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Um presente para meus alunos de Introdução ao Estudo d reito: exercícios com sugestões de respostas.
Questão Objetiva
Resposta: Letra “b”. A sanção descrita na norma jurídica relativa ao tipo penal do
homicídio atua no sentido pedagógico de desencorajamento do comportamento
homicida.
Julieta, com 14 anos de idade, grávida, casou -se, às escondidas, com Romeu, também
com 14 anos de idade. Quando as famílias descobriram o casame buscaram auxílio
de um advogado para informarem -se acerca da possibilidade de anulação do referido
casamento. O advogado, então, mostrou -lhes os seguintes artigos do Código Civil:
Art. 1517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo -se
autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a
maioridade civil.
(...)
Art. 1520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou
a maioridade núbil para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso
de gravidez.
Art. 1550. É anulável o casamento:
I – de quem não completou a idade mínima para casar;
(...)
Art. 1551. Não se anulará por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez.
Responda, JUSTIFICADAMENTE, ao que se pede:
a) Se você fosse o advogado consultado pelas famílias, que resposta daria?
b) A que ramo do Direito pertencem as normas supramencionadas?
c) Qual a natureza jurídica destas normas?
d) Classifique o artigo 1551 do CC, quanto à sanção.
e) Se você fosse o advogado consultado pelas famílias, que resposta daria?
Resposta: O pedido de anulação pode ser ajuizado, no entanto o casamento poderá ser
mantido, com base na interpretação lógico -sistemática dos artigos do Código Civil
acima citados.
b) A que ramo do Direito pertencem as normas supramencionadas?
Resposta: Aos ramos do Direito Civil e do Direito Penal.
c) Qual a natureza jurídica destas normas?
Resposta: São normas pertencentes ao direito de família.
d) Classifique o artigo 1551 do CC, quanto à sanção.
Resposta: Norma imperfeita. Pois não invalida o ato, nem estabelece sanção ao
transgressor. Tal procedimento justifica -se, por razões relevantes, de natureza social e
ética.
Questões Discursivas
Classificação das Normas Jurídicas.
1) A norma contida no art. 489 do Código Civil estabelece: é o contrato de
compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo uma das partes a fixação do
preço”. Classifique essa norma jurídica quanto ao critério da sanção e JUSTIFIQUE sua
resposta.
Resposta: Norma jurídica perfeita. Se violada, resultará na nulidade do negócio jurídico
realizado.
Classificação das Normas Jurídicas
2) Prevê o artigo 195 da Constituição da República que: “A seguridade social será
financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante
recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (...)”. Classifique essa norma jurídica
quanto ao critério da aplicabilidade e estabeleça a di entre as normas jurídicas
auto-aplicáveis, dependentes de complementação e as dependentes de regulamentação.
Resposta: A norma jurídica constitucional em questão é norma não auto -aplicável,
regulamentável, pois depende de lei infra -constitucional para torná-la executável, dando
as condições de sua aplicação. As normas jurídicas auto -aplicáveis são aquelas que não
dependem de regulamentação por outra lei, ou por regulamento
Questão Discursiva – Espécies legislativas.
O artigo 59 da Constituição da República Federativa do Brasil estabelece quais são as
espécies legislativas admitidas no ordenamento jurídico brasileiro. Estabeleça,
brevemente, as diferenças entre elas.
Resposta: O processo legislativo tem por objeto as espécies normativas arroladas no art.
59 da CF, que serão examinadas segundo sua natureza e o processo de sua elaboração.
As leis ordinárias apresentam o mesmo processo de elaboração das leis comuns que
respeitam as seguintes fases: a iniciativa, com a apresentação do projeto, que a seguir
será objeto de discussão nas comissões técnicas, sendo submetido à votação e aprovação
pelas Casas Legislativas. Uma vez aprovado será apresentado ao chefe do Poder
Executivo para sanção ou veto. Após sanção, o projeto segue para promulgação e
publicação na Imprensa Oficial.
As medidas provisórias estão previstas no art. 62 da CF, nos seguintes termos: em caso
de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias,
com força de lei, devendo submetê-las, de imediato ao Congresso Nacional.
Os decretos legislativos são ”as leis que a CF não exige a remessa ao Presidente da
República para sanção (promulgação ou veto)” – Pontes de Miranda. Para José Afonso
da Silva, decretos legislativos são “ atos destinados regular matérias de competência
exclusiva do Congresso Nacional (art. 49 da CF) que tenham efeitos externos a ele;
independem de sanção e de veto”.
Resoluções: Se os decretos legislativos são atos destinados a regular matérias de
competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49 da CF) que tenham efeitos
externos a ele, as resoluções têm a mesma natureza, porém com efeitos internos,
acrescentando-se ainda que as matérias de competência exclusiva de cada Casa
Legislativa (artigos 51 e 52 da CF) serão reguladas por resoluções.
Questão Objetiva
Assinale a alternativa correta e JUSTIFIQUE sua resposta.
As medidas provisórias podem ser elaboradas pelo:
a) Congresso Nacional.
b) Câmara dos Deputados.
c) Senado Federal.
d) Presidente da República. E) Cidadão.
Resposta: Letra “d”. A iniciativa é de competência exclusiva do Presidente da
República. Dêem atenção ao estudo da MP.
Validade das Normas (técnico-formal ou vigência, social e ética). O início da
vigência da lei. A vacância da lei: conceito e cômputo. O princípio da
obrigatoriedade das leis. Término da vigência das leis: revogação (ab-rogação e
derrogação). Revogação expressa e tácita. A questão da repristinação.
União Estável. Direito. Herança. Lei n°8.971/94. Lei n° 9278/96. O art. 2°, III da
Lei n°8.971/94 não foi revogado pela Lei n° 9278/96 . É certo que os dois diplomas
regulavam a união estável, porém a nova regra não abrangeu a totalidade das matérias
tratadas na lei anterior. Destarte, o direito da companheira supérstite ao total da herança,
quando inexistir ascendente ou descendente do de cujus, restou incólume visto que a
nova lei tocou somente o direito real de habitação quanto ao imóvel destinado à
residência familiar. Resta, então, que não há incompatibilidade, mas sim integração.
Note-se, por fim, que a hipótese é anterior ao novo Código il. (REsp. n°747.619-SP,
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 07/06/05).
A partir da decisão acima, esclareça se ocorreu ab -rogação ou derrogação entre as
normas e se foram expressas ou tácitas.
Trata-se de uma fonte jurisprudencial.
Resposta: No caso a Lei n° 9278/96 derrogou – revogou parcialmente a Lei n° 8971/94,
uma vez que somente parte dos temas tratados por esta foram regulados modo
diverso por aquela. Além disso, ocorreu revogação tácita, já que a Lei n° 9278/96
determina a revogação das disposições em contrário. Assim, todas as normas que
cuidam de assuntos diversos dos tratados por esta deverão ser mantidas. Percebe-se,
então, que ambas cuidam do mesmo tema genérico: união , pois tratam de
assuntos diversos no que tange aos temas específicos. se tocar no prazo de cinco
anos, que foi revogado.
Questão Objetiva
Analise as afirmativas abaixo:
I – a lei perde a eficácia desde que comprovado o seu desuso por um período de tempo
superior a dez anos;
II – denomina-se repristinação o fenômeno pelo qual a lei revogada é o
a lei que revogou perdeu a vigência;
III – a lei ordinária só pode ser revogada, de modo parcial (ab -
rogada), por outra lei de natureza e hierarquia superiores;
IV – quando um preceito de uma lei contraria uma nova ordem constitucional falta-lhe
fundamento de existência e validade e, por isso, diz -se que ele não foi recepcionado;
V – na aplicação da lei sempre será possível a utilização da equidade.
Somente estão corretas as afirmativas:
a) II e IV;
b) III e IV;
c) I e III;
d) I e V;
e) II e V;
Resposta: Letra “a”. O item “I” está incorreto, pois a lei somente é revogada por outra
lei. O item “III” está errado pois a lei pode ser revogada também por lei de igual
hierarquia. O item “V” está errado porque na aplicação da lei o juiz deverá levar em
consideração os fins sociais a que ela se destina e o bem comum.
Pergunta-se:
a) É possível que Marcos seja colocado em liberdade? Por quê?
b) As normas jurídicas sempre retroagem? Explique.
c) Quais os limites para que a norma jurídica tenha efeitos retroativos? Explique-os.
a) É possível que Marcos seja colocado em liberdade? Por quê?
Resposta: Não. Já existe sentença transitada em julgado, que põem fim à lide judicial.
b) As normas jurídicas sempre retroagem? Explique.
Resposta: Não. Em nosso sistema jurídico não é permitida a retroatividade das leis
como regra absoluta, somente excepcionalmente, nos casos previstos em lei, e, desde
que, sejam respeitados os princípios constitucionais do ato jurídico perfeito, da coisa
julgada e do direito adquirido, em razão da segurança nas relações jurídicas.
c) Quais os limites para que a norma jurídica tenha efeitos retroativos? Explique-os.
Resposta: Os limites são aqueles estabelecidos no art. 6º da LICC e no art. 5º , XXXVI,
da CF. Nesses termos, a lei, nas hipóteses de retroatividade, devem respeitar tanto a
decisões judicial definitivas, quanto os atos jurídicos celebrados perfeitos e acabados e
os direitos que já fora incorporados definitivamente ao patrimônio da pessoa.
Caso 2 – Limites à retroatividade das normas jurídicas – Ato Jurídico Perfeito.
Alfredo celebrou em 1984 contrato de assistência médico -hospitalar para si e sua
família. Em 1987 foi acometido por uma doença cardiovascular que o levou à colocação
em seu corpo de um marca-passo, cujo custo foi pago pelo próprio Alfredo, uma vez
que em seu contrato de assistência médico -hospitalar não havia previsão de tal
cobertura.
Em 1995, Alfredo ingressa com ação judicial pretendendo a restituição dos valores
gastos com os exames e o marca-passo não cobertos por seu plano de assistência, mais
danos morais, em razão da recusa ao fornecimento do material, que ele reputa injusta.
Em sede de contestação a assistência médico -hospitalar alega que o contrato é anterior à
Constituição da República de 1988 e ao Código de Proteção e Defesa do Consumidor,
que prevêem, respectivamente, a proteção à dignidade humana e a proteção ao
consumidor. (Apelação Cível – 2006.001.58180 – TJ/RJ).
Você é o juiz que decidirá a questão, dê a sentença amparada na q o dos limites à
retroatividade das normas jurídicas.
Resposta: A sentença deverá negar o pedido de Alfredo, posto que, o contrato fora
celebrado sob a égide da legislação que vigorava à época de sua celebração. Portanto,
não será possível a retroatividade da CF e do CDC, pois deverá ser respeitado o ato
jurídico perfeito como garantia do princípio da segurança nas relações jurídicas, pois a
manutenção da segurança se constitui numa das finalidades do Direito.
Questões Objetivas
1) Assinale a alternativa correta e JUSTIFIQUE sua resposta. (Exame OAB/São Paulo
1ª Fase – Exame 124º ).
Antônio tem 31 anos de serviço público. Suponha que exista uma lei à época, que
concede direito à aposentadoria aos 30 anos de serviço. Suponha, que se edite lei
nova que só admite aposentadoria aos 35 anos de serviço público. Nesse caso, Antônio:
a) tem direito de aposentar-se, mas fica impedido ante a nova lei;
b) tem direito de aposentar-se e pode exercer esse direito sob a vigência da lei nova,
com fundamento na lei antiga;
c) não tem direito de aposentar-se, porque não exerceu esse direito sob a vigência da i
antiga;
d) não tem direito de aposentar-se porque não completou 35 anos de serviço;
e) tem direito de aposentar-se proporcionalmente.
Resposta: Letra “b”. Antônio adquiriu o direito na vigência da lei anterior,
independentemente de não tê-lo exercido. Portanto, a lei nova não o alcança, a teor do
que determinam os artigos 6o , da LICC e 5o , XXXVI, CF.
Resposta: Letra “c”. A antinomia pode ser conceituada como um conflito aparente de
normas jurídicas.
Caso 1 - Fontes do direito. Os costumes.
a. A prática de naturismo pode ser entendida como costume jurídico?
Resposta: O naturismo não pode ser entendido como costume, por não reunir os dois
elementos essenciais, quais sejam: objetivo – prática reiterada da conduta e subjetivo –
convicção da obrigatoriedade. Assim, o naturismo pode até ser entendido como um
costume social dependendo da moral social, mas não jurídico.
c. O artigo 233 do Código Penal foi revogado pelo costume? E pela decisão do STJ?
Resposta: Não. Os costumes contra legem não podem revogar lei. Uma lei somente
pode ser revogada por outra lei, conforme preceitua o igo 2° da LICC. Pela decisão
do STJ também não, pois decisão judicial não revoga lei, somente as declaratórias de
inconstitucionalidade.
b) Quais os requisitos para que o costume possa ser fonte formal do Direito? O costume
invocado preenche tais requisitos? Justifique.
II- A mídia, como formadora de opinião, constitui fonte formal secundária do direito,
porquanto influi na interpretação da legislação e em seu cumprimento.
Resposta: Falsa. As normas de direito são postas pelo legislador, pelos juízes, pelos
usos e costumes, podendo coincidir ou não os seus mandamentos com as convicções
que a mídia tem sobre o assunto. Pode-se criticar as leis, mas deve-se agir de
conformidade com elas, mesmo sem lhes dar adesão de nosso espírito. As
manifestações de opinião veiculadas na mídia carecerão sempre do poder de expressar o
dever ser de conduta na ordem social-jurídica. Isto significa que elas valem
objetivamente, independentemente, e a despeito da opinião e do querer dos obrigados.
Essa validade objetiva e transpessoal das normas jurídicas, as quais se põem acima das
pretensões dos sujeitos de uma relação, superando -as na estrutura de um querer
irredutível ao querer dos destinatários, é o que se denomina heteronomia. Foi Kant o
primeiro pensador a trazer à luz essa norma diferenciadora, afirmando ser a moral
autônoma e o direito heterônomo. O direito é heterônom visto ser posto por terceiros
aquilo que juridicamente somos obrigados a cumprir. (Miguel Reale, Lições
Preliminares do Direito, p. 48/49).
Resposta: Verdadeiro. Há fontes do direito que estão acima do Estado, ou seja, fontes
supra-estatais do direito, independentes do consentimento do Estado, como por
exemplo, os costumes internacionais e fontes dependentes desse consentimento, como
os tratados e convenções internacionais. (Paulo Dourado de Gusmão, p. 133).
Resposta: Falso. Como leciona Miguel Reale, ao contrário do que pode parecer à
primeira vista, as divergências que surgem entre as se relativas às mesmas
questões de fato e de direito, longe de revelarem a fragilidade da jurisprudência,
demonstram que o ato de julgar não se reduz a uma atitude passiva, diante dos textos
legais, mas implica notável margem de poder criador. E este poder criador é que
possibilita superar o descompasso existente entre a norma legal e o fato social, dando
dinâmica ao ordenamento jurídico, em prol da justiça social.
Resposta: Letra “d”. A doutrina é considerada como fonte formal secundária do direito,
resultante da produção interpretativa e crítica dos doutos. Através da doutrina os
operadores do direito em geral podem extrair das obras, das teses, lições para a melhor
compreensão, entendimento e aplicação do direito.
a) “As fontes materiais, ou fontes no sentido sociológico, são aquelas que determinam a
formação do direito objetivo, melhor dizendo, as causas que determinam a formulação
da norma jurídica, os seus motivos sociais, éticos ou nômicos. Por exemplo, saber
por que o legislador da Lei 9.278/96 estabeleceu dever alimentar e sucessório entre
companheiros, aqueles que vivem em união estável, é procurar as fontes materiais dessa
norma.”(Introdução ao Direito, J. M. Leoni Lopes de Ol veira, pag. 165)
c) Tendo como base o caso concreto acima, podemos dizer que as fontes materiais são
os erros cometidos pelos médicos e hospitais, geradores de danos a terceiros
prejudicados. Já as fontes formais são os Códigos Civil e de Defesa do Consumidor, que
prevêem que tanto os médicos quanto os hospitais devem indenizar pelos danos
materiais, morais e estéticos que venham a causar.