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NÍVEL MÉDIO
SUMÁRIO
DEFINIÇÃO ........................................................................................................................................................... 3
OBJETIVOS DA HERMENÊUTICA............................................................................................................................ 3
CÂNON .................................................................................................................................................................. 4
CRÍTICA TEXTUAL ................................................................................................................................................ 4
CRÍTICA HISTÓRICA ............................................................................................................................................. 4
RELAÇÃO DA HERMENÊUTICA COM OUTROS CAMPOS DE ESTUDO BÍBLICO............................ 4
ÁREAS DA TEOLOGIA: .......................................................................................................................................... 4
A HERMENÊUTICA ESTUDA O CONHECIDO ........................................................................................................... 5
NECESSIDADE DA BOA HERMENÊUTICA ............................................................................................................... 5
BLOQUEIOS À COMPREENSÃO ESPONTÂNEA DA BÍBLIA ................................................................... 6
1º - HISTÓRICO ..................................................................................................................................................... 6
2º - CULTURAL ..................................................................................................................................................... 6
a) Costumes ..................................................................................................................................................... 6
b) Pensamento Popular ................................................................................................................................... 6
3º - LINGÜÍSTICO (HEBRAICO, ARAMAICO E GREGO)............................................................................................. 7
O CONCEITO BÍBLICO DE INSPIRAÇÃO .................................................................................................... 7
(1) A UNICIDADE DA BÍBLIA ................................................................................................................................ 8
1 - Origem Divina ............................................................................................................................................ 8
2 - Dimensão Humana ..................................................................................................................................... 8
A QUESTÃO DA INERRÂNCIA BÍBLICA ...................................................................................................... 9
03-HERMENÊUTICA BÍBLICA 1
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03-HERMENÊUTICA BÍBLICA 2
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HERMENÊUTICA BÍBLICA
Definição
• Hermenêutica é a arte da interpretação da linguagem.
Objetivos da Hermenêutica
• O objetivo principal é tornar o autor um contemporâneo do leitor, aproximando
este à compreensão da mesma época em que o texto foi escrito.
• Esclarecer tudo que haja de “obscuro”.
• Tornar o assunto compreensível (2Pedro 3:15 e 16).
• É possível dizer a verdade de “forma” errada.
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Ver se o texto é o melhor em grego ou hebraico, o mais próximo ao original. Quando foi
escrito? Porque foi escrito? Quem foi o autor? Para quem ele escreveu? Depois de definir os
aspectos históricos, chegamos à exegese. De uma correta exegese depende a correta
“teologia”.
CÂNON
Não nos compete mais a pesquisa para determinar os livros canônicos (inspirados).
Existem muitos livros inspirados que não foram incluídos no cânon bíblico pelo fato de
se tratarem de problemas específicos para aquela região, igreja ou pessoa.
Ex.: I Cor. 5:9; Col. 4:16
Crítica Textual
É a ciência que estuda as possíveis mudanças que ocorreram com o texto bíblico.
- Pergunta básica: como foi escrito?
Crítica Histórica
É aquela que estuda os fatos históricos envolvidos com o texto.
- Perguntas básicas: Quem escreveu? Para quem escreveu? Em quais circunstâncias?
Áreas da Teologia
Bíblica - Limita o estudo a um livro ou um grupo de livros. Ela focaliza o livro em si.
Sistemática - Pega um tema bíblico e busca em toda a Bíblia para ver o que se fala sobre
esse tema. Focaliza o tema.
Exemplos:
• O problema do sofrimento humano no livro de Jó (Teologia Bíblica).
• O problema do sofrimento humano em toda a Bíblia (Teologia Sistemática).
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• Neste exemplo, vemos que a Teologia Sistemática não fica limitada à situação
de Jó, apenas, mas vê tudo o que Deus mostrou sobre o sofrimento humano.
b) Lucas 24:27
• Os discípulos estavam deprimidos por não interpretarem devidamente as
profecias messiânicas
• O próprio Senhor Jesus reconheceu a necessidade de se explicar as Escrituras.
• “Expunha-lhes” - diermeneuo (diermeneuo).
• Jesus fez “hermenêutica” com os discípulos.
c) II Tim. 2:15
• “Manejar bem a palavra da verdade”.
• Explorar bem e ensinar corretamente a Palavra da verdade.
• Paulo recomenda a Timóteo que “maneje” bem as Escrituras.
• Devemos entender bem e ensinar corretamente a Bíblia.
d) II Cor. 2:17
• “Mercadejando”.
• Falsificando, corrompendo, adulterando (kapeleuo - kapeleuo).
• Não devemos corromper nem falsificar as Escrituras.
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1º - Histórico
• Estamos largamente separados da época dos escritores bíblicos.
• A Bíblia cobre um período de cerca de 1.500 anos (de Moisés a João) – não
levando-se em conta as profecias para o tempo do fim.
• Com o tempo, muitos detalhes se perderam (melodia dos salmos, por exemplo).
• Quando compreendemos os fatos históricos, podemos compreender melhor os
fatos bíblicos (teológicos).
2º - Cultural
• Um dos bloqueios mais difíceis a serem transpostos.
• A nossa cultura (ocidental) é muito distinta da dos povos bíblicos.
• Cada um de nós vê aquilo que estamos condicionados a ver.
• O ideal é nos colocarmos em uma posição neutra.
a) Costumes
Gên. 15:2 - Foram achados documentos na cidade enterrada de Nuzu (ca. 2000 - ca.
1500 a.C.), que mostraram que o costume daquela época era adotar um filho quando não se
tinham filhos legítimos para herdar a herança. Se, porém, um primogênito nascesse, o
adotado passaria para segundo plano.
Gên. 31:34 - Ídolos do lar (no hebr. - Terafins), eram pequenos objetos que serviam
como “documentos” que comprovavam a posse das terras e propriedades. O que Raquel
roubou foi a “herança” de seu pai. Sendo assim, seu ato não estava muito ligado à religião
propriamente dita.
Prov. 22:28 - Marcos (limites) das propriedades das terras. O documento que garantia o
terreno, assim como a “escritura” de uma casa hoje em dia.
Deut. 22:5 - Naquela época, as roupas dos homens e das mulheres eram semelhantes, a
diferença estava apenas nas roupas íntimas. Muitos naquela época, assim como hoje, usavam
as roupas íntimas do sexo oposto por perversão (homossexualismo, principalmente).
b) Pensamento Popular
A maneira oriental de “pensar”, em alguns pontos, é totalmente diferente da ocidental.
Silogismo (ou dedução)- A análise de um argumento formal baseando-se na proposição
de uma premissa maior e de outra menor, as quais se verdadeiras levam à conclusão de que
determinado fato é verdadeiro. Silogismo é a estrutura do pensamento grego.
Exemplo:
* Premissa maior: “Toda virtude é louvável”.
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É por isso que não devemos fazer certas perguntas à Bíblia (por exemplo: Como foi a
fusão em Cristo - Humanidade + Divindade?), pois não é este o “objetivo” dos autores
inspirados do AT.
Mais do que o saber “teológico”, eles se preocupavam com a vivência prática da fé (cf.
Tiago 2)?
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1 - Origem Divina
II Ped. 1:20
• iniciativa, ímpeto, impulso.
II Ped. 1:21
• vontade, desejo, intenção (os profetas bíblicos não tiveram desejo nem iniciativa
para escrever as Escrituras Sagradas).
• ser levado, ser movido (usado na época para dizer o que o vento fazia com um
barco à vela: era levado, conduzido pelo vento). Do mesmo modo, os profetas
eram “movidos e conduzidos” pelo Espírito Santo (2Tim. 3:16).
2 - Dimensão Humana
a) - Linguagem
• A linguagem bíblica é humana.
• A linguagem não é mecânica, não é verbal, ou seja, Deus não ditou palavra por
palavra ao escritor inspirado.
• O profeta é preservado de erro quando se trata de uma doutrina.
• II Ped. 1:21 - Homens falaram.
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Aspectos:
Moral Físico
Cristo Santo Imperfeito
Bíblia Santa (Mensagem) Imperfeita (Linguagem)
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2º - A Bíblia é sem erro toda vez que fala sobre salvação e fé, mas pode possuir erros
em outros pontos.
Os liberais acreditam que a Bíblia é fruto da mente religiosa dos judeus.
Argumentos:
1) B. Warfield - artigo publicado em 06/04/1881
• A Bíblia é plena e completamente inspirada
• É inerrante em todas as matérias que toca
• É verbalmente inspirada
• Nenhum erro pode ser afirmado se não puder ser comprovado no texto original
Quando vamos à Bíblia, vemos que em momento nenhuma ela defende a sua própria
inerrância. O conceito da inerrância resulta de uma dedução “racional”, e não de um “Assim
diz o Senhor”. A Bíblia é perfeita, mas não é inerrante.
Outra analogia:
• Assim como Jesus foi divino-humano, e nunca cometeu pecado, também a
Bíblia é divino-humana e não contêm erro.
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Porém um texto qualquer pode não conter erros e não ser inspirado. Por exemplo:
podemos escrever uma redação sem erros, mas isto não quer dizer que fomos inspirados.
Exemplos de dificuldades na Bíblia:
a) Mateus 27:37 - (comparar com Marcos 15:26; Lucas 23:38; João 19:19).
• Mateus - “Este é Jesus o Rei dos Judeus”.
• Marcos - “O Rei dos Judeus”.
• Lucas - “Este é o Rei dos Judeus”.
• João - “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”.
Cada evangelista escreveu inspirado por Deus, mas da sua maneira peculiar.
• Ver também: Mateus 6:9-15 com Lucas 11:1-4 (Oração do Pai Nosso).
c) Levíticos 11:6
“A lebre, porque rumina, mas não tem unhas fendidas, esta vos será imunda”.
Obs: A lebre, na verdade, não rumina.
O importante não é se a lebre rumina ou não, mas o ponto central é que “o homem não
deve comer a carne da lebre”.
O fato de levar ou não o bordão, não muda o objetivo de Jesus, que era o fato de eles
“dependeram inteiramente de Deus”.
Um estava sendo mais preciso que o outro, mas isto não muda o cerne da mensagem
que era o fato de que “Pedro negaria a Jesus”.
Os profetas não estavam preocupados com os aspectos científico, histórico, geográfico,
etc, mas com uma mensagem espiritual.
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Na Bíblia:
• Erro é não estar de acordo com a vontade de Deus.
• Verdade é a vontade e Deus.
Preocupações Históricas:
• História Política - A Bíblia não se preocupa com isto.
• História Espiritual - A Bíblia se preocupa com esta história (Deus e Seu povo).
• A Bíblia só menciona fatos políticos quando estes têm que ver com a História
espiritual do Seu povo.
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Inerrância x Fidedignidade
• A Bíblia não é privada de erros como dizem os inerrantistas, mas é fidedigna em
sua mensagem central (cristológica e soteriológica).
• Hoje temos manuscritos (Mar Morto, por exemplo) mais antigos, iguais aos que
foram usados por Jesus. Cremos na Bíblia, pois cremos nos fatos da vida de
Jesus.
Nós, Adventistas do 7º Dia, não somos inerrantistas (os quais crêem que não há erros na
Bíblia e que ela é verbalmente inspirada) e nem liberais (que não crêem na inspiração da
Bíblia).
Cremos nos fatos bíblicos, mas sabemos que há erros na Bíblia, pelo fato de os homens
terem sido inspirados de forma especial. Como já vimos, não são erros no conteúdo, mas na
forma.
Jesus foi julgado no dia-a-dia pela Sua aparência exterior. Ele era fisicamente
imperfeito. Da mesma maneira, a Bíblia não foi dada por Deus com a intenção de ser um
super livro, uma enciclopédia universal de todos os assuntos.
O centro da Bíblia está na sua mensagem (João 3:16).
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Os profetas, assim como os ouvintes, tinham plena convicção de que a mensagem era de
origem divina. O próprio Jesus aceitou a autoridade do Antigo Testamento.
• Mateus 5:17-19
• Lucas 10:25-28; 16:19-31
(2) - Novo Testamento
Também repousa sobre a inspiração divina. Mas repousa também sobre a Pessoa de
Jesus, que também é identificado como a Palavra de Deus.
• Hebreus 1:1-2
• Mateus 15:6
• Lucas 5:1
• I Tim. 5:18 - Paulo cita um texto do AT e outro do NT (Lucas 10:7) e os coloca
no mesmo nível, chamando-os de “Escritura”.
• II Ped. 3:15-16
* O Antigo e o Novo Testamentos devem ser vistos como partes de um todo. Partes da
revelação de Deus, pois ambos têm a mesma origem - que é Deus.
Hebreus 1:1-2
1º - Unidade (entre o Antigo e o Novo Testamentos)
• A fonte é a mesma: Deus
• E Deus não muda
2º - Continuidade
• O Deus que falou muitas vezes voltou a falar em certo momento.
• As revelações progressivas de Deus formam um todo.
3º - Progressividade
• A revelação de Deus é progressiva; é crescente.
• Deus falou primeiramente através dos profetas.
• Depois falou através de Seu Filho Jesus, o que se tornou na revelação suprema.
4º - Diversidade
• Existe algo que une o AT e o NT.
• Mas existe também algo que os separa.
• No Antigo Testamento, Deus falou aos profetas de muitas maneiras.
• Os costumes eram diferentes, a linguagem era diferente, o tempo era diferente,
mas o Deus era o mesmo, a mensagem era a mesma (a salvação do homem).
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Ellen White afirma em Mensagens Escolhidas, vol. I, págs. 21-22 que o fato de os
profetas serem diferentes, enriquece o texto bíblico.
Outras citações:
Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 462-463.
“O Antigo Testamento derrama luz sobre o Novo Testamento e o Novo Testamento
sobre o Antigo Testamento (...) Tanto o Antigo Testamento como o Novo Testamento
apresentam verdades que revelarão continuamente novas profundezas de sentido ao ardoroso
investigador”.
O conceito católico no tempo de Lutero era de que a Palavra de Deus (ou seja, Sua
revelação) é formada por 2 elementos:
• Bíblia
• Tradições.
Diziam que a Bíblia era a Revelação de Deus acrescida das tradições dos homens.
“Elas (Escrituras - Bíblia) são a norma do caráter, o Revelador das doutrinas, a pedra de
toque da experiência religiosa” – Ellen White, O grande conflito, pág 7.
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Verificam-se dois extremos (que devem ser evitados) entre os Adventistas, com relação
aos escritos de Ellen White:
• Aqueles que rejeitam os escritos da senhora White, e sua autoridade como
profetiza.
• Aqueles que consideram os escritos da senhora White como uma segunda
Bíblia, como algo adicional ao Cânon bíblico.
Acreditamos que a irmã Ellen Gould White foi inspirada do mesmo modo dos escritores
bíblicos. Contudo, ela não substitui a Bíblia, e seus escritos não são qualquer acréscimo à
Bíblia. Vejamos o que ela mesma escreveu:
“A Palavra de Deus ... [é] ... a prova de toda inspiração” - Idem, pág. 8
“As Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua
vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da
experiência religiosa” - Idem, págs. 7 e 8.
Nenhuma das doutrinas Adventistas do 7º Dia está baseada em alguma outra fonte que
não seja a Bíblia Sagrada.
Ela mesma disse depois que, durante as reuniões, sua mente estava embotada e ela não
podia participar e contribuir com nada a não ser quando estava em visão.
2ª Vinda de Cristo
• Guilherme Müller, Josué Himes, Carlos Fitch, José Bates, etc.
Santuário
• Hiram Edson, Crosion.
Sábado
• Preston, José Bates, Preble.
O propósito dos escritos de Ellen White é conduzir o povo à luz maior, que é a Bíblia.
Tempo Espaço
Bíblia Todos os tempos Luz Maior Todos os povos
E. G. White Tempo do fim Luz Menor Remanescente
Em Testemunhos Seletos, vol. 2, págs. 279-283, a irmã White fala sobre a relação entre
seus escritos e a Bíblia:
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Não temos o direito de explorar um texto fora do contexto e da idéia que o autor queria
expressar.
Neemias 8:1-8
- v. 8 - “Leram no livro..., claramente, dando explicações, de maneira que entendessem
o que se lia”.
- Dessa forma iniciou-se a ciência que nós hoje chamamos de “Hermenêutica”.
- Segundo a tradição judaica, Esdras é considerado o primeiro a usar a exegese. Foi ele
quem iniciou os “escribas” - sopherins (ele mesmo é considerado o primeiro escriba).
- Foi também neste período que surgiram as sinagogas.
- O templo era para serviços oficiais. A sinagoga era para serviços informais.
- Eram os escribas que ensinavam o povo sobre as Santas Escrituras.
- Copiaram zelosamente as Escrituras (também chamados “copistas”).
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3 – Alegórica.
O alegorismo surgiu na Grécia.
Homero e Hesíodo (escritores gregos), foram os responsáveis por toda tradição
mitológica grega.
Heródoto, Tales, Tucídides, começaram a usar o alegorismo para explicar os escritos de
Homero e Hesíodo.
Os estudos foram transferidos de Atenas para Alexandria.
Idéia Platônica
Como se fosse uma bola partida no meio.
• Parte de cima: Idéias (Deus, sobrenatural)
• Parte de baixo: Sombras (Homem, físico)
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Citações no Novo Testamento que lembram o Velho Testamento (mostrando que não
eram histórias “alegóricas” – fantasiosas):
• 160 citações diretas
• 4.105 alusões (citações indiretas)
A forma como os escritos do NT usam o AT, deve nos ensinar a maneira em que
devemos usar as Escrituras – como um todo, uma parte interpretando outra parte.
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Exegese Patrística
O alegorismo predominou desde o 2º século até à Idade Média. Foi o método que mais
durou na história cristã.
Os escritores bíblicos queriam mostrar que Jesus era o Messias. Então os judeus
começaram a interpretar o Antigo Testamento de maneira errada, usando o alegorismo para
provar que Jesus não era o Messias.
Na ansiedade de mostrar que Jesus não era o Messias, caíram no erro de alegorizar os
textos bíblicos.
Clemente de Alexandria
Alexandria – Era o berço do alegorismo grego.
Nessa cidade um personagem chamado Panteno fundou a Escola Catequética de
Alexandria.
Clemente foi o substituto de Panteno, sendo o segundo professor da escola.
Clemente foi o primeiro cristão a usar vastamente o alegorismo para interpretar o texto
bíblico. Ele era versado na filosofia grega.
Para ele, cada texto bíblico tem cinco sentidos:
• HISTÓRICO,
• DOUTRINAL,
• PROFÉTICO,
• FILOSÓFICO e
• MÍSTICO (alegórico).
Orígenes
Foi sucessor de Clemente.
Foi um gigante intelectual. Publicou obras apologéticas (de defesa da fé).
Cria ser a Escritura uma vasta alegoria na qual cada detalhe é simbólico.
Acreditava que o homem constitui de 3 partes:
• Corpo - sentido literal
• Alma - sentido moral
• Espírito - sentido alegórico ou místico.
Assim também as Escrituras se constituem de três partes.
Produziu a Hexapla – Bíblia em 6 colunas (Hebraico, Grego, Áquila, LXX, Símaco,
Teodócio), a maior obra respectiva à Bíblia produzida até hoje. Tinha 12 mil páginas e levou
trinta anos para ficar pronta.
Agostinho
Escreveu o livro “Cidade de Deus”.
Escreveu também o livro “A Doutrina Cristã”.
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Exegese Medieval
Neste período os teólogos não tinham muito conhecimento da Bíblia.
Valiam-se em grande parte das tradições e do alegorismo para explicar as Escrituras.
Foi uma época de pouca cultura e erudição. Poucas pesquisas foram feitas neste
período.
A fonte de doutrinas não era só a Bíblia, mas também as tradições.
Tentavam harmonizar as tradições com a Bíblia.
O método do alegorismo predominava, mas não havia só este método. Havia também o
misticismo.
Ex. Cabala - é um tratado religioso hebraico que propõe resumir uma espécie de
religião secreta que se supõe haver coexistido com a religião popular dos hebreus.
Kaballah vem de Kabbel = “Receber”.
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Exegese da Reforma
Lutero
Rejeitou o método alegórico.
Considerava a Bíblia um livro claro.
Ao romper com o método alegórico, valeu-se do método cristológico.
Separou textos do AT e NT que mencionavam ou se referiam a Cristo.
Um dos seus princípios foi a distinção entre Lei e Evangelho.
** Jogar fora a Lei é heresia.
** Jogar fora o evangelho também é heresia.
Deve haver uma harmonia entre a Lei e o Evangelho.
A lei mostra ao pecador a sua miséria.
A lei condena o pecador, mostra os pecados.
A lei condena porque ela é o caráter de Deus, e Deus não aceita o pecado. Deus condena
o pecado.
A lei nos mostra que precisamos de um Salvador para nos tirar da lama do pecado.
A lei nos mostra a cruz e nos conduz a ela.
A lei não pode nos salvar.
Quando o homem aceita a graça de Deus e a Jesus como Salvador (ou seja, quando ele
passa pela cruz) a lei começa a viver em seu coração.
Aquilo que o condenava agora não lhe condena mais.
A Lei condena o que está vivendo em pecado.
Se não estou mais vivendo em pecado, a Lei não me condena mais.
O caráter de Deus (a Lei) passa a viver em mim, no meu coração.
Calvino
Seguiu basicamente as mesmas linhas hermenêuticas de Lutero.
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Exegese Pós-Reforma
Confessionalismo
Concílio de Trento - dogmas da Igreja Católica.
A Contra-Reforma.
Os protestantes também firmaram suas doutrinas.
Pietismo
Surgiu em resultado ao confessionalismo. Era um retorno à antiga piedade bíblica.
Defendiam um verdadeiro estudo da Bíblia (fé, oração).
Racionalismo
Diz que a razão é a única coisa que pode governar o homem. Era uma filosofia.
Hermenêutica Moderna
O pai da teologia liberal, que aplicou os conceitos do racionalismo na teologia cristã, foi
Friedrich Schleiermacher (1768-1834). Ele via a Bíblia como um produto puramente
humano e, portanto, não se constituía em nenhuma norma de vida.
Religião Humanista
Deus é apenas mais uma experiência, um sentimento. O homem é agora o centro da
religião. Cada um pode ter a sua religião particular. Não há nenhuma autoridade externa.
Liberalismo
O liberalismo está constituído sobre três coisas:
• Não existe o sobrenatural (não existe Deus, pois Deus é um sentimento).
• A Bíblia é um livro puramente humano.
• A Bíblia deve ser interpretada baseada apenas em recursos humanos (do ponto
de vista humano).
Tudo que não é racional deve ser rejeitado. Vê-se nisto um processo evolutivo (lei do
mais forte). Ainda hoje há resíduos deste tipo de liberalismo.
Neo-Ortodoxia
É uma tentativa de aproximar os liberais e os conservadores (meio-termo). Diz que
Deus não Se revela em palavras. Portanto, a Bíblia não é a Palavra de Deus. Deus Se revela a
Si mesmo em Pessoa, ao homem. Para eles, a Bíblia é um testemunho de homens que
experimentaram um contato pessoal com Deus.
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Kar Barth
“A Bíblia é a cada passo a vulnerável palavra do homem”.
Emil Brummer
Pegou o pensamento de Bubber e aplicou a Deus. Sua teologia é conhecida como
“Teologia do Encontro”. Dizia que não devemos ver a Deus como uma “coisa”, mas como
alguém real. A Bíblia é o testemunho de homens que tiveram um encontro com Deus.
Martin Bubber
Filósofo e sociólogo alemão com sangue judeu. Para Bubber, a religião não tem nada a
ver com Deus. Ele diz que homens no passado tiveram esse encontro pessoal com Deus, e
baseados nesse testemunho pessoal escreveram a Bíblia.
AS DUAS VERDADES
Verdade Prescritiva
• É aquela que nos diz o que devemos fazer, uma prescrição.
• Exemplos: Idolatria, Sábado, Deus Criador, Salvação, Trindade, etc.
• Declaração explícita.
• Verdade repetida muitas e muitas vezes na Bíblia como um todo ou no mesmo
livro.
Verdade Descritiva
• Não são normas de vida para hoje, são simplesmente descrições.
• Exemplos: Véu na igreja, ósculo santo, mulheres caladas na Igreja, etc.
• Tiveram sua aplicação conforme a cultura local do autor e leitores originais.
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