Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
net/publication/326066221
A lista de aves do Espírito Santo de Augusto Ruschi (1953): uma análise crítica
CITATIONS READS
4 165
2 authors, including:
Fernando Pacheco
CBRO - Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos
89 PUBLICATIONS 711 CITATIONS
SEE PROFILE
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
All content following this page was uploaded by Fernando Pacheco on 29 June 2018.
recorrer aos nomes e a seqüência de espécies forma criteriosa); que mesmo as ‘autoridades’
a serem empregados ? Toda essa situação gera de certas áreas do conhecimento científico
subitamente uma questão genuína: Ruschi precisam provar suas afirmações como todo
tivera efetivamente conhecimento da mundo. Assim, não parece razoável que seja
existência de material para cada uma das exigido um procedimento de rigor extremo (de
espécies de sua lista? dificílima execução) na avaliação crítica da
Tanto laconismo em sua apresentação Lista se a mesma foi produzida com inequívoca
impede o mais elementar dos princípios precariedade.
científicos: a possibilidade de alguém replicar Um cruzamento criterioso de
o resultado (refazer a Lista) utilizando-se dos informações, no entender dos autores, é
mesmos procedimentos. esperadamente capaz de revelar as suposições
iniciais quanto a um falseamento da Lista.
Portanto, os autores decidiram que uma
Em busca das contradições da comparação entre as espécies constantes da
Lista e aquelas presentes na literatura, a partir
Lista – abordagem escolhida
de informações substanciadas, seria suficiente
para detectar os casos a serem aprofundados.
Considerando os métodos, os autores
Esses casos representam as espécies que
admitem que para uma avaliação
apareceram, pela primeira vez citadas para o
(absolutamente) inquestionável da Lista seria
Espírito Santo, apenas na Lista. Uma busca nas
necessário levantar todos os espécimes
coleções do Museu Nacional e do Museu de
‘alegadamente’ coletados até 1952 no Espírito Zoologia da Universidade de São Paulo, além
Santo, dispersos em todas as coleções do do extinto Museu da Fauna (antes Divisão de
exterior e nas quatro coleções brasileiras Caça e Pesca), tentou localizar eventuais
citadas. Isso permitiria comprovar ou não, espécimes que mesmo ausentes da literatura,
definitivamente, se todas as espécies constantes haviam sido coletados no Espírito Santo antes
da Lista possuíam de fato espécime(s) de 1952, mas haviam sido omitidos da Lista.
coletado(s), até aquele ano, no Estado, Uma atenção especial foi dada no sentido de
conforme afirmara Ruschi na apresentação da detectar se a Lista (por ser supostamente
Lista. Para facilitar e direcionar uma eventual manipulada) havia sido confeccionada a partir
e onerosa busca nas muitas coleções de certas fontes pré-existentes e, noutra
estrangeiras seria indicado que se buscasse direção, informações fornecidas pelo próprio
descobrir previamente quais instituições Ruschi, em outras de suas publicações, foram
Ruschi visitou (ou que de alguma forma cruzadas na intenção de buscar eventuais
recebera informações) até aquela data. Isso contradições cometidas.
seria factível, talvez, por meio de consulta ao
seu acervo remanescente de manuscritos,
correspondências e documentos, presumivelmente,
Alguns casos contraditórios –
guardados no Museu de Biologia Prof. Mello-
Leitão, em Santa Teresa, ES. repassando os injustificados
Por outro lado, é forçoso admitir que registros ou omissões
certas informações podem ser prontamente
desacreditadas quando examinadas em Ao longo do processo de cruzamento de
contexto; que dados díspares ou conflitantes dados entre a Lista e as informações disponíveis,
com o conhecimento admitido (especialmente, foi possível reunir alguns elementos que servem
se numerosos) precisam ser corroborados; que adequadamente à tarefa de demonstrar as
existe uma certa linearidade e coerência variadas inconsistências. Os seis casos
quando se compila dados reunidos por selecionados (de um universo com cerca de
diferentes fontes (que foram produzidas de 230 identificados), descritos a seguir, traduzem
a fragilidade dos registros, o histórico de conhecido, mesmo após exame do acervo de,
utilização desses dados de ocorrência pelas pelo menos, 24 coleções ornitológicas
fontes compilatórias e reconstruem alguns dos institucionais européias, norte-americanas e
questionamentos (logo, dignos precedentes brasileiras (Collar et al. 1992:20, Whitney e
deste trabalho) sobre a validade desses registros. Pacheco 1995). As indicações da espécie para
o Espírito Santo em obras referenciais, o qual
Gampsonyx swainsonii – Presente na Lista, representaria o seu limite norte de ocorrência
acompanhado do nome vulgar regional (!), (Meyer de Schauensee 1966:280, Sibley e
gavionzinho (sic). Monroe 1990:385, Sick 1985:527, Sick
1993:412, Ridgely e Tudor 1994:286) derivam
O Espírito Santo constara na distribuição exclusivamente da inclusão da mesma nas
desse pequeno falconiforme em duas fontes listas de Ruschi (1953, 1967). Levantamentos
(Pinto 1935:106, Pinto 1938:89), por evidente em remanescentes da Mata Atlântica nos
engano, pois nenhuma das duas fontes indicam últimos anos, beneficiados pelo prévio
a existência de qualquer exemplar no Museu conhecimento do repertório vocal da espécie,
Paulista coletado no Estado e não há na demonstraram que a espécie estende-se para
literatura anterior qualquer precedente que o norte até o Parque Estadual do Desengano
justificasse uma acertada indicação. (São Julião), na encosta litorânea florestada
Aparentemente, Pinto apenas associou ao do Norte do Rio de Janeiro (Whitney e
Espírito Santo, indevidamente, a localidade de Pacheco 1995) e que está ausente de áreas
‘Mucuri’, nos confins meridionais da Bahia, florestais equivalentes no sul do Espírito Santo
aonde Wied (1830-33) afirmara ter coletado a (Bauer 1999).
espécie. Com naturalidade, a falha foi
retificada, em seguida, quando o Espírito Santo Formicivora rufa – Ausente da Lista.
foi retirado da distribuição particularizada da
espécie (Pinto 1964:53). Supostamente, por Zimmer (1932) e Naumburg (1939) in-
isso, a espécie deixara de constar na segunda dicaram a existência de material coletado por
lista estadual preparada por Ruschi (1967). Emil Kaempfer, em novembro de 1929, na La-
Como explicar esse caso em vista da insistência goa Juparanã, norte do Espírito Santo – depo-
de Ruschi (reiterada em 1967) em registrar sitados no AMNH, American Museum of Na-
que se baseara apenas em espécimes coletados tural History, Nova Iorque. O Museu Nacio-
para compor a lista ? Se a Lista havia mesmo nal do Rio de Janeiro possuía 6 exemplares
se baseado exclusivamente em espécimes, capixabas: 2 coletados em Itapemirim, por
parece coincidência demasiada que uma Emilie Snethlage em 1925, e 4 provenientes
retificação (de caráter geográfico) em Pinto de Linhares, coletados em 1939 por Helmut
(1964) seja procedida por outra (reavaliação Sick. Toda a série do Museu Nacional, segun-
de material ?) em Ruschi (1967). Entretanto, do etiquetas e documentos, já havia sido de-
mesmo tendo sido descartada da lista terminada por A. Schneider no início da dé-
atualizada do Estado, Ruschi (1976a) incluiu cada de 1940 (J. F. P. , obs. pess.). A ausência
Gampsonyx swainsonii como exemplo de ave que da espécie na Lista pode ter as seguintes cau-
existia nas “florestas” antes da implantação dos sas: houve omissão acidental; não conheceu
eucaliptais da Aracruz Celulose, que ele os trabalhos de Zimmer e/ou Naumburg e, ain-
próprio afirmou que se iniciara (justamente) da, porque não esteve ou não encontrou o re-
em 1967!. ferido material no AMNH. Considerando que
ele citou textualmente o Museu Nacional,
Myrmotherula unicolor – Presente na Lista. dentre as instituições cujo material levantou,
fica evidenciado um desses acontecimentos:
Nenhum espécime de origem capixaba houve falha na busca dos exemplares, omissão
da referida choquinha é positivamente na confecção da lista, ou falha na revisão. Cabe
lembrar que é sugestivo que Pinto (1938:486) 1976 (1976b) tenha estabelecido que a espécie
tenha deixado de indicar o Espírito Santo na não mais havia sido encontrada no Espírito
distribuição da espécie, embora faça referên- Santo “a partir de 1967”. Se o registro no
cia a Zimmer (1932). Caparáo não foi um engano, porque Ruschi
não o teria documentado (se a fotografia consta
Formicivora erythronotos – Presente na Lista. com ênfase dentre os métodos empregados) e
porque não se apressaria a divulgar tal achado?
Até 14 anos atrás, essa espécie
“presumivelmente extinta” era conhecida de Tijuca atra – Presente na Lista,
poucos exemplares, todos coletados no séc. acompanhado do nome vulgar regional (!),
XIX. Além disso, Nova Friburgo, na região assobiador
serrana do Estado do Rio de Janeiro, era a
única localidade específica conhecida de Espécie de distribuição quase restrita às
coleta (Scott e Brooke 1985, Collar et al. 1992, florestas altimontanas do Rio de Janeiro, com
Sick 1997:542). As indicações para o Espírito limitada ocorrência em São Paulo e Minas
Santo presentes em Meyer de Schauensee Gerais apenas no sul de sua área de ocorrência,
(1966:279) e Pinto (1978:365) apoiaram-se, sobretudo acima de 1.200m de altitude: na
segundo indicação expressa dos autores, Cadeia da Mantiqueira em Campos do Jordão
apenas nas informações publicadas de Ruschi e Maciço do Itatiaia, com pequeníssima
(veja adiante). As menções de Ruschi à essa extensão nessa região a pontos adjacentes do
espécie (na ocasião, Myrmotherula extremo sudeste de Minas Gerais; na Cadeia
erythronotos) geraram uma desconfiança da Serra do Mar do atual Parque Nacional da
relativamente prematura. Sick (1969, 1972, Bocaina para o nordeste (pela cumeeira) até
1985) enfatizou que erythronotos era conhecida as montanhas do Parque Estadual do
somente de Nova Friburgo; King (1979) Desengano, norte do Rio de Janeiro (Pinto
baseando-se em informação verbal de H. Sick 1944, Willis e Oniki 1981, Pacheco et al. 1992).
notou que o registro para o Espírito Santo “has As indicações antes existentes para o
never been confirmed”; Sick e Teixeira (1979) Espírito Santo ( Meyer de Schauensee
preferiram dizer que “não existem outras 1966:309, Sick 1985:548, Sibley e Monroe
indicações comprovadas”. Após a redescoberta 1990:370) derivaram das menções
da espécie no sul do Rio de Janeiro (Pacheco (desacompanhadas de qualquer relato) de
1988), o consenso em não admitir uma Ruschi e mesmo que várias das fontes
ocorrência no Espírito Santo tornou-se irrestrito referenciais tenham recentemente decidido
(Sibley e Monroe 1990:387, Ridgely e Tudor suprimir o Espírito Santo da distribuição de
1994:279). Tijuca atra, nada foi mencionado a respeito
Sem jamais circunstanciar qualquer dos (Traylor 1979:284, Snow 1982:106, Ridgely e
registros, Ruschi além de incluí-la em suas Tudor 1994:766, Sibley 1996, Sick 1997:661).
listas gerais (1953, 1967, 1979), também Sem jamais fornecer qualquer dado adi-
assinalou-a, indiscriminadamente, para a cional de seus registros para a espécie no Espí-
região de Comboios (1978a), Caparaó (1978b) rito Santo, Ruschi além de incluí-la em suas
e Sooretama (1980); ou seja, tanto para o nível listas gerais (1953, 1967, 1979), também assi-
do mar como para regiões montanhosas. A nalou-a, tanto para as regiões serranas de Santa
julgar pelos dados fornecidos nas apresentações Teresa (1965) e do Caparaó (1978b) como para
dos artigos, Ruschi teria registrado (!) a baixada quente (!) de Sooretama (1980). Sick
erythronotos no Caparaó entre julho de 1976 e (1993:510) considerou e manteve sua presen-
outubro de 1978; posto que, ele afirmara ser a ça (aparentemente promissora) no Caparaó,
lista do Caparaó resultado de seus trabalhos enquanto uma alegada existência nas baixa-
(baseados sobretudo em capturas com rede) das do norte do Espírito Santo pareceu-lhe
entre 1972-1978 e, pouco antes, em julho de demasiado inverossímil.
Lista insuspeita e afastem a possibilidade de para o Rio de Janeiro, que não constavam
uma manipulação deliberada. A hipótese de naquele tempo como ocorrentes no Espírito
que a Lista poderia estar repleta de espécies Santo. Isto explica a inserção na Lista de
incluídas com base apenas em suas observações, espécies como Cacicus chrysopterus que no Rio
sem o devido colecionamento de material, é de Janeiro ocorre apenas no sul do Estado, ou
comprometida pelas informações disponíveis de outras como Formicivora erythronotos, Tijuca
em sua apresentação. Tal hipótese torna-se atra, Calyptura cristata e Basileuterus
ainda menos aplicável porque várias espécies leucoblepharus que jamais foram encontradas
já assinaladas por Ruschi (apenas por verdadeiramente ao norte do Rio de Janeiro.
observação ?) no Estado em oportunidades Esse processo de inclusão de espécies na Lista,
anteriores a 1952, deixaram de constar da Lista por extrapolação, destituído de qualquer
deliberadamente (ou isto é mais um indício preocupação maior, como essa replicação de
de manipulação de dados ?). Ruschi (1954) espécies já assinaladas para o Rio de Janeiro,
apresentou uma extensa relação de espécies em muitos casos criou uma ‘reserva de
(n=343) que representariam os resultados dos mercado’ e antecipou artificialmente (sem
seus levantamentos procedidos na Reserva de créditos) registros verdadeiros feitos por
Comboios, entre 1940 e 1948; todavia, um terceiros antes de 1952 (Apêndice 5) ou após
conjunto delas (n=33, Apêndice 6) está este ano (Apêndice 1). Em menor escala, mas
flagrantemente ausente da Lista. Tais com maior prejuízo, essas inclusões
ausências, a despeito da relação de Comboios engendradas por Ruschi afetaram
ter sido elaborada apenas 14 meses após, negativamente a percepção regional de
esvaziam a suposição de que Ruschi se valera processos de expansão geográfica que de fato
de alguns registros visuais para confeccionar a ocorreram nos últimos 50 anos no sudeste do
Lista. Afinal, se aparentemente a falta de Brasil, para espécies como Rhynchotus rufescens,
material colecionado foi a razão dedutível para Scardafella squammata, Machetornis rixosus e
que 33 espécies de Comboios fossem Leistes superciliaris.
desconsideradas, porque haveriam aves na Na tentativa de corroborar a forte
Lista cuja inclusão se dera apenas a partir de suposição de uma associação entre os dados
registro visual de Ruschi ? presentes nos catálogos de Olivério Pinto (1938,
Reavaliando a Lista por outro ângulo, é 1944) e aqueles da Lista, foi avaliada a seguinte
possível perceber uma sugestiva associação conjuntura. Considerando que até 1952 eram
entre dados desta com aqueles constantes nos registradas 309 espécies para o Estado do Rio
catálogos de Olivério Pinto (1938, 1944) o que de Janeiro (595 era o total estadual até aquele
reforça a tese de uma manipulação. Não ano, J.F.P. e R. Parrini, dados inéditos), sem
porque as espécies registradas para o Espírito que houvessem registros para o Espírito Santo,
Santo referenciadas nos catálogos de Pinto foi montada uma relação numérica entre essas
(n=285) estejam presentes na Lista, isso seria espécies, segundo sua presença ou não nos
mais do que esperado; mas, especialmente, catálogos de Olivério Pinto e o seu
porque certas espécies registradas para o aproveitamento ou não na Lista (Tabela 1). A
Espírito Santo antes de 1952 (Apêndice 4) que Lista incorporou cerca de 90% das espécies
– por omissão ou por razões cronológicas – mencionadas por Pinto (1938, 1944)
estavam ausentes dos catálogos de Pinto explicitamente para o Estado do Rio de Janeiro;
deixaram, igualmente, de constar da Lista. As por outro lado, dentre aquelas não
omissões de espécies já registradas para o mencionadas para o Estado do Rio de Janeiro
Espírito Santo na Lista (porque estavam por Pinto (1938, 1944), ainda que cerca de
ausentes em Pinto) não são mais numerosas 95% das espécies ocorram de fato em solo
porque houve também uma injustificada capixaba, apenas 65% foram incluídas na Lista!
inclusão na Lista de uma grande parcela É destacável e didático que uma espécie
(91,6%) das espécies mencionadas (em Pinto) comum como Synallaxis spixi – embora repetidas
Tabela 1. Relação entre o número de espécies registradas até 1952 no Estado do Rio de Janeiro
(n=309), mas não no Espírito Santo, e o seu aproveitamento na Lista, onde a primeira coluna
indica se há ou não menção textual ao Rio de Janeiro em Pinto (1938, 1944); A – indica os
números verificados com ou sem menção, B – número de espécies aproveitadas na Lista, C –
número de espécies que ocorrem no Espírito Santo segundo conhecimento atual, D – número
de espécies com material coletado até 1952 no Espírito Santo. A relação entre B, C ou D e o
total de A está expressa em percentuais.
Seria digno de aceitação (porém não parcela de seus dados – dispersos em mais de
menos desastroso, considerando a quantidade) 350 fontes – permanecem sem avaliação e assim
que Ruschi pudesse ter cometido na confecção disponíveis para serem utilizadas sem objeções.
da Lista (tão somente) erros de identificação O estudo de caso aqui apresentado,
no campo ou no museu, contudo isto não conquanto indicativo de fraude, fornece razões
encontra apoio sequer como justificativa suficientes para que todos os demais trabalhos
louvável. As evidências reunidas não permitem faunísticos produzidos por Augusto Ruschi
uma interpretação ao seu trabalho isenta de sejam colocados ad summa em suspeição.
dolo, na medida em que as informações por
ele próprio publicadas reforçam cabalmente a
idéia de manipulação deliberada. Agradecimentos
A incongruência em vários dos dados de
distribuição e biologia presentes na obra de Em primeiro lugar, ao Professor Jorge
Ruschi já foi apontada em diversas ocasiões Albuquerque pelo honroso convite recebido
(p.e.x. Hinkelmann 1988, Stiles 1995, Pacheco para participar desta edição. Ao amigo Paulo
1995, Sick 1993, 1997:444, Bauer 1999:149, Sérgio Moreira da Fonseca, em especial, pela
Vanzolini 1999); entretanto, uma grande leitura crítica e paciente do manuscrito. Ao
Professor Edwin O. Willis pela pertinente Mallet-Rodrigues, Maria D. Allen, Glayson A..
revisão do manuscrito e valiosas contribuições Bencke, Mario Cohn-Haft, Rômulo Ribon, Luís
ao conteúdo. A Jeremy Minns pela elaboração F. Silveira, José Eduardo Simon, Marcos R.
do abstract. Os autores reconhecem o benefício Bornschein e Martha Argel.. Este trabalho é
advindo de algumas discussões acerca da dedicado ao entómologo Johann Becker, em
manipulação dos dados em listas regionais reconhecimento à sua extensa bagagem de
travadas, ao longo dos anos, com Bret M. conhecimento científico-bibliográfico, que
Whitney, Ricardo Parrini, Carlos Raja sobejamente transcende os limites de sua
Gabaglia Penna, Rui Cerqueira, Francisco especialidade.
Bibliografia
Anônimo (1992) Artigos publicados no Boletim do Museu de Biologia Prof. Mello Leitão. Bol.
Mus. Biol. Prof. Mello Leitão (N. Sér.) 1:115-141.
Bauer, C. (1999) Padrões atuais de distribuição de aves florestais na região sul do Espírito Santo,
Brasil. Dissertação de Mestrado (Zoologia), Museu Nacional do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Braunwald, E. (1987) Commentary: On Analyzing Scientific Fraud. Nature, 325: 215 - 216.
Broad, W. J. e N. Wade (1983) Betrayers of truths: fraud and deceit in the halls of science. New
York: Simon and Schuster.
Burmeister, H. (1855-56) Systematische Übersicht der Thiere Brasiliens, welche während einer
Reise durch die Provinzen von Rio de Janeiro und Minas Geraes gesammelt und beobachtet wurden.
Vögel, 2 vols. Berlin: G. Reimer.
Goeldi, E. A. (1900) As aves do Brasil. Segunda Parte. Rio de Janeiro: Livraria Clássica de
Alves & Cia.
Haffer, J. (1974) Avian speciation in tropical South America, with a systematic survey of
toucans (Ramphastidae) and jacamars (Galbulidae). Publ. Nuttall Ornith. Club 14: 1-390.
Ihering, H. (1899) As aves do Estado de São Paulo. Rev. Mus. Paulista 3: 113-476.
Ihering, H. von e R. von Ihering (1907) As aves do Brasil. Catálogos da Fauna Brasileira. Vol. I.
São Paulo: Museu Paulista.
King, W. B. (1979) Red data book, 2. Aves. Second edition. Morges, Switzerland:
International Union for Conservation of Nature and Natural Resources.
Kohn, A. (1986) False Prophets: fraud, error and misdemeanor in science. New York: Blackwell
LaFollette, M. (1992) Stealing into Print: Fraud, Plaigiarism and Misconduct in Scientific Publishing.
Berkeley: Univ of California Press.
Meyer de Schauensee, R. (1966) The species of birds of South America and their distribution.
Narberth: Livingston.
Naumburg, E. M. B. (1939) Studies of birds from eastern Brazil and Paraguay, based on a
collection made by Emil Kaempfer. Bull. Amer. Mus. Nat. Hist. 76: 231-276.
Pacheco, J. F. (1995) O Brasil perde cinco espécies de aves! Uma análise crítica dos registros de
Ruschi para alguns beija-flores das fronteiras setentrionais brasileiras. Atualidades Orn. 66: 7.
Pelzeln, A. von (1868-71) Zur Ornithologie Brasiliens. Resultate von Johann Natterers Reisen in
den Jahren 1817 bis 1835. Vienna: A. Pichler’s Witwe und Sohn.
Pinto, O. M. O. (1935) Aves da Bahia. Notas Críticas e observações sôbre uma collecção
feita no Recôncavo e na parte meridional do estado. Rev. Mus. Paulista 19: 1-325.
Pinto, O. M. O. (1938) Catálogo das aves do Brasil e lista dos exemplares que representam
no Museu Paulista. Rev. Mus. Paulista 22(1937): 1-566.
Pinto, O. M. O. (1944) Catálogo das Aves do Brasil. Pt.2. Passeriformes. São Paulo: Publ. Dept.
Zool., Sec. Agricultura, Indústria e Comércio.
Pinto, O. M. O. (1945) Cinqüenta anos de investigação ornitológica. Arq. Zool. S. Paulo 4: 261-340.
Pinto, O. M. O. (1978) Novo catálogo das aves do Brasil. Vol. 1. São Paulo: Empresa Gráfica da
Rev. dos Tribunais.
Ridgely, R. S. e G. Tudor (1994) The birds of South America, 2. Austin: University of Texas
Press.
Ruschi, A. (1950) Fitogeografia do Estado do Espírito Santo. Bol. Mus. Biol. Prof. Mello Leitão,
sér. Bot. 1:1-109.
Ruschi, A. (1953) Lista das Aves do Estado do Espírito Santo. Bol. Mus. Biol. Prof. Mello
Leitão, sér. Zool. 11:1-21.
Ruschi, A. (1965) As aves do recinto da sede de Mus. Biol. M. Leitão em S. Teresa, observadas
durante os anos de 1934 até 1961. Bol. Mus. Biol. Prof. Mello Leitão, sér. Biol. 30:1-41.
Ruschi, A. (1967) Lista atual das aves do Estado do Esp. Santo. Bol. Mus. Biol. Prof. Mello
Leitão, sér. Zool. 28A:1-45.
Ruschi, A. (1976a) O Eucalipto e a ecologia. Bol. Mus. Biol. Prof. Mello Leitão, sér. Divulg.
44:1-61.
Ruschi, A. (1976b) Espécies de vertebrados que não mais, a partir de 1967 para cá foram
encontradas no território do Estado do Espírito Santo. p. 115-118. Em: Comemorativo do
XXVII Aniversário de sua Fundação – 26.06.1949 a 26.06.1976. Bol. Mus. Biol. Prof. Mello
Leitão, número Especial.
Ruschi, A. (1978b) Mamíferos e aves do Parque Nacional do Caparaó. Bol. Mus. Biol. Prof.
Mello Leitão, Zool. 95: 1-28.
Ruschi, A. (1980) A fauna e a flora da Estação Biológica de Sooretama. Bol. Mus. Biol. Prof.
Mello Leitão, sér. Zool. 98:1-24.
Ruschi, A. (1981) Beija-flores do Brasil, nas coleções ornitológicas particulares e dos museus
europeus, norte-americanos e sul americanos, estudados pelo autor, durante os anos de 1938-
1981. Bol. Mus. Biol. Prof. Mello Leitão, sér. Prot. 49:1-6.
Sibley, C. G. (1955) Ornithology. p. 629-659. Em: A century of progress in the natural sciences,
1853-1953. San Francisco: Calif. Acad. Sci.
Sibley, C. G. (1996) Birds of the World. Version 2.0 software. Thayer Birding Software, Ltd.
Sibley, C. G. e B. L. Monroe (1990) Distribution and taxonomy of birds of the world. New
Haven: Yale University Press.
Sick, H. (1985) Ornitologia brasileira, uma introdução. Brasília: Ed. Univ. Brasília, 2 vols.
Sick, H. (1993) Birds in Brazil. A Natural History. Princeton: Princeton University Press.
Sick, H. (1997) Ornitologia brasileira. Edição revista e ampliada por José Fernando Pacheco.
Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira.
Snethlage, E. (1914) Catálogo das aves amazônicas. Bol. Mus. Paraense E. Goeldi 8: 1-530.
Steele, M. (1993) Fifty years of birding: an interview with Margaret Argue. Bird Obs., Mass.
21:5-14..
Stiles, F. G. (1995) Intraspecific and interspecific variation in molt patterns of some tropical
hummingbirds. Auk 112(1): 118-132.
Vielliard, J. M. E. (1994) Catálogo dos Troquilídeos do Museu de Biologia Mello Leitão. Santa
Teresa: Museu de Biologia Mello Leitão.
Wied [-Neuwied], M. (1820-21) Reise nach Brasilien in den Jahren 1815 bis 1817 von
Maximilian, Prinz. zu Wied-Neuwied - mit zwei und zwansig Kupfern, neunzehn Vignetten und drei
Karten. 2 vols. Frankfurt am Main: Heinrich Ludwig Bronner.
Wied [-Neuwied], M. (1830-33) Beiträge zur Naturgeschichte von Brasilien von Maximilian,
Prinzen zu Wied. Vögel. 4 vols. Weimar: Landes-Industrie-Comptoirs.
Apêndice 1. Espécies da Lista com ocorrência no Espírito Santo confirmada por outro(s) autor(es),
mas com evidência material conhecida posterior a setembro de 1952.
Apêndice 2. Táxons da Lista sem ocorrência confirmada por outro(s) autor(es), mas de provável
ocorrência no Espírito Santo.
Apêndice 3. Táxons da Lista sem ocorrência confirmada por outro(s) autor(es), mas de
improvável ocorrência no Espírito Santo.
Sula dactylatra; Sula sula; Circus buffoni; Micrastur mirandollei; Amaurolimnas concolor; Neocrex
erythrops; Anous stolidus; Anous minutus; Gygis alba; Columbina minuta; Bubo virginianus; Ciccaba
virgata; Strix hylophila; Nyctiphrynus ocellatus; Caprimulgus longirostris; Formicivora rufa; Formicivora
grisea grisea; Furnarius figulus; Synallaxis spixi; Sclerurus mexicanus; Elaenia cristata; Hemitriccus
nidipendulus; Pyrocephalus rubinus; Schistochlamys melanopis; Thraupis sayaca; Ammodramus
humeralis; Donacospiza albifrons.
Apêndice 5. Espécies da Lista com ocorrência no Espírito Santo, cujos dados relativos ao material
coletado, antes de setembro de 1952, foram publicados/ divulgados posteriormente.
Podilymbus podiceps; Anhinga anhinga; Ardea cocoi; Egretta caerulea; Nycticorax nycticorax ; Tigrisoma
lineatum; Ixobrychus exilis; Botaurus pinnatus; Cochlearius cochlearius; Harpagus diodon; Harpagus
bidentatus; Accipiter bicolor; Buteo albicaudatus; Herpetotheres cachinnans; Caracara plancus; Pene-
lope obscura; Aramides saracura; Cariama cristata; Jacana jacana; Vanellus chilensis; Hoploxypterus
cayanus; Pluvialis dominica; Charadrius semipalmatus; Charadrius collaris; Tringa solitaria; Tringa
flavipes; Calidris pusilla; Calidris alba; Columba speciosa; Claravis godefrida; Amazona aestiva;
Coccyzus melacoryphus; Tyto alba; Pulsatrix perspicillata; Speotyto cunicularia; Chordeiles acutipennis;
Hydropsalis torquata; Chaetura cinereiventris; Chloroceryle inda; Jacamaralcyon tridactyla; Piculus
aurulentus; Psilorhamphus guttatus; Merulaxis ater; Scytalopus speluncae; Scytalopus indigoticus; Batara
cinerea; Mackenziaena leachii; Mackenziaena severa; Drymophila genei; Drymophila ochropyga;
Grallaria varia; Anabacerthia amaurotis; Lepidocolaptes squamatus; Euscarthmus meloryphus;
Phylloscartes ventralis; Phylloscartes difficilis; Ramphotrigon megacephala; Fluvicola nengeta; Myiozetetes
cayanensis; Schiffornis virescens; Laniisoma elegans; Phibalura flavirostris; Tachycineta albiventer; Turdus
leucomelas; Orchesticus abeillei; Thlypopsis sordida; Piranga flava; Euphonia chlorotica; Dacnis nigripes;
Saltator maxillosus; Gnorimopsar chopi; Carduelis magellanica.
Thalassoica antarctica; Pterodroma brevirostris; Sula sula; Egretta tricolor; Leucopternis albicollis;
Rallus sanguinolentus; Amaurolimnas concolor; Nycticryphes semicollaris; Sterna hirundo; Sterna
paradisea; Anous stolidus; Columbina minuta; Columbina picui; Ara severa; Coccyzus americanus;
Otus atricapillus; Nyctiphrynus ocellatus; Chrysolampis mosquitus; Discosura longicauda; Amazilia
lactea; Heliomaster squamosus; Chloroceryle aenea; Thamnophilus doliatus; Myrmorchilus strigilatus;
Formicivora melanogaster; Formicivora rufa; Hemitriccus nidipendulus; Riparia riparia; Agelaius
ruficapillus; Thraupis sayaca; Tachyphonus rufus; Schistochlamys melanopis; Ammodramus humeralis.