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PARÁBOLAS SOBRE
LIÇÃO DINHEIRO E PREVIDÊNCIA
03 Objetivo da Lição: Aprender sobre a importância de acumular tesouros no céu

George Müller (1805-1898), nasceu na Alemanha, e converteu-se com idade de 20 anos numa
missão morávia. Foi para a Inglaterra em 1829, onde se tornou membro do Movimento dos Irmãos
de Plymouth e onde trabalhou para o Senhor até o final de sua vida. Müller e a sua esposa tomaram
a decisão de nunca revelar as suas necessidades aos outros e nem pedir dinheiro a ninguém. Ele
só pedia a Deus, em oração. O seu lema de vida era: “Quem fez a promessa é fiel” (Hb 10.23).

Há cinquenta mil orações dele que foram registradas. Durante mais de sessenta anos de ministério, Müller
cuidou de mais de 10.000 órfãos em Bristol; iniciou 117 escolas que educaram mais 120 mil jovens e órfãos;
distribuiu 275 mil Bíblias e sustentou 189 missionários em vários países. Com a idade de 69 anos Jorge Müller
iniciou suas viagens, pregando a mais de 3 milhões de pessoas, em 42 nações. Durante o seu ministério
investiu o equivalente a 7,5 milhões de dólares, em resposta às suas orações.

Esse homem tinha em Jesus, o maior tesouro desta vida. Ele usou recursos da terra para ajuntar tesouros nos
céus. Os princípios de vida que nortearam a vida de George Müller estão na Bíblia, especialmente nas
seguintes parábolas proferidas por Jesus acerca do dinheiro.

1. A traça, a ferrugem e os ladrões (Mt 6:19-21)


Jesus começa a parábola com uma ordem: “Não acumulem para vocês tesouros na terra” (v.19a).
Ajuntar tesouros na terra não é em si mesmo um pecado, mas a cobiça e o acúmulo avarento de dinheiro
sim. Para esclarecer esse assunto Jesus usa três ilustrações (símiles) a respeito das riquezas do Oriente:

• “traça” – as vestes caras de rico material geralmente eram bordadas com ouro e prata e sujeitas a
ser consumidas pelos insetos (Tg 5.2; Jó 13.28; 27.16; Is 51.8).
• “ferrugem” – uma referência à corrosão dos preciosos metais de que os orientais se orgulhavam.
• “ladrões” – havia o costume de se manter um tesouro enterrado (veja Mt 25.18), o que era passível
da ação dos ladrões o cavar e roubar1.

Juntos, esses três ladrões de riquezas descrevem a tolice de acumular bens terrenos para o próprio bem.
Baseado nisso, Jesus exorta Seus ouvintes a ajuntar “tesouros nos céus” (v.20), onde nem a traça nem
a ferrugem podem destruir, nem os ladrões arrombar e roubar.
Mas, o que seria “juntar tesouros nos céus”?

Possivelmente seja qualquer coisa feita nessa vida com valor eterno. A expressão equivale a ser “rico
para com Deus” (Lc 12.21). É provável que se refira mais especificamente ao uso das riquezas materiais
em boas obras (Lc 12.33 cf. Ap 14.13). Os tesouros na terra, se empregados para a glória de Deus,
tornam-se tesouros nos céus.

Jesus conclui a parábola dizendo: “onde está o teu tesouro, ali estará também o teu coração” (v.21).

1 As casas na Palestina tinham paredes de tijolos de barro, e era fácil arromba-las.


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2. Os olhos bons e os olhos maus (Mt 6:22-24)
Para evitar que busquemos insistentemente as coisas terrenas, o nosso Senhor segue com outra
ilustração parabólica relacionada ao nosso corpo. Como Ele sabe tudo sobre o intrínseco mecanismo
dos membros do nosso corpo, Ele usa os “olhos” como figura de linguagem de como percebemos e
valorizamos as coisas. Em Sua ilustração dos olhos bons e maus, Jesus procura mostrar que a condição
do olho determinará o bem-estar de cada uma das demais faculdades, assim como os olhos físicos são
o que regula os movimentos do corpo. Jesus aplicou desse modo que um defeito ótico, se o olho for
“mau”2, isso resultará em todo o corpo ser “cheio de escuridão”, isto é, se o interior do olho é
defeituoso, tudo é escuro, e comprometerá nossa visão espiritual. Enquanto que se o olho da alma tiver
uma visão boa e clara será bem dirigido, então todas as coisas são vistas na perspectiva correta.

Ao dizer que os olhos são a “lâmpada” (e não a “luz”) do corpo, Jesus quer alertar seus ouvintes sobre
o perigo de se ter uma mente e um coração dividido entre os céus e a terra, pela maneira como enxerga
a vida na terra. Ele conclui esse pensamento alertando seus ouvintes à uma impossibilidade: “não
podemos servir a Deus e a Mammon3” (“riquezas” – Mt 6.24; Lc 16.13).

3. O rico insensato (Lc 12:13-21)


Enquanto falava à multidão ao seu redor, incluindo-se os seus discípulos, Jesus foi interrompido por
alguém que O ouvia, o qual Lhe pede para resolver uma disputa entre ele e seu irmão a respeito de uma
herança4 (v.13). Esse homem sabia que Jesus era um rabi enviado por Deus, e, então, foi em busca de
seu veredito com relação à sua herança. Porém, Jesus rejeitou o seu apelo, porque estava além da esfera
de sua missão. Em seguida advertiu aquele que lhe fazia o pedido para se afastar da avareza5, pois ela é
que provoca esses tipos de disputas.

Jesus usou esse episódio para contar a parábola do rico insensato, para expor a loucura, que é a avareza,
seja qual for a forma em que se apresente, e o engano de pensar que a vida de alguém consiste na
abundância dos bens que possui. Na parábola, Jesus conta que, por causa de uma colheita
excepcionalmente boa, esse rico fazendeiro enfrentava o que parecia um problema penoso. Ele não
sabia o que fazer com todos os cereais. Os seus celeiros e silos estavam superlotados. Em seguida, ele
teve uma ideia brilhante: decidiu destruir os celeiros e reconstruir maiores (vv.16-18). Logo que seus
novos celeiros foram construídos, ele planejou se aposentar (v.19). Neste instante, Deus lhe chama de
“louco”6 e diz que ele morreria naquela mesma noite. Assim, ele perderia domínio sobre suas possessões
materiais, que ficariam para outro (v.20). E conclui aplicando a parábola à todo aquele que “entesoura
para si mesmo e não é rico para com Deus” (v.21).

Esse bem-sucedido fazendeiro cometeu quatro equívocos, produzidos por sua avareza:

(1) TER É MAIS IMPORTANTE QUE SER (v.15) – ele se enganou quanto ao propósito da vida,
imaginando que a vida de uma pessoa consistia na quantidade de bens que ela possui.

(2) AQUILO QUE PRODUZO E TENHO É MEU (vv.16-18) – tudo que o homem é e tem vem de Deus (1Cr
29.14). Nós não somos donos de nada. Entramos e saímos desta vida sem nada (Jó 1.21 cf. 1Co 4.7).

2 A palavra usada aqui para “mau” é poneros, que significa “má influência, destempero”.
3 mammwna:V de origem aramaica: “confiança”, i.e., “riqueza” (a confiança personificada, que é oposta a Deus).
4 Quando aconteciam disputas sobre propriedades e possessões, conforme a interpretação das Escrituras hebraicas,

os adversários buscavam o conselho dos escribas, rabinos e outros mestres respeitados.


5 pleonexía a palavra grega significa “cobiça” indicando a “sede por ter mais, o desejo de adquirir mais”. A Bíblia

condena todo tipo de avareza, mas avareza por bens materiais é um grande perigo espiritual (Pv 30.7-9; Mt 13.22;
1Tm 6.6-10,17-19; Hb 13.5).
6 áphron significa “sem razão, sem inteligência, estúpido, tolo”.

2
(3) COISAS MATERIAIS PODEM SATISFAZER AS NECESSIDADES DA ALMA (v.19) – não são as
possessões materiais que mantêm a vida, mas as coisas espirituais e eternas.

(4) SOMOS ETERNOS E NÃO IRREMOS MORRER TÃO CEDO (v.20) – o fazendeiro creu na previdência
para a sua aposentadoria aqui na terra e negligenciou o seu futuro eterno no céu, junto Àquele que
tem nossos dias contados, e ao qual daremos conta de tudo (Ez 18.4; Jó 27.8 cf. Lc 12.33).

Jesus usa esses equívocos do rico insensato para concluir: “Assim é o que entesoura para si mesmo e não
é rico para com Deus” (v.21). Cuidado com a avareza, pois ela pode destruir a sua alma.

4. O administrador astuto (Lc 16:1-13)


A parábola do administrador astuto é muito difícil de interpretar, pois ela ensina boas lições por meio
de um homem mau. Para facilitar a sua interpretação, leve em consideração que esta parábola é uma
argumentação analógica, e não uma representação alegórica.

O contexto dessa parábola nos revela que ela foi endereçada aos discípulos (v.1a). Nela Jesus conta uma
história impressionante sobre um administrador que ia ser demitido pelo seu senhor, que lhe pediu
explicações, pois soube que seu administrador havia desperdiçado os seus bens (vv.1b,2). Quando soube
que seria demitido, começou a refletir sobre a sua prosperidade futura e, de repente, ocorreu-lhe um
plano desonesto para se sustentar(vv.3,4). Chamou todos os devedores de seu senhor e cometeu fraude
contábil, diminuindo as suas dívidas no livro do patrão (vv.5-7). Ele sabia que dessa forma criaria um
bom relacionamento com os devedores de seu senhor e, depois de ser despedido, eles não o
desamparariam financeiramente e o receberiam em suas casas7. Essa atitude foi elogiada por seu
próprio patrão. Da mesma forma, disse Jesus, o cristão deve usar aquilo que possui nesta vida no serviço
de Deus a fim de garantir galardões (v.9).

Jesus complementa o ensino dessa parábola ao dizer que você deve ser fiel em coisas pequenas, para
que possa ser confiável em coisas grandes (v.10). Se você não é digno de confiança no uso de coisas
materiais, quem lhes confiará as coisas celestiais, i.e., as responsabilidades espirituais? (v.11). Jesus
continua dizendo que a infidelidade na administração dos bens de outrem demonstra que o indivíduo
não é digno de receber muito para si (v.12). Ou seja, juntando as ideias dos versículos 10-13, Jesus está
dizendo que, se não somos fiéis no uso das nossas coisas, não teremos condições de cuidar das coisas
dos outros, e, consequentemente, não teremos recompensas.

Por fim, Jesus admoesta seus ouvintes a escolherem a quem irão servir como servos: a Deus ou ao
dinheiro (mammon – v.13)? É preciso escolher entre os dois objetos da sua adoração, pois são
excludentes (Cl 3.5).

5. O camelo e a agulha (Mt 19:16-26; Mc 10:17-27; Lc 18:18-27)


Um homem rico8 interrompeu o Senhor com uma pergunta aparentemente sincera: “Mestre, que eu
farei de bom para alcançar a vida eterna”. Esse jovem rico pensava em ganhar vida eterna como dívida,
em vez de dádiva (v.16) – estava pensando em justiça pelas obras, ou acumular atos de justiça para
merecer a vida eterna9. Jesus precisou primeiramente corrigir esse falso conceito antes de responder à
pergunta de modo mais completo. Ele o fez forçando o jovem a reconhecer que sua única esperança se
achava em Deus, que é bom, e é o único que pode dar a vida eterna. Em seguida Jesus o exorta a

7 Ética de reciprocidade, que era um elemento fixo no mundo mediterrâneo, onde atos generosos ou benevolentes
traziam consigo a expectativa de que seriam retribuídos.
8 Marcos e Mateus não identificam o “homem”, mas Lucas (18.18) refere-se a ele como “homem importante” – além

de rico, provavelmente ele também era membro de um concílio ou tribunal oficial – e Mateus (19.20) diz que ele era
“jovem”.
9 Os judeus, no tempo de Cristo, criam que a realização de um único ato de bondade lhes podia garantir a salvação.

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obedecer aos mandamentos (v.17). Jesus menciona somente os seis mandamentos que proíbem ações
e atitudes erradas contra o próximo (vv.18,19). E o jovem responde que os têm guardado (cf. Paulo diz
em Fp 3.6). Mas Jesus notou seu apego às coisas materiais (v.22), e lhe recomendou desfazer-se delas.
Em vez de reconhecer isso, o jovem abastado recusou a ajuda que Jesus estava lhe oferecendo,
comprovando seu amor maior às posses que o desejo da vida eterna.

Foi a recusa do jovem rico, de desistir de suas posses que tanto amava e seguir a Cristo, que levou Jesus
a observar que é “difícil entrar um rico no reino dos céus” (v.23), e conta essa arrebatadora figura de
linguagem de um camelo que tenta abrir caminho através do buraco de uma agulha10 (v.24). Parece
claro no contexto que o Senhor não estava falando de dificuldade, mas de impossibilidade (v.26). Jesus
não disse que os ricos não podem entrar no reino de Deus, e sim, que, para eles, isso se torna muito
difícil, quase impossível11 – a riqueza pode afetar a personalidade de uma pessoa, tornando quase
impossível substituir a confiança que um rico tem nos seus meios visíveis de sustento por fé única e
exclusiva em um Salvador invisível.

CONCLUSÃO
Os bens materiais são bênção de Deus para esta vida. Se bem administrados e usados para os propósitos de
Deus, fará com que sejam entesourados tesouros a serem desfrutadas na eternidade, pois a vida passa e
certamente morreremos: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto,
o juízo” (Hb 9.27). Como será a sua prestação de contas a Deus quanto aos recursos que Ele te confiou?

PONTOS PARA DISCUTIR


▪ Você tem usado bem o dinheiro e os bens que Deus lhe tem dado?
▪ Você está mais preocupado em ganhar dinheiro, ou em não perder a sua alma?
▪ Você está disposto a abrir mão de tudo para ter Jesus como o grande tesouro da sua vida?
▪ Qual a implicação dessa parábola nos gastos que fazemos em cerimônias de casamento, aniversário e
funeral?

10 Há uma explicação a qual diz que o “fundo da agulha” referia-se a porta pequena no portão da cidade, através do
qual um camelo só poderia passar se estivesse livre de qualquer carga e se arrastasse de joelhos. Porém, a palavra
para “agulha” na passagem paralela em Lucas é a mesma usada para descrever a agulha utilizada pelos cirurgiões.
11 Esta verdade também é ensinada no AT (Gn 18.14; Jó 42.2).

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