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Aula 00

Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO) p/ MAPA


Professor: Cleverson Freitas

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VIGIAGRO para MAPA
Teoria e exercícios comentados
Prof. Cleverson Freitas – Aula 00

AULA 00: AULA DEMONSTRATIVA

SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 2
2. Cronograma 4
3. Curso 5
4. Concurso do MAPA 6
5. Fiscal Federal Agropecuário 8
6. Vigilância Agropecuária Internacional 14
7. Introdução ao Trânsito Agropecuário Internacional 19
8. Questões 30
9. Gabarito 0 32
10. Questões comentadas 33

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Prezados alunos (as),

É com grande satisfação que encaro este desafio no Estratégia


Concursos para a preparação dos médicos veterinários interessados na
carreira de Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento e cujo concurso já está autorizado, restando
apenas a divulgação do edital.

Farei o possível para auxiliá-los no aprendizado dos conhecimentos


acerca da Vigilância Agropecuária Internacional – VIGIAGRO, área não
muito conhecida pela maioria. Eu, por exemplo, só fiquei sabendo do que
se tratava durante as aulas do cursinho preparatório que realizei em
2006. Gostei bastante do assunto e tive a sorte de entrar na área
posteriormente. Hoje sou extremamente realizado por trabalhar no
VIGIAGRO!

Porém, antes de começar pra valer os estudos, preciso me


apresentar. Meu nome é Cleverson Freitas, nasci em Curitiba e sou
médico veterinário formado pela Universidade Federal do Paraná. Logo
que me formei comecei a trabalhar com nutrição animal, mas em pouco
tempo percebi que não era o que realmente queria para a minha vida.

Almejei o concurso público principalmente pela estabilidade que o


trabalho nos traz e decidi focar nos estudos. Por sorte não precisei
esperar por tanto tempo para publicação do edital do MAPA – já são
quase sete anos sem concurso - e em aproximadamente um ano de muita
dedicação consegui a minha sonhada vaga. Passei não somente no MAPA,
mas também em outros concursos estaduais na área de medicina
veterinária. Acabei optando pelo serviço federal, decisão da qual não me
arrependo até hoje. Tenho muito orgulho de servir ao meu país!

No edital de 2006, publicado pela Fundação José Pelúcio Ferreira


(parece-me que ela nem existe mais!), a distribuição das vagas foi por
estado. Optei pelo Amazonas devido ao relativo bom número de vagas e
também porque pensei que as notas seriam menores por lá. Acho que
muita gente pensou da mesma forma, afinal as notas também foram altas
e no fim das contas eu teria sido aprovado e classificado no Paraná, meu
estado de origem.

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Fazer o quê? Para mim o mais importante na época era ingressar no


MAPA, pouco importava o local. E por sorte ainda comecei trabalhando no
VIGIAGRO do Aeroporto Internacional de Manaus. Como será a
distribuição das vagas neste concurso? Você já parou para pensar onde
irá realizar a prova caso repitam o mesmo estilo de distribuição de vagas?

Como havia muitos FFAs veterinários e a demanda de processos por


lá não era grande acabei sendo removido no interesse da Administração
para o Aeroporto Internacional de São Paulo, o principal aeroporto do
hemisfério sul e com muito trabalho a ser feito. Foi lá que aprendi quase
tudo que sei sobre o VIGIAGRO. Apesar de a quantidade de processos não
ser tão grande como num porto, a variedade de animais e produtos de
origem animal importados e exportados é muito maior. Digo isso por
experiência própria, pois também trabalhei como força-tarefa nos portos
de Santos e de Paranaguá.

Fui Chefe do Serviço de Vigilância Agropecuária no Aeroporto de


Guarulhos em 2011 e atualmente trabalho no Aeroporto Internacional de
Curitiba, que engloba também a fiscalização em uma Estação Aduaneira e
nos Correios. Fora do MAPA também sou professor em outro curso
preparatório no formato de vídeo-aulas.

Caso queira saber um pouco mais sobre a minha carreira


profissional é só acessar meu perfil no Linkedin:
www.linkedin.com/in/clevbr

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CRONOGRAMA

O cronograma deste módulo do VIGIAGRO será o seguinte:

AULA ASSUNTO DATA


Aula Demonstrativa Apresentação e introdução 19/09/13
Aula 01 Glossário, estrutura e documentos 14/10/13
Aula 02 Fiscalização - importação e exportação 04/11/13
Aula 03 Controles especiais 25/11/13
Aula 04 Fiscalização de bagagens 16/12/13

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CURSO

Gostaria de explicar que o objetivo desta aula demonstrativa é


passar um pouco da metodologia que será aplicada nas outras aulas e
situar o aluno no contexto em que o VIGIAGRO está inserido dentro do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além da introdução
ao Trânsito Agropecuário Internacional.

Tentarei demonstrar os conceitos e normas do VIGIAGRO através


da legislação vigente, sempre atualizada, com comentários e
explicações, pois confesso que estudar este assunto não é nem um pouco
fácil, ainda mais pegando os Decretos e Instruções Normativas de forma
“nua e crua”. No dia a dia de trabalho é possível realizar consultas em
caso de dúvidas, mas infelizmente quem está se preparando para o
concurso muitas vezes precisa decorar as informações.

Para facilitar o estudo, sugiro que faça como diversos especialistas


em concursos públicos afirmam: pense que a matéria é sua amiga, que
ela vai te ajudar a conseguir a tão desejada vaga. Não a encare como um
obstáculo, senão seu cérebro realmente vai entender dessa maneira as
coisas ficarão mais difíceis.

De forma geral, a estrutura das aulas será a seguinte:

ESTRUTURA DAS AULAS DO CURSO


1. Introdução
2. Desenvolvimento (parte teórica)
3. Questões (para o aluno poder praticar sem olhar as respostas)
4. Gabarito das questões
5. Lista das questões comentadas

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CONCURSO DO MAPA

Agora vamos falar um pouco sobre o concurso público para o cargo


de Fiscal do MAPA. Em março deste ano foi publicada no Diário Oficial a
Portaria 74 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
destinando 172 vagas para a reposição de pessoal para o cargo de FFA.
Cabe lembrar que engenheiros agrônomos, farmacêuticos, médicos
veterinários, químicos e zootecnistas podem se candidatar. Embora a
distribuição exata de vagas não tenha sido definida, acredito que a maior
parte fique para os agrônomos e veterinários.

O número de 172 vagas é extremamente pequeno para repor o


quadro de pessoal. Só para se ter ideia, apenas em 2013 mais de 300
FFAs já se aposentaram. Assim, esperamos que mais pessoas possam
tomar posse numa eventual segunda chamada, a qual poderá ocorrer de
acordo com o prazo de validade do concurso e que será divulgado no
edital.

Ademais, especula-se que as vagas para os veterinários sejam em


sua maioria para as áreas de inspeção, laboratório e VIGIAGRO. Embora
pouco provável, também existe a possibilidade de o concurso ser dividido
pelas áreas de atuação, semelhante ao que aconteceu no edital de 2001.
Se isso realmente ocorrer poderá haver um direcionamento das perguntas
conforme a área escolhida. Ainda não sabemos como será, mas caso o
edital seja publicado durante a realização das aulas com certeza irei
trabalhar conforme o edital.

Um fator relevante para o estudo da Vigilância Agropecuária


Internacional é que de forma geral as bancas organizadoras gostam de
cobrar assuntos diferentes nos concursos, ou seja, tendem a não repetir
as questões de outras provas. Como as questões do VIGIAGRO não foram
muito abordadas nos concursos anteriores eu acredito que a chance
aumente agora.

Por falar em banca organizadora, no dia 26 de agosto de 2013 o


MAPA divulgou a instituição, a qual foi escolhida com dispensa de licitação
e que custaria mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos. A princípio seria
o IDECAN - Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e
Assistencial Nacional - www.idecan.org.br, mas devido às graves
denúncias de irregularidades (clique aqui para saber mais) a dispensa de
licitação foi revogada.

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Como o prazo final para a publicação do edital era até 18 de


setembro, o MAPA solicitou nova autorização, pois seria impossível
cumprir o prazo estipulado. Assim, o Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão autorizou novamente através da Portaria 327 a
realização de concurso público para o provimento de 172 Fiscais Federais
Agropecuários para reposição de pessoal e acrescentou 60 vagas para
substituição de terceirizados, revogando a Portaria anterior e dando mais
seis meses de prazo para a publicação do edital. Poxa vida, está na hora
de sair este concurso!

Apesar de o edital não estar disponível este curso terá como base
os editais anteriores - cujos concursos foram realizados em 2001, 2004 e
2006 - e abordaram de forma geral o VIGIAGRO. Iremos focar nos
assuntos relacionados à área animal, pois este curso é direcionado aos
médicos veterinários. Evidentemente, caso existam alterações no edital
nós iremos abordar aqui no decorrer das aulas.

ATUALIZAÇÃO

Com a publicação do edital pela Consulplan, notamos que o edital continua o


mesmo para o VIGIAGRO, constando ainda como Vigilância sanitária
internacional (a diferença para Vigilância Agropecuária Internacional é que não
envolve a parte agro, ou seja os assuntos relacionados à área vegetal). Assim,
todos os assuntos da área animal precisam ser estudados, pois o edital
permanece bem generalista.

O lado bom de começar a estudar antes da divulgação do edital é


que você sai na frente dos seus concorrentes. Boa parte das pessoas
começa a estudar para o concurso somente quando o edital é publicado,

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ainda mais no nosso meio veterinário, em que poucos se dedicam aos


cargos públicos, não é verdade? Aliás, muitos fazem o concurso só por
fazer, eles “meio” que querem passar, mas não se dedicam com empenho
aos estudos.

ATUALIZAÇÃO

Se você não tinha começado a estudar antes da publicação não fique tão
preocupado, pois como o período entre o lançamento do edital e a data da
prova é superior a três meses, há um bom tempo para recuperar o “tempo
perdido”. Mas lembre-se, você vai precisar se dedicar mais ainda!

No último concurso nenhuma questão específica do VIGIAGRO foi


cobrada, mas vale ressaltar que a Instrução Normativa que criou o
Manual do VIGIAGRO é de 10 de novembro de 2006 e as inscrições para o
concurso começaram no final de dezembro, ou seja, num intervalo de
tempo muito pequeno e que talvez tenha influenciado para a ausência do
assunto na prova.

Além disso, recentemente o VIGIAGRO tem recebido bastante


destaque na mídia, pois se considerarmos a importância do agronegócio
para a economia do país é de se esperar o reforço nas atividades de
vigilância agropecuária internacional para salvaguardar a saúde
animal, a sanidade vegetal, a saúde pública e o desenvolvimento
sócioeconômico brasileiro, em especial durante os grandes eventos,
quando o trânsito de pessoas e mercadorias é intensificado. Para
exemplificar, tivemos em 2013 a Jornada Mundial da Juventude, em 2014
a Copa do Mundo FIFA e em 2016 os Jogos Olímpicos.

Imagem publicada na página inicial do site do MAPA

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FISCAL FEDERAL AGROPECUÁRIO

Vamos falar um pouco sobre a carreira para a qual você irá prestar
o concurso, pois além da importância para verificar sua afinidade com o
cargo nada impede que seja cobrada uma questão específica da carreira
na prova. Posso dizer que o trabalho é bastante gratificante e com vários
desafios a serem enfrentados ao longo do tempo.

Para se ter uma ideia, em 2006 a remuneração inicial de um Fiscal


Federal Agropecuário era de aproximadamente R$ 4.741,87. Em 2014,
quando vocês tomarem posse (pensamento positivo!), o subsídio do FFA
será de R$ 12.539,38.

O cargo de Fiscal Federal Agropecuário é composto por profissionais


de nível superior com as seguintes formações: engenheiros agrônomos,
farmacêuticos, médicos veterinários químicos e zootecnistas. De acordo
com o Artigo 3º da Lei do Fiscal Federal Agropecuário – Lei 10.883/2004,
suas competências incluem:

I - a defesa sanitária animal e vegetal;

II - a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal e a


fiscalização dos produtos destinados à alimentação animal;

III - a fiscalização de produtos de uso veterinário e dos estabelecimentos


que os fabricam e de agrotóxicos, seus componentes e afins;

IV - a fiscalização do registro genealógico dos animais domésticos, da


realização de provas zootécnicas, das atividades hípicas e turfísticas, do
sêmen destinado à inseminação artificial em animais domésticos e dos
prestadores de serviços de reprodução animal;

V - a fiscalização e inspeção da produção e do comércio de sementes e


mudas e da produção e comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes,
estimulantes ou biofertilizantes destinados à agricultura;

VI - a fiscalização da produção, circulação e comercialização do vinho e


derivados do vinho, da uva e de bebidas em geral;

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VII - a fiscalização e o controle da classificação de produtos vegetais e


animais, subprodutos e resíduos de valor econômico e elaboração dos
respectivos padrões;

VIII - a fiscalização das atividades de aviação agrícola, no que couber;

IX - a fiscalização do trânsito de animais vivos, seus produtos e


subprodutos destinados a quaisquer fins, de vegetais e partes
vegetais, seus produtos e subprodutos destinados a quaisquer
fins, de insumos destinados ao uso na agropecuária e de materiais
biológicos de interesse agrícola ou veterinário, nos portos e
aeroportos internacionais, nos postos de fronteira e em outros
locais alfandegados;

X - lavrar auto de infração, de apreensão e de interdição de


estabelecimentos ou de produtos, quando constatarem o descumprimento
de obrigação legal relacionada com as atribuições descritas neste artigo;

XI - assessorar tecnicamente o governo, quando requisitado, na


elaboração de acordos, tratados e convenções com governos estrangeiros
e organismos internacionais, dos quais o País seja membro, nos assuntos
relacionados com as atribuições fixadas neste artigo;

XII - fiscalizar o cumprimento de atos administrativos destinados à


proteção e certificação de cultivares;

XIII - as demais atividades inerentes à competência do Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que lhes forem atribuídas em
regulamento.

Obviamente suas respectivas formações profissionais devem ser


respeitadas. Por exemplo, um FFA Farmacêutico não poderá atuar num
frigorífico para realizar a inspeção sanitária das carnes. No entanto,
veremos em aulas futuras que em casos específicos, como na
fiscalização do trânsito internacional de passageiros, um FFA
Médico Veterinário poderá realizar a retenção de um produto vegetal se
não houver a presença de um FFA Engenheiro Agrônomo, cabendo a este,
porém, o parecer final sobre a liberação ou apreensão do produto.

Assim, conforme o Sindicato da categoria – ANFFA Sindical, a


presença dos FFAs pode ser notada nas seguintes áreas:

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- Nos portos, nos aeroportos e nos postos de fronteira

Para garantir a segurança dos rebanhos e das lavouras


brasileiras contra as possíveis contaminações de animais, plantas
ou agrotóxicos vindos de outros países, os Fiscais Federais
Agropecuários realizam um rigoroso controle em portos,
aeroportos e postos de fronteira.

Desse modo, passa pela avaliação dos Fiscais Federais


Agropecuários todo e qualquer pedido de importação de sementes
e mudas destinadas ao plantio, animais para criação, assim como
os produtos e os subprodutos manufaturados de origem vegetal
==0==

ou animal para o consumo. Também passam pela inspeção e pela


certificação dos fiscais todos os produtos de origem vegetal e
animal exportados de nosso país, além de todos os insumos para a
agropecuária.

- Nos campos brasileiros

O trabalho dos fiscais inclui, entre outras atividades, a prevenção, o


controle e a erradicação de pragas e doenças; a inspeção de campos de
produção de sementes; a fiscalização de organismos transgênicos, de
produtos orgânicos, indicação geográfica, associativismo/cooperativismo e
a garantia à proteção de cultivares.

O trabalho preventivo leva os FFAs a monitorar safras e rebanhos;


fazer o registro de raças animais, bem como o registro genealógico de
animais; inspecionar mudas e plantas matrizes e inspecionar a produção
de sementes de acordo com padrões internacionais. Os Ficais Federais
Agropecuários também fazem o trabalho de inspeção do material de
multiplicação animal, como sêmen, embriões e ovos férteis.

- Nas empresas agropecuárias e agroindustriais

Passam pelos FFAs os registros e os credenciamentos de todas as


agroindústrias, entre as quais as empresas de bebidas; de produtos de
uso veterinário; de natureza farmacêutica, biológica e de embelezamento;
de alimentação animal; de aviação agrícola; produtoras de agrotóxicos e
afins; assim como as que produzem fertilizantes e corretivos agrícolas.
Estão sob o crivo dos fiscais todos os abatedouros, frigoríficos indústrias

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de pescado, laticínios e entrepostos de ovos e mel, e também as


empresas de classificação e padronização animal e vegetal; igualmente os
entrepostos de processamento de frutas; as empresas produtoras de
semente e mudas; as produtoras de embriões e sêmen; os laboratórios
de diagnóstico sanitário e fitossanitário; as distribuidoras de insumos
agropecuários; de sementes e mudas e o credenciamento de campos de
produção.

- Nos laboratórios

A atividade de fiscalização é coberta pelas análises laboratoriais que


garantem a classificação, a qualidade dos produtos e a segurança
alimentar, a saúde animal e vegetal e a qualidade dos insumos agrícolas,
como fertilizantes e sementes. Entre estas está o controle dos
medicamentos veterinários; as vacinas e os antígenos; os diagnósticos de
doenças vegetais e dos animais, como a febre aftosa, a gripe aviária e a
ferrugem asiática da soja; os produtos de origem animal e vegetal, como
carne, leite e café. Nos laboratórios busca-se também a detecção de
resíduos biológicos, tais como hormônios e resíduos químicos,
agrotóxicos, antibióticos e metais pesados. Avalia-se também a eventual
presença de toxinas em alimentos, como as micotoxinas, e a qualidade
das bebidas destinadas ao consumo. Preventivamente, analisam-se os
alimentos para uso animal, como as rações. Esta última providência, por
exemplo, é a principal barreira contra males como a encefalopatia
espongiforme bovina (doença da vaca louca) e outros. Os fiscais também
fazem o credenciamento e as auditorias de laboratórios públicos e
privados.

- Nos programas agropecuários

Um dos trabalhos mais importantes dos Fiscais Federais


Agropecuários está no planejamento, no acompanhamento e na gestão
das ações produtivas nacionais. Eles estão envolvidos nas atividades
vinculadas aos estoques reguladores e nas operações de compra e venda
de alimentação do governo federal; na orientação e na aprovação de
estabelecimentos, projetos e produtos; nos estudos, nas análises, nas
avaliações e nas vistorias; na aplicação do processo universal de controle
de qualidade; na emissão de pareceres; na elaboração e no
monitoramento de tratados e acordos internacionais.

- Nas cidades

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É trabalho dos Fiscais Federais Agropecuários o registro de


distribuidoras de produtos pecuários, o comércio de produtos vegetais
(embaladores, fracionadores e atacadistas), o comércio de fertilizantes,
corretivos, sementes e mudas.

- Nas relações internacionais

No último processo seletivo realizado pelo MAPA para a ocupação


dos oito postos de adidos agrícolas do Brasil no exterior, seis dos
selecionados são Fiscais Federais Agropecuários. Os adidos agrícolas
atuam como representantes do agronegócio brasileiro, identificando
mercados, divulgando os produtos nacionais e intermediando nossas
políticas agrícolas com os países onde estão instalados. Hoje, existem
sedes em Bruxelas, Buenos Aires, Genebra, Moscou, Pequim, Pretória,
Tóquio e Washington.

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VIGILÂNCIA AGROPECUÁRIA INTERNACIONAL

O VIGIAGRO foi criado pela Portaria nº 297 de 22 de junho de 1998


(atualmente revogada pela Instrução Normativa MAPA nº 36/2006)

– Art. 1º Criar o Programa de Vigilância Agropecuária Internacional -


VIGIAGRO, no âmbito de atuação da Secretaria de Defesa Agropecuária
desse Ministério, em concordância com o disposto no art. 22 da Portaria
n.º 134, de 31 de outubro de 1996.

– Art. 2º Compõem o Programa de Vigilância Agropecuária Internacional,


os Serviços e Postos de Vigilância Agropecuária, ligados às Delegacias
Federais de Agricultura, com atuação nos Portos, Aeroportos e nos Postos
de Fronteira.

Percebe-se que o VIGIAGRO é relativamente novo dentro do MAPA,


que já possui mais de 150 anos, portanto continua sendo regulamentado
e normatizado. Apenas como curiosidade, dentro do Ministério a maior
parte das pessoas diz “o” VIGIAGRO e fora de “a” VIGIAGRO. Tanto faz,
pois a pessoa pode estar se referindo ao Sistema, Programa ou Serviço
de Vigilância Agropecuária Internacional ou somente à Vigilância
Agropecuária Internacional.

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Em continuidade a sua normatização, em 2006 o Decreto nº 5.741


afirmou que são de responsabilidade do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento as atividades de vigilância sanitária
agropecuária de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos
para animais, produtos de origem animal e vegetal, e embalagens e
suportes de madeira importados, em trânsito aduaneiro e
exportados pelo Brasil.

Para auxiliar no cumprimento dessas atividades, o MAPA precisa


estabelecer e atualizar os requisitos sanitários e fitossanitários para o
trânsito nacional e internacional de animais e vegetais, suas
partes, produtos e subprodutos de origem animal e vegetal,
resíduos de valor econômico, organismos biológicos e outros
produtos e artigos regulamentados, que possam servir de substrato,
meio de cultura, vetor ou veículo de disseminação de pragas ou doenças.

Aqui cabe um adendo em relação à sanidade pesqueira e aquícola.


Com a criação do Ministério da Pesca e Aquicultura em 2009 muitas
atividades antes relacionadas ao MAPA foram transferidas ao MPA. O
estabelecimento dos requisitos sanitários era de responsabilidade do
MAPA, mas agora são determinados pelo MPA. De todo modo, a
fiscalização nos pontos de entrada e saída do país continua sendo
exercida pelo VIGIAGRO. Para saber mais do acordo de cooperação
técnica entre os dois órgãos clique aqui.

Cabe ao MAPA a designação e habilitação, em trabalho conjunto


com o sistema de vigilância agropecuária internacional, de pontos
específicos de entrada no território brasileiro de animais e
produtos importados que exijam notificação prévia à chegada,
considerando o risco associado, acesso às instalações de controle,
armazenamento, local apropriado para quarentena e presença de
laboratório de apoio.

Ou seja, através do VIGIAGRO o MAPA desenvolve as atividades de


fiscalização do cumprimento dos requisitos sanitários, atuando em portos,
aeroportos, postos de fronteira e aduanas especiais do Brasil. São mais
de 100 postos de controle – ainda pouco para um país de tamanho
continental como o nosso, e por isso ressalto que existem muitos desafios
a serem superados.

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Imagem: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Muitas pessoas nem sabem da existência dos Fiscais Federais


Agropecuários nesses locais, muito menos de médicos veterinários nessas
posições - para você ver como a profissão veterinária é importante em
diversas áreas! De forma geral, quando pensam no MAPA acabam
associando aos frigoríficos e à inspeção dos produtos de origem animal.
Mas aqui neste curso você poderá conhecer como funciona o trabalho de
um fiscal nessas diversas unidades de controle do trânsito agropecuário
internacional espalhadas pelo país.

É possível ver pelo mapa que muitas vezes os fiscais acabam sendo
lotados em regiões de difícil provimento. Pensando nisso, o Governo
Federal publicou no início de setembro a Lei 12.855, que institui a
indenização devida aos Fiscais Federais Agropecuários (e demais
carreiras) em exercício nas unidades situadas em localidades estratégicas
vinculadas à prevenção, controle, fiscalização e repressão dos delitos
transfronteiriços. Uma boa notícia para quem está ou ficará lotado nessas
unidades. Aliás, muitas das vagas do VIGIAGRO acabam ficando para as
fronteiras.

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Obviamente o trabalho desempenhado no trânsito internacional não


é realizado sozinho, os FFAs têm a companhia constante dos colegas da
Receita Federal, ANVISA, Polícia Federal, IBAMA, dentre outros órgãos,
cada um na sua respectiva área de atuação. Existem até legislações
conjuntas entre a Receita Federal, a ANVISA e o MAPA para atuação
integrada na fiscalização das bagagens de passageiros oriundos do
exterior.

Cada órgão atua na sua área específica, sendo que no caso do


VIGIAGRO a missão é impedir a introdução e a disseminação de
pragas e agentes etiológicos de doenças que constituam ou
possam constituir ameaças à agropecuária nacional, de forma a
garantir a sanidade dos produtos e a qualidade dos insumos
agropecuários importados e exportados.

E seu maior objetivo é prevenir o ingresso, a disseminação e o


estabelecimento de pragas e enfermidades, assegurando a saúde
dos animais, a sanidade dos vegetais e a inocuidade dos
alimentos, além de evitar danos ao meio ambiente, certificando a
qualidade dos produtos e insumos importados e exportados e
evitando prejuízos à economia brasileira e à Saúde Pública por
meio da fiscalização do trânsito internacional de animais,
vegetais, produtos, subprodutos, derivados, insumos
agropecuários e materiais para pesquisa científica.

Assim, também em virtude da grande extensão territorial e da


escassez de servidores, o VIGIAGRO vem trabalhando na otimização de
sistemas informatizados e no trabalho de inteligência para verificar com
antecedência quais são as rotas e os produtos de maior risco para a
agropecuária brasileira no trânsito internacional.

Para reforçar a importância do VIGIAGRO e também para que você


possa conhecer um pouco do trabalho escolhi alguns vídeos disponíveis no
YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=vV3sUYJOVAo

http://www.youtube.com/watch?v=MEXYvOUuxWA

http://www.youtube.com/watch?v=DVBqM5UNcow

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http://www.youtube.com/watch?v=vijvR_-TgA4

http://www.youtube.com/watch?v=6vqIrczbcxk

Se você nunca tinha ouvido falar do VIGIAGRO, pelo menos agora


você tem uma ideia do que se trata e poderá compreender com mais
facilidade os assuntos das próximas aulas. É um trabalho bem diferente
do que as pessoas costumam associar ao MAPA, não é mesmo? Mesmo
assim, caso alguma dúvida tenha surgido é importante que você a
publique no Fórum do Estratégia Concursos para que possamos seguir
em frente nos assuntos mais complicados. É bem provável que as dúvidas
comecem a aparecer no decorrer das aulas, isso é normal, ainda mais
para quem pouco sabia do VIGIAGRO. Estou aqui para te ajudar, fique à
vontade para fazer suas perguntas.

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VIGIAGRO para MAPA
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INTRODUÇÃO AO TRÂNSITO AGROPECUÁRIO INTERNACIONAL

O objetivo deste curso não é contar a história do trânsito de animais


e produtos de origem animal, mas sim falar da legislação que rege o
trânsito agropecuário nas questões inerentes ao VIGIAGRO.

Apesar de bem antigo, um dos pilares fundamentais para o


VIGIAGRO é Decreto nº 24.548 de 3 de julho de 1934, o qual aprovou o
Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal e que continua
vigente até os dias de hoje. Falaremos mais sobre ele no decorrer das
próximas aulas, principalmente nos aspectos relacionados à importação e
exportação de animais e produtos de origem animal.
0
Por enquanto vamos nos ater ao Decreto nº 5.741, de 30 de março
de 2006, que é baseado no 24.548 e por isso separei alguns trechos de
maior relevância para respaldar as ações do VIGIAGRO:

Art. 44. É obrigatória a fiscalização do trânsito nacional e


internacional, por qualquer via, de animais e vegetais, seus produtos e
subprodutos, qualquer outro material derivado, equipamentos e
implementos agrícolas, com vistas à avaliação das suas condições
sanitárias e fitossanitárias, e de sua documentação de trânsito
obrigatória.

§ 1o A fiscalização e os controles sanitários agropecuários no trânsito


nacional e internacional de animais, vegetais, insumos, inclusive
alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal,
equipamentos e implementos agrícolas, nos termos deste Regulamento,
serão exercidos mediante procedimentos uniformes, em todas as
Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.

Dessa forma, todos os animais e produtos de origem animal


precisam ser fiscalizados na entrada ou saída do país, independente se o
transporte acontece de carro, trem, avião, navio ou qualquer outro
veículo. Para buscar a padronização dos procedimentos de fiscalização em
todas as unidades foi publicada a Instrução Normativa 36, de 10 de
novembro de 2006, conhecida como Manual do VIGIAGRO.

§ 2o As autoridades responsáveis por transporte aéreo internacional e


doméstico, navegação internacional e de cabotagem, ferrovias, hidrovias
e rodovias assegurarão condições de acesso das equipes de fiscalização

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sanitária agropecuária às áreas de embarque e desembarque de


passageiros e recebimento e despacho de cargas.

Para ilustrar, trabalho no aeroporto e a INFRAERO garante através


do crachá funcional e senha pessoal o acesso a todas as áreas (mesmo
restritas) onde haja necessidade de fiscalização de animais e/ou produtos
agropecuários. Nos portos acontece de forma semelhante com a
administração portuária. Não faz sentido o FFA ficar sem acesso às áreas
onde há necessidade de fiscalização agropecuária.

§ 4º As Instâncias Intermediárias do Sistema Unificado de Atenção à


Sanidade Agropecuária atuarão na fiscalização agropecuária do trânsito
interestadual, com base nas normas fixadas pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.

Não compete ao VIGIAGRO a fiscalização interestadual, ficando essa


função delegada às instâncias intermediárias, sendo representadas pelo
órgão com mandato ou com atribuição para execução de atividades
relativas à defesa agropecuária. Ex: Secretarias de Agricultura, Agências
de Defesa Agropecuária, etc.

Art. 45. A fiscalização do trânsito agropecuário nacional e


internacional incluirá, entre outras medidas, a exigência de
apresentação de documento oficial de sanidade agropecuária emitido
pelo serviço correspondente, o qual conterá a indicação de origem,
destino e sua finalidade, e demais exigências da legislação.

Verificaremos mais adiante que para o ingresso ou egresso de um


animal ou produto de origem animal será necessária a apresentação de
diversos documentos, dentre eles um certificado sanitário. Além disso, o
documento precisa ser emitido por um veterinário oficial do serviço
correspondente, não sendo aceitos os documentos de veterinários do
setor privado. No caso de saída do país o órgão responsável é o MAPA
através dos FFAs, já para os casos de entrada no Brasil o órgão
correspondente é o Ministério da Agricultura ou Serviço Veterinário Oficial
do país de origem, como por exemplo, o USDA (United States Deparment
of Agriculture).

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Estudaremos que a documentação exigida para transportar um


cão/gato é diferente da necessária para o mesmo transporte de um
macaco ou de algum produto de origem animal. É decoreba, admito, mas
no concurso de 2004 a banca organizadora cobrou justamente quais são
esses documentos.

O Decreto 5.741/2006 possui uma seção específica para a Vigilância


do Trânsito Agropecuário Internacional, a qual considero muito
importante para embasar todos os procedimentos do VIGIAGRO e
que felizmente não se trata de decoreba.

Art. 55. As atividades de vigilância sanitária agropecuária de animais,


vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, produtos de origem
animal e vegetal, e embalagens e suportes de madeira importados, em
trânsito aduaneiro e exportados pelo Brasil, são de responsabilidade
privativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Nenhum outro órgão tem competência realizar a fiscalização


sanitária do trânsito agropecuário internacional, apenas o MAPA através
do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional.

§ 3º Os Fiscais Federais Agropecuários são as autoridades


competentes para atuar na área da fiscalização da sanidade
agropecuária das importações, exportações e trânsito aduaneiro de
animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e produtos
de origem animal e vegetal.

Compete aos FFAs essa fiscalização, sendo que nenhuma outra


categoria de servidor público pode autorizar ou proibir a entrada/saída do
animal ou produto de origem animal no país. Os Agentes de Inspeção do
MAPA podem atuar sob a supervisão de um FFA, mas somente o FFA
poderá assinar o documento dando o seu parecer final.

Art. 56. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como


Instância Central e Superior, definirá as zonas primárias de defesa

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agropecuária e estabelecerá os corredores de importação e exportação de


animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e produtos
de origem animal e vegetal, com base em análises de risco, requisitos
e controles sanitários, status zoossanitário e fitossanitário,
localização geográfica e disponibilidade de infra-estrutura e de
recursos humanos.

Nem todos os animais podem ingressar ao Brasil por qualquer ponto


de entrada. As autorizações de importação de aves ornamentais, por
exemplo, só podem ser emitidas para chegadas aos aeroportos
internacionais de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Belo Horizonte e
Curitiba, onde há estrutura e recursos disponíveis para a coleta de
amostras.

Art. 57. Os controles sanitários agropecuários oficiais para exportação e


importação de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para
animais, e produtos de origem animal e vegetal incluirão, a critério da
autoridade competente, o controle documental, de identidade e físico,
conforme norma definida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior.

As normas definidas pelo MAPA incluem os requisitos sanitários. Se


você tiver tempo e curiosidade pode consultá-los através do SISREC.
Basta inserir a espécie, finalidade, país de origem, entre outros filtros
para consultar o que é necessário para trazer um animal ao Brasil.

Esses requisitos devem constar no Certificado Zoossanitário


Internacional (CZI), o qual será analisado pelo FFA para verificar se é
possível autorizar a entrada ao Brasil. Existem vários requisitos sanitários
e não creio que alguma banca organizadora possa cobrar isso na prova,
pois é específico demais e praticamente impossível decorá-los. Mas é
importante saber que existem os requisitos sanitários e que eles devem
constar no CZI.

Você percebeu que o CZI é o documento oficial para amparar o


transporte internacional de animais. No caso de produtos de origem
animal o documento é o Certificado Sanitário Internacional. E os materiais

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de multiplicação animal, precisam do CZI ou CSI? Não se preocupe com


essa nomenclatura, pois na realidade todos são documentos sanitários. O
próprio Manual do VIGIAGRO fala numa seção que o documento para
materiais de multiplicação animal é o CZI e em outra diz CSI.

Para confundir ainda mais a cabeça de todo mundo, logo no começo


deste ano foi publicada a Instrução Normativa MAPA nº 5, de 7 de
fevereiro de 2013, que requer a apresentação do Certificado Veterinário
Internacional (CVI) para o trânsito entre alguns países. Mas, novamente,
não se preocupe com o nome do documento, porém preste atenção que
em todos eles CZI, CSI ou CVI precisam constar os requisitos sanitários e
devem ser assinados por um veterinário oficial do órgão responsável pelo
trânsito internacional.

§ 1º A freqüência e a natureza desses controles serão fixadas pelo


Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, e dependerá:

I - dos riscos associados aos animais, vegetais, insumos,


inclusive alimentos para animais, e produtos de origem animal e
vegetal;

II - dos controles efetuados pelos produtores ou importadores; e

III - das garantias dadas pela autoridade competente do país


exportador.

Se o MAPA considerar que o risco associado aos produtos que


entram por determinada unidade não é significativo, sem produzir danos
à agropecuária brasileira, a fiscalização no ponto de entrada pode ser
flexibilizada. Mas para que isso aconteça é necessário haver a
normatização por parte do Ministério. Até o momento não compete ao
Fiscal Federal Agropecuário a avaliação individual do risco inerente ao
produto para alterar a frequência e a natureza do controle.

§ 3º Para organização dos controles oficiais de vigilância agropecuária


internacional, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
Instância Central e Superior, poderá exigir que os importadores ou
responsáveis pelas importações de animais, vegetais, insumos, inclusive
alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal,

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notifiquem previamente a sua chegada e natureza, conforme norma


específica.

Em muitos casos é necessário avisar com antecedência sobre a


chegada de um animal para que a estrutura seja preparada. Quando uma
ave com finalidade comercial chega ao Brasil é preciso transportá-la para
a Estação Quarentenária de Cananéia, e portanto faz-se necessária a
comunicação prévia para verificar se há disponibilidade de atendimento
no local.

Art. 58. Os responsáveis pela administração das áreas alfandegadas


suprirão as condições adequadas e básicas de funcionamento das
atividades de vigilância agropecuária internacional, para o
funcionamento dos pontos de entrada e saída no território nacional, em
portos, aeroportos, aduanas especiais, postos de fronteiras e demais
pontos habilitados ou alfandegados, na forma definida pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.

Com base nesse artigo o administrador da área precisa fornecer as


condições mínimas para o funcionamento da unidade do VIGIAGRO, assim
o MAPA poderá lotar os servidores – desde que haja disponibilidade - no
local para realizar a fiscalização agropecuária. No caso dos aeroportos
públicos a responsabilidade é da INFRAERO e naqueles onde houve
concessão é da empresa privada, como em Guarulhos onde a
administradora é a GRU Airport. Não compete ao MAPA a construção do
local para a instalação da unidade do VIGIAGRO.

Art. 59. Em caso de indícios de descumprimento ou de


dúvidas quanto à identidade, à qualidade, ao destino ou
ao uso proposto dos produtos importados, ou à
correspondência entre a importação e as respectivas
garantias certificadas, a autoridade competente, nas
unidades de vigilância agropecuária internacional, poderá
reter a remessa ou partida, até que sejam eliminados os
indícios ou as dúvidas.

§ 1º A autoridade competente notificará oficialmente os responsáveis pela


carga sobre a inconformidade constatada, cabendo recurso, na forma
definida em norma específica.

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Utilizo com frequência esse artigo durante as minhas fiscalizações,


pois abrange quase todos os casos. Para isso informo a não conformidade
no Termo de Ocorrência (veremos mais sobre os termos do VIGIAGRO
nas próximas aulas) e notifico o importador/exportador. Se a resposta
elucidar as dúvidas ou eliminar os indícios a carga é liberada. Caso
contrário, os procedimentos abaixo podem ser adotados:

§ 2º A autoridade competente poderá, a seu critério e conforme a


legislação pertinente:

I - ordenar que os animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para


animais, e produtos de origem animal e vegetal, sejam sacrificados ou
destruídos, sujeitos a tratamento especial ou quarentenário,
devolvidos ou reexportados;

Está na legislação, mas confesso nunca ter visto ou ouvido falar de


algum FFA ter optado pelo sacrifício dos animais. Geralmente o animal é
devolvido ao país de origem para que o responsável providencie a
documentação necessária caso realmente deseje entrar no Brasil. Em
contrapartida a destruição ou devolução dos produtos de origem animal é
um dos procedimentos mais adotados.

II - ordenar que os animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para


animais, e produtos de origem animal e vegetal sejam destinados para
outros fins que não aqueles a que inicialmente se destinavam,
dependendo do risco associado; e

Para facilitar o entendimento, caso a mercadoria não esteja de


acordo com a legislação vigente, o Fiscal Federal Agropecuário poderá
adotar as seguintes medidas (também de acordo com a legislação em
vigor):

- retenção;
- sacrifício;
- destruição;
- tratamento especial ou quarentenário;
- devolução;
- reexportação; ou
- outra finalidade

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III - notificar os demais serviços aduaneiros das suas decisões de rechaço


e fornecer informações sobre o destino final da importação, no caso da
detecção de não-conformidades ou da não-autorização da introdução de
animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e produtos
de origem animal e vegetal.

Essa notificação pode ser feita ao comunicar por Ofício a Receita


Federal sobre a proibição de importação de animal ou produto de origem
animal através do Termo de Ocorrência e também pela inclusão do
parecer negativo através do indeferimento da Licença de Importação no
sistema SISCOMEX (veremos mais sobre isso nas próximas aulas).

§ 3º As medidas descritas no inciso I do § 2º, a critério da autoridade


competente e conforme a legislação pertinente, serão:

I - tratamento ou transformação que coloque os animais, vegetais,


insumos, inclusive alimentos para animais, e produtos de origem animal e
vegetal, em conformidade com os requisitos da legislação nacional, ou
com os requisitos de um país exportador de reexpedição, incluindo, se for
o caso, a descontaminação, excluindo, no entanto, a diluição; e

II - transformação, por qualquer outra forma adequada, para outros fins


que não o consumo animal ou humano, desde que atenda à legislação
pertinente.

§ 4º A autoridade competente assegurará que o tratamento especial ou


quarentenário seja efetuado em estabelecimentos oficiais ou credenciados
e em conformidade com as condições estabelecidas neste Regulamento e
nas normas específicas aprovadas.

§ 5º A autoridade competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento, como Instância Central e Superior, permitirá a
reexportação de uma remessa, desde que:

I - o novo destino tiver sido definido pelo responsável pela partida; e

II - o país de destino tenha sido informado, previamente, sobre os


motivos e as circunstâncias que impediram a internalização dos animais,
vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e produtos de
origem animal e vegetal em questão no Brasil.

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Digamos que determinada empresa tenha enviado um contêiner


contendo bacalhau da Noruega para o Brasil. Mas ao chegar no porto, o
FFA constatou alguma irregularidade e proibiu o ingresso da carga ao
Brasil. Para não perder a mercadoria, a empresa poderá solicitar a
reexportação do produto para a Argentina, pois pode ser que a legislação
sanitária argentina permita o consumo do peixe em condições diferentes
da brasileira. Isso será possível desde que o responsável tenha definido o
novo destino e que o país também tenha sido informado sobre o que
levou à proibição da internalização do contêiner no Brasil.

§ 6º O prazo máximo para retenção de cargas ou partidas, por


motivo de controle sanitário agropecuário, será de quinze dias.

As bancas organizadoras adoram cobrar prazos nos concursos. Aqui


está uma boa dica, mas preste atenção abaixo, pois ele pode ser
estendido a critério do FFA, mas somente se houver previsão em alguma
norma específica ou mediante demora justificada. Ou seja, o fiscal não
pode a seu bel-prazer aumentar o prazo de 15 dias.

§ 7º O prazo de que trata o § 6º poderá ser ampliado, a critério da


autoridade competente, nos casos previstos em normas específicas.

§ 8º Decorrido o prazo de quinze dias, caso não tenha sido efetuada a


reexportação, salvo demora justificada, a partida ou remessa deverá ser
destruída.

§ 9º A autoridade competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento, como Instância Central e Superior, notificará os serviços
aduaneiros das suas decisões, preferencialmente mediante a utilização
de sistema informatizado.

Mais uma vez, isso pode ocorrer através do SISCOMEX, do Harpia –


sistema desenvolvido para as remessas expressas – ou qualquer outro
método informatizado que venha a ser desenvolvido.

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§ 11. Os responsáveis pela importação de animais, vegetais, insumos,


inclusive alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal
proverão as despesas decorrentes das decisões das autoridades
competentes.

Se o Fiscal Federal Agropecuário determinar a devolução do animal


ou da carga, o importador irá arcar com os custos do transporte. O
mesmo custo será direcionado ao responsável nos casos de destruição.
Ademais, nos aeroportos existe a Instrução de Aviação Civil 2301/1976
que determina às companhias aéreas o custo de devolução do animal,
sem falar ainda na multa que pode ser aplicada pela ANAC, como no
exemplo abaixo:
http://www2.anac.gov.br/biblioteca/JuntaRecursal/Decisoes/rec62480210
0.pdf

§ 1o A autoridade competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento, como Instância Central e Superior, informará, por meio
de documentos previstos em normas específicas e próprias, aos serviços
aduaneiros e aos importadores, se os lotes podem ou não ser introduzidos
em território nacional.

O MAPA é o órgão anuente nas importações dos animais, vegetais e


produtos agropecuários, sendo a Receita Federal a autoridade aduaneira.
Portanto, as decisões tomadas pelo VIGIAGRO são comunicadas à Receita
para que eles – com o respaldo do MAPA – possam efetuar as liberações
ou proibições no trânsito agropecuário internacional. Os importadores
também são comunicados para que tão logo seja feito o procedimento no
MAPA eles possam dar continuidade aos trâmites da importação em
outros órgãos.

Art. 61. Serão estabelecidas, nos termos deste Regulamento, medidas


necessárias para garantir a execução uniforme dos controles oficiais da
introdução de animais, vegetais, inclusive alimentos para animais, e
produtos de origem animal e vegetal.

Mais uma vez é mencionada a necessidade da uniformidade dos


controles oficiais, sendo o Manual do VIGIAGRO o principal mecanismo
para buscar tal fim. Trata-se na realidade de um compilado de outras
legislações acerca do trânsito internacional de produtos agropecuários. No
entanto, há um grande entrave, pois com frequência novas instruções

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normativas são publicadas sem que o Manual consiga ser atualizado em


tempo hábil.

Vou citar dois exemplos:

- No início deste ano foi publicada a Instrução Normativa MAPA Nº


5, de 7 de fevereiro de 2013, a qual incorpora ao ordenamento jurídico
brasileiro os requisitos zoossanitários dos Estados Partes para o ingresso
de caninos e felinos domésticos, e o modelo de certificado veterinário
internacional.

- Já em agosto tivemos a Instrução Normativa Interministerial nº


32 que estabelece o regulamento sanitário para importação de materiais
de origem animal e agentes de interesse veterinário destinados à
pesquisa ou diagnóstico pelos laboratórios constitutivos da Rede Nacional
de Laboratórios Agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), pela Rede Nacional de Laboratórios do Ministério
da Pesca e Aquicultura (Renaqua) e por instituições de pesquisa ou
diagnóstico.

As duas não revogaram a IN 36/2006, no entanto acrescentaram


vários dispositivos adicionais para a fiscalização do VIGIAGRO. Você
percebeu a importância de se manter atualizado? Ainda mais para quem
vai prestar o concurso! Com frequência surgem novos Decretos,
Instruções Normativas, Portarias, etc para tentar modernizar as
atividades de Vigilância Agropecuária Internacional e fazem com que os
envolvidos precisem se atualizar constantemente ou correm o risco de
cometer irregularidades.

Como o edital deve ser publicado em até o dia 17 de março de 2014


é bem provável que alterações sejam feitas na legislação referente ao
VIGIAGRO. Mas, pode ter certeza que irei publicar as próximas aulas
sempre com material atualizado para ajudar você a passar neste
concorrido concurso!

Bom, por enquanto é isso o que temos para a aula demonstrativa.


Agora vamos reforçar o conhecimento através de algumas questões para
depois “pegar pesado” nas próximas aulas.

Um abraço e bons estudos!

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QUESTÕES

QUESTÃO INÉDITA – Considerando o trabalho desenvolvido pela


Vigilância Agropecuária Internacional, analise as seguintes
afirmativas e assinale se estão certas ou erradas.

1) O VIGIAGRO é responsável pela fiscalização do trânsito interestadual e


internacional de produtos agropecuários.
2) O Programa de Vigilância Agropecuária Internacional foi criado pela
Instrução Normativa MAPA nº 36 no ano de 2006.
3) De acordo com a legislação vigente, as mercadorias apreendidas pelos
Fiscais Federais Agropecuários sem certificação sanitária podem ser
doadas para instituições de caridade.
4) Os Fiscais Federais Agropecuários do VIGIAGRO atuam nos frigoríficos
habilitados para a exportação de produtos cárneos.
5) O VIGIAGRO atua em conjunto com a Receita Federal, Anvisa, IBAMA
e Polícia Federal nos portos, aeroportos, postos de fronteira e estações
aduaneiras.
6) No caso de dúvidas quanto à identidade de um produto agropecuário
importado o FFA deverá determinar imediatamente a devolução da
mercadoria para o país de origem.

7) QUESTÃO INÉDITA - As atividades de vigilância sanitária


agropecuária de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos
para animais, produtos de origem animal e vegetal, e embalagens
e suportes de madeira importados, em trânsito aduaneiro e
exportados pelo Brasil, são de responsabilidade:

A) Do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


B) Do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Receita
Federal
C) Do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Receita
Federal e da ANVISA
D) Do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Receita
Federal, da ANVISA e da Polícia Federal
E) Do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Receita
Federal e da Polícia Federal

8) QUESTÃO INÉDITA - A frequência dos controles sanitários


agropecuários oficiais para exportação e importação de animais,
vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e produtos

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de origem animal e vegetal dependerá(ão):

A) Dos riscos associados aos animais, vegetais, insumos, inclusive


alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal
B) Dos controles efetuados pelos produtores ou importadores
C) Das garantias dadas pela autoridade competente do país exportador
D) Apenas os itens A e C estão corretos
E) Os três primeiros itens – A, B e C - estão corretos

9) QUESTÃO INÉDITA - Qual é o prazo máximo para retenção de


cargas ou partidas pelo Fiscal Federal Agropecuário por motivo de
controle sanitário agropecuário?

A) 5 dias
B) 10 dias
C) 15 dias
D) 20 dias
E) 30 dias

10) QUESTÃO INÉDITA - Para ter validade, o CZI, documento


necessário para o transporte internacional de animais vivos, pode
ser assinado por qual dos médicos veterinários:

A) Médico Veterinário Fiscal Federal Agropecuário do MAPA


B) Médico Veterinário Oficial do Órgão Agropecuário Estadual
C) Médico Veterinário credenciado no CFMV/CRMV
D) Médico Veterinário credenciado no MAPA
E) Todas as alternativas anteriores

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GABARITO

1–E 2–E 3–E 4–E 5–C


6–E 7–A 8–E 9–C 10 - A

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QUESTÕES COMENTADAS

1) O VIGIAGRO é responsável pela fiscalização do trânsito


interestadual e internacional de produtos agropecuários.
Conforme vimos no parágrafo 4º do Art. 44 no Decreto 5.741/2006, a
responsabilidade pela fiscalização do trânsito agropecuário interestadual é
das instâncias intermediárias, ou seja, dos órgãos agropecuários
estaduais.
§ 4º As Instâncias Intermediárias do Sistema Unificado de Atenção à
Sanidade Agropecuária atuarão na fiscalização agropecuária do trânsito
interestadual, com base nas normas fixadas pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.

2) O Programa de Vigilância Agropecuária Internacional foi criado


pela Instrução Normativa MAPA nº 36 no ano de 2006.
A IN MAPA nº 36 aprovou o Manual do VIGIAGRO, mas ele já existia
oficialmente desde 1998.

3) De acordo com a legislação vigente, as mercadorias


apreendidas pelos Fiscais Federais Agropecuários sem certificação
sanitária podem ser doadas para instituições de caridade.
Atualmente não há disposição legal com previsão para doação das
mercadorias apreendidas pelos FFAs do VIGIAGRO. As ações adotadas
pelos fiscais podem ser as seguintes em caso de ausência da certificação
sanitária: retenção, sacrifício, destruição, tratamento especial ou
quarentenário, devolução, reexportação ou outra finalidade.

4) Os Fiscais Federais Agropecuários do VIGIAGRO atuam nos


frigoríficos habilitados para a exportação de produtos cárneos.
Conforme estudamos, os fiscais do VIGIAGRO atuam nos portos,
aeroportos, postos de fronteira e aduanas especiais. Os FFAs dos
frigoríficos podem assinar CSIs para exportação de carne (veremos mais
detalhes nas próximas aulas), mas são ligados ao Serviço de Inspeção de
Produtos de Origem Animal (SIPOA).

5) O VIGIAGRO atua em conjunto com a Receita Federal, Anvisa,


IBAMA e Polícia Federal nos portos, aeroportos, postos de
fronteira e estações aduaneiras.
Dentro da sua respectiva área de atuação, os servidores da Receita
Federal, Anvisa, IBAMA e Polícia Federal atuam em conjunto com os do
VIGIAGRO no trânsito internacional.

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6) No caso de dúvidas quanto à identidade de um produto


agropecuário importado o FFA deverá determinar imediatamente a
devolução da mercadoria para o país de origem.
O FFA até pode determinar a devolução da mercadoria, isso se ele não
tiver dúvidas quanto à identidade do produto. Mas, se houver, antes ele
deve reter a carga e notificar oficialmente os responsáveis sobre a
inconformidade constatada para que a dúvida possa ser esclarecida.

7) As atividades de vigilância sanitária agropecuária de animais,


vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, produtos de
origem animal e vegetal, e embalagens e suportes de madeira
importados, em trânsito aduaneiro e exportados pelo Brasil, são
de responsabilidade:
De acordo com o Art. 55 do Decreto 5.741/2006, essas atividades são de
responsabilidade privativa do MAPA.
Art. 55. As atividades de vigilância sanitária agropecuária de animais,
vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, produtos de origem
animal e vegetal, e embalagens e suportes de madeira importados, em
trânsito aduaneiro e exportados pelo Brasil, são de responsabilidade
privativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

8) A frequência dos controles sanitários agropecuários oficiais


para exportação e importação de animais, vegetais, insumos,
inclusive alimentos para animais, e produtos de origem animal e
vegetal dependerá(ão):
Os três primeiros itens estão corretos, conforme o parágrafo 1º do Art. 57
do Decreto 5.741/2006:
§ 1º A freqüência e a natureza desses controles serão fixadas pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, e dependerá:
I - dos riscos associados aos animais, vegetais, insumos, inclusive
alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal;
II - dos controles efetuados pelos produtores ou importadores; e
III - das garantias dadas pela autoridade competente do país exportador.

9) Qual é o prazo máximo para retenção de cargas ou partidas


pelo Fiscal Federal Agropecuário por motivo de controle sanitário
agropecuário?
O parágrafo 6º do Art. 59 do Decreto 5.741/2006 responde essa
pergunta:

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§ 6º O prazo máximo para retenção de cargas ou partidas, por motivo de


controle sanitário agropecuário, será de quinze dias.
Sabemos que esse prazo pode ser estendido, mas dentre as alternativas
disponíveis a letra C é a correta.

10) Para ter validade, o CZI, documento necessário para o


transporte internacional de animais vivos, pode ser assinado por
qual dos médicos veterinários:
A competência para a fiscalização sanitária agropecuária no trânsito
internacional compete ao MAPA, dessa forma somente o FFA poderá
assinar o CZI, pois nenhum dos outros veterinários atua no trânsito
internacional. Lembrando que os médicos veterinários credenciados no
MAPA podem assinar Guias de Trânsito Animal – GTAs, mas que possuem
validade somente no território nacional.

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