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DE UNIÃO DA VITÓRIA.
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PNE e FUNDEB
União da Vitória
2007
FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS
DE UNIÃO DA VITÓRIA.
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PNE e FUNDEB
UNIÃO DA VITÓRIA
2007
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO.
Um processo histórico.
Como funciona:
Assim como o Fundef, no Fundeb, parte da receita de impostos estaduais e
municipais vai para 27 fundos contábeis estaduais. Os recursos retornam aos
Estados e aos Municípios, conforme o número de matrículas existentes na rede de
ensino. Devido às profundas desigualdades econômicas entre estados e regiões do
país, a União exerce um importante papel redistributivo. Assim, em janeiro de cada
ano, a União decreta um valor de investimento mínimo por aluno, abaixo do qual
nenhum estado poderá ficar. Os estados que estiverem abaixo desse valor recebem
uma Complementação para que alcancem o valor mínimo nacional por aluno.
Compreendendo o Fundeb:
[Texto extraído do boletim Ebulição, do Observatório da Educação da
AçãoEducativa]
Nos colóquios recentemente promovidos pelo MEC para debater o Fundeb, foi
apresentada, a título de exemplo, uma simulação dos pesos relativos das matrículas
dos diferentes níveis de ensino. No exemplo, o ensino fundamental de 1a a 4a série
era o valor de base (peso 1), a pré-escola e o ensino fundamental de 5a a 8a tinham
um peso 1,04, as creches tinham um peso de 2,13 e o ensino médio um peso de
3,21. O exemplo dado serve para ilustrar possíveis pontos de atrito entre os entes
federados.
Como ressalta Paulo Sena, os pólos de atração de recursos e indução de matrículas
estarão localizados na creche e, sobretudo, no ensino médio, considerando o peso e
o número de matrículas. Ele aponta ainda para o risco de "desfinanciamento" do
ensino fundamental. Vale ressaltar que o exemplo não menciona o peso de
Educação de Jovens e Adultos, modalidade que traria recursos para os municípios,
nem tampouco o peso das demais modalidades. O fato é que é absolutamente
indispensável que a União apresente o quanto antes sua proposta de diferenciação,
para que seja possível traçar projeções e pactuar as regras e princípios do Fundeb
entre os entes federados.
O controle social dos recursos do Fundef estava previsto para acontecer a partir dos
Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais de Acompanhamento e Controle Social
do Fundef. No entanto, segundo Monlevade, a experiência tem mostrado a baixa
eficácia de controle social desses espaços, a começar pelo Conselho Nacional, que
tem a maioria de componentes do próprio Governo Federal e é coordenado por um
funcionário do MEC. O Conselho tem se reunido poucas vezes e nunca denunciou a
ilegalidade dos Decretos Presidenciais, que têm fixado os valores mínimos abaixo
do que manda a Lei e sem levar em conta os custos médios diferenciados ali
previstos. Os conselhos dos estados e municípios também têm pouca eficácia, como
demonstram as notícias recentemente divulgadas a respeito do enorme desvio de
verbas que ocorre no âmbito do Fundef.
Considerando que o Fundeb movimentará somas ainda mais vultosas de recursos,
torna-se ainda mais indispensável que a lei determine a constituição de instâncias e
mecanismos de controle efetivos e eficazes.