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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

CAMPUS: SÃO GABRIEL

RESUMO (Capítulos 1, 2, 3) do Livro


A FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO INOVADOR: Uma Visão
Internacional

Nome: Vinícius Antônio Dias de Almeida

Belo Horizonte
2010
Vinícius Antônio Dias de Almeida

RESUMO (Capítulos 1, 2, 3) DO LIVRO


A FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO INOVADOR: Uma Visão
Internacional

Resumo apresentado à disciplina de


Introdução à Engenharia do curso
de Engenharia de Computação da
Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais, Campus São Gabriel.

Professor: Fernando Camilo Paes

Belo Horizonte
2010
Resumo

Livro: A FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO INOVADOR – Uma visão


internacional
Autor: Marcos Azevedo da Silveira

Capítulo 1
 Trunfo econômico e político internacional: inovação tecnológica. Cabe ao
engenheiro fazer o produto e viabilizá-lo para o mercado se possível.
 “Obras” de engenharia envolvem: o social, o legal, o político, o econômico, o
administrativo, o técnico e o ambiental; todos integrados.
 ***Engenheiro => “Problem solver”.
 Surge a “sociedade pós-industrial” ou de serviços, mais proximidade com o
cliente.
 A nova administração exige uma matemática só dominada por engenheiros.
 FRANÇA: Engenheiro da ‘Grande École’: generalista e de base científica. Modelo
2x3.
"engenheiro generalista de base científica":
3 anos de estudo, com formação generalista, completada com
alguma especialização no terceiro ano e diversos estágios em empresas (como
atividade curricular e controlados pelas escolas).

"engenheiro tecnicista de formação longa":


o aluno cursa dois anos em uma escola
técnica de nível superior (Institut Universitaire Technologique - I.U.T.), obtendo
um Diplôme Universitaire Technologique (DUT) e, depois de três anos de
experiência na indústria, pode realizar mais dois anos de estudos universitários
complementares (em meio tempo, enquanto trabalha), obtendo assim o diploma
de engenheiro.

MODELO ALEMÃO: “Engenheiro tecnicista de formação curta”: Nas Fachhochschüles


o engenheiro recebe uma formação essencialmente
técnica, entremeada de estágios na indústria, ao longo de três anos, sem maiores
preocupações com embasamento científico.

 “Engenheiro especialista de base científica”, 2x3:


O outro diploma é obtido em uma Technische Universität (anteriormente
Hochschulen), ao longo de cinco anos, seguindo até 2004 o esquema 2+3: dois
anos de estudos científicos básicos e três anos em estudos muito especializados,
culminando com o projeto de fim de curso e a tese de diploma. Não há
formação gerencial ou humanística. O autor foi informado que é comum o aluno
dispender seis anos para obter o grau de ingenieur, por atrasos na entrega da
tese de diploma, conseqüência dos estágios na indústria.

; MODELO ANGLO SAXÃO: “Engenheiro de formação humanística de base


científica”: e “Engenheiro tecnólogo de formação curta”: Olhando o currículo das
escolas de engenharia (não universitárias) britânicas e de boa parte das escolas norte-
americanas não classificadas como universidades de pesquisa, vemos uma orientação
muito técnica, sem formação, Este é o engenheiro que passa diretamente a um emprego
na indústria.
BRASIL: Só encontramos estágios com supervisão acadêmica nos laboratórios de
pesquisa, associado a bolsas de iniciação científica (o que permite medir sua pequena
extensão). Somadas à freqüente utilização de livros texto tradicionais norte-americanos
centrados na "instrução programada" (como os da Coleção Schaum, sem
utilização efetiva da da física e matemática ensinadas no início dos cursos), estas
características indicavam a formação, de fato, de um "engenheiro bacharel",
 70’s formação livresca superficial; engenheiros operacionais (3 anos + 2
complementares facultativos).
 Cursos da Estácio: seqüenciais de 3 anos restritos a uma especialização técnica de
operação.
 PR: pólo industrial influenciou currículos superiores, currículos regionais no sul; o
RS começa copiar o PR.
 AMÉRICA LATINA: 1950 COMEÇA A “Engenharia Científica”, iniciativa estatal,
depois -> “Engenheiro especialista de base científica” (para substituir
importações).
 O Brasil busca mitigar a dependência tecnológica a partir dos 90’s.
 ***Mundo globalizado: Engenheiro empreendedor, “Engenheiro empreendedor
de base científica”; sem descartar antigas características.
 EUROPA: Modelo 3x2, bacharel para o mercado (3) e especialização (2), 2
diplomas.
 Parece-me que o mercado terá de comandar as reformas na formação do
engenheiro apesar dos preconceitos culturais (prestígio) que cercam a profissão.

Capítulo 2

O léxico de Ropé e Tanguy86 descreve o conceito como: "competências –


aptidão para realizar, em condições observáveis, conforme exigências definidas.“
Mais adiante os mesmos autores dizem: "Com o conjunto [dos] saberes
ensinados espera-se que o receptor fique competente para exercer uma tarefa,
ação, atividade ou compreender uma situação. Assim sendo, se estabelece um
conjunto de capacidades traduzidas em competências, que ao serem incorporadas
torna possível uma avaliação."

Adotaremos uma adaptação da visão de Perrenoud, onde "competência" é a


capacidade de mobilizar e articular os saberes (ou conhecimentos), habilidades
(ou competências específicas), aptidões e atitudes para resolver eficazmente
novos problemas, devidamente contextualizados, de forma fundamentada e
consciente.

No dizer de Perrenoud, "os saberes são representações do real que nos vêem ao espírito
quando somos confrontados a situações que desafiam nossas rotinas", incluindo os
"conceitos e teorias (eruditos, práticos ou do senso comum) que os
estruturam". No caso da engenharia, inclui o estado da arte, o estado da técnica
e o estado da prática, assim como as ciências que lhe servem de base e todo outro
conhecimento ou prática que lhe possa ser útil (os saberes comerciais,
jurídicos e administrativos, por exemplo).

"conhecimento" (de um aluno/profissional) é o conjunto


de saberes apropriado pelo sujeito de forma que possa ser aproveitado nas
competências sob análise.

"saber-fazer" é a capacidade de resolver um problema específico ou de


executar com sucesso uma tarefa bem definida. Ou, como definem Ropé e
Tanguy no texto já citado: "savoir-faire (aqui entendido como as capacidades
numa situação precisa que o indivíduo manifesta para resolver um problema
proposto utilizando suas habilidades e incorporando um conjunto de atitudes)".
Exemplos: efetuar uma pesquisa bibliográfica, ler um desenho técnico, medir o
passo de um parafuso, calcular a pressão sobre uma hélice de submarino, ou
calcular uma integral. "Um savoir-faire não é um saber. ..... O primeiro se
manifesta na ação eficaz, sem prejulgar o modo operatório. Um saber
(procedural) é uma representação do procedimento a ser aplicado"102.

Aptidão é definida por "disposição natural ou adquirida"

Atitude é o "estado de espírito que se reflete na conduta, nos sentimentos


ou nas opiniões em relação às coisas, condições, etc., e a posição assumida para
demonstrar estes sentimentos". Exemplos: atitude empreendedora, atitude
ética. Pertence à estrutura da personalidade da pessoa, de suas crenças e da
forma como são vivenciadas.

"função", Ropé o define como o conjunto de "atividades"


na empresa voltadas para uma dada finalidade, possuindo caráter coletivo e
finalizando a atividade individual. O termo "atividade" é entendido como o
conjunto de tarefas efetivamente executadas pelo indivíduo que concorrem a uma
ou várias funções na empresa,

"tarefas" é a descriçãode um elemento da atividade que corresponde a uma prestação


esperada, combase nos recursos de que dispõe a pessoa e em razão das exigências que
lhe são fixadas. Estas noções diferenciam-se claramente de "cargo", posição ocupada no
quadro hierárquico da empresa, descrevendo mais a estrutura dos poderes que a dos
fazeres. PG 34

“Competências” (concluindo) é a capacidade de mobilizar e articular os


conhecimentos, savoirs-faire, aptidões e atitudes para resolver eficazmente
novos problemas, devidamente contextualizados, de forma fundamentada e
consciente.

"Currículo" se origina, por metáfora, da palavra latina "curriculum", o "lugar


onde se corre". "Uma proposta pedagógica [ou curricular] é um caminho, tem uma
direção, um sentido, um para quê, tem objetivos."

Quatro campos de informação descrevendo o exercício da profissão de engenharia:


1. Um primeiro campo é o das "funções" exercidas: de técnico especializado,
passando por técnico generalista, gerente técnico, e chegando a gerente com
visão de mercado e gerente corporativo, existindo diferentes gradações
intermediárias, segundo a empresa.
2. Um segundo campo é o da profundidade e tipo de conhecimento necessário:
de simples treinamento técnico a um conhecimento científico aprofundado ou
uma formação social ou gerencial aprimorada,
3. Um terceiro campo corresponde às disciplinas da engenharia, divisão dos
saberes relativa às classes de problemas que são tratados, ou ao tipo de produto
ou serviço. Por exemplo:
• arquitetura e urbanismo,
• biotecnologia e ambiente,
• energia,
• engenharia civil,
• engenharia dos materiais (incluindo metalurgia),
• engenharia mecânica,
• engenharia química,
• redes e sistemas de informação,
• serviços e sistemas sócio-econômicos,
• sistemas de transporte e logística,
• sistemas elétricos e eletrônicos,
• telecomunicações,
4. Um quarto campo pode ser chamado de "domínios de atividade",
1) pesquisa e desenvolvimento
2) produção industrial
3) administração (gestão), vendas, finanças

"perfil de formação": consiste na escolha das características principais a serem


perseguidas pela escola na formação dos engenheiros, dentro dos quatro campos
descrevendo as atividades profissionais.

Capítulo 3

A ESCOLHA DOS PERFIS DE FORMAÇÃO

Neste capítulo estaremos preocupados com a resposta a três das perguntas


deixadas em aberto no primeiro capítulo:
• Quais perfis de formação para engenheiros são mais indicados para a situação
atual?
• Como escolhê-los, diante de diferentes visões de futuro encontradas na
academia e na sociedade, representando os mais diversos interesses? O que
pode influenciar esta escolha, ou deve ser levado em consideração?
• Como considerar a situação local de cada escola e as mutações do mercado
de trabalho?

Para respondê-las:
Dado que o curso de engenharia pretende formar profissionais, deve atender
às solicitações do mercado de trabalho?
Trata-se aqui da educação do futuro engenheiro?
Deve atender às expectativas sobre as demandas futuras?
Deve-se atender às expectativas dos alunos atuais e dos possíveis candidatos?
Quais as possibilidades e as oportunidades da instituição universitária que
oferece o curso?
 Quais as exigências dos sistemas e agências de credenciamento, reconhecimento
e avaliação do curso?
De fato, a construção e a implementação de um currículo de engenharia deve procurar
uma síntese dialética entre essas seis demandas.

Para levantar as demandas, cabe consultar quatro diferentes instâncias sociais:


• mercado de trabalho;
• organizações governamentais ou não governamentais, representativas da
opinião dos diferentes grupos e estamentos sociais relevantes para o
problema;
• a academia e os intelectuais voltados para este tipo de problema;
• alunos e possíveis candidatos.

Esta consulta não é nunca definitiva. A atividade de engenharia está em contínua


mudança, abraçando novas técnicas e novos campos de atuação.

Estes perfis (perfis de formação indicados) são muito genéricos, apresentando classes
muito gerais de competências.

A entidade abstrata mercado de trabalho não permite uma consulta simples. Não apenas
é multiforme, altera-se pelo efeito das variações econômicas e de variações sociais (e do
caminho vivido pelo entrevistado).
Não há uma opinião do mercado de trabalho, mas opiniões dentro dele.

Exemplificando, a pesquisa de Gama junto ao setor elétrico dos estados


de Pernambuco e do Rio de Janeiro agregou os engenheiros pesquisados em três
grandes classes:
(a) Grupo crítico: composto por aqueles que conhecem a formação do atual
engenheiro, atuam em comando. São formados pelas
universidades mais conceituadas (universidades cujos cursos de graduação e
de pós-graduação são bem conceituados pelo MEC).
(b) Grupo tecnicista: composto por aqueles que atuam na execução técnica e
apresentam sugestões de melhoria. São formados em grande parte em
universidades com cursos com conceituação mediana.
(c) Grupo não-informativo, os demais.

Todos os grupos recusaram as ciências da engenharia não voltadas


diretamente para o setor: o grupo A quer uma formação gerencial junto com a técnica. O
B só esta segunda e o C é contraditório em suas demandas/respostas.
Mercado de trabalho estendido (setor de serviços): emprega os egressos de escolas
mais conceituadas, daí a necessidade de uma formação mais generalista.

Uma opinião interessante, expressa por Antonini Puppin de Macedo, da EMBRAER,


assinala que o trabalho atual do engenheiro estende-se por quatro grandes áreas:
 Fundamentos técnicos e científicos
 Análise, projeto, construção e integração de sistemas
 Comunicação
 Custos, economia e planejamento (além de trabalho em equipe)(um MBA seria
bem vindo posteriormente).

A REENGE e Kelley (Carnegie Mellon University) buscam um engenheiro generalista,


empreendedor, um l[ider servidor criativo e antenado com a realidade atual e com o
futuro.

Quanto mais formalizado o contexto industrial, mais fácil a interação deste


com a escola de engenharia, e também mais representativa a informação obtida -
mas esta não é a realidade brasileira.

Do que foi mostrado acima podemos perceber a


tensão entre alternativas que dependem da evolução histórica e econômica da
sociedade – como o tradicional confronto entre os defensores da formação
generalista e os defensores da formação especialista. Uma primeira análise
permitiu recolocar esta discussão em novos termos e perceber a tensão entre
uma formação individualista voltada para conteúdos técnicos (dominante no
imaginário brasileiro) e as características assinaladas para os star engineers ou
para o engenheiro REENGE, na realidade uma tensão entre papéis sociais
diferentes cobrados, no Brasil, do mesmo profissional.

Uma observação final

O mercado de trabalho tem seus próprios mecanismos de levantamento dos


perfis profissionais procurados. Há mesmo empresas especializadas nisto.

sociedade pósindustrial, um mercado pós-fordista: prevalece a necessidade de


engenheiros com visão gerencial que nunca chegam a passar pelo chão de fábrica.
O mercado de trabalho lato-senso está claramente definido neste artigo (...) é o perfil
gerencial ainda pouco conhecido no país. (pg 66)

III.2. Ponto de vista da sociedade

Assim, as escolas de engenharia aparecem como instrumentos de


reprodução social, reforçando as relações de produção e reafirmando os valores
sociais tradicionais – associados aos papéis sociais apontados - por trás de um
discurso aparentemente moderno (ou pós-moderno...).

é preciso lembrar que professores tendem a ser apegados ao


aprendizado que fizeram, historicamente datado e socialmente marcado,
reinterpretando as mudanças curriculares de acordo suas crenças e suas
prática (...)Esta é uma das maiores dificuldades apontadas para reformas da escola em
todos os níveis,

Demandas sociais explícitas também aparecem via determinações


governamentais, como os antigos currículos mínimos ou as novas diretrizes
curriculares, resultado de luta política entre grupos buscando o controle da
profissão. O corporativismo das associações profissionais contra os valores
acadêmicos dos professores é um bom exemplo, cada um dos grupos agindo no
seu campo próprio, cuja intercessão é exatamente o currículo professado.

Um exemplo essencial de ação governamental é a reforma das universidades brasileiras


a partir da criação da pós-graduação (hoje exige-se títulos dos professores para “titular”
a escola).

Basicamente, foi apontada a importância crescente do domínio tecnológico


para a independência política e econômica do país; e verificado que a medida
deste domínio tecnológico não estaria na produção de artigos científicos, mas na
capacidade de transformar conhecimento em produtos (isto é, inovações
tecnológicas) – e isto em um cenário de crescente competição internacional.
(Engenharia de sistemas)

Análises posteriores mostram que, depois que o país assinou os acordos


internacionais sobre patentes, uma parcela significativa das importações
brasileiras situa-se no item de pagamento de propriedade intelectual (royalties).
De fato, a maioria dos equipamentos e métodos industriais aqui empregados é
adquirida no exterior, com um número mínimo de patentes brasileiras.

Engenheiros: trabalham no núcleo do processo de produção de riquezas.

III.3. Ponto de vista da academia

A academia é responsável por pensar criticamente o futuro, (...)Cabe-lhe pensar a


estrutura do conhecimento: estado da prática, estado da técnica e estado da arte, e suas
tendências, a partir das informações sobre a indústria, o mercado de trabalho e a
ciência; e integrá-las ao currículo de forma adaptada à formação pretendida.

a pergunta inicial a ser


respondida pode ser dada como: Conhecimento para quê? E conseqüentemente:
Qual conhecimento?

Conhecimento para quem?

a escola pretende formar professores e pesquisadores para seu próprio interesse ou


engenheiros para o mercado de trabalho? E para qual mercado de trabalho?

As respostas a estas perguntas dependem de um questionamento interno à instituição de


ensino.

E, finalmente, como organizar o currículo a partir de perguntas fundamentais: Qual o


cidadão a ser formado? Qual o modelo social pretendido, no qual será baseada a
formação? Quais os valores e interesses a serem desenvolvidos? Qual escola? Qual
estrutura diante das diferentes formas de geração de conhecimento? Como organizar o
relacionamento da escola e do curso de engenharia com o mundo externo?
Um bom começo é identificar os atores da montagem do currículo e
estruturar o modo de operação. Os atores internos à instituição, responsáveis
pela futura implementação, são a direção da instituição, seus professores e
funcionários, e os alunos.

Atores externos são os representantes dos antigos alunos, empresários e


representantes do mercado de trabalho (ver a seção anterior), especialistas e
estudiosos da questão curricular, associações profissionais e, finalmente,
auditores externos, em geral com experiência de planejamento estratégico.

Um caso de interesse é a transformação da École Centrale de Lille em uma


formadora de engenheiros generalistas voltados para a pesquisa e para a gestão
de processos industriais (...) o processo participativo utilizado teve sucesso graças:
• à escola ser pequena, com 50 professores de tempo contínuo, todos com
experiência efetiva de contratos junto a empresas,
• à ausência de professores às voltas apenas com "ciência pura" (sic),
• à participação efetiva dos representantes dos alunos,
• à concordância inicial com um princípio básico: capacitar os alunos a
aproveitar as melhores oportunidades no mercado de trabalho francês e
europeu, medidas em termos de salários e possibilidades de progressão na
carreira, rumo à autonomia profissional.

podemos apontar um conjunto de questões que, não resolvidas,


impedem o sucesso do empreendimento. Uma primeira questão é a presença de
um grupo hegemônico de professores ligados a uma especialidade reduzida ou
desconhecendo a realidade empresarial (ou o mercado de trabalho), em geral
resultado da história da instituição.

Outras questões são: a existência de grupos lutando pelo poder político


(disputa entre faculdades ou entre áreas), tão comuns nas universidades de
grande porte, um resultado destas universidades terem sido formadas a partir da
reunião de faculdades independentes; a ausência de informações sobre o
contexto do curso – causada pela desconsideração (ou medo) dos atores externos
– levando a uma instituição auto-centrada; a não participação de parcela
expressiva do corpo docente, quer porque o animador não possui os poderes
necessários às convocações, quer porque o comparecimento é episódico ou
restrito às próprias intervenções.

III.4. Ponto de vista do aluno

Enquetes sociais mostram que a escolha da profissão e da escola de


formação são determinadas principalmente pelas influências familiares, dentro
dos limites impostos pela realidade.

Tendo o aluno de engenharia passado o primeiro ano, passa-se a importar,


principalmente, com sua "empregabilidade".
Primeiro, é importante que a escola estabeleça um máximo de laços com o
mercado de trabalho, de acordo com o perfil de formação escolhido. Aqui aparece
a rede de ex-alunos (interessante), os projetos e consultorias, eventos, e outras
ferramentas já citadas.

E a noção de vocação profissional? Um tratamento mais maduro e um tanto


desencantado deste tema permite mostrar que, ao falarmos de vocação, estamos
falando de imagens sociais conjugadas à busca do prazer na profissão (o que
exige aptidões apropriadas à profissão desejada).

Ao analisarmos as causas da evasão na PUC-Rio encontramos o desencontro entre a


imagem da profissão e a realidade da escola de engenharia.

A notar que as sugestões acima apresentadas levam a estruturas


curriculares complexas e estruturalmente diferentes dos currículos montados em
torno de conteúdos acadêmicos, usuais no Brasil.

Apêndice III. Diretrizes curriculares e perfis de formação citados

São estabelecidas habilidades muito variadas, de acordo com a empresa, o contexto


histórico-social-cultural em que se está inserido. As Diretrizes Curriculares Nacionais
para os Cursos de Engenharia estabelecem certas competências e habilidades e até
áreas de conhecimento a serem estudadas, bem como as suas cargas horárias mínimas.
Reporte-se-se à pg 83.

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