Sei sulla pagina 1di 40

Universidade Federal do Rio Grande

Escola de Engenharia
04285 - Corrosão e Proteção

Aula 7– Corrosão microbiológica e


Corrosão associada a solicitações
mecânicas

Profa Sara Matte Manhabosco


CORROSÃO
MICROBIOLÓGICA
Corrosão microbiológica

• Também chamada de corrosão microbiana ou corrosão induzida


por micro-organismos.

• Corrosão do material, metálico ou não metálico, sob a influência


de micro-organismos, normalmente bactérias (corrosão
bacteriana), mas também existem exemplos de corrosão
atribuídos a fungos e algas.

• Ambientes propícios: água do mar, rios, regiões pantanosas,


sedimentos oleosos, solos contendo resíduos orgânicos ou sais
como sulfatos, sulfetos, nitratos, fosfatos ou ainda enxofre.
Corrosão microbiológica

• Corrosão de materiais metálicos associada a


microrganismos.

• A forma mais comum encontrada é do tipo pites e


microrganismos de diferentes gêneros participam
do processo, tanto aeróbios como anaeróbios.

• O aparecimento de biofilmes e a detecção de


microrganismos auxilia a sua identificação. O gênero
de bactérias mais conhecido é o das bactérias
redutoras de sulfato (BRS).
Corrosão microbiológica
• Biofilme: Resultado do metabolismo de micro-organismos.

• Compostos orgânicos dissolvidos na água são adsorvidos no


substrato, iniciando formação do biofilme.

• A aderência do biofilme ao metal e a interação dos produtos


metabólicos com a superfície metálica facilitam a corrosão.
Corrosão microbiológica

Influência na formação do biofilme:


• ↑ Temperatura (30-40 °C) – facilita crescimento;

• Velocidade do fluxo alta – menos volumosos e mais


aderentes;

• ↑ pH – impede o desenvolvimento de bactérias;

• Ausência de oxigênio – possibilita o desenvolvimento de


bactérias anaeróbias (redutoras de sulfato);

• Limpeza e sanitização – impedem ou minimiza a formação.


Corrosão microbiológica

Influência de micro-organismos sobre os processos de corrosão:


• Células de concentração diferencial;

• Consumo de inibidores;

• Alteração do pH;

• Modificação dos produtos de corrosão;

• Modificação da morfologia da corrosão.


Corrosão microbiológica
Como minimizar:
 Métodos físicos:
- Limpeza adequada
- Projeto adequado das estruturas
- Utilizar materiais mais resistentes a corrosão
- Revestimentos protetores
Corrosão microbiológica
Como minimizar:
 Métodos químicos:
- Pinturas biocidas
- Tratamento com biocidas

 Métodos Eletroquímicos:
- Proteção catódica (anodos de
sacrifício, corrente impressa).
Corrosão microbiológica
Alguns Casos:
• Deterioração de mármore e concreto → Apresentam deterioração sob a forma
de alvéolos ou de escamações

• Biodeterioração de tintas, plásticos e lentes → Deterioração causada pelo


desenvolvimento de fungos em locais úmidos
Corrosão microbiológica

Alguns Casos:

Equipamento de operações de usinagem

→ A utilização de óleos de corte nas operações de usinagem


pode resultar na corrosão de equipamentos.

→ Tal deterioração pode formar gases tóxicos.


Corrosão microbiológica

Alguns Casos:

• Tubulações de distribuição de águas → A


presença de depósitos (tubérculos, óxido
de ferro hidratado) devido às bactérias
oxidantes de ferro, pode entupir as
tubulações ou criar condições para
corrosão por areação diferencial.
Corrosão microbiológica

Alguns Casos:

• Tanques de armazenamento de
combustíveis → Corrosão caudada
pela contaminação microbiológica
de combustíveis derivados do
petróleo na presença de água.
Corrosão microbiológica

Alguns Casos:
• Sistemas de resfriamento → São propícios ao crescimento de micro-
organismos e formação de biofilme, pois:
• A agua é aerada;
• Exposição solar;
• pH entre 7 e 8;
• Temperatura entre 27 e 80°C.

• Trocadores de calor sofrem corrosão por


aeração diferencial, provocada por
depósitos de origem microbiana ou
corrosão por bactérias redutoras de sulfato
em regiões anaerobiose.
Estudo de caso - microbiológica

Sistema
Tubulação de água bruta.

Material
Aço-carbono.

Condições Operacionais
Condução de água bruta, sem tratamento.

Observações
Após quatro anos de operação, ocorreram:
• perda de carga no sistema de abastecimento de água bruta;
• água ferruginosa com coloração alaranjada.

Inspeção
A inspeção realizada acusou a presença de grande quantidade de tubérculos constituídos
de óxidos de ferro. Retirados os tubérculos, foram observadas cavidades sob a forma de
pites ou alvéolos.
Estudo de caso - microbiológica
Análise
- A análise dos tubérculos evidenciou a presença de óxidos de ferro, Fe3O4 e Fe2O3,
hidratados.
- A análise da água bruta constatou a presença de bicarbonato de ferro, Fe(HCO3)2.
- A análise bacteriológica evidenciou a presença de bactérias oxidantes de ferro.

Solução
Limpeza mecânica da tubulação, por meio de raspadores.
Cloração prévia da água bruta, em pH ~ 7, para eliminação de bactérias oxidantes de
ferro, e oxidação de Fe2+, do bicarbonato, a Fe3+, posterior elevação do pH (para ~ 8), de
modo a precipitar o Fe3+ como hidróxido de ferro III, Fe(OH)3, e decantação ou filtração,
para separar esse hidróxido. Em seguida, para evitar a ação corrosiva da água, foi feito
tratamento com silicato de sódio.
Estudo de caso - microbiológica
Corrosão associada a solicitações mecânicas:
Efeito simultâneo e/ou sinérgico entre corrosão e
esforços mecânicos:

• Corrosão-fadiga;

• Corrosão sob-tensão;

• Corrosão erosão;

• Corrosão cavitação;

• Fragilização pelo hidrogênio.


CORROSÃO-FADIGA
Corrosão-fadiga
• Quando um metal é submetido a solicitações
mecânicas alternadas ou cíclicas → FRATURA POR
FADIGA.

• A corrosão-fadiga é a ruptura com aplicação de


tensão cíclica em presença de um meio corrosivo.
Corrosão-fadiga

• Forma-se uma pequena trinca, em geral num ponto


de concentração de tensões, que penetra
lentamente o metal, numa direção perpendicular à
tensão.

• Após certo tempo, a área do elemento se reduz de


tal forma que não pode suportar a carga aplicada →
Fratura repentina – quase sempre de maneira frágil.
Corrosão-fadiga
Reconhecimento da fratura por fadiga:
• Normalmente fácil de identificar;
• Região no início da trinca tem aspecto liso;
• A segunda região é a área de aspecto rugoso, fibroso ou cristalino
onde se verifica a fratura repentina.
Corrosão-fadiga
Mecanismo

O início da fratura pode estar associado a:

• Concentração de tensões nos locais de entalhe ou


pites formados pelo meio corrosivo;

• Fendas, na superfície do metal, produzidas por


intrusões e extrusões microscópicas formadas durante
os ciclos de tensões.
Corrosão-fadiga
Proteção contra corrosão-fadiga:
• Revestimentos protetores (devem possuir elasticidade): tintas,
revestimentos metálicos, anodização.

• Modificando o meio: inibidores de corrosão.

• Modificando as propriedades superficiais: Aplicar tensões


compressivas na superfície metálica (nitretação superficial).

• Proteção catódica (Aços recuperam seu limite à fadiga em


potenciais suficientemente catódicos – cuidado com materiais
susceptíveis à fragilização por hidrogênio).
Corrosão-fadiga
CORROSÃO SOB-TENSÃO
Corrosão sob tensão
• Na corrosão sob tensão, tem-se a deterioração de materiais
pela ação combinada de tensões residuais ou aplicadas e
meios corrosivos;

• Quando se observa a fratura dos materiais, ela é chamada


de corrosão sob tensão fraturante (stress corrosion
cracking);

Ação sinérgica entre a tensão mecânica e o meio corrosivo,


ocasionando fratura em um tempo mais curto do que a soma das
ações isoladas de tensão e da corrosão.
Corrosão sob tensão
Curva típica tensão versus deformação.
smo
Tensão, s
sm

Corrosão Meio
sob tensão inerte

Zona
elástica

e eo

Deformação, e
Corrosão sob tensão
Avaliação da suscetibilidade:

• Tensão máxima relativa, σm/ σmo

• Alongamento relativo, e/eo

• Redução de área relativa, A/Ao

• Tempo de ruptura relativa, t/to

• Energia de ruptura relativa, E/Eo


Corrosão sob tensão
• Na corrosão sob tensão as solicitações mecânicas são estáticas
ou dinâmicas (velocidade de deformação constante - lenta);

• As tensões residuais que causam corrosão sob tensão são


geralmente provenientes de operações de soldagem e
deformações a frio (estampagem, dobramento);

• Característica importante na corrosão sob tensão é que não se


observa praticamente perda de massa do material. O material
permanece com aspecto aparentemente íntegro até que ocorre
a fratura.
Corrosão sob tensão
• Tempo necessário para ocorrer corrosão sob tensão fraturante
em um dado material metálico depende:

- da tensão – quanto mais cresce, menor o tempo para ocorrer a fratura


(evitar regiões de concentrações de tensão, como pites e entalhes);

- da concentração ou da natureza do meio corrosivo;

- da temperatura;

- da estrutura e da composição do material – geralmente o material


com grãos menores é mais resistente à corrosão sob tensão
fraturante.
Corrosão sob tensão

• Metais puros são geralmente imunes à corrosão sob


tensão fraturante, mas, no caso do cobre, traços de
impurezas podem torná-lo susceptível à corrosão sob
tensão;

• Por exemplo, pequena quantidade de fósforo, usado


para desoxidar cobre, pode torná-lo susceptível.
Corrosão sob tensão
Mecanismo
• A corrosão sob tensão envolve duas etapas: a nucleação da
trinca e a propagação da trinca;

• A nucleação da trinca se caracteriza por um tempo de


indução. Têm sido associada a nucleação de um pite e
posterior desenvolvimento da trinca.
Corrosão sob tensão
Corrosão sob tensão
• A propagação da trinca pode se dar de forma
intergranular ou transgranular.
Corrosão sob tensão
• Superfície de fratura:
Corrosão sob tensão
Proteção
• Deverá haver a preocupação durante a fase de projeto, de
prever e evitar situações desfavoráveis;

• Redução das tensões em serviço, limitando a região elástica,


nem sempre possível;

• Eliminar a geração de tensões residuais;

• Alterações no meio de trabalho: pH, oxigênio, cloretos, etc;

• Uso de inibidores de corrosão ou proteção catódica (atenção


com o hidrogênio);

• Materiais mais resistentes: Duplex no lugar de 316.


Corrosão sob tensão
Corpos de prova lisos para corrosão sob tensão:

Corpo de prova Corpo-de-prova Corpo de prova de tração


em U em C

Apoio em 2 pontos Apoio em 3 pontos


Corrosão sob tensão
Corpos de Prova Pré-Trincados (Fractomecânicos)
“Compact tension” - CT
s

Viga em balanço (“Cantilever beam”)

Corpo de prova com K constante


Corrosão sob tensão

Potrebbero piacerti anche