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CONCURSO DEASE 2016

Prof. Dalmo Azevedo

CAPÍTULO 1 – ORGANIZAÇÃO DA 3.1 – DIFERENÇAS ENTRE SOCIDADES DE


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS

Antes de falarmos diretamente sobre o assunto  Sociedade de Economia Mista: Seu capital deve ser de
Organização da Administração Pública, faz-se necessário entender pelo menos 50% + 1 ação do Poder Público, devendo
primeiro o conceito próprio de Administração Pública. Então, possuir Controle Acionário. Só pode ser constituída na
VAMOS AO ESTUDO!!! forma de Sociedade Anônima.
 Empresa Pública: Seu capital de constituição deve ser
1 – CONCEITO 100% público. Pode ser constituída sob qualquer forma
societária, inclusive Sociedade Anônima.
Administração Pública é, em sentido prático ou
subjetivo, o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem Ambas podem ser constituídas nas formas dos artigos 173 e
como das demais pessoas coletivas públicas (tais como 175 da CF. No caso de constituição pela formalidade do
as autarquias locais) que asseguram a satisfação das necessidades Artigo 173, serão Exploradoras de Atividade Econômica. No
coletivas variadas, como a segurança, a cultura, a saúde e o bem caso de constituição pela formalidade do artigo 175, serão
estar das populações. Prestadoras de Serviço Público.

2 – ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Exemplos de Sociedades de Economia Mista: BB, Petrobras,


FURNAS.
Combinando os artigos 37 da Constituição Federal com o Decreto- Exemplos de Empresas Públicas: CEF, ECT, Infraero,
Lei 200/67, identificamos a formação da Administração Pública. Embrapa.

Administração Pública Administração Pública 3.2 – AUTARQUIAS


Direta Indireta
Art. 5º,I DL 200/67 “Autarquia - o serviço autônomo, criado
(Entes Políticos) (Entes Administrativos) por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios
,
para executar atividades típicas da Administração Pública , que
 União  Fundação Pública requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa
 Distrito Federal  Autarquia e financeira descentralizada.”
 Estados  Sociedade de Exemplos de Autarquias: INSS, BANCO CENTRAL.
 Municípios Economia Mista
 Empresa Pública
 Comum ou Ordinária: São as autarquias naturais, que
apresentam todas as características básicas do conceito
Pessoas Jurídicas de Direito Pessoas Jurídicas de Direito legal de autarquia;
Público Público e de Direito Privado
 Fundações Públicas de Direito Público (Autarquia
Fundacional): Fundações instituídas pelo Poder Público
1. Pessoa Jurídica de Direito Público : Possui como
que assumem a gestão de serviço estatal e se submetem a
principais características a SUPREMACIA DO
regime administrativo previsto, nos Estados-membros,
INTERESSE PÚBLICO e a INDISPONIBILIDADE DO
por leis estaduais. Exemplo: Fundação Banco do Brasil.
INTERESSE PÚBLICO. Regido por Estatuto.
2. Pessoa Jurídica de Direito Privado: Caraterísticas  Agências Reguladoras (Em regime especial): Agência
comuns de um particular. Regido pela CLT. reguladora é uma Pessoa Jurídica de Direito Público
Interno cuja finalidade é regular e/ou fiscalizar a
atividade de determinado setor da economia de um país.
3 – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA Exemplos: ANVISA, ANEEL, ANAC, EMBRATUR.
 Territórios Federais (Autarquias Territoriais): Não
Algumas informações importantes devem ser tratadas existem atualmente territórios no brasil
para estudarmos de forma correta a Administração Pública.
Indireta. 3.3 – FUNDAÇÃO PÚBLICA
Vale salientar aqui que somente a AUTARQUIA é
classificada como Pessoa Jurídica de Direito Público. Os outros Art. 5º,IV DL 200/67 Fundação Pública - a entidade
entes são de Direito Privado, apesar de respeitarem regras do dotada de personalidade jurídica de direito privado
, sem fins
Direito Público. Por isso dizemos que possuem Natureza Jurídica lucrativos, criada em virtude de au torização legislativa, para o
HÍBRIDA. desenvolvimento de atividades que não exijam execução por
Outro detalhe interessante é quanto a CRIAÇÃO dos
entes. AUTARQUIAS são criadas diretamente por Lei Específica. órgãos ou entidades de direito público, com autonomia
administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos
O s outros entes são criados através de AUTORIZAÇÃO. órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da
Por fim, o ato constitutivo das AUTARQUIAS é a União e de outras fontes
.
própria lei que a criou. Já as FUNDAÇÕES PÚBLICAS precisam Exemplos de Fundações Públicas: IBGE, FIOCRUZ,
de uma Lei Complementar para determinar suas ações e FUNAI.
estabelecerem início de seu funcionamento. SOCIEDADES DE
ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS precisam 4 – RELAÇÃO ENTRE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
registrar seus atos na JUNTA COMERCIAL antes de começarem a
existir de fato. DIRETA E INDIRETA
Para finalizar, é necessário estabelecer uma distinção
entre as Sociedades de Economia Mista e as Empresas Públicas, A Constituição Federal estabeleceu que Obras,
que, até aqui, possuem a MESMA formalização dentro de todos os Atividades Administrativas e Serviços Públicos devem ser
aspectos observados nos parágrafos anteriores. realizados pela Administração Pública Direta. Porém, nem sempre

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os entes possuem interesse ou reúnem condições para atender a 7 – AGENTES PÚBLICOS
essas ordens. Por isso, Entes Políticos podem instituir um Ente de
Administração Indireta para atenderem a essas condições. Agente público é toda pessoa física a serviço da
Apesar de serem criadas por entes da Administração Administração Pública, independente da formalidade. Pode ser
Direta, entes de Administração Indireta possuem AUTONOMIA, classificado como:
não estando hierarquicamente relacionados com os Entes Políticos.
 Políticos: Geralmente inseridos através de eleição ou
5 – CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO E nomeação. Sua competência advém do texto
DESCONCENTRAÇÃO constitucional. Não exercem, de regra, subordinação.
 Administrativos: São as pessoas detentoras de Cargo
São técnicas administrativas utilizadas pela Público, Emprego Público ou Função Pública, além dos
Administração Pública, seja ela Direta ou indireta. Vamos a elas: Servidores Temporários.
 Honoríficos: Pessoas que recebem um dever cívico não
Centralização: Órgãos e Agentes Públicos trabalhando remunerado a ser desenvolvida em nome da
diretamente para a Administração Pública Direta; Administração. Ex: Mesario de eleição e jurado de
Descentralização: Consiste na transferência da prestação tribunal de júri.
de serviço para  Delegados:
particular. Podeaocorrer
Administração Indireta
por Outorga ou para
Legal Particulares
serviços públicos que desenvolvem
pela Administração atividades
Pública. Ex: e
(Descentralização por Serviço) , quando se transfere Concessionários, permissionários, notários.
também a Titularidade e a Execução do serviço, ou por  Credenciados: Pessoas que possuem conhecimentos
Delegação por Colaboração (Descentralização por específicos e representam a Administração, mediante
Delegação) - Permissionários, Autorizatários ou remuneração. Ex: Artistas, clínicas credenciadas por
Concessionários - através de LICITAÇÃO, quando se sistemas (SUS, DETRAN).
transfere apenas a Execução do serviço.
Desconcentração: Técnicas administrativa de divisão de CAPÍTULO 2 – PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
órgãos, é a distribuição do serviço dentro da mesma PÚBLICA
Pessoa Jurídica.
1 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS
IPC!!! Segundo a Professora Maria Sylvia Zanella de Pietro,
DESCENTRALIZAÇÃO pode sofrer uma classificação  Legalidade Administrativa: O Administrador Público
inicial na formação da Administração Pública, sendo a só poderá fazer aquilo que a lei MANDA ou
instituição da Administração Direta conhecida como AUTORIZA.
Descentralização Política e a instituição da Administração  Impessoalidade (Finalidade): Devemos estudar esse
Princípio em duas situações:
Indireta conhecida como Descentralização Administrativa.
1ª: Tudo o que o Administrador Público fizer será de
acordo com o interesse coletivo.
6 – TEORIA DO ÓRGÃO 2ª: O Administrador não poderá se utilizar de obras ou
serviços para promoção pessoal ou para promoção
partidária.
Teoria responsável por explicar e classificar os Órgãos
 Moralidade Administrativa: O ato do Administrador
Públicos na Administração Pública do Brasil. Órgãos Públicos são
Público deve ser, além de LEGAL, MORAL.
entes despersonalizados, ligados a um ente superior, que
 Publicidade: Também se divide em duas situações:
funcionam apenas como membros desconcentrados da entidade
1ª: O ato deve ser publicado em Diário Oficial para terem
principal. Suas principais características:
seus efeitos.
2ª: O ato publicado deve se tornar público.
 Não possuem Personalidade Jurídica;  Eficiência: Inserido em nossa CF pela Emenda nº 19/98,
 Não possuem patrimônio próprio; determina que a Administração Pública deve agir de
 Não possuem vontade própria; forma eficiente para atingir o seu objetivo. O Servidor
 Agentes atuam em imputação. deve ter seu desempenho avaliado constantemente,
podendo ser exonerado no caso de identificação de falta
Órgãos Públicos são classificados em: de desempenho.
 Independentes: Possuem competência estabelecida na 2 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
própria Constituição Federal, representam o mais alto
escalão da Administração, agentes inseridos através de  Razoabilidade: A atuação do Administrador deve ser
eleição ou nomeação, não se subordinam a nenhuma razoável em decorrência da situação de fato.
outra entidade. Ex: Presidência da República, STF, STJ,  Proporcionalidade: A resposta do Administrador deve
Senado Federal, Câmara dos Deputados. ser proporcional ao ocorrido.
 Autônomos: Compostos por agentes políticos nomeados  Segurança Jurídica: Impede que nova norma legal ou
(em cargos de livre nomeação e exoneração), são órgãos administrativa ou novo entendimento prejudique um
da cúpula administrativa, possuem autonomia financeira, direito adquirido.
técnica e administrativa. Ex: Ministérios, Secretarias,  Ampla Defesa: Garante ao ofendido o direito de utilizar-
Advocacia-Geral da União. se de todas as formas para atingir a sua defesa técnica.
 Superiores: Detêm comando de assuntos de sua alçada,  Supremacia do Interesse Público sobre o Privado :
porém subordinados a uma chefia mais alta, por não Quando existir conflito entre o interesse público coletivo
possuírem autonomia financeira ou administrativa. Ex: e um particular, deve prevalecer o interesse público.
Departamentos, gabinetes.
 Subalternos: Órgãos comandados pelo governo, de mera
execução. Não possuem poder de decisão. Ex:
Delegacias ligadas a departamentos, escola, hospitais.

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 Auto Tutela: Súmula 473 do STF “a Administração
pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios Poder de Polícia pode ser classificado como:
que os tornem ilegais, porque deles não se srcinam Preventiva: Atos Normativos. Ex: Determinar uso
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou de cadeirinha de bebê no banco do carro.
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e Repressiva: Multas e Interdições.
ressalvada, em todos o s casos, a apreciação judicial”. Fiscalizadora: Higiene, pesos e medidas, vistorias
veiculares.
CAPÍTULO 3 – PODERES ADMINISTRATIVOS
1 – PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CAPÍTULO 4 – ATOS ADMINISTRATIVOS
A legislação oferece para a Administração Pública 1 – CONCEITO
competências (poderes-deveres). São atribuições vinculadas
a obrigações. São os chamados poderes relacionais. Ato administrativo é uma manifestação unilateral de
vontade do Estado que gera um ato jurídico, capaz de
 Poder Discricionário: A lei autoriza ao Administrador CONSTITUIR, EXTINGUIR, RESGUARDAR OU
decidir a melhor forma de aplicação de uma ordem. DECLARAR direitos, bem como IMPOR OBRIGAÇÕES
 Poder Vinculado: A Administração não tem opção, deve INTERNAMENTE OU AOS PARTICULARES .
seguir a ordem na forma recebida. Importante salientar que, quando o Estado realiza atos
 Poder Hierárquico: Encontrado dentro da mesma regido predominantemente pelo direito privado, este está agindo
Pessoa Jurídica. Pode ocorrer de duas formas: por ATO DA ADMINISTRAÇÃO, e não por um ATO
 Delegação: A competência do superior é ADMINISTRATIVO.
transferida temporariamente para um Vale ressaltar também que o SILÊNCIO DO ESTADO
subordinado. também pode ser considerado uma forma de manifestação de
vontade.
IPC!!!! Art. 13 da Lei 9.784 define que
COMPETÊNCIA DE NATUREZA EXCLUSIVA, 2 – ELEMENTOS
COMPETÊNCIA PARA RECURSOS
ADMINISTRATIVO e ATOS DE CARÁTER  Competência: Poder conferido por Lei a um agente para
NORMATIVO não podem ser delegados. o desempenho de suas atividades. É um elemento
IRRENUNCIÁVEL, mas em certas situações pode ser
 Avocação: Medida Excepcional. Ocorre DELEGADO ou AVOCADO. Competência para um ato
quando o superior recupera a competência que administrativo é IMPRESCRITÍVEL. EXTRAPOLAR
estava com o subordinado. COMPETÊNCIA SIGNIFICA ABUSO DE PODER.
 Poder Disciplinar: Administração punindo  Finalidade: Todo ato administrativo tem como
Administração. Pode ocorrer: finalidade o INTERESSE PÚBLICO. Ato administrativo

Internamente
de um servidor: através
PuniçãododeProcesso
infração funcional que buscaDE
DESVIO finalidade diversa. da prevista em lei configura
FINALIDADE
Administrativo Disciplinar.  Forma: De regra, atos administrativos são FORMAIS,
 Externamente: Punição a particular que ou seja, devem respeitar procedimentos pré-determinados
mantenha vínculo jurídico específico. em lei.
 Poder Regulamentar: Poder indelegável e privativo dos  Motivo: São os pressupostos de fato e de direito que
chefes do executivo para expedir decretos e fundamentam o ato administrativo. Todo ato depende de
regulamentos com objetivo de dar fiel execução a lei. um motivo, mas nem todo ato requer a motivação
explícita, somente aqueles previstos em lei (art. 50 da Lei
Decreto Autônomo – Art. 84 VI CF – dispor, mediante 9.784 de 1988).
decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº  Objeto: Pode se confundir com o conteúdo do ato. O
32, de 2001) objeto é a própria declaração constante no ato .
a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda 3 – CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Constitucional nº 32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;  Vinculado: Ato que não oferecem margem de escolha ao
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) Administrador.
 Discricionário: Analisa conveniência e oportunidade.
 Poder de Polícia: É a faculdade da Administração Possibilidade de escolha pelo Administrador da melhor
Pública de condicionar ou restringir o uso ou gozo de opção de atuação quanto a uma situação específica.
Afetam os elementos MOTIVO e OBJETO. Atos
bens, atividades e(Prevenção
Administrativa direitos individuais. Pode ser
e Normatização) e Discricionários são determinado por Lei ou por
Judiciária (Repressão de infrações). São atributos do Conceitos Jurídicos Indeterminados.
Poder de Polícia:
 Discricionariedade: Ocorre quando a lei deixa IPC!!! Alguns atos discricionários OBRIGAM a existência
ao administrador a liberdade de escolha quanto da MOTIVAÇÃO. São eles: Atos Punitivos e Atos que
a certos elementos. Onerem a Administração.
 Auto-executoriedade: É o poder da
Administração Pública de decidir e executar  Geral: Não possui destinatário determinado e pode
sua decisão de forma direta, sem necessitar ser revogado a qualquer tempo. Exemplo: Decretos
autorização judicial. Presidenciais.
 Coercibilidade: Uso da força para garantir a  Individual: Destinatário certo e efeito concreto
execução de determinado elemento. determinado.
 Simples: Manifestação de um órgão ou autoridade
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sem dependência de mais nenhum outro ato. Ex: que a Administração estará na mesma condição. São os
Emissão de carteira pelo DETRAN. casos dos Atos Negociais e dos Atos Enunciativos.
 Complexo: Dois ou mais órgão ou autoridades  Auto Executoriedade: O ato será praticado sem
determinam apenas um ato com interesse comum. necessidade de permissão do Poder Judiciário. Também
Ex: Decreto Presidencial referendado por Ministro. não é um atributo obrigatório nos casos dos atos
 Composto: Manifestação de um órgão ou Negociais e Enunciativos.
autoridade com aprovação de outro. Um ato  Tipicidade: Segundo Maria Sylvia de Pietro, todo ato
aprovará outro. Ex: Nomeação do Presidente em administrativo precisa apresentar esse atributo. Significa
cargo de comissão ratificado pelo Congresso. que um ato deve ser típico, previsto em lei, para ser
considerado lícito.
4 – ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
7 – ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CASSAÇÃO
Segundo Hely Lopes Meirelles, podemos agrupar os atos
administrativos em 5 cinco tipos: Decorre do princípio da Auto Tutela da Administração
 Atos normativos: são aqueles que contém um comando Pública.
geral do Executivo visando ao cumprimento de uma lei. Súmula 473 do STF “a Administração pode anular seus

Podem apresentar-se com que


a característica própriosdeles
atos,não
quando eivadosdireitos;
de vícios
ouque os tornem ilegais,
e abstração (decreto geral regulamentadeuma
generalidade
lei), ou porque se srcinam revogá-los, por motivo
individualidade e concreção (decreto de nomeação de um de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
servidor). São exemplos: regulamento, decreto, adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
regimento e resolução. judicial”.
 Atos ordinatórios: são os que visam a disciplinar o
funcionamento da Administração e a conduta funcional  Anulação: Contra ato ILEGAL praticado pela
de seus agentes. Emanam do poder hierárquico, isto é, Administração. Vício encontrado em um ato praticado
vai gerar a efetiva anulação, que deve ser manifestado
podem ser expedidos por chefes de serviços aos seus
pela própria Administração ou por atuação impulsionada
subordinados. Logo, não obrigam aos particulares. São
do Poder Judiciário. Anulação de ato retroagirá ao
exemplos: instruções, avisos, ofícios, portarias, ordens de momento de sua exteriorização.
serviço ou memorandos.  Revogação: Contra ato LEGAL praticado
 Atos negociais: são todos aqueles que contêm uma Administração. Por conveniência ou oportunidade, a
declaração de vontade da Administração apta a Administração considera necessário revogar, retirar da
concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir existência, o ato anteriormente praticado. Atenção:
certa faculdade ao particular, nas condições impostas ou Revogação NÃO PODE OCORRER por força de decisão
consentidas pelo Poder Público. São exemplos: licença, do Poder Judiciário. Revogação de ato não retroagirá ao
autorização e permissão. momento da exteriorização do ato.
 Atos enunciativos: são todos aqueles em que a
Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, IPC!!! Atos que não podem ser revogados: Atos
ou emitir uma
constantes opinião sobre
de registros, determinado
processos assunto,
e arquivos públicos, completos, atos de
administrativo quelicitação
gerem direito adquirido e contrato
ASSINADO.
sendo sempre, por isso, vinculados quanto ao motivo e ao
conteúdo. São exemplos: certidões, atestados e pareceres.  Cassação: Descumprimento de requisitos que permitam
 Atos punitivos: são aqueles que contêm uma sanção a manutenção do ato. O ato se torna ilegal durante a
imposta pela lei e aplicada pela Administração, visando a execução. Em sua srcem, era um ato legal.
punir as infrações administrativas e condutas irregulares
de servidores ou de particulares perante a Administração. Espécie Motivo Legitimado Efeito Prazo
São exemplos: multa administrativa, interdição Anulação Vício Administração Ex 5 anos
administrativa, destruição de coisas e afastamento ou Judiciário Tunc
temporário de cargo ou função pública.
Revogação Interesse Somente a Ex 5 anos
5 – TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES Público Administração Nunc
Cassação Ato se Administração Ex 5 anos
Observada especificamente no elemento MOTIVO de um tornou ou Judiciário Nunc
ato administrativo DISCRICIONÁRIO. ilegal
Tal teoria é observada sempre que o Administrador,
mesmo sem ser obrigado, decide motivar seu ato administrativo. 8 – CONVALIDAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO
Com isso, o Administrador ficará obrigado a comprovar a
existência do motivo gerador do ato . Motivação inexistente pode Quando nos deparamos com um ato administrativo
gerar invalidação do ato pelo próprio agente . viciado, devemos classificar o tipo de vício encontrado, conforme
estabelecido na lei 9.784/99. Tal vício pode ser:
6 – ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
 Sanável: O ato anulável pode ser corrigido. Ocorre em
 Presunção de Legitimidade: Os atos da Administração vícios de Competência e Forma.
Pública parecem (Teoria da Aparência) legais, porém  Insanável: Os atos são nulos de srcem. Ocorre nos
essa presunção é relativa (Iuris Tantum). Absorve a casos de vícios de Finalidade, Motivo e Objeto.
possibilidade de Inversão do Ônus da Prova pelo atingido
pelo ato. Para que um vício seja considerado sanável, é necessário
 Imperatividade (Poder Extroverso) : Determinação da observarmos alguns requisitos para sua convalidação. O ato só
Administração Pública utilizar-se da Supremacia do pode ser sanado quando eivado de um vício causado por BOA-FÉ,
Interesse Público sobre o Privado. Apesar de estabelecer NÃO PODE GERAR PREJUÍZO A ADMINISTRAÇÃO NEM A
que em todo ato a Administração se colocará em TERCEIRO e deve existir INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO
superioridade sobre a outra parte, existem exceções, em EM SANÁ-LO.
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Observe que, de regra, TODO ATO NULO É provido a alguém. Para isso, o Estatuto do Servidor determinou, de
CARACTERIZADO POR MÁ-FÉ. forma TAXATTIVA, as formas de acesso ao cargo. Vamos a elas.
IPC!!! A convalidação de ato administrativo sempre ter á
efeitos retroativos. Art. 8o São formas de provimento de cargo público:
Convalidação de ato administrativo pode ocorrer de duas I - nomeação;
formas também: II - promoção;
 Tácita: Se a Administração não anular seus atos V - readaptação;
ilegais de que decorram de efeitos favoráveis a seus VI - reversão;
destinatários no prazo decadencial de 5 anos, haverá VII - aproveitamento;
a convalidação tácita, salvo comprovada má-fé. VIII - reintegração;
 Expressa: Ocorre quando a Administração, IX - recondução.
expressamente edita um ato a fim de convalidar
outro. Tais formas de provimento seguem uma classificação
bem simples. Provimento Originário e Provimento Derivado,
9 – TEORIA DO FUNCIONÁRIO DE FATO sendo a NOMEAÇÃO a única forma reconhecida como de
provimento srcinário.

utilizarmosApesar de FUNCIONÁRIO
o termo dentro do Direito (somente
Administrativo nãoPenal,
o Direito mais por Necessário
distinção entre se faz de
as situações estabelecer
acesso aoaqui uma
cargo interessante
público. Os cargos
conta do art. 327 do CP continua utilizando essa definição), essa podem ser de natureza:
teoria observará os atos REALIZADOS pelo servidor ou
empregado público na decorrência de sua atuação IRREGULAR na Art. 37 II CF - a investidura em cargo ou emprego público
Administração. depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de
Quando falamos de um vício insanável, NULO, provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
determinamos que todos os atos realizados por este serão NULOS cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
também. Porém, caso seu ato seja direcionado a terceiro nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
necessitado, por conta da Teoria do Funcionário de Fato, da Teoria nomeação e exoneração;
da Aparência e por força do não interesse em prejudicar terceiro,
tal ato será considerado LEGAL.
Efetiva Comissionada
CAPÍTULO 5 – REGIME JURÍDICO ÚNICO Acesso ao cargo somente Acesso mediante livre
Importante capítulo, em que trabalharemos um assunto mediante Concurso Público nomeação e livre exoneração.
muito abordado em MUITOS concursos no brasil. Garante Estabilidade ao Não existirá estabilidade nem
Servidor após aprovação em análise de desempenho através
1 – REGIME JURÍDICO ÚNICO Estágio Probatório de Estágio.
2.1 – NOMEAÇÃO
Todo servidor público terá sua função regida por um
Estatuo. No caso dos FEDERAIS, a Lei 8.112/90 será a Ato administrativo de convocação de um aprovado em
responsável por esse controle. concurso anterior para assunção de cargo público. A nomeação é
Antes de mais nada, se faz necessário entender o termo apenas um chamamento ao acesso ao cargo. Para efetivo acesso,
REGIME JURÍDICO ÚNICO. deve-se observar a seguinte sequência.
Uma breve história: Com a promulgação da
Constituição Federal de 1988, através do art. 39, ficou
estabelecido que União, Estados, Distrito Federal e Municípios NOMEAÇÃO
deveriam adotar um regime jurídico único, ou seja, determinar
a regência de seus servidores (abrangidos por sua jurisdição)
através da regime de Direito Público ou de Direito Privado.
Em 1990, com a edição da Lei 8.112, a União se
decidiu pelo regime estatutário. Porém, alguns servidores d a
União naquele momento eram regidos pela CLT. Para resolver
esse conflito, a Lei 8.112 trouxe em seu art. 243 §1º a conversão
destes para servidores públicos. POSSE
Art. 243. § 1o Os empregos ocupados pelos servidores
incluídos no regime instituído por esta Lei ficam transformados em
cargos, na data de sua publicação.
Porém, com a Emenda Constitucional 19 de 1998, o
caput do artigo 39 foi alterado, extinguindo assim o Regime
Jurídico de
Único. Surgiu a possibilidade dedemais
seleção aentre os foi
regimes trabalho. Para não “enrolar” situação,
editada a Lei 9.962/00 pela União, regendo a situação dos EXERCÍCIO
CELETISTAS que trabalhavam para a União. IPC!!!! Da data da nomeação até a posse, o prazo será de 30
Bagunça armada, bagunça resolvida. Em 2007, o STF dias. Caso não seja respeitado esse prazo, o ato de nomeação se
decidiu pela perda da eficácia do artigo 39 da CF, retomando a tornará sem efeito.
interpretação do artigo primitivo co mo atual. Pronto, voltamos IPC2!!! Da data da posse para o exercício efetivo do cargo, o
a viver sobre a chancela do Estatuto. prazo será de 15 dias. Caso não seja respeitado esse prazo, o
Coisa de maluco né, mas determinante para começarmos servidor será exonerado do cargo.
nosso trabalho.
Requisitos para posse:
2 – FORMAS DE PROVIMENTO DE CARGO PÚBLICO
Declaração de Bens e Valores;
Para ocupação de um cargo público, tal cargo deve ser Atestado Médico oficial;
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Caso seja necessário, a posse pode ser feita mediante
Procuração Específica. IPC!!! No caso de imputação de infração que gere ações tanto
na esfera administrativa quanto na criminal, caso o servidor
No caso de exercício, só poderá ser realizado pelo seja ABSOLVIDO na esfera criminal por NEGATIVA DE
próprio servidor, por ser um instituto personalíssimo. AUTORIA ou INEXISTÊNCIA DE FATO a demissão gerada
pelo PAD será automaticamente anulada, obrigando a
2.1.1 – ESTÁGIO PROBATÓRIO E ESTABILIDADE reintegração do servidor. Caso seja absolvido por FALTA DE
PROVAS, não existirá a reintegração.
Após o início do exercício do serviço público, o servidor Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será
deverá provar, durante 3 anos, sua real condição de atuação afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência
naquele cargo específico através de avaliações de desempenho. É o do fato ou sua autoria.
chamado ESTÁGIO PROBATÓRIO. Comprovada sua capacidade
de atuação, o servidor estará apto a receber da Administração a
condição de SERVIDOR ESTÁVEL. 2.6 - APROVEITAMENTO
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo É o retorno do servidor posto em disponibilidade, que é
de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por uma forma de inatividade gerada quando um cargo é extinto ou sua
período de 24 (vinte e quatro) meses , durante o qual a sua aptidão continuidade
e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do servidor postoé em
declarada desnecessária.
disponibilidade Importante
não perceberá salientar que o
remuneração
cargo, observados os seguinte fatores: (vide EMC nº 19) integral, e sim proporcional ao tempo de serviço.
I - assiduidade; 2.7 - RECONDUÇÃO
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa; Forma de provimento que recai sobre o servidor estável.
IV - produtividade; Por conta de uma situação o servidor é retirado de sua atual
V- responsabilidade. situação com a Administração Pública. Quando estável em outro
cargo anterior, este será reconduzido ao cargo antigo. Caso não
Art. 41 - São estáveis após três anos de efetivo exercício os possua cargo estável anterior, ocorrerá a exoneração.
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude Pode ocorrer em duas situações: inabilitação em estágio
de concurso público. probatório ou por conta do retorno do reintegrado.

2.2 – PROMOÇÃO 3 – FORMAS DE VACÂNCIA DE CARGO PÚBLICO

Não está regulada, apesar de prevista, pela Lei 8.112. Sua Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
definição é doutrinária. I – exoneração;
Promoção é a troca de nível ou classe DENTRO DO II – demissão;
MESMO CARGO. De acordo com a lei que cria o cargo dentro da III – promoção;
Instituição, fica estabelecida a progressão funcional dentro da VI – readaptação;
VII – aposentadoria;
carreira. Aí entra a promoção. VIII – posse em outro cargo inacumulável;
2.3 - READAPTAÇÃO
Art. 37 XVI CF - é vedada a acumulação remunerada de
Ocorre quando o servidor sofre uma limitação, cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
temporária ou definitiva, em suas faculdades físicas ou horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso
XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
mentais. Após o período de licença para tratamento médico 1998)
(de no máximo 24 meses), o servidor deverá retornar ao a) a de dois ca rgos de professor;
(Redação dada pela Emenda
serviço. Dependendo do grau da lesão sofrida, o servidor Constitucional nº 19, de 1998)
poderá ser aposentado por invalidez ou readaptado em outra b) a de um cargo de professor com outro técnico ou
função de remuneração e requisitos compatíveis com a científico;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
srcinal. de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
IPC!!! Readaptação produz mudança de FUNÇ O, e não saúde, com profissões regulamentadas;
(Redação dada pela
de CARGO. Mudança de cargo foi (acesso ou ascensão) foi Emenda Constitucional nº 34 de 2001
considerada INCONSTITUCIONAL.
IPC2!!! Promoção e Readaptação são considerada for mas IX – falecimento.
híbridas, pois tanto funcionam como PROVIMENTO co mo
funcionam como VACÂNCIA de car o. 4 – FORMAS DE DESLOCAMENTO DE CARGO
PÚBLICO
2.4 - REVERSÃO São formas de movimentação de servidor que não geram
nem provimento nem vacância de cargo público.
Reversão é o retorno do servidor APOSENTADO ao
ordenamento administrativo.

2.5 – REINTEGRAÇÃO

É o retorno do servidor estável através da anulação de


uma demissão injusta por via judicial.

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4.1 – REMOÇÃO 5.3 – SUBSÍDIO
Art. 36. Lei 8.112 Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido Parcela única percebida pelo servidor em conta de seu
ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de cargo. Pode ser percebido de forma obrigatória (carreira pré-
sede. determinada na Constituição Federal) e facultativo (cargos
instituídos em carreira).
Remoção pode ocorrer, como estabelecido na lei:
Art. 39 § 4º CF - O membro de Poder, o detentor de mandato
 De Ofício: O servidor é removido por ordem da eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e
Administração. Servidor removido receberá ajuda de Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado
custo, que poderá atingir até 3 vezes a remuneração em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
normal. Além disso, o servidor terá no mínimo 10 e no adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
máximo 30 dias para entrar em serviço na nova sede. remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no Art.
 A Pedido: Ocorre no interesse da administração, para 37, X e XI.
acompanhar cônjuge ou companheiro, saúde do servidor
– cônjuge – companheiro ou dependente que viva as suas 5.4 – VANTAGENS
expensas e no caso de concurso de remoção.
Valores percebidos pela PESSOA provida em cargo
4.2 - REDISTRIBUIÇÃO público. Podem ser:
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento Art. 49 Lei 8.112. Além do vencimento, poderão ser pagas ao
efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, servidor as seguintes vantagens:
para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia I - indenizações;
apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes II - gratificações;
preceitos: III - adicionais.
I - interesse da administração; § 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou
II - equivalência de vencimentos; provento para qualquer efeito.
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; § 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.
das atividades;
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem
profissional; acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico
institucionais do órgão ou entidade. fundamento.

4.3 – SUBSTITUIÇÃO 5.4.1 – INDENIZAÇÕES


Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:
chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão I - ajuda de custo;
substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, II - diárias;
previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou III - transporte.
entidade. IV - auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
§ 1.º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem
prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de
direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter
impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter
cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a
deles durante o respectivo período. qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que
§ 2.º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na
ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza mesma sede.
Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do
titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter
dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou
período. para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada,
unidades administrativas organizadas em nível de assessoria. alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em
regulamento.
5 – SISTEMA REMUNERATÓRIO
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que
5.1 – REMUNERAÇÃO (ART. 41 LEI 8.112/90)
realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção
para a execução de serviços externos, por força das atribuições
É o somatório do vencimento básico com as vantagens próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.
percebidas pelo servidor quando em cargo público. Vencimento é
o valor básico percebido por servidor por conta do cargo público e Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das
vantagem é o direito adicional percebido por um servidor por despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel
conta de sua situação específica. de moradia ou com meio de hospedagem administrado por
empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da
5.2 – PROVENTO despesa pelo servidor.

Valor percebido por servidor que se encontra em Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se
INATIVIDADE. atendidos os seguintes requisitos:
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V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar 6.1 – DEVERES E PROIBIÇÕES DO SERVIDOR
cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e
Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Art. 116. São deveres do servidor:
Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (Incluído pela Lei I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
nº 11.355, de 2006) II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
5.4.2 – GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, ilegais;
serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, V - atender com presteza:
gratificações e adicionais: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e ressalvadas as protegidas por sigilo;
assessoramento; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou
II - gratificação natalina; esclarecimento de situações de interesse pessoal;
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
penosas; VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver
VI - adicional noturno; suspeita de competente
autoridade envolvimento desta,
para ao conhecimento de outra
apuração;
VII - adicional de férias;
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho. VII - zelar pela economia do material e a conservação do
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
Gratificação Adicionais IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
Periculosidade,
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
Função de Confiança Insalubridade, Atividades
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Penosas
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será
Natalina Adicional Noturno
encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade
Certificação por Encargos de
superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao
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representando ampla defesa.

6 – RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR Art. 117. Ao servidor é proibido:


I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
O servidor público sempre terá sua responsabilidade autorização do chefe imediato;
analisada de forma SUBJETIVA, determinando dolo ou culpa de II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
seus atos. Assim, o servidor em atuação poderá responder não qualquer documento ou objeto da repartição;
somente na esfera administrativa mas, de acordo com os resultados III - recusar fé a documentos públicos;
de seu ato, responderá também nas esferas cível e criminal. IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e

Art. 37 § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de processo ou execução de serviço;


V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
direito privado prestadoras de serviços públicos responderão repartição;
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua
responsável nos casos de dolo ou culpa. responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a
Lei 8.112/90 associação profissional ou sindical, ou a partido político;
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
pelo exercício irregular de suas atribuições. confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau
civil;
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem,
comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário em detrimento da dignidade da função pública;
ou a terceiros. X - participar de gerência ou administração de sociedade privada,
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na
contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou
omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
função. companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
cumular-se, sendo independentes entre si. XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
No caso de ato que cause prejuízo ao erário, o servidor XV - proceder de forma desidiosa;
terá um prazo de 30 dias para ressarcir os cofres públicos, podendo XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em
em negociação parcelar a devolução, com valor da parcela no serviços ou atividades particulares;
mínimo de 10% do valor da remuneração, do provento ou da XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo
pensão do servidor. No caso de recebimento de pagamento que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;
indevido, paga-se em uma única parcela. Se o servidor estiver em XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com
débito no momento da demissão, terá um prazo de 60 dias para o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
pagar a dívida. Caso não pague, entrará na dívida ativa. XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando
solicitado.

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Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 7.1 – PRESCRIÇÃO DAS PENALIDADES
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo; Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
III - inassiduidade habitual; I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
IV - improbidade administrativa; demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; destituição de cargo em comissão;
VI - insubordinação grave em serviço; II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
legítima defesa própria ou de outrem; § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; se tornou conhecido.
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às
cargo; infrações disciplinares capituladas também como crime.
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo
nacional; disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida
XI - corrupção; por autoridade competente.
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
7 – PENALIDADES 7.2 – COMPETÊNCIA PARA APLICAÇÃO DAS
PENALIDADES
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência; Penalidade Competente
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de
Presidente da República
violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e Presidente das Casas
XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, Legislativas
regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição Demissão Presidente dos Tribunais
de penalidade mais grave. Federais
Procurador Geral da
II - suspensão; República
Suspensão mais de 30 dias Autoridades inferiores das
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das
acima
faltas punidas com advertência e de violação das demais
proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de Chefe da repartição e
demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. Suspensão até 30 dias outras, na forma do
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o regulamento ou regimento
servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a Chefe da repartição e
inspeção médica determinada pela autoridade competente, outras, na forma do
cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a Destituição de cargo regulamento ou regimento
determinação. Autoridade que realizou a
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade nomeação
de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50%
(cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração,
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
8 – PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão GENÉRICO
seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5
(cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor Divide-se em:
não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá  Sindicância: Aplica-se em situações de advertência ou
efeitos retroativos. suspensão de até 30 dias. Prazo: 30 + 30. Pode resultar
arquivamento, indicação de aplicação da pena e
III - demissão; instauração do PAD.
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;  Processo Administrativo Disciplinar: Aplica-se em
situações de suspensão por mais de 30 dias ou demissão.
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do Prazo: 60 + 60.
inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a  Processo Sumário: Casos de demissão por abandono de
demissão. cargo, inassiduidade habitual e acumulação ilegal. Prazo:
30 + 15.
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada. 8.1 – FASES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não
ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração  Instauração: Estabelecimento do processo.
sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.  Inquérito: Instrução, Defesa e Relatório.
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão,  Julgamento: Decisão Final.
por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o
ex-servidor para nova investidura em cargo p úblico federal, pelo
prazo de 5 (cinco) anos.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal
o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão
por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.

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