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A definição de ―orçamento‖ não é consensual entre as opiniões dos estudiosos da matéria. Não se
chegou ainda a um conceito que fosse livre de crítica e aceito pacificamente pela maioria dos
doutrinadores. Em sentido lato sensu, o conceito que melhor se adéqua à bibliografia das principais bancas
de concurso público é:
Em sentido stricto sensu, a Secretaria do Tesouro Nacional – STN conceitua o orçamento público
como sendo a ―Lei de iniciativa do Poder Executivo que estima a receita e fixa a despesa da administração pública. É
elaborada em um exercício para depois de aprovada pelo Poder Legislativo, vigorar no exercício seguinte‖. Ou seja, em
sentido stricto sensu a expressão ―orçamento público‖ se refere à própria LOA.
Tecnicamente, orçamento pode ser entendido como dotação, que é parte do crédito consignado na
lei de orçamento ou em crédito adicional, para atender determinada despesa.
Os orçamentos públicos podem ser analisados sob diversos aspectos: político, econômico, social,
administrativo, jurídico, etc. A evolução do Estado, da sociedade e a variação de suas necessidades fazem
com que um novo modelo de orçamento seja descoberto naquele momento. A seguir, os principais tipos e
técnicas de orçamentos existentes na história.
A banca responsável pela elaboração da sua prova, para tentar confundi-lo, vai misturar as
características de um tipo orçamentário com as de outro. Exemplo: mencionará as
características do orçamento tradicional como sendo as do orçamento-programa. Cuidado
com as inversões de conceitos!
Saber com o que o Governo gastava era importante, contudo, mais ainda era saber a serventia dos
gastos. Dessa forma, houve a evolução para o orçamento de desempenho ou de realizações.
Apesar de ter sido um passo importante em direção à racionalidade orçamentária, entende-se que o
Orçamento de Desempenho não deve ser classificado como orçamento programa, pois lhe falta a
principal característica do orçamento programa: vinculação a um instrumento central de
planejamento das ações do governo. Embora o orçamento programa tenha seu marco legal
(introdução) em 1964, com a Lei 4.320/64e com o Decreto Lei nº 200 de 1967, seu marco gerencial
(efetividade) só foi a partir da reforma orçamentária,entre 1998 e 2000, com o Decreto nº 2.829/98, Lei do
O orçamento programa (também chamado de moderno) foi introduzido no Brasil por meio da
Lei nº 4.320/64 e do Decreto-Lei nº 200/67. Embora sua efetividade tenha ocorrido apenas a partir de
1998, a Constituição Federal de 1988 contribuiu para a sua implantação. A CF/88 criou os instrumentos
do PPA e da LDO, integrando-os à LOA. Sua adoção também está associada ao modelo de Estado
intervencionista desde o século XIX.
Consiste em um método de orçamentação por meio do qual as despesas públicas são fixadas a
partir da previsão das receitas e da identificação das necessidades públicas. Essas necessidades (despesas)
são realizadas por meio de ações do governo (gastos planejados em projetos, atividades ou operações
especiais). As ações são postas dentro de um programa (campo em que se desenvolvem ações homogêneas
que visam ao mesmo resultado/objetivo).
O programa surgiu como o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. Em termos
de estruturação, o plano termina no programa e o orçamento começa no programa, o que confere a esses
instrumentos uma integração desde a origem. O programa como módulo integrador, e as ações, como
instrumentos de realização dos programas. Essa concepção inicial foi modificada a partir dos PPA
2000/2003 e 2004/2007, elaborados com o nível de detalhamento de ação (marco gerencial do
orçamento programa).
Projeto: é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um
programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais
resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação
PROGRAMA: do Governo.
Embora o orçamento-programa tenha seu marco legal (introdutório) a partir de 1964, com a Lei nº
4.320/1964 e com o Decreto-Lei nº 200 de 1967, seu marco gerencial (efetividade) só foi a partir da
reforma orçamentária, no período de 1998 a 2000, com o Decreto nº 2.829/1998, Portaria nº 117/1998,
Portaria nº 42/1999, Lei Complementar nº 101/2000 e outros atos normativos. Logo, alguns autores
defendem que o Brasil tenha ―experimentado‖ o Orçamento de Desempenho (ou Funcional), no período
de 1964 a 2000, como uma forma de preparação para a implantação efetiva do Orçamento-Programa.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Para elaboração e execução do Plano Plurianual 2000-2003 e dos Orçamentos da União, a partir do exercício
financeiro do ano de 2000, toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em Programas
orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano.
Parágrafo único. Entende-se por ação finalística aquela que proporciona bem ou serviço para atendimento direto a
demandas da sociedade.
Art. 3º A classificação funcional-programática deverá ser aperfeiçoada de modo a estimular a adoção, em todas as
esferas de governo, do uso do gerenciamento por Programas.
Parágrafo único. Os Programas serão estabelecidos em atos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, respeitados os conceitos definidos no âmbito federal, em portaria do Ministério do Planejamento e
Orçamento, a ser publicada até 30 de novembro de 1998.
Art. 5º Será realizada avaliação anual da consecução dos objetivos estratégicos do Governo Federal e do resultado
dos Programas, para subsidiar a elaboração da lei de diretrizes orçamentárias de cada exercício.
Art. 6º A avaliação física e financeira dos Programas e dos projetos e atividades que os constituem é inerente às
responsabilidades da unidade responsável e tem por finalidade:
I - aferir o seu resultado, tendo como referência os objetivos e as metas fixadas;
II - subsidiar o processo de alocação de recursos públicos, a política de gastos públicos e a coordenação das ações de
governo;
III - evitar a dispersão e o desperdício de recursos públicos.
Art. 7º Para fins de gestão da qualidade, as unidades responsáveis pela execução dos Programas manterão, quando
couber, sistema de avaliação do grau de satisfação da sociedade quanto aos bens e serviços ofertados pelo Poder
Público.
Art. 8º Os Programas serão formulados de modo a promover, sempre que possível, a descentralização, a integração
com Estados e Municípios e a formação de parcerias com o setor privado.
Art. 9º Para orientar a formulação e a seleção dos Programas que deverão integrar o Plano Plurianual e estimular a
busca de parcerias e fontes alternativas de recursos, serão estabelecidos previamente, para a período do Plano:
I - os objetivos estratégicos;
II - previsão de recursos.
Art. 10. As leis de diretrizes orçamentárias conterão, para o exercício a que se referem e dentre os Programas do
Plano Plurianual, as prioridades que deverão ser contempladas na lei orçamentária anual correspondente.
Art. 11. A alteração da programação orçamentária e do fluxo financeiro de cada Programa ficará condicionada à
informação prévia pelos respectivos gerentes, por meio de sistema informatizado, do grau de alcance das metas
fixadas.
Art. 12. O Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento deverá instituir um comitê gestor para orientar o
processo de elaboração do Plano Plurianual para o período 2000-2003.
Parágrafo único. A elaboração do Plano Plurianual 2000-2003 será precedida de um inventário das ações do
Governo Federal em andamento, bem como do recadastramento de todas as atividades e projeto.
Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1º do art. 2º e § 2º do art. 8º, ambos
da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade,
operações especiais e dá outras providências.
Art. 1° As funções a que se refere o art. 2º, inciso I, da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, discriminadas no
Anexo 5 da mesma Lei, e alterações posteriores, passam a ser as constantes do Anexo que acompanha esta Portaria.
§ 1º Como função, deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas que competem ao setor público.
§ 2º A função "Encargos Especiais" engloba as ações em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a
ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, transferências, ressarcimentos, indenizações e outras
afins, representando, portanto, uma agregação neutra.
§ 3º A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto do setor público.
Art. 3º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de
programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações desta Portaria.
Art. 4º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções,
programas, projetos, atividades e operações especiais. Parágrafo único. No caso da função "Encargos Especiais", os
programas corresponderão a um código vazio, do tipo "0000".
Art. 5º A dotação global denominada "Reserva de Contingência", permitida para a União no art. 91 do Decreto-Lei
nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de
recursos para abertura de créditos adicionais e sob coordenação do órgão responsável pela sua destinação, será
identificada por código definido pelos diversos níveis de governo.
Art. 6º O disposto nesta Portaria se aplica aos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, para o exercício financeiro de 2000 e seguintes, revogando-se a Portaria nº 9, de 28 de janeiro de 1974,
do ex-Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, e demais disposições em contrário. Art. 7º Esta Portaria
entra em vigor na data de sua publicação.
Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1o do art. 2o e § 2o do art. 8o, ambos
da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto,
atividade, operações especiais, e dá outras providências.
Art. 1º As funções a que se refere o art. 2o, inciso I, da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, discriminadas no
Anexo 5 da mesma Lei, e alterações posteriores, passam a ser as constantes do Anexo que acompanha esta Portaria.
§ 1º Como função, deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que
competem ao setor público.
§ 2º A função ―Encargos Especiais‖ engloba as despesas em relação às quais não se possa associar um bem
ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras
afins, representando, portanto, uma agregação neutra.
§ 3º A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto de
despesa do setor público.
§ 4º As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas, na
forma do Anexo a esta Portaria.
Art. 3º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas
estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações desta Portaria.
Art. 4º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções,
subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais.
Parágrafo único. No caso da função ―Encargos Especiais‖, os programas corresponderão a um
código vazio, do tipo ―0000‖.
Art. 5º A dotação global denominada ―Reserva de Contingência‖, permitida para a União no art.91 do
Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como
fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e sob coordenação do órgão responsável pela sua destinação,
será identificada por código definido pelos diversos níveis de governo.
Art. 6º O disposto nesta Portaria se aplica aos orçamentos da União, dos Estados e do Distrito Federal
para o exercício financeiro de 2000 e seguintes, e aos Municípios a partir do exercício financeiro de 2002,
revogando-se a Portaria no 117, de 12 de novembro de 1998, do ex-Ministro do Planejamento e Orçamento, e
demais disposições em contrário.
Esse método (orçamento programa) surgiu nos EUA no final da década de 1950, sob a
denominação PPBS (Planning, Programmingand Budgeting System).
O orçamento deve ser compatibilizado com o planejamento estatal, na forma do Plano Plurianual.
Não são admitidas, por exemplo, emendas às leis orçamentárias que não sejam compatíveis com o Plano
Plurianual.
Resumo esquematizado:
O Orçamento Base Zero - OBZ consiste em uma abordagem orçamentária desenvolvida nos EUA
em 1969 pela empresa Texas Instruments Co. e adaptada para uso no setor público pelo Estado da
Geórgia, na elaboração do seu orçamento para o exercício de 1973. Embora alguns autores e bancas façam
referência ao OBZ como um tipo/modelo orçamentário, trata-se de uma técnica de orçamentação.
A principal característica desta metodologia orçamentária é exigir que todas as despesas de cada
repartição pública sejam justificadas detalhadamente como se cada item programático se tratasse de uma
nova iniciativa. Durante a elaboração da proposta orçamentária para o exercício seguinte, todo
conhecimento prévio acerca das execuções em exercícios anterior deve ser revisto e questionado,
ou seja, não existem direitos adquiridos sobre despesas anteriormente autorizadas. O estudo começaria
do estágio inicial, revendo a necessidade e eficácia de cada despesa.
Uma vantagem deste método é sua evidente orientação para a eliminação de empreendimentos de
baixa prioridade, por envolver, em relação a cada programa, a resposta a três questões básicas:
1ª – O orçamento está sendo eficiente e eficaz?
2ª – Podem suas operações ser reduzidas ou eliminadas de forma a liberar recursos para novas
programações?
3ª – Existem elementos que justifiquem a expansão de suas atividades?
Dessa forma, pode-se afirmar que no OBZ as decisões são voltadas para a maximização da
eficiência na alocação dos recursos públicos. A avaliação e a tomada de decisão ocupam papel primário no
OBZ, enquanto o formato (apresentação e organização formal) ocupa um papel secundário.
A técnica do OBZ não é utilizada no Brasil, pois é incompatível com o nosso atual modelo
orçamentário: orçamento-programa. Porém, é possível que um dia o Brasil possa adotar o OBZ, mas com
isso deixaria de ser orçamento-programa.
Comentário: item certo. O OBZ não se vincula a um planejamento anterior, mas ao implementar o OBZ
parte-se de um novo planejamento para definição das novas diretrizes.
Comentário: item certo. No OBZ, as decisões são tomadas após análise, revisão e avaliação dos custos e
benefícios das ações que geram gastos.
5. De acordo com o princípio que rege o orçamento base-zero, todas as atividades devem ser justificadas
antes de serem tomadas as decisões relativas aos recursos a serem alocadas em cada departamento ou
setor.
Comentário: item errado. O OBZ pode apresentar vantagens e desvantagens para os diferentes tipos de
organizações. Deve-se avaliar os prós e os contras para a escolha dessa técnica.
8. Após a elaboração do orçamento-zero, os gastos devem ser aprovados com base em critério único,
previamente definido para todas as atividades ou operações.
Comentário: item errado. O OBZ não é baseado em apenas um critério. São critérios para aprovação do
OBZ:
- análise crítica de todas as demandas solicitadas pelos órgãos de governo;
- questionamento acerca das reais necessidades de cada área envolvida, sem compromisso por dotações
anteriormente concedidas;
- justificativa detalhada das propostas apresentadas por cada gestor;
- identificação e classificação de todas as atividades e operações por ordem de importância, mediante
análise crítica e sistêmica.
9. O orçamento base-zero deve ser desenvolvido de forma isolada, com base nas peculiaridades de cada
área a ser atendida.
B) Orçamento Incremental
Trata-se de uma forma de elaborar o orçamento através de ajustes marginais nos seus itens de
receita e despesa, sem grandes mudanças significativas. É um contraponto (oposto) ao OBZ, e suas
principais características são:
Obs: o orçamento incremental é contrário à integração entre planejamento e orçamento, pois sua base
tende a perpetuar-se, uma vez que sofre apenas pequenos incrementos. O Brasil utiliza dessa técnica
pontualmente, quando da utilização dos créditos adicionais, da limitação de gastos para o próximo ano
com base no valor das despesas do ano anterior, etc. Embora utilize dessa técnica pontualmente, não se
pode afirmar que o Brasil adota o modelo/técnica orçamentária incremental de forma generalizada.
Comentário: Questão correta. Conforme arts. 106 e 107 da CF, nos próximos 20 anos, o valor total das
despesas para o próximo exercício terá como base o valor do ano recentemente encerrado, acrescido da
correção da inflação no mesmo período. Dessa forma, partimos de uma base com o incremento da
inflação. Portanto, tem-se a técnica do orçamento incremental em tal prática.
Comentário: o orçamento que se integra ao planejamento é o programa. Nesse modelo, não há tendência à
perpetuação de programas (primeira parte da questão é errada). A segunda parte da questão trata do
orçamento incremental, que apresenta resistência à mudança e sua base tende à perpetuação. Porém, fazer
incrementalismo é fazer ajustes marginais. Assim, quanto mais intenso e acelerado foro ajuste, MENOR a
tendência à inércia (segunda parte da questão também errada).
Comentário: quando adotado, o incrementalismo ou orçamento incremental não traz grandes alterações
entre o orçamento de um período e o seguinte, pois trata apenas de pequenos ajustes marginais. Logo,
questão correta.
O PPA 2012-2015 do Governo Federal, em seu art. 4º, inciso II - lei nº 12.593 de 2012, assim
trouxe:
Observe ainda o que diz o inciso V do art. 4º da lei 13.249/2016 (PPA: 2016-2019 do Governo
Federal):
No âmbito municipal, a Lei nº 10.257/2001, que trata das Diretrizes Gerais da Política Urbana nos
Municípios, determina a gestão democrática participativa dos planos, programas e projetos da voltados
para a política urbana.Nesse contexto, é considerado instrumento de planejamento municipal de política
urbana a ―gestão orçamentária participativa‖, conforme art. 4º, alínea f, e art. 44 da citada Lei. Dessa
forma, no âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa sobre planos, programas e projetos
voltados para a política urbana é condicionada a realização de debates, audiências e consultas públicas
sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual. Logo,
pode-se afirmar que os municípios devem realizar o OP.
Comentário: item correto. Conforme a Lei nº 10.257/2001, art. 4º, alínea f, e art. 44, os municípios devem
realizar a gestão orçamentária participativa sobre planos, programas e projetos voltados para a política
urbana, mediante a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual. Como a Lei nº 10.257/2001 é aplicada
aos municípios, o CESPE entendeu que a União está dispensada do cumprimento desse princípio. Mas, é
válido lembrar que o Governo Federal promove a participação popular, conforme explicado
anteriormente.
Comentário: item errado. O conceito de orçamento participativo é dado pela participação da sociedade no
processo orçamentário e não dos poderes. A participação dos poderes na elaboração de suas propostas é
por força da autonomia e independência entre eles.
Comentário: Item errado. A participação da comunidade ocorre por meio de audiências públicas ou outros
meios promovidos. Com isso, a sociedade tem a oportunidade de manifestar a sua opinião sobre as reais
necessidades de gastos públicos em setores como saúde, educação, etc. Apesar de não ser vinculante, a
opinião pública orienta melhor a tomada de decisão dos poderes. Assim, tanto o Poder Executivo (na
elaboração) quanto o Poder Legislativo (na aprovação) ganham maior legitimidade para representar o
interesse público. Entretanto, a participação da comunidade não substitui e tão pouco diminui a
competência dos Poderes Executivo e Legislativo no processo orçamentário.
Comentário: item errado. A participação da sociedade não chega a tanto. A iniciativa e a competência para
o envio da proposta ao Poder Legislativo continua sendo do Poder Executivo (art. 84, caput, inc XXIII e
parágrafo único c/c art. 165, caput, inc I, II e III, da CF).
Comentário: Em 2009 o gabarito foi dado como certo, pois naquela época a União não promovia o OP.
Porém, a partir da alteração da LRF, com a LC 131/2009, a União vem promovendo a participação
popular.
Comentário: Em 2009 o gabarito foi dado como errado. Porém, mesmo sem obrigação legal, a União vem
promovendo a participação popular no processo orçamentário.
Comentário: item errado. Com o OP, há maior legitimidade do Poder Legislativo. Outro erro é dizer que
há maior flexibilidade na programação dos investimentos. A opinião pública direcionará melhor a
programação dos investimentos, tornando-a menos flexível.
Comentário: item errado. A primeira parte da questão está correta, pois na época (2008/2009) estava em
discussão a possibilidade de o Orçamento Federal ser Participativo. Porém, a participação da sociedade é
na definição das prioridades para a ALOCAÇÃO da receita (e não obtenção) e também para as despesas
com INVESTIMENTOS em áreas prioritárias da saúde, educação, segurança, etc (e não para despesas
correntes obrigatórias).
Comentário: item certo. Embora não tão divulgado, nos últimos anos a CMO do Congresso Nacional vem
promovendo audiências públicas. Essas audiências têm por objetivo a participação popular na discussão
das propostas das leis orçamentárias e melhor direcionamento dos parlamentares quanto à formulação de
suas emendas.
Comentários:
a) Errado, pois no orçamento participativo, não compete à sociedade gerir os recursos orçamentários.A
sociedade apenas opinará sobre as prioridades de sua região. O Poder Executivo local é quem fará a gestão
dos recursos.
b) Errado. O orçamento participativo intensifica a força e o papel do Poder Legislativo, pois legitima ainda
mais sua função típica de legislar e controlar, segundo o interesse da sociedade.
c) Errado. No orçamento participativo não há essa submissão do governo com a sociedade. A sociedade
será ouvida e o governo tentará realizar ou concretizar essas ações, mas dependerá de outras variáveis,
como a economia, política, etc.
d) Errado. Não há transferência de responsabilidade para a sociedade. A gestão é feita pelo Poder
Executivo, conforme prioridades apontadas pela opinião pública.
e) Certo. No orçamento participativo, a sociedade tem a oportunidade de ser ouvida quanto às prioridades
de investimentos dos recursos públicos em obras e serviços demandados naquela região.
I. O programa é o nível mínimo de classificação do trabalho executado por uma unidade administrativa de
nível superior no desempenho das funções que lhes são atribuídas pela lei que a cria.
II. Uma atividade é um agrupamento de tarefas executadas em nível secundário em uma unidade
administrativa para o alcance de metas do programa desta unidade.
III. O orçamento-programa foi previsto no Brasil pela Lei nº 4.320/64 e teve seus princípios delineados
pelo Decreto-Lei no 200/67 como ferramenta para definição das ações homogêneas do governo que
visam ao mesmo fim.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I. d) I e II.
b) II e III. e) II.
c) I e III.
A Constituição Federal de 1988, cumprindo com a tradição das constituições anteriores, ocupou-se
profusamente de matéria orçamentária, chegando a definir instrumentos de planejamento e orçamento
com detalhes. A base orçamentária encontra-se principalmente no Capítulo II, que trata das normas gerais
das finanças públicas – art.(s) 163 ao 169. Porém, ao fazer a leitura dos artigos mencionados, é frequente a
citação referencial a diversos outros artigos espalhados na Constituição. A falta de uma sequência didática
dificulta o entendimento da matéria orçamentária pelo estudante. Diante dessa dificuldade, vamos, a
seguir, organizar a matéria de forma compreensiva. Mas antes, chamo a sua atenção para a leitura dos
artigos constitucionais em seu texto literal:
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central.
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a
qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo
de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Seção II
DOS ORÇAMENTOS
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária.
§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados
em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder
Público.
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e
funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos
acréscimos dela decorrentes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e
as sociedades de economia mista. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos
parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Segundo a Constituição Federal de 1988, art. 165, § 4º, os planos e programas nacionais, regionais
e setoriais previstos na CF/88 serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo
Congresso Nacional.
Geralmente, os programas nacionais, regionais e setoriais têm duração de longo prazo, ou seja,
duração superior à vigência do PPA. Um bom exemplo é o Plano Nacional de Educação – PNE, com
vigência de 10 anos.
Comentário: Os demais planos e programas serão elaborados em consonância com o PPA. Logo, para essa
primeira parte da questão não há dúvida de que é correta. Porém, é comum julgarem segunda parte como
errada, fundamentando-se no argumento de que é a LDO que a LOA (art. 165, § 2º da CF/88). Porém, de
forma indireta, o PPA também orienta a elaboração da LOA, uma vez que a LDO é elaborada com base
no PPA. Portanto, questão correta.
Comentário: Ao contrário do que afirma o item, a CF/88 (art. 165, §4º) permite a existência de outros
planos e programas, exigindo apenas sua consonância (compatibilidade) com o PPA. Logo, questão errada.
Comentário:Errado. O PPA condiciona outros planos e programas da CF, inclusive aqueles com duração
superior a quatro anos, como o Plano Nacional da Educação. O atual PNE tem vigência de 2014-2024 e
foi aprovado na Lei nº 13.005/2014. Veja o que diz o art. 10 do atual PNE: ―O plano plurianual, as
diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios serão formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis
com as diretrizes, metas e estratégias deste PNE e com os respectivos planos de educação, a fim de
viabilizar sua plena execução.‖
Comentário: Errado. São os planos e programas nacionais, regionais e setoriais que devem ser elaborados
em consonância com o PPA e não o contrário.
3.1 – PLANO PLURIANUAL – PPA: Plano Estratégico com vigência de 4 anos (médio prazo)
Segundo o MTO/2018, toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a
realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos.
De acordo com o art. 165, § 1º da Constituição Federal de 1988 (CF/88), o PPA é o instrumento
de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada.
O PPA é o plano estratégico para a execução das ações orçamentárias do governo. Os 4 anos de
sua vigência, embora equivalentes, não coincidem com os 4 anos do período de mandato presidencial. Sua
vigência é contada do 2º ano do mandato atual ao término do 1º ano do mandatário seguinte (ver esquema
a seguir). O PPA tem o propósito de viabilizar a implementação e a gestão das políticas públicas, orientar a
definição de prioridades e auxiliar na promoção do desenvolvimento sustentável, por meio de Programas
Temáticos e de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado. Exemplos de programas no PPA: Educação de
qualidade para todos; Fortalecimento do Sistema Único de Saúde; Inclusão social por meio do Bolsa
Família, do Cadastro Único e da articulação de políticas sociais; Moradia Digna e outros.
O PPA da União tem abrangência nacional. Dessa forma, envolverá diretrizes, objetivos e metas
para todos os entes da federação. Como cada Estado, Município e o Distrito Federal possuem
necessidades distintas, a CF impôs a regionalização do PPA. Por exemplo, o Estado do Rio Grande do Sul
não tem as mesmas demandas orçamentárias do Estado do Rio Grande do Norte. Dessa forma, o PPA
estabelecerá as Diretrizes, os Objetivos e as Metas de forma regionalizada, dentro da real necessidade de
cada região. Embora a CF tenha determinado a regionalização do PPA, falta lei complementar que
regulamente o critério a ser utilizado para a regionalização do PPA. Porém, mesmo sem regulamentação, o
PPA vem sendo apresentado de forma regionalizada. Atualmente, e de forma discricionária, usam-se como
critérios de regionalização do PPA a divisão macrorregional, o critério populacional, aspectos econômicos,
geográficos, internacionais, etc.
O foco do PPA é sobre as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como sobre as
despesas com programas de duração continuada.
Despesas de Capital: aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de
capital, abrangendo, entre outras ações, o planejamento e a execução de obras, a compra de instalações,
equipamentos, material permanente, títulos representativos do capital de empresas ou entidades de
qualquer natureza, bem como as amortizações de dívida, inversões financeiras e concessões de
empréstimos (conceitos a serem detalhados no tópico sobre ―despesa pública‖).
Outras delas decorrentes: Geralmente, as despesas de capital trazem outras despesas decorrentes, que
podem ser correntes ou outras de capital. Por exemplo, após a obra de construção de prédio para o
funcionamento de um hospital público (obra = de capital), outras despesas decorrentes serão geradas,
como a compra de veículos para ambulâncias (despesa de capital), manutenção predial e despesas de
pessoal (essas últimas são correntes).
Despesas com programas de duração continuada: Não há um conceito específico na lei sobre quanto
tempo é ―duração continuada‖. No geral, são consideradas despesas com programas de duração
continuada aquelas relativas aos programas que ultrapassam um exercício financeiro, ou seja, o ano civil.
[ver art. 34 da lei 4.320/64].
De forma esquematizada:
PPA: Plano Estratégico para 4 anos
De forma regionalizada
Estabelecerá (falta LC para definição dos critérios)
Por não ser uma competência delegável, o envio se torna exclusivo do Presidente da República.
O chefe do Poder Executivo (na União, o Presidente da República) encaminhará seu Projeto de lei
do PPA ao Poder Legislativo (Congresso Nacional) até 31/agosto do 1º exercício financeiro de seu
mandato, que será devolvido até 22/dezembro (do mesmo ano) pelo Legislativo, para sanção e publicação.
O art. 35, § 2º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, em seu inciso I assim
descreve:
“o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa”.
Veja o esquema:
Chefe do Poder Executivo até31/ago, envia, exclusivamente Poder Legislativo
(Presidente da (art. 84, XXIII, CF/88) o Proj.PPA ao Congresso
República) Nacional
(CMO)
Sanção e Publicação Devolve o Proj.PPA, até “22/Dez”
(Art. 66, CF/1988)
Vigência: 4 anos, período não coincidente com o mandato presidencial, porém é equivalente.
Proposição: uma vez a cada mandato presidencial (no 1º ano de mandato)
Se o Presidente não enviar o projeto do PPA até 31/ago do 1º ano do seu mandato, responderá
por crime de responsabilidade (art. 85, CF). Caso o Projeto do PPA não seja devolvido ao chefe
do Poder Executivo até ―22 de dezembro‖ para sanção/publicação, o Congresso Nacional
PODERÁ ser convocado para realizar sessão extraordinária, nos termos do art. 57, § 6º, inc. II da
CF/88, visando à aprovação do projeto. A partir da Emenda Constitucional nº 50/2006, está
vedado o pagamento de parcela indenizatória em razão da convocação extraordinária do
Congresso Nacional (ver art. 57, § 7º da CF/88).
A integração das ações, como foco na melhoria organizacional, e a gestão do PPA, com foco em
programas, pressupõe uma ação consistente junto aos órgãos do governo no sentido de aperfeiçoar a
gestão por programas, e mais do que isso, de fazer com que os resultados dos programas passem a ser
considerados parte do desempenho dos Ministérios, Secretarias e outras entidades vinculadas.
“Art. 3o São prioridades da administração pública federal para o período 2016- 2019:
I - as metas inscritas no Plano Nacional de Educação (Lei no 13.005, de 25 de junho de 2014);
II - o Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, identificado nas leis orçamentárias anuais por meio de atributo específico; e
III - o Plano Brasil sem Miséria - PBSM, identificado nas leis orçamentárias anuais por meio de atributo específico.”
Com o projeto aprovado em 16/12/2015 pelo Congresso Nacional, a Lei nº 13.249/16 (atual
PPA) foi sancionada em 13/01/2016 e publicada em 14/01/2016. O Plano Plurianual para o período de
2016 a 2019 do Governo Federal tem seu foco no desenvolvimento, produtividade e inclusão social.
Em relação ao PPA anterior (2012-2015), o atual PPA não trouxe alterações significativas quanto a
sua estrutura e conceitos. Segundo a Mensagem Presidencial que encaminho o PPA 2016-2019 ao
Congresso Nacional, as mudanças concentraram-se em dois pontos:
*Compreendem despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações
de governo, das quais não resulta um produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou
serviços.
Conforme o art. 6º do PPA 2016-2019, o Programa Temático é composto pelos seguintes elementos
constituintes:
Objetivo: expressa as escolhas de políticas públicas para o alcance dos resultados almejados
pela intervenção governamental e tem como atributos:
1 - Conforme art. 5º, inciso I da Lei 12.593/2012, programa temático é aquele que expressa e orienta a
ação governamental para a entrega de bens e serviços à sociedade. Questão correta. Esse conceito não
mudou no PPA 2016-2019.
2 – Programas de ―operações especiais‖ são distintos dos programas de ―gestão, manutenção e serviço ao
Estado‖. Dada essa distinção o item já fica errado. Além disso, conforme o art. 5º, parágrafo único da Lei
12.593/2012, não integram o PPA 2012-2015 os programas destinados exclusivamente a operações
especiais. Questão errada. Essa regra continua válida para o PPA 2016-2019.
3 – Primeiramente, o conceito de programa finalístico está errado. O item trouxe o conceito de programa
de apoio às políticas públicas. Segundo, no atual PPA não constam mais os programas finalísticos e nem
os de apoio às políticas públicas. Esses conceitos eram presentes no PPA 2008-2011. Portanto, item falso.
4– Item correto. Trata-se do conceito de ―iniciativa‖, conforme art. 6º, § 1º, inc. III da Lei 12.593/2012
(PPA 2012-2015 vigente há época da questão). O PPA 2016-2019 trouxe mera mudança formal nesse
conceito e define ―iniciativa‖ como a declaração dos meios e mecanismos de gestão que viabilizam os
Objetivos e suas Metas, explicitando a lógica da intervenção.
5 – Item correto. Refere-se ao conceito de ―indicador‖, que não sofreu alteração no atual PPA 2016-2019
(art. 6º, inc. II da Lei 13.249/2016).
7 – Errado, pois no PPA o valor global não consta especificado para cada ano de execução do plano.
Gabarito: 1-C; 2-C; 3-E; 4-C; 5-E; 6-C; 7-C; 8-E; 9-E; 10-E.
Obs2: PPA_Tipos de Programas
10. (CESPE/MIN. SAÚDE/Técnico Superior/2008) A instituição do PPA teve por objetivo, entre
outros, substituir os Orçamentos Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um
exercício financeiro.
1. Na LDO será estabelecida a política de aplicação a ser executada pela s agências oficiais de
fomento.
7. As políticas das agências financeiras oficiais de fomento deverão ser estabelecidas na LDO.
14. (CESPE/TRE-MS /Analista Adm./2013) O orçamento anual constitui princípio orientador para a
elaboração das diretrizes orçamentárias.
19. (CESPE/TJ-BA/Juiz Subs./2012) Cabe à lei orçamentária anual estabelecer as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
assim como dispor sobre as alterações na legislação tributária e sobre a política de aplicação do orçamento
das agências financeiras oficiais de fomento.
20. (CESPE/ANAC/Analista/área2/2012) A LDO deve ser encaminhada para sanção presidencial até
meados do primeiro mês do segundo semestre de cada ano.
Nos últimos anos, o Congresso Nacional - CN não cumpriu o prazo para aprovação da LDO, que
é até 17 de julho de cada exercício. Esse fato ocorreu nos exercícios de 2013 a 2016. Por esse motivo, as
LDOs desses anos não tiveram vigência de aproximadamente 1,5 ano. Apenas em 2017 o CN voltou a
aprovar a LDO para 2018 no prazo estabelecido pela Constituição.
Esquema:
25. (CESPE/MDIC/Ag. Adm./2014) O envio, pelo Poder Executivo, da proposta orçamentária anual ao
Poder Legislativo independe da aprovação e publicação da lei de diretrizes orçamentárias.
Além das atribuições constitucionais do art. 165, §2º, a LDO deve dispor também sobre o
conteúdo do art. 4º da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF:
A CF reforçou a integração entre planejamento e orçamento público, delineada pela Lei n.º 4.320/1964,
estabelecendo-se formalmente e definitivamente, a partir de sua promulgação, o entendimento de que a
determinação de uma estratégia de atuação governamental mais ampla e que permita delimitar o que fazer
e que metas devem ser alcançadas é condição necessária para a elaboração da lei de meios. No que diz
respeito a orçamento público, julgue o item que se segue, de acordo com o que dispõe a CF.
Com base na Lei Complementar n.º 101/2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) —, julgue o
próximo item.
31. (CESPE/MME/Analista-Finanças/2013) De acordo com a CF, a LDO deve dispor, entre outros
aspectos, sobre o equilíbrio entre receitas e despesas do governo.
36. (CESPE/DPU/Economista/2016) Passivos contingentes são despesas que envolvem certo grau de
incerteza quanto a sua efetiva ocorrência. Nesse sentido, a LDO contém o anexo de riscos fiscais, no
qual são avaliados os passivos contingentes e outros riscos fiscais.
38. Se, na elaboração da lei de diretrizes orçamentárias, forem constatados fatores que possam afetar
o equilíbrio das finanças públicas, a administração pública deverá incluir não somente as informações
acerca desses possíveis fatores, mas também as medidas que serão adotadas caso as previsões se
concretizem.
40. A LRF incentiva a realização de audiências públicas com o objetivo de fomentar a participação
popular na elaboração do orçamento anual, mas, em razão dos aspectos técnicos envolvidos, no
desenvolvimento da lei de diretrizes orçamentárias, essa participação não é incentivada.
41. (CESPE/DPU/Contador/2016) Os limites de gastos com pessoal para a DPU são definidos na lei de
diretrizes orçamentárias (LDO).
Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
C C E E C C C C C E C E C E E E E C E C E
22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41
C E E C C C C E E E E C C C C C C "c" E C
A Lei Orçamentária Anual compreende a realização operacional das ações a serem executadas no
curto prazo (1 ano = exercício financeiro = ano civil), mediante a arrecadação de receitas e a realização de
despesas. A LOA viabiliza as diretrizes, os objetivos e as metas programadas no PPA, concretizando-os
em consonância com as diretrizes estabelecidas na LDO.
A LOA é de iniciativa do chefe do Poder Executivo e seu conteúdo pode ser resumido à previsão
da receita e a fixação da despesa (princípio da exclusividade – a ser estudado no capitulo sobre princípios).
Em atendimento ao disposto do art. 165, § 5º da CF/88, a LOA compreenderá o:
Orçamento Fiscal
Orçamento de Investimento
Orçamento da Seguridade Social
Refere-se aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
ORÇAMENTO FISCAL Administração Direta e Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público.
ORÇAMENTO DE Trata-se do orçamento de investimento das empresas, em que a União, direta
INVESTIMENTO ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
ORÇAMENTO DA Abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração Direta
ou Indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
SEGURIDADE SOCIAL Poder Público. O orçamento da Seguridade Social é um gênero composto de
(P.A.S) três espécies: Previdência Social, Assistência Social e Saúde.
Conforme art. 165, § 7º da CF/88, os orçamentos Fiscal e de Investimento têm entre suas funções
a de reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo o critério populacional. Cuidado! O
orçamento da Seguridade Social não tem essa função e a banca vai tentar induzi-lo ao erro por
conta da expressão “social”. Não caia nessa.
―o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa‖.
De forma esquematizada, temos:
Chefe do Poder
Executivo Envio até 31/ago do PLOA Poder Legislativo
(Presidente da República) [art. 84, XXIII, CF/88] Congresso Nacional
(CMO)
Vigência: 1 ano, coincidente com o ano civil (ano civil = exercício financeiro), ou seja, de 1º/jan. a 31/dez.
Proposição: uma vez por ano. Proposta no ano vigente, para entrar em vigor no ano seguinte.
Esquematizando:
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
7. (CESPE/DPU/Ag. Adm./2016) Acerca do ciclo orçamentário, julgue o item a seguir, considerando que
as siglas PPA, LDO e LOA, sempre que usadas, correspondem, respectivamente, ao plano plurianual, à lei
de diretrizes orçamentárias e à lei orçamentária anual.
A LDO compreende o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de
investimentos das empresas com capital inicial pertencente à União.
9. (CESPE/TRE-MS /Analista Adm./2013) A disposição dos três orçamentos que constituem a lei
orçamentária anual – fiscal, seguridade social e orçamento de investimento das empresas – é, da mesma
forma, estabelecida nas leis de diretrizes orçamentárias.
Obs1:
13. (ESAF/CGU/AFC/2008) As empresas sob controle direto da União, que recebam no exercício
financeiro recursos do Tesouro a título de aumento de participação acionária, deverão integrar os
orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.
16. (CESPE/MPU/Cargo1/2015) As empresas públicas que recebem da União recursos financeiros para
pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral estão obrigatoriamente incluídas no
orçamento fiscal.
18. (CESPE/MDIC/Ag. Adm./2014) De acordo com a lei orçamentária anual, os orçamentos das
empresas estatais dependentes e independentes constam do orçamento de investimento.
Obs2:
21. (CESPE/TCE-PE/ACE/2017) Além de apresentar harmonia com o plano plurianual e estar voltado
para a redução de desigualdades entre as diversas regiões brasileiras, o orçamento federal de investimento
deve conter as previsões de receitas e despesas de todas as empresas nas quais a União detenha
participação societária.
25. (CESPE/BASA/Cargo5/2012) Uma das funções do orçamento da seguridade social, que deverá estar
compatível com o plano plurianual, é reduzir as desigualdades inter-regionais, com base no critério
populacional.
Obs3:
Na União, os prazos para envio e devolução do PLOA são os mesmos do Proj. PPA, porém observados
anualmente [art. 35, §2º, ADCT]
Obs4:
Os Estados, DF e Municípios podem adotar prazos distintos dos da União, no processo de tramitação de
suas leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA), conforme disposto em suas constituições estaduais e leis
orgânicas.
Resposta:_____
30. (CESPE/MDIC/Analista Téc. Adm./2014) Se o Poder Executivo não apresentar o projeto de lei de
diretrizes orçamentárias no prazo estabelecido pela legislação pertinente, será vedado ao Poder Legislativo
ou a qualquer de seus membros a elaboração e apresentação de projeto de lei que trate desse assunto.
31. (CESPE/FNDE/Cargo2/2012) A Lei de Orçamento vigente para determinado exercício poderá ser
tomada, pelo Poder Legislativo, como proposta para o exercício subsequente.
Obs6:
Na União, se o C.N não devolver o PLDO até 17/julho aprovado para sanção presidencial, a sessão
legislativa não será interrompida [art. 57, §2º da CF]. Se o C.N não devolver os projetos de Lei do PPA e
LOA até o término da sessão legislativa (até 22/dez) entra normalmente de recesso. Ler também art. 57,
§6º, inc. II e §8º da C.F.
Cuidado! Essa regra pode ser diferente em outros entes da federação. Por exemplo, no DF, a Câmara
Legislativa não entre de recesso, caso não aprove o PLDO no prazo (situação semelhante a da União), mas
também não entra de recesso no término da sessão legislativa, caso não devolva os projetos de Lei do PPA
e LOA no prazo (situação diferente da União).
35. (CESPE/CAPES/Geral/2012) A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto
de lei de diretrizes orçamentárias.
37. (CESPE/Câm. Dep./Téc. Legis./2012) A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) deve ser votada em
sessão legislativa extraordinária.
40. (CESPE/TCE-ES/ACE/2012) Se a lei orçamentária anual não for aprovada até o final do exercício
anterior ao da sua vigência, o Poder Executivo estará autorizado a executar as dotações constantes da
proposta apresentada ao Poder Legislativo, até o limite de um doze avos por mês.
Obs8:
Conclusão: falta regulamentação do art. 165, § 9º da CF, que cita a necessidade de uma Lei
Complementar para dispor sobre normas gerais das finanças públicas. Veja a redação do dispositivo:
A Constituição reservou à lei complementar o tratamento sobre as matérias referidas, mas, até
hoje, o Congresso não aprovou essa lei, embora já exista o seu projeto (PLC nº 135/96).
Embora aprovada formalmente como lei ordinária, a 4.320/64 foi recepcionada pela CF/88 como
lei complementar material, para tratar de matéria de lei complementar, nos termos do art. 165, § 9º da CF.
Por enquanto, não havendo a lei relativa ao disposto no art. 165, § 9º, são seguidas regras
transitórias sobre prazos das leis de matéria orçamentária. Essas regras estão no art. 35, § 2º, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da CF/88:
“ADCT, Art. 35, § 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial
subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido
para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.”
44. (CESPE/MPU/Cargo8/2013) De acordo com a legislação vigente, é objeto da LDO instituir normas
de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como estabelecer condições para
a instauração e o funcionamento de fundos.
24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46
E E E E E C C C C E E C E E E C E E C C E E E
O ciclo orçamentário pode ser conceituado como um processo contínuo, flexível e dinâmico para a
elaboração, aprovação, execução, controle e avaliação dos instrumentos de planejamento orçamentário:
PPA, LDO e LOA.
Para James Giacomoni, assim como para a maioria dos autores, o ciclo orçamentário é dividido em
4 etapas: elaboração(1), autorização(2), execução(3) e controle/avaliação(4).
A Secretaria de Orçamento Federal - SOF, no glossário de seu site oficial, conceitua o ciclo
orçamentário como sendo a:
“sequência de fases ou etapas que devem ser cumpridas, como parte do processo orçamentário. A maioria
dos autores adota como fases do ciclo orçamentário as seguintes: elaboração(1), apreciação legislativa(2),
execução(3) e acompanhamento(3), controle(4) e avaliação(4).”
A Secretaria do Tesouro Nacional – STN, no glossário do seu site oficial, traz dois conceitos para
o ciclo orçamentário:
“1- Período compreendido entre a elaboração da proposta orçamentária e o encerramento do orçamento; 2 -
Período de tempo necessário para que o orçamento esgote suas quatro fases: elaboração,
aprovação, execução e controle.”
Dessa forma, tanto a SOF quanto a STN entendem que o ciclo orçamentário compreende 4 fases.
... e o CESPE ?
Porém, em uma prova do CESPE (STF/2013), a banca cobrou pela primeira vez a visão ampliada
do ciclo orçamentário, que compreende 8 fases. Segundo Sanches, retirado de ―SANCHES, Osvaldo
Maldonado: O ciclo orçamentário: uma reavaliação à luz da Constituição de 1988: Revista de
Administração Pública, Rio de Janeiro: FGV, v. 27, n.4, pp. 54-76, out./dez. 1993‖, o ciclo orçamentário
ampliado compreende as seguintes fases:
Assim, a banca examinadora pode cobrar questões sobre o ciclo orçamentário na visão clássica de
4 (quatro) fases ou na visão ampliada de 8 fases. Deve-se ficar atento ao comando da questão.
11. (CESPE/DPF/Ag. Adm./2014) No Brasil, o ciclo orçamentário é definido como processo contínuo,
dinâmico e flexível, em que são avaliados os aspectos físicos e financeiros dos programas do setor público.
a) juntamente com a proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder Executivo.
b) logo após a aprovação pelo Poder Legislativo da política de alocação de recursos proposta pelo Poder
Executivo.
c) logo após a apreciação e a adequação da lei de diretrizes orçamentárias pelo Poder Legislativo.
d) imediatamente antes da execução do orçamento pelo Poder Executivo.
e) imediatamente após a apreciação e a aprovação do plano plurianual pelo Poder Legislativo.
1 – No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, nos termos do art. 34 da Lei 4.320/64.
Questão errada.
3 – De fato o ciclo orçamentário compreende a fixação das metas de resultado fiscal (art. 4º da LRF, no
anexo de metas fiscais da LDO), a estimativa da receita (art. 12 da LRF), o cálculo da necessidade de
financiamento do governo central (quando a LOA, excepcionalmente, autoriza operações de crédito, art.
165, § 8º da CF/88) e a fixação dos valores para despesas obrigatórias (art. 17 da LRF). Portanto, item
correto.
4 - O processo orçamentário (ou ciclo orçamentário) não tem duração restrita a um exercício financeiro,
pois compreende etapas que levam um tempo superior a um único exercício financeiro. Questão errada.
7 – As atividades típicas do orçamento público podem ser divididas em: elaboração, aprovação, execução e
controle/avaliação. Logo, o ciclo orçamentário compreende atividades desde a concepção (elaboração) até
a apreciação final (avaliação) do orçamento. Questão correta.
11e 12– De acordo com o MTO/2018, o ciclo orçamentário é desenvolvido como processo contínuo de
análise e decisão ao longo de todo o exercício. Questões corretas.
Função na
AGENTES
Estrutura Sistêmica
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão – MP
Órgão Central - OC
[famoso ―MPOG‖]
Secretaria de Orçamento Federal - SOF Órgão Específico – OE
Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos – SEPLAN
Órgão Específico – OE
[antiga SPI]
Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais –
Órgão Específico – OE
SEST [antigo DEST]
Unidades de planejamento e orçamento:
da Advocacia-Geral da União
da Casa Civil da P.R Órgãos Setoriais – OS
da Vice-Presidência da P.R
dos Ministérios
Presidente da República – PR Chefe do P.E
A Lei nº 10.180 de 2001, nos arts. 2º ao 6º, define a finalidade do Sistema de Planejamento e de
Orçamento Federal:
Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:
I - formular o planejamento estratégico nacional;
II - formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
III - formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
IV - gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
V - promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a
compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e
municipal.
Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos na tarefa de
elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas instâncias da Administração Pública Federal
e dos demais Poderes da União.
Órgão Setorial – OS
22. (CESPE/TRE-PI/Anal. Jud.-Adm./2016) Compete a cada unidade orçamentária analisar e validar suas
próprias propostas e alterações orçamentárias. [letra f]
Unidade Orçamentária – UO
C) DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
No que concerne especificamente à elaboração da proposta orçamentária para 2018, essa deverá
estar compatível com o PPA 2016-2019, com a LDO 2018 e os ditames da Emenda Constitucional nº 95 –
EC 95, de 15 de dezembro de 2016, que instituiu o Novo Regime Fiscal que vigorará por vinte exercícios
financeiros por meio da inclusão dos arts. 106 a 114 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias -
ADCT.
O Sistema Integrado de Dados Orçamentários – SIDOR, desenvolvido pelo Serpro, era o sistema
responsável pela elaboração da proposta orçamentária do governo e o Projeto de Lei Orçamentária Anual
– PLOA. Atualmente, esse papel é exercido pelo Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento –
SIOP.
Com o SIOP, os órgãos setoriais e as unidades orçamentárias do Governo Federal passam a ter um
único sistema para alimentar o cadastro de programas e ações. Além disso, com o SIOP, os usuários
passam a ter maior agilidade e qualidade no processo de captação da Proposta Orçamentária onde foi
substituído o preenchimento de formulários, que até 2008, era feito manualmente. Fato que, muitas vezes,
gerava incompatibilidade nas informações. Outra vantagem do novo sistema é que ele permite ao usuário
o acesso via internet.
O novo sistema começou a operar para os setoriais no dia 7 de maio de 2009 e chegando a ter
cerca de 100 acessos simultâneos. Antigamente existiam duas fontes cadastrais para programas e ações: o
Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento (SIGPLAN) que gerenciava o PPA, acessado via
internet, e o Sistema Integrado de Dados Orçamentários (SIDOR), cujo acesso do cadastro de ações é
exclusivo aos servidores do Ministério do Planejamento.
44. (CESPE/TCE-PR/Analista de Controle- Adm./2016) O SIOP pode ser utilizado para facilitar o
processo de elaboração tanto da lei de diretrizes orçamentárias como da lei orçamentária anual.
Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
C E E E E C C C C E E C C E E E C E E E C E
23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44
C E C C C E C C E C C C C C E C E* b a E C C
*Questão 39
O processo de detalhamento da proposta setorial, via SIOP, compreende as três etapas decisórias básicas,
denominadas ―momento‖: UO, órgão setorial e Órgão Central. Cada momento é tratado exclusivamente
pelos atores orçamentários responsáveis pela respectiva etapa decisória e não pode ser compartilhado, o
que confere privacidade e segurança aos dados. [fonte: MTO/2018]
Conforme vimos no ciclo da LOA, sua aprovação acontecerá no âmbito do poder legislativo.
Dessa forma, em se tratando da União, a autorização do PLOA será dada pelo Congresso Nacional.
Vamos então conhecer os ―personagens‖ envolvidos nesse processo:
Congresso Nacional - CN
O Congresso Nacional é composto de duas Casas: Câmara dos Deputados e Senado Federal. Cada
uma dessas Casas possui Comissões Parlamentares, Permanentes ou Temporárias, com funções legislativas
e fiscalizadoras, na forma definida na Constituição Federal e nos seus Regimentos Internos. No
cumprimento dessas duas funções básicas, de elaboração das leis e de acompanhamento das ações
administrativas, no âmbito do Poder Executivo, as Comissões promovem, também, debates e discussões
com a participação da sociedade em geral, sobre todos os temas ou assuntos de seu interesse.
Como funciona?
Após o envio do PLOA ao CN pelo Presidente da República – PR, o PLOA é direcionado à
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO. Essa comissão tem suas funções
regulamentadas na CF/88 e na Resolução do Congresso. Veja:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma
do regimento comum.
§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da
atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o
art. 58.
§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual
serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei
complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
§ 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta
seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
Art. 1º Esta Resolução é parte integrante do Regimento Comum e dispõe sobre a tramitação das
matérias a que se refere o art. 166 da Constituição e sobre a Comissão Mista Permanente prevista
no § 1º do mesmo artigo, que passa a se denominar Comissão Mista de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização - CMO.
Da Competência
Art. 2º A CMO tem por competência emitir parecer e deliberar sobre:
I - projetos de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual e créditos
adicionais, assim como sobre as contas apresentadas nos termos do art. 56, caput e § 2º, da Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000;
II - planos e programas nacionais, regionais e setoriais, nos termos do art. 166, § 1º, II, da Constituição;
III - documentos pertinentes ao acompanhamento e fiscalização da execução orçamentária e financeira
e da gestão fiscal, nos termos dos arts. 70 a 72 e art. 166, § 1º, II, da Constituição, e da Lei Complementar
nº 101, de 2000, especialmente sobre:
Câmara dos
Esquema 1 Deputados
513Dep.
513
Congresso Nacional Composição
+
Senado Federal
Organizado em 10 Senadores
Comissões CMO (81 Senadores) 81Sen.
30 Deputados
=
594 Parlamentares
Esquema 2
SANÇÃO/Publicação LOA
Com ou sem Veto(s): art. 66, CF/88.
1ª Fonte – Anulação de Despesa: refere-se à possibilidade de anular uma despesa para expansão
ou criação de despesa. Vale ressaltar que as despesas referentes à dotação de pessoal e seus
encargos, serviço da dívida e com as transferências tributárias constitucionais (aos Estados, DF e
Municípios) não serão alvo de anulação pelos parlamentares;
O projeto será dividido nas seguintes áreas temáticas, cujos relatórios ficarão a cargo dos
respectivos Relatores Setoriais:
Composição: a comissão é composta por 40 membros titulares, sendo 30 deputados e 10 senadores, com
igual número de suplentes (art. 5º Res. 01/2006-CN);
Acrescenta-se mais uma vaga destinada a cada uma das Casas do Congresso Nacional, para as bancadas
minoritárias, a depender do cálculo da proporcionalidade partidária (art. 10-A Regimento Comum);
É vedada a designação, para membros titulares ou suplentes, de parlamentares membros titulares ou
suplentes que integraram a comissão anterior (art. 7º, § 1º Res. 01/2006-CN);
Instalação: a instalação da CMO e a eleição da respectiva Mesa ocorrerão até a última terça-feira do mês
de março de cada ano, data em que se encerra o mandato dos membros da comissão anterior (art. 10, Res.
01/2006-CN);
Presidente: as funções de presidente e vice-presidentes serão exercidas, a cada ano, alternadamente por
senador e deputado titular na comissão, vedada a reeleição.
Colegiado de coordenadores das bancadas estaduais - CCBE: composto pelos coordenadores eleitos
de cada bancada estadual que integra o Congresso Nacional;
APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
A apresentação de emendas aos projetos que tramitam na CMO é realizado por meio de sistema
informatizado. A senha de acesso ao sistema é fornecida pela Secretaria da Comissão.
Qualquer parlamentar do Congresso Nacional pode apresentar emendas aos projetos em tramitação, sejam
eles de créditos adicionais, medidas provisórias, PPA, LDO ou LOA.
ASSESSORAMENTO TÉCNICO
Comentário: Errado (art. 12, §1º da LRF e art. 39, inciso I da Resolução nº 01/2006 – Congresso
Nacional)
Comentário: Certo. Conforme art. 48, parágrafo único, inciso I da LRF, deve-se incentivar à participação
popular com audiências públicas.
Após analisada cada emenda, elas passarão por uma votação no âmbito da CMO. Esta poderá, durante a
votação, aprovar ou rejeitar cada emenda.
Aprovado pelo C.N, em sessão conjunta (as duas casas juntas simultaneamente: Senado e Câmara),
o PLOA segue (até 22/dez) para sanção presidencial. O PR deverá sancioná-lo, com ou sem vetos, em até
15 dias úteis. Veja o que a Constituição diz sobre os vetos, art. 66:
CUIDADO!
O PR poderá propor modificações ao PLOA enquanto não iniciada a votação, pela CMO, do texto ao
qual deseja modificá-lo. As alterações serão enviadas por ―Mensagem Presidencial‖ (e não por
emenda). Atenção: o PR pode propor modificações ao PLOA mesmo em face de proposta de
anulação de despesa que incida sobre dotações de pessoal, serviço da dívida e transferências tributárias
constitucionais aos Estados, DF e Municípios. A vedação de anulação é somente às emendas
parlamentares.
4. (CESPE/MJ/Administrador/2013) Justiça e Defesa é uma das áreas temáticas em que o projeto da lei
orçamentária anual será dividido, cujo relatório ficará a cargo do respectivo relator setorial.
10. (CESPE/ANALISTA/MCT/2008) A casa legislativa na qual tenha sido concluída a votação enviará o
projeto de lei orçamentária ao presidente da República. Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio
do presidente da República importará em veto.
11. (CESPE/AGU/Adv./2012) Após o envio dos projetos de lei relativos ao PPA, às diretrizes
orçamentárias e ao orçamento anual ao Congresso Nacional, o presidente da República não poderá
apresentar proposta de modificação desses projetos.
14. (CESPE/Ass. Leg.-CE/Cargo1/2011) Após iniciada a análise do projeto de lei orçamentária anual na
comissão mista de orçamento, o presidente da República não poderá mais enviar mensagem ao Congresso
Nacional propondo modificações no projeto.
24. (CESPE/PF/Escrivão/2004) Alterações no projeto de lei orçamentária após seu envio ao Congresso
Nacional só podem ser efetuadas por iniciativa do Poder Legislativo.
25. (CESPE/Analista Judiciário/STF 2008) Tem-se observado, no Brasil, que o calendário das matérias
orçamentárias e a falta de rigor no cumprimento dos prazos comprometem a integração entre planos
plurianuais e leis orçamentárias anuais.
29. (CESPE/STM/Cargo1/2011) O Poder Legislativo de cada ente não pode reestimar a receita prevista
na proposta orçamentária encaminhada pelo Poder Executivo, salvo em caso de guerra, comoção intestina
ou calamidade pública.
31. (CESPE/TCU/Cargo-1/2011) O poder Legislativo pode alterar a previsão de receita da LOA, se for
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal na proposta encaminhada pelo Poder Executivo.
Nesse caso, a diferença apurada poderá ser usada como fonte de receita para a aprovação de emendas de
parlamentares.
38. (CESPE/CAPES/Geral/2012) A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto
de lei de diretrizes orçamentárias.
40. (CESPE/Câm. Dep./Téc. Legis./2012) A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) deve ser votada em
sessão legislativa extraordinária.
41. (CESPE/IBAMA/Analista/2013) O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) deve ser aprovado em
sessões ordinárias ou extraordinárias separadas, primeiramente no plenário da Câmara dos Deputados, em
seguida no plenário do Senado Federal.
42. (CESPE/TCU/ACE/2007) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual (PPA) e com a
lei das diretrizes orçamentárias (LDO).
48. (CESPE/TCU-Técnico/2012) O controle interno realizado pelo Poder Executivo será feito sem
prejuízo das atribuições do TCU, devendo o Poder Legislativo, na realização do controle externo da
execução orçamentária, verificar a probidade da administração e o cumprimento da lei orçamentária.
55. (ESAF/MTE/Auditor Fiscal do Trabalho/2010) Sobre o ciclo de gestão do governo federal, é correto
afirmar:
a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso Nacional a inclusão, no projeto de Lei
Orçamentária Anual, de programação de despesa incompatível com o Plano Plurianual.
58. (CESPE/MDIC/Ag. Adm./2014) A compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias é condição necessária para a aprovação de emendas ao projeto de lei orçamentária anual.
63. (CESPE/CGE-PI/Auditor/2015) As emendas ao projeto de lei orçamentária anual que tenham por
propósito a modificação das despesas nele previstas deverão demonstrar a sua compatibilidade com o
plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias e, ainda, indicar os recursos necessários à sua satisfação,
admitindo-se, nessa hipótese, a adoção de medidas para aumento permanente de receita.
64. (CESPE/DEPEN/Cargo7/2015)
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um deputado apresentou proposta de emenda a projeto de lei de orçamento
indicando como recurso quantia proveniente de anulação de despesa incidente sobre serviço da dívida.
ASSERTIVA: Nessa situação, a proposta de emenda é inconstitucional, e a despesa não deverá ser
executada.
65. (CESPE/TCU/AUFC/2015)Ainda que não esteja compatível com o plano plurianual, a emenda ao
projeto de lei orçamentária que pretender consignar recursos para transferência a empresa estatal com o
Gabarito
1 C 7 E 13 E 19 C 25 C 31 E 37 E 43 E 49 E 55 "e" 61 C 67 "c"
2 E 8 E 14 E 20 C 26 C 32 E 38 C 44 E 50 C 56 "b" 62 E 68 E
3 C 9 C 15 E 21 E 27 C 33 C 39 E 45 E 51 E 57 E 63 E 69 "c"
4 C 10 E 16 E 22 E 28 E 34 C 40 E 46 C 52 E 58 C 64 C
5 C 11 E 17 C 23 E 29 E 35 C 41 E 47 E 53 E 59 E 65 C
6 E 12 C 18 C 24 E 30 E 36 C 42 C 48 C 54 "c" 60 C 66 C
O PLOA estabelece a previsão de receitas a serem arrecadadas durante a execução da LOA para execução
dos programas. Os valores das receitas previstas no PLOA são utilizados para a definição dos créditos
orçamentários ordinários. O recurso já é fruto da arrecadação e recolhimento da receita na execução da LOA.
Crédito Orçamentário consiste na autorização dada pelo Poder Legislativo ao Poder Executivo, mediante dotações
orçamentárias aprovadas, em geral, na LOA, possibilitando a execução de programas, projetos, atividades e
operações, discriminados pelos órgãos e unidades orçamentárias.
IMPORTANTE: crédito orçamentário não é dinheiro, mas uma autorização (dotação) para se gastar. Trata-se de
valores e não de recursos propriamente ditos. É como se fosse um ―cartão de crédito‖, com o limite de gasto
estabelecido pelo banco (na LOA), concedido ao cliente (órgão orçamentário) para realizar compras (despesas) do
seu interesse (no interesse público).
Por ter suas propostas de despesas elaboradas em determinado exercício para realização apenas no
seguinte, a LOA já entra em vigor ―desatualizada‖. Fatores como a inflação, o desequilíbrio econômico, de ordem
nacional ou internacional, guerra, calamidade pública e/ou comoção interna fazem com que a dotação para a
realização das despesas contempladas na LOA se torne insuficiente, ou que novas despesas, não contempladas na
LOA, sejam necessárias. Para esses casos há a instituição dos CRÉDITOS ADICIONAIS, que servirão para
atualizar, corrigir e/ou aperfeiçoar a LOA.
Crédito Adicionalé definido como a autorização para a realização de despesas não computadas (não contempladas)
na LOA ou contempladas com dotação (crédito) insuficiente, conforme art. 40 da Lei 4.320/1964. Estudaremos a
seguir cada tipo de crédito adicional.
Créditos Adicionais (Mecanismos Retificadores da LOA)
Os créditos adicionais foram classificados em três espécies, sendo utilizados em situações específicas,
segundo a necessidade do agente, e respeitando o previsto na legislação quanto à sua aplicabilidade, vigência,
instrumento de autorização, recursos e forma de abertura. De acordo com o art. 41 da Lei nº 4.320/1964,
classificam-se em 3 tipos:
TIPOS
CRÉDITOS CRÉDITOS CRÉDITOS
SUPLEMENTARES ESPECIAIS EXTRAORDINÁRIOS
Destinados somente ao
Destinados a atender despesas
atendimento de despesas
Destinados a reforçar a dotação para as quais não haja dotação
imprevisíveis e urgentes, como as
orçamentária que se tornou orçamentária específica, ou seja,
decorrentes de guerra, comoção
Conceito insuficiente durante a execução cria uma nova despesa não
interna ou calamidade pública (art.
do orçamento. Não criam novas contemplada na LOA. Sua
167, §3º da CF/88). Porém, o art.
despesas, apenas reforçam uma ocorrência indica, geralmente, a
41, inc. III da Lei 4.320/64,
já existente na LOA. existência de falhas de
conceitua como aqueles para as
planejamento.
despesas urgentes e imprevistas*.
1º)Autorizados por Lei: lei ordinária (projeto de iniciativa do
1º)Serão abertos por Medida
Poder Executivo) e específica para cada tipo de crédito adicional.
Provisória (art. 62 da CF/88);
ATENÇÃO: os créditos suplementares podem ser autorizados
2º) Dar imediato conhecimento ao
na própria LOA, conforme art. 165, § 8º da CF/88.
Autorização/ Poder Legislativo;
2º) Abertos por Decreto do Poder Executivo (art. 42, Lei
Abertura Atenção: Aos entes que não
4.320/64). É necessária a indicação dos recursos disponíveis que
dispuserem de Medida Provisória, a
sustentarão a abertura dos respectivos créditos. Na UNIÃO, a
abertura será por Decreto do
abertura ocorre de forma automática, ou seja, após a sanção e
Executivo (art. 44 da Lei
publicação da referida lei autorizativa (não há necessidade de
4.320/64)**.
Decreto, art. 44, § 11, Lei 13.473/2017 – LDO/2018).
Os especiais e extraordinários terão, em regra, sua vigência adstrita ao
Adstrita (vinculada) ao exercício exercício financeiro de sua abertura, salvo se o ato de autorização for
Vigência
financeiro de sua abertura. É promulgado nos últimos 4 meses daquele exercício, caso em que,
vedada a sua prorrogação. reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados à LOA do
exercício seguinte (art. 167, §2º da CF/88).
O ato que abrir crédito adicional suplementar ou especial deverá Pelo caráter urgente, sua abertura
indicar previamente a fonte de recursos disponíveis para cobrir a independe de indicação previa de
Fonte
despesa, sendo precedida de exposição justificativa (art. 167, inc. V fonte. Porém, há a indicação
da CF/88). posterior.
Outra mudança importante foi a troca da expressão ―em caso de‖ (taxativa) por ―como as decorrentes de‖
(exemplificativa). Logo, as situações decorrentes de guerra, calamidade pública e comoção interna passaram a ser
exemplificativas e não taxativas.
A troca do termo ―comoção intestina‖ para ―comoção interna‖ não trouxe relevância material, mas apenas formal,
para fins de atualização.
1. (CESPE/Analista Judiciário/STF 2008) A CF, ao tratar dos créditos extraordinários, referiu-se, corretamente, às
despesas imprevistas, e não às imprevisíveis, pois, no primeiro caso, admite-se que houve erro de previsão,
enquanto, no segundo, as despesas não podiam mesmo ser previstas.
2. (CESPE/AGU/Procurador/2013) De acordo com dispositivo constante da Lei nº 4.320/1964, os créditos
adicionais são autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei orçamentária,
classificando-se em suplementares os direcionados a reforço orçamentário; em especiais, os destinados a despesas
para as quais não haja dotação orçamentária específica; e em extraordinários, os que se destinem a despesas urgentes
e imprevistas, em casos de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
1- A questão inverteu. A CF ao tratar dos créditos extraordinários para as despesas urgentes usou otermo
―imprevisíveis‖ e não ―imprevistas‖. Este último é expressão da Lei nº 4.320/64. Portanto, questão errada.
2- O início da questão faz referência à lei 4.320/64. Assim, conforme arts. 40 e 41 da referida lei, o item é correto.
Algumas questões são elaboradas com a cópia fiel do texto da lei. Então, não é coerente, numa
prova de concurso, julgar o item errado caso ele traga expressões da Lei nº 4.320/64 e não da CF/88, partindo do
princípio que a CF é a lei maior. Então o que fazer?Se o examinador nada disser em relação à norma, julgue o item
de acordo com a Constituição. Mas se fizer citação à Lei nº 4.320/64 ou à atual norma de direito financeiro (que é a
4.320/64), então não ―condene‖ o item pelos termos ―arcaicos‖ da lei, como por exemplo: ―imprevistas‖, ―em caso
de‖ ou ainda ―comoção intestina‖.
A Lei 4.320/64 determina em seu art. 44 que a abertura dos créditos extraordinários será dada por
Decreto do Poder Executivo:
―Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato
conhecimento ao Poder Legislativo.‖ (Grifou-se)
Contudo, o art. 167, §3º da CF/88 determina que a abertura dos créditos extraordinários observará o art.
62, da CF/88, ou seja, será dada por Medida Provisória. Veja:
―Art. 167 [...] § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o
disposto no art. 62.‖ (Grifou-se)
Conclusão:O ente que detiver a prerrogativa da Medida Provisória em sua Constituição ou Lei Orgânica DEVERÁ
utilizar apenas a Medida Provisória, não podendo assim utilizar o Decreto para tal fim.
Porém, a previsão do instrumento Medida Provisória nas Constituições Estaduais ou nas Leis Orgânicas Municipais
é uma ―permissão‖ e não ―obrigação‖. Logo, o ente federado que não possuir o referido instrumento utilizará o
Decreto de que trata o art. 44 da Lei 4.320/64.
Observa-se que a indicação de recursos financeiros disponíveis é condição obrigatória para justificar a
abertura de créditos suplementares e especiais. Dessa forma, analisaremos as possibilidades de indicação de recursos,
conforme previsto no art.43, § 1º da Lei 4.320/64, no art. 91 do Decreto-lei 200/1967 e no art. 166, § 8º da CF/88.
Veja tabela a seguir:
Questões
10. (CESPE/TRT-10ª-R/Analista/2012-Prova Anulada) Caso seja necessária a realização de despesa não autorizada
inicialmente, a Lei Orçamentária Anual poderá ser alterada no decorrer de sua execução.
11. (CESPE/ANAC/Analista/área2/2012) Os créditos adicionais podem ser abertos por decreto do Poder
Executivo, independente da existência de lei que os autorize.
12. (CESPE/MI/Administrador/2013) Suponha que determinada unidade orçamentária tenha obtido a aprovação
de um crédito para reforçar dotação existente em seu programa de trabalho, destinada à compra de vacinas contra a
poliomielite. Nessa situação, a vigência desse novo crédito estará restrita ao exercício financeiro em que foi aberto,
sendo vedada a sua reabertura.
13. (CESPE/Analista Judiciário/STF 2008) A CF, ao tratar dos créditos extraordinários, referiu-se, corretamente, às
despesas imprevistas, e não às imprevisíveis, pois, no primeiro caso, admite-se que houve erro de previsão,
enquanto, no segundo, as despesas não podiam mesmo ser previstas.
16. (CESPE/MS/Nível IV-área 5/2008) A lei orçamentária anual (LOA) não pode mais autorizar a abertura de
créditos suplementares durante o exercício financeiro de execução do respectivo orçamento, pois a Constituição
Federal de 1988 (CF) vedou a abertura de créditos suplementares sem prévia autorização legislativa.
22. (CESPE/ANTT/Técnico Adm./2013) É admitida a abertura de créditos extraordinários somente para atender
as despesas imprevisíveis e urgentes, como as resultantes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
23. (CESPE/AGU/Contador/2010) O crédito extraordinário somente deve ser aberto por meio de medida
provisória.
29. (CESPE/TCDF/Técnico/2014) Caso o governo federal precise realizar gasto urgente e imprevisto, decorrente,
por exemplo, da necessidade de atendimento às vítimas do desabamento de uma ponte em rodovia federal, poderá
ser aberto crédito extraordinário por meio de medida provisória.
30. (CESPE/STJ/Técnico Administrativo/2015) Caso determinado crédito extraordinário seja autorizado por
medida provisória que, posteriormente, tenha perdido a eficácia por não ter sido votada no prazo legal pelo
Congresso Nacional, as despesas realizadas com base no referido crédito deverão ser canceladas.
43. (CESPE/MPU/Analista de Controle Interno/2010) A vigência de todo crédito adicional está restrita ao
exercício em que esse crédito foi aberto. A prorrogação da vigência é permitida somente para os créditos especiais e
extraordinários, quando autorizados em um dos quatro últimos meses do exercício.
44. (CESPE/MPU/Analista de Controle Interno/2010) Os créditos adicionais são somente aqueles destinados a
autorizações de despesas incluídas na LOA que não foram suficientemente dotadas.
46. (CESPE/MPU/Analista de Controle Interno/2010) Quanto à finalidade, os créditos suplementares são reforços
para a categoria de programação contemplada na LOA, enquanto os créditos especiais e os extraordinários atendem
a despesas imprevisíveis e urgentes.
47. (CESPE/MPU/Técnico de Controle Interno/2010) Caso o governo federal precise realizar uma despesa nova,
não prevista na LOA, o único instrumento que pode ser utilizado para esse fim é o crédito especial.
50. (CESPE/MPU/Técnico de Controle Interno/2010) O crédito suplementar é aberto por meio de decreto do
Poder Executivo, mas o crédito especial somente pode ser aberto por lei específica.
51. (CESPE/MPU/Técnico de Controle Interno/2010) O montante total da despesa orçamentária pode aumentar
como resultado da abertura de créditos suplementares.
54. (CESPE/EBC/Analista-Contador/2011) A LOA poderá conter a autorização prévia para abertura de crédito
adicional especial.
56. (CESPE/TRF-2ªR-Juíz Federal/2013) Quando, no decorrer da execução orçamentária, uma dotação se revelar
insuficiente, o Poder Executivo poderá lançar mão da abertura de
a) crédito suplementar, após autorização legislativa.
b) crédito especial, independentemente da existência de recursos disponíveis para a realização da despesa.
c) créditos especiais ou suplementares, por meio de medidas provisórias.
d) crédito especial, após aprovação legal.
e) crédito extraordinário, por meio de decreto.
57. (ESAF/STN/AFC/Contábil-Financeira/2008) Assinale a opção correta, a respeito dos créditos adicionais.
a) Os créditos suplementares somente podem ser abertos em razão de excesso de arrecadação ou por cancelamento
de créditos consignados na Lei Orçamentária Anual.
b) Os créditos especiais podem ser reabertos no exercício seguinte pelos saldos remanescentes, caso o ato de
autorização tenha sido promulgado nos últimos quatro meses do exercício.
c) Na abertura de créditos extraordinários, a indicação da fonte dos recursos é dispensada, caso haja grave ameaça à
ordem pública.
d) Os créditos suplementares não necessitam de autorização legislativa para serem abertos, quando a abertura
decorrer de calamidade pública.
e) O cancelamento de restos a pagar é fonte para a abertura de créditos adicionais.
58. (ESAF/CGU/AFC/2008) Ao longo do exercício financeiro, pode ocorrer a necessidade de abertura de créditos
adicionais para cobrir despesas não-computadas ou insuficientemente dotadas. Com base na legislação vigente,
relativa a esse assunto, identifique a opção incorreta.
a) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para atender à
despesa e será precedida de exposição justificada.
b) Somente será admitida a abertura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto na Constituição
Federal.
c) A vigência dos créditos especiais não pode ultrapassar o exercício financeiro em que foram autorizados, em
respeito ao princípio orçamentário da anualidade.
d) Terão vigência até o final do exercício financeiro os créditos extraordinários cujo ato de autorização tenha sido
promulgado nos primeiros 4 (quatro) meses do exercício financeiro.
e) Para fins de abertura de créditos suplementares e especiais, consideram-se recursos disponíveis os provenientes
do excesso de arrecadação, ou seja, do saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
59. (ESAF/TCU/AFCE/1999) O orçamento público no Brasil, após a sua aprovação em lei, poderá sofrer
modificações no decorrer de sua execução, através do mecanismo de abertura de créditos. Identifique o único tipo
de crédito que já é previsto.
a) Crédito ordinário.
b) Crédito suplementar.
c) Crédito especial.
d) Crédito extraordinário.
*No gabarito preliminar, o CESPE declarou o item como ―certo‖. Porém, no definitivo houve a alteração para ―errado‖. Veja a justificativa
publicada pela banca: ―A abertura de crédito extraordinário nos estados e municípios deve ocorrer por meio de medida provisória e não por
decreto como afirma o item. A medida provisória é utilizada pelo poder Executivo para abertura de créditos extraordinários e não o decreto.
Créditos esses que não precisam da autorização do poder Legislativo e por ser de questões de emergência.‖
―Os princípios orçamentários visam estabelecer regras básicas, a fim de conferir racionalidade,
eficiência e transparência aos processos de elaboração, execução e controle do orçamento público.
Válidos para todos os Poderes e para todos os entes federativos - União, Estados, Distrito Federal
e Municípios -, são estabelecidos e disciplinados tanto por normas constitucionais e
infraconstitucionais quanto pela doutrina. Nesse sentido, integram este Manual Técnico de
Orçamento princípios orçamentários cuja existência e aplicação decorrem de normas jurídicas.‖
Alguns princípios são explícitos, pois seu conceito encontra-se na letra da lei, e outros são
implícitos, pois seu conteúdo é apenas doutrinário. Ambos são extremamente importantes para o processo
orçamentário. Logo, para ser considerado princípio orçamentário não é necessário constar expresso
na lei.
6.1 - Legalidade
Art. 165. Leis (em sentido formal) de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.‖
8. (CESPE/IPEA/ Técnico Superior/2008) A natureza jurídica da lei orçamentária anual no Brasil não
interfere nas relações entre os sujeitos passivos e ativos das diversas obrigações tributárias.
Imagine a seguinte pergunta em prova: a LOA é uma lei? Aparentemente, a resposta parece ser
simples: ―Sim, a LOA é uma lei, afinal, ela se chama LEI Orçamentária Anual‖. Porém, com exceção dos
créditos adicionais, que são abertos por Medida Provisória (ex União) ou por Decreto do P.E (ex DF), as
normas orçamentárias são consideradas leis apenas para fins formais. Nesse sentido, são leis ordinárias e
especiais. Porém, em sentido material não são leis, mas meros atos da administração, pois não geram
direitos subjetivos e, em regra, não determinam os gastos de forma obrigatória.
14. (CESPE/MME/Analista-Finanças/2013) A LOA tem natureza jurídica de lei material, pois ela cria
direitos subjetivos relacionados aos programas de governo e altera a estrutura tributária do respectivo
exercício financeiro.
Apesar do seu conceito está previsto na lei 4.320 de 1964, o princípio só passou a ser respeitado na
prática com a edição da Constituição Federal de 1988, que em seu art. 165, § 5º determinou que a LOA
compreenderá os orçamentos fiscal, de investimento e da seguridade social. Logo, mesmo a LOA sendo
composta por três ―blocos‖ de valores (fiscal, investimento e seguridade social) ela é peça única.
19. (CESPE/TCE-PE/Analista de Controle externo – Cargo 5/2017) O caixa único do Tesouro Nacional
destina-se a efetivar o princípio orçamentário da unidade.
Este princípio estipula que o orçamento deve ser elaborado para vigorar por um período de um
ano. Ou em outra abordagem, significa que o orçamento deve vigorar por um período limitado.
Excepcionando tal princípio temos os créditos especiais e extraordinários, cujo ato de
promulgação ocorra nos últimos quatro meses do exercício, com saldos incorporados à LOA do
exercício seguinte (ver art. 167, §2º da CF/88). Uma vez incorporado à LOA seguinte, tais créditos
ganham mais um exercício financeiro para sua realização.
6.4 - Universalidade
O princípio da Universalidade, além de estar presente no artigo 2º da Lei 4.320/1964: Art. 2° A Lei
do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e
anualidade; Também tem o seu conceito consagrado nos artigos 3º e 4º da mesma Lei:
Segundo estes dispostos, o princípio da universalidade define que o orçamento deve conter todas as
receitas e todas as despesas referentes aos Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e
mantidas pelo poder público.
31. (CESPE/STM/Analista Adm./2011) Nem todas as entidades da administração pública indireta obedecem ao
princípio orçamentário da universalidade.
6.5 - Exclusividade
O princípio da exclusividade surgiu como forma de evitar que o orçamento contenha matérias sem
pertinência com o conteúdo orçamentário. A essência do princípio da exclusividade encontra-se no artigo
165 da CF/88:
―§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação
de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei‖.
Atenção! A ―matéria estranha‖ pode cair na sua prova como ―caudas orçamentárias‖ ou
―orçamentos rabilongos‖
O princípio do Orçamento Bruto está previsto na Lei 4320/1964, e menciona em seu artigo 6º que
todas as receitas e despesas constarão pelos seus totais:
―Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como
despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que
as deva receber.‖
Ou seja, todas as receitas e despesas devem ser incluídas no orçamento pelo valor de seus montantes
brutos, sem deduções.
6.7 – Especificação
―Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações
globais, classificadas entre as Despesas de Capital.‖
A exceção acima se refere aos Programas Especiais de Trabalho - PETs, também chamados de
investimentos em regime de execução especial.
A LRF em seu artigo 5º, III dispõe sobre outra exceção, que é a reserva de contingência. A reserva
de contingência tem por finalidade atender contingentes eventuais.
Conclusão: os PETs e a Reserva de Contingência são exceções ao princípio da especificação, pois não
necessitam de descriminação quanto à dotação, que é global, no caso da reserva, e pode ser global, no caso
dos PETs.
41. (CESPE/Câm. Dep./Téc. Patrim./2012) De acordo com o princípio orçamentário da especificação, devem-se
registrar, no mesmo item, o valor líquido bem como a dedução das parcelas de imposto previsto na lei orçamentária
anual do governo federal a serem transferidas a estados e municípios.
49. (CESPE/TJDFT/Analista/2008) Considere-se que a proposta orçamentária traga embutido um deficit a ser
coberto com o excesso de arrecadação que venha a ser obtido com o crescimento econômico e com o melhor
desempenho da administração tributária. Nessa situação, é correto afirmar que o princípio orçamentário
fundamentalmente violado foi o da universalidade.
O princípio da não afetação determina que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou
comprometida para atender a certos e determinados gastos.
51. (CESPE/TCE-PE/Analista de Controle externo – Cargo 4/2017) O tratamento dado aos recursos
destinados à educação e à saúde constitui uma exceção ao princípio orçamentário da não vinculação.
53. (CESPE/TCE/-ES/ACE/2012) A vinculação de receitas para educação, saúde e segurança não pode
ser considerada violação do princípio da não afetação de receitas, uma vez que esses serviços são a razão
da existência do Estado moderno.
O art. 167, inc. VI da CF veda a administração pública a transpor, remanejar ou transferir recursos
sem autorização. Quando houver insuficiência de recursos, o Poder Executivo deve recorrer ao
procedimento para a abertura créditos adicionais ou solicitar autorização legislativa para a transposição,
remanejamento ou transferência.
CUIDADO! A Emenda Constitucional nº 85, de 2015 flexibilizou a regra para as áreas de ciência,
tecnologia e inovação:
Refere-se à proibição de créditos ilimitados na LOA. Dessa forma, todo crédito deve ter um limite,
seja ele ordinário (já vem previsto na LOA) ou adicional, independente do tipo (suplementar, especial ou
extraordinário). Em resumo, não existe ―cheque em branco‖. Mesmo que o Estado não saiba o exato valor
da despesa, um crédito de determinado valor deve ser aberto e, caso falte, novo crédito deve ser solicitado.
Também pode ser chamado de princípio da proibição de créditos ilimitados e sua regulamentação
encontra-se no art. 167, VII da CF:
6.12 - Transparência
Aplica-se também ao orçamento público, pelas disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da Lei
de Responsabilidade Fiscal – LRF, que determinam ao governo, por exemplo: divulgar o orçamento
público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal;
disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa.
6.13 – Clareza
6.14 - Publicidade
A publicidade é condição de eficácia do ato, que deve ser divulgado em veículos oficiais de comunicação
para o conhecimento do público.
6.15 - Programação
O princípio da uniformidade determina que a LOA apresente e conserve uma estrutura ―padrão‖
que permita a comparação ao longo dos diversos exercícios e mandatos, bem como facilite a sua
elaboração. Nota-se, por exemplo, que de uma LOA para outra há uma mesma quantidade de anexos.
Sabe-se ainda que a elaboração de um novo PLOA é feita sobre o arquivo da última LOA aprovada.
6.17 – Exatidão
Alguns autores apontam como base normativa desse princípio os arts. 7º e 16 do Decreto-Lei nº
200/67. Segundo consta do site da Câmara dos Deputados, esse princípio estabelece que as estimativas
devem ser tão exatas quanto possível, de forma a garantir à peça orçamentária um mínimo de consistência
para que possa ser empregado como instrumento de programação, gerência e controle. A seguir, a redação
dos arts. 7º e 16:
6.18 – Economicidade
Disposto no caput do art. 70 da CF, refere-se à parcimônia ou modicidade nos gastos públicos, para evitar
desperdícios e obter bons resultados na atuação da Administração com o menor custo possível, sendo o
procedimento licitatório um dos seus instrumentos básicos. Há também o art. 15, inc. IV da Lei 8.666/93:
Constituição Federal:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Também chamado de Princípio da Unidade de Caixa, surgiu com a missão de acabar com as
múltiplas contas, pela criação da Conta Única do Tesouro, que na união (Tesouro Nacional) é mantida
junto ao Banco Central do Brasil e movimentada/operada por intermédio do Banco do Brasil.
Excepcionalmente outros agentes financeiros podem movimentar os recursos públicos, desde que sob
liberação e gerência do Ministério da Fazenda. O objetivo é apresentar todas as receitas e despesas numa
só conta, a fim de confrontar os totais e apurar o resultado: equilíbrio, déficit ou superávit.
Lei nº 4.320/64:
Decreto nº 93.872/86:
―Art. 2º A arrecadação de todas as receitas da União far-se-á na forma disciplinada pelo Ministério
da Fazenda, devendo o seu produto ser obrigatoriamente recolhido à conta do Tesouro
Nacional no Banco do Brasil S.A.‖
―§ 3º A posição líquida dos recursos do Tesouro Nacional no Banco do Brasil S.A. será depositada
no Banco Central do Brasil, à ordem do Tesouro Nacional.‖
Constituição Federal/1988:
―Art. 164, § 3º -As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas
por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.‖
As duas questões estão corretas. Mas a segunda não parece ―errada‖, diante do texto legal?
Algumas situações práticas trouxeram a necessidade de flexibilidade desses artigos. É importante lembrar
que são normas antigas, o que dificulta sua aplicação na gestão atual. Por conta disso, temos uma Instrução
Normativa nº 04/2004 da STN (Secretaria do Tesouro Nacional), que em seu art. 9º assim diz:
"Para atender aos casos em que os recursos não possam ser sacados diretamente da Conta Única,
os órgãos e entidades da Administração Pública Federal integrantes do orçamento fiscal e da
seguridade social excepcionalmente poderão movimentar recursos financeiros em contas
correntes bancárias mantidas junto ao Banco do Brasil S/A, ou outros agentes financeiros
autorizados pelo Ministério da Fazenda."
EXCEÇÕES DA IN
Outra exceção é dada na própria LRF, no art. 43, §1º para os recursos da previdência social, veja:
―As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores
públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da
Constituição, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e
aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e
prudência financeira‖
Esteja atento ao texto da questão, pois ele pode trazer a literalidade da lei e o item ser correto. Nesse caso,
texto literal, dá a entender que o princípio NÃO tem exceção. Mas, se a banca trouxer a exceção, como foi
no caso da segunda questão (concurso do MPU) o item também estará correto, pois o princípio admite
exceção.
76. (CESPE/TCE-PB/Auditor Contas Púb./2017) Com relação aos princípios que regem a atividade
financeira do Estado, assinale a opção correta.
a) De acordo com o princípio da unidade, os programas e projetos devem ser estabelecidos em um único
sistema ou método orçamentário, ainda que não haja unidade documental.
b) A vedação à inclusão das chamadas caudas orçamentárias na lei que fixa as receitas e despesas decorre
do princípio da universalidade.
c) Os programas de duração continuada devem constar do plano plurianual e são regidos pelo princípio da
programação, embora, quanto à liberação de recursos, contemple a possibilidade de que a despesa não
esteja antecipadamente prevista.
d) Segundo o princípio da não vinculação da receita derivada dos impostos, lei específica não poderá tratar
de várias espécies de incentivos fiscais relativas a tributos diversos e ao mesmo tempo cuidar de matérias
afins.
e) A anualidade orçamentária exige que o orçamento deva ser aprovado antes do início do exercício
financeiro, evitando que a lei nova possa atingir fatos passados.
GABARITO
1 C 16 e 31 C 46 E 61 C
2 E 17 E 32 b 47 C 62 C
3 C 18 E 33 d 48 C 63 C
4 E 19 E 34 C 49 E 64 E
5 C 20 E 35 E 50 C 65 E
6 C 21 E* 36 E 51 C 66 C
7 C 22 C 37 C 52 E 67 E
8 C 23 E 38 C 53 E 68 C
9 C 24 C 39 E 54 C 69 C
10 E 25 E 40 E 55 C 70 C
11 C 26 C 41 E 56 E 71 C
12 E 27 C 42 C 57 E 72 E
13 C 28 C 43 C 58 C 73 E
14 E 29 c 44 C 59 E 74 C
15 E 30 E 45 E 60 E 75 e
76 a
1- RECEITA PÚBLICA
1.1 Conceito
Sentido Estrito
Receitas Receita Pública =
Ingressos de Orçamentárias Receitas Orçamentárias Sentido Amplo
Valores nos Cofres Receita Pública =
públicos Receitas Orçamentárias +
(art. 3º 4.320/64) Ingressos Ingressos Extraorçamentários
Extraorçamentários
Ingressos Extraorçamentários
Nesse contexto, embora haja obrigatoriedade de a LOA registrar a previsão de arrecadação, a mera ausência
formal do registro dessa previsão, no citado documento legal, não retira o caráter de receitas orçamentárias, haja
vista o art. 57 da Lei nº 4.320, de 1964, determinar classificar-se como receita orçamentária toda receita arrecadada
que porventura represente ingressos financeiros orçamentários, inclusive se provenientes de operações de crédito,
exceto: Operações de Crédito por ARO, emissões de papel moeda e outras entradas compensatórias no ativo e
passivo financeiros.
2. (CESPE/PGE-SE/Procurador/2017)
Quando decorrentes de operações de antecipação de receita orçamentária, as entradas de valores que integram o
orçamento público
A) são lançamentos dos juros que o Estado aufere como credor de empréstimos a terceiros.
B) geram, em contrapartida, lançamento no passivo.
C) são classificadas como receitas tributárias.
D) podem ser consideradas receita, mas não ingresso.
E) são classificadas como receita em sentido estrito.
5. (CESPE/TCU/AUFC/2015) As operações de crédito compõem a dívida pública, sendo vedada, no último ano
de mandato presidencial, a obtenção de operações de crédito por antecipação de receita para o atendimento de
insuficiência de caixa.
11. (CESPE/ANATEL/Analista/2006) As entradas e saídas de dinheiro com efeito apenas transitório, em razão de
o ente público ser mero depositário ou depositante desses valores, não são reconhecidas como receitas e despesas,
por sua natureza extraorçamentária.
No âmbito da União, a receita orçamentária tem sua classificação normatizada por meio de Portaria da SOF,
órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A normatização da classificação válida para Estados e
Municípios é feita por meio de portaria interministerial (SOF e STN).
1. Natureza da Receita;
2. Indicador de resultado primário;
3. Fonte/destinação de recursos; e
4. Esfera orçamentária
A doutrina classifica as receitas públicas quanto à procedência em originárias e derivadas. Por ser uma classificação
de mero uso acadêmico e não normatizada, não é utilizada como classificador oficial da receita pelo poder público.
Observação: Receitas de iniciativa “privada”, auferidas por meio do patrimônio do próprio estado. Relação
jurídica de direito privado.
Observação: Receitas de iniciativa pública (receitas coercitivas). São derivadas do patrimônio alheio (da
sociedade). Relação jurídica de direito público.
13. (CESPE/MCT/Analista/2008) Receitas públicas derivadas são aquelas obtidas pelo Estado mediante sua
autoridade coercitiva. O Estado exige que o particular entregue determinada quantia na forma de tributos ou de
multas, exigindo-as de forma compulsória.
14. (CESPE/MPU/Técnico/2010) As receitas auferidas nas situações em que o Estado atua em condição de
igualdade com os particulares, sem o uso do poder de império, são consideradas receitas originárias, como é o caso
da receita de serviços.
15. (CESPE/STM/Analista Adm./2011) Se determinado município, após construir uma praça, decidir cobrar
contribuição de melhoria sobre os imóveis localizados em torno do local, o produto da arrecadação dessa
contribuição constituirá receita originária.
17. (CESPE/MS/Analista/2008) Quando um cidadão paga o imposto sobre a renda em atraso, a parcela
correspondente ao imposto é dita receita originária, enquanto a multa de mora e os juros sobre o atraso são
considerados receita derivada.
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B) Quanto à afetação patrimonial (classificação contábil)
Quanto à afetação do patrimônio líquido – PL, a receita é classificada em efetiva ou não efetiva. Efetiva
quando afeta o PL (aumenta) e não-efetiva quando não afeta o PL (não aumenta). Para entender essa classificação é
necessário conhecimento sobre o balanço patrimonial (estudado em contabilidade).
Em resumo, temos:
Efetiva: altera o Patrimônio Líquido - PL positivamente por um fato contábil modificativo aumentativo;
18. (CESPE/TCU/Técnico/2015) A operação de crédito, que é um exemplo de receita orçamentária não efetiva,
constitui fato contábil permutativo, não afetando a situação patrimonial líquida do Estado quando do
reconhecimento contábil do crédito.
21. (CESPE/STM/Cargo1/2011) Do ponto de vista patrimonial, uma receita pública só pode ser considerada
efetiva quando contribui para o aumento do patrimônio líquido da entidade onde ocorreu.
22. (CESPE/DPF/Agente/2012) A alienação de bem da administração pública não é classificada como receita
efetiva.
23. (ANALISTA/TRE-MA/2009) Receitas que decorrem de um fato permutativo são denominadas receitas
correntes.
24. (CESPE/MPU/Analista/2010) A receita pública não efetiva provém dos serviços prestados indiretamente pelo
governo.
26. (CESPE/ANAC/Analista/2009) A receita orçamentária não efetiva, que constitui fato contábil permutativo,
altera a situação líquida patrimonial no momento do seu reconhecimento. Nesse caso, além da receita orçamentária,
registra-se, concomitantemente, conta de variação passiva para reforçar o efeito dessa receita sobre o patrimônio
líquido da entidade.
C) Esfera Orçamentária
Segundo o MTO/2018, a classificação por esfera orçamentária da receita tem por finalidade identificar se a
receita pertence ao Orçamento Fiscal, da Seguridade Social ou de Investimento das Empresas Estatais, conforme o
art. 165, § 5º da CF. Essa classificação também se aplica às despesas públicas.
- Receitas do Orçamento Fiscal: compreendem as receitas arrecadadas pelos Poderes da União, seus órgãos,
entidades, fundos e fundações, inclusive pelas empresas estatais dependentes (ver art. 2º, inc. III, da LRF), excluídas
as receitas vinculadas à Seguridade Social e as receitas das Empresas Estatais não dependentes que compõe o
Orçamento de Investimento.
- Receitas do Orçamento da Seguridade Social: referem-se às receitas de todos os órgãos, entidades, fundos e
fundações vinculados à Seguridade Social, ou seja, às áreas de Saúde, Previdência Social e Assistência Social,
conforme art. 194 da CF. No caso do Orçamento da Seguridade Social, a complementação dos recursos para
financiar a totalidade das despesas de seguridade provém de transferências do Orçamento Fiscal.
- Receitas do Orçamento de Investimento das Empresas Estatais: abrangem os recursos das empresas estatais não
dependentes (aquelas não enquadradas no art. 2º, inc. III, da LRF) em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto.
28. (CESPE/TCE-SC/AFCE-Contabilidade/2016) O objetivo da classificação da receita pública por esfera orçamentária é
identificar se o item a ser classificado pertence ao orçamento fiscal, ao orçamento da seguridade social ou ao orçamento de
investimento das empresas estatais.
D) NATUREZA DA RECEITA - NR
30. (CESPE/TCE-PE/Analista de Controle externo – Cargos1 e 2 /2017) Para identificar a origem de determinada
receita pública de acordo com o acontecimento real que ocasionou o ingresso da receita nos cofres públicos, utiliza-
se a classificação por natureza de receita.
Supondo que Maria seja responsável por conduzir a execução orçamentária de um tribunal federal e tendo em
conta o disposto na Lei n.º 4.320/1964, na LRF e na CF, julgue:
Ex: Se o imposto de renda pessoa física é recolhido dos trabalhadores, aloca-se a receita pública correspondente na
Natureza de Receita código: “1112.04.10”.Veja o esquema:
Nível Descrição
Quanto à categoria econômica, os §§ 1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam as
1º Nível – Categoria
receitas orçamentárias em “Receitas Orçamentárias Correntes” e “Receitas Orçamentárias de
Econômica
Capital”. A codificação correspondente é: 1 – Receitas Correntes; e 2 – Receitas de Capital.
Detalhamento das categorias econômicas “Receitas Correntes” e “Receitas de Capital”, com
2º Nível – Origem vistas a identificar a natureza da procedência das receitas no momento em que ingressam no
orçamento público.
A espécie é o nível de classificação vinculado à origem que permite qualificar com maior
3º Nível – Espécie detalhe o fato gerador das receitas. Por exemplo, dentro da origem Receita Tributária,
identificam-se as espécies “Impostos”, “Taxas” e “Contribuições de Melhoria”.
Detalha a espécie por meio da especificação dos recursos financeiros que lhe são correlatos.
4º Nível – Rubrica Exemplo: A rubrica “Impostos sobre o Patrimônio e a Renda” é detalhamento da espécie
“Impostos”.
Detalhamento da rubrica e exterioriza o “nome” da receita que receberá o registro pela entrada
5º Nível – Alínea de recursos financeiros. Exemplo: A alínea “Impostos sobre a Renda e Proventos de Qualquer
Natureza” é o detalhamento da rubrica “Impostos sobre o Patrimônio e a Renda”.
Objetivo: avaliar os efeitos econômicos da participação do setor público na economia. Essa classificação
não se aplica os ingressosextraorçamentários.
Legalmente (art. 11, Lei 4.320/64) as receitas orçamentárias são classificadas em dois grandes grupos ou
categorias econômicas: receitas correntes e de capital.
1. Receitas Correntes
De acordo com o §1o do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam-se como Correntes as receitas
provenientes de Tributos; de Contribuições; da exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de
atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de recursos financeiros recebidos de outras pessoas
de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes
(Transferências Correntes); por fim, demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores (Outras Receitas
Correntes).
2. Receitas de Capital
De acordo com o §2º do art. 11 da Lei no 4.320, de 1964, com redação dada pelo Decreto-Lei no 1.939, de
20 de maio de 1982, Receitas de Capital são as provenientes tanto da realização de recursos financeiros oriundos da
constituição de dívidas e da conversão, em espécie, de bens e direitos, quanto de recursos recebidos de outras
pessoas de direito público ou privado e destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital.
2º NÍVEL: Origem
A Origem é o detalhamento das Categorias Econômicas “Receitas Correntes” e “Receitas de Capital”, com
vistas a identificar a natureza da procedência das receitas no momento em que ingressam no Orçamento Público.
Os códigos da Origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº 4.320/64, são:
Mnemônicos:
I.TA.Co CO PAIS TRANSOU (novo)
3º NÍVEL: Espécie
É o nível de classificação vinculado à Origem que permite qualificar com maior detalhe o fato gerador das
receitas. Por exemplo, dentro da Origem Receita Tributária, identifica-se as espécies “Impostos”, “Taxas” e
“Contribuições de Melhoria”.
Exemplos:
1 - TRIBUTÁRIA (origem)
1 - Impostos (espécie)
2 - Taxas (espécie)
3 - Contribuições de Melhoria (espécie)
2 - CONTRIBUIÇÕES (origem)
1 - Sociais (espécie)
2 - Econômicas (espécie)
3 – Iluminação Pública (espécie)
4ª NÍVEL: Rubrica
Agrega determinadas espécies de receitas cujas características próprias sejam semelhantes entre si; dessa forma,
detalha a espécie, por meio da especificação dos recursos financeiros que lhe são correlatos. Por exemplo, a rubrica
“Impostos sobre o Patrimônio e a Renda” corresponde ao detalhamento da Espécie “Impostos”.
Exemplo:
1 – Receita Corrente (Categoria Econômica)
1 - TRIBUTÁRIA (origem)
1 - Impostos (espécie)
1 - Imposto sobre o comércio Exterior (Rubrica)
2 – Imposto sobre o patrimônio e a Renda (Rubrica)
3 – Imposto sobre a Produção e a Circulação (Rubrica)
5 – Impostos Extraordinários (Rubrica)
2 - Taxas (espécie)
1 - Taxas pelo Exercício do Poder de Polícia (Rubrica)
2 – Taxas pela Prestação de Serviços (Rubrica)
3 - Contribuições de Melhoria (espécie)
5º NÍVEL: Alínea
A alínea é o detalhamento da Rubrica e exterioriza o “nome” da receita que receberá o registro pela entrada de
recursos financeiros. Por exemplo, a alínea “Impostos sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza”
corresponde ao detalhamento da Rubrica “Impostos sobre o Patrimônio e a Renda”.
Exemplo:
1 – Receita Corrente (Categoria Econômica)
1 - TRIBUTÁRIA (origem)
1 - Impostos (espécie)
1 - Imposto sobre o comércio Exterior (Rubrica)
01 – Imposto sobre Importação (Alínea)
02 – Imposto sobre Exportação (Alínea)
2 – Imposto sobre o patrimônio e a Renda (Rubrica)
01 - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Alínea)
02 - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (Alínea)
04 – Impostos sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (Alínea)
05 – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (Alínea)
07 – [...]
08 – [...]
6º NÍVEL: Subalínea
A subalínea constitui o nível mais analítico da receita, utilizado quando há necessidade de se detalhar a Alínea
com maior especificidade. Por exemplo, a subalínea “Pessoas Físicas” é detalhamento da Alínea “Impostos sobre a
Renda e Proventos de Qualquer Natureza”.
Exemplo:
1 – Receita Corrente (Categoria Econômica)
1 - TRIBUTÁRIA (origem)
1 - Impostos (espécie)
1 - Imposto sobre o comércio Exterior (Rubrica)
01 – Imposto sobre Importação (Alínea)
01 – Receita do Principal do Imposto sobre a Importação (Subalínea)
02 – Receita de Parcelamentos – Imposto sobre a Importação (Subalínea)
02 – Imposto sobre Exportação (Alínea)
01 – Receita do Principal do Imposto sobre a Exportação (Subalínea)
02 – Receita de Parcelamentos – Imposto sobre a Exportação (Subalínea)
2 – Imposto sobre o patrimônio e a Renda (Rubrica)
01 - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Alínea)
01 – Municípios Conveniados (Subalínea)
02 – Municípios Não-Conveniados (Subalínea)
1- TRI
2 - Co
1-Corrente
3-P
ou 4-A
7 - Corrente 5-I
Intraorçamentária
6-S
Receitas 7 - TRANS
Orçamentárias
(Receita Pública) 9 - OU
1- I, Ta, Co
2 - Co
1-Corrente 3-P
ou 4-A
7 - Corrente
Intraorçamentária 5-I
6-S
Receitas
Orçamentárias 7 - TRANS
(Receita Pública)
9 - OU
Foram reservados 4 dígitos para desdobramentos com a finalidade de identificar peculiaridades de cada receita, caso
seja necessário. Desse modo, esses dígitos podem ou não ser utilizados conforme a necessidade de especificação do
recurso.
No caso de receitas exclusivas de Estados e Municípios, o quarto dígito utilizará o número “8”.
Exemplo: 1.9.0.8.xx.x.x – Outras Receitas Correntes exclusivas de Estados e Municípios.
5º NÍVEL: Tipo
O tipo, correspondente ao último dígito na natureza de receita, tem a finalidade de identificar o tipo de arrecadação
a que se refere aquela natureza, sendo:
Exemplo:
2.0.0.0.00.0.0 Receita de Capital (Categoria Econômica)
2.1.0.0.00.0.0 Operações de Crédito (Origem)
2.1.1.0.00.0.0 Operações de Crédito – Mercado Interno (Espécie)
2.1.1.1.00.0.0 Títulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional – Mercado Interno (Desdobramentos)
2.1.1.1.00.1.0 Títulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional – Mercado Interno (Desdobramentos)
2.1.1.1.00.1.1 Títulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional – Mercado Interno – Principal (Tipo)
2.1.1.1.01.2.0 Títulos de Resp. do Tes. Nac. – Refin. da Dívida Púb. Fed. Mercado Interno (Desdobramentos)
2.1.1.1.01.2.1 Títulos de Resp. do Tes. Nac. – Refin. da Dívida Púb. Fed. Mercado Interno - Principal (Tipo)
Assim, todo código de natureza de receita será finalizado com um dos dígitos mencionados, e as
arrecadações de cada recurso – sejam elas da receita propriamente dita ou de seus acréscimos legais – ficarão
agrupadas sob um mesmo código, sendo diferenciadas apenas no último dígito, conforme o MTO/2018.
35. (CESPE/TCE-PE/Analista de Controle externo – Cargo 4/2017) A receita de tributos é uma receita
orçamentária corrente cuja previsão pode ser alterada pelo Poder Legislativo, se comprovada ocorrência de erro ou
omissão de ordem técnica ou legal.
36. (CESPE/TRF-1ªR/Analista Jud.-Adm./2017) Os dividendos recebidos por determinada entidade pública são
classificados como receita corrente patrimonial.
43. (CESPE/ANP/Analista-Perfil2/2013) As receitas dos royalties são originadas pela exploração do patrimônio
do Estado, que é constituído por recursos minerais, hídricos e florestais. Essas receitas são classificadas como
patrimoniais, dentro da categoria econômica receitas correntes.
46. (CESPE/FNDE/Cargo2/2012) As receitas recebidas por ente público, originárias de outras pessoas de direito
público ou privado, são classificadas como correntes ou de capital, de acordo com a categoria econômica da
despesa que visam atender.
48. (ANALISTA/ANTAQ/2008) O 1.º nível da codificação da natureza da receita é utilizado para mensurar o
impacto das decisões do governo na economia nacional.
54. (CESPE/PREVIC/Analista Adm./2011) As receitas correntes do orçamento público incluem, entre outros, a
receita tributária, que corresponde à oriunda de tributos, conforme o estabelecido na legislação tributária, e os
recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas.
56. (CESPE/CADE/Cargo5/2014) Caso um ente público tenha divulgado, em 2011, um relatório gerencial que
reporte o ingresso de recursos de R$ 500 milhões e R$ 600 milhões em 2010 e 2011, respectivamente, e caso o
acréscimo de 20% obtido em 2011 seja proveniente da arrecadação de IPTU, então esse acréscimo deverá ser
registrado no código de natureza 1112.02.00, em que a rubrica 02 se refere ao imposto sobre a propriedade predial e
territorial urbana.
57. (CESPE/FUB/Cargo 5 . Auditor/2015) Sob a ótica econômica, as receitas estão divididas em receitas correntes
e de capital, abrangendo estas últimas as operações de crédito, a alienação de bens, a amortização de empréstimos,
as transferências de capital e outras receitas de capital.
62. (CESPE/CGE-PI/Auditor/2015) Sob a ótica das atuais normas orçamentárias, são consideradas receitas de
capital as receitas de compensação financeira provenientes da fruição de recursos minerais, hídricos e florestais para
recompor financeiramente os prejuízos ou danos causados pela atividade econômica na exploração desses bens.
Fonte: MTO/2018
É o planejamento e estimativa da receita que constará da proposta orçamentária (PLOA).
O art. 12 da LRF assim define essa etapa:
“As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da
variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de
PREVISÃO
demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da
metodologia de cálculo e premissas utilizadas”
A previsão de receitas é a etapa que antecede a fixação do montante de despesas que irá constar nas
leis de orçamento, além de ser base para se estimar as necessidades de financiamento do governo.
Ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é
devedora e inscreve o débito desta (art. 53 da Lei 4.320/64). Para o Código Tributário Nacional, é o
procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o
LANÇAMENTO
sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível (art. 142 do CTN).
Conclusão: nem todas as receitas percorrerão o estágio lançamento, mas apenas as de origem fiscal
(tributárias: impostos, taxas e contribuições de melhoria; multas; rendas com vencimento
determinado em lei)
Consiste no recebimento da receita pelo agente devidamente autorizado, isto é, agentes
ARRECADAÇÃO arrecadadores (agente ativo), por meio de estabelecimentos bancários oficiais ou privados,
devidamente credenciados, a fim de se liquidarem obrigações com o ente público.
Refere-se à entrega, pelos agentes arrecadadores, do produto da arrecadação para o Caixa Único:
RECOLHIMENTO Conta Única do Tesouro Nacional, no Banco Central do Brasil, no caso da União. É apenas nesse
estágio que ocorre a efetiva entrada dos recursos financeiros arrecadados nos cofres públicos.
Dívida Ativa da União: é composta por todos os créditos desse ente, sejam eles de natureza tributária ou não-
tributária, regularmente inscritos pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, depois de esgotado o prazo fixado
para pagamento, pela lei ou por decisão proferida em processo regular (ler art. 39 da Lei 4.320/64)
67. (CESPE/TRF-1ªR/Analista Jud.-Adm./2017) A etapa em que determinado banco privado transfere à conta
específica do Tesouro os valores pagos pelos contribuintes referentes a certo tributo federal corresponde ao estágio
de arrecadação da receita pública.
A figura precedente representa as etapas da receita orçamentária. Com relação a esse assunto, julgue os itens a
seguir.
I-O princípio da unidade de tesouraria está relacionado à etapa da arrecadação.
II-A etapa que precede a fixação da despesa é a previsão da receita.
III-Uma doação em espécie é uma receita sem lançamento.
71. (CESPE/Ass. Leg.-ES/Analista/2011) Um tributo pode ser arrecadado ainda que não tenha sido incluído na lei
orçamentária anual.
72. (CESPE/FNDE/Cargo2/2012) Toda receita orçamentária passará, necessariamente, por pelo menos uma das
seguintes etapas: previsão e lançamento.
78. (CESPE/CGE–PI/Auditor/2015) A procedência do crédito fiscal deve ser verificada no ato do lançamento da
receita pública.
79. (CESPE/MI/Analista/2009) Todas as receitas públicas devem passar pelo estágio do lançamento, em que se
verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, calcula-se o montante devido, identifica-se o
sujeito passivo e, sendo o caso, propõe-se a aplicação da penalidade cabível.
82. (CESPE/MPU/Técnico/2010) O estágio do recolhimento de uma receita pública corresponde à entrega dos
recursos devidos ao Tesouro, efetuada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou instituições
financeiras autorizadas pelo ente.
84. (CESPE/MPU/Analista/2010) Todas as receitas devem ser recolhidas em estrita observância ao princípio de
unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
85. (CESPE/PF/Agente/2009) Nem todas as receitas são recolhidas à conta única do Tesouro, podendo ser
revertidas a outras contas-correntes.
87. (CESPE/MPU/Analista Adm./2010) As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência geral e próprio
dos servidores públicos devem ficar depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente.
88. (CESPE/MJ/Analista-Téc.Adm/2013)A Conta Única do Tesouro Nacional, que é mantida no Banco do Brasil
S.A, acolhe todas as disponibilidades financeiras da União, inclusive fundos, de suas autarquias e fundações.
89. (CESPE/Anatel/Analista Adm./2012) A execução das despesas orçamentárias ocorre por meio da conta única
do Tesouro Nacional, cuja movimentação financeira, por intermédio das unidades gestoras integrantes do SIAFI, é
realizada exclusivamente no Banco do Brasil S.A.
90. *(CESPE/BASA/Cargo1/2012) A Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco do Brasil, tem por
finalidade acolher as disponibilidades financeiras da União a serem movimentadas pelas unidades gestoras da
administração pública federal, sendo operacionalizada por meio de ordem bancária, para pagamento dos credores
da União.
94. (CESPE/PREVIC/Analista Adm./2011) A dívida ativa da União é composta pelos créditos da fazenda pública,
tributários ou não, que, não pagos nos vencimentos, são inscritos em registro próprio, após apurada sua liquidez e
certeza.
95. (CESPE/CAPES/Contador/2012) A dívida ativa é constituída dos créditos da fazenda pública, de natureza
tributária ou não, que, quando não pagos nos vencimentos, são inscritos em registros próprios, após apurada sua
liquidez e certeza.
97. (CESPE/FNDE/Cargo1/2012) No caso da dívida ativa, aplica-se o regime de competência, ou seja, os créditos
públicos devem ser registrados como receita orçamentária no exercício de sua arrecadação.
98. (CESPE/DPF/Escrivão /2013) De acordo com o Manual Técnico de Orçamento, dívida ativa corresponde a
um crédito da fazenda pública, de natureza tributária ou não tributária, que é cobrado por meio da emissão de
certidão de dívida ativa da fazenda pública da União, e equivale a um título executivo.
99. (CESPE/CNJ/Técnico-Cargo13/2013) A dívida ativa é composta por créditos a favor da fazenda pública, os
quais não foram efetivamente recebidos nas datas aprazadas e cuja certeza e liquidez foram apuradas. Constitui,
portanto, fonte certa de recursos.
101. (CESPE/CADE/Analista-cargo1/2014) A dívida ativa, por ser uma fonte potencial de fluxos de caixa com
impacto positivo gerado pela recuperação de valores, espelha créditos a receber, portanto deve ser contabilmente
reconhecida no ativo.
gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
E B E E C E C E E C E C C C E E E C C C C C E E C E
27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52
C C C C E C C E C C C B E C C C C E C C E C E C E E
53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78
E E E E C E E E C E C C E C E c C D C E E E C C* C C
79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101
E E E E C C C C C E E E* E E E C C E E C E C C
*Questão 76: No gabarito preliminar o Cespe publicou a questão como “certa”, porém alterou para errado. Apesar dessa
alteração, e diante da justificativa “infundada” da banca, é pacífico o entendimento de que o item está correto. Veja a
justificativa da banca: “O comando da questão não especificou norma que fundamenta os estágios da receita. Diante do exposto, Desse modo,
opta-se pela alteração do gabarito item, de CERTO para ERRADO”.
2.1 – Conceito
A despesa Pública é classificada como dispêndio de recursos. Dispêndio é um gênero com duas espécies:
despesa e desembolso. Veja o esquema abaixo:
Não gera ativo
DESPESA
Não diminui o passivo
Exemplo de Despesa: despesa com pessoal.
DISPÊNDIO
Gera ativo.
Gênero
DESEMBOLSO Ex: construção de um prédio ou compra de um carro..
Diminui o passivo
Exemplo: pagamento de empréstimos.
Regime Contábil da Despesa
Diferente da Receita, aqui não há discussão quanto ao regime contábil. Assim como ocorre no setor privado, o
regime contábil para a Despesa será o regime de competência.
2.2 - Classificações
Constantes na LOA
Orçamentárias: aquelas:
Por conta de créditos Adicionais (suplem., especial ou extraordinário)
Ex: todas as correntes (não geram ativos), salvo compras para o estoque
Geram Ativo.
2. (CESPE/Analista Judiciário/STJ 2015) Uma transferência efetuada pela União a um município, para
aquisição de equipamentos médicos, é uma despesa de capital efetiva, de forma que não se exige
contrapartida do município.
Quanto à Natureza
A. Categoria Econômica (art. 12, 4.320/64)
B. Grupo de natureza da despesa
C. Modalidade de aplicação (novidade da Port. Interm. STN/SOF nº 163/01) Subcategorias
D. Elemento de despesa (informação na LOA ou na execução da despesa) Econômicas
(doutrina)
Dessa forma, sua classificação será codificada em 4 níveis (Categoria Econômica, Grupo, Modalidade e
Elemento) e 6 dígitos (códigos a serem apresentados a seguir, exemplo: 3 para Correntes e 4 para de Capitais). O 1º
Dígito se referi a Categoria Econômica, logo, quando começar por 3 será Despesas Correntes, e por 4, de Capital.
O 2º quanto ao Grupo, os dígitos 3º e 4º vão se referir a Modalidade e os 5º e 6º ao Elemento.
Exemplo:
3 . 3 . 90 . 30
Em regra as despesas serão discriminadas. Porém, os PET’s (Programas Especiais de Trabalho) podem vir em dotações globais,
sem detalhamento. Quando, por se tratarem de grandes projetos ou por sua natureza especial, não for possível discriminar a
despesa quando da autorização orçamentária (art. 12, §4º, 4.320/64). Serão, então, classificados em despesas de capital (art. 20,
p. único da Lei nº 4.320/64). Um exemplo de um PET, que não se refere às obras, seria um programa de proteção à testemunha.
Não esqueça: a outra exceção ao princípio da especificação refere-se à reserva de contingência.
2ºNível: Grupo de
Natureza de Despesa
(GND) 1. Pessoal e Encargos Sociais
2. Juros e Encargos da Dívida Despesas Correntes - DC
3. Outras Despesas Correntes
4. Investimentos
5. Inversões Financeiras Despesas de Capital - DK
6. Amortização da Dívida
9. Reserva de Contingência
Os elementos de despesa encontram-se ―dentro‖ de cada grupo acima e
traz a dimensão concreta da despesa no instante de sua execução.
Juros e encargos da dívida: despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros
encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária
(pagamento relativo ao resgate de títulos públicos).
Outras despesas correntes: Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de
diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio transporte, além de outras despesas da
categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa.
Refere-se à forma ou o modo de execução da despesa. É uma forma objetiva para evitar duplicações.
Direta
Por Transferências
O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e
vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções
sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a
Administração Pública utiliza para a consecução de seus fins. Os códigos dos elementos de despesa estão definidos
no Anexo II da Portaria Interministerial nº 163, de 2001.
É facultado o desdobramento suplementar dos elementos de despesa para atendimento das necessidades de
escrituração contábil e controle da execução orçamentária.
10. (CESPE/CNJ/Técnico-Cargo13/2013) Se um ente governamental realizar despesa que tenha como objetivo o
custeio de servidores públicos com atividade ligada à manutenção predial, então esses recursos serão classificados
como despesas de capital.
12. (CESPE/ANTT/Administração/2013) Caso problemas graves tenham sido relatados no atendimento aos
usuários de certa rodovia concedida à iniciativa privada e, para fiscalizar melhor a situação, a ANTT tenha locado e
reformado um imóvel em uma cidade situada em um ponto crítico da rodovia, a despesa orçamentária para a
reforma do imóvel locado, nessa situação hipotética, será considerada despesa de capital.
15. (CESPE/ANCINE/Analista/2006) Os programas especiais de trabalho que não possam ser cumpridos em
razão de estarem subordinados às normas gerais de execução da despesa podem ser custeados por dotações globais
e classificados entre as despesas de capital.
16. (CESPE/MI/Analista/2009) Com relação à natureza da despesa orçamentária, a reserva de contingência não é
classificada como despesa corrente nem como despesa de capital.
18. (CESPE/TCU/AUFC/2015) Deve-se usar a modalidade de aplicação se for preciso distinguir os recursos a
serem aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de governo daqueles transferidos
para outro ente da Federação.
21. (CESPE/FNDE/Cargo2/2012) As despesas constantes da Lei do Orçamento deverão ser discriminadas até o
nível de subelemento.
22. (CESPE/ANALISTA/ANA/2006) Mesmo que a lei de orçamento discrimine a despesa de capital em nível de
elemento, poderá a administração pública, para sua execução, utilizar desdobramento que melhor atenda suas
necessidades.
23. Na elaboração da lei orçamentária, a classificação das despesas por natureza deve ser feita, pelo menos,
por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
24. Uma vez discriminada na lei de orçamento, a despesa pública em nível de elemento não poderá acrescentar
desdobramentos suplementares.
25. O grupo de despesas denominado outras despesas correntes permite contemplar as despesas com aquisição de
material de consumo, veículos para uso, auxílio-alimentação e auxílio-transporte.
27. (CESPE/MPU/Cargo 2/2015) A discriminação da despesa quanto a sua natureza deve ser feita, na elaboração
da lei orçamentária, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
28. (CESPE/CGE-PI/Auditor/2015) A discriminação da despesa deverá ser realizada, no mínimo, por elementos
entendidos como o desdobramento dessa despesa em gastos com pessoal, material, serviços, obras e outros meios
de que se serve a administração pública para a consecução dos seus fins.
D) Classificação Qualitativa
Na Lei Orçamentária Anual - LOA, a esfera tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao
Orçamento Fiscal (OF), da Seguridade Social (OSS) ou de Investimento das Empresas Estatais (OI), conforme art.
165, § 5º da CF/88. Na base de dados do SIOP, o campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois
dígitos e será associado à ação orçamentária:
A classificação institucional da despesa é responsável por identificar as estruturas responsáveis por sua
execução, tais como: o órgão orçamentário e a unidade orçamentária subordinada àquele. Serão 2 (dois)
níveis e 5 (cinco) dígitos. O primeiro nível representa o órgão orçamentário e o segundo nível representa a
unidade orçamentária vinculada ao órgão.
Cuidado: a expressão ―órgão orçamentário‖ nem sempre corresponderá a ―órgão‖ pelo conceito dado no Direito
Administrativo. Essa categoria, pelo ponto de vista orçamentário, englobará órgãos da estrutura da
―administração direta‖ quanto ―entidades da administração indireta‖. Segundo o MTO, ―órgão orçamentário‖ é
um agrupamento ainda mais aberto.
Deve-se ter toda atenção para não misturar a classificação institucional com a ―classificação por esfera
orçamentária‖. A classificação por esfera, pouco cobrada em provas, indica qual dos três orçamentos instituídos
pela CF/88 abrange a despesa a se classificar, ou seja, se é o fiscal, o da seguridade ou o de investimento das
estatais.
A Secretaria do Tesouro Nacional – STN assim diferencia os tipos de unidades que integram os órgãos e
entidades da Administração:
Unidade Orçamentária: unidade à qual o orçamento da União consigna dotações específicas para a
realização de seus programas de trabalho e sobre os quais exerce o poder de disposição.
Unidade Administrativa: unidade à qual a lei orçamentária anual não consigna recursos e que depende de
destaques ou provisões para executar seus programas de trabalho.
Unidade Gestora: Unidade orçamentária ou administrativa investida do poder de gerir recursos
orçamentários e financeiros, próprios ou sob descentralização.
Resumindo: a unidade orçamentária é aquela definida pela LOA como titular da dotação. Já as unidades
administrativas não são beneficiárias diretas de dotações da LOA. Por isso, executam suas atribuições com
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transferências orçamentárias e financeiras, para assim efetuar os pagamentos das despesas. As unidades
gestoras podem ser tanto orçamentárias (titulares das dotações na LOA) quanto administrativas. O
diferencial é o poder de gerir (transferir, receber, controlar e executar) dotações orçamentárias e recursos
financeiros, ultrapassando a simples execução dos estágios da despesa.
Essa classificação é aplicável a todos os entes federados. Divide-se em 2 (dois) níveis e 5 (cinco) dígitos. O primeiro
nível refere-se à função e o segundo nível à subfunção.
Segundo a Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, função é:
―o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. A função quase
sempre se relaciona com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que,
na União, guarda relação com os respectivos Ministérios‖.
A finalidade da classificação funcional é fornecer as bases para a apresentação de dados e estatísticas sobre
os gastos públicos nos principais segmentos em que atuam as organizações do Estado. Logo, as funções
correspondem aos maiores setores de atuação do governo: educação, transporte, saúde, segurança pública etc.
Já as subfunções são o detalhamento das funções. Para a Portaria, a subfunção trata de ―uma partição da
função, visando a agregar determinado subconjunto de despesa do setor público‖. Por exemplo, compreendidas na
função Energia, temos as subfunções Conservação de Energia; Energia Elétrica; Petróleo; e Álcool.
As subfunções podem ser cruzadas com funções diferentes da sua “matriz”. Por exemplo, a
subfunção Desenvolvimento Científico, da função Ciência e Tecnologia, pode se relacionar com a
função Educação, para discriminar uma despesa referente ao apoio concedido a universidades federais,
para publicação de pesquisas. Já as subfunções pertencentes à função “Encargos Especiais” só podem
ser combinadas com esta última. A função Encargos Especiais e suas subfunções dizem respeito a uma
atuação genérica do governo, ou seja, englobam despesas às quais não se podem associar bens ou
serviços.
I Uma despesa empenhada e não paga até o fim do exercício fiscal passa a integrar a dívida ativa pública.
II Na programação orçamentária do ente público, a identificação qualitativa do órgão ou da unidade orçamentária
responsável pelo uso do recurso público é feita mediante classificação institucional.
III Segundo a Lei Complementar n.º 101/2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal —, as operações de crédito
contraídas pelo ente público que apresentem prazo de amortização superior a doze meses integram a dívida pública
fundada.
30. (CESPE/TCE-PE/Analista de Controle externo – Cargo 3/2017) A Agência Nacional de Saúde Suplementar,
uma autarquia federal, necessita treinar, em caráter contínuo e permanente, os seus servidores para as atividades de
regulação e fiscalização da saúde suplementar. Nessa situação, de acordo com a estrutura programática, a ação
orçamentária relativa a esse treinamento será classificada como atividade.
31. (CESPE/CADE/Analista Técnico – Cargo1/2014) A estrutura programática da despesa pública definida para a
LOA deve ser a mesma para todos os entes da Federação,devido aos objetivos de consolidação das contas públicas.
32. (CESPE/ANP/Analista-Perfil2/2013) A área da despesa em que a ação governamental da ANP será realizada
deve ser identificada na classificação funcional.
34. (CESPE/TCE-RO/Ag. Adm./2013) A área de ação do tribunal de contas refere-se à função controle externo.
37. (CESPE/TCU/AUFC/2015) O segmento da classificação funcional da despesa pública que se relaciona com a
missão institucional do órgão é denominado programa.
41. (CESPE/TCU/AUFC/2015) Situação hipotética: Para viabilizar a melhoria das condições de saúde da
população, o prefeito de determinado município incluiu em seu plano plurianual a construção de uma unidade de
pronto atendimento em saúde. Assertiva: Nesse caso, ao promover a classificação programática dessa ação de
governo, o prefeito deverá classificar a construção da edificação na categoria de atividades, visto que a obra será o
resultado de um produto necessário à manutenção da ação do governo.
47. operações especiais, quando contribuem para a expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental.
Item errado. A banca CESPE considera a fixação um estágio DOUTRINÁRIO e não normativo.
Na sequência, entenda cada estágio:
Consiste na autorização dada pelo Poder Legislativo ao Poder Executivo, mediante a fixação
de dotações orçamentárias aprovadas na LOA, concedendo ao Ordenador de Despesas (ver
FIXAÇÃO art. 80, Dec. Lei 200/67) o direito de gastar os recursos públicos destinados à sua unidade
orçamentária, mediante a emissão de Nota de Empenho (documento contábil, gerado pelo
SIAFI) limitado ao valor autorizado.
Ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento,
pendente ou não de implemento de condição. O estágio do empenho não necessita da
EMPENHO emissão de Nota de Empenho – NE. A NE será necessária nos casos em que o credor
precisar de uma garantia de pagamento. Alguns pagamentos dispensam a emissão de NE,
como,por exemplo, as despesas com pessoal, mas não dispensam o estágio empenho.
Consiste na verificação, comprovação ou reconhecimento pela Administração Pública de que
LIQUIDAÇÃO o credor cumpriu todas as obrigações do objeto. O impacto patrimonial da despesa ocorre
somente com a liquidação.
PAGAMENTO É a entrega dos recursos equivalentes à dívida líquida ao credor.
Empenho Ordinário
Despesas com montante previamente conhecido e cujo pagamento deve ocorrer de uma só vez.
Exemplo: aquisição de material de expediente (papel, caneta, toner, etc).
Empenho Estimativo
Despesas com montante não previamente conhecido. Exemplo: água, energia, telefone, diárias,
etc.
O Empenho pode ser anulado parcial ou totalmente quando seu valor exceder o montante da despesa
realizada (parcial), nos casos em que o serviço contratado não tiver sido prestado, o material não entregue ou
empenho emitido incorretamente. Será também anulado no encerramento do exercício quando se referir a despesas
não liquidadas, salvo aquelas que se enquadrarem nas condições previstas para a inscrição em Restos a Pagar.
53. (CESPE/TCDF/ACE/2014) Pode ocorrer despesa pública sem a realização de empenho prévio.
59. (CESPE/ANP/Analista-Perfil4/2013) Na fase do empenho, a despesa pública torna-se uma obrigação do ente
público, uma vez que consiste no comprometimento de parcela do orçamento com uma determinada despesa.
60. (CESPE/AGU/Contador/2010) O empenho da despesa não cria obrigação para o Estado, mas reserva dotação
orçamentária para garantir o pagamento estabelecido em relação contratual existente.
61. (CESPE/TRE/BA/2010) Apesar de não criar obrigação para o Estado, o empenho assegura dotação
orçamentária objetivando garantir o pagamento estabelecido na relação contratual entre a administração pública e
seus fornecedores e prestadores de serviços.
62. (CESPE/TCU/AUFC/2015) A etapa do planejamento de determinada despesa pública encerra-se com sua
fixação na lei orçamentária anual.
63. (CESPE/TCU/Técnico/2015) A apuração da quantia exata a ser paga em relação às despesas incorridas por um
ente federativo ocorre na fase de pagamento, sendo vedada a adoção de regime de adiantamento com vistas a
honrar o pagamento dessas despesas.
64. (CESPE/TCU/Técnico/2015) Realiza-se por meio de empenho global a reserva de dotação orçamentária de
compromissos decorrentes de despesas contratuais com pagamento sujeito a parcelamento.
65. (CESPE/FUB/Cargo 5/Auditor/2015) O empenho deve ser classificado como uma das duas possibilidades: o
ordinário, no qual o valor exato da despesa é conhecido, ou por estimativa, em que não se pode determinar
previamente o montante preciso da despesa.
(CESPE/Câm. Dep./Téc. Patrim./2012) Considere que os seguintes eventos tenham sido registrados em uma
entidade durante determinado exercício financeiro.
Em janeiro, foi registrada a aprovação da lei orçamentária anual, com a previsão da receita e a fixação da despesa no
valor de R$ 400.000,00.
Em fevereiro, foram arrecadados impostos no valor de R$ 80.000,00.
O valor do empenho de despesas de pessoal foi de R$ 60.000,00.
Em conformidade com as regras relativas à execução do orçamento dispostas na Lei n.º 4.320/1964, julgue os itens
subsequentes com base nas informações apresentadas.
68. A despesa de pessoal só poderá ser liquidada após o seu efetivo pagamento.
69. No momento em que a despesa de pessoal for empenhada, será criada uma obrigação de pagamento para o
Estado, pendente ou não de implemento de condição.
70. Como se trata de despesa de pessoal — de caráter interno à entidade, portanto —, essa despesa pode ser
realizada sem prévio empenho.
Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro, ou seja, até 31
de dezembro (art. 36, 4.320/64).
Decreto nº 93.872/86:
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando:
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou seja de interesse da
Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV - corresponder a compromissos assumidos no exterior.
Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro de emissão da
Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste Decreto para empenho e liquidação
da despesa. (Redação dada pelo Decreto nº 7.654, de 2011)
§ 1º A inscrição prevista no caput como restos a pagar não processados fica condicionada à indicação pelo
ordenador de despesas. (Incluído pelo Decreto nº 7.654, de 2011)
§ 2º Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e não liquidados posteriormente terão
validade até 30 de junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrição, ressalvado o disposto no §
3º. (Incluído pelo Decreto nº 7.654, de 2011)
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§ 3º Permanecem válidos, após a data estabelecida no § 2º, os restos a pagar não processados
que: (Incluído pelo Decreto nº 7.654, de 2011)
I - refiram-se às despesas executadas diretamente pelos órgãos e entidades da União ou mediante
transferência ou descentralização aos Estados, Distrito Federal e Municípios, com execução iniciada até a data
prevista no § 2º; ou (Incluído pelo Decreto nº 7.654, de 2011)
II - sejam relativos às despesas: (Incluído pelo Decreto nº 7.654, de 2011)
§ 4º Considera-se como execução iniciada para efeito do inciso I do § 3º: (Incluído pelo Decreto nº 7.654,
de 2011)
I - nos casos de aquisição de bens, a despesa verificada pela quantidade parcial entregue, atestada e aferida;
e (Incluído pelo Decreto nº 7.654, de 2011)
II - nos casos de realização de serviços e obras, a despesa verificada pela realização parcial com a medição
correspondente atestada e aferida. (Incluído pelo Decreto nº 7.654, de 2011)
Despesas que não se tenham processadas na época própria:Essa previsão refere-se a empenhos que não
foram liquidados em razão de algum problema no processamento da despesa (falhas documentais, falhas de
comunicação entre setores do órgão, não emissão de documentos fiscais pelo credor etc.), sendo, por isso,
cancelados. Depois disso, constata-se que um serviço foi prestado, um bem foi entregue, uma obra foi
realizada. Como o empenho foi cancelado, o pagamento deve ocorrer por DEA.
Restos a pagar com prescrição interrompida:A despesa empenhada foi inscrita em RPÑP por ainda estar
vigente o direito do credor para cumprimento da obrigação. Porém, no ano seguinte, o RPÑP é cancelado
indevidamente, permanecendo vigente o direito do credor. Em momento posterior o credor reclama a falta do
pagamento, que poderá ser atendido à conta de dotação destinada a DEA.
“Reforço” de R.P.Ñ.P. (caso não expresso na norma): Como já estudamos nos estágios da despesa, o
empenho pode ser emitido por estimativa, quando não se tem definido o valor a ser pago. Assim, a despesa vai
sendo executada gradualmente, e, conforme o caso, ao final, anula-se a parte excedente (empenho maior que a
despesa real) ou reforça-se o empenho estimativo (empenho menor que a despesa real). Se, no momento do
pagamento de um RPÑP for verificada a necessidade de reforçar o empenho, o novo empenho reforço será
por conta de uma DEA.
71. (CESPE/TRT 7/Analista Judiciário – área administrativa/2017) Determinada despesa orçamentária empenhada
e liquidada não foi paga até o dia trinta e um de dezembro de determinado ano. Se inscrita em restos a pagar, essa
despesa
A) continuará vigente, independentemente de qualquer ato das unidades gestoras, após trinta de junho do segundo
ano subsequente ao da sua inscrição.
B) será automaticamente cancelada, independentemente de qualquer ato das unidades gestoras, após encerrado o
primeiro exercício financeiro subsequente ao da sua primeira renovação.
C) será automaticamente cancelada após trinta de junho do segundo ano subsequente ao da sua inscrição.
D) continuará vigente após trinta de junho do segundo ano subsequente ao da sua inscrição, desde que realizado o
respectivo processamento.
72. (CESPE/ANP/Analista-Perfil2/2013) Diferenciam-se os restos a pagar processados dos não processados pela
existência, ou não, do empenho da despesa.
73. (CESPE/ANAC/Analista/área2/2012) A prescrição dos restos a pagar é quinquenal e esse prazo é contado a
partir da realização da inscrição dos restos a pagar.
78. (CESPE/PREVIC/Analista Adm./2011) Considere que o filho de um servidor público tenha nascido no mês
de dezembro de 2010, mas que somente em janeiro de 2011 esse servidor tenha solicitado o pagamento do
benefício do salário-família. Nesse caso, o pagamento do benefício do salário-família do mês de dezembro de 2010
pode ser reconhecido como despesa de exercício anterior.
79. Trata-se, nesse caso, de uma despesa não processada e cujo valor deve ser inscrito em restos a pagar.
83. (CESPE/MJ/Analista-Téc.Adm/2013) Inscreve-se como restos a pagar não processados a despesa empenhada
referente à ajuda de custo concedida a servidor público, no último dia útil do ano, por autorização formal, para
suprir despesas de viagem a ser realizada a partir do primeiro dia útil do ano seguinte.
(CESPE/TRF-1ªR/Analista Jud.-Adm./2017)
A tabela a seguir mostra eventos hipotéticos ocorridos no exercício de 2016, em determinado município brasileiro.
Os valores são expressos em R$ mil.
A partir dessa tabela, julgue os itens que se seguem, considerando as normas vigentes relativas a receitas e despesas
no setor público.
84. O montante das despesas de capital realizadas, constantes do balanço orçamentário, foi inferior a R$ 120 mil.
85. Sob o enfoque patrimonial, é correto afirmar que a despesa independente da execução orçamentária foi inferior
a R$ 130 mil.
86. No referido exercício foram registradas, no balanço financeiro, despesas extraorçamentárias, porém não houve
registro de receita extraorçamentária.
Segundo o art. 103 da Lei nº 4.320/1964, o papel do balanço financeiro é demonstrar o fluxo de caixa da entidade,
evidenciando todos os ingressos e dispêndios de recursos no exercício, conjugados com os saldos de
disponibilidades do exercício anterior e aqueles que passarão para o exercício seguinte. Acerca do tratamento dado
aos restos a pagar para fins de elaboração do balanço financeiro, julgue o item a seguir.
89. (CESPE/PGE-SE/Procurador/2017) As subvenções econômicas, sob a ótica da lei orçamentária — Lei n.º
4.320/1964 —, são classificadas como
A) inversões financeiras.
B) despesas de custeio.
C) transferências de capital.
D) transferências correntes.
E) despesas de capital.
1 C 16 C 31 E 46 E 61 C 76 C
2 C 17 E 32 C 47 E 62 E 77 E
3 C 18 C 33 *E 48 E 63 E 78 C
4 C 19 C 34 E 49 E 64 C 79 E
5 D 20 C 35 C 50 B 65 E 80 E
6 C 21 E 36 C 51 E 66 C 81 E
7 E 22 C 37 E 52 C 67 E 82 E
8 E 23 C 38 E 53 C 68 E 83 E
9 E 24 E 39 C 54 E 69 C 84 E
10 E 25 E 40 E 55 C 70 E 85 E
11 C 26 E 41 E 56 C 71 A 86 E
12 E 27 C 42 C 57 C 72 E 87 E
13 C 28 C 43 C 58 C 73 C 88 E
14 E 29 D 44 C 59 C 74 C 89 D
15 C 30 C 45 C 60 C 75 E 90 C
Conceito: é a entrega de numerário a servidor (suprido) para a realização de despesa precedida de empenho na
dotação própria de despesa a realizar, que, por sua natureza ou urgência, não possa subordinar-se ao processo
normal da execução orçamentária e financeira (art. 45, Dec 93.872/86).
OBS: Considera-se pequeno vulto para cada concessão de suprimento: até R$ 8.000,00 para compras e
serviços; até R$ 15.000,00 para obras e serviços de engenharia.Quando a movimentação do suprimento de
fundos for realizada por meio do cartão de crédito corporativo do governo Federal, cada despesa não
poderá ultrapassar 10% do valor da concessão (Portaria nº 95/2002 – MF).
Decorrido o período de aplicação (de até 90 dias), o servidor terá 30 dias para prestar contas do suprimento
recebido. Se o valor for aplicado até 31 de dezembro, a despesa deverá ser comprovada até 15 de janeiro seguinte.
Será exigido documentação comprobatória, como por exemplo Nota Fiscal. Se o suprido deixar de prestar contas
no prazo legal, procede-se a Tomada de Contas Especial – TCE sem prejuízo das providências administrativas para
apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis. (TCE é o processo devidamente formalizado,
dotado de rito próprio, que objetiva apurar a responsabilidade daquele que der causa à perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte dano ao Erário, instaurada após esgotadas as providências administrativas internas com
vistas à recomposição do Tesouro Nacional).
1. (CESPE/TCE-PR/Analista de Controle/2016)
Servidor que recebe numerário para pagar despesa do tribunal ao qual pertence, despesa esta que não possa se
enquadrar no processo normal de aplicação, o receberá na forma de suprimento de fundos, podendo ser
responsável, ao mesmo tempo, por até três suprimentos distintos.
Determinado órgão da administração pública direta federal concedeu suprimento de fundos a um servidor público,
a fim de realizar gastos de pequena monta em serviços de reparos. No encerramento do exercício, o servidor havia
utilizado metade do montante concedido e, mesmo já encerrado o prazo de aplicação dos recursos, não recolheu,
por meio da guia de recolhimento da União (GRU), o valor não utilizado. Julgue os itens a seguir, com referência a
essa situação e a aspectos a ela relacionados.
4. (CESPE/TRF-1ªR/Analista Jud.-Adm./2017) No caso em questão, como existe uma obrigação possível por
parte do servidor, resultante de eventos passados, o órgão público deverá registrar um passivo contingente.
10. (CESPE/TCU/Técnico/2012) O servidor responsável por três suprimentos de fundos é obrigado a prestar
contas de suas aplicações, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo assinalado
pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das penalidades administrativas.
11. (CESPE/TCE/ATCA/2009) É vedada a concessão de três suprimentos de fundos ao mesmo servidor durante
o exercício financeiro, independentemente das prestações de contas já realizadas pelo referido servidor.
12. (CESPE/Câm. Dep./Téc. Patrim./2012) Poderá ser feito adiantamento a servidor responsável por outros dois
adiantamentos, desde que esse servidor não esteja em alcance.
13. (CESPE/TJ-RR/Administrador/2012) O servidor público poderá receber até cinco suprimentos de fundos
simultaneamente, desde que esteja desenvolvendo em continuidade um mesmo projeto ou programa.
15. (CESPE/Câm. Dep./Téc. Patrim./2012) A despesa deve ser expressamente definida em lei e precedida de
empenho na dotação própria.
16. (CESPE/PF/Agente/2012) Um servidor designado pelo ordenador de despesas poderá realizar, com
suprimento de fundos, o pagamento de despesas do vice-presidente da República durante viagens nacionais.
19. (CESPE/MPU/Contador/2010) O regime de adiantamento - suprimento de fundos - pode ser utilizado para
atender despesas eventuais, inclusive em viagens ou com serviços especiais que exijam o pronto pagamento.
21. (CESPE/TCE-RN/Assessor/2009) Em uma mesma concessão de suprimento de fundos, pode ser autorizada a
realização de despesa de serviços de pessoas físicas e a compra de material de consumo.
22. (CESPE/TCU/TCE/2007) É permitida a concessão de suprimento de fundos a servidor que seja declarado em
alcance ou esteja respondendo a processo administrativo, desde que o objeto do inquérito não esteja relacionado à
concessão de suprimentos de fundos anteriores.
26. (CESPE/Detran-ES/Contador/2010) Não podem ser classificadas como suprimentos de fundos as despesas
realizadas por meio do cartão de pagamento do governo federal.
28. (CESPE/SAD-PE/Analista/2010) Nos casos de suprimento de fundos, o empenho de uma despesa extinguirá
a dívida com o fornecedor.
31. (CESPE/Ass. Leg.-CE/Cargo3/2011) No âmbito do governo federal, os órgãos não poderão movimentar
suprimento de fundos por meio de conta bancária, ainda que comprovada a impossibilidade da utilização de cartão
de pagamento.
34. (CESPE/CNJ/Analista-Cargo2/2013) Considere que um servidor público tenha sido deslocado às pressas para
uma área remota do país, dada a ocorrência de situação de emergência, e que tenha sido necessário realizar o
adiantamento de valores em espécie. Nessa situação, quanto ao suprimento de fundos realizado, deverão ser
cumpridos os três estágios da despesa — uma vez que se trata de despesa orçamentária —, mas a liquidação só
deverá ocorrer após a prestação de contas do servidor.
35. (CESPE/DPF/Escrivão/2013) O regime de adiantamento denominado suprimento de fundos, uma vez que se
destina à realização de despesas que não podem seguir o trâmite normal, prescinde de nota de empenho.
36. (CESPE/MI/Anal.Téc.Adm./2013) O suprimento de fundos pode ser concedido para despesas de pequeno
vulto para atender despesas eventuais e com serviços especiais, exceto em casos de viagens.
41. A concessão de suprimento feita pelo ordenador de despesas foi adequada, uma vez que para esse tipo de
despesa, dada a sua urgência, não seria possível aguardar o processamento normal da execução orçamentária.
Gabarito
1 E 5 C 9 C 13 E 17 C 21 C 25 C 29 E 33 ―e‖ 37 E 41 E
2 E 6 E 10 E 14 C 18 C 22 E 26 E 30 E 34 E 38 C 42 C
3 ―e‖ 7 C 11 E 15 C 19 C 23 E 27 E 31 E 35 E 39 C 43 C
4 E 8 C 12 E 16 C 20 E 24 C 28 E 32 ―a‖ 36 E 40 E 44 C
45 C
Na técnica orçamentária, os termos―créditos‖ e ―recursos‖ são distintos. O termo ―créditos‖ é utilizado para
designar a ótica orçamentária (créditos/dotações), enquanto o termo ―recursos‖ para a ótica financeira
(recurso/dinheiro).
Em um conceito mais objetivo, a STN (Secretaria do Tesouro Nacional) definiu a descentralização de créditos
como sendo a transferência de uma unidade orçamentária ou administrativa para outra, do Poder de utilizar créditos
orçamentários ou adicionais que estejam sob a sua supervisão, ou lhe tenham sido dotados ou transferidos. São
operações descentralizadoras de crédito: o destaque e a provisão.
Portanto, quando a descentralização envolver unidades gestoras de um mesmo órgão tem-se a descentralização
interna, também chamada de provisão. Se, porventura, ocorrer entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de
estrutura diferente, ter-se-á uma descentralização externa, também denominada de destaque.
DESTAQUE: Operação descentralizadora de crédito orçamentário em que um Ministério ou Órgão transfere para
outro Ministério ou Órgão o poder de utilização dos créditos que lhe foram dotados.
Ainda segundo a STN, a descentralização de recursos consiste na movimentação de recursos financeiros entre as
diversas unidades orçamentárias e administrativas, compreendendo:
COTA - Recurso colocado à disposição do órgão ou Ministério, em conta, na instituição bancária credenciada
como o agente financeiro do Tesouro;
REPASSE - Distribuição pelo órgão ou Ministério dos recursos financeiros correspondentes ao seu crédito, para
utilização pelas unidades orçamentárias;
7. (CESPE/STJ/Analista Judiciário - Contador/2015) Um repasse pode ser realizado sem que tenha havido um
destaque prévio.
15. (CESPE/TJ-RO/Anal. Jud. 2012) Segundo James Giacomoni, a descentralização de créditos caracteriza-se pela
cessão de crédito orçamentário entre unidades orçamentárias ou unidades gestoras. A descentralização orçamentária
entre unidades do mesmo órgão (ministério) é denominada
a) repasse.
b) sub-repasse.
c) provisão.
d) cota.
e) destaque.
(A) liberação de recursos do órgão central para o órgão setorial de programação financeira.
(B) liberação de recursos dos órgãos setoriais de programação financeira para entidades da administração indireta e
entre estas e ainda de um ministério para o outro.
(C) movimentação de créditos entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente.
(D) movimentação de créditos entre unidades gestoras de um mesmo órgão ou entidades integrantes do orçamento
fiscal e da seguridade social.
(E) liberação de recursos dos órgãos setoriais de programação financeira para as unidades gestoras de sua jurisdição
e entre as unidades gestoras de um mesmo ministério, órgão ou entidade.
18. (FCC/TRF 4ª/ Analista Judiciário/ Contador/2010) A descentralização de créditos denominada destaque é a
(A) liberação de recursos dos órgãos setoriais de programação financeira para entidades da administração indireta.
(B) movimentação de créditos entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de estruturas diferentes, respeitada a
classificação funcional.
(C) liberação de recursos do órgão central para o órgão setorial de programação financeira.
(D) liberação de recursos dos órgãos setoriais de programação financeira para as unidades gestoras de sua jurisdição.
(E) movimentação de créditos entre unidades gestoras de um mesmo órgão ou entidades integrantes do orçamento
fiscal e da seguridade social.
Gabarito
1 C 5 E 9 E 13 E 17 ―e‖
2 ―b‖ 6 C 10 E 14 C 18 ―b‖
3 C 7 C 11 E 15 ―c‖ 19 ―d‖
4 E 8 E 12 E 16 ―b‖ 20 C