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1582-1922
Editora Casemiro
@
São Paulo
2014
PARNASIANISMO BRASILEIRO
1882-1922
COPYRIGHT @ 2014:
CHARLES BORGES CASEMIRO
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA:
EDITORA CASEMIRO
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CAPA:
VASO GREGO: HTTP://WWW.BEATRIZLAGOA.COM.BR/CLASSICOS.HTML.
PREPARAÇÃO DE TEXTO:
CHARLES BORGES CASEMIRO
IEDA FERREIRA BANQUERI CASEMIRO
REVISÃO:
CHARLES BORGES CASEMIRO
IEDA FERREIRA BANQUERI CASEMIRO
EDITORA CASEMIRO
@
2014
Charles Borges Casemiro
Parnasianismo Brasileiro
1882-1922
Editora Casemiro
@
São Paulo
2014
PARNASIANISMO NO BRASIL (1882/1922)
1. Parnasianismo
Os parnasianos fizeram-se, isto sim, poetas oficiais de uma “bela época” brasileira ao sabor
da cultura européia. Propuseram uma renovação da poesia que significava, a bem da verdade,
uma retomada em escala exagerada da estética clássica e renascentista européia.
Características do Parnasianismo:
Temática: “arte pela arte” – metalinguagem artística: culto à beleza de objetos artísticos;
épica: culto às cenas e figuras colhidas do universo épico antigo, da história oficial ou da
mitologia pagã; reflexões filosóficas: a existência.
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Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro em 1865, onde também
morreu em 1918. Foi o melhor poeta parnasiano brasileiro, ao lado de Alberto de Oliveira e
Raimundo Correia.
Por conta de suas ligações com a Academia Brasileira de Letras, Bilac foi aclamado o
“príncipe perpétuo dos poetas brasileiros”.
Obra:
Poesia (1888)
“Primeiros Versos”
“Panóplias”
“Via Láctea”
“Sarças de Fogo”
“Alma Inquieta”
“As Viagens”
Tarde (1918)
Texto I
Profissão de Fé
(Victor Hugo)
Observar no texto:
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a) O aparecimento de figuras mitológicas: Zeus, Hércules, Athene;
b) O tema metalinguístico: a arte pela arte, versando sobre a própria perfeição da poesia
parnasiana e sobre a atitude do artista diante de sua arte;
c) O vocabulário preciosista: ora antigo (camartelo, pena, ofício), ora culto e raro (rubim,
cingir, hercúleo);
d) A frase rebuscada, requintada: repleta de inversões da ordem direta (hipérbatos);
e) Comparações e analogias – exemplos: entre a atividade do ourives e a atividade do poeta,
definindo a poesia como uma jóia perfeita e o poetar como atento e árduo trabalho
técnico; entre a poesia e outros objetos de arte de perfeição formal;
f) A pregação do formalismo, do culto à serena e equilibrada forma;
g) O uso de versos simétricos e equilibrados (observar regras de proporção entre os versos):
octossílabos (com acento tônico na segunda, quarta e oitava sílabas) e o quadrissílabo
(com acento tônico na segunda e quarta sílabas);
h) O emprego de rimas raras, que encontra sua perfeição ao rimar palavras de classes
gramaticais diferentes, mantendo a mesma consoante de apoio.
Texto II
Via Láctea
a) O soneto clássico em sua perfeição modelar: o uso do verso decassílabo sáfico (acento
tônico na quarta, oitava e décima sílaba); o vocabulário culto; frases requintadas
(hipérbatos: inversões na ordem dos termos; paralelismo entre construções; elipses:
apagamentos; uso da segunda pessoa do plural; teatralidade: diálogos e personagens);
b) A procura da expressividade, de um lirismo mais livre em que a natureza é testemunha e
cúmplice das emoções do eu-lírico;
c) A dramaticidade conseguida pela presença do diálogo e da personificação da natureza.
Texto III
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José do Patrocínio
Observar no texto:
a) O uso do verso alexandrino – mais raro, de difícil realização (com acento tônico na sexta e
décima segunda sílaba);
b) O tema “patrioteiro”, nacionalista, expresso na forma de soneto, do poema
homenageástico, que exalta a figura do líder político abolicionista, republicano e liberal
José do Patrocínio, importante figura da história do Brasil no século XIX.
Texto IV
In Extremis
E eu morrendo! e eu morrendo,
Vendo-te, e vendo o sol, e vendo o céu, e vendo
Tão bela palpitar nos teus olhos, querida,
A delícia da vida! a delícia da vida!
Observar no texto:
Texto V
Satânia
(Olavo Bilac in: Gonzaga, Sergius. Manual de Literatura Brasileira, Porto Alegre, Mercado
Aberto, 1993, p. 121)
Observar n texto:
Em sua poesia mais lírica, a filosofia e a meditação, marcadas pela desilusão e por forte
pessimismo ganharam maior espaço.
Obra:
Sinfonias (1883)
Aleluias (1891)
Texto I
Plena Nudez
(Raimundo Correia)
Observar no texto:
Texto II
As Pombas
(Raimundo Correia)
Observar no texto:
Texto III
Mal Secreto
(Raimundo Correia)
Observar no texto:
Obra:
Meridionais (1884)
Versos e Rimas (1895)
Texto I
Última Deusa
(Alberto de Oliveira)
Observar no texto:
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Texto II
Vaso Grego
(Alberto de Oliveira)
Observar no texto:
Vicente Augusto de Carvalho nasceu em Santos em 1866 e morreu em São Paulo em 1924.
Apesar do rigor formal de sua obra, não possui exatamente características parnasianas, pois não
abandonou a expressividade sentimental herdada do Romantismo. A vista do mar e das
paisagens praianas, sempre em consonância com os estados de alma, constituem os temas
constantes de sua obra.
Obra:
Ardentias (1885)
Relicário (1888)
Rosa, A Rosa de Amor (1902)
Poemas e Canções (1908)
Texto I
Velho Tema
(Vicente de Carvalho)
Exercícios
1. (UNITAU)
a) parnasiana.
b) barroca.
c) simbolista.
d) modernista.
e) romântica.
a) o descritivismo.
b) o pendor filosofante.
c) a preocupação com temas particulares e individuais.
d) a valorização da Antigüidade greco-latina.
e) a expressão indireta do autor.
Aspectos que nela se fazem evidentes, tais como a impessoalidade, o culto da forma e a
descrição nítida, permitem que, conhecida a orientação estética a que estão ligados, se
possa facilmente indicar o autor de “Vaso Grego”.
a) Alberto de Oliveira.
b) Cruz e Sousa.
c) Gonçalves Dias.
d) Gregório de Matos.
e) Vinícius de Moraes.
8. (FAAP)
As Pombas
Este poema de Raimundo Correia espelha dois tipos de assunto: o (.................) em que a
natureza nos aparece com uma fidelidade absolutamente realista, sem interferência do
poeta que apenas nos transporta para um quadro profundamente colorido e sonoro e o
(..................), mostrando-nos o homem vencido pelo destino.
a) árcade / socialista
b) paisagista / coletivista
c) místico / filosófico
d) pastoril / marxista
e) descritivo / psicológico
Tarefa
a) Quem é o poeta?
b) Quem é o herói festejado?
T2. (MACK/SP) Assinale a alternativa incorreta.
T3. (PUC/SP) A respeito de “Via Láctea”, de Olavo Bilac, é lícito dizer que 18
T4.
“Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.
T5. (UFPR)
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Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
(Raimundo Correia)
T6. (UEM)
Texto I
Texto II
Baseando-se na leitura dos trechos acima, assinale o que for correto e, depois, some os
valores atribuídos.
(01) O excerto I ilustra a afirmação: O bucolismo árcade visava representar a sadia
rusticidade dos costumes rurais, sobretudo dos pastores.