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QUESTIONÁRIOS
O questionário é provavelmente a única ferramenta de pesquisa comum nas
ciências sociais. As principais vantagens do questionário são: 1) aparente simplicidade;
2) versatilidade; 3) baixo custo como método de coleta de dados.
Quando as pessoas desejam fazer estimativas de parâmetros populacionais, a
vantagem do custo dos questionários sobre as entrevistas significa que muito mais pessoas
podem ser amostradas em um dado orçamento do que seria possível de outro.
Projetar o questionário perfeito é provavelmente impossível. Isto não deve ser
visto como uma falha dos próprios métodos de questionário tanto quanto uma parte
inevitável do processo de pesquisa. Isto não quer dizer, contudo, que o delineamento
cuidadoso de questionário possa ou deva ser ignorado.
A) CATEGORIAL: com esse tipo de formato de resposta é possível ter itens em que
os entrevistados podem marcar mais de uma resposta. Tais itens são designados
como itens de resposta múltipla.
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Colocar exemplos. Anexo possível p. 223
C) FORMATOS DE CLASSIFICAÇÃO: com esse tipo de formato o testando é
convidado a classificar um determinado tema conforme sua ordem de
importância.
A) TERMINOLOGIA AMBÍGUA/VAGA
Se o pesquisador é vago no modo de expressar suas questões, ele não pode estar
seguro em relação ao que as respostas aos itens significam.
Os entrevistados tentarão adivinhar o que o pesquisador quer dizer, mas pode
ocorrer que todos eles não tenham o mesmo palpite, levando a ocultar a ambiguidade
presente nos dados. Outro problema que surge nesta categoria refere-se aos termos mal
definidos.
B) TERMINOLOGIA
Poderia parecer uma boa ideia utilizar a terminologia tecnicamente correta para
superar os problemas de ambiguidade da linguagem. Para alguns tópicos de pesquisa isto
pode ser apropriado, mas o pesquisador deve assegurar-se de que os entrevistados
compreendam os termos.
Se for conveniente, ele pode fornecer tanto uma explicação técnica quanto
simplificada do emprego dos termos problemáticos na introdução do questionário. Deve-
se procurar usar português claro e simples sempre que possível.
C) QUESTÕES HIPOTÉTICAS
Em muitas áreas de pesquisa, o pesquisador se interessa em formular para as
pessoas questões do tipo “o que você faria se...?”. Essas questões sobre situações futuras
hipotéticas devem parecer razoáveis aos entrevistados se deve ser o caso que suas
respostas tenham significado.
D) QUESTÕES INDUTORAS: evitar questões indutoras!
E) JUÍZOS DE VALOR
A formulação dos itens não deve conter juízos de valor implícitos. De um modo
similar ao que ocorre com questões indutoras, o pesquisador não deve expressar suas
próprias opiniões, ou aquelas do patrocinador da pesquisa, nas questões dos itens.
F) EFEITOS DE CONTEXTO
Há efeitos um tanto mais sutis em respostas que dependem da natureza do restante
das questões quanto à forma. A depender do contexto as respostas podem variar, por isso
o pesquisador deve conhecer o impacto potencial dos fatores ambientais sobre seu item-
alvo.
G) QUESTÕES DE DUAS VIAS
Itens que envolvem premissas múltiplas devem ser evitados na medida em que os
significados das respostas são obscuros. Pode não ficar claro exatamente com qual
premissa se está de acordo (ou em desacordo).
H) SUPOSIÇÕES IMPLÍCITAS: os itens não devem conter suposições implícitas.
I) DESEJABILIDADE SOCIAL
As pessoas gostam de apresentar a si próprias com uma imagem positiva ao
responderem aos questionários. Muitas questões aparentemente inócuas têm opções de
resposta que, se selecionadas, poderiam indicar algo negativo acerca do testando.
Isso resulta em vieses potenciais nos padrões de resposta que o pesquisador
geralmente desejaria evitar. Às vezes fenômenos de desabilidade social podem ser muito
sutis.
J) ASSUNTOS DELICADOS
O pesquisador deve tomar cuidado ao supor que todos os seus entrevistados
consideram suas questões tão aceitáveis quanto ele próprio. Quando se estiver envolvido
em pesquisa sobre assuntos delicados, deve-se estar consciente de que tais itens podem
causar ofensa a certos grupos.
É uma boa prática perguntar sobre assuntos delicados tão diretamente quanto
possível e, ainda assim, com alguma simpatia pelos entrevistados.
6. TIPOS DE INFORMAÇÃO COLETADA POR QUESTIONÁRIOS
C) ATITUDES E OPINIÕES
Esse são geralmente temas de grande interesse, mas existe pouco consenso sobre
qual a melhor maneira de mensurá-las. O procedimento mais comum é apresentar um
enunciado e solicitar as pessoas para indicarem, em uma escala, até que ponto elas
concordam ou discordam do enunciado.
Uma alternativa à escala de avaliação é o modelo de escolha forçada em que dois
enunciados são apresentados e o entrevistado deve escolher endossar um ou outro.
Esse procedimento é menos comum na medida em que ele não fornece nenhuma
informação acerca da extremidade acordo/desacordo. Contudo, escalas de avaliação
podem ser afetadas pela confiança excessiva das pessoas na resposta neutra, em vez de
assumirem elas próprias o compromisso de expressa uma opinião.
D) CONHECIMENTO
Muito frequentemente seria útil avaliar o conhecimento factual em um
levantamento por questionário. Tais testes podem ser executados, mas a validade das
respostas e, portanto, dos escores de conhecimento deve ser considerada um tanto
duvidosa.
A menos que o pesquisador possa estar presente no momento da testagem ele não
pode estar certo de quem respondeu ao teste.
E) INTENÇÕES, EXPECTATIVAS E ASPIRAÇÕES
Muitas teorias psicológicas tratam de explicar intenções, expectativas e aspirações
que são muito facilmente avaliadas através de questionários.
O pesquisador deve tomar o cuidado de especificar um delineamento cronológico
apropriado para tais itens, na medida em que especificações vagas podem resultar em
respostas vagas.
7. ESCALAS E MEDIDAS EXISTENTES
Quando se utiliza medidas estabelecidas, é comum tentar alterar a formulação de
alguns itens de modo a fazer com que soem melhor ou para torna-los um pouco mais
claros.
É também o caso que escalas desenvolvidas em outros países possam conter
expressões culturalmente específicas ou pressupor alguma familiaridade com normas
culturais que seriam de certo modo inapropriadas para a amostra estudada.
O pesquisador deve mudar as expressões dos itens ou deve deixa-las como
estão?
Um lado do argumento diz que qualquer mudança indevida feita na formulação
de um item mudará a natureza da escala de modo que ela não será mais equivalente à
original. A comparabilidade de escores entre o estudo a ser realizado e a pesquisa
existente mediante o uso da escala, portanto, não é mais adequada.
O pesquisador poderia ficar tentado a fazer mudanças menores na esperança de
que os escores da escala ainda sejam comparáveis, mas, na ausência de dados que
sustentem a validade, isso não pode ser garantido.
O outro lado do argumento diz que é uma prática de pesquisa precária administrar
questionários que contenham expressões com as quais é improvável que seus
entrevistados estejam familiarizados. Ela pode aliená-los ou fazê-los pensar que os itens
são simplórios ou que não são sérios.
O pesquisador deve sempre considerar essa potencial falta de validade quando
pensar em utilizar uma medida existente que não tenha sido validada pelo tipo de amostra
que ele pretende estudar. Ele pode precisar considerar a tentativa d estabelecer a validade
por si mesmo.
8. QUESTÕES RELATIVAS A APRESENTAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
A) MOTIVAÇÃO DO ENTREVISTADO
A menos que o pesquisador venha a estar presente no momento da administração
do questionário, sempre devem ser fornecidas notas explicativas. Essas notas devem
detalhar minuciosamente os objetivos do estudo e explicar porque a conformidade do
indivíduo é importante.
Sempre que possível, o pesquisador deve garantir o anonimato dos entrevistados.
Se a pesquisa é tal que se faz necessário ser capaz de identificar individualmente os
entrevistados, o pesquisador deve reconhecer essa necessidade e assegurar a
confidencialidade.
O pesquisador deve fornecer um feedback aos entrevistados e agradecer por sua
ajuda nas notas introdutórias e ao final da atividade.
B) IDENTIFICADORES DE CASO
É uma boa regra interna a predisposição a identificar questionários individuais de
modo que, quando, mais tarde, surgirem problemas com os dados, o pesquisador pode
usar o computador para saber a qual questionário o problema está associado.
C) TAMANHO
Não há nenhuma regra que oriente sobre o tamanho ideal de um questionário. Isto
depende muito do tópico do estudo, do método de distribuição e do entusiasmo prévio de
seus entrevistados. Apesar disso, há algumas regras gerais.
O problema que grande parte dos pesquisadores enfrenta é como fazer todas as
perguntas que precisam ser feitas sem cansar os entrevistados.
O tempo que se leva para responder um questionário só pode ser realmente
avaliado via projeto piloto, e esforços devem ser feitos para dirigir a forma como as
pessoas que, possivelmente, por razões a priori, têm dificuldades com isso.
Questionários muito curtos têm a virtude de não sobrecarregar
desnecessariamente os entrevistados, embora possam não ser levados muito a sério.
Seria raro ter um objeto d pesquisa significativo que possa ser abordado em um
questionário pequeno, e alguns entrevistados podem achar o exercício apenas superficial,
adotando, por isso, uma atitude menos séria ao responde-lo.
D) ORDEM DAS QUESTÕES
Parece haver uma convenção crescente na pesquisa social no sentido de coletar
informação sobre dados demográficos dos entrevistados ao final de um questionário.
Trata-se de informação à qual as pessoas têm acesso imediato e, se questionadas
adequadamente, elas terão pouca dificuldade de fornecê-la. Na medida em que se cansam
do questionário, elas têm formuladas as questões menos exigentes.
É também raro que sejam colocadas questões muito delicadas logo no começo da
atividade. As pessoas precisam de tempo para acostumar-se com o tipo de questões em
que o pesquisador está interessado.
E) A QUANTIDADE DAS QUESTÕES
O pesquisador pode ficar tentado a comprimir uma grande quantidade de questões
em um pequeno número de páginas de modo que o livreto contendo o questionário não
pareça muito grande ou desanimador.
Isso geralmente é contra produtivo, pois espremer muitos itens em um espaço
pequeno faz o questionário parecer complexo e surge a possibilidade de que os
entrevistados se confundam e coloquem suas respostas nos lugares errados.
Um esquema claro e auto evidente aumentará a possibilidade de obter informação
válida a partir da amostra.
F) QUESTÕES QUE NÃO SE APLICAM PARA TODO MUNDO
O pesquisador é muitas vezes forçado a usar um único formulário para as questões,
e algumas dessas não se aplicarão para todas as pessoas. Se ele não pode fornecer um
questionário separado para essa classe de pessoas, será necessário usar questões-filtro.
G) TIPO E TAMANHO DE FONTE
Algumas pessoas sentirão dificuldade de ler textos muito compactados. É
essencial escolher uma fonte clara, razoavelmente grande. Também é essencial o uso de
uma fonte ou cor diferente para as instruções e letramento em negrito ou itálico para
questões-filtro, caso este recurso esteja disponível.
H) USO DE GRÁFICOS EM OPÇÕES DE RESPOSTAS
Embora frequentemente usado, pedir às pessoas que respondam fazendo um
círculo em um número em uma escala implica em certas ameaças à validade dos dados.
Em primeiro lugar, haverá aqueles que supõem erradamente que maior é talvez
melhor e entendem erradamente a natureza da escala de resposta.
Haverá também alguns que não entendem escalas numeradas de modo algum e
que podem não ser capazes de fazer o salto conceitual a fim de ligar os números à
dimensão latente de acordo/desacordo.
Há vários modos aproximados a esse. Um é abandonar os números e utilizar caixas
de marcar configuradas em uma linha que implica a dimensão de resposta relevante
(frequentemente acordo/desacordo).
Outra saída é usar gráficos em forma de faces sorridentes que possam transmitir
alegria/tristeza com respeito ao item do questionário. Essa é uma abordagem
particularmente útil com crianças.