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Música Litúrgica:
A música litúrgica tem características próprias. Ela está ligada a um rito,
nasce a partir de um rito que tem conteúdo e gestos próprios. Portanto, música
litúrgica é música ritual. O canto litúrgico “precisa estar intimamente vinculado
ao rito, ou seja, ao momento celebrativo e ao tempo litúrgico”. Por isso antes de
escolher um canto para a liturgia é preciso aprofundar o sentido dos textos
bíblicos, do tempo litúrgico, da festa celebrada e do momento ritual. Portanto,
músicas distanciadas do momento ritual ferem a dignidade de uma celebração
eucarística.
Agora que delimitamos de que tipo de música estaremos falando nesse
nosso encontro um outro esclarecimento é importante colocarmos: a música
litúrgica como serviço e oração.
Por outro lado, os textos de diversos cantos deixam muito a desejar: ora
trazem discurso complicado e doutrinário, sem poesia e sem unção; ora
são mero jogo de rima, vazio e artificial; ora contêm muito texto para
pouca melodia, dificultando a execução; ora pecam pela métrica irregular
dos versos e das estrofes; ora ainda falham por freqüentes desencontros
entre os acentos das palavras e os acentos da melodia, chegando a
deformar o real sentido das palavras; ora, finalmente, carregam refrãos
bem mais extensos que as estrofes, numa desproporção que torna o canto
pesado e de difícil assimilação da parte da assembleia.
Muitas missas, transmitidas pela televisão e pelo rádio, são pobres e não
edificam os telespectadores e ouvintes, devido à deficiente qualidade
musical, por conta de escolha não criteriosa dos cantos e a má qualidade
na interpretação vocal e/ou instrumental.
Há também coros polifônicos que não fazem distinção entre música sacra
e música litúrgica, entoando cantos que não são próprios para a
celebração.
II. O MAGISTÉRIO
O que nos diz o magistério sobre a formação litúrgica-musical:
- “Sob a direção dos bispos e do ordinário locais, trabalhem com afinco ambos
os cleros a fim de que por si mesmos ou por outros, peritos no assunto, cuide-se
da educação litúrgica e musical do povo, como algo de unido à doutrina cristã”
(n. 17).
- “E, se entre os alunos dos seminários e dos colégios religiosos houver algum
dotado de particular tendência e paixão por essa arte, disso não deixem de vos
informar os reitores dos seminários ou dos colégios, a fim de que possais
oferecer a esse tal ensejo de cultivar melhor tais dotes...” (n. 38).
- “Para mais facilmente realizar essa formação, quer técnica quer espiritual,
hão de cooperar as associações de música sacra diocesanas, nacionais e
internacionais, e principalmente aquelas que a Sé Apostólica aprovou e muitas
vezes recomendou” (n. 25).
acrescenta à oração, como algo extrínseco, mas muito mais, como algo que
“brota das profundezas do espírito de quem reza e louva a Deus” (IGLH, 270).
Mais ainda, a música litúrgica participa da natureza sacramental ou mística de
toda a liturgia, da qual “sempre foi e sempre será parte essencial e sua
expressão mais nobre” (João Paulo II, Aos Harmonici Cantores, 1988).
“Há quem afirme que a música, em si, possui vínculo bastante estreito
com o rito e que dificilmente, podemos dissociar o sentido próprio da palavra
rito de certo conteúdo musical. No mundo oriental, a própria palavra rito
significa “ordem cósmica’, e isto nos leva a crer na possibilidade de haver uma
dimensão musical na ordem do mundo, no movimento dos astros, na harmonia
universal. Se rito significa harmonia, não é pensável que ele seja dissociável de
alguma forma de compreensão musical” (TERRIN, A. N., O rito, Paulus, SP, p.
270).
Os “pontos” de umbanda são um exemplo bem característico da natureza
da música ritual: para cada “orixá” invocado, existe um “ponto” (música ritual)
próprio. Existe o “ponto de Oxalá”, o do “Exu”, de “Ogum”, etc. O caráter
sagrado desses “pontos” é tão impregnado de significação simbólica que é
inadmissível alguém que frequenta o terreiro executar um “ponto” fora da ação
ritual. O mesmo se pode dizer dos tambores de candomblé uma vez
consagrados, através de um ritual próprio, estes tambores nunca mais podem
sair de dentro do terreiro e, muito menos ainda, ser usados para outras
finalidades, a não ser o culto dos orixás.
Na liturgia cristã, a música ritual expressa a fé herdada do povo da
primeira Aliança (Israel) e que teve seu ponto culminante na pessoa de Jesus
Cristo, no seu mistério pascal. O Vaticano II deixou bem claro que a música será
tanto mais litúrgica, quanto mais intimamente estiver integrada na ação litúrgica
e no momento ritual a que se destina (SC 112). Em outras palavras, trata-se de
uma música inserida na sacramentalidade da liturgia, uma vez que seus
elementos constitutivos (texto e demais expressões musicais) se integram com
os outros elementos da celebração (assembleia e seus ministérios, leituras
bíblicas, orações, símbolos, ações simbólicas, etc.).
“O canto deve encarnar-se num rito, se quer ser um sinal litúrgico. Este
é precisamente o sentido litúrgico e sacramental do canto: a função por ele
adquirida numa dada situação ritual.”
Observações:
• Os cantos que constituem o rito são mais importantes que os que
acompanham o rito. Vantagem: não precisar de papel, e sim cantados “de
cor”, favorecendo a comunicação. Não devem ser substituídos por
paráfrases, outros cantos...
• Que as melodias respeitem os diversos gêneros e formas: diálogos,
proclamação de leituras, salmodias, antífonas, hinos e cânticos,
aclamações (Aleluia, Santo, Amém, intraduzíveis...).
• Equilíbrio entre as partes cantadas, usando a criatividade, dependendo da
festa ou solenidade, da assembleia, das possibilidades...
• Repertório adequado à comunidade – sensibilidade, bom senso, escolha
criteriosa.
• Na escolha dos cantos, não fazer opção pelo novo, mas pelo melhor...
”Busquemos o melhor, e o melhor será o novo”. Santo Agostinho nos diz
que “É melhor cantar um canto velho com um coração novo do que
cantar um canto novo com um coração velho.”
• Equilíbrio entre cantar tudo e entre cantar nada.
• Cantar A liturgia, não NA liturgia, um canto qualquer, dispersivo... mas o
rito, a Palavra, a festa, o mistério celebrado.
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2) O rito penitencial
Senhor, tende piedade ou Kyrie eleison - é uma aclamação suplicante
endereçada a Cristo, o Senhor, louvando-o e à sua misericórdia. Pertence aos
cantos rituais, constituindo o próprio rito da celebração (Ordinário da Missa).
Não é o Ato Penitencial, mas sim uma doxologia ou proclamação da bondade e
misericórdia de Deus, cantado após o Ato Penitencial e a absolvição, a não ser
que já tenha participado do mesmo, através das várias fórmulas apresentadas
pelo Missal Romano, como variante deste. Historicamente o Kyrie eleison
parece provir da Oração dos fiéis, com caráter de ladainha. Após o Concílio
Vaticano II, o Senhor, tende piedade: “É um canto mediante o qual os fiéis
aclamam o Senhor e imploram sua misericórdia.” (IGMR, 52) Quando São
Dâmaso mudou a missa do grego para o latim, deixou o Kyrie imutável, em
grego, e assim atravessou os séculos. Seria completamente alheio a seu caráter
substituir o Senhor por um hino, estrófico ou não. (“Kyrios” foi o nome mais
comum dado a Cristo Ressuscitado pelos primeiros cristãos). Farão parte dele o
povo e os cantores. Importa não acentuar demais o aspecto penitencial na
Celebração Eucarística, evitando também paráfrases e outros cantos
penitenciais.
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3) Glória
Diz a Instrução Geral do Missal Romano n. 53: “O Glória é um hino
antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo,
glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro, portanto de caráter doxológico
(louvor, glorificação). O texto deste hino não pode ser substituído. É cantado
por toda a assembleia, ou pelo povo em alternância com o grupo de cantores,
ou pelo próprio grupo de cantores.” ( n.53) É uma das peças mais antigas da
Missa, incorporada pela igreja romana no século II, por ocasião do Natal. Sua
nota dominante: o júbilo, louvor confiante e alegre... Como hino que é, deve ser
cantado. Pode ser dividido em três partes: a) o canto dos anjos, na noite de
Natal; b) os louvores a Deus Pai; c) os louvores seguidos de súplicas e
aclamações a Cristo, o Cordeiro, o Kyrios, o Senhor. Canto em prosa, conforme
o Missal Romano, há várias melodias. Metrificado pela CNBB. Evitar os
“Glorinhas”, trinitários, que abreviam o conteúdo rico do mesmo. Não deve ser
substituído por outro canto de louvor, pois faz parte dos cantos rituais, é o
próprio rito. Santo Agostinho nos dá as características do Hino, que são três: “É
um canto com louvor a Deus, que pois, deve constar do seguinte: do canto, do
louvor e de que seja dirigido a Deus.” Durante os tempos litúrgicos do Advento
e da Quaresma, este canto deverá ser omitido.
4) Salmo Responsorial
O costume de se cantar o salmo após a leitura remonta aos primeiros
séculos do cristianismo, prática herdada do culto da sinagoga judaica. Santo
Agostinho fala do valor do salmo cantado durante a liturgia da palavra, como
uma “leitura cantada”. Faz parte integrante da Liturgia da Palavra, como
resposta orante da comunidade à proposta e às maravilhas proclamadas por
Deus na primeira leitura, e deve ser cantado de forma dialogal, o texto de
preferência extraído do Lecionário, que é a nossa Bíblia litúrgica. Importância
da função do salmista, ao mesmo tempo ouvinte e ministro da Palavra; ele
proclama o salmo no ambão – mesa da Palavra. O salmo é a proclamação da
Palavra cantada, por isso requer-se o mínimo de preparo técnico e vocal ,
litúrgico e musical do salmista. Devido à sua importância, não deve ser omitido
nem substituído por “canto de meditação”. É um canto ritual interlecional,
cantado entre as leituras.
projetando-nos para fora de nós algo que, espontâneo brota do interior e se faz
exclamação, grito de júbilo. Por isso, deve ser breve, denso e sonoro. Também
por isso mesmo, só pode ser cantado, não se lê, não se diz, só se canta... O ideal:
Aleluia (todo o povo) + versículo do dia (solista ou coral). É aclamação-júbilo.
(As aclamações são importantíssimas para a participação do povo). Diz a
Instrução Geral do Missal Romano: “O Aleluia é cantado em todo o tempo,
exceto na Quaresma. O versículo é tomado do lecionário ou do Gradual”
(IGMR, 46 a). Na Quaresma é substituído por outra aclamação, mas também
vibrante e sonora. É cantado por todos, de pé, podendo acompanhar a procissão
com o Evangeliário, do altar para o ambão, hoje já tão em uso nas nossas
liturgias. Pode-se repetir a aclamação como resposta ao Senhor que nos falou,
no final do Evangelho.
6) Credo
A profissão de fé é menos apta para ser cantada por toda a assembléia,
mas a Instrução Geral do Missal Romano prevê: “O símbolo deve ser cantado
ou recitado pelo sacerdote com o povo aos domingos e solenidades; pode-se
também dizer em celebrações especiais de caráter mais solene. Quando
cantado, é entoado pelo sacerdote ou se for oportuno, pelo cantor ou pelo
grupo de cantores; é cantado por todo o povo junto, ou pelo povo alternando
com o grupo de cantores.” (IGMR, 68) Foi introduzido lentamente na liturgia da
Missa. Chegou a Roma pelo século X, embora na Espanha já fosse aceito no
século III. A partir do canto polifônico, se tornou uma peça musical brilhante.
Os documentos dizem que não existe obrigação de cantá-lo, pois não é hino
nem aclamação, mas sim profissão de fé. Se for cantado, “procure-se fazê-lo
como de costume, todos juntos ou alternadamente”. Existe a possibilidade de
cantar a fórmula mais breve, denominada “símbolo apostólico”, mas não pode
ser substituído por canto religioso. É possível utilizar traduções adequadas nas
missas com crianças. “Tem como finalidade exprimir o assentimento do povo
como resposta à Palavra de Deus escutada nas leituras e na homilia e, ao
mesmo tempo, recordar-lhe a regra de fé, antes de começar a celebração da
Eucaristia” (IGMR, 67). É a afirmação da unidade da fé, não só através das
diferentes comunidades, mas através dos tempos.
da Missa. Nem sempre as Preces serão cantadas, mas o seu canto lhes dará uma
solenidade e intensidade especiais. Podem ser cantadas de vários modos, com
diversas fórmulas propostas e respostas pelo Missal Romano, salientando o
refrão cantado por toda a assembléia.
cantar o Santo é a forma direta. Não deve ser substituído por “versões tão livres
que não correspondam à doxologia bíblica.”
13) Embolismo
A palavra vem do grego (embolisma: um desenvolvimento literário, a
partir de um determinado texto). Assim, O Pai Nosso termina com “mas livrai-
nos do mal.” E o embolismo prossegue, acrescentando-lhe “Livrai-nos de todo o
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mal, Senhor...”, o que parece remontar ao tempo de São Gregório, pelo século
VI. Pergunta-se: seria necessário completar a palavra de Jesus?... Não basta o
Pai Nosso?... E continua: “enquanto esperamos a vinda de Jesus Cristo, nosso
Salvador... enquanto aguardamos a jubilosa esperança e a vinda gloriosa do
nosso Salvador, Jesus Cristo.” O embolismo termina com a doxologia: “Vosso é
o reino e o poder e a glória para sempre”, que não faz parte do Pai Nosso de
Mateus, mas foi inserida pelo século II, muito usada nas igrejas do Oriente,
assim como pelos luteranos e anglicanos. O novo Missal Romano, integrando-a
na nossa liturgia, une-se à tradição das outras Igrejas cristãs.
Tempo do Advento
Advento é vinda, é chegada. Vinda de Deus, chegada do Salvador. No
Tempo do Advento, devem ser consideradas na escolha dos cantos sempre as
duas vindas do Senhor: a vinda histórica e a vinda gloriosa no fim dos tempos.
O advento na Liturgia é tempo de preparação, na espera da vinda. preparando-se
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Tempo do Natal
É o ciclo de celebrações dos mistérios da manifestação de Deus como
Messias e Salvador. Todas as festas deste período, que vai até o Batismo do
Senhor, devem ser consideradas sob esse aspecto: Natal, comemoração do
Nascimento de Jesus Cristo, Sagrada Família, Oitava do Natal-solenidade de
Maria, Mãe de Deus, Epifania e Batismo do Senhor.
Epifania e Batismo do Senhor realçam a dimensão missionária da Igreja.
Deus nasce e se manifesta no mundo. Os cantos devem ser escolhidos de acordo
com esta compreensão. Assim, os cantos assinalados para o Natal também
servem para as festas da Sagrada Família, Oitava de Natal-Mãe de Deus,
Epifania e Batismo do Senhor. Cuide-se, porém, que não seja tudo do Natal,
mas que se enfoque também o que é característico das diversas festas da
manifestação.
Quaresma
A Quaresma é iluminada e animada pelo Tríduo Pascal. Tudo deve
convergir para a Páscoa: celebração da morte e ressurreição de Cristo e
celebração da morte e ressurreição dos cristãos em Cristo. O Povo de Deus é
chamado a renovar a Páscoa, renovar a nova e eterna Aliança em Cristo morto e
ressuscitado. A busca da Terra prometida exige penitência no sentido de
conversão, de mudança de vida, de deixar o mal e aderir ao bem. É o êxodo, é
sair de si, do seu egoísmo, do pecado, para viver o verdadeiro amor a Deus, ao
próximo e a todo ser criado, segundo o amor com que Deus nos amou primeiro.
O 1o. e 2o. Domingos da Quaresma serão sempre iluminados pela
experiência do deserto e da montanha, pela experiência da nossa pobreza e da
riqueza que se encontra em Deus.
Os três Domingos seguintes, sempre a caminho do Tríduo Pascal, realçam
aspectos diferentes da conversão evangélica. Assim, Ano A: a primeira
conversão pelo Batismo a ser renovado na Páscoa; Ano B: A restauração do ser
humano em Cristo Jesus, que exige a morte da semente pára que produza fruto;
Ano C: A misericórdia divina para com aqueles e aquelas que fazer penitência,
ou que se convertem, pára que tenham vida.
Na Quaresma devem transparecer os exercícios de conversão
apresentados pela Igreja: oração, jejum (renúncia, desprendimento), esmola
(generosidade, partilha, solidariedade). Nesta perspectiva de conversão através
da ação da caridade são preciosos os cantos da Campanha da Fraternidade. Não
precisam necessariamente ser os cantos daquele ano, principalmente por que
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desde o ano de 2007 não existem mais missas para a CF. A conversão
intensamente vivida na Quaresma levará a uma vida de conversão permanente
de toda a Igreja. A partir de 2014 a CNBB lançou os cantos para a Quaresma
para o Ano B, com as composições baseados nos textos bíblicos e litúrgicos.
Agora não estão ligados ao tema da CF como uma vez. Há somente um Hino
com a temática da Campanha da Fraternidade.
Semana Santa
A Semana Santa, que inclui o Tríduo pascal, vem nos recordar a Paixão e
Ressurreição de Cristo, desde a sua entrada messiânica em Jerusalém.
Domingo de Ramos
No domingo de Ramos, da Paixão do Senhor, a Igreja entra no mistério
de seu Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado que, ao entrar em Jerusalém,
prenunciou a sua majestade e realeza. os cristãos levam ramos em sinal de
triunfo de Cristo ao morrer na cruz. De acordo com a palavra do apóstolo, “se
com ele padecemos, come ele também seremos glorificados” (Rm 8,17).
Tríduo Pascal
O Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor começa com a missa
vespertina da Ceia do Senhor, possui seu centro na Vigília Pascal e encerra-se
com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.
Quinta-feira Santa
O Tríduo Pascal é a comemoração da paixão-Morte, Sepultura e
Ressurreição do Senhor. Quinta-feira, na Ceia do Senhor está centrada a
comemoração do Novo Mandamento do Amor, simbolizado pelo Lava-pés. A
Instituição da Eucaristia, o Sacerdócio ministerial, os Sacramentos da Igreja,
recebem sentido e são motivos de ação de graças, a partir do Novo
Mandamento. Na última ceia Jesus Cristo celebrou profeticamente o que ia
realizar em seguida: sua Paixão-Morte, Sepultura e Ressurreição. A Igreja
comemora esse mistério.
Sexta-feira Santa
A Sexta-feira da Paixão do Senhor comemora a Morte salvadora do
Senhor: sua entrega de amor ao Pai e ao mundo, na plena solidariedade com o
ser humano. Celebra o mistério não pela eucaristia, mas pela Celebração da
Palavra que completada pela Preces universais, a Adoração da Cruz e a Santa
Comunhão eucarística.
Vigília Pascal
A Vigília Pascal constitui o ponto alto de todo o Ciclo pascal e de todo o
Ano Litúrgico. É a plenitude: Celebração da Páscoa de Cristo e dos cristãos;
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morte e ressurreição de Cristo e dos cristãos. Por isso, a celebração dos três
sacramentos da Iniciação cristã: Batismo, Crisma e festa batismal, é festa
pentecostal, é festa eucarística, expressa pelos símbolos da luz, dos elementos
da natureza como a água, o óleo, o pão e o vinho. Toda a natureza é
transfigurada e se transfigura. O Domingo da Páscoa não passa de
desdobramento feliz da Vigília.
Páscoa
Os Domingos da Páscoa prolongam o aleluia pascal durante 50 dias
(pentecostes). Nos Domingos 2o, 3o. e 4o., a Igreja se encontra com Cristo
ressuscitado em suas aparições onde se vive o amor. Nos domingos 5 o. e 6o.,
Jesus aparece vivo e suscitando a vida onde os cristãos vivem a comunhão com
Cristo no serviço da caridade, animados pelo Espírito.
Ascenção
A Ascenção é a Festa do Triunfo do Senhor. Vitorioso sobre o pecado e a
morte, retorna para junto do Pai, donde promete enviar o Espírito Santo, para
que todos os que nele crêem e o amam, possam participar de sua vitória e do seu
triunfo. Tem caráter missionário. Quem é abençoado, cumulado de bens, é
chamado também a abençoar, a levar o bem para os outros.
Tempo Comum
Domingo significa Dia do Senhor. É a celebração semanal da Páscoa de
Cristo e da Páscoa dos cristãos. É sempre festa batismal. O mistério pascal de
Cristo está sempre no centro. A pascalidade que caracteriza cada domingo é
enfocada pela liturgia da Palavra e, particularmente, pelo Evangelho. Assim, os
cantos próprios de cada Domingo serão escolhidos a partir da mensagem central
da Palavra de Deus. Mas atenção! Temos hoje o Ano A (Evangelho segundo
Mateus), o Ano B (Evangelho segundo Marcos) e Ano C (Evangelho segundo
Lucas). E mais duas observações importantes:
1) Cada Evangelho traz uma maneira própria Jesus em sua ação. Mateus, o
Evangelista do novo Moisés, da nova Lei, da generosidade do amor, do Sermão
da Montanha. O Evangelho dos mistérios do Reino revelados pelas parábolas, o
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BIBLIOGRAFIA
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