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HIV/AIDS no Brasil:
Descrição da série temporal das taxas de mortalidade e incidência no período de 1996 a
2016.
Florianópolis, 2018.
1. INTRODUÇÃO
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Do inglês acquired immunodeficiency syndrome, cujo acrônimo “AIDS” é o mais empregado para abordar o
tema no Brasil.
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Informação disponível em: < http://www.ioc.fiocruz.br/aids20anos/linhadotempo.html >
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Usuários de heroína injetável.
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Do inglês, profissionais do sexo.
sociais infectados trouxe a tona temas cujo debate ainda remete à questões sensíveis
para a sociedade contemporânea, tais como a morte, o sexo, a discriminação e o
preconceito. Bem como demonstrou os níveis de desigualdades entre países no que diz
respeito ao acesso a tecnologias de pesquisa.
As circunstâncias acerca de todo este processo de identificação, acompanhamento
e planejamento para a prevenção do HIV/AIDS estão intrinsecamente ligadas aos
instrumentos epidemiológicos disponíveis, que em uma década como a de 1980,
contribuíram para o desvelamento e compreensão da doença.
Um destaque da relação das iniciativas brasileiras sobre o HIV, em 1986 foi criado o
programa nacional de DST e Aids, hoje denominado de Departamento de DST, Aids e
Hepatites virais, espaços que analisam a situação da HIV/AIDS no Brasil (DUARTE;
RAMOS; PEREIRA, 2011). A distribuição gratuita de medicamentos antirretrovirais se inicia
em 1991 e a partir de 1996, a aprovação da Lei no. 9313, torna-se um marco histórico por
garantir o acesso ao medicamento para todas as pessoas vivendo com HIV (DUARTE;
RAMOS; PEREIRA, 2011).
Neste trabalho, se analisa a evolução dos índices de prevalência e mortalidade por
HIV no período de 1996 a 2016, de acordo com região do país e comparação entre os
sexos masculinos e femininos.
Tais recortes permitem analisar o impacto das campanhas de prevenção e também
do sucesso do tratamento oferecido pelo SUS no Brasil.
2. OBJETIVOS
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Disponível em: < www.datasus.gov.br >
4. RESULTADOS e DISCUSSÃO
O ano de 1999 apresenta uma queda nos números totais do país e em três regiões,
sendo que apenas as regiões Norte e Nordeste continuam com um aumento progressivo.
Importante observar que a região Sul assume a liderança de região com maior
incidência de infecção por HIV entre os anos de 2000 e 2001 e aí permanece até o fim da
série, apesar de uma queda importante nos índices a partir do ano de 2012.
A região Sudeste foi a que apresentou maior queda progressiva, sendo que a partir
do ano de 2002 os números continuam em queda e se estabilizam na década de 2010 com
leve queda ao final da série.
Tais números podem indicar que a partir das mudanças culturais, ambientais,
sociais é necessário que as estratégias de enfrentamento da epidemia também se
adequem a realidade atual sob risco de risco de se tornando obsoletas comprometam os já
frágeis resultados obtidos até o momento.
A região Sul em contrapartida inicia a série histórica com a terceira maior taxa de
mortalidade por HIV no país, tem leve queda nos dois anos subsequentes e partir de então
os números aumentam progressivamente, com leve declínio a partir de 2014. A região
assume a liderança nas taxas de mortalidade a partir de 2003 e ao final da série ainda
permanece nessa posição.
Observando os dados totais do país percebe-se uma queda acentuada nos três
primeiros anos e os índices se estabilizam e permanecem quase inalterados até o final da
série.
Podemos observar de acordo com o gráfico acima que a mortalidade por HIV/AIDS
no Brasil se manteve mais alta na população masculina do que na feminina. Sendo que a
partir de 1997 os números da população masculina tem uma queda acentuada,
estabilizando-se a partir do ano de 2006, mantendo-se mais ou menos sem alterações
significativas até o fim da série. Nota-se que houve 36,5% da taxa de mortalidade no Brasil
em 2016.
Os números acompanham as estatísticas da incidência e tem uma diminuição da
razão entre os gêneros logo no início dos anos 2000.
Entre as mulheres a queda inicial foi menos incipiente e os números já estabilizaram
a partir de 2001 permanecendo com poucas alterações até o ano de 2016.
Tais dados refletem uma tendência mundial no início da epidemia onde o número de
mortes era muito maior entre os homens, porém, assim como no caso das taxas de
incidência, o fenômeno da feminização pode contribuir para a não diminuição das taxas de
mortalidade por HIV/AIDS entre mulheres.
Outro motivo que pode justificar a não diminuição das mortes por HIV nos últimos
anos, não de forma expressiva em contrapartida o esforço do Ministério da Saúde em
ampliar o tratamento, é que da projeção de 830 mil pessoas vivendo com HIV no país em
2017 apenas 84% estão diagnosticadas e 72% estão e tratamento. Esses números são do
Relatório de Monitoramento Clínico do HIV do Ministério da Saúde.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
BRITO, Ana M. de. CASTILHO, Euclides A. de. SZWARCWALD, Célia L. AIDS e infecção
pelo HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada. Revista da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical .34(2): 207-217, mar-abr, 2000.