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02-003
Laboratório clínico – Requisitos e
ABNT – Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar
CEP 20003-900 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: PABX (21) 3974-2300
Fax: (21) 3974-2347 / 2220-6436 1º Projeto de Norma
Endereço eletrônico: www.abnt.org.br
Copyright © 2004
ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Folha provisória – não será incluída na publicação como norma
Apresentação
I) Este Projeto de Norma:
ENTIDADES REPRESENTANTES
Coordenador do ABNT/CB-36 Luiz Fernando Barcelos
Coordenador do SCB.36.02 Nadilson da Silva Cunha
Secretário do SCB.36.02 Mateus Mandu de Souza
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar
ABNT/CB-36 Comitê Brasileiro de Análises Clínicas e Diagnóstico In Vitro
CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro – RJ
CE-36:000.02 Comissão de Estudo de Sistema de Referência
Tel.: PABX (21) 210-3122
Fax: (21) 220-1762/220-6436
Título em inglês: Clinical laboratory - Requirements and recommendations for
Endereço eletrônico: urine examination
www.abnt.org.br
Descriptors: Clinical laboratory. Recommendations. Urine
Copyright © 2000,
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavra(s)-chave: Laboratório clínico. Recomendações. Urina 8 páginas
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Sumário
Prefácio
0 Introdução
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Exame de urina – Urinálise
5 Procedimento para a determinação dp sedimento urinário
6 Exame de urina automatizado – Urinálise automatizada
7 Coletas de amostras
ANEXOS
A Coleta das amostras
B Bibliografia
Prefácio
A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
0 Introdução
Cada laboratório deve consultar os profissionais médicos de sua comunidade e determinar que procedimentos deverão ser
usados e a abrangência dos exames a serem realizados. Essas decisões devem estar baseadas na avaliação de estudos
científicos conhecidos e publicados, bem como no tipo da população de pacientes que atendem.
b) Realizar a triagem de uma população para constatar a presença de doenças assintomáticas, congênitas, hereditárias,
de origem renal;
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e) Realizar a triagem de trabalhadores nas empresas, para constatar a presença de doenças preexistentes ou adquiridas.
1 Objetivo
Este Projeto de Norma descreve os procedimentos, os critérios e os requisitos mínimos para a realização do exame de
urina (EAS) no laboratório clínico para que os profissionais estabeleçam e apliquem diretrizes padronizadas na execução
do processo, a fim de evitar não-conformidades na elaboração dos laudos, destinados à aplicação médica.
No âmbito deste Projeto de Norma, o termo “urinálise” compreende algumas ou todas as seguintes determinações:
2 Referência normativa
A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais
recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
NCCLS GP16-A2 - Urinalysis and collection, transportation, and preservation of urine specimens - Vol.21 – No.19 -
Novembro/2001
o
Resolução ANVISA RDC n 33, de 25/02/2003 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos
de serviços de saúde
3 Definições
Para os efeitos deste Projeto de Norma, aplicam-se as seguintes definições:
3.1 Exame de urina: Exame realizado numa amostra de urina humana para determinar os caracteres físicos e químicos e
para verificar a presença de estruturas celulares ou de outra origem.
NOTA O exame de urina é conhecido com outras denominações, tais como: urina de rotina, sumário de urina, urina do tipo 1, EAS
(Elementos Anormais e Sedimento), EQU (Exame Químico de Urina), ECU (Exame Comum de Urina), urina parcial e PEAS (Pesquisa dos
Elementos Anormais e Sedimento).
3.2 Sedimento: Elementos figurados na urina que são concentrados por centrifugação ou detectáveis por citômetros de
fluxo em amostra de urina integral.
NOTA Esses elementos incluem células renais, leucócitos, hemácias, cilindros (hialinos, granulosos, céreos, etc.), cristais uratos,
fosfato triplo, cistina, etc., microorganismos (bactéria, levedo, etc.), e outros.
3.3 Tira reagente: Finos e estreitos pedaçõs de material inerte contendo uma ou mais almofadas de reação quimicamente
impregnadas para o desenvolvimento de uma reação detectável entre o analito de interesse no espécime e os reagentes
químicos específicos contidos nas almofadas.
NOTA Logo após a exposição à urina, essas almofadas impregnadas de reagentes ficam coradas e devem ser interpretadas
visualmente ou avaliadas mediante um instrumento de leitura de tiras reagentes.
b) pH.
Os testes por química úmida podem também serem utilizados para confirmar e validar os testes obtidos através do uso de
tiras reativas, o que é sempre recomendado para a pesquisa de proteínas na urina com ácido sulfossalicílico, nítrico ou
tricloro acético, pela sua importância clínica.
Os testes com tiras reagentes devem ser processados seguindo as instruções do fabricante.
A maioria dos exames microscópicos do sedimento urinário é realizado com o uso de montagens úmidas, entre lâmina e
lamínula, em campo claro. A coloração pode ser extremamente útil na identificação de células e cilindros. Os corantes
comuns supravitais, apropriados incluem o Sternheimer Malbin (Violeta cristal e Safranina O), Azul tolueno a 0,5%, Eosina-
Azul de metileno.
Nos casos suspeitos de lipidúria e/ou cristalúria, para uma conclusão definitiva, é recomendado a microscopia com luz
polarizada para a identificação dos lipídios e cristais. A microscopia de contraste de fase pode ser valiosa em determinadas
ocasiões, pois facilita a identificação dos elementos figurados.
Um método alternativo ao método microscópico manual é o exame do sedimento urinário por instrumento automático ou
semi-automático. Esse tipo de sistema permite a observação da amostra sem centrifugação, para a identificação e
contagem dos elementos figurados.
É inerente a esses sistemas uma reprodutibilidade maior, em comparação com a microscopia manual realizada por
diferentes pessoas, devendo ser seguidas às instruções do fabricante.
Ainda no sedimento urinário no caso de hematuria pode ser verificado, juntamente com as avaliações dos elementos
figurados, a presença de dismorfismo eritrocitário, que é a identificação da origem dos eritrócitos com as características de
acantócitos.
Os laboratórios podem considerar o uso de sistemas comerciais padronizados, que possibilitam relatar sedimentos
anormais por unidade de volume, ao invés de usar campos microscópicos.
Relacionamos a seguir os itens específicos, que devem ser padronizados no laboratório, para serem obtidos resultados
comparáveis dos exames de urina:
Caso seja usado um volume menor (por exemplo: pediatria, neonatos, anúricos), recalcule a concentração dos elementos
figurados e faça uma anotação a respeito no relatório final.
Os sedimentos de todas as amostras de urina devem ser ressuspensos em volume padronizado para assegurar
consistência entre as amostras dos pacientes, assim como amostras seriadas do mesmo paciente.
Para efeito de padronização nacional, esta Norma indica que o volume do sedimento urinário, resultante da centrifugação
de 10 ml de urina, deve ser de 0,20 ml.
Para efeito de padronização nacional esta Norma indica a utilização de um volume do sedimento concentrado e
ressuspendido de 0,020 ml (20 microlitros) para o exame microscópico do mesmo.
c) Retirar 9,8 ml do sobrenadante, com cuidado para não ressuspender o sedimento, deixando um volume de 0,2 ml no
tubo;
e) Transferir 0,020 ml (20 microlitros) desta suspensão do sedimento para uma lâmina de microscopia;
b) Para relatar o resultado por ml, observar no mínimo 10 campos microscópicos com aumento de 400X para leucócitos e
eritrócitos e 100X para células epiteliais e cilindros e calcular a média. Neste caso a média obtida deverá ser multiplicada
pelo fator 5.050;
c) Para relatar o resultado por µl, observar no mínimo 10 campos microscópicos com aumento de 400X para leucócitos e
eritrócitos e 100X para células epiteliais e cilindros e calcular a média. Neste caso a média obtida deverá ser multiplicada
pelo fator 5,050;
OBSERVAÇÃO: Os fatores acima foram obtidos a partir dos seguintes dados fixos, padronizados para um volume de
urina centrifugada de 10 ml, sedimento de 0,200 ml e volume do sedimento observado de 0,020 ml:
7 Coletas de amostras
Quando houver a coleta simultânea de material para EAS e para outros exames, o paciente deve ser orientado, sempre
que possível, coletar separadamente a urina para o EAS.
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O laboratório clínico deve informar ao paciente que a qualidade do resultado do seu exame depende do atendimento das
instruções informadas referente ao preparo, coleta, armazenamento, transporte e conservação da amostra de urina.
Havendo solicitação de urina de primeiro jato e de jato médio, a coleta poderá ser feita concomitantemente, desde que as
amostras sejam colocadas em frasco separados e identificados.
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//ANEXO A
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Anexo A (Informativo)
Coleta das amostras
É a amostra coletada quando o paciente/cliente levanta do leito, desde que respeitado um prazo mínimo de retenção
urinária de 04 horas.
A amostra, com hora marcada é colhida num horário especificado conforme solicitação médica.
A4. Amostra de cateter
A amostra suprapúbica é aquela que é coletada mediante aspiração da bexiga distendida através da parede abdominal.
As seguintes orientações devem ser fornecidas aos pacientes/clientes masculinos, para a coleta domiciliar da amostra de
urina:
a) Antes de iniciar o procedimento, o paciente deve lavar as mãos com água e sabão;
d) Enxugar, usando uma gaze esterilizada ou toalha limpa e seca, a partir da uretra e se afastando dela;
k) Ofereça ajuda se o paciente não for capaz de seguir o procedimento recomendado. O assistente deve usar luvas
esterilizadas.
As seguintes orientações devem ser fornecidas ao pacientes/clientes femininos, para coleta domiciliar da amostra de urina:
a) Antes de iniciar o procedimento, a paciente deve lavar as mãos com água e sabão;
d) Enxugar com toalha de pano limpa, de papel descartável ou com uma gaze;
NOTA 3 Exceto os casos de urgência ou a critério médico, a urina deve ser coletada após 5 dias do término do sangramento menstrual.
A coleta da urina com o coletor auto-aderente é particularmente recomendável para as crianças e adultos sem o controle
da micção.
Observar os procedimentos de higiene nos itens A6 e A7 e, retirar eventuais resíduos, tais como: talco, pomadas, etc. As
seguintes orientações devem ser fornecidas aos pacientes para a coleta da urina com auxílio do coletor auto-aderente:
b) Fixar o coletor auto-aderente na região genital de maneira que a uretra fique coberta por ele;
NOTA 3 Caso não ocorra à emissão da urina até 60 minutos após a colocação do coletor auto-aderente, ele deve ser retirado,
descartado e repetido todos os passos anteriores.
O laboratório clínico deve informar as condições para a identificação do frasco contendo o material coletado, se o mesmo é
realizado pelo paciente.
O frasco de coleta deve ser identificado pelo paciente ou seus familiares, com os seguintes dados:
a) Nome do paciente;
b) Data da coleta;
c) Hora da coleta.
Quando a coleta da amostra de urina é realizada no recinto do laboratório clínico, deve haver um procedimento com as
especificações a serem seguidas pelo pessoal encarregado pela coleta.
A10. Aceitação ou rejeição das amostras
Os laboratórios devem ter procedimentos escritos com os critérios de aceitação e/ou rejeição das amostras.
//ANEXO B
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Anexo B (Informativo)
Bibliografia
NCCLS GP16-A - Urinalysis and Collection, Transportation, and Preservation of Urine Specimens, Vol.15 No.15 December,
1995.
FISCHBACH, Frances Talaska. A Manual of Laboratory and Diagnostic Tests. Fifth Edition – Lippincott
BURTIS, Carl A. & ASHWOOD TIETZ, Eduard R. Textbook of Clinical Chemistry – W.B. Sauders Company
HENRY, John Bernard. Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. Editora Manole Ltda
CUNHA, Nadilson da Silva. Manual Prático do Exame da Urina. Rio de Janeiro: 1992. SBAC
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