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Introdução
Durante o ano de 2005 realizamos atividades com grupo
operativo em uma unidade da FEBEM. Este grupo era formado por 15
internas e 3 estagiários que conduziam as atividades, sendo
composto por dois do sexo masculino e um do sexo feminino. O
objetivo principal ao trabalhar com as jovens foi promover a reflexão
sobre o projeto de vida e as expectativas em relação ao futuro. Para
tanto foram realizados 10 encontros no primeiro semestre, e, como
se tratava de um estágio supervisionado, houve uma pausa para as
férias da universidade, e retorno no segundo semestre no qual foram
realizados mais 14 encontros.
Como estratégia para o desenvolvimento do grupo operativo,
foram utilizadas atividades como dinâmicas de grupo, atividades
lúdicas envolvendo pintura, dramatização e colagem, além de filmes
e leitura de histórias que servissem como disparadores para
discussões.
Quando escolhemos o estágio na FEBEM, sabíamos, desde o
começo, que não estava ao nosso alcance encontrar respostas
conclusivas para as questões complexas então colocadas. No entanto,
ao ingressar no estágio, começamos a verificar que determinados
fenômenos que estavam surgindo no grupo, poderiam fornecer
reflexões para se compreender melhor o tema. Para isso discutiremos
o jovem infrator, seus relacionamentos familiares, sua dificuldade
com as regras,com os limites e com a escola.
Discussão
O grupo operativo é um instrumento de trabalho da Psicologia
para grupos, tem a função de investigar, avaliar aspectos das
pessoas do grupo, bem como pode cumprir uma função terapêutica.
É essencial a execução de uma tarefa, de uma atividade com a qual o
grupo possa trabalhar. Os grupos operativos foram desenvolvidos na
década de 40, na Argentina, por Pichon Rivière: os objetivos do grupo
são definidos pelo próprio grupo, a cada encontro existe uma tarefa a
ser realizada, a partir da tarefa trabalham-se as relações
interpessoais e as implicações de cada um no grupo. É fundamental
respeitar o conteúdo emergente do grupo, ou seja, trabalhar com a
informação que o grupo atualiza a cada momento e que corresponde
ao que pode admitir e elaborar.
De acordo com Zimerman e Osório (1997), um bom
coordenador escolhe técnicas que levem ao alcance dos objetivos,
tem o papel de facilitador e deve diagnosticar a situação grupal para
poder modificar os esquemas referenciais de funcionamento do
grupo. O coordenador do grupo operativo deve analisar os papéis que
são representados no grupo: pelo líder de mudança, que busca o
movimento grupal, tem iniciativas e facilita a realização das tarefas;
pelo líder de resistência , que puxa o grupo para trás, dificulta os
debates, paralisa a comunicação e a ação do grupo; pelo bode
expiatório, que assume a culpa do grupo e vira depositário de todos
os conteúdos não trabalhados pelo grupo; pelo representante do
silêncio, que assume a dificuldade da comunicação grupal, o lugar
da resistência; e pelo porta-voz, que funciona como uma antena
sintonizada com o conteúdo grupal, o que permite ao coordenador
saber o que se passa inconscientemente com o grupo.
O coordenador tem que analisar os papéis e as projeções do
grupo, dos participantes isoladamente e dele próprio como parte
integrante do grupo. Ele deve fazer intervenções que promovam a
Conclusão
Por meio da experiência deste estágio pudemos compreender a
importância de trabalhos com adolescentes infratores em internação,
tanto para a comunidade quanto para nós estagiários, possibilitando
ganhos para ambas as partes. Nós, como estudantes, pudemos
vivenciar as dificuldades do exercício do papel profissional em
Referências Bibliográficas
Contato:
Vânia Conselheiro Sequeira
Rua Itacolomi, 333 cj. 84
São Paulo - SP
e-mail: vaniasequeira@terra.com.br
Tramitação:
Recebido em: maio de 2006
Aceito em: agosto de 2006