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Lembrar sempre:
AMBULATÓRIO
Puericultura:
Z- Percentil
score
Z +3 p99,9
Z +2 p97/p95
Z +1 p85
Z0 p50
Z -1 p15
Z -2 p3/p5
Z -3 p0,1
Obesidade:
Objetivos:
MeningoC: a partir de 2017 será oferecida uma dose de reforço entre 11-14 anos (redução
progressiva da faixa etária até 2020 quando chega a 9-10 anos)
Febre amarela: em áreas endêmicas pode ser feito febre amarela a partir de 9 meses, não se
recomenda mais a realização de reforço. Não pode ser aplicada no mesmo dia que a SCR em < 2
anos pois interfere na resposta imune, devem ser aplicadas com intervalo de 30 dias. Dose
fracionada: estratégia da OMS para vacinação em situações de epidemia, fraciona um frasco de
0,5 mL em 5 doses. Estudos mostram presença de anticorpos até 8 anos após a vacinação
fracionada e ausência de inferioridade da resposta imune (98% soroconversão). Continuam a
receber dose integral: < 2 anos, imunodeprimidos, grávidas e viajantes para outros países.
Quadrivalente: 6, 11, 16 e 18
2 doses: 0 e 6 meses (estudos sugerem proteção semelhante ao esquema de 3 doses)
Meninas de 9 a 14 anos
Meninos de 11 a 14 anos
DTPa para gestantes: devem receber em toda gestação após a 20ª semana, mas de preferência
após a 27ª semana (objetivo: passagem passiva de anticorpos para o RN contra coqueluche)
Vacina da dengue: vacina de vírus atenuado composta por 4 sorotipos (melhor eficácia contra
os sorotipos 3 e 4), feita em 3 doses com intervalo de 6 meses, liberada inicialmente para
pessoas de 9 a 45 anos, subcutânea, eficácia 60% para todos os casos de dengue e 95% para os
casos graves. Vacina particular. A OMS recomenda que seja aplicada apenas em regiões de alta
endemicidade de doença, com maior benefício nas regiões em que a soropevalência para
dengue no grupo etário indicado seja superior a 70%. Descobriu-se que em soronegativos para
dengue a vacina aumentava o risco de dengue grave, já em indivíduos soropositivos ela reduzia
significativamente o risco de dengue grave. Nota técnica SBP e SBIm de 2017 sugere que a
vacina seja aplicada apenas em soropositivos para dengue.
Agentes vivos: BCG, febre amarela, SCR, rotavírus, VOP, varicela, dengue
Agentes inativados: VIP, coqueluche, influenza, hepatite A, HPV
Partes de agentes etiológicos: hepatite B, HiB, pneumo10V, meningoC
Produtos modificados do metabolismo: difteria e tétano
Asma:
ITU:
Tratamento:
◦ Cefalexina VO por 5-10 dias (febril, < 2 anos, ITU recorrente)
◦ Ceftriaxone EV/IM (se sepse, vômitos e < 3 meses)
Seguimento da ITU:
◦ ITU atípica:
Sepse ou criança grave
Redução fluxo urinário
Palpação massa abdominal (bexigoma)
Aumento da creatinina
Falha terapêutica com ATB apropriado em 48 hrs
Infecção por agente diferente de E. coli
◦ ITU recorrente:
≥ 2 episódios pielonefrite aguda OU
≥ 1 episódio pielonefrite aguda + ≥ 1 cistite OU
≥ 3 episódios de cistite
Tuberculose:
PPD anormal:
• ≥ 5 mm em não vacinados,
vacinados ≥ 2 anos ou
imunossuprimidos
• 10 mm: vacinados < 2 anos
0 pts
- 5 pts
- 10 pts
Conduta nos contactantes de TB:
o < 10 anos: sempre pedir RX de tórax e PPD (conversão PPD: aumento ≥ 10 mm
em relação anterior)
ESCASSEZ de PPD:
o Tratar infecção latente INDEPENDENTE do PPD:
RN (tratar com isoniazida 6 meses e depois vacinar)
HIV/AIDS com cicatriz radiológica sem tratamento prévio da infecção
latente da tuberculose
HIV/AIDS contato de caso de TB pulmonar
HIV/AIDS com registro documental de PPD ≥ 5 mm e não submetido a
quimioprofilaxia na ocasião
o Contatos sintomáticos:
Iniciar tratamento a partir de 30 pontos escore
o Contatos assintomáticos de TB: (não tratar contatos de TB multirresistente)
≤ 15 anos: iniciar quimioprofilaxia (especialmente < 5 anos)
> 15 anos: avaliar caso quanto a exposição, comorbidades e risco X
benefício
o PRIORIDADE para uso de PPD:
Diagnóstico de TB < 10 anos
Avaliação de contatos < 15 anos
Pessoas com HIV/AIDS
IGRAs (Interferon-gama release assays):
o Céls T memória de indivíduos previamente sensibilizados pelo M. tuberculosis
liberam IFN-gama quando reestimulados
o Maior especificidade que o PPD (não faz reação cruzada com BCG e MNT)
o Sensibilidade semelhante ao PPD
o Bom desempenho ≥ 5 anos
o NÃO distingue TB doença e latente
o PPD superior em áreas de alta endemicidade
Quimioprofilaxia: isoniazida 1x/dia por 3-6 meses
Tratamento:
o < 10 anos: RHZ 2 meses + RH 4 meses
o > 10 anos: RHZE 2 meses + RH 4 meses
o TB meningoencefálica: prolongar 2ª fase por 7 meses + corticóide 1-4 meses
Melhora sintomas e repetir RX controle tto (com 1 mês e após término)
PRONTO-SOCORRO
Diarréia e desidratação:
Critérios de Rochester:
HMG alterado: leucócitos > 15 000 céls ou < 5000 céls ou neutrófilos totais > 10 000 ou índice
neutrofílico > 20%
Celulite de face:
Peri-orbitária (pré-septal):
◦ Tecidos ao redor olho
◦ Disseminação hematogênica, por contiguidade (sinusite) ou porta de entrada
◦ Edema e eritema em pálpebras
◦ Agente: Strepto ou Staphylo
◦ Diferenciar com TC
◦ Tto: oxacilina ou cefuroxima 10-14 dias/2-4 semanas
Orbitária (pós-septal):
◦ Acomete a órbita
◦ Disseminação hematogênica (sinusite)
◦ Edema e eritema conjuntival com presença de sinais de alerta:
Dor à mobilização ocular
Alteração de motricidade ocular
Alteração acuidade visual ou diplopia
Proptose
Olho arroxeado
Complicações:
◦ Abscesso cerebral
◦ Neurite óptica
◦ Trombose de veia da retina
◦ Meningite
◦ Trombose de seio cavernoso
Dengue:
Convulsão febril:
Parada cardiorrespiratória:
Taquicardia na infância:
Taquicardia sinusal:
Taquicardia supraventricular:
Manobras vagais:
o Gelo na fronte
o Valsalva (soprar por um canudo obstruido)
o Massagem de seio carotídeo (apenas em crianças mais velhas)
o NÃO fazer pressão ocular
Cardioversão sincronizada: 0,5-1 J/Kg → 2J/Kg
Adenosina IV/IO: bolus 0,1 mg/Kg → 0,2 mg/Kg
Anafilaxia:
TCE leve:
Glasgow 13-15
NÃO precisa sempre de TC de crânio
Se alta orientar observação por 24 hrs e sinais de alerta:
◦ Náuseas e vômitos
◦ Alteração do comportamento
◦ Dor de cabeça persistente
◦ Sonolência excessiva
◦ Convulsão ou déficits focais
◦ Alteração de fala
◦ Saída de sangue do nariz ou dos ouvidos
Sugere-se a TC crânio em:
◦ < 3 meses
◦ Lesão penetrante
◦ Doença neurológica pré-existente
◦ Distúrbio de coagulação
◦ Politrauma
◦ Suspeita de maus-tratos ou negligência
Glasgow 13 → TC crânio
Conduta:
Considerar TC em: < 3 meses, achados múltiplos, experiência do serviço, piora dos
sintomas após observação e preferência dos pais
Nasofaringite aguda:
Resfriado comum
Viral: Rinovírus, Adenovírus
Febre 24-48h
Coriza hialina → amarelada → clareia
Resolução em 5-7 dias, tosse pode durar até 15 dias
NÃO pedir exames!
Conduta:
◦ Anti-térmico
◦ Inalação e lavagem nasal com SF
◦ Se evolução clínica diferente da prevista retornar ao PS
◦ Não usar anti-histamínicos
◦ NUNCA usar descongestionantes em < 5 anos
Sinusite bacteriana:
Crupe:
Laringite estridulosa:
Crupe viral:
Traqueíte bacteriana:
< 3 anos
S. aureus, hemófilos tipo b, estreptococos, Moraxella
Toxemia com encontro de secreção purulenta à laringoscopia
Sem resposta ao tratamento da crupe (não adianta fazer corticóide e inalação com
adrenalina)
Tratamento:
◦ IOT imediata
◦ Monitorização e UTI
◦ ATB
Mortalidade 18-40%
Epiglotite:
Reanimação neonatal:
Cada etapa deve ser reavaliada após 30 segundos, exceto quando chega na fase da
massagem cardíaca, devendo-se esperar pelo menos 60 segundos antes de reavaliar
(tempo que demora para atingir uma pressão coronariana adequada)
Se RN com mecônio sem melhora após VPP inicial em ar ambiente considerar IOT e
aspiração sob visualização direta apenas 1 vez
VPP: balão auto-inflável ou tubo T (ventilador mecânico manual em T) se IG < 34 sem
o “Aperta, solta, solta” (40-60 mpm) com ar ambiente
o Máscara facial cobrindo a ponta do queixo, boca e nariz
Avaliar necessidade de O2 de acordo com a SatO2 esperada, de preferência iniciar com
blender (aumentos de 20% de FiO2): reavaliar SatO2 apenas após 30 seg, tempo que
demora para ventilar igualmente todo o pulmão
Hipoglicemia neonatal:
Icterícia neonatal:
Sífilis congênita:
NOTIFICAR mãe e RN
Durante a gestação:
◦ TARV terapêutica: manter uso TARV tríplice mas substituir efavirenz, didanosina
e estavudina, sempre deve ter AZT
◦ TARV profilática: de preferência: tenofovir + lamivudina + raltegravir
Via de parto:
◦ Cesárea: CV ≥ 1000 cópias/mL OU desconhecida OU mãe que não fez uso de
TARV durante a gestação e parto
◦ Vaginal: apenas se IG ≥ 34 sem com CV < 1000 cópias/mL e que fez
quimioprofilaxia na gestação e durante o parto
Quimioprofilaxia no parto:
◦ AZT EV: ataque e manutenção
◦ Iniciar no trabalho de parto ou 3 hrs antes da cesárea
NÃO amamentar!!!
◦ Enfaixamento mamas por 10 dias
◦ Cabergolina 1 mg VO dose única
◦ FLT fornecida pelo MS
Quimioprofilaxia ao nascer:
◦ Aspiração delicada VAS
◦ Lavar RN água morna com sabão
◦ AZT VO nas primeiras 8 HV por 6 semanas
◦ Se mãe não fez quimioprofilaxia associar nevirapina ao AZT (exceto IG < 35 sem e
PN < 1500g)
Seguimento RN:
◦ Controle HMG, TGO, TGP, GGT, FA e sorologias ao nascer e após 6 semanas de
uso de AZT
◦ Suspender AZT após 4 semanas e introduzir SMZ/TMP até 12 meses ou diag
Vacinação:
◦ BCG: ao nascer SEMPRE
◦ Hepatite B: 4 doses (0, 1, 6 e 12 meses)
◦ Hib: 4 doses (2, 4, 6 e 12 meses)
◦ Preferir VIP e DTPa
◦ SCR, febre amarela e varicela: apenas se sem imunossupressão
Diagnóstico da infecção pelo HIV na criança:
Pneumonia comunitária:
Pneumonia atípica:
Neonatal (por Chlamydia trachomatis, história de parto vaginal, conjuntivite que evolui
com desconforto respiratório) ou > 5 anos (adolescentes)
Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila pneumoniae
Afebril ou febre baixa, quadro arrastado
Sibilância, tiragens
RX: opacidades lobares ou lineares
Pode complicar e co-infectar (em quadros complicados se idade e quadro sugestivo
associar macrolídeos)
Sorologia (muito falso-positivo) ou PCR
Tratamento: macrolídeos
◦ Azitromicina 5 dias
◦ Claritromicina 10 dias
Pneumonia complicada:
Pneumonia necrotizante:
PNM que evolui após 2-8 dias com cavidades hiperluscentes (necrose)
Febre prolongada, dispnéia, sepse
Imunocompetentes
A demora para introdução do ATB não parece se associar com a evolução para PNM
necrotizante, depende mais da resposta do hospedeiro
RX tórax com consolidação extensa e cavidades hiperluscentes
RX com abaulamento do lobo
ATB amplo espectro por 21-28 dias
◦ Oxacilina e ceftriaxone
◦ Claritromicina
◦ Vancomicina e meropenem
Abordagem cirúrgica excepcional
Complicação: fístula broncopleural (10-25%)
Resolução do RX e exame físico em 6 meses
Síndrome de Löeffler:
APOSTAS
Neoplasias na infância:
Neutropenia febril:
Síndrome nefrítica:
Início abrupto:
◦ Hematúria macro ou microscópica
◦ HAS
◦ Edema
◦ Com ou sem oligúria: pode levar a insuficiência renal
◦ Graus variados de proteinúria
Pode ser assintomática apenas com hematúria
Urina I: hematúria com dismorfismo eritrocitário, proteinúria
Eletrólitos: ↑ Ur e Cr, hipoNa, hiperK, acidose metabólica
Tratamento suporte:
◦ Restrição hídrica e de sódio
◦ Furosemida IV se necessário
◦ Anti-hipertensivo IV se emergência hipertensiva
Glomerulonefrite pós-estreptocócica (GNPE):
Síndrome nefrótica:
Fibrose cística:
Anemia falciforme:
Autossômica recessiva
Fenótipo SS, em geral HbS > 95%
◦ Diag precoce pelo teste do pezinho
Fenômenos vaso-oclusivos:
◦ Dor: dactilite, crise álgica, dor abdominal sequestro esplênico, priapismo
◦ Lesão órgãos: asplenia funcional, infecções, síndrome torácica aguda, AVC,
insuficiência renal, hipertensão pulmonar
Anemia normo/normo, VCM normal e reticulocitose
Acompanhamento:
◦ Penicilina VO 1x/dia até os 5 anos (manter nos > 5 anos esplenectomizados)
◦ Vacinação:
Hepatite A, varicela e influenza
Pneumo 23V (> 2 anos)
Dactilite:
◦ 1ª manifestação criança
◦ 40% até 2 anos
◦ Edema, eritema e dor em mãos e pés
◦ Analgesia e hidratação
Crise álgica:
◦ Comum em jovens
◦ Infecção, estresse, desidratação, frio
◦ Ossos longos, articulações e coluna
◦ Dor abdominal: diagnóstico diferencial de apendicite
◦ Queda Hb e reticulocitose
◦ Hidratação
◦ Analgesia potente: analgésicos + AINEs VO → opióide VO → opióide EV
◦ Hidroxiuréia: eleva Hb fetal
Infecções:
◦ Febre: procurar médico
◦ S. pneumoniae
◦ Colher HMG, HMC, U1, URC, PCR, RX tórax, LCR (se preciso)
◦ Internação:
Toxemia
Suspeita de sepse ou meningite
Associação com outras complicações agudas
Idade < 1 ano
Temperatura ≥ 39,9oC
Condensação no RX tórax
Leucocitose > 30 mil ou leucopenia < 5 mil
Dificuldade de retorno ao serviço
◦ ATB:
Ambulatorial:
> 5a: amoxicilina ± clavulanato
< 5a: ceftrianoxe IM 24 hrs
Hospitalar:
Peni crista X ceftriaxone (se toxemia, instabilidade, infecção SNC)
Síndrome torácica aguda:
◦ Principal causa óbito
◦ Infiltrado pulmonar novo +: febre, taquipnéia, dispnéia, hipóxia ou dor torácica
◦ Infecções (mais comum), infarto ou embolia medula óssea
◦ Internação:
O2 se SatO2 < 90%
Cefalosporina + macrolídeo EV até afebril
Hidratação VO ou EV
Analgesia + fisio respiratória
Teste terapêutico com BD
Transfusão se hipoxemia persistente
Sequestro esplênico:
◦ Queda súbita do Hb e aumento do baço
◦ Choque hipovolêmico
◦ Monitorizar + acesso IV
◦ Transfusão de CH
◦ Auto-transfusão: aumento Hb 2-3 g/dL após recuperação
◦ Recorrência 50%
◦ Esplenectomia:
Vacinação encapsulados 15 dias antes
Peni VO até 2 anos após
AVC:
◦ Pico 2-7 anos
◦ Isquêmico em crianças
◦ Hemiparesia, déficits visuais, afasia, convulsão etc
◦ TC crânio (hemorragia) X RNM (para ver isquemia: mais precoce)
◦ Suporte + transfusão CH
◦ Prevenção:
Primária: doppler transcraniano anual/3-6 m
Secundária: transfusões CH recorrentes (HbS < 30%)
Síndrome hemolítico-urêmica:
< 5 anos
E. coli produtora de toxina shiga-like (O157:H7) - ocorre em 10-15% dos pacientes
infectados por essa bactéria, surto ocorre por água e comida contaminada
Diarréia com sangue 2-12 dias antes
Tríade clínica: microangiopatia trombótica
◦ Anemia hemolítica microangiopática (esquizócitos, aumento de Bb indireta e
reticulocitose)
◦ Trombocitopenia
◦ Lesão orgânica (renal: hematúria, oligúria, proteinúria, edema, HAS)
Conduta:
◦ Isolamento contato
◦ Hidratação IV
◦ Tto suporte renal (pode precisar diálise) e de HAS
Não usar antibiótico, antiagregante, corticóide e plasma
Prognóstico bom: normaliza função renal em até 5 anos e tem mortalidade < 5%, uma
parte pode progredir para DRC
Púrpura de Henoch-Schönlein:
Doença de Kawasaki:
Etiologia desconhecida
Meninos < 5 anos
Diagnóstico clínico: febre ≥ 5 dias + ≥ 4 achados abaixo:
◦ Alteração de extremidades: eritema, edema, descamação periungueal
◦ Exantema polimorfo (NUNCA vesicular) tronco e membros
◦ Hiperemia conjuntival bilateral sem exsudato (conjuntivite)
◦ Alterações de boca: eritema, lábios rachados, língua em framboesa
◦ Linfadenopatia cervical unilateral
Laboratório: pedir HMG, PCR, U1, TGO, TGP, BTF
◦ Plaquetas > 500 000 (normaliza 4-8 sem)
◦ Elevação de PCR e VHS (normaliza 6-10 sem)
◦ Piúria estéril leve a moderada
SEMPRE fazer ecocardiograma: aneurisma coronariano, resolve em 1-2 anos em geral
Tratamento:
◦ Aspirina em altas doses até afebril 2-3 dias e depois dose de manutenção até 6-8
semanas (se ausência de aneurisma)
◦ Imunoglobulina EV dose única
Se não responder repetir a dose de imunoglobulina
Se não responder mesmo assim, considerar corticóide 1-3 dias
Se aneurismas: uso eterno de:
◦ Estável: AAS vacinar contra varicela e influeza
◦ Expansão rápida: AAS + heparina
◦ Gigante: AAS + warfarina
◦ Trombose coronariana aguda: AAS + warfarina ou HBPM + estreptoquinase
Seguimento: com ecocardiograma:
◦ Sem aneurisma: ao diagnóstico, em 2 semanas e em 6-8 semanas
◦ Com aneurisma: frequentes para avaliar progressão
Sarampo:
Paramyxovirus
Sazonal: final do inverno e início da primavera em climas temperados e após a estação
chuvosa em climas tropicais
PI: 8-12 dias
Contágio: 2 dias antes do pródromo até 4 dias após início exantema – transmissão
respiratória por gotículas
Pródromo: 3-4 dias com febre, tosse, cefaléia, mal-estar e prostração
Pico febre com exantema (2º-3º dia), se resolve em 24 hrs em lise
Facies sarampenta: tosse e coriza abundante, olhos hiperemiados e com
lacrimejamento, enantema (hipermeia de mucosa oral)
Manchas de Koplik: manchas branco-azuladas de 1 mm na região oposta dos molares,
aparece 1-2 dias nates do exantema e desaparece 2-3 dias após
Exantema maculopapular morbiliforme: início atras do pavilhão auricular e se dissemina
craniocaudal até o 30 dia e depois começa a desaparecer craniocaudal deixando
manchas acastanhadas
Complicações:
◦ Viral: pneumonite, encefalite
◦ Bacteriana: OMA
Tipos especiais:
◦ Atípico: em vacinados
Febre alta, grave, pneumonite
◦ Modificado: Ac maternos ou gamaglob.
PI > 3 sem, leve, raro manchas de Koplik
Diagnóstico:
◦ IgM a partir 6º dia exantema
◦ IgG ao diagnóstico e 2-3 semanas após
Notificação compulsória
Prevenção: SCR
Contactantes:
◦ Vacina: até 72 hrs contágio
◦ Imunoglobulina: até 6 dias contágio
Recrudescimento no Brasil: declínio da incidência desde a década de 80, surto em 1997.
Desde 2000 só casos importados ou relacionados a eles. Surto no Nordeste com último caso no
Ceará em Junho/2015. Surto atual relacionado a imigração de venezuelanos e a baixa
cobertura vacinal brasileira com maior incidência no Norte do Brasil, principalmente em
Roraima e no Amazonas. Grande maioria dos casos com genótipo D8 (em circulação na
Venezuela)
Coqueluche:
Escarlatina:
Em todas encontramos:
◦ RCIU
◦ Hepatoesplenomegalia
◦ Microcefalia, hidrocefalia, calcificações intracranianas
◦ Catarata, glaucoma, coriorretinite
◦ Lesões ósseas
◦ Rash
◦ Miocardite ou outras cardiopatias
◦ Anormalidades hematológicas
Pedir sempre:
◦ Hemograma completo
◦ RX de ossos longos
◦ Fundo de olho
◦ BERA
◦ USG de crânio / TC
◦ Pesquisa para detecção do agente causal
◦ Sorologias ( valorizar mais IgM, que não ultrapassa a barreira placentária, a IgG
por estar representando a infecção materna até cerca de 1 ano)
Citomegalovírus (CMV):
Taxa ataque
◦ Infecção 1ária: 30-50%
◦ Reativação: 0,5-3%
Sintomas e sequelas:
◦ Assintomático (90%): 10-15%
◦ Sintomático (10%): 60-90%
Perda auditiva, retardo e convulsões
Microcefalia e calcificações periventriculares
Detecção viral pode ser feita em urina ou saliva do RN
Excreta CMV na urina > 3 meses
Tto sintomáticos (SNC e coriorretinite): ganciclovir por 6 semanas
Controverso tto assintomáticos
Controverso screening pré-natal (mães com IgG + podem reativar e ter a doença)
Toxoplasmose:
Taxa de ataque:
◦ 1º T: 15%
◦ 3º T: 60%
Sintomáticos: 10-25%
◦ Generalizada: rash, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia, trombocitopenia,
anemia, icterícia, pneumonite
◦ Neurológica: coriorretinite, calcif. intracraniana difusa e hidrocefalia
Distúrbios endócrinos: hipotireoidismo, diabetes insipidus, deficiência de GH,
puberdade precoce
Sequela visual (reativa)
Tratamento todos:
◦ Gestante:
Espiramicina: primeiras 3 semanas após diagóstico, manter até o termo
Sulfadiazina + pirimet + ac. folinico: após 18 sem de IG se feto infectado
(PCR líquido amniótico + para T. gondii)
◦ RN: por ≥ 1 ano
Sulfadiazina + pirimet + ac. folinico
Prednisona até resolução da hiperproteinorraquia e da coriorretinite
ativa
Rubéola:
Taxa ataque:
◦ < 12 sem: 85%
◦ Final 2º T: 25%
Sd rubéola congênita:
◦ Tríade: catarata, alterações cardíacas (PCA, estenose artéria pulmonar) e surdez.
Tb tem rash em blueberry muffin, microcefalia e alterações ósseas
Doenças auto-imunes (DM e hipotireoidismo)
Atraso DNPM, autismo
Vírus em secreções (1 ano)
Sem tratamento
Hiperplasia adrenal congênita:
Maus-tratos:
Formas:
◦ Negligência: 57%
Diferenciar de pobreza e ignorância
◦ Violência física: 25%
< 3 anos
◦ Violência sexual: 11%
Meninas adolescentes
Suspeitar se história inconstante ou discrepante com achados do exame físico
Considerar sempre o DNPM da criança
Exame físico:
◦ Criança temerosa ou apática
◦ Hematomas em fases diferentes
◦ Lesões em locais atípicos (dorso, nádegas, mãos) e com formatos definidos
◦ Fraturas espiraladas de membros
◦ Fraturas múltiplas e complexas crânio
Exames complementares (conforme suspeita):
◦ RX corpo inteiro em < 2 anos e crianças que não se comunicam
◦ USG transfontanela
◦ TC crânio, tórax e abdome
◦ Fundo de olho
◦ Exame toxicológico
◦ HMG, TGO, TGP
Síndrome do bebê sacudido (shaken baby):
◦ Lesões SNC e hemorragias oculares em < 3 anos provocadas por chacoalhamento
vigoroso
◦ Ruptura veias-pontes do espaço subdural, levando a hemorragia subdural
◦ Alteração nível consciência, coma convulsão, opistótono, irritabilidade
◦ Típico: < 1 ano, cuidado apenas po 1 pessoa no momento agressão
◦ 1/3 morre rapidamente e muitos sobrevivem com sequelas neurológicas
NOTIFICAR conselho tutelar
A não comunicação é uma infração do ECA, multa 3-20 salários
Lesões leves e sem risco de morte com retorno ao domicílio: alta após notificação
Lesões graves ou risco de morte com o retorno: internação, notificação da vara da
infância e juventude, alta condicionada a decisão judicial
Fazer ou não o BO cabe a família
Influenza:
Chikungunya:
Epidemia de Ebola:
Febre hemorrágica
Vírus da família Filoviridae
Período de incubação: 1-21 dias
Reservatório natural: morcegos frugívoros
Transmissão: após sintomas com contato com sangue, tecidos ou fluidos
Isolamento: aerossol: usar máscara N95
Caso suspeito: indivíduo procedente dos últimos 21 dias de país em epidemia (Libéria,
Guiné, Serra Leoa e Nigéria), que apresente febre súbita, podendo ser acompanhada de
sinais de hemorragia
Caso confirmado: laboratorial
Tratamento: suporte
Vacina RVSV-ZEBOV: troca glicoproteína do vírus da estomatite vesicular por aquelas da cepa
zaire do vírus ebola (vetor viral)
Mortalidade: 30-90%
A epidemia serviu para levantar o debate sobre o quão despreparados estamos para
lidar com uma pandemia