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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Apostila
Setor de
CONTROLE DE REVISÕES
REV. CÓD. DATA DESCRIÇÃO E / OU FOLHA ATINGIDA EXECUÇÂO APROVAÇÃO
A PR 23 / Abr / 08 Versão Preliminar de Cálculo e Custos de Acidentes Marcio Alves Marlon N. Costa
B
C
D
E
F
G
H
I
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SUMÁRIO
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01
1. INTRODUÇÃO A ACIDENTE DO TRABALHO - CUSTOS
ACIDENTE DO TRABALHO
De condição existencial e essencial para o ser humano, o trabalho, muitas vezes, se torna
sinônimo de debilitação, doenças e até a morte.
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou
pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção
e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de
segurança e higiene do trabalho.
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Nota:
Atualmente Ministério do Trabalho e Emprego. Denominação instituída pela Medida Provisória nº
1.795, de 1º.1.1999, reeditada até a de nº 2.216-37, de 31.8.2001, posteriormente transformada
na Medida Provisória nº 103, de 1º.1.2003, convertida na Lei nº 10.683, de 28.5.2003.
segurados especiais (são trabalhadores rural, isto é, que prestam serviços em âmbito rural,
individualmente ou em regime de economia familiar , mas não tem vínculo empregatício – ex.:
meeiro, safrista,etc.)
provocando
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Exemplo:
a) o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte, para a perda ou redução da capacidade para o trabalho, ou produzido
lesão que exija atenção médica para a recuperação;
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Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por essa,
dentro de seus planos para melhorar a capacitação de mão-de-obra, independentemente
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do empregado;
No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja
o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado.
Art 7º "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
De acordo com a Norma Brasileira 18, o empregado não será considerado a serviço da empresa,
quando:
a) fora da área da empresa, por motivos pessoais, não do interesse do empregador ou do seu
proposto;
b) em estacionamento proporcionado pela empresa para o seu veículo, não estando exercendo
qualquer função do seu emprego;
c) empenhado em atividades esportivas, patrocinadas pela empresa, pelas quais não receba
qualquer pagamento direta ou indiretamente;
e) envolvido em luta corporal ou outra disputa sobre assunto não relacionado com o seu emprego.
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O QUE É CAT?
A Comunicação de Acidente de Trabalho -CAT é um formulário que deve ser preenchido para:
Que o trabalhador receba o auxílio-acidente, se for o caso, bem como os benefícios que
gerar esse acidente;
Na falta de comunicação por parte da empresa, a mesma poderá ser feita pelo próprio acidentado,
seus dependentes, pela entidade sindical competente, pelo médico que o assistiu ou qualquer
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autoridade pública, não prevalecendo, nesses casos, os prazos previstos em lei (Lei nº 8.213, de
24.07.91 -art. 22, § 2Q).
A falta de comunicação por parte da empresa não a exime de responsabilidade da multa aplicada
ao caso, conforme a lei.
Sabemos que os acidentes ocorrem por falha humana ou por fatores ambientais.
a) Falha Humana - também chamada de Ato Inseguro, é definida como sendo aquela que decorre
da execução de tarefas de forma contrária às normas de segurança. São os fatores pessoais que
contribuem para a ocorrência de acidentes.
É toda a ação, consciente ou não, capaz de provocar algum dano ao trabalhador, aos
companheiros de trabalho ou às máquinas, aos materiais e equipamentos.
Seleção ineficaz;
Falhas de treinamento;
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Falta de iluminação;
Ruídos em excesso;
Falta de proteção nas partes móveis das máquinas;
Falta de limpeza e ordem (asseio);
Passagens e corredores obstruídos;
Piso escorregadio;
Proteção insuficiente ou ausente para o trabalhador.
Por ocasião das Inspeções de Segurança, são levantados os fatores ambientais de insegurança e,
por meio de recomendações para correção de tais falhas, poderão ser evitadas.
Embora nem todas as condições inseguras possam ser resolvidas, é sempre possível encontrar
soluções parciais para as situações mais complexas e soluções totais para a maior parte dos
problemas observados.
Diversas turbulências naturais (tempestades, furacões, etc.) podem ser previstas pelo homem
embora nem sempre sejam passíveis de adequado controle.
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Um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar suas atividades, por dias seguidos,
meses, ou de forma definitiva. Se o trabalhador não retornar ao trabalho imediatamente ou até na
jornada seguinte, temos o acidente com afastamento, que pode resultar na incapacidade
temporária, incapacidade parcial e permanente ou incapacidade total e permanente para o
trabalho.
Todos sofrem:
A vítima, que fica incapacitada de forma total ou parcial, temporária ou permanente para o
A família, que tem seu padrão de vida afetado pela falta dos ganhos normais, correndo o
risco de cair na marginalidade;
Sofre, enfim, o próprio país, com todo o conjunto de efeitos negativos dos acidentes do trabalho.
Um acidente do trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa apenas por algumas
horas, o que é chamado de acidente sem afastamento. É o que ocorre, por exemplo, quando o
acidente resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador retorna ao trabalho em seguida.
Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar suas atividades
laboriosas por dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o trabalhador acidentado não
retornar ao trabalho imediatamente ou até na jornada seguinte, temos o chamado acidente com
afastamento, que pode resultar na incapacidade temporária, ou na incapacidade parcial e
permanente, ou, ainda, na incapacidade total e permanente para o trabalho. A incapacidade
temporária é a perda da capacidade para o trabalho por um período limitado de tempo, após o
qual o trabalhador retorna às suas atividades normais.
A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda vida, da capacidade física total para
o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um dedo ou de uma vista.
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Inspeções de segurança;
Processos educativos para o trabalhador;
Campanhas de segurança;
Análise dos acidentes;
CIPA atuante.
Um acidente pode envolver qualquer um, ou uma combinação dos seguintes itens:
Homem - uma lesão, que representa apenas um dos possíveis resultados de um acidente.
Maquinaria - quando o acidente afeta apenas máquinas. Raramente um acidente com máquina
se limita a danificar somente a máquina.
Tempo - perda de tempo é o resultado constante de todo acidente, mesmo que não haja dano a
nenhum dos itens acima mencionados.
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Devida ao segurado que, estando ou não em gozo do auxílio-doença, for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-
Ihe-á paga enquanto permanecer nessa condição.
Será devido ao segurado que ficar incapacitado para o trabalho ou para a sua atividade habitual
por mais de 15 dias consecutivos, contados a partir do dia seguinte ao do acidente do trabalho. No
caso de acidente do trabalho, corresponderá a 92% do salário de contribuição vigente no dia do
acidente. Somente cessará após a perícia médica e a reabilitação profissional, quando o
empregado retomar às suas atividades.
Benefício mensal e vitalício será concedido ao segurado quando, após a consolidação das lesões
decorrentes do acidente do trabalho, resultar seqüela que implique:
a) redução da capacidade laborativa que exija maior esforço ou necessidade de adaptação para
exercer a mesma atividade, independentemente de reabilitação profissional.
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b) redução da capacidade laborativa que impeça, por si só, o desempenho da atividade que
exercia à época do acidente, porém não de outra, do mesmo nível de complexidade após a
reabilitação profissional. O acidentado fará jus a um percentual de 40% do salário de contribuição,
vigente no dia do acidente;
c) redução da capacidade laborativa que impeça, por si só, o desempenho da atividade que
exercia a época do acidente, porém não o de outra, de nível inferior de complexidade, após a
reabilitação profissional. O percentual correspondente é de 60% do salário de contribuição do
Será devida ao conjunto de dependentes do segurado que falecer. O valor mensal da pensão será
100% do salário de benefício ou salário de contribuição vigente no dia do acidente, o que for mais
vantajoso, por morte decorrente de acidente do trabalho. Havendo mais de um pensionista, será
rateada entre todos, em partes iguais.
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Sempre que necessitar, nos casos de acidente do trabalho, para auxiliar na utilização de seus
benefícios, os segurados poderão contar com profissionais altamente especializados, facilitando-
se o acesso aos mesmos.
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/CADASTRO DE ACIDENTES
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2. CADASTRO DE ACIDENTES
A maneira usual para a verificação das condições de nossas indústrias em relação à prevenção
de acidentes é através do cadastro de acidentes. Além do mais, o cadastro serve para:
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Informação á diretoria.
Informações aos supervisores reuniões de segurança.
Reuniões de C.I.P.A1.
Organização de concursos.
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C.I.P.A – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
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3. ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES
As estatísticas de acidentes não são compiladas unicamente com fins de investigação e estudo da
prevenção dos acidentes. Embora seja esta a razão principal, também é importante que todos os
interessados conheçam devidamente qual a situação existente no tocante aos acidentes, para
alertá-los e estimular seu interesse, ajudando-os a adquirir a consciência da segurança.
A CIPA, de acordo com a NR-52 da Portaria no 3214/78, e obrigada a preencher uma ficha com
dados sobre o acidente. Essa ficha deverá ser aberta quando da ocorrência de acidente com
afastamento e será discutida em todas as reuniões até que as medidas propostas para evitar
repetição do acidente tenham sido adotadas.
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NR – Norma Regulamentadora (portaria 3.214 do Ministério do trabalho e emprego)
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Qualquer programa de Segurança deve incluir métodos de controle e avaliação dos resultados. A
reunião das informações e dados relativos às ocorrências, a partir dos diversos formulários, tais
como a Ficha de Comunicação de Acidentes (CAT 3) Ficha de Investigação de Acidentes e Ficha
de Inspeção de Segurança, possibilita a fixação das metas e objetivos.
Para um resumo dos acidentes em tabelas e gráficos que possibilitem controle e avaliação mais
rápidos e precisos, podem ser estimados resumos periódicos, por exemplo, mensais e anuais. Em
termos gerais, considera-se o ano estatístico de 1 o de janeiro a 31 de dezembro e o mês
estatístico do 1o ultimo dia desse mês.
Vários coeficientes e taxas podem ser utilizados. Os índices citados a seguir são os mais comuns,
e embora alguns autores critiquem uns em defesa de outros, acreditam que todos são válidos em
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/ASPECTOS LEGAIS
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CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho
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4. ASPECTOS LEGAIS
1. Número de empregados.
2. Número de acidentes, com perda de tempo ocorrido no mês.
3. Número de dias perdidos com os acidentes.
4. Número de homens-horas trabalhadas.
5. Coeficiente de Freqüência
6. Coeficiente de Gravidade.
Parágrafo único: Os dias debitados serão calculados de acordo com a tabela anexa à Portaria.
Visto isso, devemos enumerar com exatidão, as lesões que se incluirão na determinação do grau
de segurança de qualquer indústria. Incluiremos o acidente sem afastamento ou aquele com
afastamento? A prática corrente é a de incluir, apenas os acidentes com lesões e entre estes,
somente os chamados acidentes com afastamento.
Vários coeficientes e taxas podem ser utilizados. Os índices citados a seguir são os mais comuns,
e embora alguns autores critiquem uns em defesa de outros, acreditam que todos são válidos em
termos estatísticos.
Basicamente, são utilizados dois coeficientes: de freqüência, que nos dá idéia do número de
acidentes, e o de gravidade, que nos dá idéia da extensão das lesões sofridas pelos
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trabalhadores. Para possibilitar comparações entre diversos períodos de tempo ou entre diversas
empresas, os dados obtidos sobre os acidentes do trabalho são considerados em relação como
tempo de exposição ao risco dos empregados da empresa ou a soma das horas efetivamente
trabalhadas. Assim, temos:
Assim, com o objetivo de podermos fazer urna verdadeira comparação das lesões ocorridas na
fábrica A e na fábrica B durante um mesmo período (ano passado) devemos levar em
consideração o total de homens-horas trabalhadas (H.H.T4.) em cada fábrica, no mesmo período.
Isto se logra por meio do chamado coeficiente de freqüência. O coeficiente de freqüência (C. F. 5)
expressa o número de acidentes com perda de tempo (a.c.p.t.6) ocorridos em um milhão de horas-
homens trabalhadas. Este é o número padrão adotado para possibilitar a comparação entre
coeficientes de empresas que possuem diferentes números de empregados.
C. F. = x x 106
Y
y: número de H.H.T.
4
H.H.T – Homens Horas Trabalhados
5
C.F – Coeficiente de Freqüência
6
a.c.p.t – acidentes com perda de tempo
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Se na fábrica A, citada no caso acima, ocorreram 10 acidentes com perda de tempo, no ano
passado e, se foram trabalhadas 200.000 horas-homens durante o ano, obtemos, aplicando a
formula:
Isto significa, que durante o ano os trabalhadores da fábrica A sofreram lesões que provocaram
uma perda de tempo à razão de 50, por cada milhão de horas que trabalharam.
O coeficiente de freqüência indica apenas a quantidade de acidentes, mas não indica a gravidade
das lesões. Assim por exemplo, numa empresa pode ter havido 50 acidentes com lesões de
pequena importância, enquanto que numa outra empresa poderia ter havido apenas 5 acidentes
com perda de falanges e perda de visão de um olho.
C.G. = (a + b) x106
y
onde:
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Isto é, o tempo perdido devido aos acidentes ocorridos na fábrica A, no ano passado, foi de 1.000
dias para cada 1.000.000 horas trabalhadas. Supondo-se que cada trabalhador, trabalhou 2.000
horas por ano, a média de tempo perdido foi de 2 dias por homem, por ano.
Não devemos nos esquecer, que nesse exemplo, não levamos em consideração as incapacidade
permanentes. É óbvio, que quando figura uma incapacidade permanente, como por exemplo
perda de um dedo, perda de um olho, a perda real de tempo enquanto a lesão cicatriza, não
constitui uma medida exata da gravidade. Para sanar esse problema, adota-se a chamada "tabela
de dias debitados" que é um dos anexos da Portaria DNSHT - 32, de 29 de novembro de 1968.
Se no nosso exemplo incluirmos uma lesão da qual resultou a perda de 2 dedos da mão, a carga
correspondente é de 750 dias, os quais acrescidos à perda de tempo proveniente das 9 lesões
restantes, que equivalem a 180 dias, nos dá um total de 930 dias, e o coeficiente de gravidade
será:
Coeficiente de Gravidade
Expressa a perda de tempo (dias perdidos + dias debitados) por um milhão de homens-horas
trabalhadas.
Formula
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A tabela de dias debitados é uma tabela utilizada com o fim exclusivo de permitir a comparação da
redução da capacidade resultante dos acidentes entre Departamento de uma mesma Empresa,
entre diversas Empresas e entre Empresas de países que adotem a mesma tabela. A perda de
tempo constante da tabela representa uma perda econômica tendo por base a vida média ativa do
trabalhador, estimada em 20 anos ou 6.000 dias.
A tabela, que constitui o Anexo 1 da Portaria 32/68, é usada internacionalmente e foi organizada
pela "International Association of Industrial Accident Bord and Commission".
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Assim temos:
É o acidente em que o acidentado, segundo opinião do médico, pode exercer sua função normal
no mesmo dia do acidente, ou no dia imediato ao dia do acidente, no horário regulamentar.
Incapacidade Temporária
É a perda total da capacidade para o trabalho para um período limitado de tempo, nunca superior
a um ano. Portanto, é aquela em que o acidentado depois de algum tempo afastado do serviço
devido ao acidente, volta ao mesmo executando suas funções normalmente como as fazia antes
do acidente.
Incapacidade Permanente
É a incapacidade temporária que ultrapassa um ano. Pode ser parcial ou total. Assim:
Perda de qualquer membro ou parte dele, perturbação permanente de qualquer membro ou parte
do mesmo.
Exemplo:
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É toda pessoa física que presta serviço de natureza não eventual ao empregador sob a
dependência deste e mediante remuneração.
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5. REQUISITOS GERAIS DE ACORDO COM A NRB 14280
As horas-homem são calculadas pelo somatório das horas de trabalho de cada empregado.
Quando o número de horas trabalhadas varia de grupo para grupo, calculam-se os vários
produtos, que devem ser somados para obtenção do resultado final.
EXEMPLO
25 homens, dos quais 18 trabalham cada um, 200 horas por mês, quatro trabalham 182 horas e
três, apenas, 160 h, totalizam 4 808 horas-homem, como abaixo indicado:
18 x 200 = 3 600
4 x 182 = 728
3 x 160 = 480
total = 4 808
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As horas de exposição devem ser extraídas das folhas de pagamento ou quaisquer outros
registros de ponto, consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as extraordinárias.
Quando não se puder determinar o total de horas realmente trabalhadas, elas devem ser
estimadas multiplicando-se o total de dias de trabalho pela média do número de horas trabalhadas
por dia.
1. Se o número de horas trabalhadas por dia diferir de setor para setor, deve-se fazer uma
estimativa para cada um deles e somar os números resultantes, a fim de obter o total de
horas-homem, incluindo-se nessa estimativa as horas extraordinárias. Na impossibilidade
absoluta de se conseguir o total na forma anteriormente citada e na necessidade de obter-
se índice anual comparável, que reflita a situação do risco da empresa, arbitra-se em 2 000
horas-homem anuais a exposição ao risco para cada empregado.
2. Se as horas-homem forem obtidas por estimativa, deve-se indicar a forma pela qual ela foi
realizada.
As horas pagas, porém não realmente trabalhadas, sejam reais ou estimadas, tais como as
relativas a férias, licenças para tratamento de saúde, feriados, dias de folga, gala, luto,
convocações oficiais, não devem ser incluídas no total de horas trabalhadas, isto é, horas de
exposição ao risco.
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Só devem ser computadas as horas durante as quais o empregado estiver realmente a serviço do
empregador.
Para dirigente, viajante ou qualquer outro empregado sujeito ao horário de trabalho não definido,
deve ser considerada, no cômputo das horas de exposição, a média diária de 8 h.
Para empregado de plantão nas instalações do empregador devem ser consideradas as horas de
plantão.
São considerados como dias perdidos por incapacidade temporária total os seguintes:
NOTA - Não são computáveis o dia da lesão e o dia em que o acidentado é considerado apto para
retornar ao trabalho.
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São dias não realmente perdidos que devem ser debitados por morte ou incapacidade
permanente, total ou parcial, de acordo com o estabelecido no quadro 1 de 5.4.4.
Os dias a debitar, em caso de perda de dedos e artelhos, devem ser considerados somente pelo
osso que figura com maior valor, conforme mencionado em 3.4.4, quadro 1 - dias a debitar.
Em amputação de mais de um dedo, devem ser somados os dias a debitar relativos a cada um.
EXEMPLOS:
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EXEMPLO:
Lesão no indicador resultando na perda da articulação da segunda falange com a terceira falange,
estimada pela entidade seguradora em 25% de redução da função: os dias a debitar devem ser
A perda da audição só deve ser considerada incapacidade permanente parcial quando for total
para um ou ambos os ouvidos.
Os dias a debitar, nos casos de redução permanente da visão, devem ser uma percentagem dos
indicados no quadro 1, correspondente à perda permanente da visão, percentagem essa
determinada pela entidade seguradora.
5.4.3.5. Por Incapacidade Permanente que Afeta Mais de Uma Parte do Corpo
O total de dias a debitar deve ser a soma dos dias a debitar por parte lesada. Se a soma exceder
6 000 dias, deve ser desprezado o excesso.
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Os dias a debitar por lesão permanente não constante do quadro 1 de 3.4.4 (tal como lesão de
órgão interno, ou perda de função) devem ser uma percentagem de 6 000 dias, determinada de
acordo com parecer médico, que se deve basear nas tabelas atuariais de avaliação de
incapacidade utilizadas por entidades seguradoras.
A incapacidade permanente parcial é incluída nas estatísticas de acidentados com "lesão com
afastamento", mesmo quando não haja dias perdidos a considerar.
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A hérnia inguinal, enquanto não reparada, deve ser considerada como causadora de incapacidade permanente
parcial, debitando-se, em princípio, 50 dias. Deve ser reclassificada como causadora de incapacidade temporária total
após reparada, sendo o tempo debitado substituído pelo número de dias realmente perdidos.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão:
FA = N x 1 000 000
H
onde:
Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão:
FL = NL x 1 000 000
H
onde:
FL é a taxa de freqüência de acidentados com lesão com afastamento (ver 2.9.1.6 e 2.12);
NL é o número de acidentados com lesão com afastamento;
H representa as horas-homem de exposição ao risco.
É recomendável que se faça o levantamento do número dos acidentados vítimas de lesão sem
afastamento, calculando a respectiva taxa de freqüência.
Essa prática apresenta a vantagem de alertar a empresa para causas que concorram para o
aumento do número de acidentados com afastamento.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
O cálculo deve ser feito da mesma forma que para os acidentados vítimas de lesão com
afastamento, devendo ser o resultado apresentado, obrigatoriamente, em separado.
G = T x 1 000 000
H
onde:
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
MD = D
N
onde:
M=d
N
onde:
Md é o número médio de dias debitados em conseqüência de incapacidade permanente;
d é o número de dias debitados em conseqüência de incapacidade permanente;
N é o número de acidentados correspondente.
Tm = T
N
Onde:
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
NOTA - Este número pode ser calculado dividindo-se a taxa de gravidade pela taxa de freqüência
de acidentados; como mostra a expressão:
T=G
FL
5.7.1. Períodos
O cálculo das taxas constantes nesta Norma deve ser realizado por períodos mensais e anuais,
O acidente de trajeto deve ser tratado à parte, não sendo incluído no cálculo usual das taxas de
freqüência e de gravidade.
Para determinar as taxas relativas a acidentados vítimas de lesões com perda de tempo, deve ser
observado o seguinte:
a) as taxas devem incluir todos os acidentados vítimas de lesões com afastamento do período
considerado (mês, ano), para isso os trabalhos de apuração devem ser encerrados, quando
necessário, após decorridos 45 dias do fim desse período;
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
d) as revisões das medidas de avaliação, quando necessárias, devem incluir todos os casos
ocorridos dentro do período considerado, conhecidos na data da revisão, devendo o tempo
computado ser ajustado conforme a incapacidade (real ou estimada, se a definitiva ainda não for
conhecida).
O número de acidentados e o tempo perdido correspondente às lesões por eles sofridas devem
ser registrados com data da ocorrência dos acidentes.
Os casos de lesões mediatas (doenças do trabalho) que não possam ser atribuídas a um acidente
de data perfeitamente fixável devem ser registrados com as datas em que as lesões forem
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Para o levantamento do custo não segurado, devem ser levados em consideração, entre outros,
os seguintes elementos:
NOTA - O assunto não se esgota com a enunciação dos exemplos acima, ficando a critério das
entidades interessadas a realização das estimativas do custo não segurado.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
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06
6. INDICADORES DE ACIDENTES DO TRABALHO
Número médio de empregados dias, por ano, é a relação entre a soma dos dias de
trabalho no ano e duração normal do trabalho num ano, que é de 300 dias.
Dias computados para cada acidentado: é o número de dias atribuídos a cada acidentado, num só
acidente, conforme:
Acidente com morte: os dias computados correspondem há 6.000 dias (dias debitados).
Dias computados por acidentes: é o número que exprime a soma dos dias computados
de cada acidentado no mesmo acidente.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Dias computados no mês: é o total de dias perdidos, dias debitados e dias transportados
durante o mês considerado.
Corno o nome indica, é a estatística elaborada durante um mês, com a finalidade de obter dados
comparativos que permitem confronto com as estatísticas de outros locais de atividades
Tem a mesma finalidade da estatística mensal, mas abrange dados de todos os meses do ano.
Número médio de empregados dias por mês é a relação entre a soma dos dias de trabalho num
mês e a duração normal do trabalho num dia que é de 8 horas.
Esse número médio referir-se-à totalidade dos empregados de uma empresa devendo-se, em
caso contrário, mencionar a seção da empresa.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
É o número que exprime a soma de todas as horas efetivamente trabalhadas por todos os
empregados do estabelecimento inclusive do escritório, de administração, de vendas ou de outras
funções; são horas em que os empregados estio sujeitos a se acidentarem em trabalho.
Notas:
Os dias perdidos são dias corridos contados do dia imediato ao dia do acidente até o dia da
alta médica, inclusive.
Conta-se também qualquer outro dia completo de incapacidade, ocorrido depois do retorno
ao trabalho e que seja em conseqüência do mesmo acidente.
No caso do item anterior, a contagem dos dias perdidos será iniciada no dia da
comunicação do agravamento da lesão.
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São os dias perdidos durante o mês por acidentado do mês anterior (ou de meses anteriores).
É o número de dias que convencionalmente se atribui aos casos de acidentes de que resulte
morte, incapacidade permanente total ou incapacidade permanente parcial, representando a
perda total ou a redução da capacidade para o trabalho, conforme a tabela anexa á Portaria 32.
DIAS
ACIDENTE DIAS COEFICIENTE
HORAS HOMEM PERDIDOS DO DIAS COEFICIÊNTE
MES COM PERDA PERDIDOS DO DE
TRABALHADAS MES DEBITADOS DE GRAVIDADE
DE TEMPO MES ATUAL FREQUÊNCIA
ANTERIOR
JAN. 890.000 20 310 -- -- 22,47 348
FEV 850.000 25 350 80 900 29,41 1.470
AC. 1.740.000 45 740 -- 900 25,88 942
MAR 910.000 18 240 50 -- 19,78 318
AC. 2.650.000 63 1.030 -- 900 23,77 728
ABR. 965.000 15 405 20 3.000 15,54 3.549
AC. 3.615.000 78 1.455 -- 3.900 21,57 1.481
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Para que as estatísticas de acidentes tenham o maior grau possível de comparabilidade com fins
preventivos, torna-se necessário aplicar os seguintes princípios:
Fig. B
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A classificação das indústrias e ocupações para efeitos das estatísticas de acidentes deve
ser uniforme em todas as partes.
A classificação das causas e dos acidentes deve ser uniforme, e deve aplicar-se mesmos
princípios em todos os casos para determinar as causas de acidentes.
Embora a norma NB-18 não mencione, é recomendável fazer uma estatística à parte para
os acidentes de trajeto, adotando-se porém as mesmas recomendações mencionadas na
referida norma.
Fig. C
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Os valores acima mostrados vem de certa forma confirmar um conceito de há muito conhecido em
matéria de segurança. Entre outros fatores que entram na sua eclosão, os acidentes derivam ou
da falta de prática e desconhecimento dos perigos ou do excesso de confiança de que se imbui
um trabalhador muito experiente em seu serviço. O quadro nos mostra exatamente isso: As
maiores porcentagens situam-se em pólos opostos, relativamente ao tempo de serviço dos
acidentados (21% com empregados de menos de 1 ano e 29% com empregados com mais de 10
anos de firma). É possível ao trabalhador acidentar-se porque "não sabe" ou por "saber demais",
julgar-se a salvo dos acidentes. Dai a conveniência de se ter por principio o seguinte:
1o) Inicialmente procurar conhecer todos os riscos do serviço e as regras de segurança a ele
pertinentes;
Pelo quadro anterior podemos observar quais foram as principais causas dos acidentes com
afastamento. E podemos reparar talvez até com espanto e surpresa - que os corpos estranhos e
conjuntivites oculares ocupam o primeiro lugar entre as causas de acidentes. superam inclusive o
próprio trabalho com máquinas também com apreciável parcela de acidentes, a exemplo do que
sucede em todos os anos.
A julgar por esse quadro, quase a metade dos casos poderia ser eliminada se protegêssemos
melhor os olhos (esses maravilhosos órgãos condicionadores da normalidade da vida e da nossa
felicidade pessoal), bem como se fossem observa dás todas as regras de segurança relativa ao
trabalho com máquinas.
O registro dos acidentes ocorridos em urna empresa pode fornecer um grande número de
informações ao pessoal que trabalha na segurança. Ao administrador, no entanto, interessa saber
se as medidas preventivas adotadas estão conduzindo ou não a resultados satisfatórios. Para o
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
administrador, o fato de perceber que o número de acidentes diminui em um mês, para o mês
seguinte novamente aumentar e a seguir diminuir novamente é insatisfatório, já que o real
interesse está em saber se há um critério que permita chegar-se a conclusão de uma melhora ou
piora.
Sabe-se que a variabilidade de um produto acabado provém da variabilidade dos diversos fatores
que influem na produção tais como: trabalho humano, máquinas, matéria prima, umidade,
voltagem, etc. A variabilidade destes fatores se decompõe em duas parcelas:
a. Uma variabilidade estável no tempo, isto é, o fator varia dentro de uma distribuição de
probabilidades, conservando, pois, a média e o desvio padrão. A variação que resulta para
b. uma variabilidade instável no tempo, como por exemplo a falta de tremo de um operário ou
ainda a uma queda na voltagem.Com relação aos acidentes em uma fábrica, podemos
considerá-los como o resultado de um determinado processo de trabalho, e a sua
variabilidade provém de fatores como: tipo de indústria, máquinas utilizadas, matéria prima
usada, etc. Da mesma forma, como no caso de um produto acabado, a variabilidade
destes fatores se decompõe em duas parcelas:
b.1) uma variabilidade estável no. tempo, que se denomina ocasional e que é inerente, ao
processo, utilizado.
b.2) uma variabilidade estável no tempo, que se denomina assinalável e que pode ser
resultado por causas externas ao processo utilizado. Estamos portanto induzindo a
que aceitem que os acidentes em urna determinada indústria estão' sujeitos a dois
tipos de variabilidade: a ocasional e a assinalável.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
controle estatístico. O número de acidentes pode ser facilmente controlado usando a Distribuição
de Poisson dos eventos raros.
Por esta lei sabemos que o desvio padrão é igual á raiz quadrada da media. Assim, se for o
número médio de acidentes por unidade de tempo, ocorridos no passado, o gráfico por um
sistema americano, será o da figura a seguir.
A zona acima da média indica piora das condições de segurança, finalmente pontos da zona
abaixo da média, melhora nestas condições. Antes de explicarmos a mecânica do processo de
controle estatístico, vamos contornar, mas algumas dificuldades que podem ocorrer: a mesma
empresa pode em meses consecutivos aumentar sua forca de trabalho, seja pelo aumento do
número de operários, seja pelo aumento de número de horas trabalhadas por dia através das
horas extras. Dessa forma, comparar pura e simplesmente o número de acidentes ocorridos mês
a mês poderá não refletir a medição da freqüência real dos acidentes. Por isso é que se divide o
número de acidentes ocorridos pelo total de horas trabalhadas no mês, obtendo-se assim a
freqüência de acidentes em uma hora para uma certa e em determinada fábrica.
Outra dificuldade diz respeito ao não levantamento e registro de todo, e qualquer acidente, mas
classificar e selecionar apenas os acidentes que acarretem o afastamento do trabalhador do
serviço. Pelo que se descreveu nesse parágrafo, estamos quase que chegando á própria fórmula
do coeficiente de freqüência de acidentes, restando apenas multiplicar esse valor de freqüência
horária de acidentes por uma certa e bem determinada constante, que foi estabelecida pela
própria Associação Brasileira de Normas Técnicas e que é a de 1.000.000, o que representaria o
número de acidentes que ocorreriam em milhão de horas trabalhadas.
Pelo que se viu a possibilidade de se contornar as dificuldades apontadas está no uso dos
gráficos de controle para os Coeficientes de Freqüência de Acidentes. Sabendo-se, pois que a
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
COEFICIENTE DE FREQUÊNCIA
Janeiro ............50
Fevereiro .........17
Em primeiro lugar vamos estabelecer o coeficiente de freqüência (média) e o desvio padrão desse
coeficiente. Assim, a média é de 288:12 = 24; o desvio padrão é 3:240.5 = 14,6.
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Fig.E
Janeiro ............36
Fevereiro ........24
Marco ...........16
Abril .........0
Maio ............0
Junho ......0
Julho ..........0
Agosto ............18
Setembro .......16
Outubro ...........0
Fig. F
Pelo que pode ser observado acima, os valores dos coeficientes de freqüência apresentam 5
valores abaixo do limite inferior o que já não denota apenas uma variação assinalável, mas na
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
realidade uma verdadeira alteração no valor da média para o ano atual, já que todos os pontos, à
exceção do 1o , apresentam-se abaixo do valor da média do ano passado. Está claro e
evidenciado que o programa de prevenção está surtindo resultados benéficos. Suponhamos,
agora, apenas para efeito de raciocínio, que tivéssemos obtido os valores de coeficiente de
freqüência que se seguem:
Janeiro ...........52
Fevereiro ............40
Marco ...........38
Abril ..........40
Maio .......0
Junho 36
Fig. G
Pelo que pode ser observado, o ponto relativo ao mês de junho é uma exceção ao restante do ano
e não pode ser encarado como um indicativo de melhora no programa de prevenção, e sim um
indicativo de piora ao se observar o conjunto do ano atual, que fatalmente apresentará coeficiente
de freqüência maior do que para o ano passado.
Podemos acrescentar que, ao que tudo indica, o resultado de junho deve-se a uma variação
assinalável, e que no cálculo da média do ano deverá ser eliminada.
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No que se respeita ao cálculo mensal do coeficiente de gravidade, uma dificuldade que surge, não
raras vezes, resulta do fato de um trabalhador que se acidente em certo mês não poder retornar
ao trabalho no mesmo mês. As perguntas que se impõem são: quantos dias serão atribuídos
àquele acidente para o cálculo do coeficiente de gravidade?
Serão contados apenas os perdidos no mês da ocorrência para o cálculo referente àquele mês?
Em que cálculos serão computados os dias perdidos pelo acidentado no más ou meses
subseqüentes ao acidente?
Geralmente, no cálculo do coeficiente de gravidade, casos como esse entram nas estatísticas nos
Para solucionar essas dificuldades, pode ser adotado o plano recomendado pelo National Safety
Concil dos Estados Unidos da América do Norte (Industrial Accident Records and Analysis:. Safe
Practices Pamphlet nº.21), devidamente adaptado à norma brasileira do cadastro de acidentes.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
As colunas correspondentes a cada uma dessas três espécies de acidentes são subdivididas em
duas, uma correspondente ao mês em curso e outra intitulada "acréscimo", cuja finalidade será
esclarecida adiante.
Coeficiente de gravidade.
Quando um caso de acidente não é encerrado por ocasião do fechamento das estatísticas do
mês, deve-se escrever na coluna correspondente debaixo do título "mês", o número de dias que,
de acordo com o médico que atendeu o caso, o acidentado irá perder. Se o acidentado volta ao
serviço antes ou depois da data prevista, o número de dias perdidos a menos ou a mais é
transcrito no mês em que o operário volta ao trabalho, procedido do sinal - ou + respectiva mente.
Entretanto esse número não é computado da estatística desse mês ou de qualquer Outro em
particular, mas apenas no número total acumulado até esse mês. O mesmo pode ser feito em
relação a dias debitados.
Quando um caso passa de uma categoria para outra, por exemplo, dá incapacidade temporária
para permanente parcial, procede-se do seguinte modo: no mês em que ocorre a alteração
adiciona-se à coluna "acréscimo" uma unidade à nova categoria e subtrai-se também na coluna
"acréscimo", urna unidade á categoria a que o caso deixou de pertencer entretanto, esses novos
números não são adicionados aos totais desse mês, mas apenas aos totais até esse más (vide
exemplo no anexo 3).
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Com efeito, O operário voltou ao trabalho na data prevista. No entanto, em setembro foi notado
que permanecera um certo grau de perturbação funcional (dificuldade de movimentação do braço
ferido). Assim, o caso passou de incapacidade temporária para incapacidade permanente parcial
com direito há 900 dias debitados. Foram feitas alterações na tabela do mês de setembro: nas
colunas de acréscimo anotou-se + 1 entre as incapacidades permanentes parciais e - 1 entre as
incapacidades temporárias.
Devido a restrição de mobilidade acrescentou-se 900 dias à coluna de acréscimo para os dias
No mês de dezembro Ocorreu um caso fatal sendo que a morte se deu imediatamente após o
acidente: assim sendo, foram incluídos 6.000 dias debitados, não havendo dias perdidos a
computar.
O quadro possui todos os elementos necessários para o cálculo do coeficiente de freqüência, que
foi omitido por não interessar ao assunto em estudo.
Quando da análise final, deveria ser relembrado que, enquanto o objetivo imediato do programa
de segurança é o de eliminar os riscos até que os acidentes não mais ocorram, um objetivo
imediato desse programa deve ser a identificação e o controle dos riscos que podem causar e
estão causando prejuízos graves a indústria, e danos aos empregados.
O progresso no sentido desses objetivos merece continua avaliação através dos melhores meios
disponíveis - o plano organizado constitui o rumo a seguir para atingir esses objetivos.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Ocorrência do
Acidente
O funcionário do DP avalia
O acidentado precisa
Sim de socorro Não
especializado – PS?
Abertura do
Transporte para Hospital Será necessário
CAT
com um funcionário chamar a Polícia
responsável (BO), e avisar o
MTE? Outras
providências?
Analisar o
Acidente
Retorno do acidentado ao
trabalho, determinado pelo
Médico do atendimento
Elaborar Plano Chamar Polícia e
de Ações para avisar MTE, tomar
eliminar as outras
“CAUSAS” do providências.
O afastamento acidente.
foi > 15 dias?
Acompanhar a
Implantação das
Sim Não
ações
Comunicar RH para
controle de
estabilidade de FIM
emprego
__________
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
07
7. ACIDENTE DO TRABALHO E AVALIAÇÃO ANUAL - QUADROS III A VI
O preenchimento dos quadros III, IV, V e VI da NR4 é de fundamental importância para o controle
e elaboração da estatística do Ministério do Trabalho, além de uma responsabilidade legal dos
profissionais do SESMT.
O registro mensal de todas as informações previstas nestes quadros, até o quinto dia útil do mês,
facilita o trabalho da elaboração do mapa anual, que ao final do ano (até o dia 31 de janeiro do
NO ABSOLUTO
Número de empregados acidentados
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
DIAS/HOMEM PERDIDOS
Resultado obtido pela divisão do total de horas não trabalhadas por empregados acidentados,
pelo número de horas correspondentes à jornada normal de trabalho da empresa.
TAXA DE FREQÜÊNCIA
Aplicar a seguinte fórmula:
TF = N x 1.000.000
HHT
ÓBITOS
Mencionar o respectivo número, se houver.
Exemplo:
Empresa com média anual de 200 empregados e jornada diária de 7 horas e 20 minutos,
ocorrem acidentes com 4 empregados do setor da oficina sendo:
3O – afastado 14 dias; e
4O – ausente 60 dias.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Demonstrativo de cálculo:
N. DE ACIDENTES
x 100 = 4 x 100 = 2
N. DE EMPREGADOS
200
2. Dias/homem perdidos
Obs.: para facilitar o cálculo substituímos a jornada diária normal pelo seu valor
equivalente em número decimal:
3. Taxa de Freqüência
Nota: utilizamos 309 dias úteis como exemplo. Devemos nos lembrar que devemos excluir
da jornada normal os domingos e feriados nacionais, além de feriados municipais das
respectivas regiões.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8 Coluna 9 Coluna 10
Verso
Gerência 0
1 0 0 1 1,2 do 0 0
(80) (16.000)
mapa
Distribuição 24
3 0 1 2 7,5 125,0 0 3000
(40) (8.000)
Obra Civil 60
1 1 0 0 5,0 250,0 1 15000
(20) (4.000)
Manutenção 1
3 2 0 1 5,0 166,70 0 83
(60) (12.000)
Vendas 0
0 0 0 0 0,0 0,0 0 0
(100) (20.000)
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
7.2. Quadro IV
TIPO DE DOENÇA
Denominação da doença
A – 100%
B– x
B x 100
X
NÚMERO DE ÓBITOS
Quando ocasionados pela doença
- 62 -
Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
7.3. Quadro V
SETOR
Local onde existe o agente
AGENTES IDENTIFICADOS
Causadores da insalubridade. Menciona-se os agentes físicos ou químicos tais como ruído,
chumbo, etc..
INTENSIDADE DA CONCENTRAÇÃO
Se a avaliação puder ser feita através de aparelho de medição, colocar o número correspondente
à leitura.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
7.4. Quadro VI
SETOR
Local de trabalho onde ocorreu o acidente
NÚMERO DE ACIDENTES
Acidentes ocorridos no período
Inserir número inteiro que represente em milhares de reais (R$), o valor avaliado. Despreza-se a
fração de milhar, se houver.
ACID. S/ VÍTIMA
ACID. C/ VÍTIMA
TOTAL DO ESTABELECIMENTO
Número total de empregados.
TOTAL DE
ESTABELECIMENTO
__________
/CUSTO DO ACIDENTE
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
08
8. CUSTO DO ACIDENTE
Qualquer acidente do trabalho acarreta prejuízos econômicos para o acidentado, para a empresa,
para a Nação. Se encararmos o acidente do ponto de vista prevencionista (não ha necessidade de
efeito lesivo ao trabalhador em virtude da ocorrência), a simples perda de tempo para normalizar a
situação já representa custo. Por exemplo, a queda de um fardo de algodão mal armazenado, em
Há diversos custos que o próprio bom-senso facilmente determina. Outros, porem, além de não
serem identificados na totalidade, quando o são tornam-se de difícil mensuração.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
CUSTO SOCIAL decorrente do acidente não poderá ser determinado. A família do acidentado
poderá sofrer graves conseqüências, não só financeiras, como também sociais. Não haverá mais
a possibilidade de promoções, horas extras, etc. Toda a experiência de vida que poderia ser
transmitida aos filhos é perdida.
Pode ser sentida aqui a dificuldade para mensurar os custos dos acidentes. Para contornar esse
problema, por meio de uma investigação de acidentes bem feita, e com a utilização de recursos
matemáticos e inferências estatísticas, podemos atingir um bom nível de precisão em termos de
custos para o empregador.
O custo total do acidente do trabalho pode ser em duas parcelas: o custo direto e o custo indireto,
Onde:
Custo Direto: São custos que incidem sobre a folha de pagamento da empresa, levando-se em
conta os riscos da atividade econômica.
O custo direto não tem relação com o acidente em si. É o custo do seguro de acidentes do
trabalho que o empregador deve pagar ao Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS,
conforme determina do no artigo 26 do decreto 2.173, de 05 de março de 1997. Essa contribuição
é calculada a partir do enquadramento da empresa em três níveis de risco de acidente do trabalho
(riscos leve, médios e graves) e da folha de pagamento de contribuição da empresa, da seguinte
forma:
II – 2 % (dois por cento) para a empresa em cuja atividade preponderante esse risco de acidente
do trabalho seja considerado médio;
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
III – 3 % (três por cento) para a empresa em cuja atividade preponderante esse risco de acidente
do trabalho seja considerado grave.
A classificação da empresa será feita a partir de tabela própria, organizada pelo Ministério da
Previdência Social.
Tendo em vista que o custo direto nada mais é que a taxa de seguro de acidentes do trabalho
paga pela empresa a Previdência Social, esse custo também é chamado de "custo segurado" e
representa saída de caixa imediata para o empregador.
Já os fatores que influem no custo indireto não representam uma retirada de caixa imediata para a
empresa, mas, embora prejudiquem a produção e inclusive a diminuam, não acarretam novos
gastos necessariamente. Eles são inerentes a própria atividade da empresa.
A seguir são citados alguns fatores que influem no aumento do custo indireto de um
acidente do trabalho:
b) Salários pagos aos colegas do acidentado, que deixam de produzir para socorrer a vítima,
avisar seus superiores e, se necessário, auxiliar na remoção do acidentado;
f.1) Pagamento de horas extras aos empregados para cobrir prejuízo causado à produção
pela paralisação decorrente do acidente;
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
f.2) Gastos extras de energia elétrica e demais facilidades das instalações em decorrência
das horas extras trabalhadas;
Pode-se notar, portanto, que o custo de acidentes envolve vários fatores de produção:
1o) pessoal
2o) maquinas e equipamentos;
3o) matéria-prima
4o) tempo;
5o) instalações.
Pessoal
Maquinas e equipamentos
Incluem ferramentas, carros de transporte diretamente ligados à produção, maquinas, que podem
ser danificados em caso de acidente, exigindo reparos, substituição de peças e serviço extra das
equipes de manutenção.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Matéria - prima
Material perecível, por exemplo, pode ser perdido em caso de parada repentina do processo em
virtude de um acidente.
Tempo
Invariavelmente, qualquer acidente acarreta, com perda de tempo, tanto na produção como na
Instalações Gerais
Em 1931, o engenheiro americano H.W. Heinrich efetuou uma pesquisa entre a média indústria
americana e encontrou a relação 1:4 entre o custo direto e o custo indireto, ou seja, se o custo
direto de um acidente é R$ 1.000,00, seu custo indireto será R$ 4.000,00. Essa relação no
entanto, embora difundida e utilizada normalmente, não corresponde a realidade na maior parte
dos casos.
A relação entre custo direto pode variar de 1:1 até 1:100, ou seja a variação do custo total pode
ser de 2 a 101 vezes o custo direto.
Deve-se, portanto, evitar a utilização desse valor (1:4) e, por meio de estudos realizados dentro do
próprio local de trabalho, inferir o índice adequado.
Para possibilitar essa inferência pode-se, por exemplo, definir cinco classes de acidentes:
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Deve-se apenas tomar o cuidado de atualizar esse custo, tendo em vista a inflação e as suas
conseqüências na economia.
Qualquer modificação nos fatores anteriormente citados, como pessoal, máquinas, etc., pode
ocasionar modificações nos custos, obrigando, portanto, os elementos da segurança a realizarem
novo estudo.
I - um por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho
seja considerado leve;
II - dois por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho
seja considerado médio;
III - três por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do
trabalho seja considerado grave.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
§ 6º O disposto no caput não se aplica à pessoa física de que trata a alínea "a" do inciso V do art.
10.
§ 1º A redução da alíquota de que trata este artigo estará condicionada à melhoria das condições
do trabalho, obtida através de investimentos em prevenção e em sistemas gerenciais de risco que
impactem positivamente na redução dos agravos à saúde no trabalho, à inexistência de débitos
em relação às contribuições devidas ao Instituto Nacional do Seguro Social-INSS e aos demais
requisitos estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social-MPAS.
§ 3º Verificado o descumprimento por parte da empresa dos requisitos fixados pelo Ministério da
Previdência e Assistência Social-MPAS, para fim de redução das alíquotas de que trata o artigo
anterior, o Instituto Nacional do Seguro Social-INSS procederá à notificação dos valores devidos.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
FORMULAS
Exemplo:
HERs = 10 x 5 x 8,8 = 440 horas / semana
Empregados = 10
HERm = 10 x 22 x 8,8 = 1.936 horas / mês Dias Trabalhados Mês = 22
Horas Dias = 8 h 48 min (8,8)
HERa = 10 x 309 x 8,8 = 27.192 horas / ano Horas Semanais = 44 horas
Custo Direto
Exemplo:
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Custo Indireto
CI = CD x 4
CI = R$ 4.500,00 x 4
CI = 18.000,00
Extimativa do Custo Social (não pede ser determinado, varias de acordo com cada caso) 1x
CI = CD x 8
CI = R$ 4.500,00 x 8
CI = R$ 36.000,00
OBS.: Deverá ser levantado os custos diretos e indiretos para cada empresa e setor de
trabalho, levando-se em conta o salário base, custos operacionais, treinamentos e
qualificação, seguro relativos ao risco da atividade e outros pertinentes. Normalmente este
montante não é desembocado de uma só vez, mais, ao longo do tempo.
Custo Total
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Taxa de Freqüência
Taxa de Gravidade
Horas de Treinamentos
__________
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
09
9. QUESTIONÁRIO E EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
__________
/CONCEITOS E DEFINIÇÕES
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
10
10. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Agente do acidente (agente): Coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição
ambiente de
insegurança, tenha provocado o acidente.
Custo não segurado: Total das despesas não cobertas pelo seguro de acidente do
trabalho e, em geral, não facilmente computáveis, tais como as
resultantes da interrupção do trabalho, do afastamento do
empregado de sua ocupação habitual, de danos causados a
equipamentos e materiais, da perturbação do trabalho normal e
de atividades assistenciais não seguradas.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Fator pessoal de insegurança Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à
(fator pessoal): ocorrência do acidente ou à prática do ato inseguro.
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Segurança é Direito e Dever de Todos, Compre essa Idéia e Pratique no Seu Dia a Dia.
Lesão mediata (lesão tardia): Lesão que não se manifesta imediatamente após a
circunstância acidental da qual resultou.
Lesão com afastamento (lesão Lesão pessoal que impede o acidentado de voltar ao trabalho
incapacitante ou lesão com no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade
perda de tempo): permanente.
Lesão sem afastamento (lesão Lesão pessoal que não impede o acidentado de voltar ao
não incapacitante ou lesão trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
Tipo de acidente pessoal (tipo): Caracterização da forma pela qual a fonte da lesão causou a
lesão.
Taxa de freqüência de Número de acidentados com lesão com afastamento por milhão
acidentados com lesão com de horas-homem de exposição ao risco, em determinado
afastamento: período.
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Taxa de freqüência de Número de acidentados com lesão sem afastamento por milhão
acidentados com lesão sem de horas-homem de exposição ao risco, em determinado
afastamento: período.
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/BIBLIOGRAFIA
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11. BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Lei nº. 8.080, de 19 de setembro de 1999. Dispõe sobre as condições para a
promoção proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências. In: ___________. O SUS e o controle social: guia
de referência para conselhos municipais. Brasília: Ministério da Saúde, 1998.
COHN, A. et al. Acidentes de trabalho: uma forma de violência. São Paulo: Brasiliense, 1985.
159 p.
MENDES, R.; DIAS, E. C. Saúde dos trabalhadores. In: ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO,
N. Epidemiologia e saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999. p. 431–458.
RIGOTTO, R. M. Investigando saúde e trabalho. In: ROCHA, L. E. et al. (Org.). Isto é trabalho
de gente? vida, doença e trabalho no Brasil. São Paulo: Vozes, 1993.
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INVESTIGAÇÃO DE INCIDENTE
CONTROLE Nº TIPO DE INCIDENTE ENVOLVIDO
RESTRIÇÃO FUNCIONAL TRATAMENTO MÉDICO CONTAMINAÇÃO EMPREGADO
DESCRIÇÃO DO INCIDENTE (INCLUSIVE OS FATOS SOBRE FERIMENTOS, ACIDENTES OU PERDAS, RECURSOS UTILIZADOS NO SOCORRO):
PARA PEQUENOS INCIDENTES DESCREVA O POTENCIAL DE PERDAS QUE PODERIAM TER OCORRIDO:
PROPRIEDADE
DE TERCEIROS
NOME ENDEREÇO TELEFONE
TESTEMUNHAS
AUTORIDADES NOTIFICADAS
PUBLICIDADE
COMENTÁRIOS
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EQUIPE DE INVESTIGAÇÃO
CONCLUSÃO: DESCREVA EM DETALHES PORQUE O INCIDENTE OCORREU
(PERGUNTE "POR QUE?" NO MÍNIMO CINCO VEZES)
CAUSA BÁSICA
FATORES DE TRABALHO: FATORES PESSOAIS:
A) Falta de Procedimentos ou Procedimentos Inadequados D) Falta de Conhecimento ou Habilidade
EQUIPE DE INVESTIGAÇÃO
NOME POSIÇÃO DATA ASSINATURA
REVISADO POR
NOME POSIÇÃO DATA ASSINATURA
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