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1. O QUE É A PESQUISA OBSERVACIONAL?

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A pesquisa observacional é um método de pesquisa por si só e está integrada aos
outros tipos de métodos de pesquisa, tais como estudos por entrevistas, grupos focais,
estudos experimentais e estudos de casos clínicos.
Esse tipo de pesquisa pode ser conceitualizado de acordo com quatro dimensões
principais, as quais podem ser vistas como envolvendo processos de interpretação da parte
do observador e daqueles que são observados.
A) TESTAGEM DA TEORIA – EXPLORATÓRIA
Primeiramente, os estudos observacionais podem ser conceitualizado tomando-se
por medida a intenção de testar uma teoria existente por meio do exame do que as pessoas
fazem em diversas situações e circunstâncias.
Em contrapartida, a observação pode ser empregada de um modo mais descritivo
para explorar diferentes situações.
Isso pode ser como uma forma de reconhecimento, isto é, usar a observação
exploratória para gerar ideias que podem ser pesquisadas mais formalmente quando
algumas características potenciais básicas foram identificadas.
B) EXPERIMENTAL – NATURALISTA
Essa dimensão está ligada a um contraste entre a observação que é conduzida sob
condições experimentais e aquela que é mais naturalista.
Condições experimentais geralmente impõem vários tipos de controle a fim de
facilitar o desenvolvimento de explicações causais. Isso envolveria observar as pessoas
expostas em experiências similares.
A observação também tem sido utilizada para descrever comportamentos em
situações “naturais” que são contrastadas com situações, tais como estudos de laboratório.
A observação naturalista cobre uma ampla variedade de métodos.
Desde uma perspectiva relativamente externa, em que o observador não se
envolve com as pessoas que estão sendo observadas, até uma posição mais participante,
em que a observação implica envolver-se – tornar-se ativo para tentar entender a situação
a partir de dentro.
C) ESTRUTURADA – NÃO ESTRUTURADA
Por vezes, estudos observacionais estruturados usam esquemas de codificação de
tipos específicos de comportamento.
Esses tipos podem constituir unidades significativas maiores (um episódio
interativo), ou tipos de ações (mostrar hostilidade ou solidariedade), ou aspectos mais
discretos do comportamento (expressões ou alterações de estado de espírito).
Também é possível abordar a pesquisa observacional sem desenvolver claramente
estruturas para observar comportamentos. No caso extremo, isso tem envolvido estudos
etnográficos em que os esquemas de codificação são desenvolvidos na medida em que a
pesquisa avança.

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Anexo possível p. 154.
Conectada a isso está a ideia de que o pesquisador, embora começando com uma
abordagem não estruturada, pode, em colaboração com os participantes, decidir quais
características, acontecimentos, ações ou sequências essenciais devem ser registradas.
D) NÃO PARTICIPANTE – PARTICIPANTE
A pesquisa observacional varia de acordo com a função adotada pelo pesquisador
na situação que está sendo observada. Podemos destacar quatro funções principais:
I. PARTICIPANTE COMPLETO
Nesta função o pesquisador se encontra totalmente envolvido com o grupo de
pessoas que estão sendo estudadas e esconde do grupo sua atividade observacional.
Isso permite ao observador agir como um membro do grupo, talvez
compartilhando informação privada que poderia não ser revelada a um observador
identificável.
A vantagem é que o observador adquire um conhecimento direto e íntimo de um
papel social e passa a ter mais acesso aos pensamentos, aos sentimentos e às intenções
dos participantes.
Contudo, há desvantagens. Do ponto de vista ético, nossos códigos de conduta
desaprovam a observação feita sem o consentimento dos participantes, sem o qual o
pesquisador fica exposto à acusação de espionagem.
II. PARTICIPANTE COMO OBSERVADOR
Nesta função o pesquisador já tem ou assume um papel social significativo dentro
do grupo estudado. O papel do pesquisador se caracteriza pelo envolvimento relativo com
o grupo.
A atividade observacional não é completamente dissimulada, mas os observadores
frequentemente descobrem que os membros do grupo os avaliam de acordo com sua
participação no grupo, e não conforme seu status de observador.
Entre as vantagens, inclui-se a consciência de um papel específico dentro do
grupo, com a compreensão progressiva dos processos do grupo a partir dessa posição
mais subjetiva e compreensiva.
Há uma relativa liberdade de observação dentro do grupo, embora a atividade
observacional possa ser constrangida pelas demandas do papel específico adotado dentro
do mesmo.
Entre as desvantagens, inclui-se o acesso limitado a alguma informação privada,
com mais tempo e energia gastos participando do que observando.
III. OBSERVADOR COMO PARTICIPANTE
Nesta função o pesquisador se integra ao grupo com a intenção expressa de
observar. Seu papel como observador é caracterizado pelo relativo destacamento em
relação ao grupo estudado, tendo seu posicionamento objetivo e empático enfatizado.
Entre as vantagens, inclui-se o acesso a uma ampla variedade de material, até
mesmo informação privada, caso fique claro que o observador pode preservar o
anonimato dos membros do grupo.
O observador como participante é menos ativo do que o participante como
observador. O último carrega a responsabilidade de participar no íntimo do grupo e de
iniciar a atividade, ao passo que o primeiro tende a ser mais reativo às iniciativas dos
membros do grupo.
Entre as desvantagens desta função podem se incluir constrangimentos sobre a
confidencialidade ao relatar e uma impressão de marginalidade, visto que o observador
integra apenas parcialmente o mundo dos membros do grupo.
O observador precisa ter muito cuidado quanto à necessidade de manter um grau
de imparcialidade ou de neutralidade relativa às alianças e às facções internas do grupo.
Essa pode ser uma tarefa exigente do ponto de vista emocional, particularmente
se o estudo observacional separa o observador de seu próprio grupo social, de suas fontes
de apoio social e de afirmação da identidade pessoal.
IV. OBSERVADOR INTEGRAL
Esta função se caracteriza pelo destacamento em relação ao grupo estudado, sem
nenhum contato direto com os membros do grupo durante o trabalho observacional.
Não há qualquer risco de reatividade observacional, mas o observador nunca está
na situação e não tem nenhuma oportunidade de compartilhar o mundo da experiência
dos participantes.
2. NÍVEIS DE OBSERVAÇÃO: COMPORTAMENTO E FALA
Os pesquisadores que contemplam a pesquisa observacional frequentemente
começam com questões de comportamento, do que fazem as pessoas, de suas ações, de
suas alterações de humor, de suas expressões e gestos. Porém, as ações das pessoas são
usualmente acompanhadas pela fala.
Na maior parte das situações, portanto, teremos uma escolha a fazer entre, de um
lado, separar de algum modo fala e comportamento, e de outro tentar uma forma de
análise que combina os dois.
A questão aplica-se a via oposta também: muito da pesquisa qualitativa atual está
interessada na análise do material de entrevista ou em várias formas de texto fala.
A fala, porém, é acompanhada pelo comportamento e apresentada muitas
características paralinguísticas tais como padrão de fala, tom, hesitações, modulação,
tremor de voz, riso ou choro.
Daí a pesquisa observacional poder ser um importante acompanhamento de
entrevistas e de outras formas de pesquisa baseadas na linguagem.
3. OBSERVAÇÃO E LENTES TEÓRICAS
Toda observação pode ser vista de um ponto de vista teórico. As perspectivas
teóricas que embasam a pesquisa observacional nos orientam quanto ao que escolhemos
investigar; quanto aquilo que decidimos dar atenção, ao invés de ignorar, e também
quanto ao significado que atribuímos àquilo que observamos.
A observação, como toda forma de pesquisa psicológica, tem de ser pelo menos
parcialmente reducionista, uma vez que não podemos observar absolutamente tudo.
O objetivo da pesquisa psicológica é tornar a observação e a análise manipuláveis,
mas, ao mesmo tempo, constitui um problema central o fato de não querermos ignorar o
que pode ser potencialmente importante.
É possível considerar que todas as variedades de observação envolvem um
componente interpretativo. Tal consideração distingue-se de uma visão geral mais aceita,
segundo a qual as abordagens exploratórias, naturalistas, participantes e não estruturadas
da observação constituem uma abordagem qualitativa, e, portanto, interpretativa.
Ao passo que as abordagens com testagem de teoria, experimentais, não
participantes e estruturadas constituem uma abordagem quantitativa, e por isso mais
objetiva e menos interpretativa.
Embora essa possa ser uma maneira conveniente de organizar uma discussão dos
métodos observacionais, pode-se argumentar que todos os métodos podem ser vistos
dentro de um modelo interpretativo. Pois o que escolhemos observar e o sentido ou
significado que atribuímos a nossas observações envolvem interpretação.
4. ESQUEMAS DE CODIFICAÇÃO
Um ponto de partida para qualquer estudo observacional é a escolha do que será
observado. Essa escolha será entre persistir em orientar-se explicitamente pelas tentativas
de testar uma teoria ou de instaurar uma abordagem mais exploratória.
Os esquemas que os pesquisadores observacionais empregam são chamados
esquemas de codificação. Eles podem variar desde o uso de categorias amplas e flexíveis
até o uso de categorias altamente estruturadas que envolvem quantificação.
Na construção de um esquema de codificação é possível considerar o seguinte
conjunto de diretrizes:
A) COMPORTAMENTOS NÃO VERBAIS: movimentos corporalmente não
associados com a linguagem, com gestos, expressões e quantidade de
movimento.
B) COMPORTAMENTOS ESPACIAIS: ex. a proximidade e quanto os
indivíduos se movem na direção ou para longe um do outro.
C) COMPORTAMENTOS EXTRALINGUÍSTICOS: incluindo o grau de
velocidade da fala, o volume as interrupções.
D) COMPORTAMENTOS LINGUÍSTICOS: o conteúdo da fala e características
como detalhe e coerência.
O esquema de codificação que será empregado dependerá das questões de
pesquisa que vierem a orientá-lo. Em alguns casos, pode já existir um esquema de
codificação disponível.
Se a pesquisa é especificamente orientada por uma abordagem teórica particular,
então pode ser que o pesquisador considere necessário empregar o sistema observacional
existente a fim de que os resultados sejam compatíveis e comparáveis aos da literatura
existente.
Contudo, haverá muitas ocasiões em que: 1) não estará disponível nenhum sistema
existente; ou 2) existe um sistema, mas modificações precisam ser feitas no mesmo de
modo a ajustá-lo aos propósitos específicos da pesquisa.
De um modo geral, os sistemas de codificação contêm uma variedade de questões
que precisam ser levadas em consideração:
I. OBJETIVO/SUBJETIVO: a medida na qual é possível pensar sobre os
dados como objetivos em oposição aos dados requererem necessariamente
uma interpretação do observador.
II. FOCALIZADO/NÃO FOCALIZADO: uma consideração da medida na
qual a observação terá parâmetros claros sobre o que o pesquisador
procura e sobre o que excluir da observação.
III. EXPLÍCITO/IMPLÍCITO: a clareza com a qual se define quais
comportamentos e ações devem ser incluídos em uma categoria.
IV. DEPENDÊNCIA DO CONTEXTO: a definição das categorias pode variar
de acordo com diferentes contextos.
V. EXAUSTIVO/ESPECÍFICO: medida referente a abrangência das
tentativas de codificação relativa a todos os acontecimentos, em oposição
a um caráter mais específico de suas intenções.

5. CODIFICAÇÃO DE SEQUEÊNCIAS DE COMPORTAMENTOS


Em estudos observacionais, geralmente o interesse está em explorar sequências de
comportamentos e o modo como eles se sucedem e variam ao longo do tempo.
Observações podem envolver diversos esquemas de contagem empregados para
registrar a frequência e o momento em que um evento ocorreu.
O tempo é um elemento chave nesse tipo de registro, e pode ser empregado como
um marcador ou um mapa a ser examinado quando os eventos ocorrem.

6. ORIENTAÇÃO INTERPRETATIVA PARA A OBSERVAÇÃO


A observação pode ser vista como um processo ativo no qual aquilo que
procuramos é ativamente orientado pelas lentes teóricas que introduzimos na pesquisa.
Isto se ajusta com a ideia de que a pesquisa observacional pode ser entendida como uma
construção, em oposição a ideia de que ela seria uma representação.
Nós criamos ou impomos significados ao que observamos, em que existem limites
referentes ao que pode ser um elemento de seleção: I. no que diz respeito àquilo que
procuramos; e II. ao modo como, depois, analisamos nossos dados.
Com a pesquisa observacional também podemos tentar explicitamente testar uma
teoria ou, alternativamente, colocá-la entre parênteses, isto é, deixa-la em segundo plano
afim de que ela se desenvolva a partir dos dados, em vez de impô-los a ela.
Associado a isso está o problema consistente de que o observador invariavelmente
traz consigo seus preconceitos para o processo de observação.
Diante desse impasse, podemos reconhecer e utilizar nossos próprios
preconceitos, tornando-os visíveis na análise e revelando nossas reflexões críticas a
respeitos de nossos processos interpretativos.
Finalmente, precisamos reconhecer a poderosa influência da linguagem, bem
como os preconceitos culturais que a linguagem contém.
Nossos dados observacionais serão geralmente transformados em linguagem e
esse processo, bem como nossas interpretações, serão, por sua vez, influenciados pelos
discursos culturalmente compartilhados.
Além disso, esses discursos dão forma às crenças e às ações das pessoas que
observamos e, afim de entender seu comportamento, precisamos levar isso em
consideração.

7. PESQUISA DE OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE


Anteriormente, fizemos a distinção entre pesquisa participante e não participante.
Esses métodos observacionais da pesquisa participante exemplificam muitas
características envolvidas em uma abordagem interpretativa da observação.
Eles implicam o reconhecimento de que a observação envolve um processo
subjetivo da parte do observador no sentido de que ele utiliza sua própria experiência,
pensamentos, sentimentos e ações na situação como importantes fontes de dados.
A abordagem também enfatiza que a interpretação é um componente vital da
coleta dos dados e da análise subsequente.
Além disso, a pesquisa geralmente adota uma abordagem exploratória na qual,
embora existam algumas questões ou proposições orientadoras, essas são consideradas na
medida em que se desenvolvem, durante o processo de pesquisa.
O processo de condução da observação participante pode ser visto como contendo
uma orientação para a coleta de dados; essa orientação envolveria uma indução analítica.
O pesquisador pode adotar proveitosamente uma abordagem ativa na qual em vez
de ficar enredado em uma grande quantidade de detalhes, pode proceder mais de acordo
com uma formulação progressiva de hipóteses. Isto consistiria nos seguintes passos:
A) Propor uma definição preliminar do fenômeno que interessa ao pesquisador.
Isto é favorecido, por sua vez, pelo desenvolvimento de uma explicação
hipotética inicial do fenômeno.
B) Estudar uma situação à luz da hipótese, para determinar se essa hipótese é ou
não apropriada.
C) Examinar se a hipótese se ajusta à evidência. Caso ela não se ajuste, deve ser
reformulada, ou o fenômeno a ser explicado deve ser redefinido de modo a ser
excluído.
D) Examinar do mesmo modo uma segunda situação. A confiança na hipótese
aumenta com o número de situações que se ajustam à evidência. Cada resposta
negativa a esse respeito requer uma redefinição ou reformulação.

7.1. COLETANDO DADOS


O processo de coleta de informação na pesquisa de observação participante pode
ser visto como análogo ao jornalismo investigativo.
Uma diferença importante referente à pesquisa é que nós vamos além da descrição
para desenvolver um conjunto de conceitos explicativos e de conexões com a teoria
psicológica.
Para a pesquisa de observação participante, isso envolve um movimento recursivo
entre a coleta de informação objetiva e subjetiva. Tanto quanto coletar detalhes sobre
quem está fazendo o quê, onde e com quem, precisamos coletar dados o que as pessoas
estão sentindo e pensando, julgando pelo que elas dizem e por seu comportamento.
Também precisamos coletar informação referente a nossas próprias reflexões,
sobre como nos sentimos e o que pensamos acerca do que vemos acontecer ao nosso
redor.
Podemos identificar uma variedade de tipos de dados passíveis de uso em nossa
observação:
A) ESPAÇO: esquema do ambiente físico (salas, espaços ao ar livre, etc.);
B) ATORES: nomes e detalhes relevantes das pessoas envolvidas;
C) ATIVIDADES: as várias atividades dos atores;
D) OBJETOS: elementos físicos, mobília etc.;
E) ATOS: ações individuais específicas;
F) EVENTOS: ocasiões particulares (ex. encontros)
G) TEMPO: a sequência dos eventos;
H) METAS: o que os atores estão tentando realizar;
I) SENTIMENTOS: emoções em contextos particulares.
Também é importante reconhecer a variedade de processos que podem dar forma
aos dados que obtemos:
I. ATENÇÃO SELETIVA
Invariavelmente damos maior atenção a certos aspectos da situação que estamos
observando do que a outros. Nossa atenção é orientada por nossos interesses e por nossas
pré-concepções.
Entretanto, na observação participante, precisamos estabelecer um equilíbrio entre
o foco de nossa atenção e a receptividade em relação a informações potencialmente
importantes.
II. MEMÓRIA SELETIVA E ESQUECIMENTO
Os eventos se apagam na memória rapidamente e tendemos a lembra-los de acordo
com nossos interesses e crenças bem estabelecidos, o que pode contribuir para sua
distorção. Faz-se útil, por isso, o rápido e detalhado registro escrito do que é observado.
III. CODIFICAÇÃO SELETIVA
Em relação à atenção e à memória, podemos nos envolver em eventos que são
seletivamente registrados. Geralmente isso pode também envolver uma tendência,
normalmente implícita, de formular interpretações a partir de nossas observações iniciais.
Embora esse seja um processo psicológico inevitável, é importante estar aberto a
múltiplas interpretações, de modo a não excluir os dados ou restringir nossa atenção
prematuramente.

7.2. TIPOS DE REGISTRO DE DADOS2

A) REGISTRO EM VÍDEO
B) REGISTRO INTERMITENTE
C) ANOTAÇÕES CONTÍNUAS
D) AMOSTRAGEM DE TEMPO
E) AUTOREFLEXÃO EM SEGUIDA À OBSERVAÇÃO OU DURANTE A
MESMA
F) FALAR COM OS PARTICIPANTES
G) COLHER OBSERVAÇÕES DOS PARTICIPANTES APÓS A OBSERVAÇÃO

8. VALIDADE

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Fazer uma descrição para cada tópico.
Há geralmente duas abordagens à questão da validade. Os pesquisadores que
adotam o paradigma experimental de testagem de teoria mais estruturado empregam
medidas tradicionais de validade e confiabilidade.
Para esses pesquisadores, portanto, esquemas de codificação devem ser
confiáveis. Isso geralmente envolve questão acerca da confiabilidade entre avaliadores,
baseadas no acordo entre diferentes observadores que usam o sistema para, de maneira
independente, codificar a situação.
A confiabilidade também pode ser proporcionada por observações feitas ao longo
do tempo. Em algumas circunstâncias, o esquema de observação pode ser dividido em
partes iguais de modo a proporcionar confiabilidade interna à codificação comparando-
se uma parte do esquema de codificação com outra.
Há várias ameaças à validade, como, por exemplo, os efeitos da reatividade
associados ao modo como a presença do observador pode influenciar nos resultados.
Além disso, pode haver um desvio do observador quando os observadores podem vir a
usar certas categorias mais do que outras.
Isso pode ocorrer devido ao fato de perceberem o que esperam ou,
alternativamente, ao fato de poder haver uma mudança em consequência da
aprendizagem, de modo a haver uma diferenciação maior entre as observações posteriores
feitas na pesquisa.
Entre os princípios de interpretação aplicadas à pesquisa observacional, há
diferentes questões referentes à validade e à confiabilidade.
Essas questões assemelham-se às questões gerais relativas à pesquisa qualitativa,
que adota uma perspectiva interpretativa na qual é reconhecido que os dados são
derivados através de uma lente interpretativa.
Uma forma de aumentar a validade é oferecer uma trilha de auditoria, isto é, um
relatório claro e acessível do processo da pesquisa observacional. Esse relatório incluirá
reflexões pessoais acerca do impacto da situação sobre o observador e detalhes da análise
dos dados.
Aí podem ser incluídos o conhecimento e a experiência prévios que o observador
traz para o estudo. Princípios de interpretação aplicados aos estudos observacionais
podem também incorporar a análise feita entre observadores.
É possível ter vários observadores participantes em um ambiente ou, com o uso
de videoteipes, conduzir análises independentes que podem ser comparadas
posteriormente.
A pesquisa também precisa tornar claro e acessível o modo como ela progride da
coleta dos dados para a análise subsequente.
Finalmente, como ocorre com outras formas de pesquisa, a validade pode ser
incrementada com o emprego de outras fontes de dados ou de métodos de pesquisa.
Observações podem ser complementadas por um estudo mediante entrevistas,
questionários ou relatos de casos.

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