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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Filosofia da Ciência

2018.2

A MELHORIA GENÉTICA DO HOMEM

Michel Willian Cler da Silva

Niterói

09 de Outubro de 2018

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1. INTRODUÇÃO

O texto trás a discussão a percepção de um pensamento ético sobre a melhoria genética do


homem e seus dilemas morais. Tem o objetivo principal de através de um contexto reflexivo
explorar a melhoria genética como é realidade hoje e o seu mais amplo desenvolvimento ainda
por vir. Com o intuito de questionar e talvez propor dilemas éticos para o gerenciamento ou até
limitação de um ser humano aperfeiçoado a um corpo e uma mente sem mais limites.

2. CORPO DO TEXTO

Desde Aristóteles o homem compreende que a satisfação através de uma vida boa está
ligada a oportunidade de executar da melhor forma possível as suas habilidades. Nesse mo-
mento então é preciso que alguns processos sejam percorridos para o encontro da Eudaimonia,
do grego, felicidade. Esse processo começa com passos investigativos, com a intenção de en-
contrar as inclinações do próprio ser, com a ideia que tudo tem seu lugar no cosmo. Assim,
Neymar nasceu para jogar bola, Kant para pensar e Michael Phelps para nadar. No entanto, e
se todas essas sementes tivessem sido lançadas em solo infértil, não gerando a possibilidade de
florescer suas habilidades?
Pensar em melhoria genética é começar pensando que poderíamos eliminar limitações fí-
sicas e psicológicas que seriam como esse solo infértil, eliminar toda a possibilidade de não
sermos o que estamos inclinados a ser, até chegarmos ao ponto de nos tornamos não o que
Aristóteles acreditava, alguém com um lugar pré definido, mas alguém que poderia ocupar
qualquer lugar que quisesse, ser quem quisesse. Parecer com o que quiséssemos, viver por
quantos anos além do que se espera que se viva, aprender mais fácil, ter uma performance
fisicamente melhor, não adoecer e acima de tudo ter o controle da própria existência de maneira
quase que completa.
Pensar que isso é uma busca de ficção é fechar os olhos para a realidade que experiencia-
mos diariamente, com uma busca pelo nariz perfeito ou o antibiótico mais eficaz, está tudo
dentro da mesma caixa de pensamento. A vida deve ser boa se pudermos alterarmos as condi-
ções de vida através do aperfeiçoamento de nossas limitações ou até simplesmente de nossa
visão estética. Qual é o limite entre controle e determinismo? Qual á a base que tomaremos
como ética? Essas são perguntas que já seriam perturbadoras se refletíssemos de forma sincera
sobre as buscas da melhoria genética no contexto atual, se ampliássemos a ideia, a tecnologia e
o objetivo da melhoria genética, como pensaríamos a ética?

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Uma identidade que é construída através de processos de lapidação e perscrutação do ser
pode ser construída em cima da mesma base sólida caso não acha necessidade do trabalho de
desenvolvimento? Talvez sejam as limitações que nos lembrem de ser éticos, talvez sejam as
limitações que aprimorem o caráter e a cosmovisão do mundo, da sociedade e do seu funciona-
mento.
As questões éticas dentro de um processo de melhoria completa da genética humana, entra
com questionamentos que nascem dentro do próprio processo cientifico de aprimoramento ge-
nético, pais com deficiências podem exigir que seus filhos sejam geneticamente modificados
para terem as mesmas deficiência e assim conseguirem teoricamente mais conexão e facilidade
de comunicação através do entendimento na necessidade que era individual, mas que enfim se
torna coletiva?
A ideia de lapidar o ser humano está sempre ligada a questão que diz respeito a que maneira
e com que propósito lapidaremos. A ferramenta em si não trás desafios éticos, mas a teleologia
da mesma, isso sim é um processo desafiante ao pensamento. Veja Einstein ao descobrir o
processo de transformar matéria em energia, com a intenção de fornecimento de energia quase
que ilimitado, conseguiu infelizmente, ser apenas o instrumento para uma bomba catastrófica.
Quem não deseja ser mais inteligente, mais fortes, mais hábil, mais viril, mais belo? Essa
é uma continua busca do processo da humanidade. O que é a ciência se não o desenvolvimento
de meios para nos tornamos melhores? No entanto, se reduzimos a satisfação do aprimoramento
aos processos, será que não existe em nós um desejo que provém da capacidade de obter de
formas meritocráticas. Eu acredito que ou louros da conquista provém grande parte da sensação
da recompensa pelo esforço da conquista. Olhar para suas habilidades e entender que elas lhe
foram cedidas por um processo de aprimoramento genético é quase como olhar para si como se
olha para uma pintura. Por mais que as pinturas de Van Gogh fossem incríveis o valor delas
não esta na estética do quadro, mas nas mãos de Van Gogh. Nós ao desejarmos ser melhores
não queremos ser o quadro, mas sim as mãos que o pintam.
Se todos fossemos o melhor, seriamos todos medíocres. E ai o sistema hierárquico que
habitamos iria ruir, isso é necessariamente bom? Eu acredito que exista uma necessidade por
trás da hierarquia, necessidade que talvez desaparecesse caso fossemos todos capazes de alcan-
çar as mais altas potencialidade de maneiras equitativas, mas na biologia é possível encontrar
esse processo em Lagostas. Lagostas não só tem hierarquia como também permutam em seus

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locais hierárquicos, isso tem a ver com, supostamente, com suas capacidades de produzir Sero-
tonina. Lagostas ficam eretas, de forma a fazer com seu sistema produza mais serotonina, curi-
osamente as lagostas que tem capacidade de produzir mais Serotonina estão em níveis mais
altos na hierarquia. É obvio que não somos lagostas, mas produzimos Serotonina em um sistema
muito similar, com efeitos quase que idênticos e também vivemos em um sistema hierárquico.
O que isso nos diz sobre a existência? Que seja talvez a diferenciação necessidade fundamental
para a coexistência.
Se o Santo Graal da genética fosse alcançável e clones pudessem ser produzidos. O con-
ceito de existência é aplicado a ele ou se torna um objeto de uso com propriedade? Se torna um
escravo? A história prova que o homem só precisa de homens disponíveis para torna-los escra-
vos, isso não tem relação com sua cor, classe o origem. Brancos escravizavam brancos na Eu-
ropa por séculos antes do primeiro negro ter sido levado ao hemisfério ocidental. Asiáticos
escravizavam Asiáticos e Europeus e ainda hoje no note da África negros escravizam outros
negros.
É a identidade, persona, do individuo que o torna um ser ou é apenas o fato de existir que
merece ser validado como digno da vida e de seus direitos? O clono seria uma peça descartável?
Esses processos de critica ética nascem juntos com a evolução do aprimoramento genético. É
imprescindível que haja uma reflexão critica sobre a ética por trás do uso da ciência desse pro-
pósito. Não há quem tenha vivido essa realidade, assim não há quem tenha pensado de maneira
critica sobre as melhores maneiras de se conviver com a ideia de que os limites humanos pos-
sam ser manipulados e obviamente usados a propósitos desconhecidos, assim, o que garante
que não haja um exército de super soldados.
Hitler foi um homem acima da média, atrocidades humanas a parte, o líder do movimento
nazista convenceu boa parte do país através de retórica. Suas ideias podem ser claramente vistas
como fracassos lógicos e éticos, mas mesmo assim ele foi capaz de fazer com que homens
decidissem morrer por elas e até matarem e torturarem de forma desumana por elas. Consegue
imaginar mais homens com o intelecto de Hitler? Com sua capacidade de convencimento? Con-
segue imaginar que Martim Luther King Jr. poderia usar sua habilidade de direcionar multidões
não de forma pacifica, mas em forma de guerrilha? O mundo com certeza seria outro e prova-
velmente não melhor. É esse o terror que cerca o aprimoramento genético em termos de moral.

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A moral não pode ser desenvolvida em laboratório, ou pelo menos parece que não. Se todas
as habilidades podem ser desenvolvidas, qual a regulação do uso dessas habilidades? Que fer-
ramentas posso usar para medir o objetivo moral daquele que tem a habilidade de convencer
uma nação através do discurso? Milhões e milhões são investidos no aprimoramento de armas
e tecnologias de guerra, esse é hoje o caminho que a ciência permite. Desenvolver as ferramen-
tas que os soldados usam, afim de garantir melhor proveito das ações em que essas ferramentas
estejam envolvidas. Assim sendo, o que garante que aquele que usa as ferramentas não se torna
a ferramenta?
A ausência de relatos e pensamentos filosóficos sobre a ética dessa postura, nos trás o
desafio de sentar e criticar as possibilidades das ações provindas do aprimoramento genético,
das suas implicações morais e acima de tudo na sua influencia psicológica sobre aqueles que
passarem por esse processo antes mesmo de terem o direito de decidir sobre si.

3. CONCLUSÃO

Fica claro que é então essencial que o desenvolvimento do pensamento ético acompanhe
na mesma velocidade o crescimento da habilidade aprimorada, seja ela do corpo ou da psique.
É cada vez mais desafiante pensar que a ética corre em passos lentos ao se desenvolver enquanto
o mundo corre como uma lebre veloz em busca dos aprimoramentos dos seus sistemas, sistemas
esses que pertencemos e formamos. No entanto ainda fico receoso de acreditar que o aprimo-
ramento das partes do sistema signifique indiretamente que o sistema seja assim aprimorado,
pois a vertentes que não podem ser medidas, seja na ciência biológica ou na matemática. Há
fatores que não podem ser aferidos e colocados em tabelas, como a moral e o funcionamento
social.
Seja qual for a régua que a ética usará para delimitar aquilo que desejamos tornar ilimitado,
estou convencido de que haja a necessidade de solo firme para limitar a queda. Do ponto de
vista de um precipício, cair é estar livre. Liberdade causa vertigem e nem todos tem o amadu-
recimento moral para pisar em degraus invisíveis.

4. BIBLIOGRAGIA

EBERL, Jason T. Star Trek e a Filosofia, A ira de Kant.

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