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CARACTERIZAÇÃO DO POTENCIAL ENERGÉTICO DE

BIOMASSAS

I. R. BARBOSA1; K. M. BARCELLOS¹; J. E. A. de SOUZA¹; C. A. S. H. CAVALCANTI¹; L.


P. M. DANTA¹ e A. H. L. ALÉCIO¹

1 Universidade Federal de Alagoas, Centro de Tecnologia, Departamento de Engenharia Química


Email para contato: Bella_rodrigues2@hotmail.com

RESUMO - O presente trabalho visa avaliar os potenciais energéticos de resíduos de


biomassas que são cultivadas no Estado de Alagoas. As características físico
químicas de 6 biomassas importantes no Estado foram avaliadas: teor de umidade,
teor de voláteis, teor de cinzas e teor de carbono fixo, e os potenciais energéticos
Poder Calorífico Superior e Inferior. As biomassas escolhidas foram: Cocos
Nucifera, Saccharum officinarum L., Manihot Esculenta Crantz, Eucalyptus, Mimosa
Caesalpiniaefolia e o Pennisetum purpureum Schum. Os resultados mais relevantes
obtidos são que, o reaproveitamento de resíduos gerados por processos agrícolas
possui grandes qualidades quanto a finalidade energética, entretanto algumas
biomassas têm elevado teor de umidade, superior a 65%, necessitando passar por um
processo de secagem antes de sua utilização como energético, e de elevado poder
calorifico, com resultados superiores a 19 MJ/kg.

1. INTRODUÇÃO
A crescente busca por energias renováveis, vem incentivando pesquisadores a trazer
como tema de novas pesquisa, a utilização de resíduos agrícolas para geração de energia (Souza
et al., 2011; Alves, 2013). As indústrias de modo geral, tornaram-se muito dependentes do
petróleo, mas a ameaça de escassez e a instabilidade de preços do mesmo, além da preocupação
climática com as emissões de CO2, metano e óxidos de nitrogênio, vem trazendo a substituição
do petróleo por biocombustíveis (Energias Renováveis do Brasil, 2016).

Este projeto visa caracterizar resíduos agrícolas da cultura do estado de Alagoas, resíduos
do coco (Cocos Nucifera), da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) e da mandioca
(Manihot Esculenta Crantz), além das espécies cultivadas como a madeira de eucalipto
(Eucalyptus), madeira de sabiá (Mimosa Caesalpiniaefolia) e o capim elefante (Pennisetum
purpureum Schum). Doravante citadas neste texto pelo nome popularmente conhecido. Estas
biomassas foram escolhidas por serem cultivadas na região e que geram uma grande quantidade
de resíduos (Salomon et al., 2014), muitos desses produtos, cujo destino comum é o lixo, podem
ser reaproveitados como matéria-prima para a produção de energia limpa. Um grande exemplo,
no Estado de Alagoas, é a casca do coco verde, que há reaproveitamento voltado para o
artesanato local, mas a grande maioria das cascas são destinadas ao lixo, (Esteves, 2014).

A caracterização da biomassa deve ser baseada em seu uso, devido as tantas qualidades
destas biomassas, o presente trabalho apresenta suas propriedades físicas e químicas para fins
energéticos. A caracterização necessita, basicamente, de 3 classes de procedimentos são elas a
análise imediata, análise elementar e o poder calorífico. Na análise imediata fornece as frações,
em peso, de umidade, voláteis, cinzas e carbono fixo. Na análise elementar são obtidas as frações,
em peso, dos constituintes da biomassa, onde os principais elementos são carbono, oxigênio e
hidrogênio. No poder calorífico é obtido o calor liberado pela combustão completa da biomassa
com oxigênio. Ao fim apresenta a avaliação destas propriedades para a geração de energia.
(SANCHÉZ, 2010).

2. OBJETIVO

Quantificação e caracterização físico-química e energética de resíduos proveniente de


processos agrícolas como a casca do coco, o bagaço de cana de açúcar e a casca da mandioca,
além de espécies como a madeira de eucalipto, madeira de sabiá e o capim elefante para produção
de biocombustíveis, desenvolver comparações quanto suas propriedades especificas para fins
energéticos.

3. METODOLOGIA

3.1. Moagem dos Resíduos

Os resíduos agrícolas analisados, foram a casca do coco, o bagaço da cana e a casca da


mandioca, e as espécies como as madeiras de eucalipto e sabiá e o capim elefante, foram
coletadas na região do Estado de Alagoas, onde estas biomassas fazem parte da cultura do plantio
do Estado. Com a redução da umidade por exposição ao sol até atingir índices de umidade para
serem triturados em uma forrageira localizada na UFAL. Com as biomassas trituradas, realizou-
se a análise Granulométrica, segundo a Norma da ABNT NBR 6923, usando um equipamento da
BERTEL/SOLOTEST, que consiste em pôr o material triturado em um jogo com 5 peneiras, de
20, 40, 70, 140 e 270 ABNT/ASTM (20, 35, 65, 150 e 270 MESH) acopladas a um sistema
vibratório, para sua classificação.
3.2. Análise Imediata

A análise imediata fornece as frações, em peso, de umidade, voláteis, cinzas e carbono


fixo de uma biomassa. Para esta análise foi utilizado a norma americana ASTM (E – 870-82)
especifica para analises de biomassas e resíduos. Onde seguiu-se o procedimento e os materiais
citados abaixo:

Estufa com temperatura de 110ºC da marca MedClave, balança analítica de marca


SHIMADZU, dessecador, cadinhos de porcelana (6 unidades) e mufla com capacidade de atingir
1000ºC, de marca EDG.

Determinação do teor de umidade: A análise de umidade é realizada através do método


de secagem (ASTM D-3.173), nesse método as amostras são secas em uma estufa com
temperaturas entre 104 e 110ºC, até atingir massa constante. Onde o teor de umidade é definido
como a massa da água contida em uma amostra.

Os cadinhos e suas tampas foram colocados na estufa a 110ºC por 1 hora, para
eliminação de contaminantes e de sua umidade. Após esse tempo eles foram colocados no
dessecador por 30 minutos para atingir a temperatura ambiente para serem pesados junto com
suas tampas.

Com os cadinhos já sem umidade e com a temperatura adequada foram preenchidos com
¾ de biomassa, logo foram pesados. Os cadinhos destampados já preenchidos foram colocados
na estufa por 2 horas a 110ºC. Após esse tempo foram colocados tampados no dessecador por 30
minutos. Logo após pesagem, foram colocados novamente na estufa até atingir massa constante,
para determinação da massa final. O tempo de secagem vária de acordo com a amostra residual.
O teor de umidade foi determinado segundo a Equação 1.

(1)

Onde: = massa inicial, em grama; = massa final, em grama.

Determinação do teor de materiais voláteis: O teor de voláteis é determinado fazendo a


amostra atingir 850ºC em uma mufla por 6 minutos (ASTM D-3.175), definido como a fração da
amostra que é liberada na forma de gases quando aquecida a altas temperaturas. Com as amostras
já sem umidade, foi possível a determinação do teor de voláteis. Seguindo o procedimento:

Aquecer a mufla a 850ºC, com a temperatura atingida os cadinhos foram retirados do


dessecador e colocados tampados, individualmente, na mufla por 6 minutos. Com o tempo
atingido a mufla foi desligada para que atingisse 200ºC para retirada do cadinho. Após esse
tempo foram colocados tampados no dessecador por 1 hora para esfriarem e pesados para
determinação da massa final. O teor de voláteis foi determinado segundo a Equação 2.
(2)

Onde: = massa amostra seca (inicial), em g; = massa carbono + cinzas (final), ao retirar da
mufla, em g.

Determinação do teor de cinzas: A fração de cinzas é determinada aquecendo-se a


amostra a 750ºC por 2 horas (ASTM D-3.174), definido como o resíduo inorgânico que
permanece após a queima da matéria orgânica. Com as amostras já sem umidade, os cadinhos
destampados, foram colocados na mufla fria, aqueceu-se lentamente até 750°C e manteve nessa
temperatura durante 2 horas. "Seguindo o procedimento de aquecimento apresentado na Tabela
1”.

Tabela 1 – Rampa de Aquecimento


Temperatura (°C) Tempo de aquecimento (Min.) Rampa de aquec. (°C/Min.)
0-500 °C 60 8
500-750 °C 60 4

Foram colocados no dessecador e tampados, durante 1 hora. Logo em seguida foram


pesados. O teor de cinzas foi determinado segundo a Equação 3.

(3)

Onde: massa de cinzas (final), ao retirar da mufla, em g; = massa amostra seca


(inicial), em g.

Determinação do carbono fixo: O carbono fixo é determinado a partir da fração restante


de massa, após a determinação de voláteis e cinzas, ou seja, é a quantidade de carbono que
sobrou após a queima, perdendo todas as substancias que volatilizaram e que não é cinzas.
Determinado por diferença, como mostra a Equação 4.

(4)

Onde: = massa carbono + cinzas (final), ao retirar da mufla, em g; massa de cinzas


(final), ao retirar da mufla, em g; = massa amostra seca (inicial), em g.
Determinação do poder calorífico: O poder calórico superior foi determinado utilizando o
método da bomba calorimétrica, a qual determina a quantidade de calor liberada pela combustão
da biomassa com oxigênio. IKA C200 foi a bomba calorimétrica utilizada.

O material utilizado consiste em uma bomba calorimétrica completa, com sistema de


ignição, cilindro de oxigênio puro (99,95%) com pressão a 30 bar, cadinho e um fio de algodão.

O método de cálculo da bomba é baseado na variação da temperatura da água no tanque,


durante a combustão da amostra, logo utiliza-se aproximadamente 2 litros de água que devem ser
colocados no tanque da bomba, então quando inicia o processo a água é direcionada ao redor do
vaso. Após um tempo estimado de 17 minutos, o resultado do poder calorífico superior é exposto
na tela digital da bomba em J/g. O poder calorífico inferior é determinado a partir do poder
calorífico superior e do teor de umidade, a diferença entre os dois valores (PCI e PCS) é
exatamente a entalpia de vaporização da água formada na combustão da água presente na
amostra. Em processos industriais, a altas temperaturas, a água encontra-se na forma de vapor,
logo a entalpia de condensação da água não se encontra acessível para aproveitamento de calor.
Os resultados para os PCI podem ser encontrados através da Equação 5.

(5)

– Calor latente de condensação da água: 2257,2 J/g


– Massa de Água

4. RESULTADOS

A partir dos estudos acima citados, foi possível a obtenção dos resultados demonstrados a
seguir. “Os dados da análise imediata e do poder calorífico obtidos em laboratório, para a casca
de mandioca, fibra do coco, o bagaço de cana-de-açúcar, madeira de eucalipto, capim elefante e
da madeira de sabiá estão apresentados abaixo nas Tabelas 2 e 3”. Para cada resíduo foram
realizadas 4 repetições para análise imediata e 3 para o poder calorífico, tendo os resultados
separados por biomassa.

4.1. Análise Imediata

Seguindo a metodologia e suas normas os resultados “estão apresentados na Tabela 2”.

O teor de umidade é representado pela quantidade de água contida na amostra antes de


passar pelo processo de secagem, em se tratando de amostras para geração de energia, não é
interessante um alto valor deste parâmetro. Por exemplo, para geração de gás de síntese em um
gaseificador, é necessário um teor de umidade abaixo de 10%, pois amostras muito úmidas
causam danos nos equipamentos devido à grande formação de alcatrão (GARCIA,2013). Visto
que a madeira de eucalipto teria em média 9% de umidade, seria interessante para a geração de
gás de síntese, enquanto que o Capim Elefante com 68% de umidade teria que passar por um
processo de secagem, encarecendo o processo.

Tabela 2- caracterização físico-química das biomassas


Biomassa Umidade (%) Materiais Voláteis (%) Cinzas (%) Carbono Fixo (%)
Casca de
15,82 ± 0,43 75,27 ± 0,35 7,47 ± 0,45 17,22 ± 0,19
Mandioca
Fibra do Coco 17,15 ± 0,18 77,51 ± 0,63 4,45 ± 0,30 18,03 ± 0,91
Bagaço da
Cana-de- 11,35 ± 0,24 86,14 ± 0,49 4,54 ± 0,25 9,31 ± 0,43
açúcar
Madeira de
9,35 ± 0,19 79,52 ± 0,44 0,6 ± 0,02 19,85 ± 0,42
Eucalipto
Capim
68,50 ± 0,34 71,51 ± 0,18 9,17 ± 0,11 19,31 ± 0,10
Elefante
Madeira de
16,77 ± 0,23 88,99 ± 0,41 1,01 ± 0,11 10,41 ± 0,61
Sabiá

A maior parte das fábricas de cerâmicas utiliza a madeira como energia para os seus
fornos, contribuindo para o desmatamento de arbustos. Uma boa alternativa é a utilização da
casca de coco para servir de combustível para esses fornos. Na indústria convencional do coco
maduro, a casca de coco é largamente utilizada como combustível para as caldeiras. Já no caso do
fruto imaturo, o alto teor de umidade presente na casca dificulta seu aproveitamento direto,
exigindo uma etapa prévia de secagem que somente é considerada economicamente viável para
produtos de alto valor agregado (Silva et al, 2003).

O teor de matérias voláteis é definido como a fração da amostra que é liberada na forma
de gases quando aquecida a altas temperaturas, ou seja, quanto maior esse parâmetro maior a
geração gás combustível. A madeira de sabiá apresentou em média 88% e o bagaço de cana 86%
de voláteis, resultado bastante satisfatório.

O teor de carbono fixo é o carbono que permanece na amostra após passar por uma
queima, representando o tempo de queima da amostra. A madeira de eucalipto e o capim elefante
apresentaram os maiores teores de carbono fixo, com médias de 19%, representado um longo
tempo de queima. O bagaço de cana apresentou o menor teor de carbono fixo com apenas 9%.

O teor de cinzas, é definido como o resíduo inorgânico que permanece após a queima da
matéria orgânica. A madeira de eucalipto apresentou o menor teor de cinzas em média 0,6%.
Resultado muito importante, pois a geração de resíduos é mínima e com estudos rebuscados
ainda poderá ser aproveitada.
4.2. Poder Calorífico

Os resultados de poder calorífico superior e inferior para os resíduos agrícolas do


presente trabalho são apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 - poder calorífico superior e inferior das biomassas


Biomassas PCS (MJ/kg) PCI (MJ/kg)
Casca de Mandioca 14,22 13,86
Fibra do Coco 18,76 18,37
Bagaço de Cana 17,73 17,48
Madeira de Eucalipto 19,19 18,97
Capim Elefante 15,63 14,09
Madeira de Sabiá 18,32 18,06

A madeira de eucalipto apresentou o maior poder calorífico superior e inferior,


representado uma maior quantidade de calor liberada durante a combustão desta biomassa. A
fibra do coco, a madeira de sabiá e o bagaço de cana também apresentaram um alto poder
calorífico, porém o alto teor de umidade da fibra do coco reduz seu poder calorífico inferior. O
capim elefante e a casca de mandioca apresentaram os menores valores para o poder calorífico e
em particular o capim elefante devido a seu alto teor de umidade apresentou um baixo poder
calorífico inferior. Tratando de poder calorífico a madeira de eucalipto aparece em destaque,
visando um bom resultado para a geração de energia.

Em vista dos argumentos apresentados podemos verificar que com relação ao teor de
materiais voláteis a madeira de sabiá se destacou gerando assim mais gases durante a combustão,
com relação ao poder calorífico superior a fibra de coco e a madeira de eucalipto obtiveram um
valor alto com relação as outras biomassas, gerando maior quantidade de calor, característica de
fundamental importância para a produção de energia.

5. CONCLUSÃO
Em vista dos argumentos apresentamos podemos verificar que são diversas as
comparações entre as biomassas e suas características para fins energéticos, por isso são diversos
os incentivos às pesquisas para desenvolvimento de biomassas com baixos custos de produção,
menor tempo de colheita, afim torna-las competitivas e vim a complementar a matriz energética
atual. A madeira de eucalipto obteve menor umidade 9,35%, enquanto o capim elefante foi o
mais elevado 68,5%, o seu uso fica comprometido, necessitando de equipamentos para secagem.
O teor de cinza mais baixo foi encontrado para a madeira de eucalipto, 0,6%, representando uma
melhor queima, também apresentou maior poder calorifico inferior, 19,97 MJ/kg. O menor poder
calorifico inferior foi obtido para casca de mandioca 13,86 MJ/kg.

6. REFERÊNCIAS
ALVES, D. A. de H. Avaliação do potencial energético de resíduos de produção agrícola
provenientes do beneficiamento da mandioca e do milho. 2013. Tese para obtenção do
grau de mestre em Engenharia Química – Universidade Federal de Alagoas, Maceió,
2013.

ENERGIAS RENOVÁVEIS DO BRASIL, Florestas de Eucalipto e Outras Biomassas como


Fontes Alternativas de Energia. Disponível em:www.erbrasil.com.br. Acesso em: 10 de
maio de 2016.

ESTEVES, M. R. L. Estudo do Potencial Energético e Aproveitamento das Cascas de Coco


Verde para Produção de Briquete em Maceió -AL. 2014. Dissertação de Mestrado para
obtenção do grau de mestre em Engenharia Química, Universidade Federal de Alagoas,
Maceió, 2014.

GARCIA, R. Combustíveis e Combustão Industrial. Brasil: Editora Interciência, 2013. 2ª edição.


2013.

SANCHÉZ, C. G. Tecnologia de Gaseificação de Biomassa. Campinas, São Paulo: Átomo, 2010.

SALOMON, K.R., SANTOS, A. M. de J., MARTINS, K. A., SOUZA, J. E. A., AMORIM, E. L.


C., BARBOZA, A. R., MENEGHETTI, S. M., 2014. Atlas de Bioenergia de Alagoas.
Maceió: EDUFAL, 201.

SILVA, O. S. de O, COSTA, W. M, SILVA, R. M. L, VIANNA, F. M. A, LIZNANDO, C. G..


Aceitabilidade de produtos para a construção civil produzidos a base de fibra de coco na
visão de especialistas do setor: Um estudo de caso para a cidade de Natal. Natal, UFRN,
2003.

SOUZA, J.E.A., PAES Filho, F.de A., Da SILVA, B. P.C., TENÓRIO, N.V.N., De SOUSA, F.J.,
De Almeida, R.M., MENEGHETI, M.R., BARBOZA, A.S.R. and MENEGHETI, S.M.P.,
2011.“Biomass residues as fuel for the ceramic industry in the state of alagoas: Brazil”.
Waste Biomass Valor. DOI 10.1007/s12649-011-9100-8. 2011

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