamental desta pesquisa foi identificar e
compreender os valores para a tomada e decisões como base na implementação de um plano
de providência complementar corporativo e psicológico.

1.2 Objectivos:

1.2.1-Geral

O trabalho teve, como objectivo descrever e analisar todo o processo decisório de


implementação e contratação no sentido psicológico e Decisório. Um dos problemas
fundamentais na tomada de decisão consiste em descobrir um denominador comum entre dois
valores: baixo custo e amplos resultados.

1.2.2- Específicos

O presente artigo tem por objectivo específicos geral analisar o processo de tomadas
de decisão no contexto social.

 Analisar a informação no processo de tomadas de decisão;


 Analisar a importância dos sistemas de informações gerências nas tomadas de
decisões.
 Estudar as fases psicológicas do processo decisório e procurar entende-las da melhor
forma.

1.3- Justificativa

Encontram-se actualmente, na maioria das organizações, sistemas computacionais


destinados a auxiliar e controlar as mais diversas actividades, gerando uma quantidade
assustadora de dados. Podemos afirmar que banco de dados e os sistemas que os manipulam
se tornam componentes essenciais no quotidiano da Sociedade Moderna.

Diante das limitações de tempo e conhecimento, entre outras, o individuo


impossibilitado de encontrar a decisão óptima, busca a mais adequada tendo em vista as
condições disponíveis, a tomada de decisão vai muito além do momento de escolha,
compreendendo outras etapas importantes. Hoje nessa corrida contra o tempo, é indispensável
que as organizações estejam representadas por líderes ou administradores, que visualize o
todo positivo ou negativo, que atingirá a organização com sua tomada de decisão, a fim de
11
diminuir ou eliminar danos, falhas, transtornos e trabalhos. Embora possamos dispor de meios
tecnológicos para nos auxiliar, a capacidade de raciocínio precisa estar aliada à boa
sensibilidade, ao bom senso crítico. Portanto, justifica-se esta pesquisa numa introdução sobre
os procedimentos que levam o líder a tomada de decisão. Analisar uma realidade e propor
uma solução simples que modifique ou melhore uma determinada situação é umas das
principais atribuições do líder, no decorrer deste será apresentado algumas estratégias e
resultados de como estão sendo geridas, pelos líderes.

1.3- Delimitação da Pesquisa

Para alcançar os objectivos deste trabalho fez-se necessário efectuar pesquisas


bibliográficas a respeito da tomada de decisão, as fases do processo decisório, conceitos,
decisões individuais e decisões em grupo, para melhor constituir uma fundamentação no
desenvolvimento dos dados e assim possivelmente interpretar o comportamento dos líderes.

1.4- Estrutura do Trabalho

O presente trabalho está estruturado em quatro capítulos: 1. Introdução; 2.


Fundamentação Teórica; 3. Conclusão; 4. Referências bibliográficas. No primeiro capítulo,
apresenta-se a introdução sendo expostas todas as orientações iniciais do trabalho. O tema
está sendo apresentado, assim como o problema de pesquisa, os objectivos e a justificativa.

No segundo capítulo, evidencia-se o capítulo da Fundamentação Teórica. É neste


capítulo que estão inseridas as teorias que se relacionam com o tema. No terceiro capítulo,
apresentamos os métodos utilizados para a selecção de conteúdos. Por fim, serão apresentadas
as referências bibliográficas.

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CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

2.1- Conceitos Básicos e Definições

No sentido de definir o tema, tomada de decisão, o processo decisório, há décadas,


vem sendo amplamente estudado em função da sua importância estratégica nas organizações
e, como todo processo de conhecimento, passa por constantes evoluções e transformações.
Portanto, Segundo PEREIRA & FOSECA (1997) a racionalidade é a capacidade de usar a
razão para conhecer, julgar e elaborar pensamentos e explicações e é ela que habilita o
homem a escolher entre alternativas, a julgar os riscos decorrentes das suas consequências e
efectuar uma escolha consciente da melhor alternativa.

A palavra decisão é formada pelo prefixo de (prefixo latino aqui com o significado de
parar, extrair, interromper) que se antepõe à palavra caedere (que significa cindir, cortar).
Tomada ao pé da letra, a palavra decisão significa “parar de cortar” ou “deixar fluir”. Uma
decisão precisa ser tomada sempre que estamos diante de um problema que possui mais que
uma alternativa para a sua solução. Mesmo quando para solucionar um problema temos uma
única acção a tomar, temos as alternativas de tomar ou não esta acção.

Segundo Gomes, Gomes e Almeida (2002) o marco do início da teoria da decisão é o


ano de 1738, com o artigo de Daniel Bernouilli, “Specimen theoriae nova e de mesura sortis”.
Herbert Simon, considerado o criador do enfoque comportamental do estudo dos processos
decisórios, afirma que o processo decisório é o “processo de escolha que conduz a acção”
(SIMON, 1965, p. 1). (Márcia, Paulo,Susana, 006-2007).A informação é um recurso efectivo
e inexorável para as empresas, especialmente quando planejada e disseminada de forma
personalizada, com qualidade inquestionável e preferencialmente antecipada para facilitar as
decisões.” (REZENDE, 2005, p. 247).

Segundo nossas reflexões podemos dizer que Tomada de Decisão é um acto que exige
firmeza ou coragem na resolução do problema, objectivando conquistar resultados positivos
tanto pessoais quanto econômico. Assim segundo Kazmier (1975) Tomada de Decisão é o ato
ou efeito de tomar, de decidir, resolução, determinação, deliberação, desembaraço, disposição,
coragem capacidade de decidir. (Kazmier, 1975, p. 57).

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O processo de tomar decisões, como parte do trabalho dos administradores, foi
destacado por diversos praticantes e estudiosos da administração, como Fayol eMintzberg.
(Simon, 1972, p. p.13) diz: “achamos conveniente tomar umas pequenas liberdades com o
idioma, e utilizar a ‘tomada de decisão’ como sinónimo de administração”. (TONN, B. E.,
2003 - junho, pp. v. 35, n. 6, p.).

Segundo nossas reflexões, podemos dizer que Tomada de


Decisão é um acto que exige firmeza ou coragem na resolução
do problema, ou até mesmo de criar, objectivando conquistar
resultados positivos tanto pessoais quanto económico e em
grupo.

Assim baseando-se na teoria de Kramer (1975), Tomada de Decisão é o acto ou efeito


de tomar, de decidir, resolução, determinação, deliberação, desembaraço, disposição, coragem
capacidade de decidir. Kramer (1975, p.76).

2.1.2- A Importância da Tomada de Decisão

O processo decisório pode ser simples ou complexo, dependendo do grau de


importância, do objectivo a ser alcançado e dos reflexos da escolha na vida pessoal ou
profissional do indivíduo. O ato de decidir está intrínseco na natureza humana sempre que
envolve uma escolha na busca da resolução de um problema, ou mesmo quando há
alternativas para alcançar um objectivo. (FERREIRA, 2001).

Já na complexidade das organizações, frente à competitividade imposta pelo mercado,


o processo decisório torna-se uma questão de sobrevivência, tanto para questões na área
operacional, táctica ou estratégica. As decisões são escolhas tomadas com base em propósitos,
são acções orientadas para determinado objectivo e o alcance deste objectivo determina a
eficiência do processo de tomada de decisão.

Segundo Gomes (2002) argumenta que a decisão pode ser classificada como simples
ou complexa, específica ou estratégica, e que suas consequências podem ser imediatas, em
curto e longo prazo, ou a combinação entre as formas anteriores e podendo, inclusive, ter
reflexos bem diversos. (FERREIRA, 2001).

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2.1.3-Elementos do Processo Decisório

Em toda decisão existem, no mínimo, seis elementos, a saber:

 O tomador da decisão: é o indivíduo ou grupo de indivíduos que faz uma escolha


dentre vários cursos de acção disponíveis.
 Objectivos: são os objectivos que o tomador de decisão pretende alcançar por meio de
suas acções.
 O sistema de valores: são os critérios de preferência que o tomador de decisão usa
para fazer sua escolha.
 Cursos de acção: são as diferentes sequências de acção que o tomador de decisão
pode escolher.
 Estados da natureza: são aspectos do ambiente que envolvem o tomador de decisão e
que afetam sua escolha de cursos de acção. São factores ambientais fora do controle
do tomador de decisões, como as condições de certeza, risco ou incerteza.
 Consequências: representam os efeitos resultantes de um determinado curso de acção
e de um determinado estado da natureza. (SOLINO & El- AOUAR, 2001).

A tomada de decisão é um processo responsável pela escolha da melhor solução para


um problema ou oportunidade. Dependendo do contexto, o processo decisório é considerado
difícil e uma vez feito poderá ocasionar em consequências positivas ou negativas.

A tomada de decisões está relacionada, muitas vezes, com os nossos valores e,


também, com parte daquilo que conhecemos ou do que experimentamos. Sempre, o ser
humano teve que decidir, ora por questões complexas, ora mais simples. E, conforme o
contexto, dar a devida importância ou não para saber qual medida tomar. (Janis, 1972).

Durante muito tempo, o processo decisório tem recebido definições de diversos


autores e parte desses conceitos têm obedecido aspectos racionais, políticos, organizacionais,
psicológicos e intuitivos. Na Escola Clássica ou Racional (1910 a 1950) esse processo
recebeu mais atenção com relação ao seu estudo. Apesar do processo decisório, na Teoria
Clássica da Administração, no início do século XX, não ter sido tão expressivo, mais tarde,
uma revolução nas comunicações permitiu que a tomada de decisão fosse feita de forma
rápida e valorizada. (Janis, 1972).

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2.1.4- Níveis de Decisão

Existem três diferentes áreas de decisão na empresa, a saber:

Decisões estratégicas: relacionadas com as relações entre a empresa e o ambiente; guiam e


dirigem o comportamento da empresa, principalmente quando ela expande e altera sua
posição produto/mercado. São tomadas no nível institucional.

Decisões administrativas: relacionadas com a estrutura e configuração organizacional da


empresa, com a alocação e distribuição de recursos. São tomadas no nível intermediário.

Decisões operacionais: relacionadas com a selecção e orientação do nível operacional


encarregado de realizar a tarefa técnica. É necessário estudar cada nível de decisões, sem
perder de vista o seu inter- relacionamento e sua interdependência. (Altamiro Damian Préve,
2010, pp. 85,89).

2.1.5- Tomada de decisão e resolução de problemas

Decisão: Processo de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de acção


que a pessoa deverá seguir (CHIAVENATO,2006 p. 58);

Problema: A ocorrência de um problema se dá quando o desempenho real não está atingindo


ou não atingirá o objectivo esperado. Considera-se um desvio em relação a um padrão ou
plano previamente estabelecido.

Tomada de Decisão: Consiste em avaliar, seleccionar e aplicar opções de acção para


solucionar o problema.

Resolução de um problema: Processo que identifica e aplica acções que minimizam ou


sanam o problema. Consiste em encontrar melhores linhas de acção que representem
soluções.

Tomador de Decisão: Pessoa que escolhe uma entre várias alternativas futuras de acção.

2.1.6- Tipos de Tomadas de Decisão

Dependendo do contexto em que o gestor está inserido, ele poderá tomar diferentes
tipos de decisão. Herbert Simon, economista americano e vencedor do Prémio Nobel de
Economia de 1978, teve uma importante contribuição teórica sobre o processo decisório. Foi

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ele que criou a Teoria das Decisões. Na classificação de Simon, as decisões são programadas
ou não-programadas. (FERREIRA, 2001).

2. 6.1- Decisões Programadas

As decisões programadas, segundo a perspectiva de Simon, são aquelas que ocorrem


de forma rotineira. Quando o gestor toma uma decisão programada, isso quer dizer que ele já
passou pela mesma situação antes e agora sabe como resolvê-la. Nesse caso, a decisão ocorre
rapidamente, pois o indivíduo já sabe como agir. Não é preciso, portanto, analisar
informações e reflectir. O gestor pode, então, colocar em prática um curso de acção pré-
estabelecido e que tenha funcionado em situações anteriores. Por isso, essas decisões possuem
carácter repetitivo e rotineiro. (FERREIRA, 2001).

Segundo (FERREIRA, 2001), exemplos disso são situações de concessão de crédito a


clientes, manutenção periódicas de equipamentos e problemas com um fornecedor que sempre
atrasa as entregas. Ocorrências como essas, por serem frequentes, são mais fáceis de serem
resolvidas. Uma das principais vantagens das decisões programadas é a rapidez com que são
feitas, optimizando o tempo do indivíduo.

2. 6.2- Decisões não-Programadas

Para Simon, as decisões não-programadas são aquelas em que o indivíduo precisa lidar
com uma situação nova, que nunca aconteceu antes. Em uma empresa, com frequência, o
gestor deve lidar com problemas que ainda não sabe resolver, porque nunca os vivenciou
antes. Não existe, portanto, uma solução predefinida. É preciso analisar a situação e chegar a
uma conclusão. Quando é necessário tomar uma decisão não-programadas, fica a critério do
gestor escolher o melhor processo, recorrendo à razão ou à emoção. Problemas de saúde,
atrasos dos fornecedores, pedido de demissão de um funcionário importante. Várias ocasiões
imprevisíveis podem gerar dúvidas a respeito do que fazer. Por isso, é fundamental analisar as
informações que se têm à disposição a fim de chegar a uma decisão mais assertiva. (Fonseca,
1997).

2.6.3- Decisões Semi-Programadas

As decisões semi-programadas podem ser consideradas uma confluência dos modelos


citados acima. De modo geral, esse tipo de decisão não pode ser inteiramente predefinida. Isso
significa que apenas uma parte do problema apresenta uma resposta objectiva para o
17
indivíduo. Outros pontos podem ficar obscuros, aumentando os riscos da escolha a ser
tomada. Geralmente, nesse caso, o gestor precisa utilizar sua experiência para tomar decisões.
(FERREIRA, 2001, p. 56).

2.6.4- Tipos de Ambientes no processo Decisório

 Ambiente de Certeza: É o ambiente em que sabe-se previamente o resultado de uma


decisão. Raramente ocorre no ambiente de negócios.
 Ambiente de Risco: Para cada decisão.

2.6.5- Diferentes processos de Tomada de Decisão

Como já mencionamos, dois aspectos são accionados quando tomamos uma decisão: a
razão e a emoção. Isso porque o cérebro possui áreas de raciocínio lógico e intuitivo, que
influenciam nas escolhas feitas pelo indivíduo. Segue-se as características de cada processo de
tomada de decisão:

 Lógica - A tomada de decisão lógica ocorre quando o indivíduo reflecte sobre suas
escolhas de forma racional. Nesse caso, ele lida com as informações de uma maneira
objectiva, sem deixar que suas emoções pessoais interfiram na avaliação final. Por
meio da lógica, são julgadas as possíveis consequências de uma decisão. Geralmente,
esse tipo de processo é utilizado por gestores que enxergam o negócio de uma forma
sistémica e racional.
 Intuitiva - A decisão intuitiva, por sua vez, é um processo que utiliza a dedução por
meio de uma conjunção de lógica e emoção. Nesse caso, os valores essenciais da
pessoa responsável pela tomada de decisão também contribuem para a decisão final.
Quando o gestor utiliza o processo intuitivo, quer dizer que ele não está em busca de
criar significado a respeito de suas decisões. Mais do que a razão ou a emoção, é o
instinto e a experiência que têm peso maior nas escolhas realizadas. Geralmente, esse
modelo é utilizado em situações urgentes ou quando a lógica não se mostra tão
simples. (FERREIRA, 2001, p. 84).

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2.2- FASES PSICOLÓGICAS DO PROCESSO DECISÓRIO

O processo decisório consiste em cinco fases: identificação do problema, diagnóstico,


geração de alternativas, escolha de uma alternativa, avaliação da decisão. As decisões são
tomadas em resposta a algum problema a ser resolvido, a alguma necessidade a ser satisfeita
ou a algum objectivo a ser alcançado. A decisão envolve um processo, isto é, uma sequência
de passos ou fases que se sucedem. Para MAXIMIANO (2004; pg.119), “O papel das técnicas
é estruturar o processo decisório, ajudando os gerentes a eliminar a improvisação e aumentar
o grau de certeza na tomada de decisão”. Daí o nome processo decisórias para descrever essa
sequência de fases. Na realidade, o processo decisório pode ser descrito em quatro fases
essenciais, a saber das cinco fases do processo decisório:

 Identificação do problema ou oportunidade


 Diagnóstico
 Geração de alternativas
 Escolhas de uma Decisão
 Avaliação da decisão.

1- Identificação do problema ou oportunidade - O processo de tomar decisão tem origem


em uma frustração, interesse, desafio, curiosidade ou irritação; nos obstáculos para atingir um
determinado objectivo, algum facto irregular que necessita uma acção correctiva, ou a
visualização de alguma oportunidade. É nessas situações que se faz necessário tomar uma
decisão.

2- Diagnóstico - O diagnóstico é a fase em que se analisa a situação, identificando ameaças e


oportunidades, causas e consequências. Algumas situações são de fácil análise, pois
apresentam efeitos adversos evidentes, sem a necessidade de um estudo mais profundo da
situação.

3- Geração de Alternativas - Após o diagnóstico do problema, o próximo passo é gerar


alternativas que solucionem a situação em questão. Em algumas situações, as soluções são
facilmente visualizadas, podendo vir juntamente com o problema. Já em outras, exigem-se
soluções inovadoras.

4- Escolhas de uma Decisão - As alternativas no processo de tomada de decisão são


comparadas, julgadas e avaliadas, para que seja feita uma escolha. Analisar criticamente as

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possibilidades de acção que foram geradas é fundamental para a escolha do caminho a ser
seguido.

5- Avaliação da Decisão - Completando o ciclo, após ter sido identificado o problema,


diagnosticado, geradas alternativas e tomadas decisões, é fundamental que seja feita uma
avaliação das decisões tomadas. Tal avaliação pode gerar outro processo decisório,
reiniciando o ciclo.

As sete etapas do processo decisório descritas por (MILANEZ, 2010 p.48).

1. Perversão da situação que envolve algum problema;


2. Análise e definição do problema;
3. Procura de alternativas de solução ou de cursor de acção;
4. Avaliação e comparação das soluções alternativas, bem como suas consequências;
5. Escolha da alternativa mais adequada ao alcance dos objectivos;
6. Comunicação da Decisão escolhida;
7. Implantação das alternativas escolhidas.

Cada etapa influencia as outras e todo o processo. Nem sempre as etapas são seguidas
à risca. Se a pressão for muito forte para uma solução imediata, as etapas“3”, “5”, podem ser
abreviadas ou suprimidas. Quando não há pressão, algumas etapas podem ser ampliadas ou
estendidas no tempo. (LIMA, VIDEIRA, SC 2012, pp. 16-22).

2.2.1-Peculiariades sobre as Fases do processo Decisório

 Cada etapa influência as demais.


 Cada etapa influência em todo o conjunto e no resultado do processo.
 Nem sempre ocorrem as etapas nesta sequência demonstrada ou todas as etapas.
 No processo decisório, as etapas possuem importâncias iguais, mas umas podem ser
mais ampliadas ou abreviadas que outras.

Seguir a risca todas as etapas não garante a decisão certa. Contudo, seguir as etapas
aumenta a probabilidade de acerto. O processo decisório pode ser desafiador, complexo,
contínuo e ininterrupto ocasionando ramificações (árvore ou raízes de decisões). Toda decisão
é um acto absolutamente individual e intransferível, não se podendo culpar os outros por
nossas más decisões. (Fonseca, 1997).

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2.2.2- Racionalidade do Processo Decisório

O tomador de decisão escolhe uma alternativa dentre várias outras. As empresas


procuram gerar um ambiente psicológico capaz de condicionar as decisões dos indivíduos aos
objectivos organizacionais. Assim, existe uma racionalidade no comportamento
administrativo, pois o comportamento dos indivíduos nas empresas é planeado e orientado no
sentido de metas e objectivos. A eficiência na decisão é a obtenção de resultados máximos
com os meios e recursos limitados. Há sempre uma relatividade nas decisões, pois toda
decisão é, até certo ponto, resultado de uma acomodação: a alternativa escolhida dificilmente
permite a realização completa ou perfeita dos objectivos visados representando apenas a
melhor solução encontrada naquelas circunstâncias. Assim, o processo decisório na empresa
se caracteriza pelos seguintes aspectos:

1. O tomador de decisão evita a incerteza e segue as regras padronizadas para tomar as


decisões.
2. O tomador de decisão procura manter as regras estabelecidas pela empresa e somente
as redefine quando sofre pressões.
3. Quando o ambiente muda e novas estatísticas afloram ao processo decisório, a
empresa se mostra lenta no ajustamento e tenta utilizar o seu modelo decisório, a
empresa se mostra lenta no ajustamento e tenta utilizar o seu modelo decisório actual a
respeito do mundo para lidar com as condições modificadas.

2.2.3- Actores do Processo Decisório

Todas as actividades pessoas na tomada de decisões que envolvem o planeamento


precisam passar por um processo cuidadoso. Nos ambientes organizacionais existem várias
actividades em que o gestor deve tomar as decisões correctas, ao longo do processo. O
indivíduo responsável por tomar decisões pode ser um governador, o presidente da
organização, um director técnico de uma escola, ou grupos, como entidades, conselhos de
ministros, comités, júri, etc. Estes são conhecidos como os actores do processo decisório que
irão avaliar e se basear nos valores do sistema que está inserido.

2.2.4- Modelos de Tomada de Decisões

Os modelos organizacionais que envolvem a tomada de decisões são importantes para


entender quais suas características principais e quais poderão se adaptar numa possível
resolução de problema.
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2.4.1- Modelo Racional de Decisão

Também conhecido como Modelo Decisório Racional da Economia Clássica ou


Burocrático é considerado o primeiro modelo de processo decisório e é caracterizado por
elevar os objectivos da organização como um todo, levando em consideração as alternativas
para atingir esses objectivos. Esse modelo é baseado num raciocínio técnico, em que o
tomador de opinião se baseava na lógica e na objectividade para a resolução de problemas. É
muito criticado por acreditar que o tomador de decisões possui toda a informação necessária
para resolver o problema. As etapas desse modelo seriam: Identificar e definir o problema;
Identificar as possíveis soluções; Seleccionar e aplicar a solução escolhida. (Mariana, 2011, p.
149)

2.4.2- Modelo da Racionalidade Limitada ou de Carnegie

É caracterizado pelo critério de que: não é possível conhecer todas as possibilidades


para tomar uma decisão, por falta de recursos, informações e análise das mesmas. Esse
modelo defende a tese de Herbert Simon, que a racionalidade é baseada no tomador de
decisões e não existe uma racionalidade superior. Segundo o autor, as organizações são um
sistema de decisões e cada indivíduo faz parte do processo de tomada de decisões. Esse
modelo entra em contradição com o modelo Decisório Racional da Economia Clássica ou
Burocrático que se baseia em uma racionalidade absoluta. Esse modelo utiliza a racionalidade
limitada e a heurística (fazer inovações imediatas para atingir metas).

2.4.3- Modelo Incrementalista

É caracterizado pela praticidade e aliado a realidade que a cerca, esse modelo


demonstra que o racionalismo é limitado e que é necessário focar nas informações essenciais
para se resolver o problema. Esse modelo foi criado por Lindblom e Quinn, em 1959, e
mostra que não há somente uma decisão correcta, mas várias outras que por meio de análises
e testes podem se tornar a melhor decisão até alcançar o resultado esperado.

2.4.5- Modelo Desestruturado

É caracterizado pela tomada de decisões estratégicas desestruturadas que são


provenientes de problemas desconhecidos e de difícil resolução. No início da tomada de
decisões o problema é desconhecido. Não se conhece alternativas e nem soluções para a
resolução. Assim, o processo decisório é um pouco turbulento e sofre alterações quando os
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gestores enfrentam dificuldades no processo e buscam uma alternativa que se encaixe no
contexto. Esse modelo foi proposto por Mintzberg e é aplicado quando o problema está em
uma situação de incerteza extrema. (Thiago Gonçalves MAGALHÃES, 2014).

2.3- DECISÃO INDIVIDUAL E DECISÃO EM GRUPO

2.3.1- Decisão Individual

Segundo Sebastião Teixeira:

Identificação do Problema – Tudo começa com a existência de um problema. Deve-se fazer


uma comparação entre a situação actual e algum padrão, que pode muito bem ser o
desempenho anterior, as decisões tomadas por outras áreas da organização ou fora dela. De
seguida, deve-se avaliar a pressão para a tomada de decisão, como prazos, crises financeiras,
expectativas da directoria, etc. Depois, identificar a autoridade delegada para a decisão e
outros recursos necessários para decidir. É sempre importante perceber qual o problema a
resolver, e as suas causas. Nunca confundir problema com oportunidade. Por exemplo, se uma
empresa não vender, talvez não seja por falta de clientes, mas sim pela qualidade dos
colaboradores do departamento de vendas. (TEIXEIRA, 2005, p. 29).

Desenvolvimento de Alternativas – Essa etapa exige que o responsável pela decisão,


somente liste as alternativas viáveis que poderiam resolver o problema, contudo, ainda não
deve ser feita nenhuma avaliação das alternativas listadas. Começa, então, a análise das
alternativas listadas anteriormente. Os pontos fortes e fracos de cada uma se tornam evidentes
quando são comparados com os critérios e pesos estabelecidos. Todas as possíveis hipóteses
para resolução do problema em questão têm de ser levadas em conta, mesmo que a primeira
vista não aparente ser a mais viável. (TEIXEIRA, 2005).

Selecção da Alternativa – Como já foram determinados todos os factores pertinentes da


decisão, atribuídos pesos de forma apropriada e também foram identificadas alternativas
viáveis, é hora de escolher a alternativa que teve a melhor nota final. Para seguir este passo,
podemos dividir em três partes: primeiro, uma listagem dos efeitos potenciais de cada
alternativa; segundo, é necessário calcular a probabilidade de ocorrência em cada um dos
mesmos; e terceiro, escolher a que seja mais vantajosa para a empresa. (TEIXEIRA, 2005, p.
56).

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Implementação – A implementação da alternativa mais viável requer um passo importante,
pois é o momento de colocar a decisão em prática. Esse processo inclui transmitir a decisão a
todos os afectados por ela e também buscar o comprometimento dos envolvidos nela. Esta
fase não resume apenas a iniciar a implementação da melhor alternativa. É necessário que os
gestores indiquem o resultado da alternativa escolhida, enviando aos superiores hierárquicos,
um feedback da mesma, quer seja positivo ou negativo, sendo este um processo contínuo. Ou
seja, se preciso for, é necessário reiniciar o processo. (TEIXEIRA, 2005, p. 58).

Contudo, numa tomada de decisão individual, estas variáveis não entram em linha de conta,
uma vez que o processo está centrado apenas numa única pessoa que identifica e presume
todas as fases sozinhas. O autor Sebastião Teixeira enuncia os passos de uma tomada de
decisão:

a) Identificação do Problema, onde se deverá fazer uma comparação entre a situação actual
e algum padrão, que poderá ser o desempenho anterior, ou decisões tomadas por uma
administração ou gestão anterior;

b) Desenvolvimento de alternativas, o que implica que se lista as alternativas viáveis que


poderiam resolver o problema, sem ter sido feita, nenhuma avaliação das alternativas
identificadas;

c) Selecção da alternativa, onde já foram determinados todos os factores pertinentes da


decisão, atribuídas remunerações de forma apropriada e identificadas alternativas viáveis;

d) Escolha da alternativa, que teve a melhor nota final;

e) Implementação, onde se coloca a mesma em prática;

Quer na tomada de decisão individual, quer em grupo, é necessário que, por mais
vantagens ou desvantagens que as mesmas tenham, sejam conduzidas por um líder que possa
orientar os restantes elementos, fazendo um balanço e controlo de julgamentos e ideias,
funcionando como filtro e contrapeso, para que face às contrariedades, se chegue à desejada
meta da solução final. (TEIXEIRA, 2005).

2.3.2- Decisão em Grupo

Saber quando consultar os parceiros ou colaboradores na tomada de decisão, ou


realizá-la de forma individual, pode ser um desafio para um líder e gestor, no entanto (e

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como as empresas estão cada vez mais preocupadas em atender às necessidades dos seus
colaboradores de uma forma igualitária) é muitas vezes um recurso utilizado pelas
organizações na tomada de decisão, apresentando níveis de qualidade superiores aos da
tomada de decisão individual. No entanto, não deixa de estar dependente de um conjunto de
variáveis que podem influenciar o resultado final, nomeadamente:

 As capacidades individuais dos membros;


 A qualidade da informação partilhada;
 A dimensão do grupo;
 A natureza do problema.

Como já todos sentimos, o local de trabalho pode estar repleto de desafios e nem
sempre é fácil chegar-se a uma decisão enquanto grupo, já que isso acarreta chegar a um
acordo comum, gerir expectativas, discutir ideias, procurar consensos e evitar conflitos, no
fundo, fazer alianças e concessões em função de um bem maior e comum: o grupo. No
entanto, existem desvantagens como o tempo usado “durante”, e o facto de existir uma
ausência de responsáveis caso problemas surjam, a não ser o próprio grupo. (CASSARRO,
1995).

Os quatro processos são os seguintes:

Brainstorming – É uma actividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de


um indivíduo ou de um grupo, colocando-a ao serviço de objectivos pré-determinados. Um
grupo de colaboradores da empresa, no mínimo 6 pessoas, expõem o tema, e sem haver uma
ordem especificada, começam a partilhar ideias para soluções do problema. Nesta fase, todas
as ideias são aceites, e tudo é registado. Para que haja um processo de brainstorming com
mais hipóteses de sucesso, existem quatro regras, as quais devem ser seguidas com
alguma perseverança:

1. Críticas são rejeitadas. O julgamento de uma ideia é a principal razão a qual uma
sessão de brainstorming pode não funcionar.
2. Criactividade é bem-vinda. Encoraja qualquer participante a partilhar qualquer ideia
que lhes surja.
3. Quantidade é necessária. Quantas mais ideias surgirem, mais hipóteses existem de
encontrar a ideia acertada.

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4. Combinação e aperfeiçoamento são necessários. Encoraja a geração de ideias
adicionais para a construção e reconstrução sobre as ideias dos outros.

2.3.3- Vantagens e Desvantagens na Tomada de Decisão individual e em Grupo

Como muitos sabem, o local de trabalho pode estar repleto de desafios. Um dos
aspectos mais difíceis de trabalhar em um ambiente de equipa é aprender a tomar decisões
como um grupo. As pessoas precisam discutir suas ideias, procurar consensos e fazer alianças
e colisões. Em alguns casos, será mais apropriada uma decisão em grupo, enquanto em outros,
uma decisão individual será mais eficaz. Para saber em que circunstância é mais adequada
uma decisão colectiva ou individual, serão analisadas as principais vantagens e desvantagem
que a tomada de decisão em grupo tem sobre as decisões individuais:

2.3.1- Vantagens

 Maior probabilidade de se chegar a uma solução de maior qualidade e precisão;


 Maior partilha de informação entre seus membros;
 Maior diversidade de experiências e perspectivas sobre os diversos assuntos;
 Mais alternativas para solucionar o problema;
 As pessoas sentem-se mais motivas, pois sua opinião foi importante na busca de uma
solução final.

2.3.2- Desvantagens

 É um processo mais demorado;


 O grupo precisa conciliar horário e tempo para chegar a uma solução;
 Pode existir um impasse prolongado quando não se chega a uma decisão apoiada pela
maioria;
 Podem ocorrer discussões entre os membros;
 Pressões de conformidade;
 Diluição de responsabilidades quanto aos resultados da decisão.

Visto isto, as tomadas de decisões grupais têm muitas vantagens e suas resoluções
podem ser muito eficientes, mas estas reuniões devem ser manejadas por um verdadeiro líder
que possa orientar e controlar os julgamentos das outras pessoas, para que assim não encontre
tanta contrariedade de ideias e se possa chegar á meta desejada. (ANGELONI, 2002).

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3- CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo da tomada de decisão tem obtido cada vez mais destaque nas pesquisas que
envolvem organizações e questões psicológicas em torno das sociedades, tendo em vista as
rápidas mudanças que estão ocorrendo no ambiente social psicológicos, económico e legal.
Estas mudanças implicam na procura de uma maior proactividade dos tomadores de decisão e
na continuada procura de eficiência nos processos. Diariamente, tomamos decisões de forma
constante. Algumas delas são mais importantes que outras. Mas seja qual for a sua
importância, o certo é que continuamente precisamos escolher entre duas ou mais alternativas.
Assim, nossas decisões acarrectam consequências importantes tanto para nós mesmos como
os que podem estar envolvidos de forma directa ou indirecta.

Desta forma, podemos compreender como este tema passa a ser relevante para a
Psicologia Social, já que as nossas decisões são também influenciadas pelo que os outros
pensam ou pensaram delas. Daí a importância do presente estudo, uma vez que todas as
pessoas buscam meios de atingir seus objectivos e necessidades, sejam elas necessidades
fisiológicas, sejam necessidades de segurança ou até mesmo de estima e realização. Assim, a
função do líder é reconhecer esses esforços, ajudar e remover as inibições ou dificuldades
visando alcançar os benefícios que as metas pode proporcionar.

A tomada de decisão é um processo cognitivo que envolve tanto a razão quanto a


emoção dos sujeitos. Trata-se de escolher a melhor opção entre várias alternativas. Cada
decisão tomada gera uma consequência, que nem sempre é prevista. De acordo com Dan
Ryan, consultor de aquisição de talentos e desenvolvimento pessoal, em artigo para a Revista
Forbes, a tomada de decisões é algo que todos nós fazemos o tempo inteiro. “Algumas vezes,
o processo pode ser quase automático, enquanto em outros, pode ser lento e pesado”, afirma.
Seja na vida pessoal, seja na vida profissional, quanto mais consciente for esse processo,
melhor ele poderá ser guiado. Esse cuidado evita resultados inesperados e aumenta as chances
de sucesso. Nas empresas, não é diferente: a tomada de decisão apresenta riscos e
oportunidades. (FERREIRA, 2001, pp. 4,8,10).

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4-BIBLIOGRAFIA

Altamiro Damian Préve, G. d. (2010). Organização, Processos e Tomada de Decisão. Brasil:


Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES.

ANGELONI, M. T. (2002). Tomada de decisão e processo decisorio. São Paulo: Saraiva.

CASSARRO, A. (1995). Sistemas de informações para tomada de decisões. São Paulo: :


Pioneira.

FERREIRA, C. A. (2001). Sistemas de Apoio à Decisão. Brasil.

Fonseca, B. P. ( 1997). AS FASES DO PROCESSO DECISÓRIO.

Janis, i. N. (1972). TOMADA DE DECISÃO. Braga: Porto Editora.

Kazmier. (1975). Tomada de Decisão. monique: work press.

LIMA, J. A. (VIDEIRA, SC 2012). LIDERANÇA E TOMADA DE DECISÃO NA


ORGANIZAÇÃO. SANTA CATARINA: UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA
CATARINA – UNOESC.

Márcia, Paulo,Susana. (006-2007). TOMADA DE DECISÃO. Braga: LICENCIATURA EM


PSICOLOGIA.

Mariana, L. (2011). Modelos de tomada de decisão e sua relação com a informação orgânica.
São Paulo.

REZENDE. (2005). PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO. BRASILIA: p.247.

Santos, L. P. (2004). PROCESSO DECISÓRIO E TOMADA DE DECISÃO:UM DUALISMO.


Rio de Janeiro: Elsevier Editora.

Simon. (1972). A Capacidade de Decisão e de Liderança. Rio de Janeiro: Editora, Fundo de


Cultura.

SOLINO, A. d., & El- AOUAR, W. A. (2001). O processo de tomada de decisões


estratégicas: entre. São Paulo, v.08, nº 3,.

TEIXEIRA, S. (2005). Gestão de Organizações. São Paulo.

Thiago Gonçalves MAGALHÃES, M. B. (2014). GESTÃO DO CONHECIMENTO PARA


TOMADA DE DECISÃO. Santa Catarina: Revista GUAL, Florianópolis,.

TONN, B. E. (2003 - junho). The Future of Future Decision Making. Futures,. São Paulo:
Futures.

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