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DO LEÃO
CONTO-NIKOLAI
Roxie Rivera - Her Russian Protector 6.1 conto 2
Sinopse
Tradução: Selene
Revisão Final: Perséfone
Formatação: Afrodite
Disponibilização: Afrodite
Grupo Rhealeza Traduções
CAPÍTULO UM
Ontem à noite, depois de trazê-la da galeria para casa e fazer amor com
ela novamente e mais uma vez, ela tinha tido seus altos e baixos quatro ou
cinco vezes. Ele aprendeu rapidamente que perguntar a ela como ele poderia
ajudar apenas agravava mais a situação e a frustrava mais. Então, ele tinha
ficado quieto e usado seu toque, uma carícia suave em suas costas ou um
aperto amoroso, para que ela soubesse que ele se importava e que ele estaria
acordado, se ela precisasse dele.
Mas, quando Nikolai olhou para cima, ele acenou com a faca afiada na
direção de Boychenko.
O garoto não iria. Um aviso era tudo o que ele precisava. Como que para
provar seu ponto, Boychenko pegou um punhado de toalhas de papel e pegou
o cachorro. Quando Boychenko terminou, Stasi passeou pela cozinha e cheirou
ao redor em busca de comida. Nikolai falou firme.
—Nyet.
O cão resmungou e bufou dramaticamente antes de sair da cozinha. Ele
iria lentamente fazer a ronda pela casa, procurando pelos guarda até que um
deles o alimentasse com algum deleite.
Ele não tinha que dizer o porquê. Todos na família sabiam o que haveria
hoje.
—Kolya?
Ele congelou e se voltou para a cama. Virada para o lado esquerdo dela,
ela levantou a cabeça de seu travesseiro e piscou sonolenta.
—Eu não acho que posso. — Ela fez uma careta e revirou os ombros. —
Minhas costas estão me matando.
Certo de que se pedisse para ela se mover ou rolar de lado iria invocar a
versão pouco raivosa de sua esposa normalmente doce, ele decidiu que seria
muito mais esperto apenas subir na cama atrás dela. Houve um momento em
que ele teria protestado só de pensar em amassar sua camisa antes de sair de
casa, mas esses dias haviam ficado para trás. Vivian o tinha mudado nas
pequenas coisas que ele nunca poderia supor. E ele a amava ainda mais por
isso.
—Eu fiz chocolate quente para você. — Ele se ajeitou em uma posição
atrás dela e arrumou os travesseiros para que ela pudesse ficar confortável
enquanto ele massageava suas costas. —É a receita de Benny.
—Você faz isso tão fácil para mim. — Ele beijou sua bochecha antes de
acariciar sua garganta. Ela tinha baixado sua armadura emocional, tanto que
ele só hesitou um momento antes de admitir: — Eu trabalhei duro nesta vida, e
construí tudo isso... —Ele gesticulou em torno deles. — ...Para que eu fosse
capaz de dar a minha esposa e filhos o que eles quisessem.
Ela tocou seu queixo, seus dedos deslizando pela sua pele.
Ele riu baixinho e continuou massageando a parte inferior das costas, até
que sentiu a tensão deixar os ombros. No fundo de sua mente, ele sabia que
precisava ir para a estrada se quisesse fazer a reunião na hora, mas de repente
ele não dava a mínima se Luka Beciraj tivesse que esperar.
O som de sua voz sussurrada o deixava louco. Apenas dez dias atrás, ele
tinha estado enterrado profundamente dentro dela, reclinado aqui nesses
travesseiros, enquanto ela ia à loucura em cima dele. Bastava lembrar-se do
modo como ela arranhou seu peito e gritou seu nome de novo e de novo para
enviar uma raia quente de necessidade através de seu estômago. Era difícil
acreditar que há apenas um ano, ela tinha sido uma tímida noiva virginal. Agora
ela era uma gatinha sexy e perversa que o levava a distração.
Quando ele deixou sua mão vagar ao longo da curva de seu quadril para
a coxa dela, ela riu baixinho e agarrou seu pulso.
—Não podemos.
—Nós podemos. — Ele arrastou a mão direita junto com a sua enquanto
deslizava seus dedos sob a camisola para encontrar a suavidade sedosa da pele
nua.
—Kolya...
—Isso também.
Com um puxão cuidadoso, ele puxou Vee de costas e abriu suas coxas.
Ela nem sequer protestou quando ele deu beijos sensuais ao longo da onda de
cada mama. Ele mordeu a frente de sua camisola e puxou para baixo para
revelar ainda mais seu corpo delicioso. Ela chupou uma respiração afiada
quando ele passou a língua contra seu mamilo. Sabendo quão sensível ela
estava, ele teve o cuidado para não ser muito rude com ela. Com sua mão
entre as coxas, ele segurou seu calor feminino e lentamente girou o pulso,
esfregando a palma da mão contra o clitóris dela. Não foi exercida uma pressão
suficiente para levá-la ao orgasmo, mas foi o suficiente para fazê-la se
contorcer e gemer por mais. Quando ela tentou beijá-lo, ele se afastou e sorriu,
fazendo-a trabalhar por ele. Ela enfiou os dedos pelos cabelos dele e segurou
um punhado, puxando para baixo para o beijo que ela tanto queria.
Foi a mordida que a levou à loucura. Ela arranhou seu ombro e escondeu
o rosto contra sua garganta quando gozou. O gemido de ecstasy que escapou
de sua boca o deixou sorrindo maliciosamente. Ele adorava fazê-la gozar desse
jeito, amando-a com a habilidade praticada de um homem que sabia tudo
sobre o segredo do corpo de sua mulher. Ela era dele, só dele e ele queria que
ela sempre se lembrasse de que ele era o único que poderia fazê-la se sentir
assim.
—Mas você...?
—Eu estou bem. — Ele apertou os lábios em sua testa. Ele estava tudo,
menos bem. Seu pênis doía e latejava, mas ele sabia o que aconteceria se ele
fizesse amor com sua esposa do jeito que ele queria. Ele ficaria calmo e
relaxado, o que simplesmente não seria bom. Não com tudo o que tinha de ser
feito durante a reunião de hoje. —Eu já estou atrasado.
Ele estreitou os olhos com suspeita. Ele tinha dito a ela que ele estava
saindo da cidade a negócios, mas ele não lhe tinha dado qualquer motivo para
se preocupar.
—Vee...
Erguendo o olhar, ela olhou para ele com uma expressão de ansiedade
pura.
—Você realmente vai se sentar com Luka, meu pai e Hector Salas?
—Vee. — Ele falou o nome dela com mais força, parando-a antes que ela
conseguisse fazer muitas perguntas. —Você sabe a minha posição sobre este
assunto.
—Porque eu não quero que você se preocupe como isso. — Ele franziu a
testa para ela. —Eu sabia que você ficaria em pânico.
—Luka entrou legalmente por Nova York. Ele trouxe seu primo com ele.
Eles parecem tão semelhantes que poderiam ser irmãos. Seu primo está
hospedado em Nova York e está fingindo ser ele. Zec se passa por Luka aqui
sem ninguém perceber.
—Eles fazem isso com frequência? Luka e seu primo mudam de lugares,
eu quero dizer?
—Tudo bem.
—Eu confio em você, Kolya. — Ela sorriu para ele e acariciou seu rosto.
—Eu te amo tanto. Por favor, seja cuidadoso.
—Sim, por favor. — Ela tentou se sentar, mas ele teve piedade dela e
ajudou-a. Depois que arrumou os travesseiros, ele trouxe a bandeja para a
cama e entregou o controle remoto da televisão. Ela colocou um pouco de
frutas em sua boca e ligou o noticiário da manhã. —Eu vou chamar Kiki mais
tarde para ver se ela tem algum conselho sobre toda essa dor nas costas.
Ele tinha aceitado, por ela, mas ele não tinha ficado muito confortável.
Apenas outro parceiro tinha sido corajoso o suficiente para falar com ele ou até
mesmo tentar ser simpático durante os intervalos. Kiki era uma boa pessoa,
mas ela tinha uma voz como uma broca de dentista. Ele poderia lidar com ela
em pequenas doses, mas ele não estava ansioso para compartilhar um quarto
de hospital com ela por horas e horas.
E havia algo mais. Algo que ele tinha vergonha de admitir, até para ele
mesmo. Ele estava com ciúmes da maneira como Vee ouvia cada palavra que
Kiki dizia e aceitava mais os conselhos e opiniões dela sobre as dele. Era uma
coisa infantil, realmente, mas lá estava ela. Ele estava tão acostumado a ter
Vivian procurando por ele para um conselho ou apoio. Tê-la instantaneamente
procurando alguma outra pessoa? Empurrá-lo de lado por alguém que ela
confiava mais? Isso o empurrou de cara com a parede do caralho.
Mas ele manteve sua boca fechada. Firmemente. Vivian precisava da
ajuda de Kiki para obter a experiência de parto que ela queria.
—Vou tentar voltar para você o mais rápido possível. — Ele olhou para o
relógio. —São umas três horas de carro para o encontro. As negociações vão
demorar uma hora ou duas. Então mais três horas de volta. Eu preciso passar
no Samovar antes de eu chegar a casa.
—Eu tenho alguns homens extras na casa hoje. —Ele segurou seu queixo.
—É apenas uma precaução.
O que ele não disse era que Besian tinha homens vigiando a casa e seu
próprio pai tinha enviado alguns de seus homens de maior confiança como
backup. Ela era a mulher mais segura nesta cidade.
—Tchau.
—Vamos logo.
Ladeado por seus homens, Nikolai saiu da casa e subiu para o assento do
passageiro da frente do SUV de Artyom. Quando o capitão de rua que ele mais
confiava saiu da garagem, Nikolai olhou para as janelas do quarto principal com
vista para o jardim. Ele conseguiu distinguir a silhueta de uma mulher, minha
mulher, por trás das cortinas brancas. Certo de que ela estava olhando, ele
quebrou sua calma e comportamento recolhido habitual e ergueu a mão para
mostrar que a tinha visto. A cortina se moveu apenas o suficiente para mostrar
seu belo rosto e uma mão acenando.
Atrás do volante, Artyom sorriu. Nikolai chamou sua atenção e lhe lançou
um foda-se para ele. O capitão apenas riu.
Nikolai bufou e deslocou para ficar confortável para a longa viagem que
os aguardava.
—Apenas dirija.
—Sim chefe.
CAPÍTULO DOIS
Um movimento nas árvores chamou sua atenção. Ele viu Danny ao longo
do perímetro e, em seguida, um dos homens de Hector há cerca de vinte
metros de distância. Eles tinham a área bloqueada, mas Nikolai não esperava
nenhum problema.
—Você deve estar animado sobre o seu filho. — Ele jogou as cinzas sobre
o deck antes de inclinar os braços contra ele.
—Sim.
—Veremos.
—Não. Vou esperar até maio quando ela se formar e então eu posso
trazê-la direto para casa comigo.
Nikolai não achava que era sua obrigação dizer ao outro homem como
cortejar uma mulher, mas ele era muito arrogante e a indiferença de Luka ia
tirá-lo de problemas. Ele ainda estava tentando descobrir uma maneira de dar
ao jovem chefe um pouco de orientação sem ofendê-lo quando Romero se
juntou a eles.
Seu sogro caiu em uma cadeira e estendeu as suas pernas. Sua jaqueta
de couro rangia a cada movimento. Revirando o tornozelo, ele fez uma careta,
e Nikolai se perguntou se a idade estava finalmente recuperando o atraso com
o notório executor.
—Eu vou manter um olho nela, mas você não precisa se preocupar.
Vivian tem falado com seu médico sobre a história da família. Temos aprendido
sobre os sinais. —Ele não tinha que dizer que faria qualquer coisa para manter
Vivian e o bebê seguros. Terapia, drogas, babás, enfermeiras, ele iria mover
céus e terra para ter certeza de que sua esposa tivesse o que precisava para ser
uma boa mãe e feliz e saudável. —Nós estamos preparados.
—Ela era o bebê mais belo. — Sua voz grave não combinava com a
expressão melancólica em seu rosto duro. —Seus olhos são de um azul pálido
agora, mas quando ela era bebê, eles eram mais azuis do que o oceano. Eu
nunca tinha visto nada parecido. —Ele limpou a garganta e manteve o olhar
fixo no lago. —Eu não podia acreditar que eu tinha feito algo tão perfeito.
Nikolai não estava certo do que dizer. Ele não era próximo de seu sogro.
Depois de tudo, o homem havia tentado matá-lo uma década atrás! Ouvir que
o homem infame estava com dificuldades de falar sobre seus sentimentos
sobre a paternidade era inquietante, para dizer o mínimo.
—Olá?
—Kolya?
—O que há de errado?
Porra.
—Hum...
—Vee!
—Então, elas meio que começaram logo depois que você saiu. Elas não
estavam regulares no início, mas eram dolorosas. Agora elas estão regulares e
dolorosas.
Seu estômago embrulhou. Cinco horas. Cinco horas de merda! Ele queria
gritar uma centena de perguntas diferentes para ela, mas ele tentou manter a
calma.
Kiki diz. Kiki diz. Ele tinha algo que queria dizer a Kiki.
—Eu estou a caminho para casa. Não espere por mim, se você precisar ir
para o hospital. Ten, Ilya e Boychenko sabem o que fazer.
—Eu sei. — Ela parecia estranhamente calma agora. —Não tenha pressa.
Não se apresse. Isso pode levar horas e horas.
Horas? Ele não queria pensar sobre ela estar com dor por nem uma hora.
—Não esta noite. Eles vão estar me esperando. Eu vou encontrar uma
maneira de ver minha filha e meu neto. Em breve. —Meu sogro gesticulou para
a casa. —Vá. Vou deixar que os outros saibam que você teve que sair.
—Ela vai ficar bem. — Kostya tinha permanecido em silêncio até que
atingiu os limites da cidade de Houston. —As mulheres têm tido bebês desde o
início dos tempos. Seu corpo sabe o que fazer. —Ele rapidamente mudou de
pista e acelerou novamente. —E se seu corpo tiver problemas, alguns dos
melhores médicos do mundo estão aqui nesta cidade.
—No quarto com sua doula. —Disse Boychenko. —O SUV está pronto
para ir. Eu tenho as malas no banco de trás.
—Agora não.
—Eu acho que isso está começando a ficar sério. — Ten comentou. —Ela
estava caminhando em torno da casa, subindo e descendo as escadas, mas ela
foi para o quarto a cerca de quarenta minutos atrás. —Ele olhou para o relógio.
—Ela e Kiki não saíram desde então, mas Vivian está fazendo muito barulho.
Percebendo que ela estava tensa, ele agarrou a parte de trás de seu
pescoço com uma mão e a massageou suavemente. Ele colocou a outra mão
em sua barriga. O treinamento que tinha assistido veio de repente.
—Você tem que relaxar, Vivian. Toda vez que você lutar com a
contração, vai doer mais.
Quando abriu os olhos, ele viu Kiki ainda sentada na cadeira, mas ela
sorria calorosamente para ele. Depois de todas essas semanas não gostando
dela, ele se sentiu estranhamente feliz por ter sua aprovação.
Eu não vou foder isso. Eu posso fazer isso. Eu posso ajudar Vee a passar
por isso.
—Chuveiro.
Eles não tinham estado sob o jato quente por muito tempo quando ela
gemeu de dor novamente. Inclinando-se para trás contra ele, ela balançava de
lado para o outro. Ele passou os braços em volta de seu corpo nu, apoiando sua
barriga e beijando seu pescoço.
Fora do quarto, Kiki tinha trazido uma grande bola de parto. Vivian de
bom grado caiu sobre ela e se inclinou para frente contra o colchão. A doula
massageou a parte inferior das costas de Vivian, enquanto ele se vestia
apressadamente. Ele saiu do banheiro com os sons de sua esposa agarrada a
outra contração. Olhando para o relógio, ele calculou o tempo entre elas. A
este ritmo, ela ia ficar em trabalho de parto por horas!
—Só não me deixe. —Disse ela, com a voz estranhamente rápida. —Eu
preciso olhar pra você.
—Zolota. — Ele beijou sua testa. —Eu estou aqui. Eu não vou sair da sua
visão novamente.
—Foi bem. Ele me disse que virá para vê-la e o bebê em breve.
—E o seu negócio?
Ele começou a dizer para não se preocupar com nada disso, mas ele a
conhecia muito bem. Ela iria se debruçar sobre ele se ele não a tranquilizasse.
As contrações ficaram mais fortes e mais perto uma das outras até que,
finalmente, era hora de sair para o hospital. Até agora, Ten estava andando
pelo corredor. Boychenko parecia que ia desmaiar quando Vivian teve que
parar no meio da escada e gemer por causa de uma contração particularmente
dolorosa.
A doula não parecia saber o que fazer com o executor gigante. Ela
simplesmente assentiu e foi atrás dele com seus sacos de mantimentos.
Boychenko ficou para trás para vigiar a casa, mas Ilya e alguns da equipe de
Artyom estavam esperando do lado de fora para montar escolta, apenas no
caso. Nikolai não achava que alguém seria estúpido o suficiente para fazer um
movimento esta noite, mas ele nunca tinha nada como garantido, não no que
dizia respeito a Vee.
Se alguém tivesse a coragem de tentar algo, ele não teria suas bolas por
muito mais tempo. Ele não chamaria Kostya para esse trabalho também. Seria
um que ele faria sozinho.
Uma vez que eles estavam na estrada, as contrações de Vivian pareciam
ficar mais intensas, mas que a deixaram focada e irritantemente calma. Se não
fosse a mão dela segurando a sua com tanta força que as pontas dos dedos
ficaram dormentes, ele não teria sequer sabido que ela estava com dor.
Quando chegaram ao hospital, Ten ficou para trás para lidar com o
estacionamento. Com sua bolsa hospitalar pendurada no ombro, Nikolai
ajudou Vivian a sair do veículo com a ajuda de Kiki. Eles entraram e foram
levados rapidamente até o andar da obstetrícia.
—Me ajude?
Ela não parecia ser capaz de falar frases longas mais. Era como se seu
cérebro tivesse decidido encerrar certas funções de modo que o único foco de
seu corpo estivesse no parto do filho.
—Vou limpar você. — Ele tirou o vestido molhado de seu corpo e ajudou-
a a entrar no chuveiro. —Eu vou pegar um vestido novo.
Vivian olhou para ele e conseguiu dar um sorriso fraco. Uma careta o
substituiu rapidamente. Eles logo perceberam que ela não podia lidar com a
dor. Com o dispositivo de monitoramento anexado a sua barriga, eles
começaram a mesma rotina que tinha vindo trabalhando na casa, como
caminhar, balançar e ficar de cócoras. Com a orientação Kiki e sua própria
intuição, ele ajudou Vivian no melhor que pôde.
—Por favor, pare de verificar o seu relógio! — Vivian disse depois de uma
longa e particularmente intensa contração.
—Eu sei. — Ela apertou a testa ao peito e se inclinou para ele. —Sinto
muito.
—Eu acho que vou vomitar. — Vivian se afastou dele e de repente olhou
freneticamente ao redor da sala.
Ele teve que morder a língua enquanto pensava sobre o alívio que uma
peridural daria a ela. Ela poderia estar livre dessa dor e de repouso na cama em
vez de tentar encontrar novas formas para aguentar a dor enquanto seu corpo
trabalhava para forçar a criança a sair de seu ventre. Lembrando do inferno
dele se recuperando de facadas e tiros, ele se perguntou quantas vezes as
dores de parto eram maiores. Dez? Vinte?
E isso não era nem mesmo a pior parte do trabalho. Em breve, ela estaria
em um inferno. Suas pernas começaram a tremer quando uma onda de náusea
o acertou enquanto ele imaginava a incrível dor que iria acompanhar a descida
e saída do bebê. Tome os remédios, Vee. Basta tomar a porra das drogas! Ele
queria gritar para ela mudar seu desejo, para deixar um médico vir antes que
fosse tarde demais. Mas ele não disse isso.
Ele se agachou ao lado de sua mulher e Kiki olhou para ele como se ele
silenciosamente pudesse fazer alguma coisa. Pegando um pano limpo da pilha
ao lado da pia da sala de parto, ele o umedeceu em água fria e voltou para o
seu lado. Assumindo a mesma posição agachada, ele limpou a testa e
ternamente beijou sua testa.
—Você está indo muito bem. Você está me surpreendendo, Vivian. —Ele
beijou sua boca. —Solnyshka. — Ele a beijou de novo. —Estamos quase lá. Eu
estou tão orgulhoso de você.
Não estando mais focada na parede do outro lado da sala, ela segurou
seu olhar e assentiu. Ele se deslocou até que estava diretamente atrás dela e
sentou naquela bola de parto esponjosa. Com os braços sob os dela, ele a
segurou e deu o apoio de que precisava para se agachar sem cansar as pernas.
As contrações estavam uma em cima da outra agora e Vivian parecia estar
vocalizando sua dor muito mais.
—Tudo bem, garota. —Disse a parteira. —Se você quer dar à luz aqui,
tudo bem. Mas se você acha que quer estar na cama é hora de se mover. —Ela
deu um tapinha no joelho de Vivian de novo. —Porque este bebê está a
caminho.
A caminho? Agora?
Ele nem sequer esperou pela parteira. Na próxima pulsação, ele estava
de pé levando Vivian em seus braços. Ele cuidadosamente colocou-a na cama e
acariciou seus cabelos, enquanto a equipe voou em um turbilhão de atividades.
Kiki se moveu para o outro lado da cama e falou calmamente com a parteira
sobre o plano de parto e as coisas que Vivian queria tentar evitar.
—Oh meu Deus, Nikolai. — Ele podia ouvir o medo em sua voz agora.
Uma lágrima caiu do canto de seu olho esquerdo. —Isso dói muito. Eu
literalmente não... Posso... Ahhhnnnnn. —Ela fechou os olhos e choramingou
lamentavelmente. —Blyad!
—Solnyshka, você consegue fazer isso. Você chegou até aqui. Você está
tão perto.
—Oh, Deus, Nikolai. —Disse ela, quase em pânico. —Eu sei que eu disse
que queria cinco bebês com você, mas talvez um seja o suficiente!
Ele colocou seu cabelo úmido atrás da orelha e arrastou seu polegar
sobre seu lábio inferior.
—Um deles é um número perfeito.
Ela parecia ter um longo relacionamento com sua doula que assumiu a
outra perna de Vivian. Encolhida em uma bola, Vivian exalava poder feminino
puro enquanto ela abordava a fase mais difícil do processo. No fundo de sua
mente, ele sabia que isso poderia levar horas em alguns casos, mas a julgar
pela resposta da parteira e da doula, Vivian parecia estar quebrando um
recorde. Aparentemente consumida por sua necessidade de ver seu filho, ela
olhou fixamente para um ponto no teto e inalou lentas respirações antes de
cada contração.
Um, dois, três, quatro empurrões e de repente a parteira pediu para ela
respirar e parar de empurrar. Ele manteve os olhos voltados para o rosto de
Vivian. Ela quebrou sua concentração na dor que a oprimia e olhou para ele
com uma expressão de tormento torcendo seu belo rosto. Fazendo caretas, ela
se agarrou a sua camisa e braço e choramingou. O suor escorria e molhava o
topo do vestido.
Quando Lev foi colocado no peito de Vivian, Nikolai ficou tonto. Tudo
tinha acontecido tão rápido que quase não acreditava que era real. Vivian
soluçava enquanto ela cautelosamente tocava seu pequeno menino. Seus
dedos tremiam enquanto alisava as mechas de cabelo escuro no topo de sua
cabeça pequena.
Alheia à dor, Vivian abraçou seu filho e virou os olhos cheios de lágrimas
em direção a ele. Com sua voz cheia de emoção, ela disse:
—Kolya.
—Solnyshka.
Lev está aqui. Nasceu com 3,400 kg. Vee foi incrível. Ela está
descansando agora.
Uma batida na porta chamou sua atenção. Ele estava guardando seu
telefone na bolsa quando uma enfermeira entrou no quarto com um saco de
papel familiar na sua mão.
—Um amigo de vocês deixou isso no balcão. Ele não queria incomodá-lo,
mas ele disse que queria ter certeza de que você tivesse uma boa refeição esta
noite.
—Obrigado.
Um pouco mais tarde, a enfermeira saiu seguida por Kiki, mas não antes
de apertá-lo em um abraço de urso. A doula o pegou desprevenido e tinha os
braços em volta dele antes que ele pudesse contorná-la. Ele desajeitadamente
bateu em suas costas e agradeceu-lhe enquanto Vivian sorria para eles da
cama.
—Ele está com sono, como sua mãe. — Vivian sussurrou, suas pálpebras
já se fechando.
—Deixe-me levá-lo.
Nikolai esperou para ver se ela se oporia a ter o bebê tirado dela. Seus
instintos maternos para proteger ferozmente seu filho tinham sido ativados
com seu nascimento, ela parecia um pouco possessiva sobre segurá-lo. Era uma
reação natural, ele supôs, especialmente depois da experiência primal que ela
tinha suportado.
Nikolai engoliu em seco. Sua garganta se apertou quando ele olhou para
seu filho. A tinta escura em seus braços parecia tão dura e cruel em relação à
inocência angelical do rostinho doce de Lev. Sentindo-se vulnerável, mas
corajoso, ele admitiu:
—Eu amo você. Muito. Eu não poderia ter feito isso sem você.
—Sim, você poderia. Porque você é a pessoa mais forte que eu conheço,
Vee. —Segurando Lev perto, ele se inclinou e capturou sua boca em um beijo
que ele nunca quis terminar. —Eu te amo não chega nem perto do que eu sinto
agora.
—Algum dia, tudo isso será seu. — Nikolai jurou então que ele iria
continuar a construir um negócio legítimo e verdadeiro para que seu filho, ou
seus filhos, pudessem herdar. —Tudo o que faço é para você e sua mãe. — Ele
engoliu uma bola de emoção presa em sua garganta. —Você é o garoto mais
sortudo do mundo por ter a mama que você tem. Algum dia, você vai entender
como ela é maravilhosa, como ela é linda, forte e brilhante. Algum dia, você vai
ser tão apaixonado por ela como eu sou.
—Eu não sou um bom homem. Eu cometi muitos erros. Mas eu vou ser
um bom pai para você. Eu vou ser um bom pai e um bom marido, e você
sempre vai saber o quanto é amado. —Seus olhos ardiam e ele piscou
rapidamente para eliminar as lágrimas. Ele jurou por sua vida que seu filho
nunca conheceria a fome, a dor, o trauma e o abuso que havia arruinado sua
própria infância. —Você e sua mãe são a razão de eu respirar.
Fim