Sei sulla pagina 1di 9

1.

QUESTIONÁRIOS
O questionário é provavelmente a única ferramenta de pesquisa comum nas
ciências sociais. As principais vantagens do questionário são: 1) aparente simplicidade;
2) versatilidade; 3) baixo custo como método de coleta de dados.
Quando as pessoas desejam fazer estimativas de parâmetros populacionais, a
vantagem do custo dos questionários sobre as entrevistas significa que muito mais pessoas
podem ser amostradas em um dado orçamento do que seria possível de outro.
Projetar o questionário perfeito é provavelmente impossível. Isto não deve ser
visto como uma falha dos próprios métodos de questionário tanto quanto uma parte
inevitável do processo de pesquisa. Isto não quer dizer, contudo, que o delineamento
cuidadoso de questionário possa ou deva ser ignorado.

2. QUE INFORMAÇÃO VOCÊ QUER?


A própria versatilidade do questionário como técnica de coleta de dados implica
na dificuldade de generalizar acerca de seus resultados.
Por isso, é útil tentar classificar objetivos comuns, em vez de explorar os dados
do questionário para encontrar uma série desses objetivos simultaneamente, sem
satisfazer, contudo, nenhum deles particularmente bem.
A seguir, apresenta-se alguns dos objetivos possíveis com o uso de questionários:
A) GERAR HIPÓTESES
Desse modo, os questionários são úteis para questionar um grande número de
pessoas mediante diversos tipos de questões exploratórias. A intenção é obter um
sentimento de como as pessoas reagem a certos assuntos.
Embora esse tipo de informação também possa ser obtido mediante entrevistas
não estruturadas e discussões em grupo, um estudo por questionário pode proporcionar
ao pesquisador um sentimento da variedade de respostas prováveis, assim como uma ideia
preliminar de quão comum são certas respostas.

B) DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE TESTES


Esse tipo de aplicação do uso de questionários pode tomar muitas formas. Por
exemplo, um conjunto de itens pode estar sendo testado como uma escala potencial para
medir um construto psicológico.
Nesse caso, a intenção será a de coletar respostar para os itens de modo que vários
procedimentos psicometristas possam ser utilizados para testar a confiabilidade e/ou a
validade.

C) ESTIMATIVA DE PARÂMETRO POPULACIONAL


Uma vez que um conjunto de medidas exista, seja como testes publicados, ou
como o resultado de procedimentos tais como os delineados no tópico B), os questionários
podem ser utilizados para estimar escores de população para tais testes.

D) TESTAGEM DE HIPÓTESE E MODELO


Se as medidas dos construtos-chave já existem, então, questionários podem ser
úteis para os propósitos de testagem de hipótese.

Idealmente, o pesquisador deveria manter esses objetivos separados e conduzir


diferentes estudos de modo a poder abordar um item por vez. Contudo, frequentemente
os recursos limitados fazem com que o pesquisador combine alguns desses objetivos
dentro de um mesmo estudo por questionário.

3. FORMATOS DE RESPOSTA: ABERTOS VERSUS FECHADOS


Com formatos abertos, os entrevistados são convidados a dar sua resposta a uma
questão em quaisquer termos que considerem convenientes. Formatos fechados, por sua
vez, requerem que o pesquisador tenha uma ideia razoável das prováveis respostas aos
itens.
As vantagens dos formatos fechados são que eles esclarecem as alternativas de
resposta para o testando e reduzem o número de respostas ambíguas que poderiam ser
dadas. Questões abertas geralmente induzem as pessoas a fornecer múltiplas respostas
mesmo se essas respostas são essencialmente as mesmas.
De um ponto de vista administrativo, formatos fechados reduzem o número de
erros de codificação no conjunto dos dados.
Erros de codificação ocorrem quando o pesquisador interpreta mal uma resposta
aberta na etapa de transformação das respostas verbais em números que podem ser
utilizados para a análise por computador.
As desvantagens dos formatos fechados são de muitos tipos, mas, talvez a mais
importante seja que eles podem criar escolhas forçadas artificiais e eliminar respostas
esperadas.
Geralmente, elaborar categorias de resposta é difícil, na medida em que elas
devem abranger o conjunto completo de respostas prováveis.
Outro problema refere-se aos significados compartilhados associados às palavras
utilizadas nos questionários. Formatos de resposta fechados supõem que as pessoas
compartilham a mesma compreensão dos itens e das categorias de resposta que o
pesquisador.
Embora possam parecer numerosos os problemas implicados nos formatos de
resposta fechados, a principal razão para sua continuada popularidade está nas
dificuldades de analisar respostas abertas. Esse tipo de resposta não se presta à análise
numérica facilmente tal como ocorro com os formatos de resposta fechados.

4. FORMATOS DE RESPOSTA COMUNS1

A) CATEGORIAL: com esse tipo de formato de resposta é possível ter itens em que
os entrevistados podem marcar mais de uma resposta. Tais itens são designados
como itens de resposta múltipla.

B) ESCALAS DE AVALIAÇÃO: com esse tipo de formato o testando é convidado


a avaliar um determinado tema marcando uma das respostas alternativas.

1
Colocar exemplos. Anexo possível p. 223
C) FORMATOS DE CLASSIFICAÇÃO: com esse tipo de formato o testando é
convidado a classificar um determinado tema conforme sua ordem de
importância.

5. PROBLEMAS DE FORMULAÇÃO VERBAL MAIS COMUNS

A) TERMINOLOGIA AMBÍGUA/VAGA
Se o pesquisador é vago no modo de expressar suas questões, ele não pode estar
seguro em relação ao que as respostas aos itens significam.
Os entrevistados tentarão adivinhar o que o pesquisador quer dizer, mas pode
ocorrer que todos eles não tenham o mesmo palpite, levando a ocultar a ambiguidade
presente nos dados. Outro problema que surge nesta categoria refere-se aos termos mal
definidos.
B) TERMINOLOGIA
Poderia parecer uma boa ideia utilizar a terminologia tecnicamente correta para
superar os problemas de ambiguidade da linguagem. Para alguns tópicos de pesquisa isto
pode ser apropriado, mas o pesquisador deve assegurar-se de que os entrevistados
compreendam os termos.
Se for conveniente, ele pode fornecer tanto uma explicação técnica quanto
simplificada do emprego dos termos problemáticos na introdução do questionário. Deve-
se procurar usar português claro e simples sempre que possível.
C) QUESTÕES HIPOTÉTICAS
Em muitas áreas de pesquisa, o pesquisador se interessa em formular para as
pessoas questões do tipo “o que você faria se...?”. Essas questões sobre situações futuras
hipotéticas devem parecer razoáveis aos entrevistados se deve ser o caso que suas
respostas tenham significado.
D) QUESTÕES INDUTORAS: evitar questões indutoras!

E) JUÍZOS DE VALOR
A formulação dos itens não deve conter juízos de valor implícitos. De um modo
similar ao que ocorre com questões indutoras, o pesquisador não deve expressar suas
próprias opiniões, ou aquelas do patrocinador da pesquisa, nas questões dos itens.
F) EFEITOS DE CONTEXTO
Há efeitos um tanto mais sutis em respostas que dependem da natureza do restante
das questões quanto à forma. A depender do contexto as respostas podem variar, por isso
o pesquisador deve conhecer o impacto potencial dos fatores ambientais sobre seu item-
alvo.
G) QUESTÕES DE DUAS VIAS
Itens que envolvem premissas múltiplas devem ser evitados na medida em que os
significados das respostas são obscuros. Pode não ficar claro exatamente com qual
premissa se está de acordo (ou em desacordo).
H) SUPOSIÇÕES IMPLÍCITAS: os itens não devem conter suposições implícitas.

I) DESEJABILIDADE SOCIAL
As pessoas gostam de apresentar a si próprias com uma imagem positiva ao
responderem aos questionários. Muitas questões aparentemente inócuas têm opções de
resposta que, se selecionadas, poderiam indicar algo negativo acerca do testando.
Isso resulta em vieses potenciais nos padrões de resposta que o pesquisador
geralmente desejaria evitar. Às vezes fenômenos de desabilidade social podem ser muito
sutis.
J) ASSUNTOS DELICADOS
O pesquisador deve tomar cuidado ao supor que todos os seus entrevistados
consideram suas questões tão aceitáveis quanto ele próprio. Quando se estiver envolvido
em pesquisa sobre assuntos delicados, deve-se estar consciente de que tais itens podem
causar ofensa a certos grupos.
É uma boa prática perguntar sobre assuntos delicados tão diretamente quanto
possível e, ainda assim, com alguma simpatia pelos entrevistados.
6. TIPOS DE INFORMAÇÃO COLETADA POR QUESTIONÁRIOS

A) DADOS DEMOGRÁFICOS E BACKGROUND


A maior parte dos questionários perguntará sobre alguma informação sobre o
background do testando. Embora esse tipo de informação esteja prontamente acessível
aos próprios entrevistados, frequentemente as pessoas resistem a fornecer esse tipo de
informação. Deve-se considerar os seguintes assuntos:
I. IDADE
Alguns entrevistados podem não querer declarar sua idade exata, de modo que
talvez seja adequado solicitar que as pessoas indiquem sua idade aproximada em uma
série de faixas de idade.
De quantas faixas o pesquisador necessita dependerá de quão decisivo é distinguir
entre os entrevistados com base na idade. Caso seja necessário conhecer as idades com
maior precisão, ele deve perguntar diretamente, tornando claro o quão precisa ele quer
que a resposta seja.
Requerer maior precisão é correr risco de que algum entrevistado não responda de
nenhuma forma.
II. SEXO BIOLÓGICO
É uma boa ideia transformar esse item em um item de escolha forçada entre
masculino e feminino. Se o pesquisador deixa a categoria resposta em aberto, algum
entrevistado pode dar uma resposta inapropriada.
Embora os cientistas sociais façam uma distinção entre sexo biológico e gênero e
geralmente tenham intenção de classificar o gênero do entrevistado, o termo gênero não
é bem entendido por entrevistados leigos e pode prestar-se a confusão para algumas
pessoas.
III. ETNICIDADE E NACIONALIDADE
Etnicidade e nacionalidade são dois itens de informação sobre os entrevistados
sobre os quais o pesquisador pode precisar perguntar, apesar do fato de que o próprio ato
de perguntar por essa informação já está pesadamente carregado de conteúdo político.
Muitas pessoas confundem nacionalidade com etnicidade e, como um
pesquisador, você deve ser absolutamente claro sobre qual informação você necessita e
por quê.
A pesquisa que pode revelar diferenças importantes entre os grupos étnicos pode
ser considerada como politicamente suspeita por qualquer grupo que possa aparecer em
piores condições segundo o levantamento.
Se o pesquisador precisa perguntar sobre nacionalidade e, ou etnicidade, ele deve
estar seguro de que essa informação não possa ser utilizada para desfavorecer
sistematicamente u grupo.
IV. CLASSE SOCIAL SOCIECONÔMICO
Há vários sistemas de classificação de estratificação social. A maioria deles
envolve a definição de classes com base na natureza da ocupação da pessoa. Isso significa
obter informação suficiente sobre o emprego de um indivíduo de modo a permitir uma
classificação precisa.
Ao estudar mulheres é difícil saber de quem é o status/classe social está sendo
avaliado. Há um debate sobre como a classe social das mulheres deveria ser mensurada,
particularmente na medida em que os empregos das mulheres tendem a ter um status
ocupacional mais baixo do os empregos dos homens em alguns sistemas de classificação.
Dificuldades também ocorrem quando se tenta classificar as ocupações das
pessoas jovens. Ocupações comuns entre pessoas que estão no início de suas carreiras
tendem a ter um status baixo, embora possa resultar em carreiras de status alto depois.
Ao perguntar sobre classe social, status social, o pesquisador deve ter claro em
sua mente o que ele realmente quer saber sobre o entrevistado.
Em muitas aplicações psicológicas, pode ser mais apropriado simplesmente
perguntar sobre fatores como renda e história educacional, pois essas podem ser as
variáveis em que o pesquisador esteja realmente interessado, e não em uma estratificação
baseada em ocupações.
V. RENDA
A renda de uma pessoa talvez seja um dos assuntos mais delicados de abordar na
pesquisa social. A busca por quantias exatas geralmente é considerada com suspeita.
A prática comum na pesquisa de mercado é fornecer faixas d renda e solicitar aos
entrevistados que selecionem apenas uma faixa.
Com muitos tipos de respostas factuais pode ser útil solicitar aos entrevistados que
marquem uma opção se não desejam fornecer certas informações.
Isso ajuda o pesquisador a distinguir entre dados que estão errados porque as
pessoas não quiseram fornecer alguma informação, e dados que estão errados porque as
pessoas simplesmente foram negligentes em preencher de forma correta.
B) RELATOS DE COMPORTAMENTO
Por sua própria natureza, questões sobre comportamentos precedentes
pressupõem uma memória acurada para acontecimentos, assim como uma disposição para
relatá-los ao pesquisador.
Seria um erro supor que os vieses se aplicam apenas ao relato de atos privados
e/ou indesejáveis. Vieses de super-relato também se aplicam aos comportamentos
socialmente desejáveis.
Diante desses problemas, a melhor solução na ausências de dados comprobatórios
é introduzir itens adicionais em alguma parte do questionário para testar a consistência
do relato.
Se algum entrevistado está mal representando seu comportamento para o
pesquisador, se está sendo inconsistente, pelo menos o próprio pesquisador pode ter bases
claras para excluir suas respostas das análises.
Em algumas circunstâncias, talvez seja possível fazer com que os entrevistados
acreditem que o pesquisador terá um modo alternativo por meio do qual descobrir acerca
de seu comportamento. Essa tática é chamada de fonte de informação falsa.
Quando apropriado, parece ser provável que essa estratégia melhore a qualidade
dos dados derivados de relatos de comportamento, embora o pesquisador deva tomar
cuidado em relação a tentativas deliberadas de enganar os entrevistados, especialmente
se ele for inábil para interroga-los detalhadamente.

C) ATITUDES E OPINIÕES
Esse são geralmente temas de grande interesse, mas existe pouco consenso sobre
qual a melhor maneira de mensurá-las. O procedimento mais comum é apresentar um
enunciado e solicitar as pessoas para indicarem, em uma escala, até que ponto elas
concordam ou discordam do enunciado.
Uma alternativa à escala de avaliação é o modelo de escolha forçada em que dois
enunciados são apresentados e o entrevistado deve escolher endossar um ou outro.
Esse procedimento é menos comum na medida em que ele não fornece nenhuma
informação acerca da extremidade acordo/desacordo. Contudo, escalas de avaliação
podem ser afetadas pela confiança excessiva das pessoas na resposta neutra, em vez de
assumirem elas próprias o compromisso de expressa uma opinião.
D) CONHECIMENTO
Muito frequentemente seria útil avaliar o conhecimento factual em um
levantamento por questionário. Tais testes podem ser executados, mas a validade das
respostas e, portanto, dos escores de conhecimento deve ser considerada um tanto
duvidosa.
A menos que o pesquisador possa estar presente no momento da testagem ele não
pode estar certo de quem respondeu ao teste.
E) INTENÇÕES, EXPECTATIVAS E ASPIRAÇÕES
Muitas teorias psicológicas tratam de explicar intenções, expectativas e aspirações
que são muito facilmente avaliadas através de questionários.
O pesquisador deve tomar o cuidado de especificar um delineamento cronológico
apropriado para tais itens, na medida em que especificações vagas podem resultar em
respostas vagas.
7. ESCALAS E MEDIDAS EXISTENTES
Quando se utiliza medidas estabelecidas, é comum tentar alterar a formulação de
alguns itens de modo a fazer com que soem melhor ou para torna-los um pouco mais
claros.
É também o caso que escalas desenvolvidas em outros países possam conter
expressões culturalmente específicas ou pressupor alguma familiaridade com normas
culturais que seriam de certo modo inapropriadas para a amostra estudada.
O pesquisador deve mudar as expressões dos itens ou deve deixa-las como
estão?
Um lado do argumento diz que qualquer mudança indevida feita na formulação
de um item mudará a natureza da escala de modo que ela não será mais equivalente à
original. A comparabilidade de escores entre o estudo a ser realizado e a pesquisa
existente mediante o uso da escala, portanto, não é mais adequada.
O pesquisador poderia ficar tentado a fazer mudanças menores na esperança de
que os escores da escala ainda sejam comparáveis, mas, na ausência de dados que
sustentem a validade, isso não pode ser garantido.
O outro lado do argumento diz que é uma prática de pesquisa precária administrar
questionários que contenham expressões com as quais é improvável que seus
entrevistados estejam familiarizados. Ela pode aliená-los ou fazê-los pensar que os itens
são simplórios ou que não são sérios.
O pesquisador deve sempre considerar essa potencial falta de validade quando
pensar em utilizar uma medida existente que não tenha sido validada pelo tipo de amostra
que ele pretende estudar. Ele pode precisar considerar a tentativa d estabelecer a validade
por si mesmo.
8. QUESTÕES RELATIVAS A APRESENTAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

A) MOTIVAÇÃO DO ENTREVISTADO
A menos que o pesquisador venha a estar presente no momento da administração
do questionário, sempre devem ser fornecidas notas explicativas. Essas notas devem
detalhar minuciosamente os objetivos do estudo e explicar porque a conformidade do
indivíduo é importante.
Sempre que possível, o pesquisador deve garantir o anonimato dos entrevistados.
Se a pesquisa é tal que se faz necessário ser capaz de identificar individualmente os
entrevistados, o pesquisador deve reconhecer essa necessidade e assegurar a
confidencialidade.
O pesquisador deve fornecer um feedback aos entrevistados e agradecer por sua
ajuda nas notas introdutórias e ao final da atividade.
B) IDENTIFICADORES DE CASO
É uma boa regra interna a predisposição a identificar questionários individuais de
modo que, quando, mais tarde, surgirem problemas com os dados, o pesquisador pode
usar o computador para saber a qual questionário o problema está associado.
C) TAMANHO
Não há nenhuma regra que oriente sobre o tamanho ideal de um questionário. Isto
depende muito do tópico do estudo, do método de distribuição e do entusiasmo prévio de
seus entrevistados. Apesar disso, há algumas regras gerais.
O problema que grande parte dos pesquisadores enfrenta é como fazer todas as
perguntas que precisam ser feitas sem cansar os entrevistados.
O tempo que se leva para responder um questionário só pode ser realmente
avaliado via projeto piloto, e esforços devem ser feitos para dirigir a forma como as
pessoas que, possivelmente, por razões a priori, têm dificuldades com isso.
Questionários muito curtos têm a virtude de não sobrecarregar
desnecessariamente os entrevistados, embora possam não ser levados muito a sério.
Seria raro ter um objeto d pesquisa significativo que possa ser abordado em um
questionário pequeno, e alguns entrevistados podem achar o exercício apenas superficial,
adotando, por isso, uma atitude menos séria ao responde-lo.
D) ORDEM DAS QUESTÕES
Parece haver uma convenção crescente na pesquisa social no sentido de coletar
informação sobre dados demográficos dos entrevistados ao final de um questionário.
Trata-se de informação à qual as pessoas têm acesso imediato e, se questionadas
adequadamente, elas terão pouca dificuldade de fornecê-la. Na medida em que se cansam
do questionário, elas têm formuladas as questões menos exigentes.
É também raro que sejam colocadas questões muito delicadas logo no começo da
atividade. As pessoas precisam de tempo para acostumar-se com o tipo de questões em
que o pesquisador está interessado.
E) A QUANTIDADE DAS QUESTÕES
O pesquisador pode ficar tentado a comprimir uma grande quantidade de questões
em um pequeno número de páginas de modo que o livreto contendo o questionário não
pareça muito grande ou desanimador.
Isso geralmente é contra produtivo, pois espremer muitos itens em um espaço
pequeno faz o questionário parecer complexo e surge a possibilidade de que os
entrevistados se confundam e coloquem suas respostas nos lugares errados.
Um esquema claro e auto evidente aumentará a possibilidade de obter informação
válida a partir da amostra.
F) QUESTÕES QUE NÃO SE APLICAM PARA TODO MUNDO
O pesquisador é muitas vezes forçado a usar um único formulário para as questões,
e algumas dessas não se aplicarão para todas as pessoas. Se ele não pode fornecer um
questionário separado para essa classe de pessoas, será necessário usar questões-filtro.
G) TIPO E TAMANHO DE FONTE
Algumas pessoas sentirão dificuldade de ler textos muito compactados. É
essencial escolher uma fonte clara, razoavelmente grande. Também é essencial o uso de
uma fonte ou cor diferente para as instruções e letramento em negrito ou itálico para
questões-filtro, caso este recurso esteja disponível.
H) USO DE GRÁFICOS EM OPÇÕES DE RESPOSTAS
Embora frequentemente usado, pedir às pessoas que respondam fazendo um
círculo em um número em uma escala implica em certas ameaças à validade dos dados.
Em primeiro lugar, haverá aqueles que supõem erradamente que maior é talvez
melhor e entendem erradamente a natureza da escala de resposta.
Haverá também alguns que não entendem escalas numeradas de modo algum e
que podem não ser capazes de fazer o salto conceitual a fim de ligar os números à
dimensão latente de acordo/desacordo.
Há vários modos aproximados a esse. Um é abandonar os números e utilizar caixas
de marcar configuradas em uma linha que implica a dimensão de resposta relevante
(frequentemente acordo/desacordo).
Outra saída é usar gráficos em forma de faces sorridentes que possam transmitir
alegria/tristeza com respeito ao item do questionário. Essa é uma abordagem
particularmente útil com crianças.

Potrebbero piacerti anche