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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA
ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
DISCIPLINA EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA

HIV/AIDS no Brasil:
Descrição da série temporal das taxas de mortalidade e incidência no período de 1996 a
2016.

Discentes: Eliza Manarin Cardoso


Gisélida Garcia da Silva Vieira
Luana Silvestre Pereira dos Santos
Michelle Aparecida Soares dos Santos
Scheylani Bruna Silva

Florianópolis, 2018.
1. INTRODUÇÃO

Ao analisar o percurso histórico, da hoje conhecida enquanto síndrome da


imunodeficiência adquirida1 ou popularmente AIDS, pode-se conectar sua descoberta e
rápida identificação como marco para o campo epidemiológico.
Descoberta no início da década de 1980, o vírus da HIV/AIDS teve sua primeira
notificação feita pelo Centro de Controle de Doenças de Atlanta (CDC), ainda, enquanto
uma doença desconhecida apontando para a ocorrência de afecções graves emergindo
entre homens homossexuais.
Durante esta década inúmeros casos foram identificados em diversos países, dentre
eles Estados Unidos, Haiti, regiões da África Central e no Brasil em (1983).2
A princípio os esforços das equipes de saúde identifica a transmissão da doença por
transmissão sanguínea, e em um primeiro momento a doença é denominada de Doença
do 5H, se referindo à pessoas identificadas com a doença na época, que em maioria eram
homossexuais, hemofílicos, haitianos, heroinômanos3 e hookers4, o que posteriormente
passa a ser desmistificado com notificações de infecção entre pessoas heterossexuais,
mulheres e crianças, bem como a contaminação dos profissionais de saúde.
O crescimento da epidemia resultou em um aumento tanto das pesquisas na
tentativa de isolamento do vírus, como também de aproximações para controlar e prevenir
a contaminação.
Em 1985 se identifica o agente etiológico causador da AIDS, denominado Human
Immunodeficiency Virus - HIV juntamente com os primeiras propostas de teste diagnóstico
e iniciativas contemplando o tratamento medicamentoso.
No Brasil, é em 1987 que os pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz isolam o HIV
pela primeira vez na América Latina enquanto os casos crescem no país.
Segundo Greco (2016), o surgimento da epidemia de HIV/AIDS mobilizou vários
âmbitos das relações humanas, uma vez que a polêmica acerca da origem e dos grupos

1
Do inglês acquired immunodeficiency syndrome, cujo acrônimo “AIDS” é o mais empregado para abordar o
tema no Brasil.
2
Informação disponível em: < http://www.ioc.fiocruz.br/aids20anos/linhadotempo.html >
3
Usuários de heroína injetável.
4
Do inglês, profissionais do sexo.
sociais infectados trouxe a tona temas cujo debate ainda remete à questões sensíveis
para a sociedade contemporânea, tais como a morte, o sexo, a discriminação e o
preconceito. Bem como demonstrou os níveis de desigualdades entre países no que diz
respeito ao acesso a tecnologias de pesquisa.
As circunstâncias acerca de todo este processo de identificação, acompanhamento
e planejamento para a prevenção do HIV/AIDS estão intrinsecamente ligadas aos
instrumentos epidemiológicos disponíveis, que em uma década como a de 1980,
contribuíram para o desvelamento e compreensão da doença.
Um destaque da relação das iniciativas brasileiras sobre o HIV, em 1986 foi criado o
programa nacional de DST e Aids, hoje denominado de Departamento de DST, Aids e
Hepatites virais, espaços que analisam a situação da HIV/AIDS no Brasil (DUARTE;
RAMOS; PEREIRA, 2011). A distribuição gratuita de medicamentos antirretrovirais se inicia
em 1991 e a partir de 1996, a aprovação da Lei no. 9313, torna-se um marco histórico por
garantir o acesso ao medicamento para todas as pessoas vivendo com HIV (DUARTE;
RAMOS; PEREIRA, 2011).
Neste trabalho, se analisa a evolução dos índices de prevalência e mortalidade por
HIV no período de 1996 a 2016, de acordo com região do país e comparação entre os
sexos masculinos e femininos.
Tais recortes permitem analisar o impacto das campanhas de prevenção e também
do sucesso do tratamento oferecido pelo SUS no Brasil.
2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


Descrever a série temporal do período de 1996 à 2016 das taxas de mortalidade e
incidência de HIV/AIDS no Brasil.

2.2 Objetivos Específicos


● Descrever e comparar as taxas de incidência de HIV/AIDS, no Brasil, por regiões,
no período de 1996 à 2016.
● Descrever e comparar as taxas de mortalidade por HIV/AIDS no Brasil,por regiões,
no período de 1996 à 2016.
● Descrever e comparar as taxas de incidência de HIV/AIDS, no Brasil, por sexo, no
período de 1996 à 2016.
● Descrever e comparar as taxas de mortalidade por HIV/AIDS no Brasil,por sexo, no
período de 1996 à 2016.
● Desenvolver uma análise comparativa entre as taxas de mortalidade e incidência
de HIV/AIDS no período 1996 à 2016, no Brasil, e no mundo, contextualizando
possíveis mudanças sociodemográficas em seus contextos.
3. METODOLOGIA

O presente trabalho utiliza a abordagem da epidemiologia observacional, com enfoques


alinhados a estudos descritivos ecológicos.
Os estudos descritivos têm como características apresentar padrões, e analisar a
ocorrência de eventos de saúde, em determinadas populações por um espaço de tempo,
ou ao longo de um período, contudo não tentam analisar com o objetivo de concluir, ou
inferir causas, exposições e efeitos diretamente, estes estudos podem contribuir como
fonte de dados para a identificação de possíveis fatores que interagem com os dados
analisados. Já os estudos ecológicos analisam grupos de pessoas, ou populações,
comparando-os com outros grupos em diferentes lugares, ou comparando-os em
momentos diferentes, bem como buscam também avaliar os contextos sociais e
ambientais, destas populações em questão, onde uma análise comumente feita dentro
destes estudos é a análise de séries temporais, que visa comparar a mesma população em
momentos de tempo diferentes, procurando avaliar o comportamento do fato analisado
(BONITA, 2010)
Tendo em vista os objetivos deste trabalho, buscou-se realizar uma análise da série
temporal das taxas de incidência e mortalidade por HIV/AIDS no período de 1996 à 2016
no Brasil, averiguando aproximações e distanciamentos.
A coleta de dados para este estudo foi realizada através da consulta e extração de
dados disponibilizados pela página eletrônica do Departamento de Informática do SUS
(Datasus)5, a qual, permite consulta pública aos dados dos Sistemas de Informação em
Saúde.
No caso desta pesquisa, taxa de mortalidade foi resultado do cruzamento entre o
número de óbitos foi extraído do banco de dados do Sistema de Informações sobre
Mortalidade (SIM) e os dados populacionais do banco disponibilizado pelo Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Enquanto, as taxas de incidência foram produto da relação entre o número de casos
de HIV notificados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e os
dados populacionais do banco disponibilizado pelo Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).

5
Disponível em: < www.datasus.gov.br >
4. RESULTADOS e DISCUSSÃO

A partir dos dados coletados no site DATASUS - Tabnet, os gráficos a seguir


apresentam o panorama da incidência e mortalidade dos casos de HIV na série histórica
de 1996 a 2016, no Brasil, subdividido em regiões, bem como a comparação entre os
sexos neste período.
O primeiro gráfico nos mostra o resultado das taxas de mortalidade por HIV, no
Brasil, por regiões.

Figura 1. Taxa de incidência de HIV por 100.000 habitantes

Fonte: Elaborado pelas autoras com dados do SINAN e IBGE

A análise do gráfico nos permite observar que em todas as regiões a taxa de


incidência tem um aumento progressivo entre 1996 e 1997. Em 1998 a região Centro -
Oeste apresenta queda ao contrário das demais regiões que continuam a elevar os
números

O ano de 1999 apresenta uma queda nos números totais do país e em três regiões,
sendo que apenas as regiões Norte e Nordeste continuam com um aumento progressivo.

A partir de então inicia-se uma sequência de elevações e quedas e todas as regiões


(as primeiras mais acentuadas que as segundas) com picos em 2002, 2008 e 2012.

Importante observar que a região Sul assume a liderança de região com maior
incidência de infecção por HIV entre os anos de 2000 e 2001 e aí permanece até o fim da
série, apesar de uma queda importante nos índices a partir do ano de 2012.
A região Sudeste foi a que apresentou maior queda progressiva, sendo que a partir
do ano de 2002 os números continuam em queda e se estabilizam na década de 2010 com
leve queda ao final da série.

As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apesar do aumento nos números ,


também permanecem estáveis a partir de 2010 e são as regiões com as menores taxa de
incidência do país.

Importante observar que o Brasil iniciou campanhas visando combater a epidemia


de AIDS já no ano de 1985 passando por muitas reformulações até o atual modelo. Apesar
disso a incidência não diminuiu para que possamos considerar essas estratégias como
resolutivas.

Quase todas as regiões tiveram aumento no número de casos em algumas inclusive


os números são significativamente maiores, como na região Norte por exemplo, do que no
início da série histórica que coincide com a disponibilização do tratamento gratuito, via
SUS, em 1996. A exceção fica por conta da Região Sudeste.

Tais números podem indicar que a partir das mudanças culturais, ambientais,
sociais é necessário que as estratégias de enfrentamento da epidemia também se
adequem a realidade atual sob risco de risco de se tornando obsoletas comprometam os já
frágeis resultados obtidos até o momento.

A seguir apresentamos o gráfico que apresenta os dados de Taxa de mortalidade


por HIV/AIDS no Brasil na série histórica de 1996 a 2016.

Figura 1. Taxa de mortalidade por HIV a cada 100.000 habitantes

Fonte: Elaborado pelas autoras com dados do SIM e IBGE


Podemos observar que em 1996 o Sudeste apresentava taxas relativamente altas
se comparadas à outras regiões e aos dados totais do país. Até 1999 houve uma queda
acentuada e a partir de então, até o ano de 2006, as taxas foram declinando
progressivamente até que ao final da série histórica as taxas eram muitos semelhantes às
demais regiões, levando-se em conta que esse fato se deve ao declínio na Região Sudeste
e ao aumento nas demais regiões.

A região Sul em contrapartida inicia a série histórica com a terceira maior taxa de
mortalidade por HIV no país, tem leve queda nos dois anos subsequentes e partir de então
os números aumentam progressivamente, com leve declínio a partir de 2014. A região
assume a liderança nas taxas de mortalidade a partir de 2003 e ao final da série ainda
permanece nessa posição.

A região Centro - Oeste apresenta índices relativamente estáveis ao longo do tempo


sendo que os dados iniciais são levemente maiores que os do final da série.

As regiões Norte e Nordeste iniciaram a série como as regiões com as menores


taxas de mortalidade por HIV no país. A partir de 2002 ambas as regiões apresentam
aumento progressivo nos números, de forma mais acentuada na Região Norte, até que ao
final de 2014 empatam novamente na última colocação porém sem apresentar diminuição
significativa nos índices.

Observando os dados totais do país percebe-se uma queda acentuada nos três
primeiros anos e os índices se estabilizam e permanecem quase inalterados até o final da
série.

Tais dados podem indicar o sucesso do início da disponibilização dos tratamento


antirretroviral no Brasil. Conforme descreve Greco:

Em 1991 o Brasil inicia a distribuição pelo SUS do AZT, fabricado localmente a


partir de 1993. Este acesso confirmava a política dos direitos sociais e humanos
explicitados na Constituição de 1988 e nos preceitos do SUS. E, pouco depois, o
Brasil adota, pressionado pelos movimentos sociais e apoiado pela academia, a
política do direito ao acesso aos medicamentos no SUS e aprova a Lei
9.313/1996. (Greco, 2016).
Entretanto, a partir dos anos 2000 algumas regiões do país voltam a apresentam
aumento no número de mortes por HIV/AIDS, principalmente as regiões Sul, Norte e
Nordeste, que apresentam números muito semelhantes aos anos iniciais logo após a
popularização do tratamento.

Apesar desses dados o programa brasileiro de DST/Aids é considerado como


modelo no mundo todo, e até hoje, mais de 30 anos após a descoberta do HIV, o programa
faz a distribuição para a população soropositiva de 22 medicamentos antirretrovirais, que
conta com 38 formas farmacêuticas divididas em cinco classes de atuação contra o vírus,
bem como de medicamentos para o tratamento de doenças oportunistas, modificando
assim a história natural da doença, diminuindo a taxa de mortalidade tanto aqui quanto no
mundo. (BRASIL, 2017) (SOUZA, 2016).

Os dois gráficos seguintes apresentam um recorte diferente ao demonstrar a


evolução dos números de incidência e mortalidade por HIV/AIDS na série histórica de
1996-2016 de acordo com o sexo.

Figura 3. Taxa de Incidência por HIV, por sexo, 1996-2016

Fonte: Elaborado pelas autoras com dados do SINAN e IBGE

A análise do gráfico evidencia que incidência entre a população masculina se


manteve mais acentuada do que na população feminina. Nas primeiras décadas da
epidemia, as análises acerca do comportamento da da doença, modos de transmissão,
aumento do número de casos levantaram hipóteses que indicavam a transmissibilidade
associada a grupos de pessoas, e em seguida a comportamentos, e segundo Brito et al,
2000:
“No início da epidemia, o segmento populacional constituído dos homens
que fazem sexo com outros homens (HSH) — homossexuais e bissexuais —
foi o mais atingido. No ano de 1984, 71% dos casos notificados eram
referentes a homossexuais e bissexuais masculinos. Entretanto, à extensa
disseminação inicial, seguiu-se certa estabilização em anos posteriores, em
especial entre aqueles homens pertencentes aos estratos sociais médios
urbanos, em todas as regiões do País”
Apesar desse recorte de gênero o número de casos entre os dois sexos continuou
aumentando até o final do ano de 1998 quando apresenta queda importante e voltar a
subir apresentando pico elevado ao final dos anos 2002. Permanecem oscilando e a partir
de 2011 iniciam uma queda pouco acentuada. No entanto, houve um aumento de 18,4%
de incidência de HIV no Brasil em 2016 em relação a 1996.
A diferença na incidência entre homens e mulheres apresenta-se menor a cada ano
em resultado de um fenômeno descrito por vários autores como feminização da doença.
De acordo com Braga et al: “Em nenhum outro país a feminização da epidemia deu-
se de forma tão marcante quanto no Brasil, com redução da razão homem/mulher entre os
casos notificados de AIDS de 18:1 em 1983 para 1,8:1 a partir do ano 2000.”
Nota-se um aumento de 22,3% a incidência de HIV entre homens de 2016 em
relação a 1996, e entre mulheres este aumento representa um aumento de 44,1% no
mesmo período entre 2016 a 1996.
Esses dados podem ser explicados a partir da avaliação do enfoque inicial das
campanhas iniciais para determinados recortes de população. Moreira e Lima descrevem
as seguintes opções para esse fenômeno:
“O grande aumento da aids em mulheres o que está acontecendo
principalmente entre as mulheres que possuem um relacionamento estável
pode ser explicada pela associação inicial da doença, bastante divulgada
pela mídia, aos homossexuais, prostitutas e usuários de drogas injetáveis, o
que resultou na falsa ideia de que as mulheres casadas, heterossexuais e
fiéis estavam protegidas do contágio pelo HIV (Soares, 1999)”
Atrelar as campanhas de prevenção à essa população em especial - mulheres,
heterossexuais, em relacionamento estável - encontra resistência principalmente por conta
das discussões dos papéis de gênero, violência de gênero e machismo, e outros fatores
culturais que colocam as mulheres em especial posição de vulnerabilidade para infecção
por HIV podendo ainda contribuir com o aumento dos índices de transmissão vertical.
No gráfico a seguir acompanhamos a evolução da taxa de mortalidade por
HIV/AIDS, em recorte de sexo, na série histórica de 1996-2016.

Figura 4. Taxa de Mortalidade por HIV/AIDS, por sexo, 1996-2016

Fonte: Elaborado pelas autoras com dados do SIM e IBGE

Podemos observar de acordo com o gráfico acima que a mortalidade por HIV/AIDS
no Brasil se manteve mais alta na população masculina do que na feminina. Sendo que a
partir de 1997 os números da população masculina tem uma queda acentuada,
estabilizando-se a partir do ano de 2006, mantendo-se mais ou menos sem alterações
significativas até o fim da série. Nota-se que houve 36,5% da taxa de mortalidade no Brasil
em 2016.
Os números acompanham as estatísticas da incidência e tem uma diminuição da
razão entre os gêneros logo no início dos anos 2000.
Entre as mulheres a queda inicial foi menos incipiente e os números já estabilizaram
a partir de 2001 permanecendo com poucas alterações até o ano de 2016.
Tais dados refletem uma tendência mundial no início da epidemia onde o número de
mortes era muito maior entre os homens, porém, assim como no caso das taxas de
incidência, o fenômeno da feminização pode contribuir para a não diminuição das taxas de
mortalidade por HIV/AIDS entre mulheres.
Outro motivo que pode justificar a não diminuição das mortes por HIV nos últimos
anos, não de forma expressiva em contrapartida o esforço do Ministério da Saúde em
ampliar o tratamento, é que da projeção de 830 mil pessoas vivendo com HIV no país em
2017 apenas 84% estão diagnosticadas e 72% estão e tratamento. Esses números são do
Relatório de Monitoramento Clínico do HIV do Ministério da Saúde.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise da série temporal do período de 1996 à 2016 das taxas


de incidência e de mortalidade por HIV/AIDS, observou-se a necessidade da manutenção
dos esforços para a prevenção da transmissão do HIV a partir das campanhas educativas,
discussões dos papéis de gênero e sexualidade em todas as esferas da sociedade, sem
exclusão de faixa etária, condição socioeconômica visto que o conceito de “grupo de risco”
já é ultrapassado há muito.
O enfoque no diagnóstico das pessoas vivendo com o HIV e a ampliação da oferta
de tratamento pode nos próximos anos garantir uma diminuição na incidência e
consequentemente nos casos de morte.
O Ministério da Saúde estipulou como meta que até 2020 todas as pessoas vivendo
com HIV sejam diagnosticadas e destas 90% estejam em tratamento. Objetiva ainda que
das pessoas em tratamento 90% atinjam níveis de carga viral indetectável.
A pandemia de HIV/Aids representa um fenômeno global, dinâmico e instável, cuja
forma de ocorrência em diferentes regiões do mundo depende, entre outros, de
determinantes do comportamento humano individual e coletivo, com características
marcadas por elementos sociais, culturais e geográficos, que configuram quadros bem
diferentes em cada país, ou região do país, bem como pode-se verificar na análise do
presente trabalho.
As características regionais dentro do Brasil são diversas, assim pode-se sugerir
que a análise e estratégias de enfrentamento à epidemia sejam realizadas de acordo com
as especificidades de cada contexto, e os estudos epidemiológicos descritivos contribuem
de maneira a fornecer dados sólidos para que as análises sejam condizentes com as
realidade específicas.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONITA, R. BEAGLEHOLE, R. KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia Básica 2.ed. - São


Paulo, Santos. 2010

BRAGA, Patrícia E. CARDOSO, Maria R. A. SEGURADO, Aluisio C. Diferenças de


gênero ao acolhimento de pessoas vivendo com HIV em serviço universitário de
referência de São Paulo. Brasil. 2007.

BRASIL. Ministério da saúde: Departamento de vigilância, prevenção e controle das IST, do


HIV/Aids e das hepatites virais. Tratamento para HIV. Brasília, DF, 2017b. Disponível
em:<http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/tratamento-para-o-hiv>.Acesso em: 15
de outubro de 2017.

BRITO, Ana M. de. CASTILHO, Euclides A. de. SZWARCWALD, Célia L. AIDS e infecção
pelo HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada. Revista da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical .34(2): 207-217, mar-abr, 2000.

DUARTE, Paulo Schiavom; RAMOS, Daniel Garkauskas; PEREIRA, Júlio César


Rodrigues. Padrão de incorporação de fármacos antirretrovirais pelo sistema público
de saúde no Brasil. Revista Brasileira de epidemiologia, v. 14, n.4, 2011. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v14n4/01.pdf > Acesso em 17 de outubro de 2018.

GRECO, D. B. Trinta anos de enfrentamento à epidemia da Aids no Brasil, 1985-2015


in: Ciência & Saúde Coletiva, 21(5). pp. 1553 - 1564 2016

LIMA, M.L. C. MOREIRA, A. C. G - AIDS e feminização: os contornos da


sexualidade. Revista Mal-Estar Subjetividade. V.8 n.1 Fortaleza, 2008.

SOUZA, Francisca Nayane. Inflexões na política pública de saúde e propriedade


intelectual:O acesso aos medicamentos antirretrovirais no Brasil. Revista
Direito UFMS, v. 1, n. 4,2016. Disponível em:
<http://seer.ufms.br/index.php/revdir/article/view/693>. Acesso em: 12
de setembro de 2016.

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